documento protegido pela lei de direito autoral · 2013. 4. 27. · documento protegido pela lei de...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS
Por: Wagner Costa Ribeiro
Orientador: Dr. Antonio Fernando Vieira Ney
Rio de Janeiro
2012
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NAS ESCOLAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Supervisão Escolar
Por: Wagner Costa Ribeiro
Rio de Janeiro
2012
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos
que contribuíram, de forma direta
ou indireta, para conclusão deste
trabalho, em especial, a minha
família.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os meus
familiares, com destaque para minha
esposa e meus filhos Rafael Cardoso
de Albuquerque Ribeiro e Alice
Cardoso de Albuquerque Ribeiro, que
participaram com cooperação, carinho
e principalmente paciência,
contribuindo assim, decisivamente
para o meu sucesso.
5
RESUMO
Este trabalho expõe através dos diversos tópicos selecionados para
análise, os inúmeros papéis desempenhados pelo coordenador pedagógico no
cotidiano da escola. Aborda ainda os desvios de funções deste profissional,
sua participação na confecção do Projeto Político Pedagógico e formação
continuada dos professores.
O trabalho visa portanto, evidenciar a importância deste tema,
principalmente nas escolas de educação de base, onde fica claro o exercício
de liderança do coordenador pedagógico, sendo demonstrado no
desenvolvimento de seu trabalho o respeito aos diversos “atores” presentes na
escola. Com base no cotidiano escolar, elegemos alguns pontos, como objetos
de nosso estudo/pesquisa, nos possibilitando constatar que a prática
pedagógica, só se concretizará com a participação de todos os membros da
escola, em destaque, o coordenador pedagógico.
6
METODOLOGIA
Para desenvolvimento do trabalho de atuação do coordenador
pedagógico na escola, foram consultados autores, como Lima (2007), Libâneo
(1996) e Fusari (1992), bem como artigos de jornais e o site “nova escola”.
Sua elaboração se deu da análise de publicações desses
autores/artigos, onde foi feito uma seleção dos principais temas abordados no
cotidiano escolar. Entre elas a definição da atribuição/função do coordenador
pedagógico, seus desvios de funções, sua participação no projeto político
pedagógico e principalmente na formação continuada de professores, ficando
dessa forma o trabalho focado e embasado nestes tópicos.
Analisados os temas estabelecidos, pôde-se citar como principais
funções do coordenador pedagógico nas escolas : comandar o trabalho
pedagógico, orientar a formação da equipe docente e liderar a elaboração do
projeto político-pedagógico.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Coordenador Pedagógico – definição e atitudes 14
CAPÍTULO II -Trabalhos Executados pelo Coordenador- alguns 22
CAPÍTULO III – Orientando os Gestores das Unidades Escolares 27
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 34
WEBGRAFIA 35
8
INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo foi verificar o real papel do coordenador
pedagógico nas escolas atualmente, como é sua relação com os professores,
com os alunos, os funcionários, ou seja, sua relação com os “atores” que
formam o cotidiano do ambiente escolar.
Foi verificado que o coordenador pedagógico nos dias de hoje, é um
profissional dinâmico e que acumula tarefas, pois atende os pais dos alunos,
resolve problemas relacionados a matricula, brigas de alunos, acompanha a
assiduidade dos professores, exerce muitas das vezes uma função de
fiscalização dentro da escola. Agindo desta forma, muitas vezes sua imagem
pode ser vista como negativa diante dos funcionários da escola.
Assim, o trabalho foi desenvolvido procurando destacar temas a fim de
definir como deve ser o coordenador pedagógico ideal e quais as principais
funções a serem desenvolvidas por este profissional. Para isso foram
elencadas diversas definições/funções/atuações do coordenador pedagógico.
Entre elas: O Coordenador Pedagógico – definições e atitudes; Trabalhos
Executados pelos Coordenadores Pedagógicos e Orientação dos
Coordenadores Pedagógicos Escolares.
Começamos mostrando que para desempenhar bem a função de
coordenador pedagógico junto as escolas, o mesmo deve ter conhecimento
sobre a escola como organização, conhecer seus membros, dominar o
fenômeno da aprendizagem, conhecer as metodologias de avaliações, etc.
O coordenador, visando a formação do grupo, deve atuar em sincronia
com o professor, em sua formação continuada através do incentivo a práticas
curriculares, deve considerar o aluno como um parceiro, criar oportunidades
para o professor, fazer parceria de trabalho com o professor entre outras
atitudes de iniciativa proativa que cooperam para a capacitação dos
profissionais que lá trabalham e aprendizagem doa alunos.
Em síntese e apesar das diversas definições, o coordenador pedagógico
hoje tem como uma das principais funções, a atuação junto ao projeto político
pedagógico e também participação ativa na formação continuada dos
professores.
9
Na segunda parte do trabalho, vimos os diversos trabalhos executados
pelo coordenador. Dentre eles, a sua vital importância na hora da execução do
planejamento escolar, a sua forte atuação no processo de elaboração,
implementação e avaliação do projeto pedagógico e que é de suma
importância o bom relacionamento entre o coordenador e o professor, para que
o projeto político pedagógico seja bem operacionalizado.
O coordenador pedagógico precisa estar ligado ao que se passa a sua
volta, valorizando sua equipe, motivando-a e acompanhando os resultados.
Para agir dessa forma, ele deve estar atento a gestão de aprendizagem e a
formação de professores.
Por último é exposto o papel do coordenador junto aos gestores
escolares, com atuação voltada para orientação, gerenciamento e cobranças
de resultados. Vê-se que a principal tarefa do coordenador é formar com os
colegas de trabalho uma equipe, condição para melhoria do fazer pedagógico
em sala de aula. Vê-se também sua atuação junto aos professores e diretores,
propondo ações efetivas para melhora do desempenho dos alunos. Foi
analisado ainda a atuação do coordenador junto as avaliações e principalmente
sobre as recuperações, mostrando para os docentes que a recuperação não
constitui mera repetição dos conteúdos não apreendidos, mas um novo
momento no qual se aplicarão métodos diferenciados para atingir os objetivos
propostos pelo professor
Assim, conclui-se que a função do coordenador pedagógico, com as
suas mais diversas atribuições, é sem dúvida de suma importância para o
funcionamento da escola, pois agindo junto à gestão escolar e também junto
aos docentes, existem maiores chances da escola apresentar um ensino
aprendizagem de qualidade.
10
CAPÍTULO I
COORDENADOR PEDAGÓGICO – definição e atitudes
1.1 – Definição
- Devido as grandes transformações políticas e sociais, os professores /
educadores têm que tomar novas atitudes frente a essa realidade
desconhecida;
Nesta perspectiva, Alarcão (2000:120) discorre sobre a atuação do
supervisor:
“Este tem o papel: i) conhecimento da escola como
organização, como uma missão, um projeto e um determinado
nível de desenvolvimento; ii) conhecimento dos membros da
escola e das suas características como indivíduos – grupos ; iii)
conhecimento das estratégias de desenvolvimentos
institucional e profissional; iv) conhecimento do fenômeno da
aprendizagem qualificante, experimental e permanente; v)
conhecimento de metodologias de ação, investigação e
formação;vi) conhecimento de metodologias de avaliação da
qualidade ( das aprendizagens, do desempenho, institucional);
e vii) conhecimento das idéias e das políticas atuais sobre
educação, juntamente com a integração de práticas para todos
os profissionais da área em determinadas exigências dos
projetos e políticas efetivadas”.
A experiência do cotidiano na escola mostra que o papel do coordenador
pedagógico não está bem definido. Organizar os horários de uso da biblioteca,
horários das aulas, ajudar funcionários na realização das matrículas, receber e
11
conversar com os pais, resolver problemas dos alunos, resolver conflitos,
assessorar a direção, etc. Com isso temos inúmeras tarefas do dia a dia
escolar, que poderiam ser executadas por funcionários de cada setor, mas que
acabam – seja por incompetência ou falta de tempo hábil – sendo realizadas
pelos coordenadores, o que acaba dominando suas agenda, fazendo com que,
muitas das vezes ele deixe de atuar satisfatoriamente na formação continuada
dos professores, o que é sua principal função. De acordo com o artigo da
professora Ana Karla, publicado em seu blog “Cantinho do Alfabetizador” o
coordenador pedagógico interage diretamente com os professores, orientando
o desenvolvimento do trabalho docente dentro da sala de aula e ainda suas
articulações com o planejamento escolar.
Ainda segundo a professora Ana Karla, o papel do coordenador
pedagógico deve estar bem definido, para que não ocorra o desvio da sua
função, e ele possa desenvolver as atribuições importantes da função.
De acordo com o texto “O Coordenador Pedagógico e o Planejamento
Escolar” do curso de Coordenação Pedagógica-Escola de Gestores do MEC, o
coordenador como agente articulador do diálogo deve estar atento à
transformação da comunidade escolar, promover a reflexão em torno das
relações escolares e da transformação da prática pedagógica.
Pode-se citar ainda, que para atuar como coordenador, ele deve
direcionar suas ações para transformação, precisa estar consciente de que seu
trabalho não se dá isoladamente, mas nesse coletivo, mediante a articulação
dos diferentes atores escolares, no sentido da construção de um projeto
político pedagógico transformador (ORSOLON, 2003 p.19).
1.1.1 – Um profissional procurando sua identidade
Existem algumas escolas onde ele é conhecido como orientador,
supervisor ou até simplesmente de pedagogo. Existem também aquelas em
que ele é chamado de Coordenador Pedagógico, se referindo aquele
profissional responsável pela formação continuada dos professores. Nas
escolas que possuem esse profissional, normalmente ele participa da gestão
12
da escola e costuma ser uma espécie de assessor direto do diretor. Esse cargo
só começou a surgir nos quadros das secretarias de Educação somente após a
conscientização da importância do professor no aprendizado dos alunos.
Em função disso, a Fundação Victor Civita (FVC), realizou uma pesquisa
para descobrir quem é e o que pensa esse profissional que atua no sistema
educacional brasileiro, dando o título de: O Coordenador Pedagógico e a
Formação Continuada de Professores: Intenções, Tensões e Contradições.
Realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), sob a supervisão de Cláudia
Davis, o estudo teve a coordenação de Vera Maria Nigro de Souza Placco e de
Laurinda Ramalho de Almeida, ambas da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP), e de Vera Lúcia Trevisan de Souza, da Pontifícia
Universidade Católica de Campinas ( PUC-Campinas).
Um dos principais resultados foi que, apesar de ser um profissional
experiente, até como coordenador, observou-se insegurança e falta de
identidade para realização de um bom trabalho. Ele se valoriza bastante com
relação ao processo educacional, porém fica confuso na hora de agir em
relação às demandas nas escolas. Isso pode ser observado quando ele afirma
que pode contribuir para o trabalho dos professores e a aprendizagem dos
alunos, mas não percebe o quanto isso faz diferença nos resultados finais da
aprendizagem.
A pesquisa realizada procura saber quem é esse profissional que atua
nessa função. Um resumo das características do profissional que atua nessa
função é:
- 90% são mulheres;
- 88% já deram aula na Educação Básica;
- 76% possuem idade entre 36 e 55 anos
- A maioria tem mais de 5 anos de experiência na função.
1.1.2 – O coordenador sabe qual é a sua função
Segundo Ana Maria Falcão de Aragão (1998), da Faculdade de
Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Eles não sabem
os limites de seu papel e, por isso, aceitam todas as demandas que lhe são
13
dadas, fazendo coisas demais por não ter a compreensão de são, antes de
tudo formadores”.
Com isso, a coordenação acaba executando tarefas de outros
profissionais, ficando sem tempo para realizar as suas. Segundo Coelho (1996)
“Para as coisas funcionarem bem deve existir um trabalho colaborativo, com o
envolvimento de todos”. Pode-se analisar o exemplo atendimento de pais. “É
função do coordenador recebê-los quando se trata de questões pedagógicas”.
O ideal é que funcionários da secretaria sejam preparados para fazer uma
triagem dos telefonemas e dos pedidos. Com certeza todos vão ganhar, se a
escola fixar horário para atendimento às famílias.
As secretarias podem melhorar as condições de trabalho nas unidades,
seja quanto a estrutura física, seja na composição das equipes, procurando
com isso organizar e distribuir melhor as tarefas.
Para Mozart Neves Ramos (2000), conselheiro do movimento “Todos
Pela Educação”, é preciso reconhecer a importância do coordenador na gestão
escolar. “Ele é o líder da aprendizagem, o responsável por obter bons
resultados com o trabalho de formação dos professores, e cada unidade de
ensino precisa ter ao menos um profissional”, afirma Ramos (2000), que
defende ainda que “ações de legitimação da função no país”. “No Plano
Nacional de Educação 2011-2020, a meta que se refere à profissionalização da
gestão democrática nem cita o coordenador. Sem levar isso em consideração
corremos o risco de ele trabalhar de forma desarticulada dos objetivos da
escola”.
Hoje se pode afirmar que esse profissional é vital para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem, objetivando uma educação de qualidade.
Pode-se ainda dizer que o coordenador pedagógico é peça fundamental no
espaço escolar.
Para alcançar isso tudo, percorrer esse longo caminho, ele vai precisar
de condições favoráveis para o desenvolvimento do trabalho, compromisso
pessoal e comprometimento dos profissionais da área com a sua profissão
para concluir essa longa caminhada com sucesso.
14
1.1.3 – Dia-a-dia atribulado e legislação confusa contribuem para a
atuação sem foco
Entrando no mérito desses números, verifica-se que o dia-a-dia desse
profissional é bastante complicado e confuso, pois: 72% costumam verificar
diariamente a entrada e saída de alunos, 55% checam se as classes estão em
ordem e limpas, 50% ficam atendendo telefonemas de pais e outros ( e o que é
pior, 70% acham que trabalham adequadamente) e 19% tapa buraco de
professor faltante.Soma-se a isso tudo ainda, que 9% não fazem atividade
alguma ligada a formação continuada de professores e 26% que não dispõe de
tempo para se dedicar a elaboração e/ou revisão do projeto político
pedagógico( PPP).
Ao analisar o que esperam os gestores, os professores e a comunidade,
as posições são as seguintes: os gestores esperam que eles cumpram as
determinações da Secretaria de Educação. Já os professores, que eles dêem
suporte as dificuldades em sala de aula e a comunidade espera ser bem
atendida.
Existem também atribuições legais, que poderiam definir o papel do
coordenador, porém pelo material pesquisado, em 5 Secretarias Estaduais, a
coisa fica mais confusa ainda: das 256 funções listadas para o cargo, apenas
20% são explicitamente formativas.
Procurando saber como os coordenadores pedagógicos se vêem em
relação aos alunos: 95% se acham importantes para aprendizagem dos alunos
e 100% se acham importantes para o trabalho pedagógico dos professores.
Paradoxalmente, quando comparado com os outros agentes, eles ficam
na sexta posição em importância:
41% professor; 24% família; 18% alunos; 13% o governo; 3% a direção da
escola e 1% a coordenação pedagógica.
15
1.2 - Papel, atitudes e atribuições do coordenador pedagógico
1.2.1- Papel do Coordenador Pedagógico
Das várias mudanças que ocorrem na sociedade atual, seja ela de ordem
econômica, política, social, a escola como instituição de ensino e de práticas
pedagógicas, enfrenta desafios que comprometem a sua atuação frente às
exigências que surgem. Dessa forma, os profissionais que nela trabalham,
devem estar consciente de que os alunos devem ter formação mais ampla e de
qualidade.
Para realizar isso, é necessária a presença do coordenador pedagógico,
sabedor do seu papel, de sua importância para formação continuada da equipe
docente, além claro de manter a parceria entre pais, alunos, professores e
direção.
De acordo com o Regimento Escolar, art. Nº 129/2006 – Resolução
CEE/TO “a função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia,
coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas como o processo de
ensino e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno com
sucesso”.
Já segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao coordenador “acompanhar
o projeto político pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também
é importante que compreenda as reais relações dessa posição.”
De acordo com a Professora Suelen Silva Lima, partindo desse
pressuposto, podem-se identificar as funções formadora, articuladora e
transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar.
De acordo com ela ainda, considerando a função formadora, o
coordenador precisa programar as ações que viabilizem a formação do grupo
para a qualificação continuada desses sujeitos. Acarretando assim, mudança
dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, atingindo as necessidades
16
presentes. A medida que professores e coordenadores trabalham em parceria,
observando, discutindo e planejando, vencendo dificuldades, expectativas e
necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros
do grupo, atingindo os objetivos desejados.
O dia a dia do coordenador, se relacionando com todos na escola, sem
exceção, permite a prática do coordenador que precisa articular as instâncias
escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua
atenção.
Conforme Almeida (2003), na formação docente “é muito importante
prestar atenção no outro, em seus saberes, “dificuldades” sabendo reconhecer
e conhecer essas necessidades propiciando subsídios necessários à atuação.
Assim, a relação entre professor e coordenador, à medida que se estreita e
ambos crescem em sentido prático e teórico, concebe a confiança, o respeito
entre a equipe e favorece a constituição como pessoas..
Como ressalta Alves (apud Reis, 2008) “homens que através de sua ação
transformadora se transformam. É neste processo que os homens produzem
conhecimentos, sejam os mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam
aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias
explicativas”.
Segundo Suelen Silva Lima, é papel do coordenador, favorecer a
construção de um ambiente democrático e participativo, onde se incentive a
produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo
mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos.Mesmo com
essas inúmeras responsabilidades, o coordenador pedagógico enfrenta outros
conflitos no espaço escolar, como tarefas de ordem burocrática, disciplinar e
organizacional.
Apesar de muitas das vezes, coordenadores e escolas se questionarem
quanto a real necessidade dele coordenador, logo concluem, que ele pode
efetivar mudanças, já que possui dados preciosos como: formação dos
docentes; informação dos docentes.Refletir é fundamental para superação de
obstáculos, socialização de experiências e fortalecimento das relações
interpessoais.
Assim, o coordenador pedagógico, atuando no processo ensino-
aprendizagem, colaborando sempre para a saudável relação interpessoal dos
17
envolvidos, valorizando a formação do professor e por último desenvolvendo
habilidades para saber lidar com as diferenças,é e só pode ser considerado o
“profissional” na área da educação. Atuando dessa forma, com certeza ela
estará contribuindo para um ensino de qualidade.
1.2.2 - Atitudes
Segundo Orsolon (2003) algumas atitudes do coordenador são capazes
de desencadear mudanças no professor:
- Promover um trabalho de coordenação em conexão com a gestão
escolar. Quando os professores percebem essa integração, sentem-se
sensibilizados para a mudança, já que o planejamento do trabalho se dá de
forma menos compartimentalizado.
- Realização de trabalho coletivo. A mudança só acontece se todos se
unirem em torno de um objetivo único, pois será mais fácil compartilhar
concepções e dúvidas, buscando uma construção coletiva.
- Mediar a competência docente. O coordenador pedagógico deve
considerar o saber, as experiências, os interesses e o modo de trabalhar dos
professores, criando condições para questionar essas práticas e
disponibilizando recursos para auxiliá-los.
- Desvelar a sincronicidade do professor e torná-la consciente. O
coordenador tem que propiciar condições para que o professor analise
criticamente os componentes políticos, humano-interacionais e técnicos de sua
atuação, para que perceba a necessidade ou não de uma mudança em sua
prática.
- Investir na formação continuada do professor na própria escola. A
formação continuada possibilita, no interior da escola, que o professor faça a
sua prática objeto de reflexão e pesquisa, transformando-a sob a direção do
projeto de transformação escola.
- Incentivar práticas curriculares inovadoras. É importante que o
coordenador proponha aos professores uma prática inovadora e acompanhe-os
na construção e vivência de uma nova forma de ensinar e aprender. No
entanto, é preciso que essas práticas sejam compatíveis com as convicções,
18
anseios e modo de agir do professor, pois é preciso que ele acredite na
importância dessa inovação para que seu trabalho, de fato, e modifique.
- Estabelecer parceria com o aluno. O aluno deve ser incluído no
processo de planejamento do trabalho docente. Criando oportunidades para
que os estudantes participem com opiniões, sugestões e avaliações do
processo de planejamento do trabalho docente, o coordenador possibilita que a
aprendizagem seja mais significativa para os alunos e professor, pois os alunos
ajudarão o professor a redirecionar a sua prática.
- Criar oportunidades para o ,professor integrar sua pessoa à
escola.É necessário que sejam criadas situações para que o docente
compartilhe suas experiências, se posicionando de forma integral enquanto
pessoa, cidadão e profissional, aprendendo com as relações no interior da
escola.
- Procurar atender às necessidades reveladas pelo desejo do
professor. O coordenador precisa estar sintonizado com os contextos sociais,
educacionais e o da escola onde o professor atua para que capte essas
necessidades e possa atendê-las.
- Estabelecer parceria de trabalho com o professor. Esse trabalho
possibilita tomada de decisões passíveis de serem realizadas pois, se sentindo
apoiado, o professor se compromete mais com seu trabalho, com o aluno e
consigo mesmo.
- Propiciar situações desafiadoras para o professor.As expectativas
dos alunos em relação ao curso, uma nova proposta de trabalho ou as ações
do coordenador podem provocar uma desinstalação do professor, que irá
despertá-lo para um processo de mudança
Podemos evidenciar nessas ações relacionadas, que eles têm em
comum: o trabalho coletivo, a formação continuada do docente e uma
constante provocação do coordenador, no sentido de desencadear mudança
em consonância com o coletivo escolar.
19
CAPÍTULO I I
Trabalhos Executados pelo Coordenador Pedagógico
2-1 – Como as atitudes do coordenador pode ajudar
Esse profissional pode através do engajamento nos movimentos e lutas
necessárias aos educadores, transformar a escola em uma escola
comprometida com as propostas políticas, não deixando-a exercer um papel
alienada.
O coordenador deverá ter capacidade para desenvolver e criar métodos
de análise para enxergar a realidade, gerando estratégias para ação; deverá
também desenvolver procedimentos conceituais autônomos, montado
especificamente para aquela unidade escolar.
O coordenador deve ser uma pessoa com experiência, pois exerce uma
função globalizada de conhecimento, promovendo a integração dos diferentes
componentes curriculares. Os conteúdos devem ser trabalhados por áreas de
conhecimento, pois com isso todos estarão interligados, ou seja, o
conhecimento não se dá como se fosse caixas isoladas, abre-se uma,
enquanto a outra continua fechada.
Sua participação no planejamento pedagógico, é de verificar como se
dará a seqüência de aprendizagem dos conteúdos ao longo da escolaridade.É
preciso fazer a adequação dos conhecimentos que precisam ser trabalhados
de forma articulada aos de outras áreas de conhecimento. O conteúdo atual
deve ter continuidade ao da etapa anterior, garantindo assim uma
aprendizagem articulada, possibilitando ao professor exercer ações
interdisciplinares.
Para que esse conhecimento seja solidificado junto ao educando, é
preciso que o mesmo tenha realidade do aluno.
20
2-2 – Coordenador escolar x planejamento escolar
O coordenador pedagógico é muito importante na hora da execução do
planejamento escolar. Por atuar como articulador, ele deve estar atendo às
mudanças da comunidade escolar, as transformações da prática escolar e
ainda refletir sobre as relações escolares.
Exercendo naturalmente sua função, ele estabelece diversos vínculos e
relações interpessoais na escola. Ele só consegue atuar dessa forma, porque
trabalha com ações planejadas, articuladas com os atores das escolas.
O coordenador tem ainda, forte atuação no processo de elaboração,
implementação e avaliação do projeto-pedagógico.
Com essa atuação, verifica-se à dimensão formadora do coordenador,
enquanto articulador de aprendizagens na escola considerada espaço de
construção de cultura e de interação social.
Pelo plano de ensino elaborado pelo coordenador pedagógico, é que o
professor irá ser direcionar no seu dia a dia, daí a importância do coordenador.
É primordial que ocorra um bom diálogo entre o coordenador
pedagógico e o professor, visando refletir sobre os objetivos traçados no
projeto político-pedagógico e também como operacionalizá-lo.Os planos de
ensino( planos de trabalho docente e planos de aula) são instrumentos
essenciais na organização do fazer pedagógico cotidiano do professor e do
coordenador.Ele deve elaborar esse plano deve ser elaborado com o projeto
político pedagógico e de acordo com a sua prática profissional.
Resumindo então, podemos dizer que o coordenador pedagógico deve
ser uma pessoa aberta ao diálogo, inovadora e principalmente ligada aos
aspectos das relações interpessoais que envolvem o universo escolar.
O coordenador pedagógico, claro que apoiado pela direção da escola,
deve estimular a participação de todos na confecção do PPP, por ser suas
ações de longo alcance, interagindo em vários segmentos, inclusive junto aos
pais de alunos.
21
Num espaço onde temos a presença de atores diversos, como
professores, alunos, comunidade e demais profissionais de educação, o
reconhecimento da escola como instituição multicultural por excelência( ASSIS
& CANEN, 2004)é de fundamental importância.
O coordenador pedagógico deve criar, entre os professores, um espaço
para um olhar novo de suas práticas, fazendo com isso ele possa resgatar a
autonomia sobre seu trabalho, sem esquecer o trabalho coletivo da escola.
De acordo com Medel (2008, p 38 a 39) é necessário “ identificar os
desafios cotidianos , o que pode ser feito mediante a investigação da própria
ação desenvolvida pela escola”.Isto porque, ao proceder dessa forma, você
está praticando um exercício de reflexão e de auto-avaliação permitindo
identificar os desafios, dilemas vividos no dia a dia da escola.
A sugestão feita por Medel (2008) para identificação dos desafios
encontrados pelo coordenador de área mediante o registro sistemático da
própria ação.Uma vez que essa “ação possibilita ao indivíduo desenvolver a
consciência individual da sua experiência, identificando os desafios de sua
ação no que se refere ao que pensa e diz sobre sua prática.”
(MEDEL,2008.p.38).
Este tipo de registro possibilita também focalizar a percepção dos
coordenadores pedagógicos quando do exercício da sua função, seus dilemas,
suas expectativas, sua ações.Generalizando, isso permite também identificar
desafios de natureza coletiva(MEDEL,2008).
Assim, de acordo com sugestões de Medel, o coordenador deve fazer
uma reflexão sobre os seguintes pontos(2008.p.39):
a) identificando os desafios cotidianos;
b) agrupando os desafios de acordo com sua natureza: pedagógico,
administrativos e financeiros;
c) diferenciando desafios coletivos dos individuais;
d) analisando os seguintes aspectos: por que permanece;como se
relacionam, quais suas conseqüências e outros.
22
2.3 – O papel do coordenador pedagógico
Pode-se generalizar, dizendo que quase todas as instituições de ensino
estão empenhadas em desenvolver uma educação de qualidade, promovendo
para isso ações que sustentem um trabalho de equipe e uma gestão que
valorize a formação de docentes.De acordo com Chiavenato (1997,p.101), “
não se trata mais de administrar pessoas, mas administrar com pessoas. As
organizações cada vez mais precisam de pessoas proativas, responsáveis,
dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar
decisões”.Assim, devemos identificar as necessidades dos professores e junto
encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade.Esse
trabalho é realizado pelo coordenador pedagógico.
Segundo a professora Vanessa dos Santos Nogueira, para desenvolver
o trabalho de coordenador pedagógico, não basta ter somente conhecimento
teórico, pois para estimular professores é preciso percepção e sensibilidade
para identificar as necessidades de alunos e professores, mantendo-se sempre
atualizado, conforme a revista NOVA (2001), “a experiência não é nem
formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar
a produção de saber e a formação”, mesmo entendendo dessa forma, vale
ressaltar que o trabalho deverá acontecer com a participação de todos, fazendo
com que o coordenador esteja preparado para mudanças e sempre motivar sua
equipe. Ter sempre em mente que a principal função do coordenador é o
trabalho junto aos docentes,sendo responsável pelo elo de ligação entre os
envolvidos na comunidade educacional. É extremamente importante o bom
relacionamento do coordenador pedagógico com o professor, para que haja
uma gestão democrática.
Segundo Vanessa, o coordenador pedagógico precisa estar antenado ao
que se passa a sua volta, valorizando sua equipe, motivando-a e
acompanhando os resultados. É comum nessa trajetória, o aparecimento da
figura do medo e insegurança, normal dessa caminhada.O coordenador deve
rever suas práticas para superar os obstáculos.
23
2.4 – Desafios do coordenador pedagógico
Mais do que resolver problemas de emergências e explicar as
dificuldades de relacionamento ou aprendizagem dos alunos, seu papel é de
ajudar a formação dos professores.
Toda hora vemos ou presenciamos a discussão sobre qual o papel do
coordenador pedagógico?
Muito antes da fama, ele já freqüentava o imaginário da escola, nas mais
diversas formas. Como fiscal, checando o que ocorria em sala de aula e
normatizava o que podia ou não podia ser feito.
Pouco sabia a parte pedagógica e não conhecia os reais problemas da
sala de aula e da instituição.
Agindo dessa forma, claro que não era aceito na sala dos professores
como uma pessoa confiável para dividir suas experiências.
O papel exercido desse coordenador é o de atendente. Sem uma função
definida, ele atende a emergências, apaga incêndio, acalma ânimos de
professores, alunos e pais. Diante desse monte de problemas, não se
desenvolve praticamente nada no campo pedagógico.
Em algumas situações, ele explica as causas da agressividade de uma
criança ou as dificuldades de aprendizagem da turma. Hoje o coordenador
organiza eventos, orienta os pais sobre a aprendizagem dos filhos e informa a
comunidade sobre os feitos da escola.
De acordo com a Professora Silvana Augusto, parece que ele faz muito,
e faz, mas não o suficiente a ponto de intervir na relação professores e alunos,
pois só eles não se bastam. É preciso ir além, é preciso procurar escrever uma
história institucional.É muito ruim, ver pessoas que começam a desenvolver
ótimos trabalhos nas escolas, que depois de algum tempo são transferidas ou
aposentadas, e todo aquele trabalho montado se perde.Parece mentira, mas é
na escola que isso se perde , todos os trabalhos desenvolvidos a anos,
começando tudo do zero.
Coordenador com eficiência centraliza as conquistas do grupo de
professores e assegura que as boas idéias tenham continuidade.
24
Não podemos nos contentar com o que se passa dentro da sala de aula,
pois temos muito a aprender com o convívio coletivo.Exemplo: no parque, no
refeitório, na rua, na comunidade. O trabalho nesses espaços dever ser dirigido
pelo coordenador.
Só agindo dessa forma, o coordenador vai conseguir desempenhar o
seu papel, que é a formação continuada de professores.
Assim podemos finalizar dizendo que o bom coordenador é aquele que
participa dos processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão complexos
como os que temos nas escolas.
2.5 – Problemas envolvem desde infraestrutura até a falta de tempo.
Perguntado sobre o que mais incomoda o seu dia-a-dia, ele apresenta
uma lista imensa, sendo segundo ele a principal, a infraestrutura. Falou
também que o excesso de atribuições é usado como motivo para não atuação
junto a formação dos professores.
Reclamaram também da dificuldade de trabalhar com os professores
(31%), pois não conseguem ajudá-los, não sabe como motivá-los e por últimos
não sabe liderá-los.
Diante disso pergunta-se, será que se o coordenador pedagógico tivesse
uma boa formação não resolveria?Questionamos eles outra vez e as respostas
foram: 96% garantem que a graduação foi boa ou excelente e, em média, os
entrevistados já freqüentaram 6,3 cursos específicos ( 21% em gestão escolar
e 18% em outras áreas de conhecimento).E aí o que acontece então? Segundo
eles, tiveram boa orientação, porque não consegue atuar bem? A conclusão foi
que a falta de identidade e o fato de está sendo solicitado a toda hora por
todos, levando-o a se achar importante, o afasta sem perceber da sua principal
tarefa que é a formação de professores.
A titulo de curiosidade, foi feito nessa pesquisa o levantamento das 256
atribuições para o coordenador pedagógico encontradas nos regimes de cinco
Secretarias Estaduais, com os seguintes resultados:
30% - não têm nada de formativas
50% - tangenciam a formação
20% - são explicitamente formativas
25
2.6 - A farsa da capacitação
De acordo com a da Fundação Victor Civita (FVC), pesquisas mostram
que os coordenadores que fazem formação na escola ainda são raridade.
Será que poderíamos dizer que uma das funções do coordenador pedagógico
seria a preparação de reuniões periódicas visando a formação
continuada?Teoricamente sim, mas o que a prática nos mostra é outra coisa
bem diferente.Segunda a Fundação Victor Civita (FVC) , a realidade é outra,
pois além de muitas escolas não contarem com o profissional coordenador
pedagógico, ele não recebe capacitação específica para assumir esse papel de
formador de equipe docente- e que as políticas públicas implementadas pelas
redes de ensino não estão auxiliando as escolas e os professores em suas
reais necessidades.
No primeiro trabalho, O Coordenador Pedagógico e a Formação de
Professores: Intenções, Tensões e Contradições, supervisionado por Cláudia
Davis, da Fundação Carlos Chagas (FCC), e coordenado por Vera Maria Nigro
de Souza Placco, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),
fica bem evidenciado, que existem inúmeras leis/regulamentações- seja ela a
nível federal, estadual e municipal- que procuram definir as principais funções
de profissional, destacando entre elas a questão da formação continuada dos
professores dentro das unidades escolares.
Ainda de acordo com o trabalho apresentado, as 500 entrevistas
realizadas para pesquisa não deixam dúvida: várias e várias tarefas, que hoje
são executadas pelo coordenador pedagógico, como resolução de conflitos
entre alunos, atendimento aos pais e a comunidade, deveriam ser executadas
por funcionários, deixando os coordenadores livres para execução dos
trabalhos realmente pertinentes a sua área.
No segundo trabalho, A Formação Continuada de Professores no Brasil:
Uma análise das Modalidades e Práticas, coordenado pelas pesquisadoras
Cláudia Davis, Marina Muniz Rossa Nunes e Patrícia Cristina Albieri de
Almeida, da FCC, foram ouvidos representantes de 19 Secretarias de
Educação ( seis estaduais e 13 municipais) com o objetivo de identificar quais
são os cursos que as redes de ensino oferecem aos coordenadores
pedagógicos e aos professores. O resultado é o seguinte: nota-se um pequeno
26
avanço nos modelos de formação continuada, porém ainda bastante aquém do
ideal desejado. “O ideal é que os coordenadores pudessem comandar o
trabalho pedagógico na escola, orientar a formação da equipe docente,
segundo as demandas da realidade local, e liderar a elaboração do projeto
político-pedagógico (PPP)”, diz Vera. “Porém, sua função se tornou muito
abrangente, envolvendo assuntos de caráter disciplinar e questões relativas ao
entorno”.
2.7 – Como atuação voltada à aprendizagem e a formação dos
educadores, o coordenador pedagógico afina o time de docentes da
escola.
Para este item, apresentamos abaixo a análise do artigo publicado pelo
filósofo Fernando José Almeida, onde ele usa a prerrogativa de comparar a
escola com uma equipe de esporte. Chamando de jogadores - alunos,
professores, funcionários - e pela torcida – os pais, a comunidade, todos os
dirigentes da Educação e sociedade, todo mundo torcendo para que o gol da
aprendizagem aconteça.
Como no futebol, a escola precisa de um presidente – o diretor.
No futebol o presidente negocia patrocínio e na escola o diretor constrói
o PPP e estabelece parcerias, enquanto o presidente do clube recebe a
torcida, o diretor cuida articulação com a comunidade. Enquanto o presidente
zela pelo clube, o diretor faz gestão administrativa, de aprendizagem, do
espaço e a equipe.
Mas um time não pode ter só o presidente, ele precisa de mais pessoas,
que seria a figura do técnico orientando o time, que conheça de futebol. Na
escola essa pessoa é o coordenador pedagógico.
Para ser bem exercida, a função de coordenador supõe vasto
conhecimento. Quem são os alunos? Quais turmas apresentam maior
dificuldade (e quais disciplinas)?Como trabalham os professores? Quais
necessitam de maior auxilio na formação em serviço? O que os estudantes
27
estão aprendendo – e o que estamos fazendo para ajudar aqueles que ainda
não chegaram ao nível desejado?
Assim compreende-se que o olhar desse profissional é para gestão
deaprendizagem e para formação de professores, inclusive saber coisas que
ele não viu, nem na faculdade como: saber como o currículo foi desenhado,
quando e como se articulam as áreas do saber e quais os modelos de
avaliação disponíveis. Apesar de não ser uma tarefa fácil, ela é indispensável.
É justamente o conhecimento das diferentes disciplinas, de seus objetivos, de
suas propostas de recuperação, da bibliografia adota e das metodologias
propostas que conferirá a ele a respeitabilidade dos professores. Isso exige
muito estudo.
Pode-se fazer duas grandes perguntas a respeito da atuação do
profissional. A primeira: o que, exatamente, ele tem que saber? Eu diria que a
boa notícia é que ele não precisa entender de tudo.Sua função primordial é
procurar formas de ajudar os professores de todas as disciplinas a avançar.
A segunda pergunta: como e (onde) conseguir esses conhecimentos?
Os caminhos são diversos: uma boa visita às livrarias da cidade, um
exploração atenciosa de acervos pedagógicos na biblioteca do bairro,
programas de formação oferecidos pelas Secretarias e a participação de
seminários e congressos com o compromisso evidente de socializar as
informações principais para os demais profissionais da escola. Assim, o
coordenador vai construindo uma imagem de parceiro e orientador do trabalho
docente.
Para que isso acontece o coordenador deve estar presente nas
atividades pedagógicas que os alunos e professores promovem, na conversa
individual com os docentes e direção, as apresentações de trabalhos, as
organizações, os avisos que deixa no quadro e até mesmo a sala do cafezinho.
Alem disso tudo, ele conta ainda com o chamado Horário de Trabalho
Pedagógico Coletivo (HTPC), período de formação em serviço durante o qual o
“jeitão” aparece e se consolida. Ali o coordenador desenvolve seu máximo
trabalho: fazer com os professores, os verdadeiros craques do time escolar,
brilhem (porque são as estrelas e , afinal, cabe a eles preparar as
aulas,trabalhar duramente com centenas e centenas de alunos, corrigir provas
28
e trabalhos, extenuar a voz para ser ouvido e ainda readequar suas aulas ao
seu plano inicial).
No HTPC, o coordenador ilumina o trabalho dos docentes, colocando-os
como centro do processo de ensino e aprendizagem: o que cada um faz de
melhor? O que precisa aprofundar, estudar mais, trocar com os colegas? É
possível por exemplo, levar para esse horário uma prova tão boa, concebida
por um dos integrantes da equipe, que mereça ser estudada pelos colegas.
Atitudes assim põem em relevo a liderança do coordenador pedagógico.
Estamos falando de liderança sem imposição, mas liderança com prestação de
serviços, que junta partes dispersas, evidencia as coisas boas, participa do dia
a dia, avalia rumos, dá idéias com base nas necessidades, estimula práticas
criativas de alunos e professores e apóia o diretor para cumprir sua tarefa de
construir caminhos para a escola junto com a comunidade.
Metaforizando, ele é um dos que mais ajudam a bola a correr bem
redonda no gramado (técnico/coordenador). Como o técnico, pode até não
entrar em campo vem levantar o troféu, mas, sem ele, não existe time
campeão.
29
CAPÍTULO I I I
Orientando os Gestores Escolares das Unidades
Escolares
3.1 – A função do coordenador dentro da gestão democrática
Dentre as várias funções do coordenador pedagógico, uma delas é a
socialização do saber docente, medida em que há ela cabe estimular a troca de
experiência entre os professores, a discussão e sistematização de práticas
pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá
para a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira,
mas também educador brasileiro.
Esse profissional deve ter grande conhecimento e larga experiência, pois
para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso
percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e
professores, devendo estar sempre atualizado., buscando fontes de informação
e refletindo sobre sua prática Segundo Nova ( 2001,p.1), “ a experiência não é
nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode
provocar a produção do saber e a formação”.Porém, deve ser destacado que o
trabalho deve acontecer com a colaboração de todos,devendo o coordenador
estar preparado para as mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.
Das diversas atribuições, uma delas é acompanhar o trabalho docente, sendo
responsável, pelos atores envolvidos na comunidade educacional.O bom
relacionamento entre o coordenador e o professor ´[e essencial para gestão
democrática.
O coordenador deve estar sempre antenado sobre o que ocorre a sua
volta, valorizando sua equipe de profissionais, ajudando sempre que as
dificuldades surgirem.Cabe a ele coordenador, refletir sobre sua própria prática
para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino –
aprendizagem.
30
Agindo assim, a escola atingirá seu objetivo que é formar cidadãos dotados de
capacidades e habilidades para ser inserido na sociedade.
3.2 – Estimulando o trabalho de equipe
Antes de tomar qualquer iniciativa no sentido de valorização/motivação
da equipe, o ideal seria levantar junto aos coordenadores pedagógicos o
seguinte: eles não vão exercer mais a função de professor, mas sim a de
coordenador pedagógico, devendo ficar de lado, todas as considerações,
amizades com os colegas professores. Deve ficar bem claro para eles
coordenadores, que a função deles agora é de orientar, gerenciar e cobrar
resultados.É dessa forma que o corpo docente deve enxergar o profissional
que exerce a função de coordenador pedagógico.
3.3 - Buscando melhores resultados
De acordo com a Revista do Projeto Pedagógico – Sindicato de
Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo, o
ideal seria analisar o desempenho de professores e alunos nos dois primeiros
bimestres e, junto com a Direção, implementar medidas para melhorar o
desempenho dos alunos.Observe que não precisamos fazer nenhum
levantamento/estudo a respeito do desempenho deles, para saber que o
ensino na escola pública está agonizando, precisa de socorro urgente.
Apurados os índices de reprovação nas várias disciplinas, deve-se se
discutir imediatamente esses resultados, em conjunto e individualmente, com
os professores. Os professores dessas turmas, que estão direta ou
indiretamente envolvidos com os maus resultados dos alunos, devem passar
também por uma avaliação, no sentido de se saber se estão convencidos que
podem mudar de atitude junto ao seu alunado e se querem, mudar a sua forma
de trabalhar e principalmente, se têm interesse pela aprendizagem do aluno,
visando um melhor desempenho nos bimestres seguintes.
31
De acordo com a revista, essa entrevista servirá de como uma troca de
informações, objetivando a implementação de ações necessárias à melhoria do
trabalho em sala de aula, propondo-se, se for o caso, alterações
metodológicas, posto que as utilizadas, até o momento, mostraram-se
ineficazes frente aos resultados, até o momento, obtidos. Quanto ao outro lado
– professor, haverá as mesmas reclamações, que os alunos não se
interessam, os alunos estão jogando contra, ou seja, não participam nem
querem participar.O resultado disso, já conhecemos, os professores se
recolhem , ficam inertes, deixando tudo por conta/culpa dos alunos e assim não
se faz nada.O que essa atitude do professor demonstra, é que a maioria deles
é incapaz de auto criticar, ou seja, eu consigo passar bem o conteúdo?A minha
relação com os alunos é boa?É aí que entra a figura do coordenador
pedagógico, agindo no sentido de reestimular o professor envolvido com os
maus resultados, mostrando que podem ser adotados outros métodos visando
melhorar esses resultados.
Atingido seu objetivo, cabe agora ao coordenador pedagógico
acompanhar de perto as ações propostas, para que tudo que se planejou não
fique pelo meio do caminho.Não passe só de uma empolgação.Outra medida
sugerida seria a de lembrar sempre nas reuniões, os compromissos
assumidos.Reavivar sempre o compromisso assumido e o objetivo a alcançar.
Outro ponto que é público, é o número de faltas, procurar identificar as
razões e dentro do possível trabalhar para trazer esses números, para dentro
dos padrões aceitáveis, pois sem essa melhora, nossa dificuldade em melhorar
o trabalho será muito maior.Sabemos que o baixo desempenho dos alunos tem
relação direta com esse grande número de faltas dos docentes.
3.4 - Acompanhando o processo
Ele pode ser verificado pelas anotações feitas pelos professores nos
diários. O coordenador pedagógico pode e deve ir além disso, verificando o
conteúdo dados junto aos cadernos dos alunos, fonte inequívoca sobre os
conteúdos.Com isso o coordenador pedagógico, pode fazer um comparativo
32
entre o que foi planejado e o que efetivamente foi dado.Agindo dessa forma e
considerando que o conteúdo dado, não deve sofrer lacunas, sobre pena de
prejudicar o aprendizado, essa postura do coordenador com certeza corrigiria a
tempo o problema.
Existe ainda o fato de que o coordenador pedagógico, pode somar muito
para o docente, contribuindo para seu aperfeiçoamento, nas HTPCs e
Reuniões Pedagógicas, apresentando material relacionado a metodologia para
desenvolvimento de conteúdos, principal cobrança/reclamação por parte dos
professores, pois a maioria trabalha com livro didático/questionários,sendo
esses considerados a” bíblia de sala de aula”.
O coordenador pedagógico, deve oferecer material de leitura para o
grupo, de preferência relacionado com o seu dia a dia nas diversas matérias, e
acompanhar se os resultados dessas leituras/discussões estão chegando à
sala de aula.
Na prática pode-se dizer o que temos na realidade é um treinamento
trabalhando, desde que cobrado pelo coordenador a aplicação daquilo que
resultou dos debates do grupo sobre determinadas matérias interessantes à
melhoria da qualidade das aulas nas disciplinas onde se observam defasagens
graves.
O coordenador deve acompanhar/analisar as dificuldades normalmente
ocorridas na implantação desses projetos, sugerindo medidas para sua
superação.
3.5 - A importância da pauta da HTPC
A prática mostra, que a pauta a se trabalhar, deve ser uma coisa
planejada, organizada, então o coordenador pedagógico deve preparar com
antecedência a pauta das HTPCs( horário de trabalho pedagógico coletivo),
evitando com isso improvisações e principalmente, críticas dos participantes.
Outra coisa que cabe ao coordenador, é evitar que realização as
HTPCs, ocorra como se não soubesse que a maioria dos participantes inscritos
estão ausentes, por problemas de horários ou até em janelas.Fique sabendo
33
que a ocorrência disso, é o primeiro passo para que essa reunião pedagógica
seja desacreditada.
Vale observar que, como os professores de 5ª a 8ª séries estão
obrigados a essa atividade, os que se inscreverem deverão obrigatoriamente
cumpri-las.
Qualquer irregularidade nessa área, o responsável será o coordenador
pedagógico.
Outra vez devemos ressaltar o importante papel das HTPCs junto a
constante análise das avaliações que serão aplicadas aos alunos. O
coordenador pedagógico, deve solicitar aos professores os critérios de
avaliação,os instrumentos usados no bimestre, cópia das provas, com isso
podendo verificar se as questões aplicadas estão voltadas para os conceitos
básicos de cada conteúdo.A realidade nos mostra que a maioria dos docentes,
não realizam suas avaliações observando: a clareza das questões;
inobservância dos conceitos básicos.
Assim, observa-se que essa é mais uma função do coordenador, ou
seja, contribuir para melhoria do desempenho dos professores e alunos.
3.6 - Atuando sobre as recuperações
Outra vez pode-se citar o relevante papel das HTPCs nas
recuperações.Com base nas HTPCs e Reuniões Pedagógicas, o coordenador
deve orientar o professor no sentido de fazê-lo compreender/ver que a
recuperação não é uma mera repetição de questões passadas ou provas
passadas, mas realmente uma nova oportunidade, onde tudo será novo,
diferente, que o objetivo que ele professor quer alcançar é outro.Outra vez
deve acontecer a atuação do coordenador, sugerindo a utilização de novos
métodos.
Para consolidar isso tudo, existiria a entrada em campo da Secretaria de
Educação, com implementação de treinamentos esses docentes, que foram
jogados numa seara repleta de problemas, difíceis de serem resolvidos por
qualquer expert nesse assunto.
34
3.7 - A contínua análise dos resultados
A idéia a ser abordada neste ponto, é que haja uma avaliação contínua
dos resultados, ou seja, como o coordenador pedagógico dispõe de 40 horas
semanais, a intenção é que ele produza gráficos de aproveitamento das séries,
abastecendo os professores com informações preciosas sobre o desempenho
dos alunos em todas as disciplinas, e com isso poder discutir com os
professores, visando obter novas soluções para o aprimoramento das
avaliações.
Além de adotar esse procedimento, o coordenador pedagógico pode
visitar as classes, orientando-a conforme as disciplinas, a estudar mais essa ou
aquela disciplina, dependendo da dificuldade apresentada em cada uma. Com
certeza agindo assim, e se todos caminharem na mesma direção formando
uma equipe, o processo de ensino-aprendizagem só será enriquecido.
35
CONCLUSÃO
Quando da formação da equipe de coordenação pedagógica, devemos
ter em mente que tal cargo deve ser exercido em nível de liderança e condução
dos trabalhos pedagógicos de uma unidade escolar.
Coordenador pedagógico e professor, apesar dos papéis diferentes e
saberes diferentes, devem buscar a construção comum de uma prática
pedagógica consistente e criativa.
Para conseguir esses objetivos, o coordenador deve desenvolver
competências como: ampliar sua escuta e modificar sua fala; respeitar
consciências coletiva,flexibilizando deu planejamento; trabalhar a relação com
isso a troca da aprendizagem; acompanhar a relação com o professor e a do
professor com os alunos; e quais as solicitações dos profissionais.
De acordo com a professora Vera Maria Nigro de Souza Placco, da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, “ O ideal é que os
coordenadores pudessem comandar o trabalho pedagógico na escola, orientar
a formação da equipe docente, segundo as demandas da realidade local, e
liderar a elaboração a elaboração do projeto político-pedagógico(PPP).Porém
sua função se tornou muito abrangente, envolvendo assuntos de caráter
disciplinar e questões relativas ao entorno”.
Com o acontecimento dessas coisas, pode-se crescer junto com o
professor ampliando todos os olhares. Não deve ser esquecido, que o
professor nem o coordenador têm todas as respostas, mas com certeza eles
irão problematizá-las de forma mais democrática.
O coordenador pedagógico, é uma peça fundamental no espaço escolar,
se ele atuar no sentido de integrar os envolvidos no processo ensino
aprendizagem, mantendo as relações interpessoais de maneira saudável,
valorizando a formação do professor e a sua própria formação, desenvolvendo
36
habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente
na construção de uma educação de qualidade, dando voz e vez aos elementos
envolvidos neste processo.
A seguinte colocação da professora Terezinha Azevedo Reis sintetiza o
profissional tema deste trabalho: “A educação acontece em cada canto da
escola, em cada momento, cada tarefa cumprida, cada descoberta, cada
partilha, cada gesto de construção da vida que todos nós -diferentes e iguais-
devemos buscar juntos”.
37
BIBLIOGRAFIA
ABREU, Luci C. de, BRUNO, Eliane B.G. O coordenador pedagógico e a
questão do fracasso escolar. In.: ALMEIDA, Laurinha R., PLACCO, Vera
Maria N.de S. Coordenador Pedagógico e questões da contemporaneidade.
São Paulo: Edições Loyola,2006
ALMEIDA, Laurinha R. O relacionamento interpessoal na coordenação
pedagógica. In.: ALMEIDA, Laurinha R., PLACCO, Vera Maria N.de S.
Coordenador Pedagógico e o espaço de mudanças. São Paulo: Edições
Loyola,2003
ALARCÃO, Isabel. Escola Reflexiva e Desenvolvimento Institucional.
Novas Funções Supervisivas. Porto: Porto, 2000.
ALARCÃO, Isabel. Escola Reflexiva e Supervisão. Uma Escola em
Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto, 2002.
ALVES, Denise; GOTTI, Marlene; GRIBOSKI, Claudia; DUTRA, Claudia. Sala
de Recursos Multifuncionais: espaço para atendimento educacional.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. LDB 4.024, de 20 de dezembro de 1961.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. LDB 5.692, de 11 de agosto de 1971.
38
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa
Oficial, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília:
MEC/SEESP, 2001.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”.5.
ed. Porto Alegre: Medicação, 2007.
CORREA, Maria Ângela Monteiro. Educação Especial. V.1. Rio de Janeiro:
Fundação CECIERJ, 2005.
DUY, Cynthia. Educar na Diversidade: Material de Formação Docente.
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC, 2007.
FERREIRA, Naura Syria Garapeto. Supervisão Educacional Para uma
Escola de Qualidade. São Paulo: Cortez, 1999.
FAZENDA, Ivani Catarina. Conversando sobre interdisciplinaridade com
coordenadores pedagógicos. O encontro em flor.In.A Academia vai à
escola.São Paulo: Papirus,1995
FAZENDA,Ivani Catarina.(ORG). Práticas Interdisciplinares na Escolas. São
Paulo: Cortes,1993
GOMES, Adriana; FERNANDES, Anna; BATISTA, Cristina; SALUSTIANO,
Dorivaldo; MANTOAN, Maria Teresa; FIGUEIREDO, Rita. Formação
Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional
Especializado Deficiência Mental.
Secretaria de Educação Especial. 2007.
39
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e
Prática.Goiás;Alternativa,1996.
LIMA, Paulo Gomes. Possibilidades ou potencialidades: a postura
piagetiana na epistemologia genética sobre a gêneses da Inteligência.
Acta científica.Ciências Humanas.Engenheiro Coleho:Unaspress: v.02, n. 09,
p.17- 21- 2007
Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 04, de
02 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica – Modalidade Educação
Especial. Diário Oficial da União Brasília, nº 190 , 05 de outubro de 2009.
Seção 01.p.17
PILETTI,N.Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental.São Paulo:
Ática,1998.
OLIVEIRA, Marilena. L. O Papel do Gestor Intermédio na Supervisão
Escolar. Escola Reflexiva e Supervisão. Uma Escola em Desenvolvimento
e Aprendizagem. Porto: Porto, 2000.
PEREIRA, Olívia. Princípio de Normalização e Integração na Educação de
Excepcionais. In: Educação Especial: Atuais Desafios. Rio de Janeiro:
Interamericana, 1980.
______, Presidência da República, Decreto nº 6.751, de 17 de março de 2008.
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o
parágrafo único do art.60 da Lei nº 9; 394, de 20 de dezembro de 1996, e
acrescenta dispositivo ao Decreto nº 6.253, de 13 de novembro de 2007. Diário
Oficial da União, Brasília, nº 188, 18 de setembro de 2008. Seção 01.p.26.
______, Presidência da República. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009.
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com
40
Deficiência e seu Protocolo Facultativo. Diário Oficial da União, Brasília, nº 163,
26 de agosto e 2009. Seção 01.p.3.
SERGIOVANI, Thomaz. Novos Padrões de Supervisão. São Paulo: EPU,
1972.
SILVA, Naura Syria F. Correa da. Supervisão Educacional um Reflexão
Crítica. Petrópolis: Vozes, 1985.
SILVA, Moacyr da O coordenador pedagógico e a questão da participação
nos órgãos colegiados.In.: ALMEIDA, Laurinha R., PLACCO, Vera Maria N.
de S. O Coordenador Pedagógico e questões da contemporaneidade.São
Paulo: Edições Loyola,2006.
41
WEBGRAFIA
GIANCATERINO, Roberto. A supervisão educacional: mudanças sob olhar de uma educação libertadora. http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-supervisao-educacional-mudancas-sob-olhar-uma-educacao-.htm. Meu Artigo: Publicado em 2012. REIS, Fátima. O professor Coordenador Pedagógico: Múltiplas Tarefas X Múltiplas Formações. http://www.webartigos.com/artigos/o-professor-coordenador-pedagogico-multiplas-tarefas-x-multiplas-formacoes/28191/. Web Artigos: Publicado em 16 de Novembro de 2009. BIBIANO, Bianca. Redefinir papéis é o caminho para garantir o tempo da formação. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/farsa-capacitacao-636188.shtml?page=1. Revista Escola: Publicado em 01 de Junho de 2011. RIOS, Terezinha Azerêdo. Lugar de múltiplos saberes. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/lugar-multiplos-saberes-construcao-vida-escolar-696447.shtml. Revista Escola: Publicado em 01 de Junho de 2012 SERPA, Dagmar. Desvios de função do coordenador pedagógico. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/desvios-funcao-coordenador-pedagogico-634934.shtml. Revista Escola: Publicado em 01 de Junho de 2011. PAULINA, Iracy. Os diferentes desafios para o coordenador pedagógico em cada segmento. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diferentes-desafios-coordenador-pedagogico-cada-segmento-634884.shtml. Revista Escola: Publicado em 01 de Junho de 2011.