o metodo start na identificaÇÃo do sindrome do esmagamento

18
1 ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE O MÉTODO START NA IDENTIFICAÇÃO DA SÍNDROME DO ESMAGAMENTO 3 THE START METHOD IN IDENTIYING THE CRUSH SYNDROME 3 EL MÉTODO DE START LA IDENTIFICACIÓN DEL SÍDROME DE APLASTAMIENTO 3 Marcelo Chi Loon Tam 1 Edson Roberto Muniz 2 RESUMO Diante do aumento no número de desastres, acidentes de trânsito, violências resultantes de ações intencionais ou não, que provocam danos físicos, emocionais, ou morais ao ser humano, e com envelhecimentos das edificações e a infra-estrutura da nação, tornou-se consenso mundial oferecer mais atenção ao Atendimento Pré-Hospitalar. O sistema de triagem com o método de Triagem Simples e Tratamento Rápido (START), é utilizado em situações de desastres ou em catástrofes, demonstrando a importância na sua utilização da Síndrome do Esmagamento. Este estudo é um processo de revisão bibliográfica do tipo exploratório e retrospectivo. O presente estudo demonstrou à importância das práticas de triagem para a identificação e diagnóstico precoce do paciente politraumatizado, que vêm sendo desenvolvidas no contexto de atendimento às vítimas de desastres ou catástrofes. Palavras chaves: Triagem, START, Síndrome do Esmagamento, Avaliação. Abstract Given the increasing number of disasters, traffic accidents, violence resulting from intentional or unintentional actions that cause physical injury, emotional, or moral human beings, and aging methods of buildings and infrastructure of the nation, became a global consensus give more attention to the pre-hospital care. The sorting system with the method of Simple Triage and Rapid Treatment (START), is used in disaster situations or catastrophe, demonstrating the importance of its use in Crush Syndrome. This study is a process of literature review and an exploratory retrospective. The present study is an alternative that allows to understand the practices of separation for the identification and early diagnosis of multiple trauma patients, which have been developed in the context of caring for victims of disasters or catastrophes. Keywords: Screening. START. Crush syndrome. Evaluation. 1 Aluno PósGraduando do Curso de Enfermagem em Emergência da Universidade Metodista de Piracicaba - Piracicaba, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Professor Orientador do Curso de Pós -Graduação em Enfermagem em Emergência da Universidade Metodista de Piracicaba - Piracicaba, Brasil. E-mail: [email protected] 3 Artigo apresentado para Conclusão de Curso, para a obtenção do titulo de Especialista em Enfermagem em Emergência. Julho, 2012.

Upload: independent

Post on 22-Apr-2023

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

O MÉTODO START NA IDENTIFICAÇÃO DA SÍNDROME DO

ESMAGAMENTO 3

THE START METHOD IN IDENTIYING THE CRUSH SYNDROME 3

EL MÉTODO DE START LA IDENTIFICACIÓN DEL SÍDROME DE

APLASTAMIENTO 3

Marcelo Chi Loon Tam 1

Edson Roberto Muniz 2

RESUMO

Diante do aumento no número de desastres, acidentes de trânsito, violências resultantes

de ações intencionais ou não, que provocam danos físicos, emocionais, ou morais ao ser

humano, e com envelhecimentos das edificações e a infra-estrutura da nação, tornou-se

consenso mundial oferecer mais atenção ao Atendimento Pré-Hospitalar. O sistema de

triagem com o método de Triagem Simples e Tratamento Rápido (START), é utilizado

em situações de desastres ou em catástrofes, demonstrando a importância na sua

utilização da Síndrome do Esmagamento. Este estudo é um processo de revisão

bibliográfica do tipo exploratório e retrospectivo. O presente estudo demonstrou à

importância das práticas de triagem para a identificação e diagnóstico precoce do

paciente politraumatizado, que vêm sendo desenvolvidas no contexto de atendimento às

vítimas de desastres ou catástrofes.

Palavras chaves: Triagem, START, Síndrome do Esmagamento, Avaliação.

Abstract

Given the increasing number of disasters, traffic accidents, violence resulting

from intentional or unintentional actions that cause physical injury, emotional, or moral

human beings, and aging methods of buildings and infrastructure of the nation, became a

global consensus give more attention to the pre-hospital care. The sorting system with the

method of Simple Triage and Rapid Treatment (START), is used in disaster situations or

catastrophe, demonstrating the importance of its use in Crush Syndrome. This study is a

process of literature review and an exploratory retrospective. The present study is an

alternative that allows to understand the practices of separation for the identification and

early diagnosis of multiple trauma patients, which have been developed in the context of

caring for victims of disasters or catastrophes.

Keywords: Screening. START. Crush syndrome. Evaluation.

1 Aluno Pós–Graduando do Curso de Enfermagem em Emergência da Universidade Metodista de

Piracicaba - Piracicaba, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Professor Orientador do Curso de Pós -Graduação em Enfermagem em Emergência da Universidade

Metodista de Piracicaba - Piracicaba, Brasil. E-mail: [email protected] 3 Artigo apresentado para Conclusão de Curso, para a obtenção do titulo de Especialista em Enfermagem

em Emergência.

Julho, 2012.

2

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

RESUMEN

Dado el número cada vez mayor de los desastres, accidentes de tráfico, la violencia

resultante de los actos intencionales o no intencionales que causen daño físico, emocional

o morales los seres humanos, y el envejecimiento de los métodos de los edificios y la

infraestructura de la nación, se convirtió en un consenso mundial prestar más atención a

la atención prehospitalaria. El sistema de clasificación con el método de triaje simple y

tratamiento rápido (START), se utiliza en situaciones de desastres o catástrofes, lo que

demuestra la importancia de su uso en el síndrome de aplastamiento. Este estudio es un

proceso de revisión de la literatura y una retrospectiva de exploración. El presente estudio

demostró la importancia de las prácticas de cribado para la identificación y el diagnóstico

precoz de los pacientes politraumatizados, que se han desarrollado en el contexto de la

atención a las víctimas de los desastres o catástrofes.

Palabras clave: Tamizaje, START, síndrome de aplastamiento, evaluación.

1 INTRODUÇÃO

Diante do aumento no número de desastres, acidentes de trânsito, violências

resultantes de ações intencionais ou não, que provocam danos físicos, emocionais, ou

morais ao ser humano, e com envelhecimentos das edificações e a infra-estrutura da

nação, tornou-se consenso mundial oferecer mais atenção ao Atendimento Pré-Hospitalar

(APH), buscando implantar sistemas de atendimento ao traumatizado e minimizar a

morbimortalidade (MANTOVANI, 2005 e MAILLIK; DIDUDCH, 2000).

Observa-se que a necessidade deste atendimento vem crescendo, diante das

especificidades das ocorrências e o número de vítimas envolvido, faz com que exista cada

vez mais critérios de avaliações eficazes.

A área de emergência/urgência constitui-se em um importante componente da

assistência de saúde. A crescente demanda por serviços nesta área nos últimos anos,

3

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

devido ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana, e a insuficiência da

estrutura da rede de saúde do país, são fatores que contribuem para a necessidade de

implantação e ampliação de um sistema de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) no Brasil

e no mundo (BRASIL, 2004).

APH é definido como um atendimento emergencial realizado, direta ou

indiretamente, fora do âmbito hospitalar, através dos diversos meios e métodos

disponíveis, com uma resposta adequada à solicitação com a finalidade de atender o

paciente em situações de urgência e emergência, com a maior aplicação de recursos de

suporte visando manter a vida para aplicação de uma assistência definitiva no hospital de

referencia (AUERBACH, 2007, MANTOVANI, 2005).

A importância destas ações demonstrou relevância fazendo com que o Ministério

da Saúde em 2004, definiu que o APH é um conjunto de ações em um primeiro nível de

atenção a quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, que

representam risco eminente de morte (BRASIL, 2004).

A partir dessa realidade, o Ministério da Saúde (MS) implanta o Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), com o objetivo de unificar e melhorar a

assistência nos serviços de urgência e emergência, com finalidade prestar socorro

imediato e eficiente à população, com funcionamento de 24 horas por dia com equipes de

profissionais de saúde capacitados para o APH, como médicos, enfermeiros, técnicos de

enfermagem e socorristas (BRASIL, 2002).

A importância da capacitação é essencial para uma rápida avaliação para redução

da mortalidade nos desastres. Há de se destacar que treinar equipes de APH constitui em

um custo elevado financeiro e um tempo que se traduz em um retorno qualitativo, que por

vezes se vai quando o profissional deixa o serviço, diante de propostas de outras áreas.

No entanto para que se tenha uma ação de qualidade é necessário que as equipes

sigam protocolos de atendimento referenciados com base cientificas visando dar chances

reais de sobrevida e com o menor número de sequelas possíveis, por isso o treinamento

embora caro é importante, para triagem das vítimas do método START.

O objetivo deste trabalho é caracterizar a importância do método START na

avaliação de vitimas com síndrome do Esmagamento.

4

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

O interesse pelo tema se deu a partir do meu contato com o atendimento de

paciente politraumatizado, que apresentavam sinais e sintomas desta síndrome, e por

vezes eram atendidos sem os devidos cuidados específicos.

Este estudo se aplica a um processo de revisão bibliográfica do tipo exploratório e

retrospectivo, com foco na temática central. Foram utilizados artigos publicados entre

janeiro de 2006 á novembro 2011, em diversos idiomas, para o alicerciamento do

referencial, tendo como palavras chaves: Triagem, START, Síndrome do Esmagamento,

Avaliação.

Os critérios de inclusão foram artigos publicados dentro do período estipulado

pelo autor, sites indexados Bireme, Sciello, Jama, Medline, contemplarem a temática por

meio das palavras chaves.

A finalização se deu com a saturação dos dados e referenciais por meio de seleção

do conteúdo das palavras chaves.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO APH

O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) teve início no final do século XVIII, com o

Barão Dominick Jean Larrey, cirurgião-chefe militar de Napoleão Bonaparte percebendo

que os homens deveriam ter treinamento em cuidados médicos para dar assistência às

vítimas no próprio local do incidente e no transporte das mesmas até seu tratamento

definitivo (PHTLS, 2007).

A evolução dos atendimentos pré-hospitalares tem uma relação estreita com

situações de guerras, catástrofes e desastres sejam naturais ou não, impulsionando

inovações tecnológicas nos equipamentos, e posteriormente aplicadas no meio civil para

o atendimento pré-hospitalar (PHTLS, 2007).

Com a necessidade de melhorar à qualidade no atendimento às vítimas, introduziu

protocolos e métodos de atendimentos, que se justificavam por base cientifica,

confrontando resultados que traduziam-se por sobrevivências das vitimas com o menor

numero de sequelas possíveis.

O APH teve início há mais de 30 anos na América do Norte e Europa,

apresentando notável expansão logo após a Guerra do Vietnã (1962-1973), quando as

5

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

autoridades norte americanas perceberam que a atuação de socorristas nos locais de

batalha e nos transportes para hospitais reduzia significativamente a mortalidade e

aumentava o tempo de sobrevida dos soldados feridos (VARGAS, 2006).

O reconhecimento da efetividade da assistência precoce às pessoas em situação de

emergência, seja por mal súbito, acidentes ou violência, resultou no surgimento de vários

serviços de saúde, públicos e privados, de atendimento pré-hospitalar (APH) e de

remoção inter-hospitalar (GENTIL; RAMOS; WHITAKER, 2008).

Porém não bastava somente o diagnostico da necessidade de um atendimento,

haveria o árduo caminho da capacitação profissional dentro de um sistema de conceitos

único e com uma metodologia padronizada visando à qualidade na aplicação dos

protocolos no atendimento em desastres.

O desenvolvimento desses serviços culmina com a necessidade de profissional

qualificado que atenda as especificidades do cuidado do atendimento a ser realizado,

durante o APH ou a remoção inter-hospitalar, com vistas à prevenção, proteção e

recuperação da saúde (GENTIL; RAMOS; WHITAKER, 2008).

No Brasil, o APH foi regulamentado somente em 1989, devido ao surgimento

oficial do serviço de atendimento às emergências médicas – resgate na cidade de São

Paulo, sendo inicialmente desenvolvido segundo os moldes norte-americanos e

operacionalizado prioritariamente pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo

(VARGAS, 2006).

O Conselho Federal de Medicina (CFM) no final da década de 90, interessou-se

nos atendimentos de APH do Corpo de Bombeiros operados por “socorristas”, até então

sem conhecimentos e embasamento legal para a atuação no atendimento. A partir desse

período, na forma de regulamentar e organizar todas as respostas às situações de gestão

no atendimento aos cuidados médicos de urgência e emergências, ocorreu a inserção da

categoria médica nos serviços de APH, cabendo, segundo a Resolução nº1.529/98 ao

Corpo de Bombeiros e outros militares somente a atuação breve no Suporte Básico de

Saúde (VARGAS, 2006; BRASIL, 1998).

Atualmente, no Brasil, o atendimento pré-hospitalar está estruturado em duas

modalidades: o Suporte Básico à Vida (SBV) e o Suporte Avançado à Vida (SAV). O

SBV consiste na preservação da vida, sem manobras invasivas, em que o atendimento é

6

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

realizado por pessoas treinadas em primeiros socorros e atuam sob supervisão médica. Já

o SAV tem como características manobras invasivas, de maior complexidade e, por este

motivo, esse atendimento é realizado exclusivamente por médico e enfermeiro (RAMOS

VO; SANNA, 2005).

Em 2002, através Portaria nº 2048 do Ministério da Saúde regulamenta e

normatiza o APH, caracterizando não somente os papeis dos profissionais envolvidos,

normas de treinamentos, recursos físicos, materiais e humanos (BRASI, 2002).

Com a qualificação e preparo mais adequado dos profissionais a fim de atuarem

nos primeiros minutos do trauma, com diagnóstico e a terapêutica precoces, na primeira

hora de atendimento ao traumatizado, podem melhorar as chances de sobrevida, e

reduzindo seqüelas tardias. Vários estudos apontam um aumento na qualidade no

atendimento e uma diminuição nas taxas de mortalidade em até 50%, após a implantação

dos treinamentos padronizados para o atendimento primário (ALI et. al, 1993, CAMPOS

FILHO, 1999).

A cada dia, com os programas de qualidade de assistência ao trauma, são

essenciais para a promoção de medidas para redução morbimortalidade.

2.1 A caracterização da Síndrome do Esmagamento

A Síndrome do Esmagamento foi primeiramente descrita na I Guerra Mundial em

soldados alemães resgatados de trincheiras que desabaram, sendo novamente descrita na

II Guerra Mundial em vítimas da Blitz de Londres. Na II Guerra Mundial, a síndrome do

esmagamento teve uma taxa de mortalidade superior a 90%. Durante a Guerra da Coréia,

a mortalidade superior foi de 84%, mas, depois do advento da hemodiálise, a mortalidade

diminui para 53%. Na Guerra do Vietnã, a taxa de mortalidade foi aproximadamente

igual, cerca 50% (PHTLS, 2007).

A importância da síndrome do esmagamento, no entanto, não se limita ao

interesse histórico ou militar. Aproximadamente 3% a 20% dos sobreviventes de

terremotos sofrem lesão por esmagamento, sendo que quase 40% dos sobreviventes de

desmoronamentos de prédios têm lesões por esmagamentos (BETTER, 1997 e PEPE et.

al, 2002).

7

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

As lesões por esmagamento e a síndrome de esmagamento podem ocorrer após

colapsos estruturais durante um terremoto (REIS & BETTER, 2005).

Uma lesão por esmagamento é definida como a compressão de extremidades ou

de outras partes do corpo que causam inchaço muscular e/ou distúrbios neurológicos nas

áreas afetadas. As áreas normalmente afetadas do corpo são as extremidades inferiores,

superiores e o tronco, sendo caracterizada pelo esmagamento localizado com

manifestações sistêmicas (BRIGGS et. al, 2009 e SALOMONE, 2007).

A presença de manifestações sistêmicas são causas secundárias, ocorre quando às

lesões são localizadas nas diferentes partes do corpo. Estes efeitos são causados pela

rabdomiólise traumática (rotura muscular) e pela liberação para circulação de substâncias

potencialmente tóxicas e eletrólitos, normalmente presentes no interior das células

musculares (BRIGGS, et. al, 2009).

Outras alterações como lesão tissular local, disfunção orgânica e distúrbios

metabólicos como a acidose (pH sanguíneo baixo), a hipercalemia (aumento da

concentração dos níveis séricos de potássio) e a hipocalcmia ( diminuição dos níveis

séricos de cálcio), são observadas na sua ocorrência (YOKOTA, 2005).

Destacamos que o esmagamento pode ser causado pelo próprio peso corporal do

paciente, com a imobilização prolongada contra uma superfície dura devido à falta de

espaço, ou alteração do estado mental, pode resultar em uma significativa lesão por

esmagamento e resultante síndrome do esmagamento mesmo sem uma força externa de

esmagamento (MICHAELSON, 2005).

O tecido muscular é muito sensível às forças compressivas. A lesão celular

muscular irreversível é um fenômeno dependente do tempo e da pressão. Até 1 hora de

uma força compressiva importante, pode resultar em uma extensa destruição músculo-

esquelética (RON, 1984 & NAJAFI, SAFARI, SHARIFI et al, 2009).

A lesão traumática de músculo provoca liberação não apenas de mioglobina, mas

também de potássio. Uma vez que o paciente foi retirado do local, o membro afetado é

reperfundido com sangue novo, porém o sangue antigo, com elevados níveis de

mioglobina e potássio, sai da área lesada e segue para o restante do organismo. A

elevação do potássio pode causar arritmias cardíacas com risco de vida, e a mioglobina

8

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

livre pode fazer com que a urina fique com a cor de chá ou coca-cola, eventualmente,

provocar insuficiência renal (ASHKENZI et. al, 2005).

Devido ás grandes complicações sistêmicas que esta lesão causa, é importante

enfatizar aqui que o diagnóstico e o tratamento da lesão significativa por esmagamento

devem iniciar-se assim que o paciente é alcançado, com rápida intervenção adequada,

com á liberação do tecido esmagado, impedirá ou melhorará desta forma os efeitos

sistêmicos que resultam na Síndrome do esmagamento (BETTER & STEIN, 1990).

O segredo para melhorar a evolução clínica é a reposição volêmica precoce e

vigorosa. É importante que o socorrista se lembre, enquanto tenta retirar o paciente, que

ocorreu acúmulo de toxinas no membro aprisionado. Ao liberar o membro aprisionado, as

toxinas acumuladas são levadas para circulação central, como se fosse um bolus de

veneno. A liberação desses pacientes previamente a sua estabilização, pode resultar em

rápida deterioração e morte (BETTER & STEIN, 1990).

Portanto, o sucesso dependerá de minimizar os efeitos tóxicos da mioglobina e do

potássio acumulados antes da liberação do membro. A reanimação precisa ser feita antes

da liberação (MICHAELSON, TAITELMAN, BSHOUTY, BAR, BURSZTEIN et al,

1982). Alguns autores defenderam que a liberação final seja retardada até que o paciente

tenha sido adequadamente reanimado (PRETTO, ANGUS, ABRAMS et. al, 1994).

2.2 Método START na Identificação do Síndrome do Esmagamento

É necessário destacar que a rapidez da resposta a qualquer desastre é a chave para

a redução crítica da morbidade e mortalidade da população atingida, sendo importante

para as vitimas em desastres. (NOJI, 1990 e METZGER, EASTMAN, BENITEZ et al,

2009).

As vítimas em situações de desastres, apresentam múltiplas lesões traumáticas e

potencial complicações secundárias podendo evoluir à morte, e necessitam da imediata

resposta para o resgate e tratamento das vítimas (COBURN & HUGHES, 1987; KLAIN,

RICCI, SAFAR, 1989; SHENG, 1987).

9

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

A filosofia no atendimento a acidentes com múltiplas vítimas, diante das

dificuldades momentânea dos recursos disponíveis em relação ao grande número de

vítimas, preconiza: empregar todos os esforços para o maior número de vítimas.

No atendimento a múltiplas vítimas, triagem significa atendê-las, classificando-as em

graus de prioridades no salvamento do maior número de vítimas, empregando o critério

do melhor atendimento para o maior número de vítima (BENSON et. al, 1996,

GAUTSCHI et. al, 2008).

A triagem é uma atividade extremamente importante para assegurar o

funcionamento sistêmico do sistema de saúde, e a sua eficiência operacional e reduz o

número de mortes evitáveis (MANUAL DE MEDICINA DE DESASTRES, 2007,

GAUTSCHI et al, 2008).

O objetivo principal da triagem é uma avaliação rápida das condições clínicas das

vítimas para estabelecer prioridades no tratamento, e garantir que em uma situação de

desastres, o maior número de vítimas sobrevive com o mínimo possível de seqüelas. Para

isso, devemos avaliar rapidamente, e de uma maneira objetiva e padronizada, as

condições clínicas das vítimas, classificando–as de acordo com o seu risco de vida e

probabilidade de morte (KENNEDY K, AGHABABIAN R, GANS L et al, 1996).

Existem diversos sistemas de triagem, o mais utilizado é o START, este sistema

visa identificar lesões que possam levar à morte em uma hora (GLENN, 2002; HICK JL e

BAKER, 2007).

O fluxograma que deverá ser utilizado para definir a prioridade do atendimento de

cada vítima, iniciando-se pelo questionamento sobre a capacidade de locomover e se

encerra com a definição da prioridade de atendimento (BENSON et al, 1996)

Os critérios para esta avaliação (ASKKENZI et al, 2005), seguem abaixo:

C - Circulação (circulação com controle da hemorragia); Um acesso intravenoso (IV)

estável e adequado deve ser obtido assim que possível após chegar-se ao paciente. É

muito importante estabelecer um acesso venoso previamente ao resgate, em pacientes que

apresentem confinamento prolongado e lesões por esmagamento, lesões vasculares

potenciais por compressão, desidratação grave e fraturas pélvicas e outras condições de

risco para a depleção intravascular grave antes da remoção. O acesso IV periférico de

grande calibre constitui o enfoque inicial, colocando os cateteres em pelo menos duas

10

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

localizações diferentes, para a hidratação precoce e o controle da hemorragia externa,

hipovolemia, hipotensão arterial, mioglobinúria, distúrbios metabólicos (acidose

metabólica, hipercalemia, hipocalcemia, hiperfosfatemia, arritmias cardíacas),

insuficiência renal (BRAUNWALD & FAUCI et al, 2008).

A – Vias aéreas e manutenção da permeabilidade das vias aéreas com

proteção da coluna cervical.

Manutenção permeabilidade das vias aéreas, risco de asfixia por poeiras, trauma

na coluna cervical, imobilização da cervical.

B – Ventilação e respiração

No paciente inconsciente e em outras vítimas gravemente lesadas, pode ser

necessário o controle definitivo das vias aéreas. A oximetria portátil de pulso,

monitorização da saturação de O2 e pulso do paciente

D – Déficit Neurológico

A perda ou a diminuição da consciência pode indica traumatismo craniano,

intubação e ventilação precoce para evitar hipoxemia e hipotensão.

E – Exposição total do paciente

Destacamos que, a Síndrome do Esmagamento se evidencia na letra C, que

verifica a função circulatória. Segundo convenção internacional, descrita nos protocolos e

manuais de atendimentos extra hospitalar e o manual de Suporte Avançado de

Atendimento Pré Hospitalar, as vítimas são classificados por cores mediante a gravidade

das lesões (Benson M, et. al, 1996).

Realizado a triagem, as vítimas serão atendidas de acordo com as seguintes

prioridades, (Quadro 1.1):

1- CRÍTICO - VERMELHO - Prioridade 1 (Muito Alta) - Emergência:

Esta vítima deverá ser a primeira a receber atenção de pessoal e

recursos, para uma remoção imediata para a unidade de saúde;

2- URGENTE - AMARELO - Prioridade 2 (Alta) - Urgência: Esta vítima

não corre risco iminente de vida, mas possui lesões que merecem

11

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

atenção. Deverá ser removida para unidade de saúde tão logo as

vítimas com prioridade 1 tenham sido encaminhadas;

3- IRRECUPERÁVEL – PRETO OU CINZA - Prioridade 3: Muito

embora estas vítimas tenham sido condenadas pela triagem, pelo fato

de apresentarem lesões ou sinais que as levarão a morte em um

curtíssimo espaço de tempo, devem ser encaminhadas antes das vítimas

que estão apenas com lesões leves pela probabilidade de a equipe de

socorro enfrentar problemas legais decorrentes da não remoção destas

vítimas ou corpos;

4- PODE AGUARDAR - VERDE - Prioridade 4 (Prioridade Baixa): Esta

vítima, se possui lesões, trata-se apenas de lesões leves, o que significa

que ela pode aguardar atendimento e, em casos mais otimistas, até

dispensá-lo;

Neste mecanismo a decisão da equipe fica imediata, baseada num atendimento

sistematizado e preciso, estabelecendo prioridades através de protocolos de emergência.

Para assegurar resgates “bem sucedidos”, com a redução da morbidez e da

mortalidade, a qualificação é um componente essencial de qualquer entidade no

atendimento as emergências.

No dias atuais, com aumento do número de desastres e potencialmente adversa,

não existe uma preocupação em se treinar as equipes de emergências para tais eventos.

Além do que, naturalmente, já existe uma dificuldade em se lidar com eventos onde haja

múltiplas vítimas, devem realizar os procedimentos do atendimento rápido baseado numa

boa avaliação.

No dias atuais, com aumento do número de desastres e potencialmente adversa,

não existe uma preocupação em se treinar as equipes de emergências para tais eventos.

Além do que, naturalmente, já existe uma dificuldade em se lidar com eventos onde haja

12

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

múltiplas vítimas, devem realizar os procedimentos do atendimento rápido baseado numa

boa avaliação.

Quadro 1.1 – TRIAGEM START (Benson M, et. al, 1996).

CRÍTICO

VERMELHO

Prioridade 1 (Muito Alta): Emergência: Esta vítima deverá ser a primeira a

receber atendimento , para uma remoção imediata para a unidade de saúde.

URGENTE

AMARELO

Prioridade 2 (Alta): Urgência: Esta vítima não corre risco iminente de vida, mas

possui lesões que merecem atenção. Deverá ser removida para unidade de saúde

tão logo as vítimas com prioridade 1, tenham sido encaminhadas.

PODE

AGUARDAR

VERDE

Prioridade 4 (Prioridade Baixa): Esta vítima, trata-se apenas de lesões leves, o

que significa que ela pode aguardar o atendimento, e em casos mais otimistas, até

dispensá-lo.

IRRECUPERÁVE

L PRETO OU

CINZA

Prioridade 3: Muito embora estas vítimas tenham sido condenadas pela triagem,

pelo fato de apresentarem lesões ou sinais que as levarão à morte em um

curtíssimo espaço de tempo, devem ser encaminhadas antes das vítimas que estão

apenas com lesões leves pela probabilidade de a equipe de socorro enfrentar

problemas legais decorrentes da não remoção destas vítimas ou corpos.

No dias atuais, com aumento do número de desastres e potencialmente adversa,

não existe uma preocupação em se treinar as equipes de emergências para tais eventos.

Além do que, naturalmente, já existe uma dificuldade em se lidar com eventos onde haja

múltiplas vítimas, devem realizar os procedimentos do atendimento rápido baseado numa

boa avaliação.

Em 2002, GLENN e HICK em 2008, citou que as equipes de resgate e salvamento

no atendimento inicial do desastre com grande número de vítimas, é necessário utilizar o

sistema de triagem START no suporte à vida no atendimento de massa para desastres.

O gerenciamento no atendimento das lesões por esmagamento, a primeira

situação é entrar em contacto com a vítima geralmente é auditivo, e então visual; a

avaliação inicia-se quando do primeiro contato no local. A equipes de resgate e

13

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

salvamento deve iniciar a avaliação e o suporte a vida do paciente assim que a equipe de

resgate atinja a vítima e estabilizando o espaço circundante. (BARBERA JA, CADOUX

CG, 1991).

Devido ás grandes complicações sistêmicas que esta lesão causa, é importante

enfatizar aqui que o diagnóstico e o tratamento da lesão significativa por esmagamento

devem iniciar-se assim que o paciente é alcançado. A intervenção adequada deve ser

iniciada previamente à liberação do tecido esmagado, impedindo ou melhorando desta

forma os efeitos sistêmicos que resultam na Síndrome do esmagamento (BETTER, O.S.

& STEIN, J.H., 1990).

Isso é necessário porque a porção esmagada, apesar de ainda encontrar-se

soterrada, está isolada da circulação central (SMITH J. & GREAVES I., 2003). Desta

forma, o paciente geralmente está incrivelmente estável, alerta e falante previamente ao

resgate.

A liberação desses pacientes sem os cuidados na sua estabilização pode resultar

em rápida deterioração e morte (BETTER OS & STEIN JH, 1990).

Os traumas comuns, quando se trata de colapso estrutural, incluem traumatismos crânio-

encefálico, alteração do estado mental, fraturas de coluna cervical e lombar, traumatismos

torácico e abdominal contusos, fratura dos ossos longos, fraturas pélvicas, lacerações

graves, e lesões vasculares. A imobilização da coluna cervical deve ser realizada o mais

rápido e seguramente possível. As fraturas dos ossos longos podem necessitar de

mobilização previamente à liberação do membro para obter-se a estabilidade

neurovascular e o controle da dor durante o processo de resgate (CHAMBERS J. A. &

GULY H. R., 1993; LORD B.A. & PARSELL, 2003).

As fraturas abertas devem ser cobertas para impedir uma maior contaminação da

ferida. As lesões abdominais ou torácicas penetrantes, ou com o objeto empalado, devem

ser estabilizadas e mantidas em posição até que se obtenha o tratamento definitivo.

O tratamento da hipotermia deve ser corrigida na remoção das roupas molhadas e

o envolvimento da maior parte possível do paciente em um cobertor impermeável a água,

refletor de calor e não-condutor, e a infusão de líquidos pré-aquecidos ou no interior da

vestimenta do socorrista. O controle e o alívio da dor deve ser obtido de forma a permitir

14

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

a rápida avaliação, imobilização e resgate de uma vítima (BETTER O.S. & STEIN, J.H.,

1990).

O cuidado humano que o profissional presta ao paciente resulta em conforto e

bem-estar, em sensação de segurança, de apoio, de enfrentamento; é um cuidado

antecipatório que estimula o paciente a recuperação com mais dignidade.

CONCLUSÃO

O estudo objetivou-se em analisar à importância do Método Start na triagem do

Síndrome do Esmagamento no Atendimento Pré-Hospitalar. E o que encontramos na

literatura foi que muitas vezes, o profissional no atendimento da vítima com quadro de

síndrome do esmagamento, acabam passando despercebidos pelo profissional, e que

existem poucos estudos no âmbito profissional.

A triagem tem um papel fundamental na fase pré-hospitalar. Contudo, nem

sempre os critérios conseguem prever todos os fatores intervenientes que influenciam o

prognóstico de uma vítima de trauma, mas é de grande valia se esses casos fossem

detectados e analisados, a fim de verificar se os sinais e sintomas que se relacionam com

a patologia.

A boa assistência Pré-Hospitalar depende não só do conhecimento dos

profissionais, mas principalmente do engajamento e cumplicidade de toda a equipe na

atuação do APH, preocupando-se inteiramente com a assistência à vitima e a o trauma

sofrido por ela, visando estabilizá-la e encaminhá-la o mais breve possível ao tratamento

definitivo. Para tal, torna-se necessário avaliar a gravidade do trauma pelo sistema de

triagem para o aumento de sobrevida da vítima, e otimizando os recursos disponíveis tal

que as vítimas possam usufruí-los de acordo com a sua necessidade.

O presente estudo, é um levantamento que possibilite compreender as práticas de

triagem para a identificação e diagnóstico precoce da síndrome do esmagamento, que

vêm sendo desenvolvidas no contexto de atendimento às vítimas de desastres.

15

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALI J, ADAM RU, BUTLER AK, CHANG H, HOWARD M, GONSALVES D.

Trauma outcome improves following the Advanced Trauma Life. Support

program in a developing country. J Trauma 1993; 34: 890-8.

2. ASHKENZI I, ISAKOVICH B, KLUGER Y, ALFICI R, KESSEL B, BETTER

OS: Prehospital Management of earthquakes casualities buried under rubble.

Prehosp Disast Med 2005; 20(2): 122-133.

3. AUERBACH, PAUL S AUERBACH: Wilderness Medicine. Mosby. Philadelphia,

PA, EUA. 2007.

4. BAKER MS: Creating order from chaos: Part I:Triage, intitial care and tactical

considerations in mass casualty and disaster response. Mil Med 2007;172:232–

236.

5. BARBERA JA, CADOUX CG: Search, rescue and evacuation. Critical Care

Clinics 1991;7(2):321–327.

6. BENSON M, KOENIG KL, SCHULTZ CH. Disaster triage: START, then SAVE:

a new method of dynamic triage for victims of a catastrophic earthquake.

Prehospital Disaster Med 1996; 11:117-24.

7. BETTER OS & STEIN JH (1990). Early management of shock and prophylaxis

of acute renal failure in traumatic rhabdomyolysis. N Eng J Med, 322, 825-829

8. BETTER OS: Management of shock and acute renal failure in casualties suffering

from crush syndrome, Ren Fail 19:647, 1997.

9. BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências:

SAMU-192. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

10. BRASIL. Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução N° 1529/98 de 28 de

agosto de 1998. Normatiza a atividade médica na Área da Urgência-Emergência

na fase de Atendimento Pré-Hospitalar. Brasília, 1998.

11. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº. 2048/GM em 05 de novembro de

2002: Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência;

Brasília, 2002.

12. BRAUNWALD E & FAUCI AS et al. (2008). Harrison’s Principles of Internal

Medicine, ed. 17. (pp. 208-209). New York, McGraw-Hill Book Co.

16

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

13. BRIGGS, SM; Neira ,J; Lorenzo, M; Respueste médica avanzada a desastres,

Manual para provedores; 2009.

14. CAMPOS FILHO WO. Impacto da implementação de um programa de

treinamento de recursos humanos (Advanced Trauma Life Support) sobre a

qualidade da atenção prestada às vítimas de traumatismo, no âmbito hospitalar.

[Dissertação de Mestrado], Ribeirão Preto: Faculdade de Medicina de Ribeir ão

Preto . USP; 1999.

15. CHAMBERS JA & GULY, H. R., (1993). The need for better pre-hospital

analgesia. Archives of Emergency Medicine, 10, 187-192.

16. COBURN AW & HUGHES RE (1987). Fatalities, injury and rescue in

earthquakes. In Second Conference of the Development Studies Association, (pp.

2 35-243) Manchester.

17. GAUTSHI OP, CADOSCH D, RAJAN G, ZELLWEGER R: Earthquakes and

trauma: Review of triage and injury-specific, immediate care. Prehospital Disast

Med 2008;23(2):195–201.

18. GENTIL RC, RAMOS LH, WHITAKER IY. Capacitação de Enfermeiros em

Atendimento Pré-Hospitalar. Rev Latino-am Enfermagem. 2008; 16(2).

19. GLENN A, (2002). The Day That the START Triage System Came to a STOP:

Observations from the World Trade Center Disaster. Academic Emergency

Medicine. 3, 255-256.

20. HICK JL, HO JD, HEEGAARD W.G., BRUNETTE DD, LAPINE A, WARD T,

CLINTON JE, (2008). Emergency Medical Services Response to a Major

Freeway Bridge Collapse .Disaster Medicine And Public Health Preparedness, 2,

S17-24.

21. KENNEDY K, AGHABABIAN R, GANS L et al, Triage: techniques and

applications in decision making. Ann Emerg Med. 1996; 28:136-144.

22. KLAIN, M., RICCI, E., SAFAR, P. et al. Disaster Reanimatology Study Group,

(1989).

23. Disaster reanimatology potentials: A structured interview study in Armenia.

Prehospital and Disaster Medicine, 4, 135-152.

24. LORD, B.A. & PARSELL, B. (2003). Measurement of Pain in the Prehospital

Setting Using a Visual Analogue Scale. Prehospital and Disaster Medicine. 18

(4), 353-358.

25. MALLIK K, DIDUDCH DR. Acute noncontact compartment syndrome. J Othop

Trauma, 2000; 14(7) :509-510.

17

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

26. MANTOVANI, MÁRIO. Suporte Básico e Avançado de Vida no Trauma. São

Paulo: Atheneu; 2005.

27. MANUAL DE MEDICINA DE DESASTRES - volume 1. 3º. Ed: Ministério da

Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Brasília: MI; 2007.

28. METZGER, JC; EASTMAN, AL; BENITEZ FL et al. The lifesaving potential of

specialized on-scene medical support for urban tactical operations. Prehospital

Emergency Care. 2009; Oct-Dec;13(4):528-31.

29. MICHAELSON M, TAITELMAN U, BSHOUTY Z, BAR-JOSEPH G,

BURSZTEIN S. Crush Syndrome: Experience from the Lebanon War, 1982,

Israel Journal Medical Sciences.1984;20:305-307.

30. MICHAELSON M. Crush injury and crush syndrome. World Journal of Surgery,

2005; 16 (5), 899-903.

31. NAJAFI I, SAFARI S, SHAFARI A, SANADGOL H, MOSTAFA H,

FaAROKHI FR, SEIRAFIAN S, MOORAKI A, SAMIMAGHAM H, OSARE S,

POURFARZIANI V, ATABAK S, BOROUMAND B. Practical Strategies to

Reduce Morbidity and Mortality of Natural Catastrophes: A Retrospective Study

Based on Bam Earthquake Experience. Archives of Iranian Medicine, 2009; 12

(4), 347–352.

32. PHTLS – Prehospital Trauma Life Support. - National Association of Emergency

Medical Technicians. 6a.Ed Elsevier, 2007.

33. NOJI EK, KELEN GD, ARMENIAN HK, OGANESSIAN A, JONES NP,

SILVERTSON KT; 1990.

34. PEPE E, MOMESSO VN, Falk JL: Prehospital fluid resuscitation of the patient

with major trauma. Prehosp Emerg Care; 6:81, 2002.

35. PRETTO EA, ANGUS DC, ABRAMS JI, et al: An analysis of prehospital

mortality in an earthquake. Prehosp Disast Med 1994; 9:107–124.

36. RAMOS VO, SANNA MC. A inserção da enfermeira no atendimento pré

hospitalar: histórico e perspectivas atuais. Rev Bras Enferm. 2005; 58(3):355-60.

37. REIS ND, BETTER OS: Mechanical Muscle Crush Injury and Acute Muscle

Crush Compartement Syndrome. Journal of Bone and Joint Surgery; 2005;87-

B:450-3.

18

ARTIGO ORIGINAL / ARTÍCULO / ARTICLE

38. RON D, TAITELMAN U, MICHAELSON M, BAR-JOSEPH, G., BURSZTEIN

S, BETTER OS. Prevention of acute renal failure in traumatic rhabdomyolysis.

Arch Intern Med, 1984; 144(2): 277-280,

39. SALOMONE J, PONS P: Prehospital Trauma Life Support: PHTLS Tradução da

6ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.

40. SHENG ZY. Medical Support in the Tangshan earthquake: A review of the

management of mass casualties and certain major injuries. J Trauma, 1987; 27,

1130 – 1135.

41. SMITH J. & GREAVES, I. Crush Injury and Crush Syndrome: A Review. The

Journal of Trauma: Injury, Infection, and Critical Care. Lippincott Williams &

Wilkins, Inc.: 2003, 54(5), (pp. S226-S230).

42. VARGAS D. Atendimento Pré-Hospitalar: a Formação Específica do Enfermeiro

na Área e as Dificuldades Encontradas no Início da Carreira. Rev Paul Enf. 2006;

25(1):38- 43.

43. YOKOTA J. Crush Syndrome in Disaster, JMAJ, July; 2005, 48, No 7.

Julho - 2012