trabalho multiculturalismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE FÍSICA A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL: UMA QUESTÃO DE FORMAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. MACAPÁ/AP 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE FÍSICA

A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL: UMA QUESTÃO DE FORMAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

MACAPÁ/AP

2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE FÍSICA

ANDRÉ WILLIAN PEDROSO GAIA

CLEONICE SOARES DE BARROS

DAIANE SOCORRO DOS SANTOS BRITO

RAPHAEL COSTA ARAUJO GNOATTO

A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL: UMA QUESTÃO DE FORMAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Trabalho apresentado à disciplina de Didática

Geral, como pré-requisito avaliativo do curso

de licenciatura em física da Universidade

Federal do Amapá, orientado pela professora

Maria Zenaide Farias de Araújo.

MACAPÁ/AP

2014

1. RESPONSÁVEIS PELO PROJETO

Nome: André Willian Pedroso Gaia

Email: [email protected]

Nome: Cleonice Soares de Barros

Email: [email protected]

NOME: Daiane Socorro dos Santos Brito

Email: [email protected]

Nome: Raphael Costa AraujoGnoatto

Email: [email protected]

Orientadora: Maria Zenaide Farias de Araújo

[email protected]

Examinador: __________________________

(Orientador)

MACAPÁ/AP

2014

ÍNDICE

1 RESUMO

2 DESCRIÇÃO DO PROJETO

2.1 Introdução

2.2 Motivação

2.3 Importância e Finalidade do estudo

3. FORMULAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DO PROBLEMA DE

PESQUISA

4. OBJETIVOS

4.1. Geral

4.2. Específicos

5. MARCO TEÓRICO

6. HIPÓTESES DE TRABALHO

7. METODOLOGIA

7.1. Definição do tipo de estudo

7.2. Recorte Teórico

7.3. Cenário Teórico

7.4. Público Alvo

7.5. Instrumento de coletas de dados

8. CRONOGRAMA

9. RESULTADO ESPERADOS e BENEFICIOS

10. REFERÊNCIAS

11. ANEXOS

11.1. Termo de consentimento livre e esclarecido

11.2 Instrumento de coleta de dados

1. RESUMO

Este estudo tem como temática “A Educação Multicultural: Uma Questão de

Formação e Ressignificação das Práticas Pedagógicas”. Cujo objetivo é analisar as

práticas pedagógicas no contexto da multiculturalidade respeitando a construção de

identidade discentes e docentes concernente ao ensino e aprendizagem, promovendo o

respeito as diferenças culturais e a pluralidade. A pesquisa foi realizada na escola

Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, foram entrevistados (05) professores que

ministram aula no ensino médio do terceiro ano, no turno da tarde. Nesse sentido optou-

se pela pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. A mesma foi referendada por autores

como: Candau(2003,2005), Silva(2000,), Vasconcellos(2009), Moreira; Candau(2003), e

outros que abordam conceitos, definições e perspectivas relacionadas ao multiculturalismo,

formação continuada e práticas pedagógicas. Com os resultados obtidos, percebe-se que a

escola pesquisada ainda esta trabalhando conteúdos curriculares com pouco significado para

seus alunos. É importante nos dias atuais que as escolas valorizem a diversidade cultural dos

alunos, para construção de conteúdos significativos e tornem esses educandos sujeitos

conhecedores de suas realidades. Propor uma educação multicultural deve ser um dos

primeiros passos para garantir uma educação de qualidade, onde a informação relativa

aos alunos dessa escola possa ser utilizada no seu planejamento, possibilitando assim a

flexibilidade curricular, sendo imprescindíveis para a aprendizagem e sucesso escolar.

Palavras- chaves: Multiculturalismo; Identidade; Formação docente e Práticas Pedagógicas.

2. DESCRIÇÃO DO PROJETO

2.1. Introdução

A escola é um espaço de acesso aos conhecimentos, que deve proporcionar condições

de aprendizagem aos alunos, instigar a criticidade, curiosidade, para formar cidadãos críticos

conscientes de seu papel na sociedade.

O currículo é o documento de identidade da escola, precisa ser dinâmico, flexível e

valorizar as diferenças culturais, o professor é peça importante, pois lida com situações que

envolvem questões como diversidade, gênero, raça, etnia, racismo e outros.

A formação pedagógica será formatada para uma melhor analise e entendimento dos

grupos multiculturais, além da escola ser o alicerce para a pratica de ensino flexível e atrativo

aos vários grupos étnico-sociais.

Nesse sentido, este estudo traz o tema “A Educação Multicultural: Uma Questão de

Formação e Ressignificação das Práticas Pedagógicas”, com objetivo de analisar as práticas

pedagógicas no contexto da multiculturalidade respeitando a construção de identidade discentes

e docentes concernente ao ensino e aprendizagem, promovendo o respeito as diferenças

culturais e a pluralidade. Por isso foi realizada uma pesquisa de Campo na escola Estadual Dr.

Alexandre Vaz Tavares, que possibilitou chegar mais próximo do cotidiano escolar, a fim de

conhecer a realidade da mesma e suas dificuldades e apresentar os resultados da pesquisa.

2.2. Motivação

O que motivou o desenvolvimento do trabalho foi a discussão da temática da

diversidade cultural no processo educativo a partir de uma perspectiva de reconhecimento das

pluralidades culturais, como desafio postos a prática do profissional no contexto escolar em que

contribuem para repensarmos a prática pedagógica do professor e a formação do aluno

enquanto sujeito das suas ações.

2.3. Importância e Motivação do Estudo.

Este trabalho servirá de suporte para professores com dificuldades em sala de aula,

quanto a multiculturalidade na educação, servindo de subsídio para compreender e lidar com as

diferenças de culturas. O educando terá maior liberdade de expressão e o professor realizará as

atividades propostas com êxito, proporcionando um ensino-aprendizagem mais sólido.

3. FORMULAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA.

O multiculturalismo é um tema interessante e pertinente, tanto na sociedade, bem

como no contexto escolar. O professor tem um papel importante de valorizar o ambiente

cultural do educando, proporcionando uma educação inclusiva, com isso melhorando a sua

prática na sala de aula, pois a sua formação e prática influencia diretamente no processo

educativo, podendo favorecer ou mesmo criar obstáculos ao desenvolvimento cognitivo,

social e emocional dos alunos como também ao desempenho de competências e capacidades

de cada um. Diante disso, torna-se necessário repensar a formação e as práticas educativas,

buscando uma ressignificação das teorias e metodologias aplicadas.

A partir dessa temática propõem-se as seguintes questões norteadoras:

Os cursos de formação de professores, que oferecem disciplinas ligadas à educação

inclusiva, abordam temáticas relativas a identidade, a gênero, raça, etnia e classes sociais?

Como melhorar o ensino/aprendizagem dos alunos valorizando as diferenças sócio-

culturais?

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

Analisar as práticas pedagógicas no contexto da multiculturalidade respeitando a

construção da identidade discente e docentes concernente ao ensino aprendizagem,

promovendo o respeito a diferença e a pluralidade cultural.

4.2. Objetivos específicos

a) Realizar uma análise crítica, procurando compreender a escola internamente, no seu

projeto, em suas práticas de ensinar para atender as diversidades.

b) Compreender as dificuldades que cada educador encontra em uma sala de aula

multicultural.

c) Utilizar matérias didáticos que propicie questionamentos e promova discussão de

questões locais e universais.

d) Analisar quais são as práticas pedagógicas que podem ser renovadoras e aplicadas

nessa nova geração tecnológica e multicultural

e) Identificar quais são os grupos culturais e incluir eles nas práticas, sem que haja

exclusão sócio-cultural.

5. MARCO TEÓRICO

O processo de ensino-aprendizagem no âmbito da educação multicultural significa o

conjunto de estratégias baseadas em programas curriculares que expressem a diversidade de

culturas e estilos de vida, tendo em vista promover a mudança de percepções e atitudes que

facilitem a compreensão e a tolerância entre indivíduos de origens étnicas diversas.

Para Canen (2007) os obstáculos do multiculturalismo, com relação a construção das

identidades e das diferenças e às formas pelas quais a tensão universalismo e particularismo é

enfrentada, podem culminar em inúmeras discursões sobre os currículos e o seu parâmetro

multicultural na educação.

Segundo Canen (2007) as dificuldades que são evidenciadas, particularmente na área

educacional, em uma visão do mundo complexo e contemporâneo, não podem reduzir-se a

olhares que fecham em campos disciplinares de fronteiras rígidas. Ao contrário, é exigido

respostas complexas.Sínteses com criatividade a partir de olhares plurais só têm a somar no caminho da

construção de alternativas educacionais propiciadoras da formação de gerações abertas à

diversidade cultural, e desafiadora de congelamentos identitários e preconceitos (CANEN,

2007).

Segundo Richter (2003), a educação multicultural é compartilhada pelos indivíduos de

um grupo, não se referindo a um fenômeno isolado. Por outro lado, cada um dos grupos, em

diferentes épocas e lugares, dá diferentes significados, valores às coisas e passagens, momentos

da vida que são aparentemente semelhantes.

A perspectiva multicultural não busca reinventar as práticas pedagógicas, mas acima de

tudo, reorientar o currículo de forma que possa ser revisto o papel da escola e suas relações

com a comunidade.

Para Canen (2007) as questões multiculturais vivenciadas, remetem em última análise a

questões de como a identidade e diferença são concebidas, a relação entre o universalismo e

relativismo e a compreensão do multiculturalismo como campo de estudos de caráter único.

Canen (2007) exemplifica a situação em que um educador deseja trabalhar em uma

perspectiva multicultural crítica pós-modernizada ou pós-colonial. Uma ideia seria propor uma

tarefa que exija crítica cultural, em que os alunos tentem identificar vozes silenciadas ou

estereotipadas, em livros didáticos e outros materiais.

Assim, a sensibilização dos alunos para formas mais plurais de dar significado ao

mundo, segundo percepções culturais diversificadas, não significa um relativismo total em que

quaisquer valores sejam aceitos de forma acrítica. Mas se prevê que seja estabelecido um

diálogo pautado em valores éticos, humanos de preservação da vida e de respeito à existência

do outro‟ (CANEN, 2007).

Analisando o processo de formação pedagógica a ideia da formação de professores

multiculturalmente orientados, um chamar da atenção dos educadores para uma possível defesa

do multiculturalismo como um viés relativista, aceitando todas as culturas com seus

procedimentos e costumes, muitas vezes inadequados, desrespeitosos e injustos para com o ser

humano (WERNECK, 2008).

É preciso considerar que a educação propõe-se à transformação da sociedade. Ela prevê

o desenvolvimento de potencialidades, o crescimento moral e à humanização dos indivíduos.

Mas para conseguir esse feito deve-se aceitar, ao mesmo tempo, passivamente, usos e costumes

tão impróprios para atingir tal objetivo? (WERNECK, 2008).

O educador, a partir de uma postura crítica, deve não apenas aceitar, como entender o

diferente, as diferenças, mas também deve reconhecer as situações em que “certos momentos

podem atentar contra a saúde, o bem-estar ou a dignidade da pessoa humana” (WERNECK,

2008).

É importante destacar que ao abraçar o multiculturalismo nas escolas, deve-se por em

evidência o fato de também o professor ressurgir de um tempo onde os costumes eram

diferentes. Ele foi educado conforme determinados padrões culturais que devem ser superados

para que possa adequar-se a nova realidade vivenciada no cotidiano escolar (WERNECK,

2008).

A escola deve ser vista como um importante centro cultural, onde a multiplicidade e a

diferença são a sua tônica enriquecedora. Neste espaço devem ser desvelados e denunciados

processos excludentes, promovido o rompimento de olhares hierarquizado sobre as diferentes,

realizadas reflexões sobre a relação entre cultura e poder, desenvolvido ideias em torno de uma

cidadania crítica, respeito à diversidade (XAVIER; CANEN, 2008).

Segundo Moreira e Candau (2003), muitos dos relatos sobre situações de discriminação

mostraram, também, que a escola é palco de manifestações de preconceitos e discriminações de

diversos tipos. Contudo, a escola tende a não reconhecer tais conflitos, reforçando, dessa

forma, o preconceito.

Numa perspectiva mais crítica do multiculturalismo, as escolas deveriam desafiar o

preconceito através de práticas pedagógicas mais comprometidas com a pluralidade de culturas

existentes na escola. Logo, trabalhar a identidade negra é emblemático da luta das identidades

multiculturais, visto que muitas vezes o preconceito racial é reforçado no ambiente escolar.

Para Taylor (2002), nosso sentido implícito da condição humana pode bloquear nossa

compreensão dos "outros". Portanto, é importante promover processos educacionais que

permitam que identifiquemos e desconstruamos nossas suposições, em geral implícitas, que

não nos permitem uma aproximação ampla e empática à realidade dos "outros". E também

favoreçamos este processo em nossas salas de aula.

Observamos que vários autores (CANDAU, 2000; MOREIRA, 2002; PADILHA,

2004; dentre outros) estão alertando para os riscos de desenvolvermos práticas educativas

multiculturais limitadas ao reconhecimento e a tolerância às diferenças, sem reconhecer as

relações de poder que estão envolvidas nesse processo de convivência entre as diferentes

culturas.[...] ser um modismo, situa-se em uma lógica de importação, sem dialogar de modo

mais a fundo com as diferentes configurações do multiculturalismo na nossa sociedade;

ser disciplinarizado e reduzido a um conhecimento específico.

A fim de evitar que as escolas adotem práticas multiculturais que, ao invés de

combater a discriminação e o preconceito quanto às culturas dos grupos populares, reforcem

os processos de dominação cultural, Candau e Koffe (2006, p. 476) propõem que adotemos.[...] o multiculturalismo crítico e revolucionário exposto por McLaren (2000)

[...], que parte do principio de que o multiculturalismo tem de ser evidenciado a

partir de uma questão política de mudança, sem a qual corre o risco de se

reduzir a outra forma de acomodação à ordem social vigente. Entende as

representações de etnia, gênero e classe como produto de lutas sociais sobre

signos e significações. Privilegia a transformação das relações sociais, culturais

e institucionais nas quais os significados são criados

Somando a discussão, Silva (1999) acrescenta ainda que o multiculturalismo crítico

está associado ao reconhecimento e ao respeito às diferenças e ao pluralismo cultural, étnico e

religioso, constituindo-se numa possibilidade de superação dos preconceitos, garantindo aos

diferentes o direito a voz e a representação das mesmas nos diversos espaços sociais,

educacionais e culturais.

Se o multiculturalismo tem como objetivo para uma educação que valorize e aperfeiçoe

a diversidade cultural e questiona as diferenças, deve superar posturas dogmáticas, que tendem

a congelar as identidades e desconhecer as diferenças no interior das próprias diferenças

(CANEN, 2007).

As estratégias multiculturais críticas, mesmo que superando o mero “exotismo” que

caracteriza o multiculturalismo folclórico, ainda estariam trabalhando com “a ideia uniforme e

acabada das identidades, sem considerar o dinamismo, o hibridismo, as sínteses culturais e o

movimento constante que resulta em novas identidades” (CANEN, 2007, p.94).

O multiculturalismo crítico pós-modernizado ou pós-colonial pretende focalizar não só

a diversidade cultural e identitária. Ele prevê a análise dos processos discursivos pelos quais as

identidades são formadas, em suas múltiplas camadas. Propõe analisar criticamente os

discursos que “fabricam” essas identidades e diferenças (CANEN, 2007).

Em relação à educação especial e especificidades de cada aluno, o paradigma da

inclusão, que preconiza a convivência na diversidade, particularmente no contexto escolar, é

imperiosa a necessidade de utilização de recursos específicos, de estratégias diferenciadas de

ensino e de condições de acessibilidade, que tem sido garantida por meio de novas ferramentas

tecnológicas. Debates científicos atuais na área da educação especial apontam para a

importância da tecnologia de informação e comunicação aplicadas à educação vir a compor a

grade curricular dos cursos.

Basicamente, os educadores que irão atuar nos serviços especializados precisam

conhecer, compreender e acima de tudo promover ações pedagógicas inclusivas no interior das

escolas brasileiras (GIROTO, POKER, OMOTE p 20).

Assim sendo, falar sobre educação inclusiva multicultural pressupõe, uma mudança na

cultura organizacional da escola. É preciso repensar as relações sociais, as práticas pedagógicas

e os currículos escolares para realizar a inclusão, em uma perspectiva multicultural. Para tanto,

é necessário que o trabalho pedagógico se encontre alicerçado em um processo de

conscientização cultural (Canen, 1997), entendendo a escola como organização multicultural

(Canen, 2005).

Outro ponto preponderante atualmente é a era dos eletrônicos e esse avanço tecnológico

vem sendo evidenciado pelos educadores, a utilização de aparelhos tecnológicos, como celular,

notebook, tablet, entre outros. A produção de meios cada vez mais sofisticados intensificam o

pensamento complexo, interativo e transversal, criando novas formas de o indivíduo

transacionar com o conhecimento (ASSMANN;MO SONG, 2000, p.45) e desafia o sistema

educacional para que este possa ocupar os novos espaços sócio-cognitivos e a tomar posse das

novas ferramentas e múltiplas experiências de aprendizagem, a partir das quais o a informação

tem sido objeto de geração recuperação, seleção, disponibilização e uso.

Atualmente presenciamos as tecnologias em muitas esferas da atividade humana. Nos

vários setores da sociedade e das civilizações sua função é modernizar, mudar a

produtividade, ampliar a capacidade de comunicação e informação, redesenhar a economia

global e a geopolítica mundial (ANDRADE, 2003).

Nesta perspectiva, a educação deve e necessita de investimentos, um dos quais é a

implantação de tecnologias, conectando principalmente alunos e professores.Há uma premente necessidade de se fazer uma alteração no sistema de ensino

superior, por meio da inserção de novas tecnologias da informação e

comunicação no processo tradicional de ensino-aprendizagem, uma vez que o

avanço tecnológico avança rapidamente e a necessidade de formação de

profissionais comprometidos com sua realidade e competentes para solucionar

problemas rapidamente (SILVEIRA e JOLY, 2002, p. 65).

Em razão dessas novas exigências impostas pelas tecnologias, a educação deve assumir

o compromisso de formar o indivíduo capacitado para ler e escrever, interpretar sua realidade

criticamente, expressar-se adequadamente, lidar com conceitos abstratos, trabalhar em grupos

de resolução de problemas, tomar decisões individuais e coletivas e, principalmente, “aprender

a aprender” (DELORS, 1999) a buscar a informação e/ou conteúdo em sistemas altamente

complexos e interativos (SILVA, 2003).

Para Moran (2000), o uso de tecnologias na educação permite fortalecer e amplificar o

conceito de aula, espaço e tempo, de comunicação. Permite também trazer dados, imagens,

resumos de forma rápida e atraente, cooperando para o desenvolvimento da educação em sua

forma presencial (fisicamente), dinamizando as aulas, tornando-as mais interessantes tanto para

alunos quanto para professores.

Acresce a ideia da formação de professores multiculturalmente orientados, um chamar

de atenção dos educadores para uma possível defesa do multiculturalismo como um viés

relativista, aceitando todas as culturas com seus procedimentos e costumes, muitas vezes

inadequados, desrespeitosos e injustos para com o ser humano (WERNECK, 2008).

Uma visão multicultural deve traduzir-se em ações pedagógicas que detectam vozes

silenciadas e representadas nos discursos escolares. Há ainda que se considerar o incluir como

ação de garantia dos direitos constitucionais e educacionais a todos os indivíduos envolvidos

no processo ensino-aprendizagem.

6. HIPÓTESES

A escola pode e deve dar a sua parcela de contribuição para a construção de uma

sociedade justa e democrática, cabe aos professores colaborarem nesse processo,

ressignificando suas práticas de forma flexíveis levando em consideração a realidade do aluno

abaixo relacionadas:

1. Utilizar instrumentos pedagógicos tecnológicos, que outrora não se usavam

para instigar a curiosidade do aluno, tende a atrai o interesse do mesmo a participarem

ativamente das atividades.

2. Diferenciar os métodos para prender a atenção do aluno, respeitando as

especificidades de cada um, com vista a minimizar as dificuldade de aprendizagem em

determinada atividade, tende a melhorar o processo ensino-aprendizagem.

3. Desenvolver atividades sócio educativas para materializar determinado

conteúdo pedagógico, através de atividades reflexivas, debates e seminários, tende a melhorar

a absorção do conteúdo exposto em tais atividades.

7. METODOLOGIA

7.1. Definição do Tipo de Estudo

O presente projeto tem como tipo de estudo uma pesquisa bibliográfica e de campo. A

primeira permite que se faça um levantamento das referências com vistas a revisar a literatura

em torno do fenômeno a ser observado e a segunda permitirá que se acesse o campo de

pesquisa para se realizar uma análise da prática pedagógica docente no contexto do

multiculturalismo na educação, destacando os instrumentos pedagógicos, métodos e demais

recursos e atividades que possam materializar determinado conteúdo pedagógico.

Quanto à abordagem da pesquisa será qualitativa, pois fornecem dados significativos

que analisam o objeto de estudo e trazem respostas para a realidade. O método de estudo

utilizado é o estudo de caso, segundo (SEVERINO, 2007, p.121), “os dados devem ser

coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa

de campo”.

7.2. Recorte Teórico

O Currículo é um instrumento importante dentro do contexto escolar, pois aproxima o

saber escolar das experiências de cada educando, e também é à base do desdobramento do

trabalho e das ações a serem desenvolvidas na escola, pois o currículo é documento de

identidade da escola, o que explica a necessidade da participação conjunta de todos na sua

construção.

Nesse sentido, seria importante e interessante tentar olhar um pouco para dentro da escola e do currículo e

ver que as histórias estão sendo produzidas aí e como se constroem os sentidos de pertencimento e exclusão,

bem como as fronteiras raciais e étnicas entre os diferentes grupos sociais que ali interagem e estão

representados. (COSTA, 2001. p. 81)

Segundo (SILVA 2000, p.16), as teorias curriculares se dividem em três perfis: Teoria

Tradicional, Crítica e Pós-Crítica, a hegemonia da Teoria Curricular Tradicional, vigente no

Brasil até a década de 1980, quando surgem adeptos da Teoria Curricular Crítica,

contrapondo-se ao tradicional fazendo reflexões e propostas de cunho mais crítico, dando

ênfase à análise crítica da realidade social do aluno, questionando o controle social por parte

da classe dominante, este conflito de interesses está presente nas escolas através de conteúdos

curriculares, muitas vezes voltados para a formação técnica para atender ao interesse do

mercado de trabalho em detrimento a uma educação de qualidade, elementos como:

identidade, diferença, subjetividade, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade,

multiculturalismo e outros, são categorias de análises da Teoria Pós-Crítica, o

multiculturalismo tem sua origem nos países do norte, como: Estados Unidos e outros, que

favorece um currículo reconhecedor da pluralidade das identidades culturais que possibilita a

compreensão das contradições e dos conflitos existentes no âmbito escolar.

Multiculturalismo traz outra concepção de cultura, para quebrar a educação

monocultural, quando reconhece o outro e o diálogo entre os diferentes grupos sociais.

No Brasil o multiculturalismo se organiza no currículo escolar, o documento é emitido

pelo Ministério da Educação (MEC), os Parâmetros Curriculares Nacionais. Trazem temas

transversais remetem à situação social atual do país as necessidades de convivência e

transformação, têm por finalidade proporcionar relações sociais e interpessoais pautadas em

princípios éticos e democráticos, a fim de desenvolver atitudes de cidadania, contribuindo,

assim, para uma educação crítica de teor político e social. Para isso perpassam as disciplinas,

transitando entre os conteúdos escolares, contextualizando-os, ou seja, situando-os em

realidades particulares. As questões culturais são contempladas nos PCNs através do tema

transversal denominado Pluralidade cultural. Constitui, assim, a proposta curricular dos

parâmetros quanto ao tratamento da diversidade cultural no país.

Um ponto importante é a relação da educação multicultural com a formação de

professores se estão preparados para trabalharem na escola a questão da diversidade cultural,

o preconceito racial, a sexualidade e outros temas.

Segundo Silva (2003), o multiculralismo deve ser um dos princípios orientadores na

formação inicial e continuada do professor, na busca de promover processos educacionais

para o reconhecimento do outro entre os diferente grupos sociais e culturais.

Portanto, a proposta curricular multicultural para o seu desenvolvimento e

implementação na escola, o professor assume papel importante em todas as suas etapas, deve

levar em consideração o respeito à diversidade cultural e racial. Questões presentes nas

escolas e a participação coletiva. Para (VASCONCELLOS, 2009, p.205), no cotidiano dos

espaços formativos, o professor acolhe, provoca, subsidia e interage com os alunos,

possibilitando assim que cada estudante construa, seja sujeito do seu curriculum no interior da

escola”.

7.3. Cenário da Pesquisa

Por se tratar de um assunto relacionando a educação, foi escolhida uma escola

tradicional, pois dentro dela há vários contextos sobre a multiculturalidade, que envolvem a

questão das práticas pedagógicas.

7.4. Publico Alvo

A escolha dos sujeitos para realização da entrevista acontecera de forma aleatória,

tendo como critérios, professores que ministram aula no ensino médio do terceiro ano, no

turno da tarde, na escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares.

7.5. Instrumentos de coleta de dados

Entrevistas com (05) professores do terceiro ano do ensino médio.

8. CRONOGRAMA

ETAPAS AAGO. SET. OUT.

NNOV. DEZ. JAN.

Escolha do Tema Sx

Levantamento bibliográfico e coleta de dados xx

Análise dos dados xx

Introdução x Xx

Embasamento teórico xx

Metodologia da pesquisa Xx

Cronograma da pesquisa e estruturação provisória do artigo científico

Xx

Pré-texto e pós-texto X

xRevisão x

xEntrega do projeto de pesquisa x

x

9 - RESULTADOS ESPERADOS E BENEFICIÁRIOS

Ao final deste projeto de pesquisa, após uma analise das dificuldades que cercam tanto

a formação do professor, com finalidade de ter uma visão critica quanto a falta de um

curriculum adequado nas escolas para os mais variados grupos sociais. Educar sem

discriminar é uma tarefa difícil, pois muitos preconceitos e estereótipos ainda estão enraizados

nas pessoas, tendo em vista os modelos culturais que lhe são impostos. A educação

multicultural está amparada por lei, mas necessita ser posta em prática. A formação docente

precisa abranger, obrigatoriamente, o multiculturalismo em seus currículos, para que se forme

o professor com essa nova visão e a possa melhorar a qualidade de ensino aprendizagem na

escola.

Ao certo o governo deveria criar politicas publicas voltadas, para uma melhor

formação de nossos professores e uma melhor estrutura física nas escolas, em especial com

mecanismos de acessibilidade e auxilio de componentes eletrônicos. Tais politicas devem ser

elaboradas através de debates junto aos educadores com objetivo de sanar as dificuldades

pertinentes no processo educacional.

10. REFERENCIAS

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Janeiro: DP&A, 1999.

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______, Tomaz Tadeu da.Teorias do currículo. uma introdução crítica. Portugal: Porto

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Campinas: Papirus, 2000.

11. ANEXOS

11.1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título da Pesquisa: A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL: UMA QUESTÃO DE FORMAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Nome do Pesquisador Principal ou Orientador(a): Cleonice Soares Barros - 991783223

Nome do(s) Pesquisador e assistentes/alunos: André Willian Pedroso Gaia

Nome do(s) Pesquisador e assistentes/alunos: Dayane Socorro dos Santos Brito

Nome do(s) Pesquisador e assistentes/alunos: Raphael Costa Araújo Gnoatto

Eu, _________________________________________________________________,

portador do RG nº ____________________, estou sendo convidado a participar de um estudo

denominado, “A educação multicultural: uma questão de formação e ressignificação das

praticas pedagógicas”, com intuito de analisar a problemática no processo de ensino-

aprendizagem.

A minha participação no referido estudo será no sentido de responder o questionário

composto por 15 (quinze) perguntas subjetivas.

Fui alertado de que, da pesquisa a se realizar, posso esperar alguns benefícios, tais como:

reunião com o corpo pedagógico do colégio a fim de expor e melhorar o ensino na escola.

Recebi, por outro lado, os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e

riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados

positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização.

Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer

outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo.

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu

consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa,

não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo. Foi-me esclarecido,

igualmente, que eu posso optar por métodos alternativos, que são: autorizar acesso às aulas

ministradas afim de ser avaliado.

É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é garantido o livre

acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas

consequências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha

participação.

Portanto, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido

a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em

participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a

pagar, por minha participação.

No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa,

haverá ressarcimento na forma seguinte: ressarcimento em dinheiro, ou depósito em conta-

corrente. De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no

estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei.

Em caso de reclamação ou qualquer tipo de denúncia sobre este estudo devo ligar para a

Universidade Federal do Amapá - Unifap (96) 3312-1755 ou mandar um email para

[email protected].

Macapá, _____ de ____________ de 2014.

______________________________________________________________________

Assinatura do sujeito da pesquisa

______________________________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Anexo 1.2. Instrumento de coleta de dados

QUESTIONÁRIO

Nome:

Idade: Tempo de profissão:

Perguntas

1) Qual sua formação acadêmica?

2) Na sua opinião o que é o currículo e qual sua finalidade?

3) Qual teórica curricular serve como base para construção do currículo da

escola?

4) Na construção do currículo a escola utiliza o multiculturalismo como base?

5) Você conhece os aspectos fundamentais da educação multicultural? Se

sim, quais são?

6) Como são construídas as propostas curriculares (conteúdos) utilizadas no

ensino médio?

7) Como é feito seu planejamento, individual ou coletivo?

8) Você encontrou dificuldades na construção de conteúdos curriculares?

9) Como se dá a convivência entre aluno e professor?

10) Você se encaixa em qual tipo de educador, critico ou tradicional?

11) Quais os recursos tecnológicos que você utiliza em sala de aula?

12) Você já sofreu algum tipo de preconceito na escola?

13) Você acha que a escola tem influencia no desenvolvimento da metodologia

que será utilizada pelo educador?

14) Você concorda com o uso de celulares, tablets e notebooks por parte dos

alunos?

15) No processo avaliativo, você avalia de forma individual de acordo com as

especificidades de cada aluno ou avalia de forma coletiva?