Greve de salva-vidasOs salva-vidas da capital baiana, em adesãoà greve dos servidores municipais, estão de

braços cruzados desde o início dos feriados daSemana Santa. Em função da paralisação, apenas

10 dos 30 postos do Salvamar funcionam naorla marítima. Anteontem, sem socorro, um

banhista morreu afogado. (Página 23)

1 BIBLIOTECA PUBLICA DO PA»Á IBeca» d* Obras de Palfi I

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JORNAL DA AMAZÔNIASISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Lucidéa MaioranaDiretor-Presidente

DTelexes: (091) 1026 e 1825. Telefone: 222.3000-PABX

Classificados: Telefone: 222.0133Assinaturas: Telefone: 222.7000

Rua Gaspar Viana, 253.

Assinatura Mensal: NCz$ 10,38 ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, domingo, 26 de março de 1989 N° 22.255 Preço do Exemplar: NCz$ Q.5Q

Eleições na União Soviética hojeOs soviéticos vão às urnas, hoje,

para escolher 1.500 representantes donovo congresso de deputados do po-vo. As primeiras eleições da históriado país contando com a participaçãodos eleitores de toda União Soviética,que aproveitam os ventos da abertu-ra política promovida por MikhailGorbachev, mudou a paisagem e ocomportamento local: milhares depessoas enchem as ruas com carta-zes e faixas e fazem manifestaçõesproibidas pelo governo em apoio aodissidente Boris Yeltsin, um dos can-didatos. E essa 'democratização' naUnião Soviética veio abrigando prós-testos gerais, incluindo denúncias dofísico Andrei Sakarov e o candidatoBoris Yeltsin, contra as outras 750 ca-deiras da assembléia, ou seja, exata-mente um terço, que já foram dire-tamente preenchidas pelo PartidoComunista e outras organizações ofi-ciais, que vão desde sindicatos atéuma associação de colecionadores deselo. (Página 27)

I IO sol apareceu generoso pela manhã e emMosqueiro e Outeiro, o dia foi para ninguém botardefeitos. Mas o tempo mudou e, como os que vie-ram do Outeiro, a chuva não perdoou. (Página 4)

NESTA EDIÇÃO

Prêmio de NCZ$ 400 milCINCO jogos abri-ram, ontem, o teste953. O prêmio aeu-mulado de NCz$ 400mil está reservadopara quem fizer os16 pontos. Os acerta-dores dos 15 pontosdividirão 135 mil cru-zados novos. Os re-sultados de ontem

são os seguintes: jo-go 2, Olaria 0 x Fia-mengo/RJ 3; 5,Coritiba 0 x Londri-nal; 10, Sporting 1 xVitória de Guima-rães 0; 12, Portugue-sa de Desportos 1 xXV de Piracicaba 1;e jogo 13, Noroeste 0x Guarani 1.

Concursos da Sena e LotoQUEM acertar a se-na principal do con-curso 56 receberá oprêmio de NCz$ 532mil. As senas ante-rior e posterior pa-garão, cada uma,NCz$ 177.000,00.O ACERTADOR daquina do concurso

602 ganhará NCz$478.000,00, já descon-tado o Imposto.deRenda. O sorteio se-rá realizado às 16 ho-ras de hoje, noauditório da CaixaEconômica Federal,em Brasília.

(Página 2)

Coluna de Paulo ZingA MÚSICA 'Ideolo-gia', de Cazuza, nãoagrada ao governa-dor Hélio Gueiros.Falta com o respeitoa Jesus Cristo. Masele gosta de outramúsica do composi-tor que está comAIDS. É a 'Azul eBranco'. Prova queas pessoas têm medode morrer.***0 se-nador João Menezesrecebeu a oferta doempresário brasi-liense Gilberto Saio-

mão: um conjuntode salas para insta-lação do escritóriopolítico do generalLeônidas Pires, cujacandidatura à Presi-dencia da República,Menezes é o maiorpropagandista.***AFuntelpa está pedin-do ajuda à FundaçãoBanco do Brasil pa-ra um projeto de in-formática. É paraarmazenagem de do-cumentários.

(Página 10)

Tempo Marés

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BELEM, nubladoa ocasionalmenteencoberto comchuvas esparsas.Temperatura es-tável. Máxima de29 a 31 e mínimade 22 a 24. Ventoscalmos. Visibili-dade boa.

BELÉM E OUTEIROPreámar: 13h05min eOlIilKniin. Baixamar:08h02min e 20h47min.MOSQUEIRO. Preamar:12hl5min e 00h29min. Bai-xamar: (Hlhlfimin e19h33mín. SALINAS. Prea-mar: 09h09min e 2Ui28min.Baixamar: 03h38min e16h00min.

72 páginas em seis cadernos* Liberalzinho * Revista da TV

-Esporte-

Senna na pole positionO piloto brasileiro Ayrton Sen-

na, atual campeão mundial de Fór-mula 1, estabeleceu novo recordeno circuito "Nelson Piquet", em Ja-carepaguá, no Rio de Janeiro, elarga na pole position neste domin-go, no Grande Prêmio do Brasil. Otempo feito por Senna neste últimosábado, Im25s302, foi melhor doque o estabelecido por ele próprio,em 1986, com o Lotus-Renault demotor turbo de mais de mil cava-los de potência e com pneus declassificação. O segundo lugar nafila será de Ricardo Patrese, daWilliams, atrás do qual larga Ger-hard Berger, da Ferrari. Nelson Pi-quet foi o segundo brasileiromelhor classificado e vai largarem nono, enquanto Maurício Gu-gelmin larga em 12?. (Página 14)

As 3 faces deum presidente

ra o Brasil

Ayrton Senna mantém a liderança e a boa forma de campeão

A festa paulista do vôlei' Em um jogo repleto de inci

dentes, ontem, a Sadia conquistou ~título brasileiro de vôlei femini-

no, ao derrotar a Lufkin por trêssets a zero, com parciais de 15-12,15-8 e 15-8. Realizada no Rio, estafoi a quarta partida entre as duasequipes e nela Isabel foi o destaque.

I Empatadas em uma vitória,as equipes da Pirelli e da Fiat/Mi-nas disputam hoje, em São Paulo,a partir das 10 horas — com trans-missão pela Rede Globo —, a ter-ceira partida das finais doCampeonato Brasileiro de VôleiMasculino. Apesar de não ser umjogo decisivo, quem vencer ficaráem posição privilegiada para opróximo confronto, a ser realizadoem Belo Horizonte, quando poderásurgir o campeão. (Página 13)

Vasco x Flu, oclássico do Rio

Vasco e Fluminense fazem,neste domingo, o clássico da ro-dada do Campeonato Estadual doRio de Janeiro, pelo qual o Bota-fogo enfrenta a Cabofriense. Re-centemente demitido do Flumi-nense, o treinador Sérgio Cosmefaz sua estréia no Vasco. O Fia-mengo — que divide a liderançacom Vasco e Botafogo — derro-tou, ontem à noite, o Olaria, por

a 0. (Página 15)

-3 It^UaWSirWMBal^lSBr y!2-^^^^ vfliH ^SfflnsfsHBsVHs^a^JE WV1-P F**—' * y±±^l-*-Ê**£ma)mi «H mm JH ¦ aS K@Hbí#

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Um grande pai, firme, compe-tente e que indique novos cami-nhos. É esse o perfil ideal dogovernante brasileiro na ótica doseleitores, segundo pesquisa reali-zada pela agência Standart, Ogilvy& Mather. Reunindo as preferên-cias dos entrevistados, o novo pre-sidente do Brasil deverá repre-sentar uma mistura de MargarethThatcher, Ronald Reagan e Mik-hail Gorbachev, num trinômio quereúne pulso firme, competência ea marca da mudança. Entre os no-mes mais cotados estão LeonelBrizola, seguido de perto por LuísInácio Lula da Silva.DO senador Mário Covas, cândida-to à presidência da República pe-lo PSDB, almoça hoje com o go-vernador do Ceará, Tasso Jereisgsati, a quem convidará para vicena chapa dos 'tucanos'.

(Páginas 3 e 17)

assassinato de

As meninas da Sadia superaram os incidentes e levaram título

Paissandu aindasem treinador

O Paissandu continua sem trei-nador, assim como não tem timedefinido para iniciar o campeona-to, que começa no dia 9 de abril. Odiretor Geraldo Rabelo ficou dechegar amanhã, quando deverátrazer o nome do novo técnico e re-forços conseguidos no sul do país.No Remo, o problema com o trei-nador fica por conta do salário deJosé Dutra, sem definição.

(Página 16)

> micia oseu campeonato

Num clima de grande rivalidade,no rastro do qual Clube do Remo, Pais-sandu e Tuna Luso Brasileira não in-terromperam seus treinos nem naSexta-Feira Santa, terá início hoje demanhã, na baía do Guajará, o Campeo-nato Paraense de Remo deste ano. Cominício previsto para as 8 horas, a pri-meira regata do campeonato incluiráum total de nove páreos.

(Página 13)

Uma verdadeira 'bomba' podesacudir, amanhã, as câmaras altae baixa do parlamento indiano: oprincipal colaborador de IndiraGandhi e membro do partido go-vernista teria participado da cons-piração que resultou na morte daprimeira-ministra, assassinadapor três militantes sikhs de suaguarda pesfeoal, alguns dias depoisde ter ela ordenado a invasão dotemplo sagrado da seita.

(Página 25)

Espionagem noespaço contraos soviéticos

Os Estados Unidos colocaramem órbita, com sucesso, em mis-são secreta, um satélite 'DeltaStar', como parte importante doprojeto conhecido como 'Guerranas Estrelas'. Possui câmeras delongo alcance e outros sensores ca-pazes de localizar qualquer possí-vel lançamento de mísseis nu-cleares soviéticos, a partir do es-paço. Os EUA prepara terreno pa-ra o estabelecimento do Stars War.

(Página 26)

Judas para todos os gostosE haja malhação! Em

grande estilo, os moradoresde quatro bairros comemora-ram o sábado de Aleluia coma tradicional 'malhação do Ju-das', onde não faltaram, comonão podia deixar de ser, debo-ches políticos. Os malhadoresaproveitaram para criticar ogoverno federal, através dos

Elucidadolatrocínio naCidade Nova

A polícia conseguiu eluci-dar, após duas semanas, amorte do comerciante SeveroRodrigues Albuquerque, quefoi liquidado a tiros em suacasa, ao lado do mercadinhode sua propriedade. Os assai-tantes, presos anteontem, fo-ram reconhecidos pela irmãda vítima, Aldenora Albu-querque, que viu suas fotosnos jornais. Através de um si-nal no rosto, ela identificouGilson dos Santos Lima comoo assaltante que atirou em Se-vero, quando este tentou to-mar a arma do piveteenvolvido no assalto, que, se-gundo o próprio menor, ren-deu à quadrilha 700 cruzadosnovos. (Página 30)

ministros Mailson da Nobregae Dorothéa Werneck, e nemmesmo o governador HélioGueiros escapou da brincadei-ra. Entre 'Eletrojudas', 'JudasPresidenciável' e 'Judas Pis-toleiro', crianças e adultos fi-zeram uma grande festa, ondenão faltaram quebra-pote,pau-de-sebo e palhaços com

HOJE - 14:55

Esiréia, Domingõo do Faustão,com muitas atrações. Mano a Mano,

Controle Remoto, Jogo da Velha emilhões em prêmios para você.

Domingõo do FaustÕo hoje, depois doGrande Prêmio Brasil.

TV LIBERAL

Srtlema RomJo Maioranadc Conxrtcacüo

pernas de pau.I I Os umbandistas tambémparticiparam das festividadesdo sábado Santo. Em um ter-reiro dedicado a Cosme e Da-mião, foi lembrado o signi-ficado da Semana Santa. O ri-tual realizado ontem é um si-nal de respeito a Jesus Cristo.

(Página 5)

Só violênciapode impedir fi

a 'farra'O secretário de Justiça de

Santa Catarina, João Henri-que Biasi, disse ontem que sóvai intervir na 'farra do boi' —que já está acontecendo emtodo Estado — se houver vio-lência comprovada. Ignoran-do depoimentos de ecologis-tas, jornalistas e a liminarque proíbe a 'farra', Biasi dis-vse que até o momento não ha-via recebido dos fiscaisnenhuma notificação demaus-tratos aos animais.

Continua em estado graveo caminhoneiro Joel da CostaNeto, 23 anos, ferido por umboi na região genital duranteuma 'farra' na cidade de San-ta Luzia, a 50 km de Floriano-polis. (Página 3)

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Judas é jogado para o alto, mas o destino é a malhação

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2 CIDADES OUBERALPires demite 5 milSalvador (AJB) — Como parte da reforma administra-

tiva, para adequar a máquina estadual à realidade orça-mentária, o governador Waldir Pires anuncia segunda-feiraa demissão de aproximadamente 5 mil funcionários públi-cos. Os servidores são da comissão estadual de planejamen-to agrícola, Instituto de Desenvolvimento e FomentoAgrícola, Agrobahia, Superintendência de Apoio às AçõesCulturais, Superintendência de Trabalho, Sudesco e Consór-cio Rodoviário, que com a reforma serão extintos.

ILAS BOAS DA SILVAMISSA DO SÉTIMO DIA

Filhos, noras e netos daquela que em vida se chamou NAIR VI-LAS BOAS DA SILVA agradecem a todos os parentes e amigos quepartilharam da dor de sua perda, e convidam para a missa de séti-mo dia de falecimento, que será celebrada no dia 27 de março, às6:30, na igreja de São Francisco de Assis (Capuchinhos).

CÂNDIDO URA NEIVAMISSA DO 30* DIA

Leonor Sá e Souza Neiva (esposa), filha, neta, irmãos, cu-nhados e sobrinhos, ainda imersos em profunda saudade convi-dam seus parentes e amigos para a missa do 30° dia defalecimento daquele que em vida se chamou CÂNDIDO LIRANEIVA, a se realizar aia 27.03.89 às 7:30 horas na igreja dosCapuchinhos.

A família agradece a todos que comparecerem a esse atode fó cristã.

RAIMUNDA IRACEMA DE LIMA HEITOR1* ANO DE FALECIMENTO

Antônio Fonseca de Carvalho Heitor e família, com profun-da saudade, convidam parentes e amigos para a missa do 1°ano de falecimento de RAIMUNDA IRACEMA DE LIMA HEITOR,que será celebrada amanhã, dia 27.03.89, na Igreja de NossaSenhora do Carmo, na cidade de Igarapé-Açu, às 06:30 horas.

Antecipadamente agradecem às pessoas que comparecerema esse ato de fé e piedade cristã.

AGRADECIMENTOEsposa, filhos, noras, genros, netos, tia, sogra, cunha-

dos e sobrinhos, daquele que em vida se chamou JOA-QUIM BEZERRA NETTO impossibilitados de agradecerparticularmente a cada um daqueles que partilharam daprofunda dor pela perda desse ente querido. Sensibili-zados vêm de público externar os mais sinceros agrade-cimentos aos parentes e amigos, por todo o desvelo,

•mensagens e carinho recebidos por ocasião de tão irre-parável perda.

MED. R/1 JOAQUIM BEZERRA NITOSSA 7? DIA — CONVITE

A família daquele que em vida se chamou JOAQUIMBEZERRA NETTO, ainda imersa na profunda dor e sau-dade pela perda desse ente querido, convida parentes eamigos para a missa do 7? dia de seu falecimento, queserá celebrada no dia 26 de março, domingo, às 19:30hna igreja dos Capuchinhos. Antecipadamente agradeceaos que participarem desse ato de fé cristã.

JOSÉ RIBAMAR NASCIMENTO GARCEZ"Era ele que erguia casas

onde antes só havia chão..."MISSA DO 7o DIA — CONVITE

Jurandyr Nascimento Garcez, esposa e filhas; Valdir Nascimento Gar-coz, esposa e filhos; Maria do Carmo Nascimento Garcez e filha, aindaimersos em profunda saudade pela perda daquole que em vida deu oexemplo da luta, do sacrifício e amor, JOSÉ RIBAMAR NASCIMENTOGARCEZ, convidam parentes e amigos para a Missa do 7o Dia de seufalecimento, que será celebrada amanhã, dia 27 de março, às 19:00 ho-ras, na igreja da Santíssima Trindade.

Antecipadamente agradecem àqueles que participarem deste ato defé e solidariedade cristã.

JOSÉ NEVESITOS

Agradecimentos-Missa-ConviteEsposa, filhos, nora. irmã, sogra,, cunhados e sobrinhos da-

quele que em vida se chamou JOSÉ NEVES DUARTE DOSSANTOS, ainda imersos na profunda dor de seu brusco faleci-mento, agradecem a todos que os confortaram, tanto com suaspresenças, como por telegramas e telefonemas, ao mesmo tem-po que convidam para a missa do 7.°dia na igreja de São Joséde Queluz (Canudos), segunda-feira (27.03.89), às 8:00 hs.

Antecipadamente agradecem a todos que comparecerem aesse ato de fé cristã.

PROFESSORA HENRIQUETA LIMA PAESMISSA CONVITE

Miguel Thiago Paes Júnior, Henmi Paes de Araújo,Guilherme de Lima Paes e Norma Paes de Moraes, espo-so e filhos da que em vida se chamou HENRIQUETA LI-MA PAES, bem como seus genros, noras e netosagradecem a solidariedade recebida de seus amigos eos convidam para a missa do 7? dia de falecimento queserá realizada no dia 27, segunda-feira, às 18:30 horasna capela de N. S. de Lourdes. Antecipadamente agra-decem o comparecimento a esse ato de fé cristã.

ENG-0 VINÍCIUS LÚCIO MAZZINI DO AMARALMISSA — CONVITE

Maria Mazzini, Virgínia Maroja do Amaral, Aline e FernandoLúcio Maroja do Amaral; Lúcio Vespasiano do Amaral, ValériaLúcia Mazzini Costa, Márcia Lúcia Mazzini Borges; mãe, espo-sa, filhos, irmãos, sobrinhos, cunhados e demais parentes, da-quele que em vida se chamou VINÍCIUS LÚCIO MAZZINI DOAMARAL, convidam para a missa em sufrágio de sua boníssimaalma, a ser celebrada no dia vinte e sete (27), segunda-feira,às 19:30 horas na Capela do Colégio Nossa Senhora de Nazaré.

Antecipadamente agradecem a todos que comparecerem aesse ato de fé cristã.

PROF. DR.CHRISTOVAM PINTO MARTINS1-° ANIVERSÁRIO — MISSA — CONVITE

Ludlia Normélia, Francisco Roberto e família, Márcia Rosana e fa-milia, esposa e filhos, Maria Cléa e família e demais familiares, imersosna mais profunda dor, convidam parentes e a todos aqueles que deramprova de amizade, mesmo nos momentos em que o destino cruel o atin.giu, para a missa do 1-° aniversário do seu falecimento que se realizaráno dia 29 de março (4-a feira), às 19 horas na Basílica de Nossa Senhorade Nazaré.

Não adianta o consolo de dizer que ele viverá sempre na nossa lem-branca... que lembrança pode substituir a sua presença tão amada?

Desalentados, consumidores nãofazem questão de usar tabelas

Quem foi ao supermercado, on-tem pela manhã, na esperança de queo realinhamento de preços decretadopelo governo na última quinta-feiranão estivesse sendo aplicado, acabouse decepcionando. As remarcações fo-ram feitas durante o feriado ou mes-mo durante todo o dia de ontem; ospoucos consumidores que estiveramnos supermercados, contudo, não sepreocuparam muito em utilizar as ta-belas divulgadas pela Sunab e se limi-taram a constatar as remarcações emdiversos produtos. "Afinal,, reclamara quem? ', indagava a comerciariaPaula dos Santos, diante de uma gôn-doía de produtos de higiene pessoal,no supermercado Bom Preço do Telé-grafo. "Vim correndo para ver se con-seguia absorventes pelo preço antigo,mas os remarcadores foram mais rá-pidos", disse.

Diante das prateleiras de gênerosalimentícios dejprimeira necessidade,como arroz, feijão e farinha, os consu-midores pareciam não se dar conta daproporção dos aumentos. O casal Ma-ria Aparecida e Antônio Azevedo, porexemplo, disse não ter sentido muitadiferença entre os preços praticadosontem e na semana passada. A únicarestrição era feita aos ovos, que, emsua opinião, teve um aumento "exor-bitante". Já a consumidora Janete deMoraes não se conformava com os au-mentos e afirmava que "enquanto ogoverno se preocupa com os interes-ses dos empresários, não toma qual-quer atitude em relação aos salários,que continuam congelados a nível de

-^ "*£ ^J& w _f>. J gr Z Jlilm !I f/Pmr #&, __, Si f.Entre os consumidores, indignação com os aumentos

imiséria". Indagada sobre se preten- "acabou enganando a população no-dia utilizar a tabela divulgada pelo go- vãmente". O professor criticou, ain-verno para o controle dos preços, Ja- da, a "ênfase" que foi dada à reduçãonete foi enfática: "Essas tabelas não dos preços de produtos como queijotêm qualquer credibilidade, assim co- café solúvel e mussarela, que, paramo o governo que as divulga". ele, nunca fizeram parte pu já foram0 professor Paulo de Tarso Lima suprimidos da cesta básica da maio-reclamou, principalmente, do que ele ria da população brasileira. "O maisclassificou de "má fé por parte do go- vergonhoso é que o argumento do go-verno". Em sua opinião, o realinha- verno federal, segundo a própria im-mento de preços lembra muito a de- prensa, é que essas reduções foramcretaçao do Plano Cruzado II, um dia feitas para compensar os aumentosapós o resultado das eleições em que de preços, como se meia dúzia de pro-PMDB saiu vitorioso. Segundo ele, dutos consumidos por uma minoriatambém agora o governo prometeu pudesse ter alguma influência reduto-que não descongelaria os preços ra", concluiu ele

^„eil?I„ Erundina, Sarney e Mailson'malhados' por paulistanosquina acimados 470 mil

Rio (AE) — A quina doconcurso 602 da Loto paga-rá o prêmio de NCz$478.000,00, já contando como desconto do Imposto deRenda, para quem tivermarcado as cinco dezenas aserem sorteadas, hoje às 16horas, no auditório da CaixaEconômica Federal, emBrasília. De acordo com omovimento extra-oficial, fo-ram vendidos 18.399.000 car-rotões favorecendo aarrecadação total de NCz$5.067.00,00 — média de NCz$0,28 por cartão.

Caso não houver ganha-dor a quina ficará acumula-da em NCz$ 319.000,00. Apremiação líquida para astrês faixas — quina quadrae terno — é de NCz$1.596.000,00.

SenaBrasília (AJB) — O

concurso 56 terá o prêmio de .NCz$ 532.000,00 para o acer-tador ou acertadores da se-na principal. Já as senasanterior e posterior paga-rão, cada uma, a importân-cia de NCz$ 177.000,00. Aquina e quadra terão prêmiode NCz$ 443.000,00.

A arrecadação bruta doconcurso foi de NCz$5.637.000,00 resultante davenda de 16.118.000 bilhetes,que proporcionaram a mé-dia de NCz$ 0,35 por cartão.O prêmio líquido será deNCz$ 1.775.000,00 e o sorteioserá realizado amanhã, às 9horas na sede da Caixa Eco-nômica Federal, nestacapital.

SanfAnna dizque diálogonão é viável

Brasília (AG) — O mi-nistro da Educação, deputa-do Carlos SanfAnna, consi-derou ontem inviável a pro-posta do ministro da Previ-dencia Social, Jáder Bar-balho, de iniciar conversa-ções com a ala progressistado PMDB em busca de umentendimento antes da con-venção do partido, em maio.Para SanfAnna, o rompi-mento dos "moderados"com o grupo de Ulysses Gui-marães está consumado e aposição flexível de Barbalhose deve ao fato de o ministronão ter acompanhado, pormotivos de saúde, os dois úl-timos dias da convenção pa-ra a escolha do diretórionacional do partido:— Jáder Barbalho nãoacompanhou de perto osdois últimos dias da conven-ção e por isso desconhece asdimensões da gravíssimaomissão do dr. Ulysses comrelação ao nosso grupo. Seele fez isso como presidentedo PMDB como podemosconfiar nele como presiden-te da República? — defen-deu SanfAnna.

SanfAnna, hoje o princi-pal articulador da campanhade íris Resende, acreditaque na reunião do próximodia 29 a executiva nacionaldo PMDB, controlada inte-gralmente pelos progressis-tas, venha a confirmar eradicalizar ainda mais o ex-purgo dos "moderado", den-tro do partido.

ASCONASSESSORIA EMPRESARIAL

Curso de Imposto deRenda Pessoa Física, início:28/03/89. Informações: R.Aristides Lobo, 442.F/224-7189.

São Paulo (AG) — Nem mesmo poli-ciais e jornalistas escaparam ontem da chu-va de ovos, água e tomates que marcou otradicional "Malho de Judas", que há mui-tos anos se realiza no sábado de Aleluia, narua do Lavapés, no bairro do Cambuci, zo-na sul da capital. Os bonecos de judas forambatizados com nomes de pessoas conheci-das da política nacional, como a prefeitaLuiza Erundina (PT) o presidente Sarneye o ministro Mailson da Nóbrega. Até a de-legada de polícia do bairro, Shirleyne Fer-nandes, foi alvo da malhação.

— Fora Sarney e o congelamento. ForaErundina — gritavam crianças, adolescen-tes e adultos, que todos os anos fazem a fes-ta da Aleluia no Cambuci.

Os ovos, tão escassos nos supermerca-dos de São Paulo nas últimas semanas, nãofaltaram na malhação e foram quebradosna cabeça de quem ousasse atravessar a ruado Lavapés ou permanecer nas imediações.Foi o caso de dona Maria Andrade que, ape-sar dás advertências de populares, tentoupassar pela rua e foi atingida. Os ovos, que

atingiram seu rosto e sujaram a sua roupa,provocaram na mulher um pequeno corte norosto. A mulher, muito nervosa, teve que serlevada para casa numa viatura policial.O único incidente grave foi registradocom o vigia do supermercado Blimp, Jove-

(niano Pereira de Medeiros, que foi preso. Ele' disparou um tiro para o ar, para tentar dis-persar um grupo de adolescentes que atira-va ovos na faixada do supermercado.

MensagemSalvador (AG) — O cardeal de Salvador

e arcebispo primaz do Brasil, Dom LucasMoreira Neves, em sua mensagem pascal,exortou à Nação a esperança e à confiançaem Deus para superar os grandes proble-mas do país.— Minha mensagem quer ser de espe-rança, de uma esperança que não é merootimismo pré-fabricado e auto-imposto masé confiança baseada em Deus e na determi-nação comum de lutar pelo bem e pelo res-surgimento moral, espiritual e social denossa pátria — diz dom Lucas Neves em sua•mensagem de Páscoa.; ,-, .¦ ¦ ¦ • ,..

TABUADADA LOTO Oswald

de Souza

1. AS LÍDERES DE FILEIRA (DEZENA QUEMAIS SAIU EM CADA FILEIRA DO VOLANTE)

¦B ¦_ ¦_ _¦ MMM _¦___] mã\^¦¦¦¦¦¦¦¦_i¦¦?ZIBBBHaimRSBBmHBnrjziamaawnHBBHH]íSDBmmmmMmammãmtaatmmama

¦ ¦BBBI___iMnBg_d ¦¦ asma na _§¦¦__Ibbbbbbbbboe

09: saiu11: saiu24: saiu32: saiu42: saiu51: saiu63: saiu76: saiu81: saiu00: saiu

38 vezes37 vezes41 vezes41 vezes40 vezesAA vezes35 vezes40 vezes35 vezes41 vezes

As piores líderes são as das 7° e 9o fileiras (só saí-ram 35 vezes). Temos duas líderes iniciadas por0 e nenhuma iniciada por 9. A maioria das Ií-deres de fileira (7 das 10) está localizada no la-do esquerdo do volante. Três delas são dezenasde final 1. Não temos líder de fileira de final5, 7, ou 8.

¦ Hoje damos uma dica para os apostadoresque só jogam em dezenas do lado direito dovolante. Em apenas 15 concursos foram sor-teadas cinco dezenas do lado direito do vo-lante, quer dizer, isso tem acontecido, emmédia, uma vez a cada 40 concursos, quan-do o normal seria acontecer uma vez a cada35 concursos. O sorteio de uma quina do la-do direito do volante aconteceu pela primei-ra vez no concurso 26 e pela última noconcurso 588, isto é, não ocorre há 13 con-cursos. A Loto já ficou 153 concursos segui-dos sem sortear uma quina do lado direito dovolante (do concurso 102 ao 255).

w» Há sete concursos seguidos estão sendo sor-teadas dobradinhas na Loto (dezenas de algaris-mos iguais).

Concurso n° 595: 77 e 99Concurso n° 596: 44

Concurso n° 597: 11, 66 e 00Concurso n° 598: 77Concurso n° 599: 22Concurso n° 600: 00Concurso n° 601: 11

Foram sorteadas dez dobradinhas em sete con-cursos.

FALTAM SAIR33 55 88

4. DEZENAS COM DESEMPENHO ABAIXODA MEDIA NA SENA.

içmami lEDEOUa

iMC3nc___iIG__)___II___]|

IGEIIÜBI

icrains

14 dezenas estão com desempenho abaixo da mé-dia na Sena (sairam menos de seis vezes). Há, en-tre elas, uma grande maioria de dezenas ímpares(das 14, só quatro são dezenas pares). As dezenasiniciadas por 1 são as mais presentes entre as queestão com desempenho abaixo da média na Sena.Reparem que nenhuma dezena iniciada por 2 estácom atuação abaixo da média, o mesmo se poden-do dizer das dezenas de final 0. Ouatro das cincodezenas de final 7 estão com desempenho abaixoda média (a 27 é a exceção).

3)* Há seis concursos nãosai dezena de final6 na Sena. 6

Atraso das dezenas de final 6:

06 16 26 36 4606: não sai há 6 concursos16: não sai há 14 concursos26: não sai há 9 concursos36: não sai há 9 concursos

46: não sai há 15 concursos

6. COLUNAS DO VOLANTE QUE MAIS SAEMNA SENA (SAIRAM 39 VEZES)

Desempenho das dezenas,em ordem decrescente:

EBGBgbD3{__)

no)15 e 25; wíram 10 rezei 10: mi» 9 »;« ™05: míu 6 veiei 20 e 10: saíram 9 vn« ™15: wiu 6 vezes 30 e 50: saíram 7 vezes ns>35: wiu 5 veiei L________

As dezenas de final 5 e 0 estão com um desempe-nho muito bom. O normal,, em 55 concursos, seriaelas terem saído apenas 33 vezes. Todas as deze-nas de final 0 estão com desempenho acima da mé-dia, embora nenhuma esteja na liderança da Sena.A quinta coluna tem uma dezena com desempenhoabaixo àa média, a 35, mas duas de suas dezenasestão na liderança da Sena, ambas com dezsorteios.

OBSERVAÇÕES1 • DICA, DE APOSTA: Três cartões de 7 dezenas (NCzS 1,05) custam o mesmo que sele cartõesde O dezenas (NCzS 1,05) o têm 50 por cento mais chance acertar a quina.2» DEZENAS SORTEADAS: Concurso n.° 600:67 - 06 - 91 - 40 - 00; Concurso n° 601: 45— 11 — 13 — 21 — 30. Há sete concursos não sai na Loto dezena iniciada por 5.J>e Tabuada foita até o concurso n° 601 da Loto e 55 da Sena.*•• Há oito concursos estão sondo sorteadas dezenas do final 4 na Sena. Outra dica: as dezenasiniciadas por 0 saíram nos nove últimos concursos.9» Dezenas sorteadas no 55? concurso da Sena: 17 ¦ 08 - 10 - 04 - 14 - 42.

ÇMM ECONÔMICAIFEDERAL

Belém, domingo, 26 de março de 1989

Ribeiro afirma queConstituição deve

servar o socialNa dupla qualidade de bacharel em Direito e de uma

das mais destacadas lideranças católicas do País, o secre-tário Nelson de Figueiredo Ribeiro da Indústria e Comer-cio, foi uma das oito personalidades brasileiras convidadasa proferir conferências no seminário "A nova Constituiçãoe o processo de democratização no Brasil", promovido pe-lo Institutoi Brasileiro de Debates e Estudos Sociais. O Ibra-des é um organismo ligado à Conferência Nacional dosBispos do Brasil — CNBB, dirigido pela Companhia de Je-sus (jesuítas) e tem sede no Rio de Janeiro, local do encon-tro, realizado na segunda e terça-feira passadas.Juntamente com o sociólogo Herbert José de Souza, o"Betinho", Nelson Ribeiro escolheu para sua conferência otema "O poder constituinte estadual e a questão social bra-sileira". Ontem, ele falou sobre o assunto, em entrevista ex-clusiva a este jornal.

Para o secretário, "o problema mais grave que tem oBrasil, atualmente, sem dúvida nenhuma, é a questão so-ciai, nas suas diversas dimensões, na medida em que se temquase 70 por cento da população em situação de pobreza,ou até de miséria. Diante dela, a Constituição Federal vi-gente procurou oferecer o máximo de respostas. Algumasnão foram respostas muito adequadas, mas o fato é que acaracterística mais importante da nossa nova Constituiçãoé que ela procurou enfrentar a questão social brasileira".

Sobre a expectativa que tem a Igreja Católica em rela-ção ao poder constituinte dos Estados-membros da Fede-ração, disse Nelson Ribeiro: "Eu não posso falar pela Igreja,mas, na minha opinião, a grande expectativa dos cristãos,da Igreja, neste momento, é a de que as constituições esta-duais e as leis orgânicas municipais não só tratem da quês-tão social brasileira de uma maneira mais aprofundada,mas, sobretudo, que ofereçam respostas um pouco mais ob-jetivas e um pouco mais pragmáticas para ela, considera-da no seu âmbito estadual, ou municipal".

Ele explicou que, "segundo a própria Constituição Fe-deral estabelece, os Estados têm, no processo constituinte,uma competência residual, isto é, o que não compete àUnião e aos Municípios, compete aos Estados". Ele escla-receu que, no caso, competência residual não pode ser en-tendida como inferioridade, significando, sim, que "osEstados-membros têm uma competência muito ampla, den-tro do que a Constituição Federal prevê, e têm toda compe-tência naquilo que ela não dispõe. A rigor, eles têm todacompetência fora da Constituição Federal, porque isso fazparte do exercício da sua autonomia, embora não tenhamcompetência de soberania".

No entender de Nelson Ribeiro, que juntamente com ou-tros paraenses, como os professores Armando Mendes e Ca-milo Montenegro Duarte, dentre outros, desenvolve, desdeo início do processo constituinte brasileiro, um trabalho deassessoria aos parlamentares federais objetivando questõesde interesse regional amazônico e, em especial, do Pará,os itens que, agora, nas Constituições estaduais, devem me-recer tratamento preferencial, por serem "dimensões fun-damentais" da questão social brasileira, são dez. "Se tema saúde, a educação, a segurança pública, a pobreza, asquestões agrária, ambiental, indígena, mineral, energéti-ca e habitacional", diz ele. "A saúde, a educação e a segu-rança pública não são inovações na Constituição brasileira;dizem respeito às chamadas Constituições básicas tradicio-nais. E sempre foi competência comum da União, dos Es-tados e dos Municípios tratarem dessas três questões, cadaum na sua esfera. Os demais itens é que correspondem real-mente ao agravamento da questão social brasileira. A po-breza, por exemplo, nunca foi atacada diretamente;enquanto pobreza, sempre foi atacada nas suas faces. Es-se é um assunto para o qual eu acho que os Estados devemoferecer uma resposta, da mesma forma que nas demaisdimensões específicas da questão social brasileira, cada vezmais grave".

Assaltantes usavamveículo do triRecife (AG) -— Somente cinco dias após ter sido leva-

do em um assalto, a polícia conseguiu encontrar o carroSantana, ano 86, do presidente do Tribunal Regional doTribunal de Contas, desembargador Benildes Ribeiro, deplaca TRE-001. O carro estava em poder de três assaltan-tes que estavam usando-o para fazer assaltos na grandeRecife.

O Santana que serve ao desembargador foi reconheci-do num bairro da periferia da capital, na zona norte, portrês policiais civis. No momento do reconhecimento osbandidos fugiram em alta velocidade, conseguindo dri-blar a polícia duas horas depois, entretanto, o veículo foiencontrado abandonado no bairro de Nova Descoberta,também na zona norte.

NEMER VIEIRA ZAIREAGRADECIMENTO

Sensibilizados agradecemos, do fundo do coração, to-das as presenças, orações e palavras de conforto de que fo-mos alvo através de familiares e amigos, nos difíceis momentospor que passou nosso NEMER VIEIRA ZAIRE. Estendemosnosso agradecimento aos médicos, enfermeiras e auxiliaresdo Pronto Socorro Municipal (Equipe 1), Instituto de Neuro-logia, ao apoio da Telepará, e em especial aos drs. CésarNeves e Josó Jorge de Souza.

Ass. NAZIR ZAIRE E FAMÍLIA.

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A Páscoa é uma grande festa em Portugal, e oalmoço desse dia transforma-se em memorável encontroda familia portuguesa. Revivendo essa tradição o Restaurante1900, do Equatorial, programou para este domingo umautêntico almoço de Páscoa, mas com toque paraense.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O UBERAL .CIDADES. 3.'Farra do boi' vai prosseguirenquanto não houver violência

Florianópolis (AG) — Apesar da limi-nar da Justiça proibindo a "Farra do Boi",o governo de Santa Catarina, através deseu secretário de Justiça, João HenriqueBlasi, deixou claro ontem que só vai in-tervir quando houver violência compro-vada. Ignorando depoimentos deecologistas e jornalistas, Blasi se disse on-tem surpreso com as denúncias porqueaté o momento não havia recebido nenhu-ma notificação de maus tratos dos fiscaisque, segundo ele, estão acompanhando asferras disfarçados para não serem iden-tificados pelos farristas.

Blasi reiterou que a "Farra do Boi"é uma tradição já integrada à cultura ca-tarinense e por isso só a violência deve sercombatida. Ele anunciou para a próxima* terça-feira uma reunião da comissão dafarra do boi que vai examinar os relato-rios dos fiscais que percorreram mais de30 municípios para só então decidir se ai-gum processo será instaurado. E lembrouque em 1988 só 12 processos resultam das64 farras catalogadas no litoral.

Afastando qualquer dúvida de que afarra do boi continuará a ser praticada noEstado, Blasi antecipou que essa reuniãotambém servirá para estabelecer normasde funcionamento para 1990.

Em Governador Celso Ramos, tentan-do fugir dos farristas, que usavam pedras,paus, varas • e roupas torcidas paraenfurecê-lo, um boi entrou no mar e foi re-tirado por uma baleeira para que os' maustratos pudessem continuar. Na praia

dos Ingleses um outro animal, bastantemachucado, foi torturado por mais de dezhoras.

FeridosFlorianópolis (AE) — Ferido seria-

mente por um boi antes de uma "Farra"na noite de quinta-feira, na localidade li-torânea de Santa Luzia, a 50 quilômetrosde Florianópolis, o caminhoneiro Joel daCosta Neto, de 23 anos, foi operado ontemde manhã pela segunda vez, no hospitalCelso Ramos, na capital. Joel sofreu umferimento profundo na região genital, pro-vocado pela chifrada do boi, e seu esta-do, depois da cirurgia, era estável,informou o hospital.

Com o caminhoneiro, embora não ha-ja números oficiais, já se sabe que são de-zenas os feridos por ataques dos animais,a maioria apenas com luxações e escoria-ções. Antes de Joel da Costa Neto, o casomais grave registrado foi o de um pesca-dor conhecido como "João da Manequi-nha", na comunidade de Ganchos,município de Governador Celso Ramos, a45 quilômetros de Florianópolis. Na noi-te ae segunda-feira, completamente em-briagado, ele tentou dar cerveja a um boique estava amarrado. O animal escorre-gou e caiu sobre o corpo de "João da Ma-nequinha", que sofreu fratura da bacia.

Se há feridos em quase todos os 23municípios catarinenses onde se realizaa "Farra", as entidades ecológicas do Es-tado não haviam recebido, ate ontem, ne-

nhuma denúncia grave sobre violênciascontra o boi. De acordo com Cristalina Pa-rá, presidenta da Associação Catarinen-se de Proteção Ambiental (Acapra),apenas na segunda-feira haverá uma ava-liaçao dos casos que venham a ser denun-ciados. Ela informou ontem queecologistas, entre eles alguns estrangei-ros, estão acompanhando as festas incóg-nitos, como se fossem turistas.

A polícia, de seu lado, ainda não foiacionada para reprimir a "Farra", dian-te da orientação do governo de só agir em •casos em que haja violências comprova-das contra o boi. Enquanto isso, uma me-dida liminar concedida na quarta-feirapor um juiz da Vara de Fazenda da Capi-tal, proibindo a "Farra do Boi", continuasem efeito, pois o procurador-geral do Es-tado, Paulo Medeiros Vieira, ainda não foicitado pelo oficial de Justiça, Edson Pe-reira da Silva, que o acusa de fugir àcitação."Tenho endereço e telefone em cata-logo e se ele não me encontrou é porquenão demonstrou competência para isso",disseontem o procurador Paulo Vieira,para quem a medida se tornará "inócua"a partir de segunda-feira, quando não ha-verá mais farras.

Ao ressalvar não ter conhecimento doconteúdo da liminar concedida pela Jus-tiça, o procurador disse que ela não temefeito prático. "Seria como se o governa-dor Moreira Franco baixasse decreto proi-bindo o carnaval no Rio", ironizou.

Destroços doremontadosSão Paulo (AG) — Os destroços do Boeing

707, prefixo PT-TCS, cargueiro da Transbrasil,que caiu na última terça-feira sobre a favelaZimbarde, em Guarulhos, matando 20 pessoas,começarão a ser remontados a partir desegunda-feira por peritos do Centro Técnico Ae-roespacial, a fim de que as causas do aciden-te sejam esclarecidas através de estudos dosperitos. A principal suspeita levantada pormembros da Comissão de Investigação é deque o Boeing caiu a 2,8 quilômetros da cabe-ceira da pista do aeroporto internacional de SãoPaulo, quando se preparava para aterrissar, de-vido a uma falha no sistema de freios aerodi-nâmicos.

As suspeitas de que a queda foi motivadapor essa falha surgiram depois que os mem-bros da comissão verificaram as primeiras fo-tos do aparelho destruído. É que os freiosaerodinâmicos teriam aberto antes do pousoo que não era o procedimento correto. Os des-troços do Boeing 707 estão guardados no aero-porto internacional de São Paulo, emGuarulhos. A "caixa preta" do Boeing foi en-viada para Washington, para que as conversasentre a tripulação e a torre do aeroporto sejamfiltradas para retirar ps ruídos que as torna-ram inaudíveis.

Tfcmbém segunda-feira o secretário dePromoção Social da Prefeitura de Guarulhos,Jorge Singh, se reunirá a partir das 9 horascom representantes da diretoria da Transbra-sil e das empresas seguradoras para iniciar asnegociações para o pagamento das indeniza-ções às famílias das vítimas do acidente.

Vinte e nove pessoas estão alojadas na Es-cola Estadual Glauber Rocha, recebendo rou-pas e alimentos da Transbrasil.

Outra vítimaGuarulhos (AG) —- O menino Alexandre Al-

Boeing serãopara análiseves Manuel, de dez anos, morreu no acidentecom o Boeing 707 da Transbrasil, que caiu naúltima terça-feira sobre 15 barracos da favelaZimbarde, localizada a 2,8 quilômetros da ca-beceira da pista do aeroporto internacional deSão Paulo. Foi o que anunciou ontem à tardeo delegado Sérgio Iraci de Oliveira Guerra, do80° Distrito de Guarulhos, depois de convencera mãe do garoto, Maria Aparecida Alves, a iraté o Instituto Médico Legal (IML) para iden-tificar o corpo carbonizado de um menino queaté então não fora reconhecido e nem reclama-do. O corpo será enterrado hoje. Ontem foi se-pultada a menina Lilian de Paula Ferraz,quatro anos, cujo corpo foi encontrado na sexta-feira à tarde.

— O mistério acabou. Se a mãe identificoué porque se trata mesmo do Alexandre — dis-se o delegado Sérgio.

Ele explicou que a identificação foi possí-vel porque o fogo não chegou a queimar total-mente a camisa azul que o menino vestia e quefoi reconhecida por Maria Aparecida.

Ademir Rodrigues, que garante ter retira-do Alexandre vivo do interior da casa, reiterousua versão à polícia. O delegado Sérgio Guer-ra disse que a única possibilidade é de que Ale-xandre, por motivos inexplicáveis, teria voltadoa sua casa, que estava em chamas, quando aca-bou morrendo. A polícia disse que o corpo iden-tificado como sendo de Alexandre foi removidoao IML pelos seguranças do Infraero Maurí-cio Spíndola e José Carlos Valente Coelho.

A família de Alexandre, porém, ainda nãoacredita que, apesar do reconhecimento porMaria Aparecida, o corpo carbonizado seja domenino. O tio de Alexandre, João Carlos Alves,denunciou ontem à tarde que sua irmã teria si-do induzida a fazer a identificação e encerrara polêmica.

Senado investiga linhas aéreasPorto Alegre (AJB) — A Comissão de

Fiscalização e Controle do Senado vai ins-taurar, nesta semana, um processo legisla-tivo de investigação sobre os problemas dotransporte aéreo de cargas, além da situa-ção das empresas, aeroportos e de transpor-te de passageiros, diante do acidentesemana passada do avião cargueiro daTransbrasil em São Paulo.

A informação foi dada anteontem peloEresidente

da comissão, senador Carlos Al-erto Chiarelli (PFL/RS), atendendo pro-

posta requerida pelo senador RobertoCampos (PDS-MT), que indaga sobre pro-blemas técnicos, comerciais, financeiros eadministrativo do transporte aéreo em ge-ral, especialmente a intervenção, há doisanos, do governo federal na Transbrasil.

Chiarelli lembrou anteontem que o go-verno federal é o poder concedente de linhasaéreas, além de disciplinar o mercado e nor-matizar o setor, por isso "é necessária umainvestigação mais ampla sobre as atuais di-

ficuldades da aviação civil". O processo in-vestigatório se baseia nas prerrogativas do.Congresso Nacional, determinadas pelaConstituição Federal.

PeríciaUberaba (AE) — O Boeing 737 da Va-

rig que sofreu um acidente ao taxiar no ae-roporto de Uberlândia (MG) na últimaquinta-feira, já foi rebocado para o pátio da-quele aeroporto e a pista também já foi li-berada. O avião teve a biquilha do trem depouso quebrada quando fazia operação nacabeceira da pista. Técnicos do DAC (Dire-toria de Aeronáutica Civil) e um engenhei-ro da Varig-Itacir Silvestcin — estão emUberlândia para verificar as causas do aci-dente. O engenheiro informou à Agência es-tado que os laudos da perícia ficarão prontosdentro de 15 a 20 dias. Porém, adiantou que"o acidente aconteceu na parte boa da pis-ta". Afirmou ainda que "houve falha noavião", as peças do trem de pouso já foramretiradas para análises.

Covas convida Jereissatipara vice dos 'tucanos'Brasília (AJB) — O senador Mário

Covas tentará hoje resolver um dosprincipais problemas de sua candidatu-ra à Presidência da República, peloPSDB. Em Fortaleza jantará com o go-vernador Tasso Jereissati, quando oconvidará para compor a chapa dos tu-canos, como candidato à vice-presidência. Na avaliação dos estrate-gistas do partido, Jereissati, por repre-sentar uma forte liderança no meio em-presarial, estaria em condições de afãs-tar as preocupações daqueles que vêemem Covas um presidenciável de tendên-cias estatizantes.

Covas ficará dois dias em Fortale-za, iniciando sua agenda com uma cole-tiva à imprensa, hoje; às llh30min, temalmoço previsto com o prefeito Ciro Go-mes, e a tarde, se reunirá com lideran-ças sindicais e empresariais do Ceará,com os quais pretende debater algumaspropostas do PSDB, no caso de o candi-dato dos tucanos vencer as eleiçõespresidenciais.

Na terça-feira, o senador Mário Co-vas participará da solenidade de inau-guração da sede do PSDB em Fortale-za. As 17 horas, ela vai à AssembléiaLegislativa, para assistir à filiação dodeputado estadual Domingos Fontes aoseu partido. Fontes até agora militavano PDT. O PSDB, entretanto, está naexpectativa de que outros dois deputa-dos estaduais, do PFL e do PDS, tam-bém poderão "tucanar".

DiscussãoSão Paulo (AG) — U ex-assessor de

Jânio Quadros e um dos principais arti-culadores de sua campanha à Presiden-cia da República, Cláudio Lembo(PFL) afirmou ontem que a filiaçãopartidária do ex-presidente do Partidoda Frente Liberal foi cogitada entre osmembros do partido, inclusive o virtualcandidato Aureliano Chaves e MarcoMaciel, atual presidente do PFL, emdezembro e que poderá voltar a discus-são caso se confirme a filiação do ex-presidente ao PFL.

Cauteloso, Cláudio Lembo não des-cartou a possibilidade de Jânio ser ocandidato oficial do PFL ou uma com-posição entre o ex-prefeito de São Pauloe Aureliano Chaves, considerando-o umpolítico de renome que fortaleceria opartido na campanha presidencial.Cláudio Lembo disse ainda que Jânio seidentifica ideologicamente com opartido:

— Jânio possui um perfil que temPontos

em comuns com a filosofia do'FL e ele poderia contribuir muito nopartido, mas isso deverá ser discutidoentre os membros e provavelmente, ca-so se confirme sua filiação, na conven-ção nacional do partido, sem data mar-cada — ressaltou Cláudio Lembo.

A questão será levada ao presiden-te nacional do PFL, senador Marco Ma-ciei, ainda esta semana por Lembo queadiantou que a filiação partidária deJânio depende de uma consulta préviaentre os membros e a anuência de Au-reliano Chaves.

THnta milassistem

Rod StewartPorto Alegre (AE) — A

superprodução para o showdo cantor Rod Stewart, hojeà noite, em Porto Alegre, noestádio Olímpico, ficou pron-ta ontem, com a montagemde um palco de 56 metros decomprimento que abriga 60toneladas de equipamentosde som e luz. Os organizado-res da apresentação esti-mam que 35 mil pessoasdevam assistir ao snow doroqueiro que, na quinta-feiraà noite, durante a sua estréiaem palcos brasileiros, emFlorianópolis, levou os cata-rinenses ao delírio. Cerca de300 policiais militares esta-rão mobilizados para a se-gurança, e dois postosmédicos foram montadosjunto ao palco para a emer-gência, além de um esque-ma especial de trânsito.

De acordo com informa-ções da DC-Set promoções,que organiza o snow na ca-pitai gaúcha, todas as exi-gências do cantor escocêsforam atendidas, que vão dadisponibilidade de uma li-musine para os seus deslo-camentos até a busca dedezenas de garrafas de diet-pepsi, em Montevidéo. Osmúsicos de sua banda e aequipe técnica já estão emPorto Alegra hospedados nohotel Plaza São Rafael — oúnico cinco estrelas da cida-de -, e o cantor Rod Stewartsó chega à capital gaúcha nofinal da tarde, depois de as-sistir à corrida deFórmula-1, no Rio de Janei-ro. Após o show, o roqueiroretornará ao Rio, para seudescanso antes da apresen-tação. Foi reservada a suíte§

residencial do Hotel Plazaão Rafael com uma área de

120 metros quadrados, aocusto de NCz| 140,00.

Treinamentopara controleda poluição

Brasília (Radiobrás)— A partir de abril, o De-partamento Nacional deProdução Mineral, vincula-do ao Ministério das Minase Energia, contará com umCentro de Treinamento pa-ra Controle da Poluição emAtividades de Mineração,projeto realizado atravésde cooperação técnica en-tre o Brasil e o Japão.

Numa primeira etapa,professores da Japan Inter-national CorporationAgency (JICA) treinarãotécnicos do DNPM que,mais tarde, irão repassar odomínio das modernas téc-nicas de controle ambien-tal na mineração a organis-mos oficiais, empresas demineração e outras empre-sas privadas. Essa tecnolo-gia envolve o levantamentoe diagnose do nível de po-luição atmosférica, hídricae de solo; caracterizaçãodas fontes poluidoras; mo-nitoramento ambiental;desenvolvimento de técni-cas de tratamento de águae processos para a rcupera-ção de áreas mineradas.

Suíços vãoinvestir no

RG do NorteNatal (Radiobrás) —

Cerca de NCz$ 31,8 milhõesvão ser investidos, por umconsórcio de bancos suíços,na implantação de umcomplexo turístico no lito-ral norte do Estado. Entreoutras coisas o empreendi-mento vai oferecer mil no-vos leitos no setor de hote-laria, através de um hotelcom 200 apartamentos emais 300 bangalôs, que se-rão construídos na praia deBarra de Maranguape, dis-tante 67 quilômetros deNatal.

Repórter *TOENVELOPE

Conhecido advogado foi encarregado porum amigo da Espanha de fazer um pagamen-to, aqui em Belém, de mil dólares, colocadosem um simples envelope, que o advogado acabouesquecendo na recepção do hotel. Somente ai-gurnas horas mais tarde, o advogado deu pelafalta do envelope e voltou, angustiadíssimo, aohotel, quase sem esperança de encontrar os mildólares. Para grande surpresa dele, porém, oenvelope — com os dólares intactos dentro dele— estava no mesmo local onde fora esqueci-do, aliás um local muito freqüentado por hós-pedes e garçons.

Contada a história, ele e amigos levanta-ram três hipóteses para explicá-la: 1) ninguémviu o envelope; 2) o envelope foi visto mas nin-guém mais acredita que ainda se guarde di-nheiro em envelope; e 3) o envelope foi vistoe respeitado por um princípio de honestidadeque prevaleceu por causa da Semana Santa.

A terceira, uma hipótese, segundo eles., poucoprovável, mas que ainda pode existir. E mere-cer elogios.

PRAZO

O senador João Menezes passa este domingo emCapanema e volta à noite a Brasília. Já amanhã começaa coletar assinaturas para a emenda que visa reduziro prazo de desincompatibilização de governadores e pre-feitos quando candidatos a outros cargos eletivos. PelaConstituição, o prazo é de seis meses e João quer reduzi-lopara três apenas, dizendo, inclusive, que foi estimula-do a essa proposta pelo governador paulista Orestes Quer-cia, quando os dois conversaram na inauguração doMemorial da América Latina.

João acrescentava, ontem, que descobriu não tera Constituição estabelecido prazo de desincompatibi-lização para o ministro de Estado se candidatar. E aí,concluía, muito alegremente, que o candidato no qualtanto insiste, o general Leonidas Pires, pode ser candi-dato a presidente sem deixar o Ministério do Exército.

ELEIÇÕES

Neste domingo, 160 milhões de eleitores so-viéticos vão escolher o novo Congresso Nacio-nal da URSS. Nas maiores cidades, como Moscou,Leningrado e Kiev, o eleitor pode escolher o can-didato em uma lista com vários nomes, todos,porém, passados previamente pelo crivo do Par-tido Comunista, o único do país. Esse detalhetorna esta eleição mais interessante, para o mun-do, do que as anteriores na União Soviética, mes-mo que nas províncias e pequenas cidades oprocesso eleitoral continue a ser o mesmo emvigor há 70 anos: um único candidato para umacadeira.

Esse parcial pluralismo de candidatos fazparte da '"perestroika" de Gorbachev, eleito se-cretário geral do PC soviético há quatro anos.

CONSTITUIÇÃO

A OAB do Pará resolveu acompanhar o trabalho daConstituinte Estadual e colaborar na feitura da Cons-tituição. Para isso, constituiu uma comissão, que ficouintegrada pelos conselheiros Paulo Klautau, Egycüo Salles,Jorge Alex Athias, Reinaldo da Silveira, Tadeu Silva ePaula Francinete e dos advogados e professores Erlin-do Braga e Edilson Silva. Preside a comissão o própriopresidente da Ordem, Milton Nobre.

A primeira reunião da comissão será nesta segunda-feira e visará estabelecer critérios de trabalho para acom-panhamento efetivo da atividade da Constituinte.

TAXIS

Motoristas que fazem ponto em frente ao Hi-permercado Líder armaram um conluio con-tra os fregueses. Se alguém sai do Líder comregular volume de compras, sofre, no ponto detáxis um jogo de empurra, que, na realidade, vi-sa apenas forçar um acerto para pagamento dacorrida por fora do taxímetro. E como o fre-guês não tem outro recurso para levar as compraspara casa, o jeito é submeter-se à imposiçãodo motorista.

Se algum profissional, com pena do pas-sageiro carregado de embrulhos, resolve fu-rar o conluio, passa mal, depois, entre os colegas.

ADICIONAL

Já está tramitando na Justiça Federal, em São Paulo,mandado de segurança contra a cobrança do adicionalao Imposto de Renda sobre lucros e rendimentos de capitalque a Constituição Federal de outubro de 1988 facultouaos Estados. O mandado foi requerido pelo Centro dasIndústrias e o juiz da 10* Vara da Justiça Federal o re-distribuiu ao Tribunal de Justiça, por entender que aordem para cobrança parte do secretário da Fazenda.

O fundamento do mandado pedido é de que o adi-cional só pode ser cobrado depois de uma lei comple-mentar federal que defina o fato gerador e, também,se o adicional recai sobre o imposto devido ou, simples-mente, sobre o imposto pago.

A questão principal, porém, é saber se o adicionalpode ou não recair sobre os lucros declarados nos ba-lanços que as empresas estão publicando somente agoramas se referem a 1988. Os empresários entendem quenão, porque são lucros do ano passado e a reforma tri-butária, pela própria Constituição, só começou a lp demarço. Os Estados, é claro, entendem o contrário.

QUALIDADE

O Laboratório de Ciências e Matemática,que desenvolve pesquisa na UFPa, voltada paraa formação e o treinamento de professores nessasáreas de ensino, acaba de receber conceito ex-celente, atribuído pela Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),através de seu subprograma Educação paraa Ciência.

O relatório da Coordenação aponta o La-boratório como exemplo de grupo de melhoratuação, "alcançando grande influência sobreo meio em que atua (muitas vezes bastante ca-rente) e vem crescendo no desenvolvimento ena produção de material institucional, cuja tes-tagem tem demonstrado a sua importância".

TEATRO

Nestes dias em que se discute a proteção ao par-que botânico do Museu Goeldi, ameaçado pela construçãode altos edifícios em sua volta, o vereador Nelson Cha-ves volta a um assunto não resolvido, apesar de já muitodiscutido: suprimir o tráfego em frente ao Teatro daPaz, interditando a quadra que une a Carlos Gomes àSão Jerònimo. A medida protegeria o Tteatro da Paz, quese tem dito estar sendo abalado pelo tráfego pesado ime-diatamente à sua frente.

O vereador, também engenheiro, só apresentará umprojeto nesse sentido depois de fazer consultas a enti-dades de classe e repartições públicas ligadas ao as-sunto. O principal problema ainda é para onde desviaro tráfego, bem intenso, que passa em frente ao teatro.

EM POUCAS LINHAS

Domingo da Ressurreição e das alegriasda Páscoa na folga de tutti quanti. ***** Depois detanta chuva, na quinta e na sexta, muito sol, no sába-do, fez a festa de tantos judas em quase todos os bair-ros. ***** Os bonecos, a cada ano, vão aparecendoem maior número, são bem mais apurados e,também, moderninhos: desmatamento e hidre-létrica foram muito malhados. ***** Por causados baixos salários, advogados já começam a deixara Defensoria Pública. Os defensores continuam a ga-nhar 97 ou 112 cruzados novos. ***** Parece que fi-nalmente vai sair, nesta semana que começa,a comissão mista das Prefeituras de Belém ede Ananindeua para definir os limites entre osdois municípios. Vai haver prazo certo para acomissão chegar a uma proposta acabando coma situação atual em que contribuintes recebemcarnes de lá e de cá e não pagam nenhum dosdois. ***** A Rádio Liberal vai premiar, com um moto-rádio, o craque do jogo, em midia conjunta com as Ca-sas Pernambucanas, via TTLM, agência de publicida-de de Fortaleza, que optou pela Liberal em função daaudiência e da qualidade de trabalho. ***** Eleiçãono dia 30, na Sociedade de Cooperativa Pecuáriado Pará. Depois de 30 anos, é a primeira vezque haverá duas chapas concorrendo, o que fazprever uma corrida de pecuaristas-eleitores àsede da Socipe, na Gaspar Viana. ***** Está mor-rendo no nascedouro a idéia da Cohab, de partir paraa construção de casas de taipa, visando, antes de maisnada, baratear os preços das residências populares. *****A companhia foi alertada de que a taipa é ba-rata mas é, também, ideal para os "barbeiros",causadores do mal de Chagas. ***** Quando vol-tar da licença-prêmio de seis meses, o desembargadorRaimundo Hélio de Paiva Melo fica por pouco tempomais no TJE. Ele chega aos 70 e vai ser aposentado com-pulsoriamente. ***** O reitor Seixas Lourenço jásabe o que vai fazer quando julho chegar e ele

passar o cargo ao novo reitor que o presidenteda República tiver nomeado. ***** Lourenço vaicontinuar na Unamaz — Associação das Universidadesda Amazônia, entidade mantida pelas oito nações daHiléia amazônica. ***** Se não continuar comopresidente, Lourenço será o secretário execu-tivo da Unamaz, que poderá ter sua sede emBelém. ***** A Paixão segundo o PMDB, no artigo deFernando Pedreira, na página 7, leva o articulista a di-zer que é triste e doloroso ver, agora, o velho chefe, UlyssesGuimarães, ser engolido dentro do seu próprio partidopela lama que ele mesmo permitiu que se acumulasseao seu redor. ***** Um advogado estranhava quea Ordem dos Advogados não tenha, ainda, aplau-dido o Superior Tribunal Militar, que não aceitouAluizio Alves por não ter este comprovado dezanos de exercício da advocacia, uma condiçãoque a Ordem tem se esforçado para fazer pre-valecer. ***** Para o advogado, o fato de Aluizio tersido cassado não deve pesar na análise da OAB, a me-nos que cassado seja o mesmo que bem vendido em hastapública: está isento de vícios. ***** O senador Jar-bas Passarinho dá adeus à candidatura a pre-sidente e explica a renúncia, "em primeiro lugarao meu Pará", o que faz hoje em artigo publi-cadona página 7. ***** Advertência do senador: sealgum paraense tiver a possibilidade de ser candidatoà Presidência, "que ele tenha o bom senso de fazer po-li tica em São Paulo, ou em Minas, ou no Rio, de acordocom a sentença proferida pelo dr. Paulo Maluf". *****A notícia da coluna sobre escola particular quetocava um disco do Hino Nacional, em lugarde ensinar a letra do Hino às crianças, fez vá-rias escolas — e não apenas uma — acabaremcom essa prática. Agora, as crianças chegamà escola e vão passando logo direto para as salasde aula. ***** Para o seu domingo: vôlei, em fase dedecisão, entre Pirelli e Fiat-Minas e GP — Brasil de Fór-mula Um. Tudo ao vivo e no Canal 7, às 9:45 e ao meiodia, respectivamente ***** Feliz Páscoa para vocês.

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4 CIDADE. O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

( João Malato )

VilipendioNum país que prezasse a moralidade administrati-

va como um dos seus princípios básicos mais relevan-tes, esse ministro Roberto Cardoso Alves, titular da pastado Desenvolvimento Industrial, Ciência e Tecnologia, játeria sido sumariamente demitido.

Acusado, por seus assessores e secretários, de sero principal responsável pelos escândalos financeiros queacabam de enodoar esse Ministério, inclusive a vendasub-reptícia e fraudulenta de grandes partidas de cafée açúcar para o estrangeiro, com enormes diferenças depreço e cujos resultados financeiros foram rateados en-tre ele e seus auxiliares, e que explicaram a tramóia co-mo um expediente para avolumar recursos para apróxima aventura eleitoreira do ministro, que pretendereeleger-se para o Senado, nada justifica mais a sua per-manencia numa função de responsabilidade, a menosque o presidente José Sarney desfrute da volúpia de con-viver com mandatários dessa espécie. Mas, as trapalha-das de Robertão não ficaram só nessas negociatas decafé e açúcar, que inflingiram ao país prejuízos da or-dem de cem milhões de dólares. Elias se estenderam aum processo de multa milionária que atingiu a empre-sa petrolífera Hudson, e que o ministro se esforçou, de-liberadamente, para dispensá-la, o que foi conseguido,mas que lhe rendeu uma "comissão" no valor da meta-de da multa, aí por volta de meio milhão de dólares. Co-mo se não bastasse, Robertão ainda aparece envolvidoem casos de corrupção ativa no Departamento de Do-mínio da União, em São Paulo, e na Companhia Siderúr-gica Paulista (Cosipa), cujas dívidas, de valorincalculável, vinham sendo pagas com a interferênciado ministro, que auferia propinas de até 15 por cento poresses recebimentos.

Robertão é tão famélico por dinheiro que, por oca-sião da votação, na Constituinte, da questão dos cincoanos para o sr. José Sarney e outros problemas em queo Planalto estava interessado, ele explorou o governo, nãosó em verbas, como em posições e empregos para os seusáulicos e parentes, e também para os áulicos e paren-tes dos deputados e senadores que o acompanhavam nes-sa comilança, para a qual ele criou aquela famosa efisiológica versão franciscana, de que "é dando que serecebe".

Agora, ele está recebendo as "doações" a que fez juspor seu inescrúpulq, quando lhe desaba sobre a carca-ça o maior vilipendio público a que um homem já este-ve sujeito, no Brasil.

-XXX-

CaradurismoNum momento em que as Assembléias Legisla-

tivas e as Câmaras Municipais de todos os Estados ofe-recém um exemplo dignificante de economia ecomedidez nos seus gastos e despesas, com a reduçãodo pessoal ocioso e a triagem dos empregados fantas-mas, ou que só comparecem ao local de trabalho nos diasdo pagamento dos seus imerecidos proventos, não dei-xa de ser surpreendente que o Legislativo Estadual pa-raense esteja em período de ampliação do seu imensoquadro de assessores, cujo número já extrapola a capa-cidade de acomodação que o seu vasto e grande paláciopode oferecer. Sendo já motivo de estranheza pública quecada deputado disponha, pessoalmente, de uma nume-rosa e desnecessária equipe de ajudantes e assessores,em que são aproveitados as esposas, os parentes e afi-lhados do legisferante, todos remunerados com saláriosque o governo do Estado não pode atribuir aos seus maisdedicados e competentes servidores, imagine-se a cen-sura geral que o desgraçado contribuinte está formulan-do, publicamente, ajuizadamente, com mais essaexpansão do empreguismo que os nossos insensibiliza-dos legisladores estão deflagrando, como um petardo,contra a economia do nosso Estado.

Eu não sei a quanto já monta o rebanho que comena horta do Estado, a pretexto fazer leis que não se cum-prem, mas acredito que os cabritos já excedem de 40.Como cada deputado quer mais dois assessores, resul-ta que serão em torno de 80 os novos parasitas que tere-mos de sustentar, na base de 700 cruzados novos, - numdispêndio mensal de 56 mil cruzados, que ao fim do anodesfalcará o Tesouro de 672 milhões de cruzeiros antigos.

Some-se isso, aos seis, ou sete milhões que cada de-putado nos custa, mensalmente, e mais ao que eles nostiram, com o seu funcionalismo doméstico, e ter-se-á oburaco negro que nos atormenta.

E, tudo isso, para fazerem um arremedo de consti-tuição que ninguém vai ler, ninguém vai guardar e nin-guém vai cumprir nem mesmo os seus pretensosautor?1;. .

-XXX-Condecoração merecida — Na recente solenidade no

comando do IV Distrito Naval, o seu eminente e ilustretitula - o'mirante Ernani Fortuna condecorou com a me-dalh le Amigo da Marinha", o conceituado profissio-nal em construção naval, sr. Teodomiro Pereira Ribeiro,proprietário do "Estaleiro Ribeiro", em leoaraci, e quehá muitos anos presta serviços estimáveis na manuten-ção das embarcações da Armada, em Val-de-Cães. Es-te colunista sente-se honrado em ter o homenageadocomo seu sobrinho, e também confessa-se grato à Mari-nha, p _a distinção conferida.

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Sol dá sinal de vida em MosqueiroO sol apareceu em Mosqueiro

no sábado de Aleluia, atraindocerca de 100 mil pessoas àspraias, ao contrário do que acon-teceu na sexta-feira da Paixão,quando o céu estava nublado.Apesar de anteontem ter sido umdia agitado, em função da possi-bilidade de não haver peixe sufi-ciente para atender à demanda, oMercado Municipal registrou avenda de todo o estoque do pesca-do de primeira. Os talhos maisprocurados, ontem, voltaram aser os de carne.

Quem foi a Mosqueiro podiaescolher como se divertir: fute-boi e vôlei em quadras polivalen-tes, surf, caiaques e campeonatosde windsurf e morey boogie, alémdos papagaios que riscavam océu. Os guarda-sóis, biquínis ecalções coloriam o cenário e o"bronze" fez o espetáculo naareia. As barracas instaladas nocalçadão estavam lotadas: a cer-veja bem gelada amenizava o ca-lor, acompanhada pelas inevitá-veis rodas de samba e pagode.

Algumas praias ainda está-vam sujas, em decorrência damará vazante, mas nem isso con-seguiu afastar os banhistas, quedisputavam cada metro limpo, afim de ocupá-lo com toalhas e ca-deiras. Crianças e adultos se divi-diam em diversas atividades,aproveitando o sol.

Hospital: muito trabalhoMesmo com o forte esquema

de segurança armado pela Poli-cia Militar (PM). através do poli-ciamento ostensivo e da orienta-ção do trânsito, serviços efetua-dos pelos guardas do Batalhão daPolícia de Trânsito (Baptran), ohospital do Mosqueiro teve umgrande movimento em suas en-fermarias de emergências. Parao capitão Ampueira, o movimen-to na ilha foi normal, principal-mente no trânsito e nas praias,onde uma guarnição do Corpo deBombeiros se revezava nas cabi-nes dos salva-vidas.

A diretora do hospital, Me-rian Benoliel, disse que de quinta-feira até ontem já haviam sidorealizados 300 atendimentos, pas-sando por quedas e baleamento,

•P'

o Luís (AG) — O arcebispo metropolitano de São Luíse vice presidente da CNBB, dom Paulo Eduardo Ponte, disseontem que está disposto a processar criminalmente o pastorJoíiü Oliveira, da Igreja Universal do Reino de Deus, cujos adep-tos tentaram impedir, com violência, a realização da procis-são do Senhor morto, sexta-feira da Paixão, no centro destacapital Os universalistas promoveram uma ruidosa manifes-tação, com faixas e cartazes, para impedir que a procissão ti-vesse prosseguimento quando alcançava a praça João Lisboa.

Foi preciso a ação policial para desobstruir a passagemquando católicos e universalistas trocavam pancadarias de pause socos. Os evangélicos cantavam a música "Ilariê" da Xuxa,parodiando com o nome de Jesus, para dizer que ele não mor-reu. Milhares de fiéis que acompanhavam a procissão tiveramque entrar em ação e gerou-se um grande tumulto. A políciateve que abrir cordão para permitir a passagem, alguns delesarmados de metralhadora.

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acidentes oriundos de "pegas" decarros e três cirurgias cesaria-nas. A equipe do hospital, com-posta por 18 pessoas, entre medi-cos, enfermeiras e assistentes,teve muito trabalho. O caso maisgrave, segundo a diretora, foi odo baleamento de um rapaz,ocorrido na sexta-feira à noite, napraia do Murubira.

AbastecimentoOs problemas de abasteci-

mento de pescado foram solucio-nados pela Agência Distrital doMosqueiro, que comprou, dospescadores, duas toneladas depeixe. Segundo a administraçãodo Mercado Municipal, localiza-do na praça da Matriz, em frenteà Igreja de Nossa Senhora do 0,todo o estoque de peixe de primei-ra foi vendido, sobrando ainda di-versos quilos de piramutaba. "Aprocura, agora, é pela carne bo-vina e suína, cujos talhos se en-contram bastante abastecidos",concluiu.

No Terminal Rodoviário onúmero de pessoas aumentou,visto que muitos banhistas, pro-curando viajar de maneira maistranqüila, compravam suas pas-sagens de volta a Belém logo aochegar à ilha.

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Um dia de sorte para refazer o bronzeado numa trégua do inverno.

Você ouve música em todasas rádios* Há uma rádio queouve você:

Liberai AM. _..'•• •.•••• '.'•''___________wmík*.^^^B________w_ _F Ár ^^*8s!t______ ___^^'"' * '^^9í^_

Queixas, reclamações, sugestões, críticas,pedidos, elogios, perguntas, comentários...

Você fala, nós somos todo ouvidos.

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Outeiro'"

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Areia e água para soltar aimaginação.

RÁDIO LIBERAL AM223-1330/2244330.

A turma deu um tempo no sol que veio generoso na sexta-feira em Mosqueiro.

Depois de um diaquente, a chuva

aparece emDepois de uma

sexta-feira de muitachuva, os -banhistasde Outeiro voltarama se divertir e apro-veitar, ao máximo,um dia de muito sol.O maior problemaocorreu na volta pa-ra casa, quando achuva retornou e fezcom que muita genteesperasse, com frio,os ônibus, que aindasão em número insu-ficiente para atenderaos visitantes e resi-dentes na ilha.

Um forte apara-to policial na estradade acesso à ilha,além das vias epraias, garantiu a se-gurança de quem foiontem a Outeiro. Nãohouve maiores inci-dentes, apesar do grande número de pessoas nas praias,que dividiam-se entre o sol e a água e a cerveja, vendidanas barracas instaladas pela área. Os bares com músicaeletrônica também eram uma opção, puxando os casaispara "cair" no brega, funk e pop.

De acordo com Carlos Almeida, proprietário de umadas barracas da praia do Outeiro, os banhistas chegaramcedo à ilha. Os ônibus, segundo ele, estavam totalmentelotados e traziam grande número de pingentes. "Não tevelugar nas barracas para quem queria. Como a ilha ficamais perto de Belém, a procura hoje (ontem) foi maiordevido ao sol", ressaltou ele.

As reclamações de sexta-feira sobre os preços de ba-bidas e. principalmente, das comidas nas barracas foramesquecidas. Os consumidores nao tinham muitas alterna-tivas de compra, já que os barraqueiros decidiram criaruma tabela de preços própria para que não houvesse dis-cussões entre eles. "A gente sempre procura estabelecerum preço para cada comida e bebida, evitando que hajabrigas entre nós", explicou Carlos Almeida.

Na praia, banhistas, vendedores ambulantes, crian-ças e animais dividiam democraticamente o espaço. Apartir de 14 horas, entretanto, a chuva fez com que as pes-soas voltassem para casa. Até as 16 horas, contudo, emplena chuva, banhistas mais persistentes permaneciamno local. Arlindo Abreu disse que continuava lá porquê,habitualmente, não tinha tempo para ir à praia: "Comumferiado prolongado desses, eu não abro mão de nenhummomento que posso aproveitar".

A entrada dos banhistas nos ônibus foi rigidamentecontrolada pela Polícia Militar (PM), que aproveitou oefetivo do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Pra-ças (Cefap) para garantir a segurança de quem foi a Ou-teiro. Hoje, no último dia do feriadão, os soldados milita-res e os barraqueiros prevêem que mais de 30 mil pessoasdevem ir à ilha.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 OUBERAL CIDADES 5

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Cremação, Pedreira, Umarizale Sacramenta viveram um

sábado em grande estilo: eradia da 'Malhação do Judas'que, entre sátira e críticas,fez a festa desses bairrospara gente de toda idade

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'Malhação dos Judasem cores políticas

Temas ecológicos, sátira e mui-ta crítica aos políticos e à situaçãoeconômico-social do país. Essa foi atônica da festa da "Malhação do Ju-das", uma tradição dos bairros po-pulares de Belém e que transcorreu,ontem, em vários pontos da cidade,principalmente na Cremação, Uma-rizal, Sacramenta e Pedreira. Tem-perada com músicas do gênero"brega", a "malhação do Judas" foimarcada por muita harmonia etranqüilidade e refletiu, sobretudo, aelevação do grau de politização dosmoradores dos bairros, que com opassar dos anos vêm transformandoa festa em um instrumento de de-núncia e cobrança das atribuiçõesconferidas ao Poder Público, masnegligenciadas.

O caráter lúdico que envolve osfestejos também não foi esquecido.

Na Cremação, onde a festa adquireum caráter ímpar em termos de or-ganização, houve apresentação decantores e outros artistas do' bairro,brincadeiras.infantis do tipo quebra-pote e pau-de-sebo e a presença deinúmeros palhaços, que divertirama garotada andando sobre longaspernas de pau. Somente neste bair-ro, mais precisamente no quarteirãoque separa a avenida Alcindo Cacelae a travessa 14 de Março, na ruaConceição, convivem três associa-ções que se dedicam à organizaçãoda "malhação do Judas". A mais an-tiga delas, espécie de matriz das ou-trás — Associação do Judas da Cre-

mação (AJC) —, é a comandada porFrancisco Neto, o "sargento Quin-cas", que demonstra um certo orgu-lho ao declarar-se um dos pioneirosjia organização da brincadeira:"Este ano a malhação do Judas, nobairro, completa 36 anos", disse,animado.

Conforme o "sargento Quin-cas", na Cremação existe uma "rixasadia" entre os organizadores da"malhação", que consiste na dispu-ta para ver quem consegue confec-cionar o Judas plasticamente maisbonito e organizar a festa mais ani-mada. A disputa em Belém é incenti-vada, inclusive, pela Secretaria Mu-nicipal de Educação e Cultura (Se-mec), que todos os anos promove um

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concurso para escolher a melhor en-tre as diversas manifestações dessetipo promovjdas na cidade. Nos 36anos em que participa da "malha-ção", Quincas avalia como positivaa série de modificações introduzidascom o passar dos anos e testemu-nha: "No início, tratava-se apenasde uma brincadeira de rapazes, masatualmente é um dos canais utiliza-dos pela população para manifestarseu protesto".Dorothéa, Mailson e Gueiros

Em 1954, quando a primeira"malhação" foi organizada no bair-ro pelo "sargento Quincas", tenenteAnatálio e coronel Rubens, os rapa-zes do bairro saíam de porta em por-ta fazendo o tradicional "Serra a ve-lha" — pantomima organizada emfrente à casa de um "eleito" e quesimbolizava que a mãe do "dito cu-jo" estava sendo morta e lamentadapelos "brincantes". Proibida pelapolícia e questionada pela Igreja,em alguns anos a brincadeira, paraser organizada, precisou da licençada Delegacia de Ordem Política eSocial (DOPS), até ser incorporada,em 1982, ao calendário do Departa-mento de Turismo da Semec. Entreas modificações introduzidas na"malhação", Quincas ressalta o ve-lório do Judas, realizado na noite deSexta-feira Santa até a madrugadado sábado de Aleluia e a incorpora-ção de temas políticos e sociais.

Este ano, os integrantes da AJCescolheram para representar a figu-ra do "Judas" os ministros Mailsonda Nóbrega, da Fazenda, e DorothéaWerneck, do Trabalho — "por causada política econômica do governo edas perdas salariais sofridas pelostrabalhadores" —, além do governa-dor Hélio Gueiros, "que parcelou opagamento do 13° salário ao funcio-nalismo público do Estado". Apesardessa justificativa para a inclusãodo governador do Estado, a placa co-locada sobre a cabeça do boneco querepresentava Hélio Gueiros — com ainscrição "Eu sou o Líder" —, suge-ria um caráter irônico de protestopolítico partidário. Quincas, entre-tanto, prefere atribuir um carátereminentemente festivo à "malha-ção". "Enquanto os barões procu-

ram os balneários, a gente se divertepor aqui mesmo", garantiu. A ma-lhação dos Judas aconteceu por vol-ta de 11 horas.

"Tudo pelo Capital"

Promovendo a festa da "malha-ção de Judas" há cerca de dez anos,os integrantes da Associação do Ju-das dos Jovens Culturais da Crema-ção (AJOC) assentaram seu protes-to nos danos provocados pela ecolo-gia e aproveitaram para homena-gear o líder sindical Chico Mendes,assassinado no final do ano passado.A AJOC conferiu a seu enredo umcaráter político de conteúdo maiscontestador. Entre os questiona-mentos formulados pela AJOC, esta-va a construção de barragens na re-gião e críticas desferidas contra aEletronorte, representada por umgrande bqneco — o "Eletrojudas" —que trazia nas mãos a cabeça de umindígena e foi confeccionado ao ladode uma cachoeira estilizada; emuma alus"- à hidrelétrica de Tucu-rui. Os especuladores foram lembra-dos e, "para caracterizar a subser-viência do governo aos interesses docapitalismo", no testamento do "Ju-das Especulador" constava o slogan"Tudo pelo Capital".

No testamento do "Judas Pisto-leiro", agradecimentos "aos parla-mentares que, na Constituição, vota-ram contra a Reforma Agrária";"às autoridades constituídas, por te-rem feito vista grossa aos inúmerosassassinatos cometidos na região";e à imprensa, "por não denunciar onome dos mandantes e não pedirJustiça para os assassinados". En-tre as "realizações" do "Judas Pis-toleiro", constavam os assassinatosde Chico Mendes, Paulo Fonteles eJoão Batista, além do nome de seusórfãos e viúvas. A malhação ocorreuàs 12 horas.

PMDB, PT e PFL

O que pareceria impossívelacontecer na realidade foi consegui-do pelos integrantes da Associaçãodos Malhadores de Judas da 14 deMarço (Amaju): a ocupação de ummesmo espaço pelo PMDB, PT ePFL. De acordo com Paulo Sérgio,um dos diretores da Amaju, eles re-solveram "malhar" a briga pelo po-der entre os partidos que, em suaopinião, têm alguma chance de che-gar à Presidência da República. O"Judas Presidenciável" foi repre-sentado por um boneco de três cabe-ças, que na concepção de Paulo Sér-gio representa a luta para ocupar olugar de "cabeça oficial do país".Para ele, entretanto, enquanto ospartidos se digladiam o povo conti-nua à margem da disputa.

Mais ecléticos, os integrantes daAmaju também protestaram contraa situação dos moradores às proxi-midades do canal, localizado na ave-nida Generalíssimo Deodoro com arua Conceição. Segundo eles, os mo-radores vivem como flagelados,"apesar de inúmeros governos já te-rem prometido resolver a situação".Os políticos em geral também foramlembrados, através do "Judas deDuas Caras", e a violência foi conde-nada, na malhação do "Judas Ar-ruaceiro". A festa iniciou ainda nasexta-feira, com a saída do velórioda "Funerária Jerusalém". Houvequeima de fogos e os jovens da igre-ja de São Judas Tadeu encenaramuma peça sobre a vida de JesusCristo.

no terreiroAleluia fes

de Cosme e Damin©Batuques de atabaque,

dança e muita devoçãomarcaram as comemora-ções do sábado de Aleluiaem um terreiro de umban-da dedicado a Cosme e Da-mião, na travessa José Pio,entre as travessas Curucáe 14 de Março, no bairro doTelégrafo. A cerimônia te-ve início por volta de 8 ho-ras,_ sob o comando de"Mae Justa", e se estendeupor toda a tarde, não tendouma hora exata previstapara o encerramento. In-corporada pelo caboclo Ta-pindaré, "Mãe Justa" fa-lou à reportagem de O LI-BERAL sobre o significadoda Páscoa para os umban-distas, salientando que o ri-tual que foi realizado on-tem é repetido todos osanos, "como sinal de res-peito e devoção a Nosso Se-nhor Jesus Cristo".

Para o guia, a celebra-ção representa uma formade ensinar aos médiuns orespeito pela Semana San-ta, que em sua opinião re-presenta um sinal de Deusaos homens, para que elesse preocupem em cultivaras virtudes espirituais epossam exercer o hábito dacaridade junto a seus se-melhantes. Segundo o ca-boclo Tapindaré, a celebra-ção acontece sempre apóso cumprimento de uma sé-rie de obrigações, que cui-minam na sexta-feira daPaixão, quando os médiunspercorrem as igrejas,penitenciando-se dos peca-dos que porventura tenhamcometido. Durante o ritualde umbanda, ao qual todoscompareceram vestidos debranco, representando apurificação das almas, osumbandistas dançaram,cantaram e receberamseus guias.

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Ao som de atabaques, 'Mãe Justa'e seus filhos-de-santo festejam a aleluia

A luz comosímbolo daressurreição

No sábado de Aleluia nãohá atividades eclesiais. O diade ontem é considerado, pelaIgreja Católica, como alitúrgi-co, pois é o dia em que JesusCristo permanece no sepulcro,para ressuscitar na madruga-da do domingo de Páscoa. As-sim, o sábado Santo é o dia emque a Igreja guarda silêncio,significando a ausência deCristo, e não ministra nenhumsacramento.

O arcebispo metropolita-no de Belém, dom AlbertoGaudêncio Ramos, disse que oideal seria a celebração euca-rística, proclamando a ressur-reição de Cristo, no primeirominuto do domingo da Páscoa."Por força de motivos de or-dem pastoral e atendendo àsnecessidades do povo", afir-mou dom Alberto Ramos, aIgreja antecipou a celebraçãopara 21 horas do sábado deAleluia, com a "benção do fo-go", com um fogareiro nafrente da Igreja, às escuras."Acende-se então o círio pas-cal e logo depois se entra naigreja, quando a luz é passadaàs velas dos fiéis, iluminandotoda a igreja, em um simbolis-mo magnífico de Cristo queressuscita", disse ele.

Segundo Dom Alberto, "aliturgia convoca, para home-nagear o Cristo ressuscitado,além das criaturas os princi-pais elementos da natureza:os ramos no primeiro domingode Páscoa, os óleos e o azeite,o bálsamo, o pão e o vinho, naquinta-feira Santa. As trevas,o fogo, o incenso, o círio e aágua fazem parte do simbolis-mo do Cristo ressuscitado. "Ofogo novo, percutido da pedra,e a água batismal represen-tam melhor a ressurreição deJesus Cristo do que o coelhi-nho e os ovos da Páscoa, hojetão comercializados", con-cluiu o arcebispometropolitano.

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6 OPINIÃO O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Candidato ideal como emhistórias da carochinha

O candidato ideal repeteas velhas histórias do príncipeencantado e de princesas pre-sas, também, por encantos queganhavam formas de animais,plantas e sabe lá mais o que,por conta da imaginação debruxas e fadas. E lá por forçadesse ideal, um velho sapo ouuma gazela ganhavam a formahumana que seus apaixonadoslhes davam. Numa pesquisaque circula pelo Brasil afora,procura-se o candidato ideal eo coquetel assume gostos de di-fícil mistura.

£ é por aí que se depara oeleitor brasileiro, atrás de umgrande pai que tem muitas ca-ras e nenhuma identidade co-mum. Essfe sentimento de or-fandade vem sendo imposto àsociedade civil dos pés a cabe-ça, passando pelos bolsos cadavez mais vazios de um salárioque não conseguiu recuperar aforça e o poder aquisitivo. Nãocabem, aqui, intervalos saudo-sistas, até porque o Brasil, atéhoje, nunca teve um grande pai— nem um tempo inf initamen-te melhor que o outro. O que opaís deve entender é que há er-ros a corrigir e que em nenhummomento deve perder o fôlego,pois não há governos acabados.Há, na verdade, uma socieda-de evoluindo, entre curvas si-nuosas ou não.

Posta de lado a seriedadeda pesquisa feita pela agênciaStandard Ogilvy e Mather — esuas intenções —, conseguir de-sencantar nosso candidato deuma mistura à base de Marga-reth Thatcher, Mikhail Gorba-chev e Ronald Reagan, acabamostrando que estamos viven-do em plena era do besteirol.

E, guardadas as propor-ções dessa mistura, o eleitor f i-cará com poucas opções paradecidir o que deve ser decididona urna, em novemhrq, que, co-

Nomes & Fatos

mo mostra a pesquisa, está emvolta de Leonel Brizola e LuizInácio Lula da Silva.

Ainda resta um bom tem-po para os quadros das candi-daturas ganharem maior def i-nição em torno dos nomes poisem política tudo é possível, atémesmo num simples acidentede percurso, no inesperado quemudou o homem da Nova Re-pública. O voto de novembrodeverá, no entanto, refletir,também, o julgamento da his-tória, pois os nomes que estãosendo escolhidos para ocuparproximamente o Planalto, sãopersonagens dessa mesma his-tória, velhos conhecidos dopaís. Se o candidato ideal nãopode ser viabilizado através deunia varinha de condão, que se-ja reflexo da consciência da es-colha, não apenas de nomes epersonalidades, pois nessa tra-vessia democrática não se ad-mite mais que o voto nos dê osalvador da pátria. Não se po-de mais fugir ao entendimen-to que o governo não é de umhomem, mas de uma equipe detrabalho que pode ser umaequipe séria e venha arregaçaras mangas e trabalhar comotantos trabalhadores do país.O que temos provado até o mo-mento, é o oposto desse modode fazer uma nação, coisa quevem nos alimentando mágoase desesperanças.

Mas é fundamental que se-jamos os diretores dessa cena.Cabe ao nosso voto dar umanovo rumo aos ventos da demo-cracia. Se ainda não for esta avez de mudanças profundas,sempre será o primeiro passopara outras mudanças, aindaque continuemos a traçar per-fis de candidatos ideais. Comonão estamos vivendo enredosde contos da carochinha, podehaver desencantos. E daí? Ovoto pode ser, também a má-gica.

Incentivos — "A Grã-Bretanhatem total interesse em atrair investimen-tos e empresas de diversos paises, comoBrasil, pois isso gera não só negóciosmas também empregos. Daí a razão deoferecermos incentivos fiscais diversos,até mesmo regionais, e não fazermosqualquer restrição a transferência demoeda".

A afirmação é do cônsul geral daGrã-Bretanha em São Paulo, RonaldHarrison, que na próxima terça-feira (28)fará uma palestra a empresários brasi-leiros durante o seminário "Investimen-tos nos Estados Unidos e naComunidade Econômica Européia", a serrealizada no São Paulo Hilton Hotel.

De acordo com Ronald Harrison,"contamos com excelente infra-estrutura, uma mão-de-obra altamenteespecializada e um governo receptivo,que fazem da Grã-Bretanha uma exce-lente base de produção para companhiasque desejem participar do Mercado Co-mum Europeu".

Em suá palestra, o cônsul RonaldHarrison falará principalmente sobre ainstalação do mercado livre através daunificação econômica européia, em 1992,e o posicionamento da Grã-Bretanhacom relação ao assunta "Apoiamos for-temente a união econômica e a aberturado mercado livre, protecionismo é o ini-migo da liberdade e da iniciativa priva-da porém, não queremos a criação deuma instituição político-financeira su-pranacional. Cada nação tem sua cultu-ra, sua .tradição, e é importante que cadagoverno mantenha sua identidade, suaforça e soberania".

Notificações — Oito imobiliáriasde Campo Grande, das dez fiscalizadas,foram notificadas pela equipe da Supe-rintendência Nacional de Abastecimen-to (Sunab) e do Departamento de PolíciaFederal (DPF), no primeiro dia de blitzno setor imobiliária Os responsáveis pe-los estabelecimentos notificados deverãocomparecer à Delegacia Regional da Su-nab, no Mato Grosso do Sul, e apresen-tar a documentação exigida pelos fiscais,especialmente os contratos de locaçãoem vigência bem como os valores queestão sendo cobrados dos locatários.

A Sunab notificou as imobiliárias2001, CDI, Minas Gerais, Humberto Ca-nale Júnior, Cone, Dom Aquino Imóveis,Figueiredo e esclareceu, que, no caso dasimobiliárias notificadas, se forem cons-tatadas irregularidades, na fixação dosvalores dos aluguéis, os estabelecimen-tos serão autuados, podendo sofrer mui-tas que variam de um terço do maiorvalor de referência até 100 vezes essevalor.

Encontro — O presidente JoséSarney almoçou ontem com o governa-dor Moreira Franco, do Rio, na casa dohoteleiro Eduardo Ibpajós, em Angrados Reis, onde está passando os feriadosda Semana Santa Moreira foi convida-

do no final da manhã e teve que deslocar-se para aquela cidade fluminense, distan-te 150 kms do centro da capital, a bor-do de um helicóptero do governoestadual.

O convite de Sarney a Moreira Fran-co surpreendeu até mesmo seus asses-sores mais próximos, pois o presidentehavia decidido, inclusive por pressão dafamília não tratar de qualquer tema detrabalho durante a Semana Santa Ho-je segundo os agentes de segurança daPresidência da República Sarney assis-tira à missa de Páscoa celebrada no Co-légio Naval, também em Angra dos Reis,retornando a Brasília no final da tarda

O presidente chegou a Angra dosReis no final da manhã de quinta-feirae no dia seguinte passeou de lancha pe-Ia baia da Ilha Grande, sempre cercadopor um forte esquema de segurança queenvolve embarcações da Marinha e heli-cópteros do Exército. Amigo de Sarneydesde a década de 50, o empresárioEduardo Tbpajós, dono do Hotel Glóriano Rio, sempre ofereceu sua casa ao pre-sidente para um descanso prolongado,mas nunca havia tido esta oportunida-de. A casa de Thpajós, junto ao mar, fi-ca no condomínio Virado do Leste, napraia das Marrecas, baía de Bombaça,a quatro quilômetros do centro da cida-de de Angra dos Reis. A presença de Sar-ney, que está acompanhado de donaMarly, dos filhos, genros, noras e netos,além de uns poucos amigos, alterou to-da a tranqüila rotina dos moradores daregião, submetidos a todo instante aohumor dos agentes de segurança

Porto — O porto de Itajal, SantaCatarina poderá em breve tornar-se omais novo e importante corredor de ex-portação de produtos da Argentina, es-tando as negociações em fase bastanteadiantadas.

Segundo a Secretaria Estadual daIndústria e do Comércio, as autoridadesda região de Misiones, Argentina estãomantendo gestões junto ao governo cen-trai do seu país com vistas à formaliza-ção de um acordo, com o governobrasileiro, que permita a concretizaçãodessa antiga aspiração dos produtores eempresários argentinos.

Diversos encontros já foram manti-dos entre os argentinos e as autoridadesbrasileiras nesse sentida De acordo coma Secretaria da Indústria e do Comerciaparticularmente os catarinenses vêmrealizando todo o empenho possível,conscientes do grande incremento que oporto de Itajaí receberia onde o movi-mento poderia crescer "em pelo menos50%".

Tão logo seja formalizado o acordaa Argentina exportaria pelo Itajaí, es-pecialmente madeira papel, erva-matemanufaturados. Os argentinos entendemque o porto catarinense (distante apenas98 quilômetros de Florianópolis) ficamuito mais próximo da região produto-ra de Misiones do que Buenos Aires, re-presentando maior economicidade esegurança do transporte.

4.UIZ PINTO

(Coluna do Castello )

A Presidência é coisapara São Paulo

Confirma o deputado Ulysses Gui-marães que o governador Newton Car-doso condiciona seu apoio a candidatospresidenciais a que seu Estado dê pelomenos o vice-presidente. A dificuldadeestá na seleção de nomes mineiros poiso PMDB dispõe de apenas um políticoconhecido nacionalmente, o ex-gover-nador Hélio Garcia, em notória diver-gência com seu sucessor no Palácio daLiberdade. O senador Itamar Franconão reingressou no seu partido e conver-sa com Brizola. O ministro José Apare-cido está indissoluvelmente ligado aJânio Quadros. Fora daí o vice mineiroteria de ser garimpado fora do quadropartidário, numa tarefa que nao será fá-cil para Cardoso não muito conceitua-do na praça. O principal nome da poli-tica mineira continua a ser AureliânoChaves, indicado candidato a presiden-te pela executiva nacional do PFL, par-tido no qual enfrenta oposição de figurasrepresentativas.

O ex-ministro das Minas e Energiatem prestígio no seu Estado mas não pa-rece fácil fazer com que a política mi-neira tenha seu nome como ponto deconvergência. Se ele ali se apresentas-se como uma proposta que viesse fortede fora para dentro meio caminho esta-ria andado. Fora, porém, sua situaçãonão é boa, o que se reflete em naturaisreservas do comando de Minas com re-lação às suas possibilidades. O PFL dePernambuco, de Alagoas, de Santa Ca-tarina e do Rio Grande do Sul o rejeitapor sua fidelidade a Sarney, transfor-mando em dado negativo uma das ca-racterísticas dessa forte personalidadede nítido compromisso ético. Cabe,aliás, observar que fora de São Paulo so-mente a política de Minas e a do Rio deJaneiro tem ainda condições de proporcandidatos a presidente da Republica.Os demais caem na vala da vice-presi-dencia.

Sintomático a esse respeito o queaconteceu com as aspirações presiden-ciais dos governadores de Pernambucoe da Bahia que não conseguiram serexaminados no seu partido a não ser nacondição vice-presidenciáveis, fato quea ambos desgostou. Arraes e Waldir nãodispõem de bases para enfrentar a par-tir delas os candidatos paulistas e suafiliação a correntes ideológicas não lhesdá instrumentos para compor e coman-dar o PMDB, cuja destinação está pen-dente do destino político de UlyssesGuimarães. Ou o partido se une em tor-no do seu presidente, hipótese que vai sedistanciando cada vez mais, ou se esfa-cela em três ou quatro correntes. Can-didatos que expressem suas facçõesestão destinados ao malogro, como ce-

do verificou Waldir Pires. Agora é a ho-ra de íris Resende chegar à mesmaconclusão. Mal se lança em campo o mi-nistro da Agricultura e já pode ler en-trevista de Jânio Quadros incitando-o aser seu companheiro de chapa.

Esse é o destino dos políticos que fo-ra do centro de convergência nacionaltêm veleidades de comando nacional. Aexceção é Brizola, proposta do Rio comfortes raízes no Sul do país e tradiçãoque se deita no populismo de GetúlioVargas e João Goulart. Aureliâno tentaser a segunda exceção. Mas o Norte(Passarinho quebrou a cara com Ma-luf), o Nordeste e o Oeste são propostasremotas no quadro atual da política bra-sileira. Diz-se que governador do Para-ná se queixa de que seu Estado sequeré admitido ao círculo de decisão no seupróprio partido. O comando nacional doPMDB, além dos governadores de SãoPaulo e Minas, ainda admite os do Rio,da Bahia, de Pernambuco, e — olhe lá-1- do Rio Grande do Sul; Paraná apesarda riqueza do Estado e da sua força elei-toral, ainda não transpôs a periferia nadireção do centro; Munhoz da Rocha eNei Braga, antes de Álvaro Dias, tenta-ram sem êxito essa operação e conti-nuaram num sólido segundo plano.

A desagregação dos dois principaispartidos, sobretudo do PMDB, contribuipara retirar a sucessão do âmbito dospartidos políticos, situando-a definitiva-mente na faixa dos grande centros elei-torais. A opinião pública, apesar doapreço revelado pelo PT, não é mobili-zavel por nenhum partido, o que expli-ca que o terceiro preferido do eleitoradonas pesquisas seja o governador Fer-nando Collor de Mello, cuja audácia o si-tuou na vanguarda do repúdio aos poli-ticos que fazem do uso e o fruto do bompúblico, a grande meta das suas carrei-ras. A nação está mais sensível a quemse proponha a corrigir erros e defeitosdas suas classes dirigentes do que incli-nada a examinar programas partidáriosque valem tanto quanto o rápido passarde olhos que lhe dedicam os políticos.

A executiva nacional do PMDB nopróximo dia 28 volta a reunir-se paraacertos internos e marcar a data da con-venção nacional que indicará seus can-didatos. Ulysses espera que até lá hajauma palavra de confiança na sua can-didatura. Se ela não vier, ele se mante-rá em campo, pois está careca de saberque seu partido não tem vez nem desti-no fora da sua candidatura, seja natu-ral ou não. Como no conto antigo, Deusantes de perder o PMDB parece ter en-sandecido os seus donos.

Carlos Castello Branco

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(Joelmir Beting)

A miopiado sapatoExportar não é para quem quer, só para

quem sabe. Enquanto a Cacex festeja o saldo deUS$ 1,08 bilhão, em fevereiro, o Brasil dá vexa-me na Feira Internacional de Calçados de Dus-seldorf, RFA, a maior do mundo: dezenas deexpositores de calçados masculinos, com "stand"coletivo de 300 metros quadrados, cancelarama presença uma semana antes da inauguraçãoda feira alemã. Expositores recrutados pelas pro-motoras nacionais Fenac, Francal e Couro Moda

Resultado: o Itamarati assume um prejuizo de US$ 40 mil, o Brasil deixa de ser parceirooficial da feira de 1990 e o calçado brasileiro per-de o bonde do mercado europeu. Deve contentar-se com o mercado americano, chegado a retalia-ções intermitentes.

Os empresários justificam o cancelamentoem cima da hora: culpa do câmbio congeladaOra, será que o câmbio vai permanecer conge-lado até dezembro? Feira não é venda dé balcão,é promoção de negócios futuros. Ela concede aoexpositor diploma de profissionalismo e credi-bilidade em matéria de comércio exterior. A con-conrência deve ter celebrado essa miopia do"exportxlrive" tupiniquim.

Sai do dicionárioSe dependesse do empresário Nilso Masini,

vice-presidente da Federação das Indústrias deSão Paulo e presidente da Caixa Econômica Es-tadual, a palavra descongelamento deveria serexcluída do dicionário brasileiro, pelo menos, porum bom tempo."Nisto acredito estar um dos principais en-traves à chegada da nau Plano Verão a porto se-guro. Enganam-se os condutores da políticaeconômica em levar adiante uma intermináveldiscussão sobre datas de descongelamento. Adiscussão gera, apenas, novas expectativas emuitos inconvenientes para a estabilização doPlano", diz Nilso Masini.

Sem ansiedadeMasini acha que, melhor do que definir uma

data para o descongelamento geral, será deixarde falar nisso. Isso evitaria a grande ansiedade,comum entre os agentes econômicos, no merca-'do e na sociedade A economia correria o riscode, no prazo entre o anúncio do descongelamen-to e a sua efetiva realização* explodir em deman-da aquecida, em baixo abastecimento, naescalada dos preços.

Alternativa recomendada: realinhamento ge-ral de preços compatível com a realidade, bus-cado numa saída negociada.

Em dois turnosA salda negociada ao descongelamento de

preços é indicada por Nilso Masini na edição demarço da Carta de Conjuntura, do Conselho Re-gional de Economia Masini aponta para essasaída dois momento^ "distintos mas profunda-mente integrados".

O primeiro é o realinhamento de preços dosprodutos que geram a inflação, por constaremdas planilhas que o IBGE usa para computaro índice

Ao mesmo tempo, a gradativa liberação dosdemais preços relativos. Negociando com os pro-dutores e fabricantes, o governo adequaria ospreços às perspectivas de mercada Oligopóliosseriam vigiados e os monopólios controlados. Re-sultado do primeiro momento: acomodação dasociedade a taxas inflacionárias menores.

Medindo forçasNesta segunda-feira, na reunião do Coman-

do Geral da CUT e CGT, concentração de esfor-ços em dois pontos. Primeiro, definir a ação e aatitude que as centrais terãa daqui para a fren-te, em relação ao governo para a questão da re-posição salarial Segunda organizar o plano deação para as campanhas salariais das categoriascom data-base a partir de abril

Governo sabe dissoA questão fundamental da questão salarial

para o governa conforme enunciado do asses-sor especial do ministro da Fazenda e presiden-te da Comissão de Controle do Programa deEstabilização Econômica (o Plano Verão), Cláu-dio Adilson Gonçalez, passa por três pontos.

Primeira negociar uma política salarial glo-bai Segunda preservar o salário médio real doano passada Ibrceiro, não reconduzir a econo-mia a um sistema de indexação mensal

O teste é agoraUm teste importante, segundo Gonçalez,

ocorrerá em abrü, quando tem lugar negociaçõessalariais de grandes categorias de trabalhado-res. Com destaque, os metalúrgicos de São Pau-Ia "Uma recuperação nesse casa de salários depico da data-base anterior poderá comprometero andamento do Plana a exemplo do que houvecom o Plano Bresser em 87", diz Gonçalez.

Secos e molhados1. Quem puder, que antecipe as compras. A

De Beers, 80% do mercado mundial de diaman-tes, anuncia para breve um aumento dè mais de15% nos preços da p^dra preciosa

2. O diamante mais barato no mercado delapidados está US$ 200 o quilate As pedras demais categoria sem jaca chegam a US$ 17 milpor quilate

3. Nesta terça-feira, nova rodada de negocia-ções entre a CUT e a Fiesp para o acordo commetalúrgicos paulistas. Em pauta o acordo co-letivo de trabalha a unificação das datas-basee a reposição salarial

4. Semana quente Nesta segunda-feira, CUTe CGT se reúnem em São Paulo para discutiração e posição diante do governa referente à re-posição de perdas salariais.

5. Para quarta-feira está agendada reuniãodo Fórum Nacional de Negociações Salariais, emBrasília Ministra Dorothéa Werneck já expediuconvites.

6. Na terça-feira as Federações da Indústriade vários Estados brasileiros mandam presiden-tes e dirigentes a Brasília Pauta efeitos da gre-ve geral dos dias 14 e 15 e política salarial

7. É nesta semana que se decide, uma vezpor todas, se o novo IMCS entra mesmo em vi-gor dia l.°de abril. Se depender da Fazenda na-cional novo adiamenta

8. Os efeitos do Plano Verão nos setores de ele-trodomésticos e aparelhos de refrigeração serãoanalisados nesta segunda-feira, em entrevista deabertura da 14." Feira da Eletro-Eletrônica NoAnhembi, de 27 de março a 2 de abril, com par-ticipaçiU. de 600 empresas.

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Belém, domingo, 26 de março ó& O LIBERALBJJBLrOTECÀ PUBLIC;. uOPARÁ

BocãodB Obras do Pura ARTIGOS 7

Paixão, a brasileiraFernando Pedreira

A peça podia chamar-se, para variar, "0 beijo dosJudas . Ela vem sendo encenada na época própria, aQuaresma, e deve ter seu epílogo, ao que tudo indica,no Domingo da Ressurreição. Se tudo correr bem, nes-ta semana o doutor Ulysses subirá aos céus.

Quem são os apóstolos nesta nova encenação um tan-to blasfema, mas solene, da Paixão de Cristo? Se os go-vernadores, ministros e hierarcas da grande Igrejapeemedista, o Cristo, que vai sendo impiedosamente cru-ciiicado, todos sabem quem é. E o Judas? 0 Judas é ogovernador mais forte e mais fiel ao mestre, nos últimospassos da sua paixão, entre as árvores do Jardim dasOliveiras: aquele que lhe dá o beijo definitivo.

Ainda há dias, em tom bíblico, o doutor Ulysses ad-vertiu seus seguidores: "O fruto está maduro. Deve sercomido, antes que apodreça". Também Jesus, o verda-deiro, pediu a Deus que abreviasse seu tormento e ali-viasse sua dor. De certa maneira, foi o que fez o apóstoloJudas, apontando-ò aos que se preparavam paracrucificá-lo. Judas, segundo os mais ousados exegetas,serviu ao Cristo num instante de dúvida e hesitação doMestre, precipitando sua missão e seu martírio.

O que distingue "a Paixão, segundo o PMDB" da Pai-xão verdadeira é que, nesta nossa versão política tupi-niquim, não há soldados romanos, embora haja comcerteza um Pôncio Pilatos: o presidente José Sarney, ummagistrado sempre de mãos limpas, porque as lava cons-tantemente.

Na versão brasileira (espécie de novela das sete),os algozes do Mestre são os seus próprios apóstolos, quedão sinais cada vez mais claros de sua disposição deenviá-lo para o espaço, depois de crucificado, ou, quan-do menos, de cristianizá-lo nas urnas de novembro.

Na Paixão peemedebista, o Judas não é a ovelha ne-gra, mas um protolíder: é o mais destacado e mais as-tuto dos conspiradores, embora não seja ainda o seuchefe Não se deve pois supor que, consumada a traição,ele se vá enforcar nos galhos de uma figura brava. Aocontrário, sua intenção é continuar mais vivo do que nun-ca e calçar sem demora as sandálias do pastor.

Já não se fazem mais Judas como antigamente. Nes-sa matéria como em tantas outras, trocamos a qualida-de pela quantidade. Nossos Judas são mais numerosos,mais pragmáticos, mais rasteiros, e, sobretudo, mais vo-razes. Os trinta dinheiros que selaram a sorte do Cristonos longínquos tempos da Bíblia Sagrada, significampouco em nossa época inflacionada. Hoje, trocam-se ban-

cos estaduais e contas em dólar. O grande negócio poli-tico já não se faz em dinheiro, mas em máquinas de fazerdinheiro: o prêmio maior é a Fazenda, o Tesouro Público.

Quanto ao doutor Ulysses, nesses longos anos em quelhe coube conduzir o rebanho peemedebista, seu gran-de pecado foi a tolerância. Ele se manteve pessoalmen-te probo e austero, enquanto sua casa política, (seupartido, o próprio Congresso Nacional e a Nova Repú-blica, da qual ele se fez o grande condestável) se ia tor-nando uma casa de tolerância.

Sabedoria política? Vícios de um velho pessedistaacostumado a conviver (e a sobreviver) lado a lado como pior? O fato é que o tripresidente não moveu uma pa-lha para evitar que o PMDB do seu Estado caísse nasmãos de Quércia, ou que o de Minas caísse nas de New-ton Cardoso. Também não moveu um dedo para impe-dir (ou sequer conter) as imoralidades e vergonheirasque desmoralizaram a Câmara, sob a sua presidência,e o próprio governo, onde pontificavam quase duas dú-zias de mimstros do seu partido. Assim como foi tam-bém ele, bem feitas as contas, o grande responsável peloscinco anos de José Sarney.

O pecado da tolerância do doutor Ulysses foi tão vas-to e tão fundo que é difícil distingui-lo da cumplicidade.Talvez por isso não o perdoem, hoje, os que acreditavamnele ainda há quatro anos, e os que gostariam de elegerpresidente da República uni homem que chegou a sero símbolo político da resistência civil ao regime militar.

Não deixa de ser triste e doloroso, entretanto, veragora o velho chefe engolido, dentro do seu próprio par-tido, pela lama que ele mesmo permitiu que se acumu-lasse no seu redor. Consumada a felonia, restará aos bonspeemedebistas o consolo de ver o seu partido afinal cia-ramente definido, em termos de plataforma e de princi-pios: chega de intermediários; todo o poder à fisiologia...

Por que não? A "Paixão segundo o PMDB" não dei-xa de ser, a seu modo, uma eloqüente síntese da atualrealidade política brasileira. Num ano em que vamoster eleições provavelmente decisivas para o futuro dopaís, encontramo-nos mais do que nunca dependentesde uma estrutura partidária viciada e torta e de umaclasse política cujos padrões morais e intelectuais sãotalvez os mais baixos de toda a história republicana.

Enfim, como podia ter dito o doutor Ulysses, "o fru-to está podre, e precisa ser comido, antes que amadure-ça". Bom apetite e boa Páscoa, meus amigos.

Egoísmo e imoralidadeEmir Bemerguy

A cena foi breve e chocante. Na São Paulo erun-dinizada (cada povo tem a Erundina que merece),o repórter ouvia opiniões sobre o trânsito, menosatravancado porque estava em curso a furadíssi-ma "greve geral" da CUT. Pendurado ao volante deluxuoso automóvel, o distinto cristão louvou os es-paços abertos nas ruas e disse, feliz: "É bom nãoter ônibus"! Um claro e aterrador sinal dos tem-pos: não lhe interessavam os muitos milhões de tra-balhadores sem transporte próprio. Uma populaçãoimensa via-se prejudicada pelo apoio criminoso desua prefeita ao movimento paredista — político eprovocativo, amaldiçoado por qualquer pessoasensata.

Quem vive tentando entender o mundo e os ho-mens encontra, cada vez mais facilmente, duas ra-zões cardeais para tanta violência, tanto desamor:um egoísmo infernal e uma quase absoluta ausên-cia de freios morais. Uma frase apropriada paraestatuto de gafieira ou motel define o grosso dos re-lacionamentos humanos e desumanos: "Cada umpor si e o Diabo contra todos". As últimas barrei-ras vão despencando, Rui Barbosa acertou na mos-ca: agigantam-se os poderes nas mãos dos maus,triunfam as nulidades, crescem as injustiças, a hon-ra provoca risos, muitos sentem vergonha de ser ho-nestos. Não ha uma reversão à vista, emborasurjam reações isoladas contra esse Imoralismoegoísta e universal.

Nem vou falar da dívida externa, das quinze ouvinte nações riquíssimas que vivem regiamente,chupando o suor e o sangue de cento e quarenta pai-ses do planeta azul. Fico aqui mesmo dentro de ca-sa, apreciando o espetáculo provinciano, municipale doméstico de pirataria feroz em cima do patri-mônio que deveria pertencer a todos. As eleiçõesdo ano passado revelaram alguns valores novos,trouxeram à ribalta uns poucos homens e mulhe-res bem intencionados, sem rabo de palha, virgensde corrupção. O mais vistoso exemplar dessa for-nada de líderes é a senhora Regina Gordilho, pre-sidente da Câmara^de Vereadores do Rio deJaneiro. Dizem que o maior homem da Inglaterraé Margaret Tatcher — "A Dama de Ferro". Pareceque, em terras cariocas, a mesma definição podeser aplicada, no momento, à destemida MadameGordilho.

O Brasil sabe e aplaude: Dona Regina procu-ra, desesperadamente, limpar a fossa que achou noLegislativo. Mesmo em dimensões nacionais, onde

a corrupção é histórica e endêmica, são inacredi-táveis os tipos e os números das safadezas ora des-cobertas e punidas. Trezentos fantasmas e outrosladrões já foram demitidos, mas prossegue a tem-porada de caça aos piratas do serviço público.Interessa-me, agora, este detalhe: Regina Gordi-lho vive, hoje, como guerrilheira clandestina,escondendo-se em hotéis diversos porque os "pre-judicados" pelo seu trabalho moralizaaor queremmatá-la. É uma espécie de Salman Rushdie desaias, com a cabeça a prêmio pelo atrevimento dehaver desafiado os aiatolás da roubalheira.

Aparecem, nítidos, no incrível episódio, os doiscomponentes básicos que mencionei há pouco:egoísmo sem fronteiras e falta completa de cons-ciência moral. Quando restam alguns pingos de res-peito às exigências éticas que enobrecem a vida,não podem acontecer misérias assim. Sabendo queganha um salário ilegal, desonesto, imerecido, o ci-dadão admite a culpa e mal se defende ao ser apa-nhado em flagrante. No caso em apreço, ninguém,aceita a intervenção corretiva e os imundos para-sitas do dinheiro do povo ainda procuram matar amulher cafona, quadrada, careta e atrevida que osdemitiu. Agora, o desfecho momentâneo: o ser hu-mano que combate o agigantamento de poderes nasmãos dos maus, que não deixa triunfarem nulida-des rodopia, feito folha seca, de hotel em hotel, tal-vez arrependendo-se da própria honestidade eouvindo a canalha das ruas gargalhar da honradez.Chegamos ao fim.

Lideranças sindicais bichadas, incapazes deusar corretamente a liberdade, tentaram engessaro Brasil numa greve abrangente. Quebraram o na-riz e deram belas demonstrações de intolerânciae burrice. Usaram o preceito constitucional que au-toriza até as greves políticas, mas esqueceram adeterminação do "livrinho"

que assegura o direitoao trabalho. Recorreram aos piquetes violentos pa-ra forçar adesões e, ainda assim, a Nação caminhouem quase total normalidade. Por trás de tudo, oegoísmo, a insensatez, uma interpretação tortuosade conquistas democráticas. "É bom não ter ôni-

bus" — ensinou o engravatado paulistano. Mene-guelli, Joaquinzão e adoradores concordam com ogrã-fino, porque suas greves só deixam trabalha-dores em casa quando faltam transportes coletivos.E não fosse a guerrilheira Erundina, absoluto se-ria o vexame. Cuidado, gente boa: a greve é um bar-co, jamais o destino final.

Ensino UniversalClodomir Colino

É muito constrangedor encontrar tantos e tantos "de-mocratas", que ardorosos em reivindicar plena liberdadede consciência para suas opções, a regateiam ou negamterminantemente, aos outros. É o que com demasiadafreqüência vemos no âmbito do ensino.

Ensino universal; Universal, sim como é universalo direito nativo de todo o cidadão. Como é universal acorrelativa obrigação da família e do Estado, este, com

: caráter subsidiário e supletivo, de propiciar a todos, edu-cação e condições de integração social.

Universal, igualmente, há de ser a liberdade, efeti-va não só nominal, da família e os maiores de idade op-tarem pelos educadores, e universal há de ser tambéma correlativa obrigação do Estado de evitar toda formade discriminação dos cidadãos, na assistência adminis-trativa e na participação dos recursos nacionais. Se na-cionais, a todos pertencem como democrática justiçadistributiva, sem privilégio ou opressão de estados deconsciência. Com origem em todos os cidadãos a todossão devidos, sem distinção, esses recursos, ditos públi-cos, porque são do público, na origem e em seu destinoe credores deles, de fato, são os cidadãos todos. Deve-dor é o Estado, que não é dono e senhor.

Morre a universalidade democrática, onde cristali-za, com direitos usurpados, a parcialidade estatal. O es-tar aqui ou ali, não invalida o direito nativo do cidadão,que opta livremente por seus educadores, como pode op-tar pelos legisladores e pelo próprio Presidente da Re-pública. Não pensem, os eleitos, que a família, com seuvoto aos candidatos, na hora das eleições, lhes entregoua própria consciência e a alma de seus filhos. É precio-sa demais a autonomia espiritual de toda pessoa numa-na. Tese em que, israelitas, espíritas, evangélicos, ecatólicos entre outros, vêm se mostrando solidários emCongressos Nacionais de seus sindicatos.

Ensino universal, é o caso de insistir, sem que a leipolítica, positiva, "direito de soberania", frustre, nas fa-mílias, o direito natural, direito legítimo, à liberdade deconsciência, na opção dos educadore? ~"

do povo, sempre tão lisonjeado pelos políticos nas lideseleitorais. Criem-se condições de permanente e espon-tâneo plebiscito. Ao Estado, não cabe escolher por ele.Apenas servir-lhes em função subsidiária. Há os que commais açodamento que ponderação, atribuem ao povo in-diferença e apatia, sem interesse por esses legítimos di-reitos. Não é o que se tem visto na História da Educação.Apatia? Como prová-la, sem dar ao povo efetiva liber-dade de opção?

Universal, finalmente, é, na democracia não só o di-reito ao Ensino, mas a responsabilidade de todos de ad-quirir a cultura necessária, pois somos seres,essencialmente sociais, para sua inserção na socieda-de. É universal, igualmente, a correlativa responsabili-dade do Estado, em criar, sem pretender paternalismodas consciências, condições e normas de harmonia, en-tre a responsabilidade das pessoas e a co-responsabilidade oficial. Há os que nos sugerem comoideal, podendo ser imposto a todos, ou, o privilegiado peloEstado, por ser aberto a todas as liberdades o "vale-tudo"de um ensino laico universal. Exista ele, para quem ne-le se agradar. Impô-lo a todos resulta em tirania. É co-mo dizer que o partido político ideal seria o queprescindisse de qualquer filosofia de vida, programa po-li tico, estatuto ético-jurídico e crença.

Em suma: precisará de universalidade democráti-ca o Sistema de Ensino que, partindo do poder público,dignificar monopólio ou privilégio para o padrão esta-taí. lemos de ter um regime de ensino, estruturado emfunção dos direitos fundamentais da pessoa humana, erespeitador, na praxis, da autonomia espiritual das cons-ciências.

Este há de ser, sem outras alternativas, na demo-cracia, o denominador comum do pluralismo social. Éno respeito e igual tratamento da variedade de filosofiae crenças, rendidos aos direitos fundamentais de cadaidadão, que com caráter universal, cultuaremos a dig-.Miade humana e firmaremos a solidariedade social?

Dois temasJarbas Passarinho

ADEUS ACANDIDATURA

Devo uma explicação que transcendeo limite de meu partido e o de minhas re-lações pessoais, dado que um número con-siderável de pessoas, apjrtidárias na suamaioria, me estimulava constantementepara que me candidatasse à sucessão dopresidente Sarney.

Nunca me disse candidato. Isso metrouxe aborrecimentos, na medida em que,pressionado por importantes correligioná-rios, cheguei a ser censurado, sob a alega-ção de que, desse modo, eu estariaproporcionando a muitos pessedistas opretexto para que aderissem a outras can-didaturas já assumidas. No caso do RioGrande do Sul, a indecisão que me atri-buiam podia engrossar as fileiras do sr.Brizola, uma vez que nas eleições de 86houvera aliança local entre o PDS e o PDT.A Executiva Regional do Rio Grande doSul tem sido a mais insistente, para que euaceite desde logo o lançamento do meu no-me. Quando estive recentemente em Por-to Alegre, fui convidado para um jantar aoqual compareceram desde Nelson Mar-chesan e o dr. Romeu Ramos, ex-consultorgeral da República e atual presidente doPDS gaúcho, até vereadores, prefeitos e abancada estadual do partido, presentes osdeputados federais. Foi uma sucessão dediscursos ardorosos, no estilo de nossos ir-mãos gaúchos, exortando-me a declarar-me candidato imediatamente. Ao final,agradeci as manifestações de apoio e, pe-Ia primeira vez. admiti concorrer. Concluídizendo que ate então eu me sentia comoum general sem tropa, mas a partir daque-le instante eu reconhecia a existência datropa. E que tropa!

Foi um arroubo, mas poderia ter sidodecisivo. Ao regressar a Brasília, estavaaprazado outro jantar. Esse, na casa do de-putado paulista Arnold Fioravanti, amigoíntimo de dr. Paulo Maluf, mas que assi-nara a lista dos deputados federais que meindicavam para a candidatura partidária.Essa lista tinha 25 assinaturas, dos 29 de-putados federais do PDS. Dois deles, já ha-viam decidido apoiar candidatos de outrospartidos, e os dois outros aceitavam a mimou ao dr. Maluf. Durante a longa reuniãoficou claro que o dr. Maluf, conhecedor dadecisão da bancada federal (com o apoioa mim prestado pelos paulistas Delfim Ne-to e Fioravanti) não se dispunha aacompanhá-los, ainda que não se declaran-do candidato, como dissera em polêmicaentrevista, depois negada, concedida à Fo-lha de S. Paulo". Dessa entrevista, desta-quei, na ocasião, uma frase atribuída aoentrevistado, segundo a qual nenhum po-li tico do Norte ou do Nordeste teria con-dições de aspirar à Presidência daRepública em eleições diretas, porque onúmero de eleitores dessas regiões é bas-tante inferior ao de eleitores de São Pau-lo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Isso umavez admitido, torna reserva de mercado(vá lá a expressão ambígua) a políticos doSudeste brasileira para chegar ao Paláciodo Planalto, em Brasília.

Reconheci a realidade, ainda que ai-tamente discriminatória. De fato, nas pró-prias pesquisas de preferência popular,elas se fazem levando em consideraçãomédia ponderada, de acordo com o pesoespecífico de cada colégio eleitoral. Comefeito, um candidato que alcance 50 porcento da preferência paraense, por exem-pio, não se equipara àquele que tem só 10por cento em Sao Paulo.

Verdade é que me faltou, desde o ini-cio, a dose necessária de ambição para dis-putar as eleições presidenciais do próximonovembro. Respondi aos companheirosque instavam comigo, notadamente osgaúchos e os nordestinos, desde o início dasespeculações, que só no caso de unir o PDSeu aceitaria a disputa. Desde logo, lideran-ças de Santa Catarina haviam se manifes-fado favoráveis ao candidato do PDT. Jáera uma defecção. Oportunista. Aliás con-certada muito antes de o PDS cogitar deter candidato. A questão fundamental, pelasua importância, estava em São Paulo. Dosquatro deputados federais, dois me prefe-riam, e os outros dois afirmavam aceitara mim ou ao dr. Maluf, que sempre se dis-será não candidato.

Durante o jantar em Brasília repetiu-se o que eu notara no almoço que tivera emSão Paulo, alguns dias antes: o dr. Malufnão acompanhava o voto dos 85 por centoda bancada federal, a meu respeito. Ora,jamais eu me prestaria a uma disputa in-terna, ainda que me assegurassem a vitó-ria na convenção partidária, pois o PDSquase acabou no "racha" de 1984, exata-mente por causa da rejeição de grande nú-mero de pedessistas à candidatura do dr.Maluf à sucessão do presidente Figueire-do. Em nenhuma hipótese eu contribuiriapara novo cisma partidário. Reconheço nodr. Maluf a maior expressão de liderançade nosso partido, no mais importante co-légio eleitoral. Ele tem, sem dúvida, seuseleitores, até fervorosos e em grande nú-mero. Negar isso seria negar a realidade.Faltando a qualquer candidato do PDS oapoio dele, será fatal o enfraquecimento dacandidatura. Essa foi a razão final paraque, somada à minha falta de ambiçãomaior, eu eliminasse das cogitações o meupróprio nome. Represento um Estado quenão é São Paulo, nem Minas, nem o Rio deJaneiro. Devo dobrar-me ao peso das cir-cunstâncias e, sem qualquer tipo de res-sentimento ou frustração, pedi aoscompanheiros que entendessem e com-preendessem o meu gesto de renúncia, queora torno público, minudentemente, nomeu Pará em primeiro lugar. Honra-me orespeito que granjeei entre os políticos emgeral. Na Constituinte recebi demonstra-ções de especial apreço, partidas de cons-tituintes de outros partidos que não o meu.Sem vaidade censurável, posso afirmarque essas provas não são muito comuns eque um representante do Norte não as ai-cança facilmente. A mim, me basta. Con-tinuarei no meu partido, do qual soufundador e dele só espero sair por morte,minha ou dele. Espero, finalmente, que sea História contemplar outro paraense coma possibilidade de uma candidatura à Pre-sidência da República, que ele tenha o bomsenso de fazer política em São Paulo, ouem Minas ou no Rio, de acordo com a sen-tença proferida pelo dr. Paulo Maluf...

AMAZÔNIAOs que porventura pensaram que o

meu pedido para instalação de uma Co-missão Parlamentar de Inquérito era ma-nifestação exagerada de nacionalismo,devem ter tido a noção exata da ameaçaao lerem que o presidente Mitterrand pro-pôs formalmente, na recente reunião emHaia, que os países deten-tores de florestas densas e úmidas (leia-se, principalmente, Brasil) deviam reco-nhecer que suas soberanias territoriais de-viam ser relativas. Relativas! Essaousadia ultrapassa, em muito, a intromis-são insólita dos congressistas norte-americanos.

Se o grão de trigoÁpio Campos

Se o grão de trigo não morrer, ele fi-cará só.A lei universal da vida, transformada

pelo Cristo na lei da imortal res-surreição, é o roteiro do homemcaminhante, que não desejaolhar para trás, porque só acre-dita no presente, no momentoefêmero, no prazer transitório,no êxtase dos sentidos, e quan-do é sol a pino, nem imagina que,ao morrer do dia, haverá estre-Ias florescendo, num jardim develudo azul.

O grão de trigo vivente apega-se à vi-da e tem pavor da avidez dochão, que o vai engolir e digerir.Não sabe — ou se recusa a crer— que no recôncavo azul-negrodo abismo solitário, nas entra-nhas fecundas da Mãe-Terra,também brotam estrelas e cin-tilam constelações imortais.

O grão de trigo sentiu, com tremorinaudito, que o arado passou per-to, e cavou o sulco implacável eimpiedoso, — a sepultura que oespera, como se fosse o fim. Edesconhece, na ignorância cós-mica dos planejamentos divinos,que não existe, além dessa por-ta, outro caminho para a trans-figuração.

O grão de trigo não pensa no passado,deslembra-se da corrente de vi-da que, ao sopro do Espírito, co-meçou a flutuar nos maresignotos, e tornou-se alga e rép-til, e arrastou-se sobre a terra,e ergueu-se timidamente dochão viscoso, e tentou os primei-ros passos num aparatoso ensaiode soberano, que espera seu tro-no, e uma coroa de ouro, que umdia verá brotarem espinhos, elhe farão sangrar a cabeça.

E o roteiro da vida foi passando, por-que a frágil composição celularse foi complexificando, e ao sinalde Deus, — pensou e chorou!

E nem os animais gigantes e mons-

truosos, nem a fúria dos elemen-tos em delírio, nem o ódioselvagem e primitivo, nem a se-de de sangue fratricida — quelhe encheu a boca de um gostoinebriante, desde quando foi der-ramado no solo, pela inveja e ociúme, o sangue do primeiro ir-mão. Nada pôde deter a vida.Nem a destruir.

E tudo o que brotou da terra volve aterra, indiferente ao tempo, àsambições fantasiosas mas inó-cuas, e a boca da terra mastiga,— e digere, — e elabora, — e re-compõe, — e refaz. Nada se per-de, e a vida não é tirada. Precisaapenas transformar-se e alar-se,caminhando nas ásperas pedrase atingindo o cume da monta-nha. O grão de trigo tem de acei-tar a escuridão. Para poderolhar de frente o sol.

O grão de trigo que morre será tritu-rado no pão. E no pão estarãocontidas as alegrias fugazes, asriquezas roubadas, os amoresdesfeitos, as esperanças perdi-das, os entes queridos que par-tiram, as lágrimas derramadas,a orfandade sem consolo, as trai-ções inesperadas, a ingratidãorepelente, as humilhações sofri-das, as mães desprezadas, osdoentes abandonados, — iodo ofei que amargou o cálice que oCristo, no Getsêmani, apesar deser Deus, se recusou a beber.

O grão de trigo que morre é o Cristoque morre, somos nós que mor-remos, na morte cotidiana denossos apegos e de nossas misé-rias, é o mundo que morre, é aHistória que morre na voragemdo tempo.

E com essa massa de podridão e des-pojamento é que se. refaz e Ão-resce, em cada aurora quesurge,

a Páscoa de Deus!

Sinossilenciosos

Dom Alberto Ramos

Cidade Velha, sem asonoridade dos grandessinos da Sé, parece quese recolheu a um retiro.

Cidade Velha ficoumais velha, mais surda,mais silenciosa.

Nem mesmo o poetaJosé Ildone poderia ouviragora a "conversa dos si-nos". Não mais poderiaentreouvir a campanhamaior da Catedral e se-gredar: "Minha velhicenão se mede pelos cabe-los brancos, mas pelosdobres e este amolga-mento das minhas bor-das seculares". Pareceque previa a insidiosa ra-chadura que já estavainiciando seu trabalhonefasto paraenrouquecer-lhe a re-tumbante sonoridade.Perguntava também aosino do Carmo: "E nós,aqui, solitários... Não se-rá porque nos colocarammuito alto, nestas gros-sas e orgulhosas torres?"Nós vimos o chãodestas ruas sombreadopelas ramas, amolecidopelas chuvas, empoeira-do no verão. Tudo era na-tural e gostoso, nocolorido dos frutos, florese folhas, no ranger dasrodas das carroças..."

E murmurava,tristonho:

'— E tudo passa comos nossos dobres..."

Monsenhor Leal, naobra mais completa quejá se escreveu sobre anossa Catedral, conce-deu mais destaque ao re-lógio do que aos própriossinos. Agora, não mais seouvem nem a badaladados bronzes nem o mar-telar das horas...

Informa que o con-junto dos sinos (sem for-mar um carrilhãocompleto) foi permutadocom o templo dos Mercê-dários, "certamente comprejuízo da igreja despo-jada...""Comprava-se a as-serção pelo fato de exis-tir na torre da Catedral,um sino grande, em cujaaba se lê sua doação aNossa Senhora das Mer-cês por João RodriguesGalego, feito em Lisboa,no ano de 1729".

Neste ano, para osprincipais ritos solenesda Semana Santa, foiconvocado o auxílio dossinos da igreja fronteiri-ça, a de Santo Alexandre.Refere o padre SerafimLeite em sua monumen-tal "História da Compa-nhia de Jesus no Brasil"(tomo III, p. 219): "Umdos sinos tinha a sua his-tória. Na questão dasfronteiras com a Audiên-cia de Quito, na expedi-ção de represálias de1710, veio um sino entreos despojos. O sinocolocou-se na torre doColégio, e, diz o Cronista,pitoresca e inofensiva-mente que "bem mostra,no título do metal, que écastelhano gritador".

Augusto Meira Filho,por mais de uma vez,reportou-se ao "Aragão"um poderoso bronze daigreja de SantIAnna daCampina.

Mas, retornemos àCidade Velha entristeci-da, ensimesmada, sem opalpitar vibrante de seusbelos campanários. Nes-te festa da Ressurreiçãodo Senhor, vamos ajudaro cônego dinâmico, Nel-son Brandão Soares, abrandar e a soar os sinose o órgãos da Catedral.

Nesta vigília Pascal,soturna, os "aleluias"anunciadores da Ressur-reição não conseguiramtranspor as grossas pare-des da Sé. Lá fora, tangi-dos pelos pingos de umachuvinha fria, mendigose "cheira-colas", ao abri-go das marquises ou dovão das portas, estremu-nham o gemem sem sedar conta da comemora-ção do magno aconteci-mento da Humanidade.

Mas, de qualquerforma, com badaladasou bimbalhar ou sem re-piques dos sinos, vamosalegrar-nos por que Cris-to ressuscitou verdadei-ramente, aleluia!

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8 ARTIGOS O UBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Dois fatos em foco:- 0 Estatuto doFuncionalismo

Municipal- Nós e o pedágio

Egydio Salles

1 — No final da legislatura municipal passa-da, o então prefeito de Belém convocou extraordinária-mente a Câmara Municipal para apreciar uma série deimportantes projetos-de-lei que a prudência e o bom sen-so aconselhavam fossem discutidos e votados amplamen-te no período ordinário e não no prazo exíguo e espremidode uma convocação extraordinária ocorrida em fim demandato.

Dentre esses projetos estava o do novo Estatuto doFuncionalismo Municipal, que chegou a entrar em pau-ta de discussão, com a aprovação de apenas alguns ar-tigos das centenas de que se compunha o texto naturezacodificada.

Iniciada a nova legislatura, o projeto voltou a pie-nário para discussão e votação dos demais dispositivos,mas a maioria da Câmara Municipal optou pela rejei-ção em bloco do restante do projeto, em sessão ruidosae tumultuada.

A precipitação do prefeito da época, cujo mandatoestava a expirar, no lugar de beneficiar os servidores mu-nicipais, os prejudicou profundamente, frustrando-os emsuas esperanças.

Afinal de contas, que estranhos desígnios inspiraramtanto açodamento?

Agora, o projeto-de-lei capenga e incompleto, comapenas um ralo punhado de artigos aprovados deverátransformar-se em lei, porque assim é o processo legis-lativo. caso o prefeito não prefira antes vetá-lo porconsiderá-lo contrário ao interesse público ou julgá-lo in-constitucional.

O novo Estatuto há de vestir-se de uma roupagemmoderna e ágil, mais de acordo com o atual figurinoconstitucional, que consagra várias conquistas obtidasem benefício dos servidores públicos em todos os níveis,inclusive a adoção de um regime jurídico único e de pia-no de carreira no âmbito da administração pública di-reta, autarquia e fundações públicas, ao teor do art. 39da Constituição Federal.

Dentro dessa finalidade caberá ao Poder Público edi-tar, no prazo de dezoito meses a contar da promulgaçãoda Constituição, leis que fixem critérios compatibilizan-do os atuais quadros de pessoal às exigências constitu-cionais e à decorrente reforma administrativa (art. 24do Ato das Disposições Transitórias).

Agora é só trabalhar em cima dessas conquistas pa-ra que o funcionalismo municipal possa ter realmente,livre da diarréia legislativa que acometeu as adminis-trações anteriores, um Estatuto bem elaborado e com-pleto para que seja duradouro e venha atenderplenamente aos anseios de todos os servidores e fixemcom exatidão os seus direitos e também os deveres.

Amém!

Zi — Ao tratar das limitações impostas ao po-der de tributar, a nova Carta Constitucional proibe àUnião, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios"estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens,por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais,ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de viasconservadas pelo Poder Público" (art. 150, V).

Portanto, a lei proíbe que sejam criados quaisquerimpostos que visem limitar a livre circulação de pessoasou de bens de qualquer espécie entre um Estado e outroou entre um Município e outro.

Esta é a proibição.Mas a lei permite a cobrança de pedágio quando fo-

rem utilizadas para a circulação de pessoas ou bens emestradas cuja conservação seja da responsabilidade doPoder Público.

Esta é a permissão.O pedágio, porém, pela sua característica e finali-

dade, não é um imposto, mas sim uma taxa, cobrada emcontraprestação de um serviço prestado pelo Poder Pú-blicc r destinada a subsidiar a conservação das estra-dar sob a sua responsabilidade.

U "auto-selo" ou "auto-pedágio", atualmente cobra-do pela circulação de carros nas vias federais, é um im-posto ou uma taxa?

Como taxa esse pedágio deveria, ser cobrado por ca-da vez que a estrada fo_se usada e não mensalmente ouanualmente como está previsto, por isso que a utiliza-ção do serviço, sob este aspecto, é divisivel.

Pode-se, porém, argumentar que o uso da estradaestá potencialmente à disposição de todo e qualquereventual usuário, mas que, entretanto, pagará o mesmopreço use uma, dez ou mil vezes a via terrestre.

Aqui é que está o busílis da questão.O pedágio, por definição jurídica, é a "taxa paga por

pedestres, gado, ou veículos, por trânsito ou passagemem pontes e estrada de rodagem, também chamada pe-dagem ou portagem" (in "Dic. de Tec. Jur", de PedroNunes).

Sob o ponto de vista constitucional, o pedágio nãoé um imposto porque não está relacionado dentre os im-postos que a União pode instituir, nos termos do art. 153,da Constituição Federal.

Para ser considerado imposto, o pedágio, no caso,teria de ser criado ou instituído através da Lei Comple-mentar, não-cumulativo com outro tributo e não ter fatogerador ou base de cálculo próprios de outros impostosjá existentes.

A questão está posta na Justiça, que dará a últimapalavra.

Enquanto isso o brasileiro paga porque é bonzinho.

A Constituição realBenedicto Monteiro

Todo o brasileiro com a mínima consciênciapolítica, sonhava com uma Constituição Federalque ordenasse a vida brasileira e estabelecesse asgarantias mínimas de democracia, de segurança,alimentação, saúde, educação e transportes. Já amaioria corporativa, pressionava os constituintespara inscrever no texto as suas mais sentidas rei-vindicações. Outros mais idealistas, esperavamque nós parlamentares, embora constituintes, so-lucionássemos no papel, todos os graves proble-mas que afetam a nossa sociedade. Os ideológicoscontavam que seus parlamentares conseguissemburlar a classe dominante, incluindo no texto mag-no, princípios socializantes mesmo num regimepresidencialista de governo que permaneceria au-toritário.

Eu, particularmente, imaginava que pudesse-mos instituir e instalar o parlamentarismo noBrasil.

Por que o parlamentarismo?Por inúmeras razões práticas e objetivas que

o espaço jornalístico não me permite discutir, masque pretendo colocar em livro para ajudar o de-bate nacional que se travará, com certeza, logo noinício da presente sessão legislativa.

Neste artigo, posso e devo dizer que algumasdas razões que me levaram a colocar o parlamen-tarismo como a principal e mais urgente opção dopovo brasileiro, é o processo democrático em quevivemos. Não há transição democrática que ai-guns já achavam longa e outros ainda achavamrazoável. E que, historicamente, vem sendo atri-buída desde a militares autocráticos até a poli ti-cos manobristas e conciliadores, que conseguiramconviver com o longo período de ditadura.

Nós vivemos, mesmo, num processo democrá-tico sempre interrompido por golpes de Estado elongos períodos de autoritarismo. Nossa históriaestá cheia de líderes populistas, salvadores da pá-tria, militares bem intencionados e raros momen-tos de verdadeira democracia. "Talvez possamosexcluir, dessa alternância, apenas o Governo deJuscelino Kubitschek, o curto período de JoãoGoulart que, de tão democrático, acabou permi-tindo que seus adversários se organizassem e ar-ticulassem para perpetrar um golpe de Estado.

O processo democrático, como o nome indica,não é um regime estável e programado. É um pro-cesso que pode se tornar Kafkiano como as arma-dilhas, clausuras, restrições e perversidades daburocracia. Ou constituir uma luta dinâmica, pa-ra estabelecer um governo controlado e controla-vel pelas organizações da sociedade eprincipalmente pela opinião pública.

O processo é também uma via democrática,sem a qual os idealistas ou ideológicos jamais che-garão a um projeto de sociedade contemporânea.Capaz de enfrentar os desafios sociais que não ti-veram solução nem nas ditaduras — regimes ins-talados por golpes de Estado — nem nos regimessocialistas, implantados por movimentos revolu-cionários.

Pois bem, não vejo outro sistema de governoque não o parlamentarista para propiciar esseprocesso democrático, onde toda a sociedade te-rá maior participação tanto na feitura das leis co-mo na execução dos projetos administrativos.

A atual Constituição Federal, que ajudei a es-crever, é fruto desse processo democrático, quesempre foi interrompido mas que nunca foi extin-to. Mais do que isso, ela é a própria sinalização davida democrática que temos que percorrer a par-tir de sua promulgação ocorrida no dia 5 deoutubro.

Mas isto não quer dizer que devemos fecharos olhos para a gigante e enferma máquina buro-crática que se formou nesses últimos 20 anos. Que,além de ser cada vez mais crescente, é cada vezmais ineficiente, diante dos desafios administra-tivos de um Estado Moderno. Esta, constitui-sepois no sub-governo que acompanha com suassombras todos os processos, todos os projetos e to-dos os atos do verdadeiro governo.

Quem lê uma Constituição acredita que o Es-tado esteja todo contido naqueles órgãos nela ins-tituídos e que a própria carta constitucionaldisciplina. Mas na minha experiência parlamen-tar, tive oportunidade de ver que, além do gover-no propriamente dito e do sub-governo que osustenta como uma base de concreto ou uma areiamovediça, existem ainda o cripto-governo e osupra-governo, duas entidades ilegais e estranhasmas cujo poder de influência é hoje indiscutível.Pois uma Constituição, no edifício complicado eexagerado do Estado Contemporâneo, mesmoquando perfeita, mostra apenas a fachada desseedifício. Ela não mostra e nem pode mostrar o queestá por dentro ou por detrás, muito menos nos es-caninhos e nos subterrâneos.

A Constituição Federal, a Constituição Real,é apenas o caminho, a via, o processo democráti-co, que temos que percorrer com muita coragem,muita fé, muito sacrifício e muito patriotismo.

Cada vez mais distante de DeusJorge Arbage

17 "¦ ^*meio ae um sermãoMonsenhor Leal

Quarenta anos de episcopado.. Setenta e quatro anosde idade. Cinqüenta anos de sacerdócio., Acontecimen-tos r aros vividos no mesmo ano, pelo estimado arcebis-oo da arquidiocese. Deram motivo a celebrações

dignas, durante o chamado Ano Jubilar, recheado dey.o grande riqueza histórica.

Logo na celebração correspondente ao primeiro diado ano, o orador disse ter muita honra em louvar a Deus,pelas quatro décadas do jubiloso episcopado. E prome-ie'i fazê-lo com empenho porque não basta admitir aexistência de Deus, como se ficasse ele para lá, e nós,

.para cá. E preciso metê-lo permanentemente em nossaexistência. Através de continuada criação, redenção esantificação, operadas pelo Pai, Filho e Espírito Santo.Trindade Santíssima do único Deus ao qual devem ser

buidos iodos os êxitos de nossa vida.Assim terminou o exórdio, com invocação apenas

mental, da proteção de Nossa Senhora. A fim de não sertumultuada a numerosa e seleta assistência, se fosse con-vocáda a rezar de joelhos uma Ave-Maria. Como faziamoradores <i". outrora.

Geralmente fazem-se apreciações sobre os bispos,oomparando-os uns a outros, para apontar o melhor. Sai-nmo avaliação humana. Cada bispo é cons-••-¦•"' "¦ •-formo está dizendo Nossa

;.¦ üuUo com muiui antecedência, o atual

Papa, para os dias de hoje.Bispos, como a Igreja, devem ser vistos com olhos

de fé, no poder a eles concedido, por mercê divina. Paraserem abertas ou fechadas as portas do Céu. S. Mat. 16,19. Suas palavras são como as de Cristo, 1 tes. 2,13. Nosbispos ouvido ou desprezado, S. Luc. 16,16. E nos bispospresentes, até o fim do séculos, S. Mat. 28, 20.

A São João, apóstolo, Jesus Cristo revelou muitas coi-sas no livro do Apocalipse. E logo no primeiro capítulo,versículo 20, disse serem os bispos "anjos dispostos a nãoperderem Deus de vista, sempre atentos, para cumpri-rem suas ordens". O apóstolo São João era bispo e que-rendo "ver tais vozes", foram-lhe mostradas chamas deouro, em candelabros do mesmo metal precioso repre-sentativo da dignidade, brilho, exuberância dos ocupa-dos no ministério da Igreja. Na qual são luz de doutrinae exemplo de vida. S. Mat. 5,14.

Ver vozes é expressão bíblica de ser a vista o maisnobre de nossos sentidos. E por isso, substituí-los comfreqüência, principalmente quanto aos ouvidos. No livrodo Êxodo, 20,18, todo o povo, ao pé da montanha, Via vo-zes de Deus, no fragor dos trovões, tremor da terra, fu-maça desprendida. Não deve causar menor efeito, apalavra de Deus através de seus bispos, e por isso, viu-aSão João em chamas de ouro.

É fato historicamente conhecido que o Brasil foi descobertosob signo da Cruz. Daí a forte razão para justificarmos o cultoque devotamos aos dogmas cristãos, renovadamente testemunha-dos nas liturgias da Semana Santa, guando fazemos dos TemplosSagrados refúgios das nossas reflexões penitenciais, à procura doinexorável reencontro da criatura com o Criador.

Percebemos, no entanto, que nas últimas décadas, quem sa-be pela influência dos órgãos da comunicação e a crise de fé queabala a humanidade, o sentimento de respeito à fase Quaresmal,precisamente durante a Semana Santa, não mais tem sido pre-servado com a mesma intensidade de rigidez que nos impunhamos costumes mais antigos.

Lembro-me i que a Sexta-feira da Paixão de Cristo era umdia todo especial para a família católica. O silêncio nos lares,obedecia-sè como norma imperativa. Não se limpava a casa; to-mar banho, cortar cabelo e fazer a barba, nem falar. 0 almoço,limitado a certo tipo de alimento (exceto carnes), era servidomais cedo para não coincidir com a solenidade das Três Horasda Agonia. As igrejas permaneciam abertas para a tradicionaladoração ao Senhor Morto.

Onde existiam cinemas, os filmes exibidos retratavam comexclusividade a Vida de Cristo. A partir da era do cinema mudo,,criaturas de todas as idades não se cansavam de assisti-los todosos anos, vivendo em cada cena as emoções da mais brutal tragé-dia já registrada na história dos quase dois milênios de fundaçãodo Cristianismo.

As famílias criavam ambientes para os convívios fraternose solidários. Ajudavam-se mutuamente, sobretudo, quando o in-fortúnio lhes batia às portas. O ensino religioso nas escolas con-tribuia para orientar o destino da juventude, com aobrigatoriedade da leitura do Catecismo e a prática de orar emcasa e na igreja, que os mestres carinhosamente ensinavam.

Com a evolução do tempo, a rotina dos costumes tradicionaisfoi alterada. Para pior, naturalmente. Atribui-se à tecnollogia dacomunicação, o fato da sociedade haver mudado o comportamentoe enveredado por caminhos perigosos que a estão levando ao sa-crifício dos valores fundamentais e, conseqüentemente, à quedano fosso da decadência.

A não ser os cristãos bem formados n? prática religiosa, queainda resistem a certos liberalismos irreconciliáveis com a dou-trina da Igreja, o que assistimos no quadro da sociedade moder-na são as cenas mais espantosas de agressões e deboches aossentimentos religiosos, que não escolhem oportunidades ou locaispara se materializarem diante dos nossos olhos.

Faz-se da Semana Santa, nos dias presentes, momentos es-peciais para um lazer exacerbado, diferente de qualquer outro co-mum nas nossas vidas. Procuramos misturar deveres religiosos(quando observados) com os banhos de praias, tertúlias regadasa bons "tira-gostos" e finas bebidas alcoólicas, viagens turísticas,enfim, a todo tipo de prazer que nos faz esquecer o verdadeirosentido daquele acontecimento dramático para Jesus na subidaao Góllgota para a morte na cruz.

Como cristãos que somos, constrange-nos assistir, quase doismilanos depois, à repetição da insensatez dos homens em rela-ção ao cenário que teve como palco o Pretório de Pilatos. Nadamudou, neste particular. Manipuladas, as massas insistem nomesmo propósito de aplaudir Barrabás como deus barroco dassuas efêmeras aspirações.

Não precisamos cansar a memória para encontrar exemplosde que o demônio escolheu o nosso país como ideal aos seus ins-tintos de tentações neste ano santo de 1989. O que dizer da pre-sença do busto do Cristo Redentor num desfile momesmo,cortejado de mulatas rebolando na passarela do sambódromo, emtorno do qual figuravam os ratos, urubus e uma legião de margi-nais do jogo do bicho mascarados de mendigos?

E o que fizeram nossos irmãos de fé, para desagravar tama-nho insulto ao sentimento religioso da família católica brasilei-ra? Absolutamente nada. Ao contrário, palmearam o ato profano,e muitos chegaram ao extremo de censurar a Arquidiocese do Riode Janeiro na sua reação ao infame deboche contra o símbolo sa-grado que todos estamos no dever mínimo de respeitar.

Pouco depois, a igreja de Nossa Senhora das Candeias, no Riode Janeiro, foi ponto de encontro para uma enorme plêiade de mu-lheres, muitas das quais contempladas com a virtude da mater-nidade, proclamando serem donas do próprio corpo e, desse modo,querendo encomendar uma sacrílega "Missa Fêmea". E ainda umcanal de televisão, na busca de notoriedade dos telespectadores,levou ao ar o vídeo clipe "Like a prayer," rejeitado na Itália, noqual uma cantora aparece em trajes de freira, seduzindo dentroao templo o Cristo negro crucificado, que faz ressuscitar com umbeijo.

É impossível negar a existência de um projeto orquestrado,aqui e alhures, que tem como principal objetivo a desmoraliza-ção do Cristianismo, sem que poupe até mesmo a figura imacu-

lada do seu fundador Jesus Cristo. Em Mateus 15,17, Jesusafirmou claramente: -

O que mancha o homem não é o que entra nele, mas o quesai do seu coração".

Inclua-se aqui o adultério, a fornicação, o roubo e blasfêmia,entre outros. Somos frágeis demais para resistir aos botes das ten-tações advindas de satanás e do diabo. 'Tentar" é uma traduçãodo verbo grego "peirazo" que significa propriamente "fazer umatentativa, provar alguma coisa, colocar alguma coisa à prova".Existe a forma composta "ekpeirazo" usada também por Mateuse Lucas, de onde veio o nosso "experimentar", fazer uma expe-riência.

Em assim sendo, é fácil perceber que a tentação tem o mes-mo sentido da tentativa e experiência, coisa muito importante pa-ra a ciência, que progride graças as dúvidas e análises (atitudesdiabólicas e satânicas), conquistando novas formas de controleou domínio da natureza.

Jesus foi tentado pelo diabo que pretendia obstacular o seuprojeto de justiça. No primeiro momento, a fome, resultado de umjejum de quarenta dias, pareceu capaz de fazer Jesus ceder à in-vestida do inimigo."Se tu és filho de Deus, manda que essas pedras se tornempães".

Eis aí a tentação: produzir uma abundância de pão com queJesus seria aclamado o grande benfeitor de um povo faminto. Se-gundo os Romanos, "o povo se satisfaz com "pão" e "circo". Essafórmula, hoje, parece reduzida apenas ao "circo", isto é, carna-vai e futebol.

Jesus respondeu ao tentador:"A Escritura diz: "Não só de pão vive o homem, mas de todaa palavra que sai da boca de DEUS" (Mateus,4,4: Lucas4,4).

Para os entendidos, Jesus queria dizer que a vontade do povoestá muito aquém da Justiça que DEUS quer. 0 pão é apenas oprimeiro passo para a substância do corpo. Além dele é necessá-rio outros pressupostos que garantam a possibilidade do homemdescobrir o próprio valor e originalidade para se impor como seuhumano.

Numa segunda tentação, o diabo quis induzir Jesus a conquis-tar prestígio, dizendo-lhe: -

"Se tu é filho de Deus, joga-te para baixo! Porque a Escritu-ra diz: "Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, e eles te le-varão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra".

Jesus respondeu-lhe: -"Não tentarás o Senhor teu Deus" (Mateus 4,5-7).Sendo Jerusalém o centro político, social e religioso do judaís-

mo, o diabo usa da astúcia de propor a Jesus um inteligente gol-pe de publicidade: atirar-se ao chão de uma altura de 50 metrose sair completamente ileso da queda. Para a multidão ali presen-te, o sucesso da acrobacia seria inequívoco. Espantoso, porém,era o diabo conhecer bem a Bíblia,pis cita o Salmo 91,11-12 con-forme a tradução grega do Antigo Testamento, em uso correntenaquele tempo. Assim, se Jesus se considera justo e quer fundaro reino da Justiça de Deus, que aceite o desafio: faça uma de-monstração de força e poder e todos acreditarão Nele.

Finalmente o diabo acena com a última tentação a Jesus,oferecendo-lhe poder e riqueza. Nas duas primeiras tentaçõesobserva-se a forma sutil de envolver Jesus com um forte argu-mento religioso: "Se tu és filho de Deus...". Já agora, estribadono fato de que "todo homem tem seu preço", o diabo conduziu Je-sus para um monte mais alto, de onde mostrou-lhe todos os rei-nos do mundo e suas riquezas. E lhe disse:"Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim pra meadorar".

Disse-lhe Jesus:"Vai embora, satanás, porque a Escritura diz: "Adorarás aoSenhor teus Deus e somente a Ele servirás".

Alguém já disse, certa vez, "que se há algo que o homem co-bice mais que o ouro, é o poder". Afinal de contas, de que formase define poder? É a acumulação da liberdade de muitos nas mãosde poucos. Na sociedade hodierna, contam-se os privilegiados quegozam de uma liberdade ilimitada. Daí nasce a opressão, a in-justiça social e a desigualdade entre os humanos. Isso contrariaa suprema vontade de Deus. Tanto que, "ouvindo o clamor do po-vo que gemia sob as botas do Faraó,"Deus desceu e, através deMoisés, liderou o movimento de libertação" (Êxodo, 3 7-10).

O exemplo de Jesus, resistindo heroicamente a todos os di-reito de poder, prestígio e riquezas materiais para executar o pro-jeto de justiça que lhe confiara o PAI, continua sendo o grandedesafio ao homem da atualidade. Jamais poderemos compreen-der os verdadeiros desígnios de DEUS, se continuarmos indife-rentes à crise de fé que está degradando a moral cristã e expondonossos símbolos mais caros à execração, do deboche e da desmo-ralização.

Impressões de umiiiristíi siprcssíioo

Barcelona-3A Guerra Civil Espanhola

(1936/1939) causou estragos em todaa Espanha, não havendo uma únicacidade que não tenha sofrido os seushorrores. Desde Sevilha, ao longo doGuadalquivir, até à Catalunha, nasmargens do Ebro, a Guerra deixouseu saldo macabro. Os vencedores,nacionalistas, foram impiedosos comos vencidos, os republicanos, e desseaspecto tratou um dos maiores escri-tores da Guerra Civil Espanhola, Ga-briel Jackson, na obra em doisvolumes "A República Espanhola e aGuerra Civil" (Publicações Europa-América, Lisboa, 1978) Escreve Ga-briel: "Franco não seguiu o exemplode um Lincoln, que pôs termo à Guer-ra Civil Americana com honra paraambas as partes, nem de um GeneralGrant, que disse à Lee que os solda-dos confederados desmobilizados se-riam bem-vindos nas suas terras comsuas mulas, para começar a lavrar asterras na Primavera. Franco, pelocontrário, impôs forte repressão e oobrigou, praticamente, todos os quelhe fizeram oposição a abandonar opaís". Nessa leva seguiu Picasso, quese refugiou na França, onde prosse-guiu sua criação artística. Outros, po-rém, que permaneceram na Espanha,foram subjugados e reduzidos à con-dição de escravos para construir omausoléu do caudilho no "El Valle delos Caidos", conclui o renomado es-cri tor.

Com a redemocratização da Es-panha e advento da Monarquia Cons-titucional, em 1977, Barcelona resgatasua dívida com seu filho ilustre, crian-do o Museu Picasso no coração dobairro gótico, no Palácio que, outro-ra, foi residência oficial do conde-reiBerenguer de Agullar, situado na "cal-le" Montcada. E um palácio de rarabeleza, inteiramente reformado parao fim a que foi destinado. O Museu,em si, não é tão importante, como medisse um catalão, conhecedor de ar-te As obras de Picasso estão espalha-da pelo mundo, no anexo do Museu doPrado, em Madrid, e noutros países.No anexo do Museu do Prado admirei"Guernica", que retrata os horroresda destruição de uma cidadã Na obra"Blu e Rosa", Alberto Moravia expli-

Edgar Contente

ca o trabalho de Picasso, destacando"Le da migelle di Avignone" (Les De-moiselles d'Avignn), pintura na qualele demonstra sua inteira vitalidade.

Visita obrigatória para quem vaia Barcelona é a Montanha de Mont-juic, que está integrada à cidade e quepode ser alcançada a dez minutos deautomóvel. A montanha, segundo ahistória, foi ocupada por uma famíliahebrea que fugia à perseguição dosárabes e tomou o nome de Mont Ju-daic. Com o tempo passou a chamar-se Montjuic. Está completamente ur-banizada e é ligada à cidade por tele-férico. No século XVI os espanhóisconstruiram uma fortaleza para resis-tir às invasões. Com o tempo, Mont-juic recebeu grandes incentivos,transformando-se a fortaleza em Mu-seu Militar. O Palácio Nacional da Ca-talunha foi erguido posteriormente eagora, com a proximidade dos jogosolímpicos de 1992, o governo está in-vestindo 400 milhões de dólares paratransformar o Palácio Nacional daCatalunha no Museu de Arte da Ca-talunha. A obra é verdadeiramentefantástica, que dará à Espanha o lu-gar que ela merece entre as naçõesdesenvolvidas (o Memorial das Amé-ricas, recentemente inaugurado emSão Paulo, custou aos cofres do Esta-do pouco mais de dez milhões dedólares).

O visitante tem sua atenção vol-tada imediatamente para os jardins,como o de Joan Maragell, para reu-niões ao ar livre, com o teatro que lhefaz frente; e o jardim da Exposiçãode 1929, desenhado peldo urbanistafrancês Le Forestier, para as férias.

Ao chegar à Montanha, há o "ElPueblo Espafiol", um povoado típico,de arquitetura ca tala, no qual sobres-sai a Plaza Mayor, onde se realizamconcursos de danças, principalmentea "sardanas", que é dança catalã, queeu não conhecia, pois a Espanha cha-ma a atenção pelo flamenco, que é ori-ginário de Sevilha e tem acentuadainfluência árabe. Em Cordova, aliás,que foi sede do califado, o flamencoe dançado à moda árabe.

Quem vai a Barcelona não podedeixar de estender a viagem a Andor-ra, principado independente, encrava-do entre a Espanha e a França. Por

três mil e novecentos pesetas (um dol-lar 116 pesetas), com direito a almo-ço, o turista pode excursionar àAndorra, de ônibus, durante um dia.A viagem não é monótona, pois o ôni-bus corta vales e montanhas e faz pa-radas nos povoados para compras oulanches, como aconteceu nos de Mar-tonell e Pântano Oliana.

Andorra é um solitário sobrevi-vente de um período em que "nação"não tem o conceito de hoje, mas resis-tiu às transformações impostas pelaRevolução Francesa. Para ser "Esta-do" a "nação" deveria ter "proprieda-de territorial" e pertencer ao mesmogrupo lingüístico. Andorra é, portan-to, reminiscência dessa época e con-seguiu existir graças a um artifício doBispo de Urgel e o Rei de França,pois, situada dentro do território fran-cês e espanhol. Prevaleceu, a seu fa-vor, o direito consuetudinário. Nãoteve a mesma sorte a cidade papal deAvignon, até porque a RevoluçãoFrancesa não admitia um Estado so-berano dentro de outro Estado. Os re-volucionários franceses abdicaramdos laços que ligavam Andorra àFrança. É curioso como "Estados"anões sobrevivem nos dias de hoje eaté obtiveram o reconhecimento daONU, como Liechtentein. Outros de-sapareceram, como o episcopado deColônia, Mainz, Salzburgo e Treves.Andorra está sob a suzerania do bis-po de Urgel e da França (v. A Era dasRevoluções, de Eric J. Hobsbaw).

Andorra vive do comércio livre enão cobra impostos, exceto de com-bustível, sendo paraíso para as com-pras. Corem livremente as moedasfrancesas e espanholas, observado ocâmbio do dia. A capital é a AndorraVelha (Andorra la Vieja ou Andorra-la-Vielle). Milhares de turistas che-gam diariamente à Andorra. Para en-trar na França é necessário o "visto"no país de origem. Andei praticamen-te por toda a capital, que se aperta en-tre as montanhas e me senti na idademedieval.

Mais um dia de passeio em Bar-celona para assistir o espetáculo derevista do Scala de Barcelona e ver,mais detidamente, a cidade ilumina-da. Noutro dia estava voando para oBrasil.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 OUBERAL

Master Class paradas regiões Norte e

A Master Ciasse de Piano Nelson Freire se-rá realizada de 7 a 13 de abril, de 16 às 19 horas,na Fundação Espaço Cultural, (cine Bangüê),em João Pessoa. O evento, promovido pelo go-verno do Estado da Paraíba, terá como profes-sor convidado o pianista Nelson Freire e visapromover e difundir a educação, a cultura e asartes nas suas diferentes formas de manifesta-ção e expressão e ainda incentivar jovens pia-nistas brasileiros, promover a interpretação dorepertório nacional e o intercâmbio artístico cul-tural a nível nacional e internacional. Poderãoparticipar da Master Class pianistas ou alunosadiantados do curso de Piano, residentes nos Es-tados do Norte e Nordeste.

Haverá duas categorias de alunos: ouvintese executantes. Na categoria ouvintes serão acei-tos até 40 alunos. O preenchimento das vagas se-

rá feito pela ordem de chegada das fichas deinscrição. Os candidatos aceitos receberão con-firmação de inscrição até o próximo dia 28. Naocasião, deverá ser paga uma taxa no valor deNCzf 10,00, através de depósito na conta n?510.253-6 da agência do Paraiban — Epitácio Pes-soa, à ordem da Master Class de Piano NelsonFreire. Os candidatos inscritos terão que se apre-sentar à secretaria da Master Class, no EspaçoCultural, em 7 de abril, de 9 às 12 horas, muni-dos do recibo de quitação da taxa de inscrição,para receber o crachá, documento imprescindí-vel para freqüentar o curso.

A categoria executantes terá, no máximo,dez alunos, que receberão, no decorrer do cur-so, duas aulas individuais de uma hora de dura-ção cada. Os candidatos a alunos executantesdeverão submeter-se a uma prova de pré-seleção,

pianistasNordeste

quando executarão, perante uma comissão a serdesignada, as obras que pretendem apresentarpara apreciação do professor convidado. Do re-pertório deverão constar, basicamente, umaobra, ou grupo de obras, do período barroco e/ouclássico com duração mínima de sete e máximade 15 minutos, e uma obra, ou grupo de obras,de autores do período romântico e/ou moderno,com duração mínima de dez e máxima de 15minutos.

Os candidatos executantes aprovados pelaComissão de Seleção deverão ter o mesmo pro-cedimento dos ouvintes quanto ao pagamento dataxa, apresentação à secretaria e recebimentodos crachás. A pré-seleção será realizada em 5de abril, às 9 horas, no Cine Bangüê do EspaçoCultural "José Lins do Rego".

Correios já estão venden%selo-pedágio para abril'ências da Empresa Brasileira rá selos, mesmo que se esgote a

NACIONAL 9

As agências da Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos (ECT) de Be-lém, Ananindeua e Benevides já estãovendendo o selo-pedágio para abril, des-de a última quinta-feira, sem a exigênciado cadastro de contribuintes de pedágiofederal, que é facultativo. Segundo o ene-fe da agência central dos correios, Ricar-do Silva, a ECT tem selos suficientes pa-ra atender à demanda. A agência centralrecebeu 1.620 selos para veículos de até 7anos e 2.500 para mais novos.

Ricardo Silva garantiu que não falta-

rá selos, mesmo que se esgote a cota des-tinada a abril. A tesouraria da agênciacentral, localizada na avenida Presiden-te Vargas dispõe de outro estoque de se-los e está analisando diariamente o bole-tim de vendas, para suprir as necessida-des. Os selos para veículos fabricadosaté 1982 custam NCz$ 2,04, se mensais, eNCz$ 20,04, se anuais. Para os veículosfabricados após 1983, o selo custa NCz$6,17, mensal, e NCz$ 60,17, anual. A com-pra dos selos pode ser efetuada em qual-quer agência da ECT, no horáriocomercial.

Processo de ocupaçãoé tema da pesquisa

O convênio de colaboração técnica entre a Embrapa ea Associação dos Empresários da Amazônia (AEA) seráfirmado em breve, conforme entendimentos entre direto-res e técnicos das duas entidades. Há a necessidade de de-finir as regiões de atuação, bem como os projetos de pes-quisa a serem desenvolvidos. A partir dessa opção é queserão apontadas as propriedades de apoio, sempre priori-zando as mais adequadas para aumentar a difusão dos re-sultados dos trabalhos. Isso significa que nem sempreuma fazenda modelo — em termos de infra-estrutura emanejo — será necessariamente a mais indicada. O fatormais importante para garantir um bom efeito-demonstração é a localização da propriedade em umaárea de densidade demográfica e produtiva razoável, comcerto número de produtores que possam receber e absor-ver as novas técnicas.

Paralelo a esse processo, a AEA vai apresentar osproblemas sentidos pelas empresas em cada região, en-quanto a Embrapa entrará com os trabalhos já em anda-mento ou planejados. Ainda nesta etapa, os técnicos daEmbrapa e das empresas privadas passarão a examinarem conjunto os experimentos e os problemas existentes, aexemplo do que ocorreu nos cerrados, há alguns anosatrás, com bons resultados. À pesquisa e difusão de tecno-logia incrementadas através desse esforço comum entreas duas instituições deverá se juntar a regionalizaçãoecológico-agro-econômica do país, levantamento a nívelnacional mas enfatizando a região amazônica.

O presidente da AEA, Roberto Paranhos do Rio Bran-co, disse que a pesquisa desenvolvida pelos técnicos daEmbrapa em propriedades de membros da Associaçãoajudará a encontrar as vocações naturais, em termos eco-nômicos, de cada região e microrregião. Além disso, vaiconsolidar e propagar, através de maiores conhecimentostecnológicos e científicos, um processo de ocupação racio-nal da região, sem destruição predatória e preservandode maneira econômica o meio ambiente, conforme preo-cupação há muito manifestada pela AEA.

CESP: apoio técnicopara a Curuá-Una

Técnicos da Companhia Energética de São Paulo(CESP) estão utilizando tecnologia desenvolvida na pró-pria empresa para reparar, no Pará, a hidrelétrica deCuruá-Una, situada no rio de mesmo nome, que forneceenergia elétrica para Santarém.

A Celpa recorreu à CESP para resolver um problemaapresentado pela casa n° 2 da usina. O retorno à operaçãodesse equipamento é essencial à região, uma vez que, pa-ra suprir os 10 MW que a usina está deixando de gerar, aCelpa é obrigada a consumir toneladas de óleo em umadas suas unidades térmicas de emergência, instalada em

Segundo a área de Engenharia da CESP, as pás daturbina n° 2 da usina Curuá-Una foram danificadas pelodeslocamento do revestimento metálico (blindagem) dacâmara onde está instalada a máquina. O problema estásendo corrigido com a injeção de calda de cimento entre oconcreto e a blindagem.

Há muito tempo a CESP faz esse tipo de reparo, solu-cionando problemas semelhantes em algumas usinas deSão Paulo. A obra deve estar concluída até o final destemês.

A SOCIEDADE CIVIL*fbk* COLÉGIO MODERNO•UVA

O Colégio Moderno promoverá, a partir de abril,os cursos abaixo:

1? — Preparatório para o Vestibular do InstitutoRio Branco.

2? —¦ Legislação Trabalhista.3? — Decoração.4? — Cash Flow.5? — Constituição e Legalização de Empresas.

Número de vagas limitado.Maiores informações pelo telefone: 241-2111,

ramal 39, das 14:00 às 20:00 horas.L.GOVERNO DO ESTADO DO PARÁCONCORRÊNCIAS DE N?s 007 E 008/89

AVISOA Comissão de Licitação da Secretaria de Estado de Saú-

de Pública, constituída pela Portaria n-° 025 de 15.03.89, le-va ao conhecimento dos interessados que se encontram àdisposição dos mesmos no PROTOCOLO GERAL DA SESPA,sito à Rua Presidente Pernambuco n-° 489, os EDITAIS DASCONCORRÊNCIAS DE N-°s 007 e 008/89, conforme discri-minação abaixo:

Concorrência de n* 007 — Aquisição de materialtécnico-cirúrgico, destinado ao programa de imunização (ro-tina) — data de abertura dia 27.04.89 às 09:00 horas.

Concorrência de n* 008 — Aquisição de materialde consumo como: isopor, material de expediente, impressos,faixas de tecidos etc, destinado à campanha de vacinaçãocontra a poliomielite — data de abertura dia 27.04.89 às10:30 horas.

OBS. As aberturas serão realizadas no prédio do almo-xarifado central da Sespa — Divisão de Material — sito Av.José Bonifácio n-° 1836.

Em, 15.03.89

LUIZ AUGUSTO SOARES DE BRITOPresidente da CL. da Sespa

VISTO:MAURO BRAGA MEDRADODiretor do Departamento de Administração

O PETROBRÁSPETRÓLEO BRASILEIRO S.A.

CURSO DE FORMAÇÃO AO CARGO DE AUXILIARDE SEGURANÇA INTERNA

CONVOCAÇÃOConvocamos os candidatos aprovados na prova de conhecimentos a comparecerem, munidos dos docu-

mentos pessoais, às 08:00 horas, na Petróleo Brasileiro S.A. — Petrobrás, Distrito de Exploraçãodo Norte (DENOR), sito na Rodovia Arthur Bernardes, n? 5511 — Tapanã, a fim de serem submetidos aexames médicos, psicológico e investigação social, conforme calendário abaixo:

NOME INSCRIÇÃO DATAAilton José Silva de FreitasÁlvaro Modesto SantanaAníbal Neves da SilvaAntônio Carlos Costa AlvesAntônio Lopes da SilvaAntônio Osvaldo de Araújo CostaBelcione José Pimentel de MatosBenedito Fernando Sales de OliveiraCláudio Antônio Ferreira SantosCláudio Nepomuceno da SilvaCláudio Siqueira AndradeDurval de Souza CorrêaEdimar Costa do NascimentoEdson Barata PantojaEdson Farias LopesEduardo Luiz Cunha DiasElias Silva RochaElinaldo Araújo de MeloElivaldo Lacerda AraújoEvaldo TamasauskasEvandro Carlos da Cruz AmadorFelix Augusto Bezerra de JesusFernando Amaral QueirozFernando Antônio de Souza OliveiraFilomeno Rodrigues de OliveiraFrancisco das Chagas OliveiraFrancisco Sales Bandeira OliveiraIran Almeida AndradeIvandro Dantas PantojaJoão Maria da Silva AlmeidaJoaurio de Oliveira BatistaJorge Guilherme Atafdo SouzaJosé Carlos de Quadros CastroJosé Clóvis Mota do Espirito SantoJosé Luiz Maia PantojaJosemar da Conceição AzevedoJuceli Gonçalves AraújoLeopoldo dos Santos DiasLuís Alberto Pamplona da CunhaLuís Carlos Tobias RodriguesLuís Henrique Chaves da SilvaMarcelo Cardoso Nàs^ar ' ^ '" "''''"¦ ' '* ¦'¦Marconi Silva FonsecaMarcos Afonso Antunes LimaMário Jorge Marinho de OliveiraMaurício Vilela Borges das NevesMauro Nazareno Rodrigues AmaralNewton da Silva do AmaralNilson Londres de CarvalhoOtávio Roberto Pamplona SeabraPaulo Afonso Costa MonteiroPaulo César Albornaz MartinsRaimundo Carlos Pantoja PereiraRaimundo Nonato Paixão CarvalhoRobenil Silva CostaRoberto Sizinando Santana MonteiroRubem Pereira SantosSalomão Martins da SilvaSamuel Silva PinhoSebastião Rodrigues da Silva JúniorSérgio Raiol de OliveiraValter de Almeida LeiteVlademir Castelo Branco CostaWalderi de Jesus OliveiraWaldomiro Afonso Moreira da CostaWiliam Nascimento Cardoso

005 27/03/89460 27/03/89490 27/03/89289 27/03/89328 27/03/89435 27/03/89563 27/03/89406 27/03/89260 27/03/89113 27/03/89032 27/03/89110 27/03/89152 27/03/89036 28/03/89367 28/03/89477 28/03/89304 28/03/89331 28/03/89082 28/03/89398 28/03/89306 28/03/89073 28/03/89057 28/03/89599 28/03/89277 28/03/89245 28/03/89638 29/03/89595 29/03/89215 29/03/89206 29/03/89434 29/03/89476 29/03/89590 29/03/89085 29/03/89251 29/03/89527 29/03/89567 29/03/89462 29/03/89300 29/03/89608 30/03/89360 30/03/89250 30/03/89535 30/03/89552 30/03/89037 30/03/89234 30/03/89316 30/03/89021 30/03/89255 30/03/89301 30/03/89397 30/03/89242 30/03/89293 31/03/89508 31/03/89485 31/03/89361 31/03/89269 31/03/89303 31/03/89659 31/03/89356 31/03/89444 31/03/89492 31/03/89548 31/03/89323 31/03/89539 31/03/89607 31/03/89

V. A comissão examinadora-/

Dia 31.03.89 — Sexta feira — no"Restaurante Convés".

NARA LEÃOEm: Meus sonhos dourados

M§8 í*; y%Z" ^^9^1 lisH->

Dia 07.04.89 — Sexta feira — no"Grande Salão".

5É AUGUSTO'7-7

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IO OUBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

QUEIXAS

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meio ao mata lixo e iam Qgora a P^efeiTura umQ ,u_

Stye/ra é tente guec/iega a assustarImpossível viver como gente

na avenida Antônio Everdosa"Não tem jeito mesmo". Assim se expressou

a leitora Esther Ruth Maya, residente na aveni-da Antônio Everdosa, no perímetro compreendi-do entre as travessas da Vileta e Humaitá, nobairro da Pedreira. Segundo a leitora, os proble-mas que as pessoas que moram na artéria en-frentam são "muitos e antigos".

Desde serviços de pavimentação asfálticaaté coleta de lixo, passando pela capinação, "tu-do falta na avenida Antônio Everdosa", recla-mou Esther Ruth. "É horrível ter que morar emum local onde as ruas não são asfaltadas e, quan-do chove, fica uma lamaceira só", disse a leito-ra. Como se não bastasse a lama, há ainda aquestão dos detritos, acumulados na artéria à es-pera do carro coletor, "que nunca passa poraqui". Ao lixo e à lama junta-se ainda o mato."Com toda essa mistura, o resultado só podiaser, além de muita sujeira, ratos, baratas e ummau cheiro terrível".

A leitora contou que quando não chove a si-tuação também é ruim, "pois a poeira levanta e,pór mais que a gente varra a casa várias vezespor dia, está sempre tudo sujo". O desnivela-mento da avenida Antônio Everdosa também foimotivo de queixa para Esther Ruth. "Às vezestenho a impressão de que estamos morando emalguma favela", disse a leitora. Esther Ruth so-licitou à Prefeitura Municipal de Belém (PMB)que, através das Secretarias Municipais de Sa-neamento (Sesan) e de Obras (Semob) proceda,"imediatamente", aos trabalhos que a artérianecessita. "Do jeito que está é que não há a me-nor possibilidade de continuar", finalizou EstherRuth.

A sujeira existente nasbarracas da feira do Ver-o-Peso, instaladas no boulevardCastilhos França, "chega aassustar os consumidores". Adeclaração foi feita, ontem,pela leitora Maria Alice Lo-pes, residente na avenida 16de Novembro, no bairro da Ci-dade Velha.

Maria Alice contou ter idoao local, na última sexta-feira,e resolvido tomar um refrige-rante em uma das barraqui-nhas. O primeiro problema no-tado pela leitora foi o corredorexistente entre as barracas."Apesar de esse corredor sercalçado, as pedras se solta-ram e, agora, o que há no localé muita lama", disse MariaAlice. Além disso, a leitora re-clamou também da falta de hi-giene verificada nas barraqui-nhas. "Eu não sei como aspessoas têm coragem de co-mer os alimentos que são pre-parados ali", afirmou ela.

Na opinião de Maria Ali-ce, a Secretaria Municipal deSaúde e Meio Ambiente (Ses-ma) deveria proceder a umafiscalização nessas barracas,para verificar realmente "aquantas anda a higiene porlá". "Eu, particularmente,acho que ela anda bem longe",finalizou Maria Alice.

CARTAS

APOSENTADOSAmigo redator, li no nosso "O LIBE-

RAL" de domingo 19.03.89, uma notíciasobre o pagamento dos aposentados apartir de maio, mês de competênciaabril, conforme manda a nova Constitui-ção em seu artigo 58, das DisposiçõesTransitórias.

Todavia, não sabemos por que oINPS não cunípriu o estabelecido naConstituição em seu artigo 201, § 6?, quemanda pagar o 13? salário com base nomês de dezembro/88, pois tivemos umprejuízo de 50% em nosso 13? salário; onosso reajuste salarial tem como data-base o mês de março. Esperamos umano, e agora, com o congelamento de sa-lários, não tivemos nenhum aumento; oINPS ainda não pagou a diferença de 1979a 1985 a todos os aposentados indiscrimi-nadamente, pois a Justiça já deu ganhode causa para vários grupos de aposen-tados, fato já divulgado pela televisão. Onão pagamento dessa diferença está oca-sionando uma verdadeira caça aos gru-pos de aposentados, pelos advogados detodo o país, a fim de darem entrada naJustiça. Alguns advogados mais piedososdão entrada de graça e acompanham os

Erocessos até o final, quando então rece-

em seus honorários, o que é muito jus-to. Honorários esses, que saem dos bolsosdos aposentados que lutam com tantas di-ficuldades para sobreviverem com tan-tos planos econômicos: cruzado,descruzado, verão, inverno, realinhamen-to de preços e que até hoje só têm sacri-ficado os trabalhadores.

Peço desculpas pela falta de conhe-cimento aprofundado da causa, mas es-pero que seja divulgado nosso apelo nojornal mais lido no Estado do Pará.

Francisco das Chagas Santos

ESCLARECIMENTOSenhor Redator,Causou-nos estranheza a notícia veicu-

lada em "O LIBERAL" de ontem, dia 24, deque um projeto de resolução do vereador Jo-sé Carlos Lima da Costa, líder do PT, teriasido rejeitado por conter erros de técnica le-gislativa.

A esse respeito, cabem alguns esclare-cimentes que, solicitamos, sejam pu-blicados:

1?) O projeto de resolução que trata daampliação da sessão da Câmara é regimen-tal. Logo, é uma proposição que mereceráo estudo das comissões competentes e a vo-tação em plenário;

2?) O Regimento Interno da CâmaraMunicipal de Belém, em seu artigo 84, pa-rágrafo único, determina:"Sempre que o projeto não estiver de-vidamente redigido, süMesa Diretora o res-

tituirá ao autor, para organizá-lo de acordocom as determinações regimentais".

3?) Ora, se a Mesa Diretora não devol-veu o projeto ao vereador até esta data,supõe-se que não haja problemas na forma,isto, é, os de caráter técnico. O conteúdo se-rá discutido nò fórum apropriado, isto é, noplenário.4?) O Partido dos Trabalhadores enten-de que o fundamental — na remota hipóte-se de que haja possíveis erros de técnicalegislativa — é o debate em torno das idéias.No caso, a proposta do PT é que se ampliemas sessões para 4 horas, a fim de que se pos-sa debater amplamente as questões destemunicípio, especialmente agora, que a Câ-mara têm 33 e não mais 19 vereadores.

José Carlos Lima da CostaLíder do PT

INTERNACIONALIZAÇÃOSenhor Redator,Não nos incluímos no número daqueles que

emitem gargalhadas homéricas ao assistir pro-gramas humorísticos na TV. Achamos mesmo,com raras exceções, que são bastante fracos.No entanto, queremos louvar aqui o comedianteJô Soares, que é também um bom apresenta-dor. Recentemente, entrevistou ele uma pessoaque luta pela vida, na acepção da palavra, nasmatas amazônicas. Foi essa entrevista clarae destemida, relatando com detalhes episódiosterrivelmente perigosos dos quais foi protago-nista e continua sendo a referida pessoa, as-sim como inúmeras outras na mesma situação,fato esse ignorado por muita gente.

Portanto, está de parabéns o apresentadorainda que não acreditemos que surtirá o efei-to almejado a mencionada entrevista, assimcomo não o tem também a luta pela preserva-ção das florestas amazônicas. Faz-se discur-sos, comícios, canções, poesias e odesmatamento continua. Por conseguinte, en-caramos com justificada apreensão a hipóte-se da internacionalização da Amazônia.Acreditamos (queira Deus) que não passe deum mero boato, apesar das insistentes afirma-tivas ao contrário, pois com a facilidade comque se está efetuando empréstimos e tendo eleso respaldo na permuta com as riquezas daAmazônia, muito em breve o Brasil será ape-nas um vago desenho no mapa geográfico.

Laura de Almeida Sequeira

Cartas para estas colunas devem serenviadas à redação de O LIBERAL — ruaGaspar Viana, 253, Comércio, Belém-Pará, CEP 66.000 — para as seções "Car-tas" ou "Queixas", em lauda datilografa-da, com no máximo 20 linhas, contendo no-me e endereço do remetente e seus nume-ros de Identidade e telefone.

Não devolvemos os originais.

PauloZINGA reunião da bancada federal do PDS comJarbas e Paulo Maluf, praticamente acabouquando o político paulista perguntou se osenador paraense contava com recursos

financeiros para a campanha à Presidênciada República, que, num cálculo por baioco,dizem, vai custar 600 milhões de dólares.

»O governador, o "rocko Cazuza e a Bíblia

O governador Hélio Gueiros é "vidrado" emmúsica popular. Não perde a chance de ouvir asemissoras de rádio. Até o "cooper" matinal nagranja do Icuí, ele o faz de radinho no ouvido. Suaesposa já disse ao PZ "que o Hélio dorme de rá-dio ligado". Outro dia, comentando as tendênciasdo "rock" nacional, Hélio disse que se fosse pro-dutor de programas radiofônicos não botaria pa-ra tocar a música "Ideologia" do Cazuza emparceria com o Frejat, por causa do desrespeitoa Jesus Cristo: "e aquele garoto que ia mudar omundo, agora assiste a tudo em cima do muro..."

Mas, Gueiros gosta da nova música do Ca-zuza (está com AIDS) chamada "Azul e Amare-lo". Fala da morte. Diz que mesmo estando prontopara ir de encontro ao Senhor "eu não quero, nãovou". Hélio, pastor presbiteriano,foi quem fez es-ta reflexão: "a letra exprime a verdade sobre amorte. As pessoas se preparam para o fim da vi-da, mas ninguém quer morrer".

10

Antônio Feijão, geólogo numa hora, garim-peiro noutra, e que é consultor da União dosSindicatos e Associações de Garimpeiros daAmazônia voltou a irritar seus colegas. Foi

ao declarar que de 1986 a 1988 os garimpeiros pro-duziram 300 toneladas de ouro, a custo zero na re-gião, para o Governo Federal.

Comentário que o PZ ouviu de asspciados daSociedade Brasileira de Geologia: o custo só po-de ser da mão de obra escrava mantida pelos do-nos de garimpos, que desviam a produção,sonegam imposto e degradam o meio ambientecom o uso do mercúrio. O ônus de saúde, seguran-ça e Previdência Social fica com os governos Fe-deral, estaduais e municipais.

2Do

deputado Jorge Arbage quando lheper-guntaram o que achava da criação do Esta-do do Carajás, antecedida de um plebiscito:

f "É o mesmo que você perguntar num deser-to quem quer um pingo dágua..."

Ainda daquele parlamentar: "O PDS é um

partido que esta no limbo". Tradução: não está nocéu, nem no inferno, nem no purgatório.

3Através

do seu secretário de Assuntos Jurí-dicos, Eudiracy Silva, o prefeito, Sahid Xer-fan deu estas explicações ao PZ, a propósitodo retardamento no envio do projeto de lei

sobre imposto Inter Vivos, agora municipal, e quejá está na Câmara municipal:

A administração anterior não mandou a men-sacem e a atual só assumiu dia Io de janeiro. Sea Câmara municipal fosse convocada para perío-do extra, os gastos com essa convocação iam aos120.000 cruzados novos, a matéria aprovada só en-traria em vigor, no mínimo, a Io de abril; e o im-posto entre janeiro e março só renderia 90.000cruzados novos no máximo. A Prefeitura deixoude arrecadar, mas não saiu perdendo.

40

PZ entrou, ontem, num ônibus da linha Sa-cramenta/Nazaré, chapa 0100. Voltou domeio do caminho para trocar a camisa. Ocarro estava empoeirado por fora e por den-

tro, onde o mau cheiro era pior do que o da feirado Ver-o-Peso naquela área onde vendem cama-rão seco.

Os ônibus da linha são novos. Mas a conser-vação, limpeza e apresentação são de lamentar.

IGENTEILuiz Euclides Araújo, professorde Direito Internacional da UF-Pa há 23 anos, licenciado em Le-trás com especialização emLíngua Portuguesa, pelo 8o anoconsecutivo foi o responsável pe-la retransmissão do Sermão dasTrês Horas da Agonia. Ele, quehoje "está no berço" completan-do 48 anos, é locutor da RádioLiberal-AM, daqueles que o ou-vinte escuta o dia inteiro comprazer, não só pela voz que pos-sui, como pelo correto portuguêsque fala. Ainda não teve seu lin-guajar corrompido, principal-mente pela mistura do tu comvocê.Carlos Cavalcante, assessor deimprensa da Petrobrás, radialis-ta, presidente do Sindicato desua classe está burocratizandodemais a admissão de novos as-sociados. O registro na CarteiraProfissional não vale como do-cumento comprobatório dequem trabalha em rádio ou tele-visão. Tem de ser declaração dodono da empresa.Salim Chady, empresário, es-treou o "Moinho Holandês" alina Dr. Moraes, restaurante, es-pecializado em comidas típicas,cujo forte de um cardápio de 55pratos é o "Galetinho" prepara-

Hélio Gueiros: as pessoastêm medo de morrer.'

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yjszhití^ * \

Em Socie***** O Ubiratan de Aguiar, jornalista,há 42 anos Pierre Beltrand, além de umatarefado advogado trabalhista, agoraé mini-empresário. Abriu a "PierrePrestações de Serviços". ***** Foi omédico e rabino Fortunato Athiasquem batizou o professor Gelmirez Me-lo nos últimos momentos de vida queteve no Hospital dos Servidores do Es-tado. Ele havia se convertido ao Judais-mo. ***** "Sassá Mutema" é comoestão chamando para o prefeito de Bra-gança, Antônio Barros. Foi depois deFer ido, pessoalmente soltar um presona cadeia e fiscalizar o peixe no mer-cado municipal. ***** Não foi por eco-nomia de energia que deixou defuncionar o ar refrigerado do magazi-ne da Mesbla na 4a e 5" feiras passa-das. Houve muita gente que teve desuspender suas compras, porque pas-

. tudo se sabesava mal. ***** A Associação dos Pro-f issionais da Celpa está jogando pesadocontra a lista que pretendem mandarpara o governador Hélio Gueiros esco-fher quem vai ser o Diretor de Opera-ções. São candidatos Silvio Nunes, IvanCarvalho e AJmir Nascimento, todos li-gados àquela área. ***** Dificilmente,o Governador vai preencher a vaga.Está esperando chegar abril, o mêsque finda o mandato da atual diretoria.***** Tal e qual muitos católicos su-persticiosos, o colunista social Adenir-son Lage visitou na Sexta-Feira daPaixão sete igrejas para trocar moedasno prato das ofertas. Dizem que dá sor-te. A pessoa acaba ficando rica,'Mas, jo Adenirson faz a troca errada e pare-ce que com certa pressa. Botava umae tirava três. ***** O próprio contou pa-ra o Salame. *****

Neste sábado que passou, o

senador João Menezes esta-va "meio prosa". O Gilberto Saio-mão, empresário podre de rico, deBrasília, queria entregar-lhe aschaves de um complexo de salasnum total de 2.500m2 de área para

montar lá o "QG" do general Leô-nidas Pires, o candidato que Joãoquer lançar a presidente da Re-pública.

Este recusou. "O homem ain-da não é candidato", foi a respostade João.o que não significa recusa.

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i \\Luiz Euclides

Francisco Cézar

do na manteiga e servido compurê de maçã verde acompa-nhádo de licor de tangerina, semfalar no "Coelho com espinafre".O restaurante é do Hans Bree-mans, um engenheiro de sanea-mento que ao conhecer a Nazaem Roterdã veio embora paraBelém e não quis mais saber dasua terra. O Moinho tem músi-ca «ao vivo.Eudiracy Silva, advogado, secre-tário municipal de Assuntos Ju-rídicos da Prefeitura, está comuma equipe de advogados espe-cializados nas áreas trabalhistae cível em que a Prefeitura temem média 300 e 100 ações, res-pectivamente, como parte inte-ressada.Camilo Vianna, médico, ecologis-ta de fama internacional, foi ho-menageado pela administraçãodo Banco do Brasil em Breves.A agência está completando 25anos de instalada. Quem organi-zou toda a programação foi Jú-lio Borges Corrêa, gerente do BBde lá.Francisco Cézar Nunes da Silva,

¦advogado, presidente da Funtel-pa, ia passar estes dias da Se-mana Santa se não sofresse umacidente, alinhavando os deta-

Benedito Castro

lhes de um ambicioso projeto deinformatização do Centro de Do-cumentação daquela Fundaçãopara levá-lo à apreciação de ou-tra Fundação, a do Banco doBrasil. É para preservar os do-cumentos das emissoras de rá-dio e tv da Funtelpa.Walter Oliveira Filho, bancário,gerente do Banco Francês e Bra-sileiro é o anfitrião desta terça-feira no Teatro da Paz pela apre-sentação do "Le Jeune Ballet deFrance" que apresentará coreo-grafias de dois repertórios: "AsDanças e a Revolução France-sa" e "Contemporâneo".Helda Aranha, advogada, nomea-da há 15 dias defensora públicapara servir em Bragança, assu-miu o posto mas não pôde traba-Ihar. Retiraram mesa e cadeirada sala, antes ocupada por JoséMaria Antunes Maia, exoneradoda função. Ela é afilhada do de-putado Luiz Maria Soares, e ele,do ex-prefeito João Mota. No sá-bado, a família da defensoradeu-lhe mobília para poder exer-cer sua função.Haroldo Guilherme Pinheiro daSilva, advogado, conselheiro daOAB-Pará, professor da UFPa eCesep, mandou esta informa-

ção: a Ordem passou a ter doisexpedientes para atender os6.000 associados e questões rela-tivas à seleção e assistência nosvários segmentos da atividadeprofissional. Os 21 funcionáriosvivem atarefados e a Ordem ain-da assiste 7 Subseções, mantématendimento permanente à Cai-xa de Assistência, Escola Supe-rior de Advocacia, Comissão deDireitos Humanos e a recémcriada Comissão Especial deEcologia.José Benedito de Araújo Castro,padre salesiano, ex-diretor doColégio do Carmo, cinco anos deordenado, e que foi o orador dosermão das "Três Horas da Ago-nia", transmitido pela Rádio Li-beral, deu "show" de oratória ereflexão sobre as sete frases deCristo no Calvário. Ele é da cha-mada Unha progressista da Igre-ja que fez opção pelos pobres eincomoda até os da "linha care-ta" do catol;cismo. Na capela doColégio "Dom Bosco", onde cos-tuma rezar missa nas tardes desábado, tem descontentado osconservadores que não aceitampadre sem batina, que toca vio-lão, confessa conversando e pre-ga a igualdade entre as pessoas.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 OUBERAL CIDADES 11r

Desconhecidos invademo jornal de Louzeiro

Rio, (AG) — A redação do jornal "0 Pontual", em NovaIguaçu, que pertence ao escritor José Louzeiro, foi invadidaanteontem por desconhecidos, que quebraram duas máquinasde escrever, telefones e destruíram mesas e cadeiras, além deespalharem papéis e documentos. No momento da invasão,ocorrida entre as ll:30hs e 12:30hs, o vigia Júlio Lemos Lan-chava em um bar em frente a sede do jornal, na Rua SantosDumont 419, no centro, mas negou ter visto qualquer pessoaentrando no prédio.

A filha de José Louzeiro, Luciene, que administra "O Pon-tual", não sabe a quem atribuir o ato de vandalismo, mas lem-brou que esta não é a primeira vez que o jornal é sabotado.Desde que ela e seu pai o compraram, ocorreram vários inci-dentes estranhos, como o roubo de todo o papel guardado nodepósito e quebras da impressora. Empregando 25 pessoas ecom uma tiragem de cinco mil exemplares, "O Pontual" pas-sou a dividir desde a semana passada com o concorrente 'vJor-nal de hoje", também de nova Iguaçu, a conta pela publicaçãodos atos oficiais da prefeitura.

Na terça-feira passada, no entanto - o primeiro dia em queo contrato com a prefeitura entrou em vigor — "O Pontual"só conseguiu ser entregue as bancas após às 17hs, porque to-das as peças da máquina de linotipo, utilizadas para compo-sição, foram roubadas. No dia seguinte, a impressão do jornaltambém atrasou devido a problemas na composição dos atosoficiais do município. Na época da campanha para eleição doprefeito, vencida em Nova Iguaçu pelo candidato do PDT, Aloi-sio Gama, Luciene Louzeiro recebeu propostas para a vendado jornal, mas não aceitou. O contrato com a prefeitura, se-gunda ela, é responsável por 50 por cento do faturamento de"O Pontual", fundado há 16 anos.

Policial entra noar e pede desculpa

Porto Alegre (AG) — Os ouvintes da rádio Charrua, deUruguaiana (a 634 quilômetros da capital) foram surpreen-didos com um inesperado pedido de desculpas na própriavoz do chefe de policia do Estado, delegado Eduardo Pintode Carvalho. Ao ser entrevistado sobre a sindicância queo Departamento de Organização e Correição — DOC—ins-taurouna cidade, Pinto de Carvalho não deixou por menos:

A polícia de uruguaiana apodreceu. Este município me-rece nossas desculpas e pretendo fazer isso pessoalmente.A crise na polícia de Uruguaiana apareceu durante agreve dos delegados quando a OAB e o prefeito Brasil Ca-rus acusaram o delegado Amaro Melo de acobertar crimesdando como exemplo o assassinato doarrozeiro e políticoTabajara Brittes, ocorrido em 1987. Tabajara foi encontra-do morto na BR-290, à 50 quilômetros da cidade, no bancotraseiro de seu carro com um tiro no abdomem. O delega-do na época, Alexandre Vieira, depois de uma investigaçãosigilosa concluiunão ter informações suficientes para apon-tar um suspeito. Alexandre foi transferido e seu substituto,delegado Amaro Melo, deu o caso por encerrado depois queo suspeito por ele encontrado, o fazendeiro Neri Medeiros,desfez as acusações na justiça.

Durante a sindicância instaurada agora, o delegado Ro-que Villande, do DOC, obteve informações de que Tabaja-ra teria sido morto por policiais porque iria entregar aosecretário de Segurança Pública um longo relatório apon-tando o envolvimento da polícia em roubos nas lavouras domunicípio.

CURSO MORGADOCONCURSO DA PETROBRÁS

O Curso Morgado vai preparar de for-ma intensiva os candidatos para o concur-so acima, na disciplina de MatemáticaFinanceira a partir do dia 27/03. Informa-ções e matrículas Av. Alcindo Cacela. 1531,fone: 225-0615.

6 ESCOLA TÉCNICAFEDERAL DO Pi

EXAME DE SELEÇÃOEDITAL

O Diretor da Escola Técnica Federal doPará torna público que fará realizar, no dia11/06/89, o 1? EXAME DE SELEÇÃO, parapreenchimento de vagas aos Cursos Técni-cos, no 2? Semestre de 1989.

As inscrições estarão abertas no perío-do de 10/04 a 28/04/89, para todos os Cur-sos, conforme o quadro abaixo.

CÓDIGO HABILITAÇÃO VAGAS TURNO04 EDIFICAÇÕES 35 NOITE05 ESTRADAS 35 TARDE06 SANEAMENTO 35 NOITE07 AGRIMENSURA 35 TARDE08 MECÂNICA 35 TARDE10 ELETROTÉCNICA 35 MANHÃ11 ELETRÔNICA 35 MANHÃ12 TELECOMUNICAÇÕES 35 NOITE15 MINERAÇÃO 35 TARDE16 METALURGIA 35 NOITE

IMPORTANTE:

No período de 03/04 a 20/04/1989, es-tarão a disposição dos candidatos no Ban-co Meridional — Posto de Serviço da ETFPA,no horário das 10 às 16 horas, o Manual doCandidato, Ficha de Inscrição, Cartão deInscrição, etc, mediante o pagamento da ta-xa de inscrição no valor de NCz$ 7,00 (se-te cruzados novos).

Após certificar-se de que a ficha de ins-crição, cartão de inscrição e grade sócio-cultural estão corretamente preenchidos (emletra de forma ou datilografado) e fotogra-fia 2x2 recente colada, devolvê-los acompa-nhados do Certificado ou Atestado deConclusão do lPGrau, Carteira de Identi-dade, ao Departamento de Ensino da EscolaTécnica Federal do Pará, no período de10/04 a 28/04/89.

Na ocasião o candidato receberá ocomprovante de inscrição ao 1PEXAME DESELEÇÃO DE 1989 (Cartão de Inscrição),com carimbo de recepção do Departamen-to de Ensino.

OBSERVAÇÃOCaso haja descongelamento de preços,

o valor da Taxa de Matrícula, será corrigi-do de acordo com os índices estabelecidospelo Governo.

Belém, 26 de março de 1989A DIREÇÃO

S

ABC propõe política derevisão da cacauicultura

A interdição dos portosda Bahia para embarquedo cacau da Amazônia éum problema que deve serresolvido tecnicamente,sem interferências políti-cas que protejam apenasum pequeno grupo de pro-dutores baianos. Essa é,basicamente, a propostaque está sendo analisadapela Associação Brasileirade Cacuicultores (ABC),uma nova entidade de cias-se que está tentando evitaros vícios regionalistas quesempre nortearam o traba-lho de outras entidades derepresentação do setor.

Em entrevista exclusi-va à Amazônia Notícias, opresidente da ABC, o baia-no Nilo Simões Pedreira,afirmou que "tanto

produ-tores como indústrias têmo maior interesse em rece-ber o produto da Amazô-nia, inclusive para a for-mação de misturas, osblends, que têm sua fatiano mercado". Uma das hi-póteses em estudo é a for-mação de barreiras nas es-tradas, onde o cacau pode-ria ser purgado e, assim,liberado através da emis-são de um laudo técnico.Em 1987, o governo da Ba-hia proibiu o trânsito, emseu território, do produtoda Amazônia, a pedido doConselho Nacional dosProdutores de Cacau, insti-tuição que alegou a neces-sidade de proteger as plan-tações da Bahia contra a"vassoura de bruxa". AABC apoia a proteção fitos-sanitária, mas não aceitaque, em nome disso, produ-tores e produto de outrasregiões do Brasil sejamprejudicadosindevidamente.

Nilo Pedreira disseque a ABC também é favo-

rável a uma reclassifica-ção dos tipos de cacau, eli-minando a denominação"cacau Bahia", que podeparecer discriminatóriaem relação a outras re-giões. Ao invés disso, have-ria um nome nacional, co-mo "cacau Brasil", com ti-pos 1, 2 e 3.

ModernizarA ABC tem também

uma proposta para moder-nização da Comissão Exe-eutiva para a Lavoura Ca-caueira (Ceplac), dentrodos princípios da liberdadede mercado e racionaliza-ção administrativa. A Ce-plac, considerada pelosprodutores como "inepta einchada", seria enxugada,dedicando-se apenas à pes-quisa, difusão de tecnolo-gia e formação de mão-de-obra, através de cursos eescolas técnicas. Atual-mente, além de não aten-der às necessidades do se-tor, segundo Nilo Pedreira,a Ceplac, conforme relato-rio de 1988, desempenhaatividades como comprade couro, fabricação de ar-tefatos de cimento, torre-facão de café, piscicultura,bacias leiteiras, recupera-ção de estradas e outras ta-refas que sugerem o esta-belecimento de mais umgoverno na região, substi-tuindo o Instituto Brasilei-ro do Café (IBC) e o Depar-tamento Estadual de Es-tradas de Rodagem (DER)e outras entidades federaise estaduais.

A nova Ceplac, propôs-ta pela ABC, seria geridapor um Conselho de Admi-nistraçâo formado por re-presentantes de todos ossegmentos (produtores, in-dústrias e exportadores),do ministérios da Agricul-

tura e das Relações Exte-riores e da Cacex. A ABC écontra a proposta de umanteprojeto de lei, elabora-do pelo governo, que criauma taxa de 10% em subs-tituição ao Imposto de Ex-portação (não alterandoessa parte da carga tribu-tária) e que destina 1% doorçamento da Ceplac paraa manutenção do ConselhoNacional de Produtores deCacau. A ABC acredita queas entidades de classe de-vem ser independentes doEstado, sem vinculaçãopolítica e, portanto, não vêrazões para privilegiar oConselho Nacional de Pro-dutores de Cacau com re-cursos a serem recolhidoscompulsoriamente.

Outra grande preocu-

pação da ABC é o atrasodas contribuições, por par-te do governo brasleiro,para a Organização Inter-nacional do Cacau (OICC).O Brasil deve, hoje, US$ 15milhões, enquanto a Costado Marfim tem um débitode US$ 70 milhões. Devidoao não pagamento dos doispaíses — justamente osdois maiores produtoresmundiais — Gana, Carne-rum e Nigéria começam arestringir a contribuição àOICC, reduzindo o caixa daorganização, o que poderáobrigá-la a vender seus es-toques, "Isso será desas-troso para os países produ-tores , disse Nilo Pedrei-ra, que sentirão a quedadas cotaçõesinternacionais.

Produção Brasileira de CacauPercentual por Estados ~~

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Estados 1979/80 I 1987/88%

Rondônia 0,25 9,75Pará 0,52 5,00Amazonas 0,13 0,09Mato Grossoe Maranhão 0,46Amaz. Legal 0,90 15,30Bahia 95,54 83,17Esp. Santo 3^6 1,53

Fonte: Associação Brasileira de Cacauicultores e Ceplac.

Produção Brasileira de CacauEstados 1979/80 1986/87 I 1987/88Rondônia 0,8 29,3 351Pará i,8 18,6 18,0Amazonas 0,4 0,1 0,3Acre, MatoGrosso eMaranhão 1,5 17Amaz. Legal 3,0 47,'s 55',1Bahia 321,1 379,4 299,6E. Santo 11,9 3,8 5 5Brasil 336,1 448,7 369,01

Fonte: Associação de Cacauicultores e Ceplac.

Aproximaçãoentre índios

e seringueirosRio Branco, (AE) — O encontro de

índios e seringueiros, iniciado ontemem Rio Branco, não se limita a formu-lação de propostas de intereses dos po-vos da floresta. No encerramento,previsto para o dia 31, será realizadaa eleição para a presidência do Conse-lho Nacional dos Seringueiros, entida-de responsável pelo encaminhamentode todas as reivindicações do movi-mento, juntamente com a União dasNações Indígenas.

O ecologista e líder sindical ChicoMendes disputaria naturalmente a pre-sidência do Conselho Nacional dos Se-ringueiros, e a partir do seuassassinato o movimento dos serin-gueiros alcançou uma dimensão nova.Os seringueiros com alguma lideran-ça se sentem no dever de se transfor-mar em outros Chico Mendes e poressa decisão alguns sonham dirigir aentidade. Também reconhecem a im-portância de se aliar aos índios na ga-rantia das reservas e da preservaçãoambiental.

Nessa disputa .os principais nomessão os de Osmarino Amancío Rodri-gues, diretor do Sindicato dos Traba-lhadores Rurais de Brasília; JúlioBarbosa de Aquino, atual presidente doSindicato de Xapuri e Raimundo Bar-ros, tesoureiro do CNS e, vereador doPT em Xapuri e primo de Chico Men-des. No jogo estão envolvidos interes-se da igreja, do PT e indiretamente dogoverno estadual.

Mas os três negam que sejam can-didatos e dizem defender um represen-tante de consenso, sustentado pelosdelegados do Acre, Rondônia, Pará,Amapá e Amazonas, presentes. "Entrea gente não existe disputa", diz Rai-mundo Barros. Para ele, o ConselhoNacional dos Seringueiros não pode seridentificado como sendo dirigido peloPartido dos Trabalhadores ou pelaIgreja. "O movimento depois da mor-te do Chico exige mais trabalho e pes-soas capazes de continuar a luta",acrescenta.

Além disso, durante o encontro, po-de surgir uma nova entidade que estásendo proposta para abrigar a aliançados povos da floresta. Depois, entre osdias 3 e 9, os índios vão realizar umaassembléia reunindo delegados do Acree sul do Amazonas.

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12 CIDADES O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Prefeitos deverãoir ao TCE para

prestação de contasO presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE),

Manuel Ayres, fez publicar no Diário Oficial do Estado doPará do último dia 21, notificações de julgamento para ex-prefeitos e presidente de sindicato, para que compareçamno próximo dia 28, às 9 horas, ao plenário do Tribunal.

Foram notificados os ex-prefeitos Adelerme MauésCavalcante, de Santarém, referente à tomada de contasdo convênio n° 278/85 e seu termo aditivo firmado com aSeplan; José Alfredo Silva Hage, de Almeirim, prestaçãode contas do convênio n° 477/86 firmado com a Seplan;Hamilton de Brito Bezerra, de Marabá, prestação de con-tas do convênio n° 686/85 e seus termos aditivos, firmadocom a Seplan; José Milesi, de Itupiranga, prestação decontas do convênio n° 448/86 firmado com a Seplan. O ex-prefeito Adelerme Cavalcante ainda terá que comparecerno próximo dia 30 para o julgamento dos processos 67.757e 67.753, referentes à tomada de contas dos convênios691/85 termo aditivo firmados com a Seplan. O presidentedo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Caetano deOdivelas, Edgar Martins de Albuquerque, referente à to-mada de Contas do convênio firmado com o Iterpa.

Através de Edital, que será publicado três vezes, noprazo de dez dias no DO, foram citados a comparecer den-tro de 15 dias os ex-prefeitos Isidoro Pinheiro de BarrosFilho, de Saiinópolis, para apresentar defesa referente àtomada de contas do convênio s/n° firmado com a Sevop;Willy de Souza Viel, de Senador José Porfírio, referente àtomada de contas do convênio n° 225/86 firmado cokn a Se-plan; Guilherme Mulato Neto, de Jacundá, quanto à to-mada de contas do convênio n° 648/86 firmado com a Se-plan; Osmar de Souza Forte, de Nova Timboteua, tomadade contas do convênio n° 498/86 firmado com a Seplan;Getúlio Nadir Plínio de Arruda, de Prainha, prestação decontas do convênio n° 702/86 e seu termo aditivo, firmadoscom a Seplan; Evandro Fernandes do Couto Moreira, deParagommas, tomada de contas do convênio n° 683/86 fir-mado com a Seplan; e João Constantino de Loureiro, dePrimavera, tomada de contas do convênio s/n" firmadocom a Sevop.

Além deles, foram citados também os ex-prefeitos Sô-nia Maria Abreu de Oliveira, de Santarém, tomada decontas do convênio s/n° firmado com a Sevop; Luiz CarlosLopes, de São João do Araguaia, tomada de contas do con-vênio s/n° firmado com a Sevop; Manoel da Paixão e Sil-va, de Igarapé-Miri, tomada de contas do convênio com aSeplan; Antônio Nogueira de Souza, de Santa Maria doPará, tomada de contas do convênio com a Seplan e termoaditivo; Paulo Sérgio Rodrigues Titan, de Castanhal,prestação de contas do convênio com a Sevop; José Mile-si, de Itupiranga, prestação de contas do convênio firma-do com a Seplan; Raimundo Francisco de Jesus da Silva,de Porto de Moz, prestação de contas com o convênio fir-mado com a Seplan; e José Ronaldo Campos de Souza,prestação de contas do conyênio com a Seplan.

Foram citados também, com o mesmo prazo de com-parecimento, Manoel Gregório de Jesus, presidente doClube dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar doEstado, para apresentar defesa nos autos do processo n°485/86 e seus termos aditivos, firmados com a Seplan; Ma-noel Batista Barbosa, presidente do Sindicato dos Traba-lhadores Rurais de Colares, referente à prestação de con-tas do convênio n° 246/86 e seu termo aditivo, firmado coma Seplan; José Bonifácio Carvalho da Silva e FranciscoJoaquim da Costa, ex-presidente e diretor-conselheiro daCooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada, quanto àtomada de contas do convênio n° 515/86 e seu termo aditi-vo, firmados com a Seplan.

Comissão discute questãodo menor toda quinta-feira

A comissão Pró Constituinte Estadual em Defesa doMenor já está se reunindo todas as quintas-feiras, no audi-tório da representação da Funabem, na Padre Prudêncio,entre 15 e 18 horas. A coordenação da comissão está entre-gue a Lucy Gorayeb Mourão, Waldete Fernandes de Olivei-ra, Zoraide Leitão de Oliveira, Alberto Teixeira, Ari Loureiroe Raimundo Nonato da Silva.

A comissão está recebendo sugestões e congrega, en-tre outras entidades: Conselho Municipal dos Direitos daMulher, Sagrada Família, Fundação Papa João XXIII, Fun-dação Legião Brasileira de Assistência, Associação CristãFeminina, Comissão Estadual Criança e Constituinte, Cen-tro de Defesa do Menor, Comitê de Belém do Programa BomMenino, Fbesp, Escola Salesiana do Trabalho, Funabem,Lar de Maria e Comissão de Belém do Movimento de Me-ninos e Meninas de Rua.

Equipe de agentes da PFforam apurar as invasõesA Polícia Federal do Pará enviou uma equipe de

agentes a uma área garimpeira existente no município deVizeu, que estaria sendo invadida por cerca de 50 garim-peiros. A informação foi dada, ontem, pela direção do 5oDepartamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),sediado em Belém. A invasão estaria ocorrendo na áreada Cidapar, onde estão sendo feitas pesquisas de ouro pelaMineração Gurupi S/A — Associação da Odebrecnt eTransnacional RTZ.

DNPM tentou negociar com os garimpeiros, masnão houve acordo. "As negociações, objetivando uma so-lução, não prosperaram por radicalismo dos garimpeirose, como eles não aceitaram se deslocar para outra área, oDNPM acionou a Polícia Federal para cessar a garimpa-gem", afirmou a direção em nota oficial.

Mesmo com a ação da Polícia Federal, o DNPM nãoesconde a preocupação com uma possível volta de garim-peiros à área. Diante disso, a assessoria jurídica ao De-partamento alertou para o fato de a reincidência caracte-rizar crime de desobediência à administração pública.Nesses casos, os infratores poderão ser presos e os equi-pamentos apreendidos para venda em hasta pública. Pa-ra o DNPM, a garimpagem em áreas de alvarás de pes-quisas sempre foi uma atividade ilegal: "De um lado, porprejudicar interesses de terceiros; de outro, por ferir,frontalmente dispositivos do Código de Mineração". Ain-da segundo a nota, consagrados na Constituição Brasilei-ra como bens da União, os recursos minerais só podem serextraídos do subsolo com o consentimento do governo fe-deral, como é o caso de Vizeu.

Terapeutas naturistas vãorealizar encontro em abril

01 Encontro de Terapeutas Naturistas da Amazônia ea I Feira Mística da Amazônia serão realizados de 7 a 9 deabril, no salão Marrom do Hotel Sagres. A promoção doevento está a cargo da Escola Superior de Psicobiofísicada Amazônia (ESPA) e o apoio e da Sociedade HolísticaExperimental (SHE).

Nos dois eventos serão mostradas as relações de inte-ração do homem com seu meio e a objetividade dos sereshumanos. Haverá, também, dois cursos, um painel expo-sitivo e mesas redondas. Entre os temas que serão abor-dados no I Encontro estão a fauna e flora regional comorecursos terapêuticos, a ajuda das terapias naturistas ainstituições como o Inamps e a Central de Medicamentos(CEME) e o valor das terapias populares, como chás e un-güentos. Além disso, será lançado o II Congresso HolísticoInternacional, que ocorrerá de 6 a 10 de setembro desteano.

AI Feira Mística da Amazônia vai apresentar objetosligados às áreas místicas e naturistas, como baralhos ci-ganos, búzios, tarot, livros especializados, fitas para rela-xamento e equipamentos psicotrônicos, entre outros. Pro-fissionais das artes divinatórias atenderão aos interessa-das, com jogo de búzios, baralho cigano, numerologia, ta-rot e geomancia.Os interessados em participar dos eventos devem seinformar, no horário comercial, pelo telefone 224-5790. Oencontro tem vagas limitadas e haverá cobrança de taxaspara os participantes. A ESPA patrocinará, em breve, umcurso de formação de terapeuta na turista, a nível de 3ograu, com 1.600 noras.

Expansão da pequena empresa3 pedidos de abertura de pequenas ca, como o desemprego em massa, ao to, o CEAG/Pa implantou o Balcão do providencia na Junta Comercial dOs pedidos de abertura de pequenas

empresas têm aumentado no Pará, se-gundo o diretor executivo do Centro deApoio à Pequena e Média Empresa(CEAG/Pa), Emanoel Borges Moreira.De acordo com ele, a crise que o paísatravessa resulta em elevado número dedesempregados. Assim, segundo Ema-noel Moreira, a solução é o trabalho porconta própria, que acaba contribuindosignificativamente para amenizar osproblemas decorrentes da crise econômi-

desempregomesmo tempo em que ajuda a fortalecera economia do país.

Nesse sentido, o CEAG/Pa tem reali-zado um trabalho junto aos micro, peque-nos e médios empresários, estimulando acriação de novas empresas. A instituiçãodispõe de infra-estrutura, através de seuCentro de Treinamento e de técnicos —economistas e administradores — paraatender à sua cUentela.

Buscando o processo de atendimen-

implantou o Balcão doEmpresário, que representa, para ocliente, a racionalização de tempo e dis-ponibilidade de um banco de dados em-presariais. Segundo Emanoel Moreira, oBalcão do Empresário atende diária-mente cerca de dez pessoas. Após as in-formações e orientações sobre a abertu-ra de uma empresa, o cliente é encami-nhado ao Registro (que funciona no pró-prio Balcão), onde pode fazer o pedido deregistro de sua empresa, que o CEAG

providencia na Junta Comercial do Esta-do do Pará (Jucepa).

Durante o mês de janeiro, houve 14pedidos de registro de empresas noCEAG; de 20 de fevereiro a 20 de março,18 pessoas solicitaram registro. O Balcãodo Empresário esclarece questões refe-rentes a crédito, constituição de empre-sas, tributos e mercado, entre outras. Lá,os interessados são encaminhados aos di-versos programas; além disso, no local édistribuído material informativo.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O UBERAL ESPORTES 13 |

Rivalidade marca a primeira regataBilhete aos

CruzmaltinosManoel Oliveira

Que o grande arquitetodo universo reserve pára to-dos os consócios e amigosleitores uma Páscoa de saú-de e de felicidade. Que paz,harmonia, fraternidade ejustiça reinem sempre en-tre os povos.

Abrimos o modesto tra-balho de hoje com uma car-ta que nos envia o estimadocruzmaltino Paulo Perrer —o bom goiano, cujo amor àquerida bandeira verde eleafirma ter trazido do berço,mesmo sendo filho do vizi-nho Estado que premiou anossa Pátria com a suntuo-sa e tranqüila Brasília. Ofestejado confrade refere-seà anunciada vinda, em outu-bro próximo, da SeleçãoBrasileira de futebol, paraum jogo no Mangueirão,provavelmente com umadas famosas seleções eu-ropéias.

Paulo, entre outras coi-sas, lembra à direção doMangueirão para, desde já,olhar com muito carinho es-se sensacional encontro,procurar de apresentar onosso maior estádio em con-dições de um bom espetácu-lo, inclusive olhando oestado do quadrilátero, quedeve ser imediatamente re-parado, pois se apresentacom alguns claros. Mas oobjetivo maior de Paulo é le-var à Diretoria do dedicadoFrancisco Pacheco, a idéiade programar, para a nossaOlímpica, uma homenagemà Seleção Canarinho,reunindo-a a com a im-prensa e principais autori-dades, mostrando ao esportenacional e internacional,que o clube mais velho doPará é, na verdade, comosempre foi, um elo de ami-zade e de fraternidade entreos homens que lutam pelahegemonia das raças. Fer-rer lembra que cabe a nos-sa Tuna essa primazia, porser ela o único clube do Nor-te a ter um título nacional defutebol, que é a famosa la-ça de Prata de 85, quandoapós passarmos por verda-deira maratona de adversa-rios do Norte, Nordeste eSul, trouxe para a Amazôniaum título que vinha sendodisputado há mais de meioséculo. Muito boa a lem-branca de Ferrer, que ende-reçamos à esforçadaDiretoria cruzmaltina. Será,como afirma Ferrer, umacontecimento nacional e in-ternacional.

• GOTEJANDO»Hoje a baía do Guajará

estará movimentada com aprimeira regata do ano, reu-nindo a nossa Tuna, o Remoe o Paissandu. Pelo que nosconsta, as três garagensnáuticas estão dispostas anos proporcionar um bom esaudável espetáculo. Lá pe-Ia nossa garagem, há muitaesperança na vitória, umavez que Manoel Cristino,Nascimento e Agildo Tava-res têm estado atentos emuito cuidadosos, havendoainda muito boa vontade dosdedicados atletas que pro-metem muito sangue e mui-

,ta raça. Conclamamos a quetodos formem um elo de tra-balho e de confiança, a fimde que a querida Rainha doMar muito bem se apresen-te. XXXXX O professor deLetras, Tbmé de Souza San-toro provou que de fato é as-siduo leitor de O LIBERALe desta coluna, que recortae guarda com muito cari-nho. Ficou surpreso quandolhe mostramos alguns mo-mentos da história de nossaTuna e rejubilou-se com atradição cruzmaltina, daqual ele afirma ser perma-nente admirador. Aliás anossa Tuna sempre foi mui-to admirada pelos intelec-tuais de nossa terra, hajavisto um dos famosos pro-nunciamentos do imortal dr.Otávio Mendonça, que, naverdade, foi uma peça de no-bres e puros assentamentosa deixarem a bonita boate-cruzmaltina delirando de re-cordações de épicos aconte-cimentos. XXXXX A Sra.Ilka Boulhosa, esposa do es-timado Pedro Lobato Bou-lhosa, enviando para SãoPaulo, onde o filho Alexan-dre faz aviação, o recorte denossa coluna, muito bemacondicionada pelo seu ir-mão Augusto, que divide afunção de bancário com oestudo. XXXXX O despor-tista Lauro do Nascimento,um dos "experts" do setor deesportes do SESC, esteve noberço no último dia 21, oca-sião que foi homenageadopor seus colegas, tendo àfrente os cruzmaltinos Fran-cisco Cid Oliveira e Aldori-valdo Segura. XXXXX Foisurpresa para o dr. João Be-termino Drummond Mar-tins o registro de quem erae quando faleceu o famosoSuíço, na história de nossaTuna. O festejado conselhei-ro do Papão da Curuzu guar-dou, com muito carinho, orecorte desse registro, quefoi homenagem da nossa Tu-na a um dos maiores futebo-listas brasileiros.

Em clima de grande rivalidade,Clube do Remo, Tuna Luso Brasileirae Paissandu disputam hoje de manhã,a partir das 8 horas, na baía do Guaja-rá, a primeira regata do CampeonatoParaense de Remo. Com um total denove páreos, a regata promete serbastante disputada, a concluir da dis-posição dos clubes participantes doCampeonato Paraense de Remo, quenem mesmo na Sexta-Feira Santa in-terromperam seus treinos.

A programação dos páreos da re-gata de abertura do certame de ca-noagem é a seguinte: 1* páreo — 8 ho-ras, categoria Júnior, 1.500 metros, 4

;Com Timoneiro — Tuna, baliza 1,Paissandu, 2, Remo, 3; 2o — 8h20min,Júnior, 1.500 metros, Duplo — Skiff —Tuna, baliza 1, Remo, 2, Paissandu, 3;3o — 8h40min, Júnior, 2 Sem Timonei-ro — Paissandu, baliza 1, Remo, 2,Paissandu, 3; 4o — 9 horas, Júnior,1.500 metros, Skiff — Remo, baliza 1,Paissandu, 2, Tuna, 3; 5o — 9h20min,Júnior, 1.500 metros, 2 Com Timonei-ro — Paissandu, baliza 1, Remo, bali-

za 2, Tuna, 3; 6o — 9h40min, Sênior BNovíssimo, 2 mil metros — Tuna, ba- gliza 1, Remo, 2, Paissandu, 3; 7o — 10 shoras, Sênior B Principiantes, 2 mil < |metros — Paissandu, baliza 1, Tuna,2, Remo, 3; 8o — 10h20min, Skiff, Es-treantes, 2 mil metros — Remo, bali-za 1, Paissandu, 2, Tuna, 3; 9o —10h50min, Oito Gigantes, Sênior A, 2mil metros — Remo, baliza 1, Tuna, 2,Paissandu, 3.

Autoridades — Serão as seguintesas autoridades da primeira regata doCampeonato Paraense de Remo: JoséRoberto Duarte, juiz árbitro; LevindoMesquita da Rocha, juiz substituto;Haroldo Lopes Ribeiro, cronometris-ta; Alfredo Faciola de Souza, juiz departida; enquanto Álvaro Lopes Cu-nha, Levindo Mesquita da Rocha,Manoel Ribeiro das Neves e OrlandoReis da Costa atuarão como juizes dechegada. Miguel Elesbão da Costa, di-retor do Departamento de Remo daFederação Paraense de Desportos(FPD), será o presidente da Comis-são de Regata.

Pirelli x Fiat, em novojogo pela final de vôlei

São Paulo (AG/AE) — Empatadas emuma vitória, as equipes da Pirelli e doFiat/Minas disputam hoje, no ginásio do Ibi-rapuera, a partir das 10 horas, com trans-missão ao vivo pela Rede Globo deTelevisão, a terceira partida das finais doCampeonato Brasileiro de Vôlei. Apesar denão ser um jogo decisivo, quem vencer fi-cará em posição privilegiada para o próxi-mo confronto, em Belo Horizonte, quandopoderá surgir o campeão da temporada.

Dirigida pelo técnico José Carlos Bru-noro, a Pirelli fez os últimos treinamentosontem, em dois períodos, repassando todosos fundamentos. Segundo o atacante de pon-ta Carlão, todos os jogadores deverão capri-char no saque forçado para evitar o queaconteceu na última partida.

Eles jogaram o tempo todo com o pas-se na mão, principalmente a partir do ter-ceiro set. Além disso, teremos que mantera concentração em cada jogada para asse-gurar o mesmo ritmo na partida.

Brunoro só lamenta que o público nãodeverá comparecer em peso, por causa doferiado da Páscoa. Na sua opinião, a torci-da influencia muito os jogadores na quadra,como aconteceu no Mineirinho, na últimoquarta-feira. Mas fez restrições quanto à se-gurança do ginásio mineiro para os jogado-

res e comissão técnica, já que a torcida ficamuito próxima da quadra. O fato de não jo-gar nenhuma das partidas em Santo Andrétambém contrariou o técnico:

Teríamos direito a pelo menos uma daspartidas em nossa quadra. A Pirelli acabou,mais uma vez, colaborando com o vôlei,mesmo sendo prejudicada.

O técnico José Carlos Brunoro, da Pirei-li, está pedindo à torcida que não revide oambiente hostil que sua equipe encontrouem Belo Horizonte, "um clima de guerra co-mo nunca poderia ter acontecido, pois rece-bemos cusparadas, moedas, copos d'água emuitas provocações". O time está confirma-do com Maurício, William, Luiz Alexandre,Claudinei, Pampa e Carlão. "Não há moti-vo para mudanças", garante Brunoro. "Per-demos o segundo jogo por 3 x 2, a partidafoi bonita e o Fiat/Minas atuou muito bemlá dentro do Mineirinho, merecendo avitória".

O técnico coreano Young Wan Sohn ga-rantiu que o Fiat/Minas vai vencer a Pirei-li hoje e levantar na próxima semana o TetraCampeonato Brasileiro: "A equipe mostrouquarta-feira que tem condições para repe-tiras outras três conquistas, nas quais pou-ca gente também acreditava".

Sadia ganha o título femininoRio (AJB/AG) — A Sadia é a campeã

brasileira de voleibol feminino. Jogando on-tem à tarde no ginásio do Tijuca, derrotoua Lufkin, por 3 a 0, com parciais de 15-12,15-8,15-8. Esta foi a quarta partida. A Sadiajá tinha vencido duas e a Lufkin uma. On-tem foi a decisiva, com a vitória da Sadia.As jogadoras do time paulista festejaram otítulo com muita alegria e lágrimas.

Quando a levantãdora Fernanda deuuma forte cortada, decretando o placar doterceiro set em 15/8 e a conquista do Cam-peonato Brasileiro, o técnico Inaldo Mantanão pôde se conter dentro de si. Correu pa-ra abraçar suas jogadoras e, com elas, co-memorar também seu primeiro títulonacional. Em Izabel, Inaldo deu um gran-de beijo; com Ida, agradeceu a garra por

ter sido agredida e ainda dar-lhe a vitóriacomoprêmio; com Márcia Fu brincoue ber-rou. Eà medida que encontrava suas joga-doras no bolo formado pelos torcedores, iadistribuindo abraços e elogios.— Tem de elogiar. Agredidos como fo-

mos, ficou mais gostosa nossa vitória. Noinício, deu raiva, mas depois veio a consa-gração definitiva. Provamos que podemosganhar em qualquer circunstância — de-sabafou.

Inaldo fez questão também de destacara importância de Izabel na conquista da Sa-dia. Além de considerá-la uma jogadora fun-damental para a estabilidade emocional daequipe, ainda explicou a situação da joga-dora na equipe.

irifil de Belém— Organização Brasileira de Projetos

EspeciaisABEM — Associação Brasileira de Educação

MontessoriTem o prazer de convidá-los a participar de mais um evento edu-

cacional baseado na "Dinâmica do Método Montessori deEducação".Tema:— A Educação dos Movimentos na Pré-Escola.

A Psicomotricidade e a Vida Prática.Seqüências práticas em Vida Prática, gerando o domínio do

corpor e da percepção.Conferencista:Prof.a Elvira Gibson:

Professora exclusiva da OBRAPEDiplomada pela AMI (Associação Montessori Inter-

nacional) em Perugia — Itália.Professora do Constructor - SuiAtualmente trabalha como Assistente no Centro de Es-

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]O remo faz sua festa, hoje, com a realização da primeira regata do campeonato.

Luqui busca saída para MaguiiaSão Paulo (AG) — Viabili

zar a luta contra o americanoEvander Hollyfield, primeiro lu-gar no ranking do ConselhoMundial de Boxe (CMB), foi asaída encontrada pela Luqui,empresa que promove as lulasdo peso pesado brasileiro Adil-son Maguiia Rodrigues, paramanter o projeto de colocar opugilista brasileiro como o desa-fiante oficial do campeão MikeTyson. Francisco Leal, o Quico,um dos diretores da empresa,acredita que o confronto é per-feitamente viável, pois DonKing. empresário de Tyson, nãoacertou qualduer data para en-

frentar Hollyfield, que passou aser o desafiante oficial com asubida da sexta para a primei-ra posição no ranking.

As negociações para o con-fronto Maguiia x Hollyfield jáforam iniciadas, segundo Quiko,com a intermediação de Ànge-lo Dundee, treinador de Magui-Ia. A princípio a luta está sendomarcada para julho, em Las Ve-gas, e tiraria todas as dúvidassobre quem realmente mereceestar em primeiro para enfren-tar Tyson. A decisão da Luqui deprocurar os empresários deHollyfield para uma possível lu-

ta aconteceu logo apôs a divul-gação do ranking do ConselhoMundial de Boxe. Contrariandotodas as expectativas da empre-sa, Maguiia foi mantido na se-gunda posição, mesmo depoisde ter derrotado o americanoJames Tillis no dia 20, no Para-ná. Como conseqüência disso,Newton Campos, que há 12 anosera um dos diretores do CMB,pediu demissão, depois de exibirum telex em que o secretário-geral da entidade, Eduardo La-mazon, prometia divulgar a lis-ta com Maguiia na primeiroposição.' j

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14 ESPORTbS OUBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Senna larga de novo na pole positionRio (AE) — O brasileiro Ayrton .1

Senna obteve ontem a 30? pole position \da sua carreira, ao marcar 1'25.302 na <quarta volta do treino oficial. O pilotoda McLaren superou em quase um se-gundo o tempo conseguido pelo italia-no Ricardo Patrese na véspera(1'26.172), que lhe garantiu o outro lu-gar na primeira fila. Gerhard Berger,da Ferrari, também não conseguiu me-lhorar seu tempo, mas ficou com o ter-ceiro lugar. Nelson Piquet ficou emnono e larga na quinta fila. MaurícioGugelmin sai na sexta fila (12?lugar).Roberto Moreno teve problemas comsua Coloni, ficou com o último lugar eestá fora do GP Brasil.

Ayrton treinou ontem disposto a se-guir o conselho de uma faixa aberta naarquibancada: "Xuxa neles, Senna".Mas prevê uma corrida difícil. "Apesarde o conjunto carro/motor ainda não es-tar bem equilibrado, o carro melhoroumuito, só que desta vez não terei o Prostcomo adversário". O piloto se utilizoude um pequeno truque para melhorarsua marca. Guardou o terceiro jogo depneus de classificação fornecido pelaGoodyear na sexta-feira e o utilizou on-tem à tarde, com o carro já acertado.

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i/ma conquista tranqüila

Senna: no Rio. a 30° pole position de sua carreira.

O piloto surpreendeu-se com o equi-líbrio do carro nas curvas e os quasetrês segundos abaixo da marca do anopassado, quando corria com motor tur-bo. Ele acredita que o pit-stop poderádefinir o vencedor. "A McLaren, comGoodyear, deve fazer um pit apenas,mas nunca se sabe porque a pista estámuito abrasiva". Por fim, elogiou a pro-dução do seu equipamento, "que vemmelhorando a cada dia", mas disse quetecnicamente o rendimento poderá au-mentar mais nas próximas corridas."Mas o que eu quero, por enquanto, évencer aqui, onde ainda não consegui".

Sentado a um canto do boxe, gar-rafa d'água na mão, Piquet não era pro-priamente a imagem de um derrotado.Suor escorrendo pelo rosto, enxugou asmãos no macacão amarrotado e saiupara enfrentar os jornalistas. Apesar donono tempo no grid, Piquet parecia con-formado com o desempenho do Lotusnos treinos de classificação, até porquesomente passará a contar com o novomotor judd (cerca de 35 cavalos a maisem relação ao atual; a partir do GP doMéxico. "Favorito? Eu não sou", revê-lava com muito bom humor.

Durante os treinos o carro apresen-tou vários problemas, mas o tempo ob-tido ontem era o que o piloto estavaesperando. "Para essa prova não seriapossível mais nada. Só mesmo com omotor novo poderemos fazer coisa me-lhor", sentenciava. Para Piquet ganhara corrida é coisa muito difícil, porémespera chegar entre os primeiros. Pra-

1C

ticamente recuperado de uma costelafraturada, Piquet teme que as doresacabem prejudicando o seu desempe-nho. "A costela está jóia, dói um pou-co, mas não atrapalha. O teste, porém,será amanhã (hoje). Serão 61 voltas, eaí é mais embaixo", brincava.

Mciarei)—O McLaren MP 4/5 commotor Honda V10 estreou na pista naquarta-feira da semana passada comproblemas de equilíbrio, inicialmenteatribuídos a uma mudança de projetoda parte traseira do carro. Senna eProst reclamaram da falta de equilí-brio e não conseguiram marcar tempossatisfatórios. O McLaren MP 4/5 foiprojetado por Neil Cately, para utilizarum câmbio transversal, que possibili-ta um melhor perfil aerodinâmico natraseira do carro. O câmbio, testado emImola e Jerez de La Frontera, ainda nocarro híbrido (chassi MP 4/4 do anopassado e motor Honda V10) não apro-vou e o carro acabou estreando com umcâmbio longitudinal semelhante ao usa-do no ano passado.

Ron Dennis, o "team manager" «Jaequipe, já tinha avisado que as críticassó deveriam ser feitas depois da primei-ra prova do campeonato. Proble-mas existiam, e ninguém na McLarenescondia isso, "mas esperamos resolve-los antes do GP do Brasil", explicavaAlain Prost, que vai largar na quintaposição, com ln_6s620.0 tempo de Ayr-ton Senna acabou com uma dúvida: ocarro é rápido, tem motor confiável evolta a ser a grande ameaça da F-l nes-se ano.

Grid de LargadaPosição

101112131415161718.9202.2223242526

N.° Piloto PaísA. Senna Bra..R. Patrese Ita..

28 G. Berger Aut..5 T. Boutsen Bel..

A. Prost Fra..27 N. Mansell Gbr..16 1. Capelli Ita..

9 D. Warwick Gbr..11 N. Piquet Bra..10 J. Herbert Gbr..19 A. Nannini Ita..15 M. Gugelmin Bra..

M. Brundle Gbr..S. Modena Ita..

22 A. de Cesaris Ita..23 P. Martini Ita..38 C. Danner Brd..

J. Palmer Gbr.17 N. Larini Ita..

M. Alboreto Ita..i2 S. Nakajima Jpn..26 O. Grouilhard Fra..24 L. Sala Spo.10 E. Cheever USA.34 B. Schneider Brd.30 P. Alliot Fra.

Equipe Km/HDIff..Marlboro McLaren Honda 212.323..Canon Williams Renault 0.870..Ferrari 0.969..Canon Willians Renault 1.157..Marlboro McLaren Honda 1.318..Ferrari 1.470..Leyton House March Judd 1.733..Usfeg Arrows Ford.„ 2.106..Camel Lotus Judd 2.135..Benetton Ford 2.324..Benetton Ford 2.563..Leyton House March Judd 2.654..Brabham Judd 2.972..Brabham Jud 3.319..Ume Dallara Ford 3.703..Minardi .....4.133..Rial Ford 4..153..Tyrrel Ford 4.271..Osella Ford 4.844..Tyrell Ford 4.953..Camil Lotus Judd 5.073..Ligier Loto Ford _. 5.108..Minard 5.341..Arroy Ford 5.555..Akspuld Tamaha 5.559..Lee Lola Lamborgnini 5.707

Eliminados:27. Yannick Dalmas, França, Lola-Lamborgini, 1:31.26028. Rene Arnoux, França, Ligier-Ford, 1:31.37629. Gregor Foitek, Suíça, Eurpbrun-Judd, 1:31.79130. Roberto Moreno, Brasil, Coloni-Ford, 1:32.567

Rio (AG) — Nunca foi tão fácil.Ayrton Senna trabalhou apenas 12 mi-nutos no treino de classificação de on-tem mas isso foi suficiente para que elefizesse as duas voltas mais rápidas dodia. Logo no início do treino, ele saiucom os pneus de classificação e mar-cou Im25s572, superando o melhor tem-po da véspera (de Ricardo Patrese,com a Williams) em seis décimosde se-gundo. Voltou aos boxes, tirou o maça-cão e sentou-se diante de um terminalde computador durante mais de umahora, acompanhando os tempos dos ad-versários, inclusive o companheiroAlain Prost. Depois de uma rodada semmaiores conseqüências de Nigel Man-sell e quando faltavam apenas algunsminutos depois para o fim do treino,Senna saiu com a McLaren número 1novamente e, três minutos para surpre-sa de todos, os alto-falantes e compu-tadores informavam que ele haviamelhorado ainda um pouco mais, mar-cando Im25s302.É realmente surpreendente —disse Senna, após o treino — que, comum motor que tem a metade da potên-cia do que eu usava três anos atrás, se-ja possível fazer um tempo melhor. Issomostra o fantástico progresso da Fór-mula 1 nesses três anos, tanto na partede motores como de chassis. Como éque se explica a melhora de um segun-do, de um dia para o outro?Na sexta-feira não consegui pe-gar uma volta limpa — explicou Senna— mas as de hoje (ontem) foram am-bas muito boas. Na primeira, ainda ti-ve um pequeno problema. Quando euestava num dos pontos mais velozes docircuito, encontrei pela frente uma Fer-rari e não cheguei nem a ver se era oBerger ou o Mansell. Ele fez tudo cer-to e me deu passagem, mas apenas porprecaução aliviei um pouco o pé do ace-

lerador e isso me custou algumas fra-ções de segundo. Na segunda volta,também cometi um ou dois pequenoserros, porque é quase impossível fazeruma volta absolutamente perfeita. Maspeguei uma pista limpa e, francamen-te, se não fossem aqueles errinhos, otempo ainda poderia ter sido melhor.Senna disse que não acredita em pra-ga, azar ou qualquer outra influênciaastral negativa contra ele aqui no Rio.Vai fazer tudo para quebrar o encantoe vencer hoje pela primeira vez, mas,se não der, paciência, tentará outra vezno próximo ano.

Ayrton Senna precisou somente deduas voltas para fazer o melhor tempodo ano no autódromo de Jacarepaguá,com Im25s570. Com isto, garantiu a poleposition — a 30? de sua carreira — doGrande Prêmio do Brasil de Fórmula-1,hoje, às 13 horas. Mas isto ainda não erasuficiente. Depois de descansar quaseuma hora no boxe, colocou o segundo jo-go de pneus de classificação e voltou àpista, para melhorar o recorde do cir-cuito — Im25s501, estabelecido por elepróprio, em 1986, com uma Lotus-Renault Turbo — fazendo Im25s302. Oitaliano Ricardo Patrese, da Williams,graças ao tempo obtido no treino desexta-feira, largará a seu lado, na pri-meira fila.

Senna usou a mesma estratégiaque Patrese usara no dia anterior pa-ra conseguir a pole provisória — foi umdos primeiros a sair do boxe. Assim, te-ve de ultrapassar somente a Ferrari deGerhard Berger, para fazer um tempoque já lhe garantia largar na primeiraposição. Ao parar nos boxes, tirou o ca-pacete e a parte de cima do macacão.Pegou um dos terminais de vídeo e fi-cou acompanhando o desempenho dosoutros carros, principalmente as Wil-liams e Ferrari.

na TVRio (AE) — A maior novidade da

transmissão pela televisão da corridade hoje será a instalação de duas câme-ras ambulantes, fixadas nos carros deuma mesma equipe. No Brasil, o sor-teio indicou a Williams para portar oequipamento. Assim, evita-se o proble-ma de anos anteriores, quando a que-bra do escolhido privou o telespectadoruma tomada mais privilegiada.Outras 15 câmeras completam oarsenal da TV Globo. Uma mostraráimagens aéreas de um helicóptero, en-

quanto outras 14 estarão estratégica-mente posicionadas na pista. Umadelas foi instalada na perigosa curva doCheirinho, local onde o piloto francêsPhilippe Streiff sofreu um grave aci-dente durante os testes de pneus, na se-mana passada.Trinta jornalistas estarão traba-lhando na transmissão. Mas o númerode pessoas envolvidas no trabalho atin-ge a casa dos 350, incluindo pessoal deapoio e comunicações. As imagens se-rão transmitidas para 54 países.

o Brasileira viajapara amistoso na ArábiaRio (Sport Press) — Sem o técnico Se-

bastião Lazaroni, que se encontra em Udi-ne (Itália) ao lado de vários membros dacomissão técnica e de lá seguiram direta-mente para a Arábia Saudita, a SeleçãoBrasileira embarca na noite deste domin-go para Jeddah, onde no dia 29 (quarta-feira) enfrentará o time do Al Ahli, dirigi-do pelo técnico brasileiro Carlos AlbertoZanata. O grupo seguirá pelo vôo 754 daVARIG às 23h30min. Para Zurique, naSuiça. Nesta cidade, fará conexão pelaSaudi Arábia, seguindo para Jeddah às19h20min da segunda-feira.

Neste domingo viajarão o administra-dor Américo Farai, o auxiliar técnico Nel-sinho, o roupeiro Severino Batista e o mé-clico Mauro Pompeu, além dos seguintesjogadores:

Goleiro — Acácio e Zé Carlos; Late-rais —Jorginho, Eduardo e Mazinho; Za-gueiros — Aldair, André Cruz, Marcelo e

Batista; Apoiadores — Zé do Carmo, Uide-mar, Rai, Toninho e Bismarck; Pontas —Bebeto, Vivinho, Zinho e João Paulo;Centro-avante — Washington.

O time segue escalado, com o desfal-que de Geovani e duas novidades: as pre-senças de Rai e Bismarck no meio-campo.O time será, salvo problema de última ho-ra: Acácio-Jorginho, Aldair André Cruz eEduardo; Zé do Carmo, Rai e Bismarck;Bebeto, Washington e João Paulo entramnos lugares de Batista, Geovani, Toninho eZinho.

Em Jeddah, a equipe deverá fazerapenas um treinamento, na terça-feira,para reconhecer o excelente gramado doJeddah Stadium, onde o Brasil fez todos osjogos da primeira fase do CampeonatoMundial de Juniores, disputado recente-mente na Arábia Saudita e no qual Bis-marck foi eleito como o melhor jogador.

Portuguesa empata com o XVSão Paulo — Em jogo fraco, com pou-

ca movimentação e quase nenhuma situa-ção de perigo, para ambos os lados, a Por-tuguesa de Desportos empatou por um gola ), contra o XV de Piracicaba, ontem àtarde no Canindé, em São Paulo. Logo aosdois minutos do primeiro tempo, o XV sur-preendeu com um gol de Ramon. Em se-guida, aos 8 minutos, Biro Biro empatou apartida com um gol de cabeça, aproveitan-do um cruzamento de Wanks. Feitos osgols o primeiro tempo prosseguiu equili-brado e sem novidades, até o final. No se-gundo tempo, por determinação do técnicoUrubatão, o XV jogou na retranca, satis-

feito com o empate. A Portuguesa lutou,mas não conseguiu reverter o resultado.Ao final da partida, assistida por 5.157 es-pectadores, com renda de NCz$ 10.672,00, ojuiz Davi Aveiro expulsou de campo Vavá,após uma entrada violenta em Toninho. APortuguesa iogou com Sidmar; Chiquinho,Vladmir, Eduardo (Célio Gaúcho) e Már-cio Araújo; Toninho e Biro Biro, Jorginho,Catatau e Wanks. Técnico Jair Picerni. OXV jogou com Luís Carlos; Laércio, Este-van, Vavá e Ruben Furtenbarcher; Air-ton, Ramon, Douglas (Gerson) e Carli-nhos; Sabará (Márcio Fernandes) e Mar-quinhos. Técnico Urubatão.

Benfica mantém a liderança

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Lisboa (ArP) — Benfica e FC Porto, emborajogando no campo do adversário, venceram, emantêm-se na liderança, com o clube da Luz adesfrutar da confortável margem de seis pontosde vantagem, quando faltam apenas sete rodadaspara o final do campeonato.

Em luta acesa pelo terceiro lugar, Boavista eSporting chegaram à vitória já na parte final daspartidas que disputaram perante o seu público eapós terem ultrapassado imensas dificuldades.

Frente ao Reira Mar, o Benfica triunfou (1 x0) graças a um gol marcado pelo sueco Magnus-son aos 55. Como vem sendo hábito, a equipe co-mandada por 'ibni, limitou-se a controlar asoperações e a aproveitar uma falha das poucas co-metidas pela defesa adversária.

Também se benef iciando de um erro do adver-sário, na ocasião, Jesus, o goleiro dos Leixões, quemarcou na própria baliza, o FC Porto adiantou-se aos 37 minutos no marcador. Após o intervalo,aos Gfi c 84 minutos Rui Águas marcou por duasvezes e no final leixões ü x FC Porto, 3.

No estádio do Bessa o Boavista pressionouconstantemente o último reduto do Espinho massó aos 81 minutos chegaria à vitória (1 x 0) comJorge Andrade a bater, finalmente, o goleiro Sil-vino que foi a melhor figura em campo.

Ainda maiores dificuldades que o Boa Vista,sentiu o Sporting, em Alvalade, frente a um Gui-marães que se defendeu muito bem e quandocontra-atacava o fazia sempre com grande peri-go, obrigando o goleiro dos "Leões", Rodolfo Ro-Brigues, a confirmar toda a sua classe. E foi jáquando todo mundo pensava que o marcador iriapermanecer inalterado que o brasileiro PaulinhoCascavel marcou o gol da vitória do Sporting.

Confirmando a sua excelente forma, o Esfre-Ia da Amadora e o Braga venceram duas equipes

que nas últimas jornadas vinham registrandouma certa recuperação na classificação. Na Ama-dora o Estrela venceu (1 x 0) com um gol de Pe-dro Xavier (29m). E em Braga o Sporting localtriunfou (2 x 0) sobre o Belenenses, com gols deSerrinha (5m) e do brasileiro Moroni (52m). EmSetúbal, o Vitória venceu (2 x 0) o Acadêmico deViseu com o jovem Cadete a bisar os arrematesaos 43 e 63 minutos. Duas partidas terminaramempatadas (0x0), apesar da superioridade dasequipes que jogaram em casa. Aconteceu noChaves-Farense (0 x 0) e também no Fafe-Penafiel(0 x 0). A jornada só será terminada no próximodia 6 de abril com a realização da partida Nacio-nal x Marítimo.

Continua a pertencer ao Benfica o ataquemais positivo — 47 gols e a defesa menos vazada—11 gols. No extremo oposto está o Acadêmico deViseu, já com 56 gols sofridos e apenas 17marcados.

Resultados: Sporting x Guimarães 1x0; Bei-ra Mar x Benfica Oxl; Leixões x Porto 0 x 3; Boa-vista x Espinho 1x0; Fafe x Penafiel 0x0;Amadora x Portimonense 1x0; Setúbal x Acadê-mico Viseu 2x0; Chaves x Farense 0x0; Bragax Belenenses 2 x 0. A partida Nacional x Maríti-mo será jogada no próximo dia 6 de abril.

Classificação — 1. Benfica Lisboa, 51 pontos;2. Porto, 45 pontos; 3. Boavista Porto, 40 pontos;4. Sporting Lisboa, 38 pontos; 5. Vitória Setúbal,34 pontos; Sporting Braga, 34 pontos; 7. Amado-ra, 33 pontos; 8. Nacional Funchal, 32 pontos; Gui-marães, 32 pontos; Desportivo Chaves, 32 pontos;11. Belenenses, 31 pontos; 12. Penafiel, 29 pontos;13. Marítimo, 28 pontos; 14. Beira-Mar Aveiro ePortimonense, 26 pontos; 16. Espinho, 23 pontos;17. Leixões e Fafe, 22 pontos; 19. Farense, 21 pon-tos; 20. Acadêmico Viseu, 17 pontos.

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Belém, dominga 26 de março de 1989 O L/BF/?>\/. ESPORTES 15

Vasco defende liderança contra o Flu

Eduardo e França, que voltam a se enfrentar hoje, nò Fluminense x Vasco.

Flamengo se impõe e derrotaOlaria sem maior dificuldade

Rio (AG) — O Flamengonão teve muita dificuldade pa-ra vencer o Olaria por 2 a 0, on-tem à noite, em Moça Bonita,assumindo a liderança doCampeonato Estadual, com 13pontos ganhos. Bebeto, autordo primeiro gol, e Renato, dosegundo, sao os artilheiros dacompetição, ambos com cincogols.

Apesar do campo ruim, oFlamengo impôs sua catego-ria, mas perdeu muitas chan-ces. A melhor delas foi aos 38minutos, quando Aldair chutoue a bola explodiu em Deninho,sobre a linha de gol, com o go-leiro batido. Dois minutos de-pois, Bebeto, de virada, emcentro de Renato, fez o primei-ro gol.

No segundo tempo, depoisde desperdiçar duas grandeschances, através de Bebeto eRenato, o Flamengo aumen-

tou: desta vez, Renato não fa-lhou e fez um belo gol.

Flamengo — Zé Carlos;Jorginho, Aldair, Zé Carlos II eLeonardo; Marquinho, Ailton eRenato; Alcindo, Bebeto eZinho.

Olaria — Vagner; Vander-lei, Deninho, Jair e Malhado;Wellington, Alberis e Renan;Heber, João Cláudio e Edinho.Juiz — Luis Carlos Feliz, auxi-liado por Edson dos Reis e Eve-raldo da Silva. Cartõesamarelos — Edinho e Deninho.

Convite — A diretoria vaioferecer a Zico, que pretendeencerrar a carreira este ano, acoordenação de todo o futebolamador do Flamengo. Há noclube, no entanto, a impressãogeral de que ele não aceitará.

Volta Redonda empata —Em Volta Redonda, o Volta Re-donda, após estar perdendo por2 a 0 no primeiro tempo, reagiu

e empatou de 2 a 2 com o NovaCidade, na tarde deste sábado,no estádio "Raulino de Olivei-ra", pela Taça Guanabara. ONova Cidade surpreendeu noprimeiro tempo e chegou a es-tar vencendo por 2 a 0, comgols de Clóvis, aos 13 e Noro-nha, aos 23 minutos. Na fase fi-nal, o Volta Redonda reagiu echegou ao empate com gols deDonizete, aos 10, e Manu, aos 41minutos.

Sérgio Cristiano dirigiu apartida, que rendeu NCz$1.392,00, com 696 pagantes. Ti-me: Volta Redonda — RobertoDênis; Manu, Denimar, Rober-to Silva e Valtinho; Manicera,Betinho(Claudinho) e Vilas;Botelho (Lúcio), Donizete eLéo. Nova Cidade — Marlúcio,Chiquinho, Firmino, Marcão eSérgio; Chico, Noronha e Tor-nado(Sinésio); Estrela, Clóvise Dequinha (Dé).

Rio (Sport Press) — Vasco e Flu-minense proporcionaram nos últimosanos vários jogos emocionantes e dra-máticos, especialmente os dasquartas-de-final do Campeonato Bra-sileiro de 88. Neste domingo, às 18 ho-ras, no Maracanã, não será diferente.Os dois times jogarão desfalcados,mas a apresentarão grandes atraçõespara a torcida, que deverá compare-cer em grande número ao estádio,apesar do feriado prolongado, do des-congelamento dos preços dos ingres-sos, com uma arquibancada custandoNCz$ 200, e do televisamento direto.

O Vasco apresentará como suaprincipal novidade o treinador SérgioCosme, que estreou com uma vitóriade 1 a 0 sobre o Americano e que pelaprimeira vez trabalhará contra o seuex-clube, pelo qual foi demitido de for-ma surpreendente. O Fluminensetambém apresentará a sua atração,que será a estréia de Marquinho, quejá atuou em grandes clubes brasilei-ros, entre eles o próprio Vasco, ondese projetou e chegou à Seleção Brasi-leira. Outra atração do jogão será apresença de Acácio, Mazinho, Zé doCarmo, Vivinho, Bismarck e Eduar-do, todos convocados para a SeleçãoBrasileira, que viajará às 22h30m des-te domingo para Jeddah, onde enfren-tara quarta-feira o Al-Ahli.

Geovani será o grande desfalquedo Vasco, pois sofreu um forte estira-mento muscular na coxa direita e fi-cará aproximadamente 15 dias semjogar. Mas o treinador Sérgio Cosme,que conhece de sobra o Fluminense,sabe como armar o esquema para le-var o seu time à vitória. França en-trará no meio-campo, para Bismarckter mais liberdade para criar as joga-das. Roberto Dinamite será mais jo-gador de meio-campo e Andersonficará encarregado de finalizar as jo-gadas e tentar o gol. Se ganhar do Flu-minense, o Vasco não só se vingará daderrota das quartas-de-final do Cam-peonato Brasileiro, na prorrogação,como também continuará na lideran-ça da Tfóça Guanabara.

Se o Vasco jogará desfalcado, oFluminense não ficará atrás. Donize-te cumprirá suspensão pelo terceirocartão amarelo e Romerito, com dis-tensão muscular, também está de fo-ra. Como se isso não bastasse, o timeperdeu Dago e Robert, que estão le-sionados no joelho. No meio campo, otreinador Othon Valentin lançará osinexperientes Alexandre Cruz e Mar-ceio Gomes. Mas a volta de Cacau ea estréia de Marquinho motivaram oFluminense, que promete manter aescrita sobre o Vasco e lutar pelo ti-tulo da Taça Guanabara. O Fluminen-se confia na vitória.

O grande clássico será dirigidopor Aloisio Viug e as duas equipes es-tão assim escaladas: Vasco — Acácio,Paulo Roberto, Célio, Leonardo e Ma-zinho; Zé do Carmo, França e Bis-marck; Vivinho, Roberto e Anderson.Fluminense — Ricardo Pinto; CarlosAndré, Alexandre Torres, Edinho eEduardo; Alexandre Cruz, Jandir eMarcelo Gomes; Cacau, Sílvio e Mar-quinho.

Josimar (à dir.), um dos destaques do Botafogo.

Líder e invicto,enfrenta CabofrienseRio (Sport Press) — O Botafo-

go, que realiza sua melhor campa-nha dos últimos anos e que sonhacom a conquista da Taça Guana-bara, tentando acabar com um ie-jum de 21 anos sem título,defenderá sua invencibilidade noCampeonato Estadual do Rio deJaneiro, enfrentando a perigosaCabofriense neste domingo, às 16horas, no estádio HermenegildoBarcelos", em Arraial do Cabo.

Em caso de vitória, o Botafo-go estará em situação privilegia-da, pois só dependerá de si paraser campeão da Taça Guanabara.Tudo ficará ainda melhor se o Bo-tafogo vencer quarta-feira o Por-to Alegre, em Itaperuna. Porquedos grandes clubes eles só faltaráenfrentar Fluminense e Bangu.Contra a Cabofriense, o Botafogocontará com a mesa equipe queiniciou o jogo com o Olaria. A Ca-bofriense terá a volta de vários ti-tulares, que cumpriram suspensãocontra o Flamengo.

O árbitro será Wilson Carlosdos Santos. Times: Cabofriense —Paulo César; Célio, Ricardo Balbi-no, Mazola e Paulo Roberto; Mar-ceio, Mamão e Valbert; Cuia, Cale Rui. Botafogo — Ricardo Cruz;Josemar, Wilson Gotardo, MauroGalvão e Marquinho- Carlos Al-berto, Luisinho e Paulinho Criciú-ma; Maurício, Mazolinha eJerferson.

América x Bangu — que já dis-putaram clássico nos anos anterio-res no Maracanã, prometem umbom jogo neste domingo, às 15 ho-ras, no estádio Luso-Brasileiro, nalha do Governador. Os dois clubes

foram rebaixados para a DivisãoEspecial do Campeonato Brasilei-ro e pouco melhoraram neste cam-peonato estadual do Rio deJaneiro. Mas o Bangu, que venceuseus dois últimos jogos, foi benefi-ciado com os pontos perdidos porFlamengo e Vasco, só tem três dedesvantagem para os dois clubese ficou com a chance de ser cam-peão da Taça Guanabara. Mas oAmérica, com fraca campanha,nada mais aspira neste primeiroturno.

Pedro Carlos Bregalda seráárbitro. Times: América — PauloVitor; Dede, Edson Luís, AntônioCarlos e Santiago; Josenilton An-derson (Marcelo) e Pedro Paulo;Paloma, Ramon e Valmir. Bangu— Palmieri; Xande, Márcio Ros-sini, Oliveira e Vagner, Tbbi, Artu-zinho e Edson Souza; Gilso,Helinho e Macula.

Jogo sem favorito — No está-dio "Jair Bitencourt", em Itaperu-na, Porto Alegre e Americanofarão um jogo sem favorito, quetem tudo para agradar. O Ameri-cano luta pelas primeiras coloca-ções e o Porto Alegre para semanter na Primeira Divisão. Apartida começará às 15 horas e te-rá a arbitragem de Paulo RobertoChaves.

Times: Porto Alegre — Almir,Cláudio Gomes, Zé Carlos, Jair eNem; Januário; Pestana e Gil-mar; Cacaio, Alexandre e Bell.Americano — Zé Carlos Paulista;Zé Paulo, Luciano e Zé Carlos Mi-neiro; índio, Carlos e FernandoCruz; Carlinhos Mineiro, Edilsone Gilson.

Paulistão prossegue com sete jogInter joga com

o BragantinoBragança Paulista, SP (AE) —Para en-

frentar a forte equipe do Internacional, otécnico Vanderley Luchemburgo, do Bragan-tino, está muito preocupado com sua defe-sa, que não será protegida pelomeio-campista Ivair, considerado o melhorjogador do time; Jair foi expulso quarta-feira e cumpre suspensão automática.

A Inter, que vem de uma fácil vitória so-bre o Juventus, mesmo assim não está agra-dando inteiramente a seu técnico Pepe, quequer os jogadores mais agrupados no meiode campo e contra-atacando com maiorrapidez.

Bragantino: Paulo César; Gil, Júnior,Ney e Biro-Biro; Zé Rubens, Carlinhos e Ga-tãozinho; Luiz Müller, Cláudio Gaúcho eMarco Aurélio. Internacional: Silas; China,Edvaldo, Alves e Valdeni; Manguinha, Gus-tavo e Machado, Gil Gilcimar e Paulo Matos.

Juiz: Ilton José da Costa.

Botafogo x Santo André — O Botafogo,que ainda não venceu neste campeonato, jo-gará hoje contra o Santo André, diante doboicote de sua própria torcida, que começaa abandonar o time. O técnico Mário Tra-vaglini viu progressos na formação que fi-cou no 0x0 contra o São Bento quarta-feira(perdendo nos pênaltis) e vai mantê-la.

O Santo André, outro que vem de parti-do sem gols e derrota nos pênaltis, deverápromover o retorno de Alaor, Carlos Alber-to e Edelvan, que cumpriram suspensão.

Botafogo — Luís Henrique, Edivaldo,Ari Spadella, Edson Fumaça e Vlademir;Antônio Carlos, Rogerinho e Zé Carlos; Dá-cio, Gilson e Rinaldo. Santo André — Tonho;Careca, Servilho, Alaor e Carlos Alberto;Gerson, Neumar e Carlos Alberto Silva; Riz-za, Edmilson e Edelvan.

Juiz: João Paulo Araújo.São Bento x Novorizontino — O São Ben-

to só terá uma alteração quanto ao time queempatou com o Botafogo por 0x0, vencendonos pênaltis, na última quarta-feira: oponta-esquerda Serginho Dourado terá maisuma chance, substituindo Paulo Roberto.

O Novorizontino, que vem de uma golea-da diante do Palmeiras por 4x1, reforça a de-fesa para não dar novo vexame. Dudu tiraLeomar da zaga central por deficiência epromove o retorno do lateral César, quecumpriu suspensão automática.

São Bento: Márcio; Carlos Eduardo,Geraldo, Marceloe Augusto; Henrique, Tu-pã e Mazonho; Marcelo Conte, Pirula e Pau-Io Roberto.

Novorizontino: Tbni; César, Pinela,Fernando e Claudinho; Nelsinho, Amado eEvandro; Fabinho, Júlio César e DitinhoSouza.

Juiz Paulo Eduardo Pereira Barjas.

São Paulo (AE) — Sete partidascompletam hoje a rodada paulista. OPalmeiras joga logo de manhã com aFerroviária, que teve seu estádio in-terditado e é obrigada a mandar suaspartidas em campo neutro (Jundiaí).O São Paulo, que divide com Alvi-Verde a liderança do grupo 2, entracomo franco favorito contra a Catan-duvense, no Morumbi, disposto a fa-turar mais três pontos e, talvez,isolar-se na ponta da tabela.

O Coríntians, com sérios desfal-quês na defesa, tentará manter-se naluta pela classificação, enfrentando oAmérica, em São Paulo do Rio Pre-

to. A Internacional de Limeira, líderdo grupo 1, tem um jogo difícil emBragança Paulista, contra o time lo-cal. O Santos vai a Mogi-Mirim coma obrigação de escapar do vexatórioúltimo lugar do grupo 2, tarefa quenão será das mais fáceis, já que aequipe da casa luta pela classificaçãoem sua chave, dois pontos atrás da In-ter. O Novorizontino tem uma parti-da importante contra o São Bento, emSorocaba, precisando vencer paracontinuar disputando a liderança dogrupo 1. Já Botafogo x Santo Andréreúne duas equipes sem quaisquerpretensões de classificação.

Tranqüilo, Palmeirasquer mais três pontosJundiaí, SP (AE) — A volta de

Gaúcho ao comando de ataque deve-rá ser a única novidade do Palmeirasna partida de hoje, às 11 horas, con-tra a Ferroviária, em Jundiaí. O clu-be está tranqüilo depois dos 4x1 queimpôs ao Novorizontino na quarta-feira e o técnico Emerson Leão, nostreinamentos, enfatizoij a importan-cia da conquista de três pontos, nes-ta rodada em que o outro líder dogrupo 2, o São Paulo, tem um compro-misso aparentemente mais fácil.

A Ferroviária vem de quatro der-rotas seguidas no Paulistão e o técni-co Leone Luz não conseguiu acertar

o time durante a pausa no campeona-to: fez várias experiências para darmelhor consistência à defesa e maisagressividade ao ataque, num amis-toso em Birigui, mas o time perdeupor 1 x 0 do Bandeirantes.

Palmeiras — Veloso; Edson, To-ninho, Dario Pereyra e Abelardo; Jú-nior, Lino e Edu; Neto, Gaúcho ePaulinho. Ferroviária: Edson; Walla-ce, Edivaldo, Caico e Julimar; Sidney,Helinho e Betão; Tbquinho, Valdo e ZéRoberto.

Juiz: Dulcidio Wanderlei Bos-chillia.

Embalado, Mogi-Mirimpode ameaçar Santos

Mogi-Mirim, SP (AE) — OMogi-Mirim, que fez um jogoemocionante contra o Corin-tians na quinta-feira, empatan-do por 2x2, acredita que, como ótimo futebol apresentadopor seus reforços, principal-mente Humberto e Tbnanha,está preparado para lutar pe-Ia classificação no Grupo 1 e seafirmar como um dos princi-pais times do interior.

Já o Santos continuará sua"via-crucis", mantendo doiscentroavantes que não têmconseguido marcar gols —Aluísio e Leonardo — por queo técnico Nicanor de Carvalho

não tem, pelo menos até a re-cuperação de Sócrates, qual-quer alternativa paramelhorar a equipe. No lugar dovolante César Sampaio, sus-penso por ter recebido o tercei-ro cartão amarelo, entra ouruguaio César Pereira.

Mogi-Mirim: Alexandre;Ederson, Carlão, Manoel Fer-nando e Mainho; Oswaldo,Humberto e Nido; Tonanha,Soares e Helder. Santos: Sér-gio; Heraldo, Davi, Luís Car-los e Vladimir; César Pereyra,César Ferreira e Juninho;Aluísio, Leonardo e Tuíco. Lo-cal Mogi-Mirim, hoje, às 16hoyas.

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Bernardo, dúvida de Cilinho... .que poderá optar por Tilico.

No São Paulo, Cilinho cseriedade contra Catanduve

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São Paulo (AE) — O técnicoCilinho exigiu maior seriedade doSão Paulo no jogo de hoje à tardecontra o Catanduvense, no Mo-rumbi. Zé Teodoro sofreu um tor-são na coxa no jogo dequarta-feira com o União SãoJoão e será substituído por Neto.Rai joga normalmente e depoisembarca com a Seleção para Jed-dah. O ponta-esquerda Edvaldo

já tem condições de jogo e pode-rá entrar durante a partida.

A Catanduvense vem desfal-cada de Mastrilo, que foi expulsono jogo contra o Bragantino. Ca-çula do campeonato, realiza pés-sima campanha, com apenas doispontos ganhos, e vem se desta-cando mais pela violência do quepelo futebol apresentado.

São Paulo: Gilmar; Neto,Adilson, Ivan e Nelsinho; Flávio,Rai e Bernardo (Mário Tilico);Paulo César, Mazinho e Renati-nho. Catanduvense: Raul; Ijuí,Mauro, Pedro Paulo e Paulo Sér-gio; Zé Roberto, Aguinaldo e Ca-bé; Carlyle, Roberto Cearense eMirandinha.

Juiz: Edmundo Lima Filho.

Coríntians com zaga improvisadSão José do Rio Preto (AE)

— O América só terá um desfal-que em sua partida de hoje con-tra o Coríntians: o centralAmaral, que recebeu o terceirocartão mareio. Em seu lugar, es-treará no time titular Mauro, quefoi muito elogiado pelo técnicoLuís Carlos Ferreira: "È valentee habilidoso, será muito útil aotime".

O Coríntians mais uma vez

não terá João Paulo, que extraiuuma unha do pé e ainda não se re-cuperou. Marcelo (viaja com aSeleção) e Dama (terceiro cartãoamarelo) também desfalcam o ti-me, que terá um miolo de zagaimprovisado: Wilson Mano e Ari.Bazão, com Márcio voltando aomeio de campo. Ênio Andrade es-pera que a defesa não cometa asfalhas do jogo contra o Mogi-Mirim, quando praticamente en-

tregou dois gols ao adversário, eque o ataque não desperdice tan-tas chances.

América: Betinho; Denilson,Mauro, Roberto e Flávio; Sérgio,Alberto e Zé Roberto; João San-tos, Roberto Carlos e Maurinho.Coríntians: Ronaldo; Giba, AriBazão, Wilson Mano e Dida; Már-cio, Barbierie, Gilberto Costa;Marcos Roberto, Cláudio Adão eMauro.

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16 ESPORTES O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Zezé: amanhã, Gil Carvalhoabre caminho rumo ao título

Os pesos leve Gil Carvalho(paraense) e Edmilson Alves(São Paulo) terminaram a sema-na treinando no departamento deboxe da sede do Paissandu, naavenida Nazaré. Gil exercitou soba direção do treinador Zezé, en-quanto o lutador paulista treinousob o comando do veterano técni-co Baltazar. A luta entre essesdois profissionais será amanhã, 2?feira, à noite, no ginásio do QuemSão Eles, havendo antes comba-tes entre amadores locais. É a

primeira apresentação do pesoleve paraense como profissional.Para o treinador Zezé, é início dacaminhada de Gil Carvalho rumoao título brasileiro da categoria."O Pará já teve um campeão bra-sileiro profissional na figura dofalecido Daugiso Ribeiro, na ca-tegoria super-galo. Foi o maiorfeito do boxe paraense no Norte/Nordeste. Agora, é a vez de GilCarvalho lutar para repetir o fei-to do saudoso Daugiso. Tenho acerteza de que Gil amanhã à noi-

te abrirá caminho rumo ao títulonacional peso-leve, derrotandoEdmilson Alves. Será um comba-te difícil, mas tenho a certeza deque o lutador paraense vencerá.Ele está bem preparado. Vai co-meçar vencendo como prof issio-nal. A torcida paraense podeajudar Gil Carvalho, compare-cendo amanhã à noite no ginásiodo Quem São Eles, frisou o trei-nador de boxe do Paissandu,Zezé.

Para treinador José Macedo,time da Tuna precisa de reforços

Apesar dos considerados razoa-veis resultados obtidos pela TunaLuso Brasileira nos amistosos reali-zados até o momento, o técnico JoséMaria Macedo reconheceu que aequipe necessita de mais dois refor-ços, pelo menos, para que possa terchances de brigar pelo título doCampeonato Paraense deste ano.Segundo o treinador, o time cruz-maltino necessita de rai "cabeça deárea de renome" que imponha res-peito naquele setor de meio campo ede mais um zagueiro.

Mesmo tendo elogiado o jovemmeiocampista Jaime, que teve uma

atuação destacada no último jogo-treino contra o Elo Marítimo, Mace-do acha que

"ele não solucionará porcompleto o problema da equipe".Jaime pode sentir o peso da respon-sabilidade se for mantido como titu-lar da posição, apesar de ter dispu-tado o certame do ano passado peloTiradentes. No clube da Polícia Mili-tar, entretanto, a responsabilidadede ser titular não chega a ser tantoquanto numa agremiação considera-da grande do futebol paraense. Apossibilidade da contratação de re-forços será estudada nesta semana.

A equipe foi liberada para o fe-

riado da Semana Santa desde a última quinta-feira, devendo retornaraos treinamentos nesta segunda-feira, para reinicio dos trabalhos vi-sando a participação do clube noTorneio Início do Parazão 89. O téc-nico José Maria Macedo está con-fiante na conquista do bicampeonatodesta competição, uma vez que noano passado foi campeão no coman-do técnico do Independente. O Izabe-lense será o primeiro adversário daCruz de Malta no Campeonato Pa-raense, e uma boa participação noInício será importante para os tu-nantes.

MAIS CAR(ARAENSE

Segundo tabela da Sunab, o ingresso aprovadopara o futebol paraense é o mais caro do Brasil. Vaipesar no bolso do torcedor local. De quem é a cul-pa? Da Federação Paraense de Futebol? Dos clubesparaenses? Não. A culpa é da Sunab. A entidade eagremiações locais fizeram sua pedida, estipulandotrês cruzados para arquibancada. A obrigação da Su-nab era estudar as condições financeiras do torce-dor paraense e o preço do campeonato de 88. Pareceque não houve esse estudo. O órgão do governo acei-tou a pedida da Federação Paraense de Futebol semnenhum estudo. Para a maioria das entidades nacio-nais, o preço do ingresso foi de dois cruzados novos.Inclusive, os jogos da seleção brasileira foram tabe-lados em três cruzados e 50 centavos, arquibancada.O futebol do Rio de Janeiro e São Paulo uma entra-da de arquibancada custa dois cruzados novos. Maisbarato do que o do Pará. Convém destacar, que asagremiações sulinas dispendem muito mais dinhei-ro do que clubes do Pará na formação de suas equi-pes. Não se pode negar que é uma boa para osgrandes clubes do Pará. Mas, foi esquecido o maisimportante fator: o torcedor. Pode vir a desculpa: oingresso da geral custa 50 centavos. Tudo muito bem.Nesse caso todo mundo seria obrigado ir para a ge-ral, cuja comodidade é precária, principalmente pa-ra quem deseja levar sua família aos estádios. Esseé outro ponto contrário aos interesses do torcedor. Pa-ra levar uma família de quatro pessoas aos camposseria preciso pagar só de ingressos 12 cruzados. Fo-ra transporte e despesas extras dentro da praça deesportes. Dentro do preço oficializado pela Sunab, aFederação Paraense de Futebol pode programar to-dos seus jogos para a Curuzú ou Baenão. No campodo Clube do Remo, um clássico com um público devinte mil pessoas (capacidade do estádio), daria umaarrecadação de 60 mil cruzados, pois essa praça deesporte nao possui geral.

Na Curuzú, um público de dez mil pessoas, ca-pacidade do estádio, a renda seria de 30 mil cruza-dos. Não é preciso, portanto, usar o Mangueirão parajogos de médio porte. Uma decisão de titulo no Ala-cid Nunes, Re x Pa com um público de 50 mil torce--dores, daria uma arrecadação de 150 mil cruzadosnovos. Isso viria aliviar a situação dos clubes locais.Mas, e a reação do público? E a grande interroga-ção. Não seria melhor a Sunab ter estipulado em doiscruzados o preço de uma arquibancada? O campeo-nato profissional paraense de 89 vai mostrar quemtem razão.

loão Saldanha

As tulipas da DanusaRio (AJB) — Domingo de Páscoa, o coelhi-

nho solto por aí e a gente se lembra de coisas.Não sei onde, mas sei que li uma idéia da DanusaLeão propondo que se plante tulipas na VieiraSouto e na Delfim Moreira. Uma é a praia de Ipa-nema e a outra é o seguimento. Se chama Le-blon. Época de muitos turistas aqui na corte. Êbom exeplificar. Pois olhem que até ficaria umabeleza: Tulipas nos canteiros das avenidas maissofisticadas do Brasil. Lindo de morrer masacho que não dá. Eu conto. Dona Sara foi morarali e achou os canteiros da avenida totalmenteabandonados. Um areai e capim por cima. Cha-mou ojardineiro, ele veio e ela deu a ordem: "Is-to é um horror. Vamos plantar hortências". Ohomem fez rapidamente e a avenida ficou linda.No dia seguinte d. Sara chegou na janela e tudoestava florido. Que beleza. Foi para Brasília evoltou. Teve de chorar. As granfinas desciamdos carros e arrancavam tudo para enfeitar seusvasos. E o assalto não foi muito inteligente. Hor-tência fora do pé morre na hora. Só para enfeitarcasamento de filha do "segundo escalão". Maselas não quiseram saber. Algumas levaram tes-puras apropriadas lá de Pètrópolis onde já ti-nham devastado as flores da estrada. E agora?Tulipas, vindas da Holanda? Puxa elas arran-cam até o canteiro. Ou então temos de fazer co-mo Lázaro Cardenas, no México. Ornamentou o"Paseo de La Reforma " com as mais lindas fio-res domundo. "Elas"caíram em cima e trucida-ram e devastaram. Ele insistiu e disse: "Ê cri-me roubar as flores. Os guardas têm ordem deatirar". No dia seguinte dois cadáveres esparra-mados no "Paseo" determinaram que até hojeseja uma bela e ornamentada avenida. Em todoo caso acho melhor deixar nossas avenidas comamendoeiras e plantas não ornamentais. Maspor favor não botem gravata. Ê o melhor cultordo "dengue" que existe. O gravata dá casa.co-mida e água quentinha para o mosquito. Tuli-pas? Não dou duas horas.

E nossa seleção sai para o outro lado domundo em busca do ouro. Seis horas para lá con-tra, seis horas pra cá, contra. São doze. Trarãocento e cinqüenta mil petrodólares, segundo di-zem. Nosso jogadores que jogam hoje, na voltatambém jogam aqui seus campeonatos. Segundoos mais primários compêndios, não há tatu queagüente.

CARO DO BRASBom para os clubes. L*di^E o torcedor?

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0IL

Jogos de HojeEis os jogos programados para es-

te domingo, dia 26 de março de 1989, pe-lo Brasil, segundo informa a agêncianoticiosa Sport Press:

Campeonato do RioVasco FluminenseAmérica BanguCabofriense BotafogoPorto Alegre Americano

Campeonato PaulistaSão Paulo CatanduvenseAmérica CoríntiansFerroviária PalmeirasMogi Mirim SantosBotafogo Santo AndréSão Bento NovorizontinoBragantino Inter Limeira

Campeonato MineiroAtlético Vila NovaUberaba CruzeiroDemocrata/GV AméricaFabril ValeriodoceTupi Democrata/SLFlamengo Rio BrancoEsportivo UberlândiaCaldense Nacional

Campeonato GaúchoCaxias Inter/RSPasso Fundo Glória

Campeonato ParanaenseApucarana AtléticoMaringá ColoradoCascavel PlatinenseFoz ToledoUmuarama Matsubara

Corrente dentro do Leãoestaria contra José Dutra

Campeonato CatarinenseMarcílio Dias Joinville

Campeonato BaianoBotafogo GalíciaSerrano VitóriaLeônico AtléticoItabuna Fluminense

Campeonato PernambucanoSanta Cruz PaulistanoFerroviário íbisCentral NáuticoSete Setembro América

O técnico José Dutra dos Santosaguarda o decorrer desta semana commuita expectativa, pois será o períodoem que a diretoria do Clube do Remodará uma definição sobre suas reivin-dicações. Dutra fez uma série de exi-gências para assinar contrato com oLeão Azul, entre elas, aumento salarialpara NCz$ 1.000,00 — atualmente eleganha NCz$ 500,00. Dutra começará asemana com essa preocupação. Até aúltima sexta-feira tudo parecia estarresolvido. Ontem, porém, surgiram ru-•mores de que alguns dirigentes esta-riam dispostos a "colocar areia na ne-

gociação", em face de Dutra ter levadoo Clube do Remo à Justiça trabalhista,cobrando direitos da época em que foipela primeira vez treinador do clube.

Dutra, irritado com estes cartolas,que também tentaram impedir suacontratação como treinador para estatemporada, pediu cancelamento doprocesso trabalhista, para evitar o cli-ma de insatisfação de "certos direto-res". A questão, entretanto, deve sermesmo solucionada a partir destasegunda-feira.

Para esta segunda-feira também

está marcada a reapresentação da Co-missão Técnica e jogadores, que folga-ram no feriado da Semana Santa, quan-do serão reiniciados os trabalhos visan-do um possível amistoso para a próxi-ma quarta-feira, contra o Independen-te. O Galo da Marambaia deverá apre-sentar sua contratação maior para estatemporada: o centroavante Alcino. Apartida ficou de ser confirmada nestasegunda-feira, num encontro que o pre-sidente do Independente FranciscoBastos terá com o diretor de Futebol doLeão Azul, Israel Vasconcelos.

Campeonato GoianoGoiânia GoiásCeres AtléticoQuirinópolis MineirosSanta Helena AméricaAnápolis Novo HorizonteGoiatuba Vila NovaItumbiara Anapolina

Paissandu aguarda nomedo seu novo treinador

Um coletivo de 50 minutos,sem preocupação com o marcador,foi a movimentação de ontem pelamanhã dos jogadores do elenco doPaissandu, sob o comando do técni-co interino Sérgio Saruby. Durantea prática, surgiram rumores deque o novo técnico, contratado pelodiretor Geraldo Rabelo seria JoséAmaral, que trabalhou em diver-sos clubes do Nordeste, por onde odirigente passou durante o feriadoda Semana Santa. Rabelo, contudo,ficou de confirmar a contrataçãoontem à noite, quando deveria terretornado da viagem que se prolon-gou ao sul do País, mais precisa-mente Rio de Janeiro e São Paulo.

No Rio de Janeiro^ o presidentedo Departamento Autônomo de Fu-tebol ficou de contactar com os jo-gadores Assis, ex-Fluminense, eGilberto, também do "Pó de Ar-roz" carioca, além de um quarto-zagueiro — cujo nome vem sendomantido em sigilo pelos dirigentesdo Papão —, tidos como certos pa-ra defender o time bicolor paraen-

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O centroavante Dadinho treina na Curuzú para me-lhorar forma física.

se nesta temporada. Todos aguar-davam ansiosos a chegada de Ra-belo, para a confirmação das con-tratações anunciadas.

Após o coletivo de ontem, os jo-gadores foram liberados por SérgioSaruby, que marcou a reapresenta-ção do elenco para esta segunda-feira, quando os jogadores farãoum treinamento físico, na praia doOuteiro. Nesse dia, os trabalhos se-rão reiniciados como preparativospara um possível amistoso que se-rá marcado para a próxima quinta-feira, contra o adversário ainda aser definido. A partida servirá deapresentação do novo treinador edos valores contratados à torcidaalvi azul, além de preparativo parao Torneio Início do campeonato1989. Entre os novos contratados, atorcida do Paissandu terá a oportu-nidade de ver jogando, durante 90minutos, a maior atração da equi-pe: o centroavante Dadinho, quena sua apresentação aos torcedo-res do clube, em Belém, contra oTiradentes, jogou apenas 30minutos.

Campeonato BrasilienseBrasília TiradentesCeilândia GuaráPlanaltina TaguatingaSobradinho Gama

Campeonato CapixabaIbiraçu Rio BrancoSanto Antônio 0rdem e ProgressoColatina DesportivaCastelo x Estrela do Norte

Campeonato CearenseFortaleza TiradentesGuarani/J AméricaIcasa CalourosGuarani/S CearáQuixadá Ferroviário

Campeonato ParaibanoAuto Esporte BotafogoTreze CampinenseGuarabira SantosNacional/P Santa CruzNacional/C Esporte/P

Campeonato AlagoanoCRB AsaComercial CapelenseS. Domingos CruzeiroCSE CSAFerroviário Penedense

Campeonato PotiguarAmérica RiachueloPotiguar Alecrim

Campeonato MaranhenseMaranhão TupanCaxiense ImperatrizTocantins Boa Vontade

Campeonato SergipanoConfiança LagartoMaruinense Sergipe

Campeonato AmazonenseSul América x São RaimundoPenarol Rio NegroPrincesa Solimõesx Fast

Campeonato Mato-grossenseDom Bosco FinopBarra x IndependenteCáceres MixtoVasco da Gama x Internacional.União Jaciara

Campeonato Sul-mato-grossenseOperário AquidauanaComercial/PP UbiratanDouradense NaviraienseEasa SidrolândiaGianini x Cassilandense

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Belém, dominga 26 de março de 1989 O LIBERAL POLÍTICA 17

Um 'pai' na presidência do BrasilCâncer evolui, masDilson Funaro nãovai para o exterior

São Paulo (AG) — 0 ex-ministro da Fazenda Dilson Fu-naro, internado há seis dias no hospital Oswaldo Cruz, nãoserá transferido para o exterior para tratamento de um cân-cer nos gânglios linfáticos, como revelou ontem a médica Te-rezinha Verrastro, chefe da equipe que o assiste no hospital.O estado de saútle de Funaro, segundo boletim divulgado peloneurologista Manoel Jacobsen Teixeira, é considerado satis-fatório, embora não haja previsão de alta.

Terezinha Verrastro explicou que o câncer diagnostica-do em 1981 não afetou outros órgãos sadios do ministro e queele apenas teve uma recaída e está se recuperando atravésde tratamento quimioterápico por via intravenosa — intro-dução de remédios pela boca e veias: — "Ele está bem e arecaída é em função da evolução da doença, que está sendocontrolada por quimioterapia e diariamente realizado exa-mes de sangue e clínicos. Mas, ainda não sabemos quandoele poderá deixar o hospital", disse.

0 tratamento a que está sendo submetido o ex-ministro,segundo ela, é semelhante ao realizado em 1983 no OswaldoCruz quando esteve internado para controle da doença. Dil-son Funaro está se alimentando por via oral e se movimen-ta normalmente no quarto 342. As visitas continuamproibidas e apenas os familiares têm acesso ao ex-ministro.

ACM melhoraSão Paulo, (AG) — O ministro das Comunicações, Antô-

nio Carlos Magalhães, passou bem o dia de ontem e até con-versou sobre política e sucessão presidencial com osfamiliares que o visitaram no Instituto do Coração, do Hos-pitai das Clínicas (Incor), onde está hospitalizado há um mêsse recuperando de um infarto do miocárdio. Segunda-feiraele será submetido a exames clínicos e laboratoriais paraverificação do êxito da cirurgia realizada no coração na úl-tima quarta-feira.

De acordo com seu filho, deputado Luiz Eduardo, que oacompanha desde a internação no Incor, a saúde do minis-tro é estável e sua recuperação está sendo acima da espera-da pelos médicos que o assistem e, embora a família eviteconversa sobre política, ele insiste em querer saber comoestá a questão da sucessão do presidente José Sarney.

O cardiologista Bernardino Tranchesi Júnior, chefe daUnidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, disse queele superou satisfatoriamente a fase crítica pós-operatoria(48 horas) e se movimenta pelo quarto localizado no oitavoandar e passa algum tempo sentado numa poltrona. Segun-do TVanchesi, o ministro fará segunda-feira exames de la-boratório (coleta de sangue e urina), ecocardiograma, raioX do tórax e eletrocardiograma, podendo receber alta no pró-ximo domingo ou segunda-feira e reassumindo o cargo de-pois de 30 dias de repouso absoluto.

Nova da Costa vaiao SNI e embargavenda de emissorasBrasília (AE) — O governador do Amapá Jorge Nova

da Costa, conseguiu impedir a privatização das rádios Na-Cional AM e a de ondas tropicais de Macapá, colocadas àvenda através de licitação pública pela Radiobrás. Nova daCosta mobilizou nesse trabalho de convencimento o SNI, oConselho de Defesa Nacional e falou até mesmo com o pre-sidente José Sarney."Essas emissoras são estratégicas" argumentou o go-vernador. "A região é de fronteira e exposta às influênciasda América Central". De fato, o Amapá, área que até 1943pertencia ao Pará, tem fronteiras com o Suriname e a Guia-na Francesa, mas o que preocupa realmente as autorida-des é a possibilidade de compra das emissoras poraventureiros vinculados à extração de ouro na região.

O governador desconversa e diz que o interesse na pre-servação do caráter estatal das rádios é cultural e senti-mental Ele argumenta que, antes de serem absorvidas pelaRadiobrás, as estações eram exploradas pelo governo doentão território, na década de 50.

O governo local tem interesse em comprar as duasemissoras operação que depende de licença do CongressoNacional. Se isso não for possível, Nova da Costa insiste noarrendamento. A preservação do caráter estatal das emis-soras seria crucial para evitar a possível manipulação porparte de garimpeiros de informações sobre cotações de mi-nérios, como ouro, cuja produção oficial do Amapá é de duastoneladas/ano.

Congresso retomadiscussões já a

partir de amanhãBrasília (Radiobrás) — O Congresso Nacional reinicia suas ati-

vidades amanhã, depois de uma semana com pouca presença deparlamentares, para dar seqüência à discussão em torno de umasérie de matérias urgentes e importantes, como a lei que regula-menta eleição presidencial, a elaboração dos regimentos internosda Câmara e do Senado e a lei da política salarial.

Está previsto para a manhã de terça-feira, o depoimento do mi-nistro Roberto Cardoso Alves, na comissão de fiscalização e con-trole da Câmara. Na noite de terça-feira, 18h30min, haverá sessãodo Congresso Nacional —Câmara e Senado — destinada à votaçãodo decreto-lei 2.363, de 21 de outubro de 1987, que extinguiu o Insti-tuto Nacional de Colonização e Reforma Agrária — Incra. Na mes-ma sessão deverá ser lida a Medida Provisória de número 42, quedispõe sobre a incidência do Imposto de Renda na fonte sobre ren-dimentos decorrentes de aplicação financeiras.

A votação do decreto-lei que extinguiu o Incra foi acertada nosúltimos dias pelas lideranças partidárias por ocasião de acordo feitopara a votação da Medida Provisória de número 39, que dispõe so-bre a organização da Presidência da República e dos ministérios.Se o decreto-ei for derrotado pelo Congresso Nacional, o Incra vol-tara a existir.

As lideranças partidárias da Câmara continuarão, na próximasemana, as reuniões para tentar um entendimento em torno da leique regulamente a eleição presidencial deste ano. O grande impas-se nas negociações sobre esta matéria é a propaganda eleitoral gra-üiita no rádio e na televisão. Os maiores partidos defendem o critérioda proporcionalidade de tempo, de acordo com a representação noCongresso, enquanto que os menores não aceitam esse critério.

A previsão inicial era de qua a Câmara votaria ainda no mêsde março o projeto-de-lei sobre a eleição para que o Senado votas-se a matéria no mês de abril, já que ela terá que ir à sanção presi-dencial e poderá haver vetos que o Congresso terá que apreciar.Essa matéria tem que estar definida, votada e sancionada até 15de maio, data da desincompatibilização dos candidatos à sucessãopresidencial.

Fim de semanaRecife (AE) — O deputado Ulysses Guimarães retornará hoje

cedo a Brasília, depois de passar o fim de semana prolongado dasemana Santa, descansando no arquipélago de Fernando de Noro-nha, 504 quilômetros a nordeste do litoral de Pernambuco. Segun-do, Roberto Pandolfi, que representa o governador Miguel Arraescomo anfitrião do deputado, só o horário é que não foi ainda confir-mado. "O que ele me disse é que sai daqui pela manhã", informou.

Durante sua permanência na una, Ulysses e família — a mu-lher nora, filha, genro e neto — viveram uma rotina semelhante aoscerca de 100 turistas que estão em Noronha. Eles acordam cedocaminham pelas praias, almoçam por volta do meio-dia no restau-rante da Pousada Esmeralda, único hotel do arquipélago, descan-sam e fazem novos passeios à tarde. A noite, não dispensam nemmesmo uma circulada pelos dois bares da vila.

Qual o perfil do governante ideal para obrasileiro? Um grande pai, firme, competen-te e que indique novos caminhos. Essa é aimagem delineada pelo resultado de umapesquisa da agência Standard Ogilvy & Ma-ther. Publicado no n?53 do Listening Post, olevantamento traz uma visão global do anode 88. além dos nomes mais presentes entreo eleitorado como candidatos à presidênciada República e aquele que mais chama aten-ção no Brasil atual.

Uma mistura de Margareth Thatcher,Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev repre-sentaria a solução de um governante para opaís, tirando-o aa situação em que se encon-tra e iniciando, definitivamente, o desenvol-vimento. Para 20% dos entrevistados,Thatcher é símbolo de segurança e pulso fir-me; Reagan é exemplo de competência pa-ra 18%; enquanto que Gorbachev traz amarca da mudança para 17% dos entre-vistados.

Ainda que mal visto pelo grande públi-co, o governo deve ter seu titular escolhidopelo voto direto na opinião de 87% dos 800 en-trevistados e apenas 4% afirmam que issonão é importante. Dentre' os nomes indica-dos como prováveis candidatos à presiden-cia, 27 foram citados, mas Leonel Brizola

levou 68% das citações, seguido de Luís Iná-cio (Lula) da Silva, com 56%.O fato de Lula vir em segundo lugar na

pesquisa é justificado, segundo Clarice Her-zog vice-presidente de pesquisa da StandardOgilvy & Mather, pela ascensão do PT naseleições municipais do ano passado e tam-bém nas anteriores. Ulysses Guimarães vemem terceiro lugar com 33% das citações, se-guido por Sílvio Santos com 32%, e Mário Co-vas, com 26%. Mas na lista dos prováveisgresidenciáveis

ainda estão Pele, Ronaldoáiado, presidente da UDR e Fernando Ga-beira, jornalista e escritor.O pior ano

1988 foi considerado o pior ano desde quea crise se desencadeou no país em 1981. Dototal de entrevistados, 51% dizem que nadade positivo aconteceu. O ano foi marcado poracontecimentos negativos, como a inflaçãoe perda do poder aquisitivo, apontados comoos de pior reflexo sobre a população. Os doisacontecimentos levaram 74% da opinião dosentrevistados, enquanto que a corrupção po-lítica levou 26%.Otimista ou não, o brasileiro acredita em89 como um ano de melhoras, mais_por von-tade e esperança, que por razões de fundo ob-

jetivo.

Candidatura de Aminvolta a ser cogitada

Florianópolis (AG) — Com a retiradado nome do senador Jarbas Passarinho pa-ra candidato à presidência da Repúblicapelo PDS, aumenta a esperança dos cata-rinenses que apoiam o nome do ex-governador do Estado e atual prefeito deFlorianópolis, Esperidiâo Amin, para con-correr ao cargo. Conforme o líder do PDSna Assembléia Legislativa, deputado LírioRosso, o nome de Amin recebe apoio entrea bancada gaúcha e catarinense que, jun-tas, contam com 23 deputados estaduais.

Lírio reconhece a força de Paulo Ma-luf dentro do partido, mas observa que oprefeito Esperidiâo Amin, entre os candi-datos, leva mais vantagem pela sua jovia-lidado. Ele nâo aceita, inicialmente, terAmin como vice de Paulo Maluf. Segundoele, contatos seráo feitos dentro do PDS pa-ra que em conjunto com o PFL, com quemo partido em Santa Catarina tem uma só-lida aliança para estimular o nome deAmin como candidato.

Porto Alegre (AJB) — Entre Valdir Pi-res, Ulysses Guimarães, Orestes Quércia,Íris Rezende e Miguel Arraes, o vice-governador gaúcho Sinval Guazzelli disseque o melhor candidato à presidência daRepública pelo PMDB é o governador Pe-dro Simon que "tem trânsito em todas asáreas do partido e pode unir todas as cor-rentes. Vejo Simon como a figura que temtodas as condições de ser o candidato e nâovejo uma liderança que se opusesse a can-didatura de Simon".

Ao lançar o nome do governador gaú-cho como a solução para o PMDB, SinvalGuazzelli disse que o momento do PMDBé muito difícil, pelas dificuldades que opaís atravessa e porque o partido esto nu-ma encruzilhada da definição de uma can-didatura que. possa unir o partida "Não mesurpreenderia se o Simon for o mais vota-do (na convenção do partido) para ser onosso candidato, pois transita em todas asáreas, dos progressistas, moderados, his-toricos e nâo-históricos".

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18 ARTIGOS O L/BCEAÍ Belém, domingo, 26 de março de 1989

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ISAACASIMOV

Meio ambiente: ahora da verdadeVamos dar uma olhada no ano que passou e pergun-

tar qual foi o avanço científico mais importante do anolNão é uma resposta fácil, se nos ativermos aos des-

cobrimentos reais, porque a importância de alguns even-tos pode não ser evidente de imediato. Em 1944, só paraexemplificar, um cientista canadense-americano, o Dr. Os-wald Theodore Avery descobriu que era o ácido deso-xirribonucléico" (DNÁ), e não.as proteínas, o que continhaa informação genética. Esse foi um retumbante descobri-mento naquele ano, valendo merecidamente um PrêmioNobel ao seu descobridor.

Por algum tempo, os cientistas não se deram conta daimportância daquela descoberta, porém sabiam que eraa pedra angular da genética, e iniciava uma revoluçãonesse campo. Era tarde, porém, para honrarias ao dr.Avery. Já havia falecido.

O meu candidato para o evento científico do ano quepassou — permitam-me a escolha — ó algo sociológico,que envolve mais as pessoas do que os descobrimentosem si. 1988 foi o ano em que tomamos consciência do cha-mado "efeito estufa". .

Os registros corrretos das temperaturas ambientais da-tam de 1330, mas descobriu-se gue 1987 foi o apo maisquente para a Terra, como 1988 provara que as tempe-raturas foram ainda mais quentes. Porque? Porque o Dió-xido de Carbono na atmosfera atua como espécie deestufa de calor. Os raios solares chegam de dia à Terraatravessando a atmosfera com pouca interferência mas es-quentando a superfície do planeta. Durante a noite, é aTerra que irradia esse calor de volta ao espaço; tal irra-diação, toma a forma de ondas de infra-vermelho. Os com-ponentes básicos da atmosfera terrestre, o Oxigênio e oNitroqênio são tão permeáveis aos raios infra-vermelhoscomo a luz ordinária. O Dióxido de Carbono, todavia,absorve a luz infra-vermelha e a irradia em todas as di-reções. Como resultado, temos o retorno desse calor à su-perfície terrestre, tornando-a ainda mais quente.

Isso é bom. Se não houvesse o Dióxido de Carbonona atmosfera, a Terra estaria na idade do gelo perpétuo.(Ademais, as plantas necessitam do Dióxido de Carbonopara sua fotosíntese, o que as faz crescer e dar-nos a vi-da, a qual, sem a presença do gás na atmosfera, talvezsó nos permitisse a existência como bactérias).

Por outro lado, se houver mais Dióxido de Carbonona atmosfera do que existe agora, nosso planeta se es-quentaria em demasia.

A quantidade de Dióxido de Carbono na atmosfera,antes de nossa idade industrial, era de cerca de 0,027%.Parece pouco, mas é o suficiente para manter o mundo ve-

§etal com vicia, e manter a Terra razoavelmente aayeci-

a. Não obstante, a quantidade de Dióxido de Carbonona atmosfera vem aumentando gradativamente. Em 1958,já havia 0.30% de Dióxido de Carbono na atmosfera e,no ano que passou, foram medidos 0,35%. Tais percen-tuais seguem aumentando. Ao leigo, um tal aquecimentonão parece muita coisa, mas é exagerado o suficiente paraque a Terra esquente cada vez mdis.

As temperaturas médias na Terra (obtidas nas varia-ções do dia para a noite e do inverno para o verão), eramde 14 graus centígrados ao redor de 1880. Agora, sãode 15 graus. Tal diferença, em 109 anos, outra vez nãoparece significante, mas a elevação, por si próprio, signi-fica muito em termos de ondas de calor mais amplas e maisquentes, ocasionando secas mais prolongadase, o quee pior, o aumento constante nos níveis das marés, já quea água salina do mar sob temperaturas mais elevadas,tende a aumentar-lhe o volume. Prova disso é o fato de

que, a partir de 1900. o nível dos oceanos subiu 15 centi-metros, e continua subindo. Além disso, as temperaturasmais quentes ocasionam o degelo na Groenlândia e naAntártica. Se as geleiras glaciais continuarem a se derre-ter (fato que por certo não seria para os nossos dias), aságuas correriam para os oceanos, fazendo seus níveiselevarem-se 70 metros. Países como a Holanda ou Ban-gladesh, ou cidades como Delaware e a Flórida, seriamtotalmente submersas. . .

Existe, na contrapartida, um outro efeito indesejável.Estamos nos referindo a um círculo vicioso que ocorreriacom o degelo. Ao esquentar-se a água, sua habilidadeem dissolver o Dióxido de Carbono seria reduzida. Istosignifica que parte desse mesmo Dióxido de Carbono se-ria liberado e chegaria de novo até a atrnosfera, provo-cando novas ondas de calor e esquentando mais e maiso nosso planeta.

Esta, obviamente, não foi uma descoberta reita em1988. Os cientistas já vem estudando o "efeito estufa" hámuitos anos, e se preocupam com ele. Eu mesmo escrevium artigo em agosto de 1979, no qual fazia severa ad-vertendo, que agora repito, cm oufras palavras: fazemdez anos que soou o alarme, mas ninguém parece ter da-do ouvidos. .

Agora, com o calor e a seca de 1988, o 'efeito estu-fa" volta à baila, e todo mundo começou a ficar apavo-rado. Como suavizante, diriamos que as temperaturassobem e baixam irregularmente e os próximos dois anospoderiam ser um pouco menos quentes, embora as evi-dências se inclinem para um aumento continuado das tem-peraturas. ,

Mas a advertência que faço deve conter também so-luções. Senão veiamos: para começar, devemos diminuira combustão do Carbono existente ao petróleo. Eja libe-ra Dióxido de Carbono na atmosfera, além de muitos ou-tros contaminantes, como o enxofre e o nitrogênio, fontesgeradoras de calor e de terríveis males para nossospulmões.

O gás natural, quando é queimado, produz menosDióxido de Carbono que o carbono e o petróleo, e o Hi-drogênio — usado como combustível — não produz ne-nhum Dióxido de Carbono. Eu ainda preferiria a energianuclear. Mas ela tem seus perigos constantes, como aci-dentes ou problemas de se descontaminar os resíduos re-sultantes. Devemos considerar, entretanto, que também nãoexistem meios de se eliminar os resíduos da combustão doCarbono e do petróleo.

A melhor fonte de energia, evidentemente, é o pró-prio Sol. Sua luz e seu calor chegam a Terra de qualquermaneira, e se descobrimos novos meios de usar esse va-lor, com dissipação para fontes energéticas, então se evi-tara o seu retorno a atmosfera, criando-se dessa formao "efeito anti-estufa".

Na contrapartida, poderíamos tambémevitar que oDióxido de Carbono retornasse por inteiro à atmosfera.Mas para fazer isso, precisamos cultivar melhor nossosbosques e florestas, evitando-se a predação ao meio am-biente. As árvores, como se sabe cientificamente, respiramo Dióxido de Carbono e o transforma em oxigênio, tãovital às nossas vidas. Mas ao invés de cultivá-las, estamosfazendo exatamente o contrário. Os bosques e as flores-tas de nosso planeta estão sendo destruídos com grandevoracidade, especialmente em países tropicais como o Bra-sil. Se ao menos tivessem o cuidado de semear dez novasárvores para cada uma destruída, o equilíbrio se fariaa médio-prazo; mas o que se vê, é a pura predação. Aperda das árvores diminuirá a absorção do Dióxido aeCarbono, o que. em conseqüência, provocará a inexistên-cia do nosso indispensável oxigênio. A esse respeito, nãoacredito que nenhuma solução isolada possa ser adota-da. Há que haver um consenso mundial sobre esse assun-to. Afinal, estamos falando da vida da espécie humanasobre a face de todo o planeta. Hoje, já evoluem os con-ceitos de que o meio-ambiente é global, porque são gio-bais os perigos que nos ameaçam. Nenhuma naçãopoderá governar-se a si própria, áuando falamos de sal-var a humanidade. Os recursos de recuperação tem deser usados em conjunto, com a ajuda de todos, num enla-ce mundial apolítico ou de tendências nada xenófobas.Os países ricos terão de ajudar os menos afortunados asalvarem suas florestas. Esse é um problema de sobrevi-vencia universal, não uma questão de ufanismos e nacio-nalismos. Que se esqueçam todos os miseráveis erros dopassado e os crimes já cometidos contra o meio-ambiente.A ignorância científica levou povos e nações a tarefas pre-datórias. Mas o alarme soou agora, e temos de pensarsobre o futuro de nossa existência.

(c) 1989 - Los Angeles Times Syndicate.

Quem ameaça o Museu Goeldi?

_r^.IXam (III)José Carlos Castro

l| ELETRÔNICA - A manipulaçãopilo índio de aparelhos eletrônicostem causado comentários rancoro-sos por parte dos grupos conserva-dores e precdnceituosos de nossoEstado. Os índios, por essa ótica, de-vem dedicar-se ao manuseio exclu-sivo de arcos, flechas, bordunas,tacapes, etc. Ligar uma televisão,disparar uma máquina fotográficaou portar uma câmera de filmagem,no senso conservador, é privilégiodos brancos, não sendo permitidaessa prática a pessoas "desprepara-das, sujas, incultas e que vivem en-fiadas na mata amazônica". Poresse raciocínio preconceituoso, todoíndio que filmar um evento, bateruma fotografia ou ligar um vídeocassete, deve ser considerado bran-co, pois esses aparelhos são produ-zidos pela "cultura" do branco, vistoque o índio é incapaz, desprepara-do, despido de qualquer cnativida-de e atravessa um estágio inferior,inclusive juridicamente. Esse dis-curso, nitidamente vesgo e racista,felizmente, parte de um grupo redu-zido de intelectuais e políticos queperderam contado com a evoluçãoda Antropologia e demais CiênciasSociais e não participam sistemati-camente dos eventos históricos queocorrem na região amazônica emdefesa das minorias, das organiza-ções dos trabalhadores e da flores-ta e do meio ambiente.

to. na mesma situação. Tambémvários governadores tiveram o mes-mo procedimento. Paiakan foi rece-bido no Parlamento Inglês, em seustrajes de índio. O Papa Paulo VI eo atual, João Paulo II, também detendência conservadora, já priva-ram em suas andanças pastorais,com índios americanos e com tribosafricanas em seus trajes naturais.Mas o nosso intelectual reacionárionão aceita essa conduta permissivadas autoridades brancas.

_ TRAJE - Outro fato que incomo-'Sao grupo preconceituoso é o traje

dos índios. Se este veste uma bermu-da, um calção, uma camisa ou cal-ça, uma sandália de plástico,produzidos pelos brancos, então o ín-dio deve também ser consideradobranco, mais precisamente, acultu-rado. Por essa razão, o índio está in-tegrado na sociedade de consumo.Tados esses fatos são reveladores dafalta de convivência do intelectualou político reacionários com a cul-tura indígena. Inclusive o conserva-dor tem na ponta da língua oexemplo do cacique Juninas que, co-mo deputado federal, freqüentou oParlamento trajando paletó. E queo cacique Tuto-Pombo visita a Fu-nai vestido de calça e camisa.

Esses exemplos tomam o índioisoladamente. Contudo, no momen-to em que o indio se faz acompanharde sua nação, ele se veste como oshabitantes de sua aldeia. Como se-ria possível compreender-se quePaiakan presidisse o Encontro deAltámira enfiado num paletó de li-nho? Quando um índio veste os tra-jes do branco, ele o faz, por meraconcessão. Daí porque a AssembléiaNacional Constituinte abriu as suasportas, durante quinze dias, para osíndios reivindicarem seus direitos,em trajes típicos e sem nenhum•onstrangimento. 0 presidente Sar-

i.ey os recebeu no Palácio do Planai-

Jf] A MULHER BRANCA - Talvezque o intelectual preconceituoso nãotenha ainda percebido como se ves-tem as mulheres brancas, notada-mente, as mais próximas daburguesia. Deitam-se em redes comdesenhos marajoaras, quando nãosão de envira. Pintam os lábios combaton. Os cílios e as unhas, com tin-tas especiais. O rosto recebe um pócolorido (rouge). E mais. Portambraceletes nos braços. E, atualmen-te, até nas pernas. No pescoço osten-tam enormes cordões coloridos. Asorelhas furadas são guarnecidascom caríssimos ou ostensivos brin-cos. Alguns chegam a ser feitos depenas de aves. Nem bem a crianci-nha nasce e lá se vaio ritual de fu-rar as orelhas. Rica, de classemédia ou pobre, a mulher branca(no sentido daquela que não é índia)aceita e admite aspectos acimamencionados.

Essa é a herança das socieda-des primitivas e dos índios brasilei-ros, num permanente processo deinteração cultural. O intelectual pre-conceituoso pode assistir a tudo is-so em uma reunião ou na sede socialde um clube. Contudo, não se tem no-tícias que as charmantes mulheresbrasileiras tenham-se transformadoem índias, pelo fato de possuirem se-melhante comportamento. Este é odrama da classe conservadora queprocura explicar o mundo pela aca-nhada ótica positivista, recusando-se a aceitar o raciocínio dialéticoque aclara e conduz à verdade.

DESENTENDIMENTO COM OCANTOR STING - O pouco tempoque o cantor Sting passou em Alta-mira foi o suficiente para provocarum falatório desencontrado. Houvenecessidade dos índios assinaremuma nota com os seguintes esclare-cimentos. "Disseram que os índiosexpulsaram Sting do encontro. Issoé mentira. O índio sabe que precisacontar com a ajuda de todos, Tintotem certeza disso que convidou o ar-lista Milton Nascimento para parti-cipar do encerramento do Encontroe conhecer de perto a nossa força eser um aliado do índio". A nota en-cerra com um grito de unidade naluta. "Dar continuidade às esperan-ças indígenas, que sempre existi-ram, mas que a partir de agora

estão maiores porque, temos certe-za, não estamos sozinhos".

[TJSOPREN - A Sociedade de Pre-servação aos Recursos Naturais eCulturais da Amazônia — Sopren —também lançou um Memorial doXingu, que em resumo, afirma: "O

processo de integração da Amazô-nia brasileira, tal como vem sendoconduzido, traz consigo enormesprejuízos a natureza e aos seres hu-manos que, interagindo com ela,constróem o ambiente em que vi-vem. Colonização desordenada,transformando em verdadeiro pan-demônio o que poderia ser racionale harmonioso, com violentação aosmais elementares direiros humanos,acompanhada da queima alucinan-te de florestas, campos e capoeiras,que alcançam, a cada ano, índicesassustadores. Como se isso não bas-tasse, a pesca predatória, com ele-vado desperdício, nas águasinternas, estuário e costa, caracte-riza a situação incompatível com aintegração harmoniosa da Região,sonho acalentado de séculos, que es-tá sendo transformado em pesade-lo". Não compreendendo bem ao queassiste e ao se passa, prossegue:"Esquisito cerimonial secular par-ticulariza o saque aos bens naturais,em insensato processo de alienaçãodas nossas riquezas". E conclui:"Coroando este estado de coisas, ine-xiste política florestal adequada, co-mo resultado da quase inacreditávelfalta de sensibilidade do Estado bra-sileiro, praticamente ignorando fa-to histórico que é a integração daAmazônia brasileira em sua plenasoberania".

[ê] INTERNACIONALIZAÇÃO DAAMAZÔNIA - O jornal "Le Monde",de 9 e 14 de março corrente, publicaum relatório final da reunião reali-zada em Haia, em que 24 países par-ticipantes, incluindo o Brasil,concluem com um apelo para se es-tudar a criação de um ConselhoMundial para tratar do meio am-biente. Nenhuma palavra sobre a in-ternacionalização da Amazônia.Entretanto, em trabalho intitulado"Mobilização Internacional para aProteção da Natureza" afirma queos "ecologistas brasileiros acolhe-ram com reconhecimento as pres-soes de seus colegas estrangeirosem defesa da Amazônia". E acres-centa que "muitos jornais brasilei-ros fizeram o mesmo, mas tambémfazem gozação com os altos gritosde internacionalização da Amazô-nia, partidos do governo". Essa his-tória de internacionalização daAmazônia quando patrocinada pelaclasse conservadora em ano de elei-ção, só pode mesmo merecer a go-zação dos verdadeiros ecologistas,que antes de tudo não acreditam•nesse nacionalismo eprrtrrco.

Nagib Charone FilhoEngenheiro civil

Há poucos dias, a cidade ganhouum outro tema para debate: o ParqueZoobotânico do Museu Emílio Goeldiestaria sendo prejudicado e mesmofadado ao desaparecimento pela cons-trução de edifícios à sua volta. Doisvereadores, Jerônimo e Sobrinho,atentos aos problemas da cidade, en-caminharam um projeto de lei disci-plinando as construções em torno daárea do Goeldi. Estabelecido o iníciodo debate, o prefeito Xerfan percebeua amplitude do fato e resolveu, de co-mum acordo com o presidente da Câ-mara Nelson Chaves e os Vereadores,ampliar a discussão em busca de umconsenso. O sindicato da Indústria daConstrução Civil e a ADEMI-Associação das Empresas Imobiliá-rias resolveram ponderar ao PoderExecutivo e ao Legislativo alguns as-pectos que forçosamente deverão sertomados em conta na elaboração deuma futura lei. Sim, porque o aspec-to é político quando trata de defenderanseios da comunidade, mas é pura-mente técnico quando se trata de ve-rificar as implicações de fatoresambientais no microeco-sistema cria-do e mantido dentro dos quatro pare-does que delimitam aquelaconceituada instituição.

É provável que a idéia estivesselatente na mente dos técnicos do Goel-di, mas é certo que a gota d'água foio desmoronamento do muro pela Al-cindo Cacela, ocorrido um ou doisdias antes dos trabalhos de cravaçãode estacas para fundação de um edi-fício naquele justo lado. Não se podenegar que o processo de cravação deestacas de concreto pré-moldado cau-se vibração e estas, refletindo talvezum antigo temor subsconsciente dosseres humanos pelos terremotos, sem-pre são tomadas como a causa demuitos males. Mesmo não imputandoa culpa do desmoronamento ao bateestacas, algumas declarações vieramà tona dando-o como causador de ma-les a animais (susto) e plantas peladesagregação de raízes e outras jus-tificativas mais. Para um observadorafeito à arte da Engenharia, é fácilperceber que o muro veio abaixo (la-mentável) porque o nível de aterro pe-la parte de dentro está mais alta quepela parte de fora, gerando, assim,um empuxo horizontal, para o qualaquele tipo de muro (alvenaria) nãoestava preparado. O nível do aterro dedentro, talvez tenha subido pela depo-sição lenta e natural de detritos orgâ-nicos ao longo destes 123 anos deexistência. Provavelmente, os indíciospassaram desapercebidos.

Exposto o flanco, é lógico e lou-vável que se venha em defesa do nos-so Goeldi. Mas dai a partir-se para adeclaração de que os edifícios são oscausadores de todos os males, vaigrande distância. A área do Goeldi éum quadrilátero formando pelas ruasMagalhães Barata, Alcindo Cacela,Gentil Bittencourt e 9 de Janeiro. Afaixa do zodíaco, que é a área do céu

por onde anda o sol durante o ano, tema direção vinda da esquina da Gentilcom a 9 de Janeiro e corta-o em sen-tido mais ou menos diagonal para aesquina da Magalhães Barata com aAlcindo Cacela. Esta faixa, tomandoo ponto central do quadrilátero, defi-ne em projeção um ângulo de + -15?para cada lado da linha percorridapelo sol no chamado equinócio do ou-tono e da primavera que ocorrem em21/22/(03) e 22/23 (09). Ora, se é pos-sível definir o exato caminho do sol,não há porque impedir-se construçãode edifícios fora desta faixa já queeles em nada afetarão a insolação dasárvores. A preservação através de cir-culos de 500 metros de raio, não é ra-cional porque atinge áreas que nadatêm a ver com insolação e o vento.Além do mais, dentro da faixa do zo-díaco, um edifício de 15 pavimentos auma distância de somente 50 metrosda quina da área, permitira a passa-gem da luz solar no máximo às 9 ho-ras da manhã.

Também, não podemos crer pia-mente que a construção de verdadei-ras barreiras de edifícios no entornode uma área, possa ser motivo do seuaquecimento extremo. Pelo menosaparentemente, os locais de alta den-sidade de prédios em Belém são osmais beneficiados pela ventilação. Éfácil entender isto, entender isto des-de que se observe que os grandes pré-dios cortam as correntes de ar maisacima dos 60 metros, criando uma di-ferença de pressão (explicada pelaLei de Bernovilli) que a impulsiona debaixo para cima criando uma renova-ção permanente, causando as vezesverdadeiros turbilhões. Os exemplospráticos pelo mundo a fora, pelo Bra-sil a dentro e mesmo em Belém, po-dem muito bem demonstrarsuperficialmente esta tese. Não que-rendo entrar na ciência dos nossosecologistas, entendo que possa existirespécie de vegetal cuja sensibilidadeseja tal que uma pequena variação deluz e calor possa-lhe acarretar a de-gradação. Afinal, a Amazônia é umimenso canteiro das mais exóticas ediferentes espécies. Porém, acho quenão existe pesquisa a fundo no senti-do de definir se árvores e edifícios nãopodem conviver juntos pacificamen-te. A Praça da República em Belém,o parque Trianon em São Paulo, oCentral Park em Nova Iorque e tan-tos outros locais atestam a convivên-cia pacífica.

Acredito piamente que as árvorese animais na área do Goeldi estão sen-do bem tratados porque todos nós re-conhecemos mesmo a capacidade dosnossos pesquisadores. Entretanto, se-rá de bom alvitre que viesse ao debatea influência maléfica do barulho en-surdecedor de carros, ônibus, cami-nhões e carretas trafegando em formade cizalhamento à área do nosso Mu-seu, produzindo talvez um estado es-tressante nos animais, deixando-os

tontos e perdidos, pois que isto até co-nosco acontece. E o monóxido de car-bono largado ás toneladas dia e noite,sem parar? E as trepidações micro-métricas produzidas pelos grandes epesados veículos trafegando em altavelocidade? O Museu Emílio Goeldié, para tortos nós, motivo de orgulhoe devemos salvá-lo da morte lenta, seé que a isto será levado pelos nossosespigões. Entretanto devemos estu-dar, tambétn, outras alternativas quepodem estar influenciando até maisque os próprios edifícios. É verificar:

a) A possibilidade de impedir trá-fego pesado pela Av. Magalhães Ba-rata e pela Av. Gentil Bittencourt,deslocandc-o para outras vias a se-rem definidas pelos técnicos do nos-so sistema viário.

b) Estabelecer outros procedi-mentos para execução de fundaçõesde edifícios que não sejam as estacasde concreto armado.

c) Definir a área de projeção dozodíaco sobre a qual não se poderá er-ger edifícios acima de um determina-do número de pavimentos a menos de100 metros da área.

d) Introduzir redutores de veloci-dade na Av. Magalhães Barata e Gen-til mesmo para o tráfego de pequenosveículos.

e) Definir um espaçamento mini-mo entre os prédios, para que se per-mita a circulação de ar entre osedifícios. Com esta medida de certaforma, se estará a colocar freios na"especulação imobiliária".

Enfim, vamos sentar na mesmamesa, discutir parâmetros e resulta-do de pesquisas para que se possa saircom uma lei que satisfaça a toda a co-munidade. Lembro aos nossos dignosvereadores e sei que disso eles sabemque existe em vigor uma traide de leisdisciplinando as construções na cida-de e qüe essas leis foram amplamen-te debatidas na ocasião por todos ossetores da sociedade. Nessas leis, oscoeficientes de utilização do solo sãomais baixos justamente no espinha-ço sólido e urbanizado da cidade e quepassa justamente pelo Bosque Rodri-gues Alves, pelo Museu Emílio Goel-di, pela Basílica de Nazaré, peloTeatro da Paz e Praça da República,para impedir que este espinhaço fos-se super carregado de edifícios. Seimpedimentos a novas construções fo-rem adicionadas a todas estas áreas,muito pouca área da cidade nos res-tara para propiciar habitações evo-luidas.

Por fim, percebe-se que a cidadecresceu e, hoje, regurgita de veículose pessoas em suas vias e que estasvias aprisionaram o nosso MuseuEmílio Goeldi em um torquete de ca-racterísticas completamente diferen-tes da sua, onde reina a calma, apesquisa e a natureza primitiva. En-tretanto, o privilégio de morar bem enós, construtores, não podemos ser ovilão desse malfadado destino.

Temos agora o"ouvidor da natureza"

Carlos Pinto de AlmeidaO novo IBMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pro-

duto da hibridação de uma medida provisória federal absorven-do o IBDF, a Sudepe, a SEMA e a Sudhevea, inventou uma funçãorealmente lírica e até mesmo poética e sonhadora, "0 Ouvidorda Natureza", uma função que realmente deverá ser bem remu-nerada e que já tem titular, com entrevista no Bom Dia Brasile tudo a que tem direito, mas que certamente vai acabar me-lancolicamente, como melancólico vai ser o final de governo domaranhense José Sarney, em contagem regressiva e até hojesem encontrar os seus verdadeiros rumos e propostas. Pelo jei-to vai assim até o fim...

Revendo anotações e dados sobre trabalhos que desenvolvena busca de soluções coerentes para os imensuráveis problemasdessa nossa Amazônia velha de guerra, com suas derrubadase queimadas em áreas nobres, a poluição, que não é só do mer-cúrio, é também do vinhoto, da lavagem da bauxita, etc, o su-mico de milhares de hectares de castanhais e seringais nativosque ainda hoje poderiam estar sendo racionalmente exploradose com bastante pasto por baixo para o gado comer, numa convi-vencia harmônica e em paz, como determinam as boas regrasda ecologia. A ação predatória dos nossos caros irmãos silvíco-las que fizeram uma gritaria danada em Altámira, omitindo in-teligentemente que por razões de sua própria cultura e modode vida são nômades e grandes promotores de queimadas, nãosó para fazer suas roças como para mais simplesmente espan-tar a caça e apanhá-la mais facilmente. São predadores natu-rais. Há ainda uma lista enorme de mazelas de aspectoincurável, mas que tem cura sim. Aliás, que pretendo encami-nhar ao nosso Ouvidor da Natureza.

Dei-me conta, então, da posição que tem sido mais ou me-nos adotada por todos, e recordei o extraordinário autor espa-nhol D. Miguel de Cervantes y Saavedra e sua bela obra "DomQuijote de la Mancha", um fidalgo espanhol magricela, arrui-nado e meio senil que saia para guerrear os moinhos de ventoe libertar a sua amada Dulcinéia mesmo sabendo não possuirforças para tal. 0 nosso Ouvidor da Natureza será mais um D.Quixote, e sem Sancho Pança.

0 que se vem fazendo é isso, cada um divulga o que obtém,quer no campo, quer no asfalto, não combina com o outro, cadaqual querendo mostrar mais serviço, os órgãos públicos indo ca-da um em uma direção em busca de mais prestígio em sua áreade influência, esquecendo que o objetivo é um só: ecologia equi-librada — seres humanos, animais e a natureza em perfeita con-vivência e harmonia ou pelo menos no limite do tolerável, já quea cabeça do dito racional animal humano é super teimosa e pa-ra aceitar conselhos demora um pouco de tempo, às vezes atédemais.

É tempo de Campanha de Fraternidade, da Páscoa, é tem-po de usar a comunicação para difundir a verdade e a paz, to-dos de mãos dadas, homens, mulheres e crianças, todos, todoscom um objetivo só: progresso, paz, respeito às leis, fim da mi-séria de tantos milhões por causa da irresponsabilidade de unspoucos milhares. As sensatas palavras do ministro da JustiçaOscar Dias Corrêa falam alto — a falta de responsabilidade ede juízo, leva a lugar nenhum e só causa embaraços, dissabo-res, prejuízos e atrasos. Isso não queremos para a nossa terra.

Antes aconteceram fatos e ações escudados no tema ecolo-gia, articulados pelos poderes multinacionais de direita, deten-tores de interesses minerais no país. Agora, acontecemmovimentos e atividades altamente inquietantes orquestradaspelo outro lado, o da esquerda festiva, dita progressista, mas quesão ativistas e comunistas mesmo, não importa a roupagem bo-nita que vistam, e festivos, pois não dispensam seu uisquezinhono ar condicionado e todas as mordomias que puderem des-frutar.

Num momento em que o país precisa de união, trabalho evontade de seguir em frente, essas facções esquerdistas rece-bem dos seus chefes alienígenas as ordens para realizar a ba-

derna, a desmoralização e a tentativa de desorganizar e pararo país, que, ao contrário, precisa sair de suas crônicas dificul-dades. Essa greve geral dos dias 14 e 15, fracassada e furada,foi presuntivamente contra o Plano Verão e as perdas salariaisdos trabalhadores, motivo justo, pois o cinto dos trabalhadoresnão tem mais furos, ou melhor nem cinto há mais. Mas, por trásdisso tudo está o desejo de desarticular o poder constituído,desestabilizá-lo e finalmente criar o caos, arrastando de roldãoaqueles que querem produzir algo bom. Isso também é uma for-ma de poluição, a poluição da calúnia, do engodo e da mentira.

A imprensa noticiou um fato triste. 0 cidadão que se alcu-nha com o apelido de "Lula", que com suas manobras peleguís-ticas conseguiu nas eleições de 86 as suaves mordomias de umadeputação federal e encaminha agora suas pretensões para aPresidência da República, foi à presença do governante alemãoWilly Brant, seu patrão e financiador, pedindo uma comissãointernacional dos órgãos comunistas para fiscalizar as nossaseleições presidenciais em que o indigitado "Lula" é pretenso can-didato. Se eu fosse eleitor desse indivíduo sentir-me-ia profun-damente envergonhado com tanta subserviência:" me pareceser um oportunista que quer subir na vida as custas da explora-ção da miséria do trabalhador brasileiro amargando as priva-ções dos salários pequenos enquanto o "deputado" faz turismona Europa com o dinheiro de impostos que nós pagamos".

Essa é a realidade da conjuntura atual. Temos brasileirosà direita, no centro e à esquerda, desejo apenas que não esque-çam as suas origens, e, o que nos interessa e o bem do pais, li-vre, desenvolvido, sem fome crônica, sem ameaça desubdesenvolvimento, sem mortalidade infantil alarmante, semanalfabetos, sem doenças, sem poluição, sem divida externa ouinterna, uma utopia eu sei, mas não muito difícil de tornar rea-lidade. ,

0 Brasil tem 5 regiões como se fossem 5 países num só, ecada uma dessas regiões com tipos étnicos, hábitos, costumes,atividade e até modo de vida próprios, provocados pela própriaascendência de algumas raças que para cá vieram formandocolônias, mas hoje tudo praticamento já se tornou brasileiro, naohá mais portugueses, espanhóis, italianos, alemães, poloneses,japoneses, etc; são todos brasileiros e necessário se torna acharo nosso caminho com criatividade, inteligência e jogo de cintu-ra, sem permitir o ingresso de credos políticos que vão nos es-crávizar ainda mais.

Acho que todos não desejam outra coisa, e muito sucessoao nosso novo Ouvidor da Natureza. Será que ele vai conseguirpelo menos ouvir todas as queixas e reclamações nos poucos me-ses que tem do atual governo? .

IDOSOS: Por muitos anos venho praticando a medicina ge-riátrica e gerontológica, assistindo o ser humano da extremi-dade final da vida, o velho.

Envelhecer com saúde e com dignidade não é fácil, emboradeva ser esse o principal objetivo do idoso, que em geral é dis-criminado até pela própria família e é um carente crônico. Atin-gir os 60,70,80 ou 90 e mais anos e percorrer essa longa estradaé angustiante, pois nem sempre o carinho de todos está presen-te, conseguir nessa caminhada uma relativa saúde, motivação,alegria de viver e dignidade é um desempenho que muitos ten-tam e poucos conseguem, e dar ao idoso condições de conseguirisso tem sido para mim um dos objetivos de minha vida profis-sional. .

Daqui para a frente vou procurar sempre dar publicidadee conselhos a idosos e seus familiares, e assim creio estar aju-dando um pouco mais.

E aqui vai o primeiro conselho: o idoso aposentado ou mes-mo o que costuma ficar sempre em casa, sem querer sair nun-ca, deve pelo menos dar uma caminhada em torno do quarteirãoonde mora, devagar, sem pressa, logo às primeiras horas da ma-nhã. Isso só lhe fará bem pelo resto do dia.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL SOCIEDADE 19

Alessandra Vita Russel da Cunha é esta mei-guice que vocês poderão admirar através do "cio-se" feito pelo premiado Luiz Braga. Alessandra éfilha do dr. Roberto Russel da Cunha e da dra. Ma-ria Tereza Vita da Cunha e estará completando 15anos de idade no dia 3 de abril próximo. As come-morações dos 15 anos de Alessandra serão, entre-tanto, no dia 31 do corrente, com um saboroso einformal chá, às 16:30 horas, no restaurante "thea-tre" do Hilton Hotel. No dia 3 de abril, os pais daAlessandra mandarão celebrar missa em ação degraças, às 17 horas, na Capela de Nossa Senhorade Lourdes.

CurtinhasOs casais Floriano Barbosa e Júlio Bendahan

aproveitando a tranqüilidade da Sexta-Feira San-ta, jantavam no restaurante "O Outro'7//Em o "OOutro", também estavam José Augusto Affonso eLeomira. Com casais amigos, em outra mesa es-tava o casal Arlindo Silva///Ana Maria Martins,proprietária do restaurante "O Outro", cumpri-mentando os seus clientes como perfeita "hos-tess"///Regressando de Fortaleza a amigaMyriam Bendahan, que passou o "weekend" na-quela capital a convite do seu cunhado LucianoCastelo Branco///0 Hotel Laje de Pedra, "5 estre-las" em Canelas — no Rio Grande do Sul, come-morando 10 anos, com um show de Mariza Monte.Será no dia 31 do corrente. Fui convidado e se aminha agenda permitir estarei lá///0 advogadoEliezer Athias, meu amigo de longas datas, queé gerente comercial da Sul América Seguros emBelém, teve a gentileza de enviar à reportagemsocial de O LIBERAL um "souvenir" muito útilMerci///Bastos, vice-presidente social do Clube doRemo, está procurando localizar todas as dez"Rainhas das Rainhas do Carnaval Paraense" elei-tas pelo "mais querido", para serem homenagea-das no dia 14 de abril próximo, durante umjantar-dançante. Sei que duas moram em outrascidades, entre as quais está Maria José PereiraDantas, casada com o empresário Romulo Dan-tas, no Rio de Janeiro///Sábado próximo, o almo-ço mensal de confraternização do Grupo de Ouroserá na boite da Assembléia Paraense e terá co-mo diretor do mês o médico Benito Priante///0amigo advogado Antônio Santos Neto, presidenteda Federação Paraense de Automobilismo a estashoras já está no autódromo de Jacarepaguáaguardando a largada do Grande Prêmio Brasilde Fórmula l///Os visitantes e a população da bu-eólica Mosqueiro estão elogiando a administraçãode Arnaldo Pinheiro, como agente distrital daque-Ia ilha. Tudo limpo, organizado e fartura no mer-cado. É isto que o povo deseja///Abientôt e FelizPáscoa para todos.

LucianaPintode SouzaCasteloBranco,bonita,elegantee queperturbacorações,estáaniversa-riandoe passando oevento nabucólicaMosqueiro.Parabéns.(Foto StúdioOliveira)

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Daniele Vaz é a outra bonita filha do casal prof. An-tônio (Edna) Vaz. Vai casar e fará as suas despedidasde solteira no dia 30 do corrente, durante o tradicionalchá-de-panela que sua mãe oferecerá reunindo as ami-

tas da noiva. Será na Assembléia Paraense. Fausto Men-

es já idealizou a decoração que fará e o Luciano BastosFilho, que está sensacional no piano eletrônico, propor-cionará o fundo musical. Daniele que é bela como vo-cês estão observando na foto de Reinaldo Silva, Jr. ficarámaravilhosa em seu vestido da noiva.

O que acontecerá wcda Orly com Al

i% Será na próxima terça-feira, o que já está sendo comen-tado como o acontecimento domês — o casamento da srt- OrlyIsrael com o empresário daconstrução naval Alberto Serru-ya. Orly é filha do casal EliasDavid Israel e Sarah Israel. Al-berto, filho do casal Jacob e Es-ther Serruya."& A cerimônia religiosa serárealizada na Sinagoga ShaarHashamaim, decorada com fio-res naturais brancas, com deta-lhes em prata e trabalhosartesanais, criados pelo artistaplástico Abraão Bemerguy (emvime e cana-da-India). Duran-te a cerimônia, o coral do Con-servatório Carlos Gomes,acompanhado por um leve solode violino, dará o toque musicalao evento."K O ato civil dará prossegui-mento à solenidade com várioscolunáveis dando o seu testemu-nho: David e Myriam Serruya,Isaac e Milene Bentes, Elias eRenné Pazuello, Disraely e Sa-rah Zagury, Getulio Miranda eSuzane serruya, Jimy e Júlia Is-rael, Maurício Cardoso e RuthSerruya, Marcus e Ângela Pe-

reira, Moisés e Belízia Barces-sart, Paulo e Estrela Queiroz,Benjamim e Eliane Israel, Sa-muel e Hana Israel, Ricardo eSimone Ungeç Daniel e Léa Is-rael, Isaac e Angela Israel, Ri-chard e Fortune Serruya, Elie eSuzanne Chocron e Ramiro e Ja-nete Bentes."& Em seguida, o novo casalrecepcionara os seus convida-dos au gi and stile nos salões daAssembléia Paraense, onde se-rá especialmente projetado um

coreto de praça em meio a umambiente ajardinado criandoum clima neo-romântico.-fr O "buffet" apresentarácocktails e pratos diversos, re-gados com puríssimos scotehs,vinhos finos e bebidas várias.K A lua-de-mel do novo casal

começará com um tour pelosEstados Unidos e prosseguirácom uma esticada ao mais no-vo must do turismo nacional, oClub Mediterranèe do Rio dasPedras.

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Bonita, elegante e de simpatia ca-

tivante, Jaqueline Lyra estáamando e sendo amada pelo jovem Mi-guei Alves Neto. O par constante já estápensando em casamento e até começoua comprar apartamento, móveis e outrosbens para uma vida a dois com felicida-de e conforto. O noivado será a qualquermomento para logo em seguida aconte-cer o casamento. Tudo indica que seráainda neste 1989. (Foto de Roberto Silva)

Isaac

Felícia Assmar Maia,bonita, elegante,

inteligente, advogada,esposa do médico

Ediberto Maia, bre-vemente

estará lançando asegunda edição do seu

livro sobre etiqueta,mais ampliada e com

outros detalhes.

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SoaresPIERRE BELTRANDRedator Substituto

"O Outro"em outro local

No dia 27 de abril, o res-taurante "O Outro", casa jáconceituada em todo o Brasile no exterior, graças ao traba-lho de Ana Maria Martins e doseu filho Paulo, estará comple-tando 17 anos de funcio-namento.

Para comemorar a data,Ana Maria e Paulo vão inaugu-rar as novas instalações de "OOutro", com novas instalações,também à avenida Governa-dor José Malcher, em ambien-te mais amplo, agradável econfortável.

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de ReinaldoRS, Brito)

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Gabriella Mattos Affonso, revelação comopianista apesar dos seus 14 anos de idade, foiconvidada a participar de um recital em BeloHorizonte, no próximo mês de maio, duranteum encontro de professores de música na ca-pitai mineira. Ela, no mês de fevereiro último,fez sucesso como solista no Festival de Músi-ca da Vulcan, em São Paulo. Mas, outro suces-so para a vida da jovem Gabriella serão os seus15 anos de idade, no dia 20 de junho, que serãocomemorados pelos seus pais, engenheiro Jo-sé Augusto Affonso e sua esposa a médica Leo-mira, com uma categorizada recepção na As-sembléia Paraense (Foto de Luiz Braga).

O competente e conceituadomédico Landoaldo Mattos que é,também, professor da Universida-de Federal do Pará e "vip" na so-ciedade de Belém, estará aniver-sariando no dia 28 do corrente. Re-ceberá, certamente, homenagense parabéns///Um grupo de trintaparaenses, levados pela Lusoturao Rio de Janeiro especialmentepara esse fim, estará hoje assis-tindo de "camarote", no autódro-mo "Nelson Piquet" em Jacaré-paguá, ao Grande Prêmio Brasilde Fórmula 1. A Lusotur, que, to-dos sabem, é do grupo Marquesdos Reis, foi a única agência deviagens de Belém que fechou umpacote completo para o G.P. Bra-sil de Fórmula 1, ou seja: passa-gens, traslados, hotel, passeiospelo Rio com um, opcional, showno "Scala", e bons lugares no au-tódromo. Sorrindo de orelha a ore-lha, os meus amigos comendadorMarques dos Reis, e seu filhoJoãozinho. Em tempo, a Lusoturjuntamente com a Turama — a

-Focalizando-empresa de turismo dos Marquesdos Reis, em Lisboa — já estámontando o pacote para levar pa-raenses ao G.P. de Portugal, emsetembro.///0 cantor OsvaldoMontenegro que está, atualmente,na crista da onda com a sua can-ção tema da novela "Salvador daPátria", deverá vir apresentar umshow em Belém, no próximo mêsde abril///Denise e Laércio Affon-so ingressaram no clube dos co-lecionadores de antigüidades.Hobby caro mas que é lucrati-vo///Irei a São Paulo para curtiro sol do outono///Já estão à ven-da os ingressos e mesas para oshow de Nara Leão, no restauran-te "Convés" do Iate, na próximasexta-feira, dia 31. Como já infor-mei, no dia 7 de abril tambémacontecerá, no Iate, o show do can-tor José Augusto///Na próxima se-mana, o Banco do Brasil vai inau-gurar as novas instalações do seucaixa avançado do Palácio da Jus-tiça do Trabalho, em nossa cida-

de. Serão modernas e funcionais///Já achei tanta graça: aqueladama não quis ser fotografada pa-ra publicação na coluna social,porque alguma inimiga poderiaaproveitar a foto e fazer aquele"despacho". Sabem que ela até po-dera ter razão?///Vocês observa-ram que no cineminha que apre-sentei, ontem, nesta página, todosos focalizados estavam sorrindo.Temos que levar a vida sorrindo.Sorrir faz bem...///O calor no Riode Janeiro está altíssimo///Re-gressando, hoje, de Manaus, Shey-Ia e Angenor Penna de CarvalhoFilho///Prestem atenção neste en-dereço: Clube Mediterranèe doRio das Pedras, na rodovia Rio-São Paulo///Chegou a Belém asra. Augusta Sidrün Barata em vi-sita à sua irmã Alberina Teixei-ra///Que você, querido leitor, viva/este Domingo de Páscoa, não es-quecendo que o seu coração nãoestá do lado esquerdo do seu pei-to e sim no meio. Sinta-o...

Tatiana Daysi Silva é uma menina-moça, per-nambucana, que a sociedade paraense conquistoue que é a musa da prosa e versos cantados peloseu pai querido, o empresário Amaury Franciscoda Silva, um carioca que fez de Belém a sua se-gunda terra natal, porque há vários anos aqui vi-ve, trabalha, conquista sucesso e preside a YruanaVeículos. Tatiana Daysi está no sucesso da belezae da juventude dos seus 15 anos de idade, que elacompletará no dia 3 de abril próximo e, por certoreceberá as homenagens das suas amigas e cole-gas do Colégio Nazaré, onde ela estuda. (Foto deLuiz Braga)

Zoom^T O general Wlademir Azevedo e sua esposa Joana D Areforam curtir o sal da atlântica Salinópolis e adoraram. Odistinto casal foi convidado e hóspede do casal empresárioEugênio (Fátima) Silva, que foi perfeito "host".

W Vocês precisam ouvir, se não o fizeram ainda, o jovemLuciano Bastos Júnior executar "New York, New York" aopiano. É de arrepiar a sensibilidade (de quem tem, é claro).*K" Meu amigo José Maria Pinheiro, que está na bucóli-

ca Mosqueiro com sua querida Terezinha de Jesus ZoghbiPinheiro, abriu uma garrafa de "Buchana's 12 years" paradegustar com tiragosto de camarão da água doce e qual asurpresa dele: o liquido não era escocês e sim de uma fá-brica da Terra Firme.

M Sócios da Assembléia Paraense, a maioria, não dese-ja que a sede da Presidente Vargas seja vendida. Estãocertos.

>~T Alyrio Sabbá foi conhecer pela primeira vez Salino-polis, levando sua esposa Iracema e disse-me se não gos-tasse da atlântica voltava imediatamente. Até agora nãovoltou...

M Será no Hilton Belém, o "baby shower" que colegasde profissão da advogada Leila Sabino de Oliveira promo-verão no dia 1? de abril. Ela espera o primogênito.

M O Clube do Remo vai promover, em maio, o "Baile dasDebutantes". Mais de 40 new faces já estão inscritas.

w O engenheiro Alexandre Bernardo da Cruz Lobo ga-rante que o restaurante "Varanda" que ele acaba de com-prar será uma grande pedida para quem desejar comer bemem um bom ambiente. Que assim seja.

W Hoje, american dinner na residência do casal empre-sário Giovani (Tereza) Papaleo. Giovani aniversaria.

W As "experts" em maquiagem Maria Arminda Tenrei-ro e Suely Moraes, do staff dos produtos Boticário estão emBelém desde ontem, ciceroneadas pela "businesswoman OroRascovisk, que representa aquela linha em Belém. Hoje, Ma-ria Arminda e Suely estarão durante todo o dia no HotelEquatorial, fazendo demonstrações da nova linha "Boticá-rio" para maquiagem. É a Wood Collection Boticário.

w A distinta e elegante Luiza Helena Moura Carvalhoestá aniversariando hoje e recebendo homenagens e para-bens entre os carinhos do seu esposo Luiz Mario e filhos.

w No bojo de um ultraleve fiz uma rasante na praia doAtalaia e vi, juro que vi, a praia superlotada, porque o solestava maravilhoso, mas identifiquei entre outros os casaisCarlos (Marion) Freire. Arthur (Lúcia) Melo, Antônio (Ma-ria Otávia) Bilório, Luttala (Maria) Bitar, Carlos (Jacire-ma) Leota, Deusdedith (Paula) Brasil, Henrique (Nilza)Duarte, Alfredo (Nazaré) Paes Barreto, José Maria (Inês)Souza, Odacyl (Tereza) Cattete, Paulo (Carmem) Sá, Júlio(Eunice) Affonso, Simão (Lúcia) Bichara, Ruy (Nazaré)Chaves. Não consegui fazer outra rasante porque a gasoli-na terminou e tive que fazer o pouso forçado.

w MarcinhaArcher

trocou CaboFrio por

Salinópolis edesceu do jato,

apanhou o carrodo irmão José

Maria e se largoupara a Atlântica,

onde lá eraesperada pela

sua mãe Lúcia.(Foto)

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20 ARTIGOS O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Riqueza e território:o que fazer, como fazer

Osvaldo Melo

É dever dos governantes e dos políticos dar ciênciado que fazem e das razões que os levam a agir. Em su-ma, os grandes temas do interesse coletivo têm de serassuntos de consumo público.

O debate racional, por sua vez, leva a decisões con-forme o interesse comum, havendo as melhores soluçõesdecorrentes do cotejo, entre argumentos opostos pelacontrovérsia. Nisso reside o grande contraste entre osLegislativos e os Excutivos. Enquanto aqueles são aber-tos às informações e às divergências, os Executivos, comraras exceções, utilizam métodos fechados, ensejando,assim, maior perigo de errar.

Estas considerações, vêm a propósito da divisão ter-ritorial do Brasil, ora em pauta, com a tentativa de cria-ção de novos Estados, inclusive com o desmembramentodo Pará.

No Governo do presidente Ernesto Geisel, o Minis-tério do Interior, daquela altura, apresentou um estudo,nesse sentido, mas a reação foi tão veemente que pormuito tempo não se falou nessa matéria.

Entrementes, surgiram a fusão do Rio-Guanabara,a divisão do Estado de Mato Grosso e a transformaçãode Rondônia, em Estado.

Na Constituinte de 88, houve a criação do Estado doTocantins, resultante do território de Goiás, a transfor-mação de Amapá e Roraima, em Estados, e várias ten-tativas de criação de outros, entre os quais o do Tapajós,com sede em Santarém, as quais não prosperaram.

No ano de 1980, o governo federal encaminhouprojeto-de-lei complementar, que me coube relatar naComissão de Constituição e Justiça da Câmara dos De-putados, visando facilitar a criação de novos territóriosfederais, o que não foi aprovado.

Quanto à criação de novos Estados, como ora estáacontecendo com a tentativa do de Carajás, no sul do Pa-rá, creio que não vingará, se governantes, classe politi-ca e opinião pública paraense se mantiverem unidos ecoesos, acima de siglas partidárias ou interesses pes-soais, para rechaçar tão insólita pretensão.

As mais legítimas lideranças do nosso Estado já semanifestaram contrárias, tanto no projeto do Tapajós co-mo no do Carajás, sendo de se prevê que, como a Cons-tituição exige a manifestação de nossa AssembléiaLegislativa, se houver esse propósito, de fato, não teráêxito.

Esta discussão e a elaboração da nova ConstituiçãoPolítica do Pará, ora em tramitação legislativa, nos mo-tivam para alertar que é chegada a hora de pensarmoso que fazer e como fazer das nossas riquezas e do nossoespaço territorial.

A geografia econômica de nosso Estado está mudan-do, estão decidindo lá fora sobre nossas riquezas, e mui-tos segmentos culturais e políticos do Pará estãoretraídos e ignorando as grandes transformações que seestão passando debaixo do nosso nariz.

Precisamos mostrar que temos capacidade de de-cisão e maior convicção do que se demonstrou, até agora.

Política é processo global de conquista, manutençãoe uso do poder. No Pará o processo tem sido principal-mente desenvolvido em torno da conquista e da manu-tençao. Depois de conquistado tem sido, geralmente,usado para manutenção (no Poder) de pessoas ou de gru-pos, com as exceções que são notórias.

Daí o comprometimento da atividade política, quan-do gira em torno de um poder que se esgota em si mes-mo: é princípio, meio e fim. O poder pelo poder, a políticapela política.

E preciso meditar e mudar, fazer a recuperação peloefetivo desempenho da função principal, o uso do poder,em favor dos grandes interesses do nosso Estado.

A dinâmica desse processo implicaria em aprovei-tar a elaboração da nova Carta Estadual para apresen-tar uma proposta do uso desse poder, permanentemente,em benefício de nossa gente, neste momento tão impor-tante e decisivo de nossa destinação histórica.

Há necessidade, portanto, de uma proposição clarade desenvolvimento político, econômico e social, nossa,paraense, sob pena de continuarmos a ser governadosde fora, em função de outros interesses que não são osnossos.

Referido trabalho, profundamente político, deve serrealizado de forma integrada, abrangendo a comunida-de paraense, como um todo, representada pela nossa As-sembléia Legislativa. É urgente concretizar o que fazer,e como fazer, de nossas riquezas e espaço territorial.

A greve geralAdriano Bessa Ferreira

Um bilheteSenhor Prefeito,Dois assuntos julgo oportuno que se coloque em discus-

são; ambos complexos, um de solução sabida, porém one-rosa, outra de solução não perfeitamente delineada, porémde custo baixo, dependendo unicamente da vontade política.

Sim, senhor Prefeito, o primeiro assunto é a situaçãodifícil em que se encontra o pavimento das ruas, travessase avenidas de Belém, calamitosa sim, porém explicável, es-perada e normal. Explicável, porque o pavimento atingiua duração máxima prevista, quando foi executado. Espe-rada, porque em uma Prefeitura pobre, esquecida, que nãotem condições de tomar as mínimas medidas para prolon-gar a vida do pavimento, isso tem de ocorer. Normal, por-que o pavimento atingiu o limite máximo de vida e não lhefoi dado o remédio certo na hora certa, ou, talvez, a dosetenha sido muito pequena e até lhe fez mal. Solução existe,é fácil; basta se remover o pavimento comprometido e subs-tituir por um novo; a tecnologia é simples, o custo.é alto,muito alto, porém tem de ser executado.

Tecnicamente tem de ser tomada uma medida em Be-lém, desculpe a veemência, senhor Prefeito, não se deve fa-zer nada sem antes recuperarmos o que está feito. Sei queé difícil superar o orgulho de construir algo novo com a suamarca, é encantador fazer o novo agora; ajeitar, consertar,conservar, restaurar, algo que já está feito parece que na-da se fez, julga-se que não se está aí para ser um simplesrestaurador; reconheço, é difícil. Entre nós, engenheiros,costumamos dizer que é muito mais difícil restaurar do queconstruir. Por isso insisto, Belém tem de ser restaurada eserá um ato de extrema lealdade, nos juntemos todos, bus-quemos uma forma mais econômica para execução dos ser-viços. Acredito, senhor Prefeito, que a Classe deEngenheiros especialistas neste assunto, reunidos, hones-tamente encontre uma forma um pouco mais econômica pa-ra fazermos esta cruzada, sim, uma cruzada de recuperaçãodo pavimento das ruas, travessas e avenidas de Belém.

O outro assunto é o mapeamento de Belém. Sim, Be-lém é uma cidade situada soi)re um mar de lama, como di-zia o Eng? Ubirajara, infelizmente já falecido. Não souespecialista neste assunto, no primeiro estava mais à von-tade. Porém, sei da necessidade urgente de se zonear Be-lém, caracterizando zonas de perigo, onde a análise dafundação dos prédios seria mais rigorosa, onde não bastassea assinatura de um engenheiro, onde houvesse uma comis-são de análise do CREA e da Secretaria de Obras do Muni-cipio para liberar esta fundação. Dificultar a construção deprédios muitos altos e grandes nas zonas de cota 4, limitede inundação, exigindo todas as condições técnicas neces-sárias para quem ali construísse. Aprincípio, parece queestou contra a construção civil em Belém, porque solicitodo senhor Prefeito atitudes duras relativas a isto, mas é quesou um Engenheiro e julgo que Belém está crescendo semum plano diretor definido. Zoneando Belém, definindo Be-lém, o senhor estará evitando que futuramente voltem aocorrer em nossa cidade tragédias como as já ocorridas eque devem ser esquecidas como um ato culposo, mas quedevem ser lembradas como se Deus tivesse exigindo de nósuma prestação de contas; já disse e volto a repetir: Deusnos golpeou firmemente, não com o objetivo de Duscarmosculpados, pois iá sabemos que somos todos nós, mas simpara nos tirar do estado de letargia que nos levava à omis-são. Ele nos exigiu uma prestação de contas, senhor Pre-feito, a solução é nomear uma comissão de especialistas nãopara provar culpa de alguém mas sim para zonear Belém,criando uma norma rígida de construção nas zonas cri ti-cas. A decisão é sua, não é onerosa, vai desgostar alguém,porém, o senhor tem a credibilidade política para fazê-la;faça-a, as gerações futuras lhe agradecerão.

Eng? JOSÉ MARIA MENDONÇA

Ao se desencadear a recente greve geral (14 e15.3.89), acudiram-me as lembranças dos movimentosparedistas dos tempos de João Goulart. A época, no meuEstado (Amazonas), os grandes líderes eram os estiva-dores (quem não fosse estivador era japonês) que des-frutavam do espaço, hoje certamente ocupado pelosmetalúrgicos. Tal como para um metalúrgico, para umestivador um bancário já era um marajá. Num dos últi-mos movimentos da era pré-revolucionária, fui designa-do pelo jornal "O Trabalhista" para fazer a coberturado evento. Tratava-se de um matutino de linha políticapetebista, pela simples razão de seu proprietário ser olíder do partido e candidato ao governo do Estado (a quechegou). O prestígio do partido (então) eqüivalia (noAmazonas) ao do PMDB atual, nos seus momentos demaior glória. Pois bem, instalei-me no meu Dauphinezero quilômetro (adquirido a duras penas) e me man-dei para a rua. Entre outras barreiras, com vistas a im-pedir o trânsito, havia uma isolando o bairro de SãoRaimundo, onde eu morava. E como eu pretendesse ai-moçar, que já era hora, escolhi esse ponto para fazer areportagem, pretendendo seguir de lá para minha ca-sa. Todo o comércio (inclusive restaurantes) estava fe-chado. Completada a tarefa, desejei passar. Nãoconcordaram. Por mais que eu argumentasse que neces-sitava almoçar, não adiantava. Um mais exaltado gri-tou: "vamos quebrar o carro dele". E já começou a jogarpedradas. Não foi fácil convencê-los a, pelo menos, dei-xar meu pobre carro inteiro. Mas só aconteceu depoisde eu prometer (e conseguir) um salvo conduto doestivador-mor que depois, na revolução, foi dar com oscostados em Miami(Estados Unidos), onde exercita aatividade de chofer de táxi, ainda hoje. Naqueles pou-cos momentos de pesadelo, me dei conta de que, a des-peito de minha vida toda dedicada à defesa dos numildes,isso pouco valia quando a turba está ensandecida.

Lembrei-me da história da Revolução Francesa e damorte de seus inventores (Danton, Marat e Robespier-re), todos trucidados um pelo outro, ou por seus asse-cias, por inveja ou temor. Numa revolução ninguém sabequem é quem. A ganância, a disputa pelo poder entreas lideranças, fazem de líderes, algozes; e de algozes,líderes. Assim foi também na União Soviética (conhece-se a história de Trotski), em Cuba, e quiçá no Brasil (doCastelo).

Pois bem (voltando à greve geral dos estivadores),os trabalhadores do porto não faziam muito para mere-cer o respeito dos cidadãos. Usavam largos macacões,capazes de esconder uma manta de pirarucu. Faziamgreve por qualquer coisa. E quando isso ocorria, hosti-lizavam outras classes. Eram acintosos, prepotentes, ar-bitrários, com o que conseguiram vender à sociedadeuma imagem negativa do que seria a "ditadura do pro-letariado". Por isso que se preferiu a ditadura dos mili-tares, cujo mérito nao pretendo apreciar (pelo menoshoje).

Li que os grevistas daqui agrediram uma repórter,tomando-lhe o caderno de anotações e impedindo-a detrabalhar. E outros quebraram vidraças de ônibus e pra-ticaram outras mazorcas. Quem garantirá que no poderseriam melhores?

Jesus CristoPr. Paulo Castro

Meu adorado Jesus Cristo, sei perfeitamente quetens um representante aqui na terra. Também sei queé muito difícil chegar a Ti através dele. Cada um de Teuspretensos representantes em nosso planeta, possui umaBíblia própria, que interpreta de acordo com as suas con-veniências. Todas elas são verdadeiras e perfeitas. Ain-da não consegui ler nenhuma delas, do início até o fim,porques na maioria das vezes, não consegui interpretarconvenientemente o que ela pretende dizer. Surgem dú-vidas sobre sua compreensão. Pois é extremamente di-fícil viver neste mundo de misérias sem ser contaminadopelas doenças do corpo ou do espírito. A única coisa deque tenho certeza é de que ainda sou um pecador e, as-sim sendo, tenho vergonha de me dirigir ao meu queri-do Jesus Cristo diretamente através de uma oração.Entretanto, como as injustiças e as mentiras têm crês-cido tanto aqui na terra, tomei a decisão de me dirigiragora, ao meu grande Deus, sem nenhum constrangi-mento, sem mesmo a permissão de nosso querido Bis-po, para pedir com todo amor à tua bondade infinita,ajuda para as criancinhas do Brasil, que estão morren-do a cada 2 minutos, diante da indiferença dos nossoshomens de bem.

Se tomamos essa decisão somente hoje, é porque jápassamos dos 65 anos de vida, e agora posso tranqüila-mente refletir, com mais calma, sobre o sentido da vidaterrena.

Não permita, pois, meu querido Jesus Cristo, que ahumanidade, cada vez com mais desamor, destrua tudoaquilo de bom que o homem tentou construir na terra.Ajude-nos, eu Vos peço de joelhos, a reativar, com su-cesso e mais vigor, o nosso Hospital Infantil Dr" RuthPassarinho, para podermos atender com carinho a to-das as criancinhas que nos procurarem.

Belém, 22 de março de 1989.

A paridade na Justiça do TrabalhoRibamar Soares

Na história da Justiçado Trabalho, vamos encon-trar a expressão vogais nosantigos Tribunais que foraminstalados em São Paulo em1922, e nas quais havia a re-presentação paritária, isto é,representantes das classeseconômica e profissional.Mais tarde, nas Juntas deConciliação, também existiaa representação classista, eque perdurou nos ConselhosRegionais do Trabalho eatualmente nas Juntas deConciliação e Julgamento.

No mês de abril próxi-mo haverá, certamente, as-sembléia geral paraescolha, em lista tríplice,dos representantes classis-tas das categorias econômi-cas e profissionais. Assim,nas assembléias gerais, oscandidatos serão escolhidospelos associados em escru-tínio secreto, com indicaçãode três nomes de cada cate-goria. Depois, será enviadaa lista tríplice ao gabineteda presidência do Tribunal,que terá a ampla liberdadede escolher quem julgarconveniente, pois é de suaslivre escolha.

O art. 661 da CLT tipifi-ca as condições para um ci-dadão ser indicado e eleitoe, entre as condições maisimportantes, está a que ocandidato deve contar maisde dois anos de efetivo exer-cício na profissão e ser sin-dicalizado.

Nestes 40 anos de exis-tencia da Justiça do Traba-lho, eu posso dar o meutestemunho franco ejeal deque todos aqueles que foram

indicados e nomeados de-sempenharam com probida-de e zelo a missão que foraconfiada pela presidência doTribunal.

No corrente exercíciovão terminar os mandatosdos atuais vogais, que por si-nal são de tres anos, e com-petirá à dra. Lygia Simão deOliveira, a nossa digna pre-sidente, e nomear os novosvogais. Para capital, com acriação da 8a Junta serão oi-to vogais representantes dosempregadores e oito repre-sentantes dos empregados,fora as Juntas do interior co-mo Castanhal, Breves,Abaetetuba, Capanema,Macapá e Santarém.

Sempre me coloquei afavor da paridade na Justi-ça do TraDalho, como advo-gado trabalhista que fui eposso avaliar o zelo com queeles desempenharam e de-sepenham esta missão demunus públicos.

A função é remunerada,e receberão 20 sessões, ape-sar de trabalharem 30 dias.

Tivemos vogais comoOscar Nogueira Barra,Eduardo Maia, Seabra, Cha-gas, e muitos outros cujosnomes não me ocorrem,mas todos eles, alguns apo-sentados, honraram e digni-ficaram a Justiça doTrabalho.

Quando tomei posse em80 no Tribunal, como juiz,dediquei uma parte do meudiscurso a uma homenagemaos juizes classistas do Bra-sil, e principalmente da nos-sa Região.

Ê uma violência inominável proibir que alguémexercite seus direitos de cidadão, como, por exemplo, tra-balhar (que é um dos mais sagrados). E se essa violên-cia psicológica for exercida e complementada com afísica, tanto mais grave, porque além de um insulto éuma covardia. Um trabalhador que se arrisca ao vexa-me de ser ridicularizado pelos colegas, furando um pi-quete, há de ser uma pessoa carente, tímida e intimidadapelo medo de perder o emprego, que conseguiu, não ra-ro, com muito sacrifício. Merece mais ajuda, compreen-são, do que agressões, mesmo numa greve necessária.Numa greve política, como parece ter sido esta últimae que ordinariamente são as greves gerais, tanto menosrazão se tem para violentar os companheiros. É que eladesgasta a classe, e mal serve para robustecer o prestí-gio de alguns líderes. Freqüentemente prejudica maisa população do que o empregador ou o Governo.

O problema é de conceituação. Não se pretendeaplaudir a pacotilha econômica, cuja política simplóriade achatamento de salários, e traiçoeira, que rompeu opacto social, merece todo o repúdio dos cidadãos. Todospretendemos combater a inflação. Mas, por que o Go-verno é sempre tão tolerante com os empresários, per-mitindo a elevação dos preços imediatamente antes docongelamento, e tabelando alguns produtos até por pre-ços mais altos do que os comerciantes já o vendiam?!Onde está a ciência dessa economia? Ou será que estãoa fazer economia de ciência? A revolta, pois, é justifica-da. A luta por melhoria de vida é compreensiva. Incom-preensível é o insulto a outro trabalhador, é oquebra-quebra, que nada constrói. Se você brigar coma mulher e quebrar os móveis, não vai melhorar sua vi-da. Por outro lado, não há lógica em generalizar a para-lização (que, felizmente, não foi absoluta), pois nessahipótese a figura da greve desaparece, para sobressaira do feriado. Se ninguém trabalha, é domingo. E domin-go não faz mal a ninguém, porUnto, não pode servir delição, de represália (a não ser ao próprio Brasil, que énosso). A greve, quando justa, deve ser exercida contrauma parte do segmento econômico, de sorte a fazer comque os danos se reflitam exclusivamente contra aquelesegmento, impondo-lhe prejuízo em relação ao concor-rente. A greve geral parece muito "careta", pois tem ocheiro de mofo dos tempos de Marighela. Greve é guer-ra, e só se deve deflagrá-la em última instância. A me-nos que seja consentida, como foi a de ônibus, em SãoPaulo. E greve consentida, não é greve, é passeio, é fé-rias. Os movimentos contra o Mailson têm de ser de rua,ao estilo do "Diretas-já", sob pena de nos estarmos auto-flagelando. É o que penso, como ex-presidente de sindi-cato e como ex-administrador.

-x-PS — Algumas escolas públicas estão cobrando dos

alunos uma taxa para comprar papel higiênico, etc. Hámãe por aí que não pode nem comprar comida, e quemanda o filho à aula para ganhar o sustento do estorna-go, menos do que o da inteligência... Como se ter cora-gem de cobrar taxas assim? Pode ser boa, a intençãodas mestras (e deve ser), o pobre é que não pode supor-tar. Seria bom que os responsáveis pela educação man-dassem apurar.

Eleição? Preferia

Antônio Farias CoelhoEu bem sei que as coisas impossíveis não acontecem,mas

deviam acontecer.0 leitor que não pensa como eu, não me leve a mal, mas eu

gosto de pensar, de falar sobretudo para que aconteça algumacoisa de bom para o nosso sofrido Brasil. Estamos meio perdi-dos, sem rumo, sem bússola, sem definição, sem a luz do túnel.Todavia, não se pode deixar de lado o que está se passando como esforço e sacrifício de todos, sobretudo dos pobres, os quaiseu incluo a classe média baixa que está acabando. Tudo a pedi-do das nossas autoridades e principalmente por parte das auto-ridades financeiras do país. Todos nós sabemos que este país éviável, e o que é inviável é a falta de patriotismo, sobretudo daclasse política, obviamente com exceções.

As promessas eleitoreiras já começaram a aparecer porparte de políticos ansiosos pelo poder. Não se vai pagar a divi-da externa e, eu digo, vamos nos contentar com o abatimentoda mesma, exigir diminuição gradativa dos juros, isto tudo vaichegar em boa hora para toda a América Latina e Central, eporque não dizer, também, para os irmãos americanos do Nor-te. O pavio já estava ficando curto demais, bem próximo do bar-ril de pólvora. Vejamos o Peru, por exemplo, que foi parte detema do artigo do amigo senador Jarbas Passarinho. O mesmofez ótima colocação sobre o problema da dívida externa.

Sem ter acabado a Norte-Sul, já estão falando na constru-ção da Acre-Peru, quando temos fantas estradas a percorrer,muitas pontes a atravessar; quando temos tantas famílias semteto; muita fome a saciar.

Agora, vamos tomar mais juízo, menos whisky e não quei-marmos mais o pavio. Tenho medo do inferno de verdade, comotambém tenho medo do inferno da verdade: a fome

Ainda semana passada, curioso como sou, vi no guichê doBanco Francês duas pessoas, por acaso aleijadas, a receberem,a título de aposentadoria rural, as importâncias de NCz$-31,80;vou escrever por extenso para dar melhor a exatidão do fenô-meno: Trinta e um cruzados novos e oitenta centavos. Vale ano-tar esta particularidade, o que demonstra o espírito filantrópicodo paraense. Vi o pessoal da fila cotizar-se e dar aos pobres umaajuda maior que o governo estava dando por um mês.

Vou. agora, passar a um assunto muito delicado. Quando ve-mos o eficiente deputado federal, Jorge Arbage, procurar reali-zar uma emenda à nossa Constituinte, para extinguir todos ospartidos políticos, seria de bom alvitre pensarem até 10, e por-que não institucionaliza.- logo o regime Parlamentarista?

Eu quebraria toda a louça da mesa, (deixando só dois pi-res). A terrina (o partido grande), as travessas (os partidos mé-dios), os pratos (os partidos pequenos) e até todas as xícaras.Com relação às xícaras, eu deixo a cada leitor a sua inter-pretação.Então os dois "pires" ficariam sentados, um à direita do ou-tro à esquerda dacabeceira da mesa. Um como presidente eo outro como primeiro ministro. Os lados das mesas seriam ocu-pados por uma equipe de elite. Aí, então, teríamos o parlamen-tarismo democrático, um governo de união, um governo deSalvação Nacional.Carajás: Que me perdoe o amigo deputado federal AsdrubalMendes, mas a sua idéia foi infeliz. Quem até agora tem roídoos ossos, tem o direito de comer a carne que estava na geladei-ra. E quem pagou até hoje a conta da luz da geladeira? Fomosnós, deputado Asdrubal.Na oportunidade: Fiquei feliz com a volta do amigo João, o jor-nalista Malato.Nato e inigualável.

Relembrando o acontecimento do assasinato da jovem Ma-ria Alice que foi jogada do 6o andar de um edifício no Rio deJaneiro, um crime que teve como pano a droga, vou repetir aque-Ia frase:

AIDS e Droga sâo uma paixão, mas também a morte semcompaixão.

JOÃO1ALDANHA

1TOOOS OS ZDI^iS JBJ^l

Meu sonho de pazSylvia Helena Tocantins

Ao meu ilustre amigo General de Di-visão HERMES GUIMARÃES, que consi-dero o "Apóstolo da Paz".Eu quisera ver a humanidade de mão dada,marchando firme, convicta e concentradapelo sublime ideal da paz universal.Eu quisera que nunca mais houvesse guerra,que nenhuma só gota de sangue poluísse a terrae o homem se libertasse dos seus erros, afinal.Eu quisera que Jesus guando voltasse ao mundo,encontrasse nos corações amor profundo,fraternidade e tudo que ensinou;que sorrisse feliz, recompensado,pelo muito que sofreu crucificadoe visse germinada a semente que plantou.E, numa apoteose de aleluias e glorias,Jesus de novo entrasse em nossa história,provando o quanto o homem pode ser capazquando imbuído de fé e com dignidadetratar seu semelhante num plano de igualdade,construindo assim a verdadeira PAZ!!!

Dom AlbertoCarla Miriam Pinto de Almeida

(Para o querido amigo e Pastor, Dom Alberto Ramos, pelo seunatalicio, por seus quarenta anos de Arcebispado e seus cinqüen-ta anos de vida sacerdotal).

Amigo e Pastor de almas,repouso das noites calmas,servo de Deus, Nosso Senhor,é Dom Alberto, nosso Pastor.

Simples e humano,de trato lhano.Crente cm Jesus, o Salvador,é Dom Alberto, nosso Pastor.

Que Deus o guardee sempre o conserve,um bom amigo,um bom Pastor.

E nos meus versos,votos sinceros:Que o proteja o Criador.Pois mesmo assim, com seu ar austero,é Dom Alberto, nosso Pastor!

A solução do mercadoFernando Corrêa de Guamá

Qualquer solução que se tente, nos próximos anos,dar à crise brasileira, passa necessariamente pelo re-forço do mercado de consumo interno, ou melhor dizen-.do, pela criação de um efetivo mercado consumidornacional forte, e não a continuidade de uma privaçãoconstante de parcelas cada vez mais extensas de nossapopulação, para criarmos excedentes exportáveis. Ex-portar é a solução, sim, mas criar um mercado internode consumo forte, intenso e estável, também, e esta de-ve ser a tarefa de nossos próximos governantes.

Certo que isto não vai ser fácil, já que nosso empre-sário se acostumou a ganhos grandes em pequenos vo-lumes de vendas, ao invés de preferir ganhar menos evender mais, ou seja, o capitalismo concentrador ao in-vés do capitalismo de crescimento, o capitalismo invés-tidor, gerador de empregos diretos e indiretos. Mas umprimeiro passo há que ser dado, e tendo em vista a infe-liz tendência de se transferir diretamente para os pre-ços, na mesma proporção, qualquer ganho efetivo damassa salarial, deverá haver, neste particular, não umnovo intervencionismo estatal, já que isto, eu abominosob que forma seja, mas um dirigismo que oriente atéque ponto esta transferência pode se efetuar, limitando-a rigorosamente em seus efeitos, até mesmo ao preçode, em setores que abusarem de seu poder de barganhana precificação, obrigá-los a se curvarem ante a concor-rencia do produto estrangeiro, que o governo deixaria en-tão livremente importar.

Estabelecidas que fossem as bases para a recupe-ração dos investimentos através de um aumento efetivodo poder aquisitivo da população, a ênfase tributária de-veria também ser pouco a pouco deslocada: ao invés dese tributar todas as formas de renda, independentementede se especulativas ou não, taxar fortemente as rendasmeramente especulativas (ou seja, as pertencentes anossos mui conhecidos e conceituados jurocratas), aomesmo tempo em que se desoneraria e incentivaria asaplicações de cajjital nas atividades produtivas, que re-ceberiam taxaçoes baixas, e, para a pessoa física, a ên-fase se deslocaria da tributação da renda para atributação do consumo: quanto mais "supérfluo" o pro-duto, mais fortemente taxada sua aquisição (quandobem) ou sua utilização (quanto serviço). Desta forma,o que se deixaria de arrecadar nas fontes sobre o traba-lho, se arrecadaria, e muito mais, sobre o consumo, queseria multiplicado, com o reforço do mercado interno.

O próprio governo, que a esta altura dos aconteci-mentos, já reconhece que é mau patrão, não só deveriadesvestir-se das suas estatais como também premiar asempresas privadas que investissem e, por causa dessesinvestimentos, aumentassem seus postos de trabalho eos lucros gerados, quer dando-lhes isenções temporáriassobre parcelas desses lucros adicionais, desde que rein-vestidos no próprio negócio, quer dando-lhes reduçõestemporárias de alíquotas tributárias em função do au-mento da mão-de-obra produtiva absorvida quantitati-vãmente sem rotatividade na média de, digamos, osúltimos cinco anos.

Neste particular poderíamos, também, aproveitara experiência de Portugal, no sentido de incentivar asempresas que: a) criassem postos de trabalho nos quaisfossem aproveitados elementos ingressantes no merca-do de trabalho, ou seja, elementos que nunca tivessemtrabalhado antes profissionalmente. Assim como se pri-vilegia, no Brasil, o contrato da categoria dos estagia-rios, se faria o mesmo durante um certo período com os"recém-ingressados" no mercado de trabalho (a empre-sa ficaria desobrigada de uma parte das contribuiçõessociais, ou, por exemplo, a contribuição previdenciáriaseria progressiva também para o empregador dessamão-de-obra).

Enfim, muito se tem falado no que Tancredo Nevesfalou e reafirmou que "o Brasil não pagaria sua dívidaexterna com o sacrifício dos brasileiros . No ehtanto, aoaplicar-se regras de economia tradicional, segundo re-ceitas do FMI, que prevêem restrições internas paracriar excedentes exportáveis, estão sacrificando os bra-sileiros. Não está sendo feito o que foi dito. Criar um mer-cado interno forte (não um mercado consumistadesbragado e tresloucado como foi o do Cruzado 1, emque as exportações foram deixadas de lado por um ale-gre e irresponsável consumismo interno) complemen-tar a uma exportação que, a partir de 1992, está fadadaa se tornar mais difícil por causa de um inevitável pro-tecionisme, europeu ditado por sua integração continen-tal, é uma obrigação de governo, deve ser a plataformaprimeira de qualquer candidato bem intencionado quetenha real interesse de postular sua ida ao Palácio doPlanalto não para servir a interesses personalistas oua vaidades pessoais, mas realmente ao povo que o eleger.

Será que, neste país, mesmo que tenhamos de pro-curar com uma lanterna e uma lente de aumento, en-contraremos alguém desta dimensão, que possa nossalvar do naufrágio que já, por inúmeras vezes nestesúltimos tempos, nos ameaçou em nosso rumo?

Só o passar dos dias e dos meses é que dirá se tere-mos a condição de achar um governante de tamanhojaez.

"Já quase alcancei os 100 anos de idade e estou indoembora. Mas vou com muita pena dos meus patrícios.Enquanto os homens não melhorarem, o Brasil não vaimelhordr. Essa baderna que estamos vendo aí é frutoexclusivo da incapacidade dos nossos homens. Temos denos conscientizar de que não podemos mais trocar ho-mens ordinários por outros também ordinários".

(Do já falecido profe^or Eugwin fíudin, quandocompletará 97 anos, a propósito da sucessão presidencial).

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Elelêm, domingo, 26 de março de 1989 O £/B£JgA£ SOClEDADEi 21

Secretário da CUT alertapara exemplo da Venezuela

São Paulo (AG) — 0 realinhamento depreços antes da definição da reposição dasperdas salariais do Plano Cruzado Novo ea exclusão da inflação de março na fórmu-Ia de reposição das perdas que o governo

»vai definir amanhã, demonstram que amargem de manobra da ministra do Tra-balho, Dorothéa Werneck, está ficando ca-da vez mais estreita. A afirmação é do se-cretário geral da CUT, Gilmar Carneiro,que prevê uma reunião tensa a que aconte-cera quarta-feira, em Brasília, entre re-presentantes do governo, empresários etrabalhadores."Vamos dizer ao governo e empresa-rios que a peãozada está pegando fogo eadverti-los de que ou investem num pro-cesso combinado de negociação e mobili-zação ou enfrentarão pressões generaliza-das cada vez mais fortes pois, se o governomantiver a mesma postura de intransigên-cia em relação a questão salarial, vamoscaminhar para uma Venezuela complica-da" — prognostica o dirigente sindical.

Segundo o sindicalista, a declaraçãodo secretário geral do Ministério do Traba-Iho, Líscio Camargo, de que as perdas demarço ficarão para negociação futura levaà conclusão de que

"o governo está entran-

do em uma arapuca e não consegue sair daconfusão em que se meteu, pois quando sefalava que a inflação de março seria de3%, a previsão do Departamento Interes-tadual de Estatística e Estudos Sócio-Econômico (Dieese) já era de 8%.

— O governo está conseguindo aumen-tar a insegurança a patamares muito ai-tos. As campanhas salariais vão se intensi-ficar e as greves ocorridas em Minas Ge-rais e em Santa Catarina são um termôme-tro da conotação de confronto forte que co-meça a ocorrer. Os 10% de antecipação sa-larial que o Luiz Antônio Medeiros vemconseguindo para sua categoria estão indopor água abaixo, pois agora o patamar éde 26% para cima, como conquistaram osmetalúrgicos da Mannesman — assinalou.

Espanha um é modelo a serseguido, afirma Jaguaribe

Rio (AE) — O cientista político HélioJaguaribe classificou de "extraordináriaoportunidade" o debate "O exemplo da de-mocracia espanhola", que o Estado pro-moverá terça-feira em seu auditório. Ja-guaribe acha "muito importante" que asociedade brasileira saiba porque a Espa-nha saiu de uma ditadura feroz e se trans-formou num modelo mundial de desenvol-vimento econômico, político e social, en-quanto países como o Brasil, por exemplo,continua amargando uma situação de qua-se indigência social, apesar dos progressosalcançados em alguns setores econômicos."Ao contrário do militarismo que go-vernou o Brasil por duas décadas, o fran-quismo não deixou como herança uma na-ção dividida entre meia dúzida de ricos euma legião de indigentes. Alguns anos an-tes de morrer, o generaiíssimo Francopercebeu que não podia continuar gover-nando a Espanha numa contra-mão histó-rica. Cercado de assessores de direita,mas com grande lucidez social, tratou demodernizar o país. reduzindo substancial-mente o analfabetismo, transformando oturismo em fonte de divisa e levando a na-ção a conhecer um desenvolvimento indus-trial inédito em sua história".

Para Hélio Jaguaribe, na época datransição democrática, a Espanha encon-trou em sua sociedade o que falta no Bra-sil: "Competência administrativa" paragerenciar as dificuldades normais de uma

situação de emergência."E ele fez mais, numa demonstraçãoinequívoca e até surpreendente. Preparouo homem que iria substitui-lo, o atual reiJuan Carlos, que se revelou brilhante. Ga-nharam todos, o povo espanhol e o mundo,"que tem hoje na Espanha um modelo desocial .democracia exemplar".

Como uma nação que viveu 40 anos sobuma severa ditadura pode ter, na figura doditador, o seu próprio libertador? "Sim-

pies", assegura Jaguaribe. Uma coisa éser ditador, por exemplo, na década de 30ou 40, quando o mundo estava dividido en-tre comunistas e capitalistas, esquerda edireita. Franco encontrava aí um campofértil para essa índole autoritária. Mas avitória dos aliados na Segunda GuerraMundial modificou essa situação. E, a par-tir da década de 50 e 60, Franco começa areceber pressões internacionais para mo-dernizar e democratizar a Espanha.

Segundo Jaguaribe, os anos 70 encon-.traram Franco disposto a adotar para seupis uma política mais pragmática. Sob ainfluência da opusdei, uma democraciacristã de direita, mas com uma grandepreocupação social, ele passou a realizargrandes obras sociais, principalmente nocampo habitual, educacional e de saúde."Foi o começo do que é hoje, seguramente,a nação que mais apresenta a maior corre-lação entre nível de desenvolvimento so-ciai e econômico".'Farofeiros' tomam conta

do litoral de São PauloSantos (AE) — A Dersa e a Polícia Ro-

doviária acionarão hoje, a partir das 9 ho-ras, a "Operação Subida" no sistemaAnchieta-Imigrantes, e aconselham aosquase um milhão de turistas que descerãoa baixada santista durante o final de sema-na prolongado que evitem retornar ao pia-nalto durante o "horário de pico", entre as15 e 19 horas. Os operadores de tráfego daDersa, preocupados com possíveis conges-tionamentos durante esse período, solicita-ram aos motoristas que antecipem a via-gem para o início da manhã ou deixem pa-ra subir a serra apenas no início da noite.A preocupação está baseada no alto nume-

ro de veículos que desceu para o litoral —185 mil até as 12 horas de ontem — e notempo bom, com forte calor, que favoreceuma esticada maior pelas praias.

Com os termômetros registrando 37

traus ao meio-dia, as poluídas praias da

aixada santista ficaram tomadas por mi-lhares de turistas que ocuparam todos osespaços da faixa de areia, colorida poruma infinidade de barracas e guarda-sóis.Com as praias de Santos impróprias parabanho, centenas de veículos procuraram oGuarujá e tiveram que enfrentar uma es-pera de até duas horas na travessia dasbalsas.

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Quem canta* A diretoria do Iate Clube vai apresentar

um senhor show, no próximo dia 31, em suaboite-reotô "Convés", com a cantora MaraLeio, uma das maiores Intérpretes da mú-sica popular brasileira, possuidora de um re-pertório bastante conhecido.

• Na Saudosa Maloca, dia 8 de abril, estará seapresentando o cantor-compositor Joao Bosco,em primeira promoção da "Promov-Eventos", deGuaracy de Brito Jr. e Ribamar Cruz. Ele vem doJapão, onde atualmente faz temporada, direta-mente para Belém.

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Os noivos Emerson Souza e An-dréa Pinto de Souza Castelo

Branco.

. iJí* má•Marissanta Passarinho

Pinto de Souza.

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Acea Azulay e Cotta Levy.

Andréa casoucom Emerson

A cerimônia que casou a bonita loura Andréa Pas-carinho Pinto Ae Souza Castelo Branco e o Jovem Emer-con Britto de Souza, na Igreja de Santana, foi uma bonitasolenidade, com os Jovens nubentes tendo a seu lado ospais, Lourdlnha Passarinho Pinto de Souza e LucianoCastelo Branco e o casal Reglna-Hlldemar Anlzio deSouza.

* A recepção que se seguiu, na boite da Assembléia Paraen-se, esteve alinhada e multo gostosa, tendo decoração em fio-res brancas, e o "buffet" em forma de jantar, servido _ francesa,1com serviço comandado pelo "maitre" Manuel Mendes.

Lourdlnha, com o marido, Roberto Gerundl; Lúcia-no Castelo Br* nco, com a esposa, Wil e o Jr., e Regina-Hlldemar Souza, cumularam de atençõeo os muitos ami-gon que ali estiveram presentes, funcionando como an-fltrlõco categorizados, e fazendo do casamento de seusfilhos um bonito acontecimento.

Marissanta Passarinho Pinto de Souza, avó da noiva, esta-va feliz com o acontecimento, como sempre bastante slmpáti-ca, e usava um traje muito "chie". Heloísa Menezes dos Santos,presente em companhia do marido, Creso Demétrio dos San-tos, e dos filhos, Lfgia e Antônio, usava belíssimas jóias em pé-rolas e brilhantes, e contavam que, no próximo mês, o casalestará inaugurando a filial da Farmácia César Santos, em Ma-zaré, em frente à TV Liberal, em estilo magazine completo.

Nenrfm Tandaya, presente em companhia do mari-do, Álvaro Tandaya, era uma das presenças mais alinha-das, com um vestido lilás tendo uma grande flor como'detalhe. Zurlta-Heber MonçBo, contavam que estão pro-gramando um giro ao Rio de Janeiro, em relax. Em umagrande mesa estavam Frida-Márclo Guerra, Cotta Levy,Joio Carlos Flexa Ribeiro e Acea Azulay.

¦ Mllly-José Leite e Naza-Alfredo Paes Barreto ocupavamuma mesa juntamente com o senador João Menezes. Ao ladoestavam Lúcia-Edy Mala. Presente, também, Myriam Benda-han e o filho, Moysés.

(Fotos de Raimundo 007)

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Lourdlnha Pinto de Souza-Roberto Gerundl comHeloisa-Créso Demétrio dos Santos, Antônio Mene-

zes dos Santos, Lfgia Menezes de Castro, senadorJoão Menezes e Nenem Tandaya.

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Oil í I' WrWÊÊOs noivos Emerson e André?,

com Lucinha Lage e o repórter.

O Jovem vereador Joaquim Passarinho fez um "lei-lio" da gravata do noivo, que foi cortada aos pedaços,e acabou arrecadando cerca de 450 cruzados novos pa-ra a lua-de-mel dos noivos. Andréa-Emerson Souza (elefoi aprovado este ano no vestibular para Economia, emFortaleza), seguiram em lua-de-mel para Matai, e de lávoam para Fortaleza, onde fixaráo residência.

Trabalho dinâmico* A Telepará está com um novo diretor deOperações: o engenheiro João Luz, que vemdinamizando o setor, conseguindo diminuirsensivelmente a quantidade de defeitos aueconstantemente as linhas telefônicas aosusuários têm apresentado.

E a excelente operacionalizaçào de João Luizfoi festivamente comemorada por seus companhei-ros, com um churrasco na sede do Teleclube. 0 no-vo diretor promete levantar a moral da Telepará.

Bodas de ouroOs 50 anos de casados do casal Mimi-

Romeu Santos serão marcados, no dia 31 vin-douro, com grande festa promovida por seusfilhos Bernardino (e a esposa, Llete) Santos,Norma Santos, Luiz (e a esposa, Sandra) San-tos, Elza (e o marido, Georgenor Franco Fl-Iho), os netos e a bisneta.

liõvcrí z ~i»hraçâo de uma missa na capelado Colégio Santa Rosa, às 20 horas, seguindo-se re-cepçâo no "Requinte Recepções".

Papo com Ronaldo* O senador Jarbas Passarinho já de-

cidiu que não será candidato a presiden-te da República. O político paraense sedecepcionou com Paulo Maluf, que o ha-via prometido apoio e acabou por lançar-,se candidato. Foi o que contou RonaldoPassarinho.0 Por sinal, Ronaldo contou também queteve muitos votos do PT em sua eleição parauma comissão técnica na Assembléia Legis-lativa. E diz Ronaldo Passarinho que em seusplanos políticos está uma candidatura à Câ-mara Federal.9 Falando sobre política, o deputado

revelou que hoje, para presidente da Re-pública, votaria em Mário Covas. Porém,ainda está cedo para definições, deve seresperada a convenção de agosto, pois atélá multa coisa Irâ mudar.

c^^B ______^__J

'Bail^r^^ T^i ¦ _>^S___rr_____i§S I wwlÊmAmvi % m _____EÉ^_ii>-'S".'_5

Ronaldo Passarinho, no casamento de suasobrinha Andréa, com Emerson Souza, emcompanhia de Hlldemar de Souza, pai donoivo, e dois amigos.

Desabafo de KayathHenry Kayaty, supe-

rintendente da Sudam, aofalar para os jovens em-presãrios na recente reu-nião do Conjove, desa-bafou com ênfase contraas críticas feitas à suapessoa pelos jornais "Fo-

lha de São Paulo" e "Jor-nal do Brasil".

* Disse Kayath que estãoquerendo desestabilizá-lo nasua atual administração àfrente da Sudam no aspectopolítico, porém no aspecto

operacional a Sudam tematendido a todos os projetosviáveis pleiteados pelos em-presários da Amazônia.* E concluiu dizendo

que a Sudam está de por-tas abertas para quais-quer esclarecimentos.

Primeiras DamasOIII Encontro de Primeiras Damas vai ser

realizado no período de 29 a 31 do corrente, noCentur, tendo como destaque os idosos. À f ren-te do encontro estará a primeira dama Therezl-nha Gueiros que convidou o especialista emgerontologia social, Marcelo Salgado, do SESC-São Paulo, para fazer uma palestra, no dia 30,abordando o atendimento ás questões sociais eàs questões da velhice.

Conferência do CCO Conselho Estadual de Cultura fará sessão

especial, no vindouro dia 28, a ser marcada comuma conferência do professor Geraldo MártiresCoelho, doutorado em História por universidade eu-ropéla, sobre o tema "O Constitucionallsmo Por-tuguês de 1820 e a Linha Editorial do Jornal OParaense". O conferenclsta será saudado pelo con-selhelro Clodoaldo Meckmann.

Reunião dos MaranhãoO casal "socialité" Emy-João Carlos Maranhão

reuniu amigos em circuito fechado, em sua fazen-da em 88o Miguel, na quinta-feira última, para ai-moço, comemorando os 50 anos do estimado donoda casa,

Simpáticos e anfitriões bastante cortezes, Emy eJoio Carlos promoveram uma reunião descontraída e in-formal, marcada pelos bons papos molhados e pela pre-sença de amigos comuns, com o encontro se estendendoaté & noite, em ambiente dos mais animados.

NoivadoRoberta Maiorana, filha de Déa

Maiorana e do saudoso RomuloMaiorana, e o jovem empresário Jo-sé Xerfan Meto, filho de Jooé Xerfan,estão usando alianças desde o sába-do da semana que passou, quando fl-caram noivos em reunião acontecidano "flat" do jovem casal Andréa-Alexandre Xerfan, em melo a um jan-tar em circuito fechado, que reuniusomente os irmãos dos jovens noi-vos. O casamento será dia 20 dejunho.

Promoção socialCarlos Kayath, titular da Secre-

taria de Estado do Trabalho e Pro-moção Social, estará de volta á pistaamanhã, após 10 dias em Cuba, jun-to com uma comissão de secretáriosdo Trabalho brasileiros. Dos projetosque por lá viu e conheceu, Kayath fa-rá estudos para adaptação no cam-po de assistência social ao menor emnosso Estado,

Para maio a Seteps tem agendadaa promoção de três eventos simultâneos:I Salflo de Artesanato Paraense em leoa-raci, I Encontro de Artesôes do Pará eo 1 Encontro de Coordenadores e Técni-cos do Artesanato da Amazônia.

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-Fazendo política

O senador João Menezes com Álvaro Thn-daya, Lucinha Lage e o repórter, no casa-

mento de Andréa-Emerson Souza.

O senador João Menezes, que passa a Se-mana Santa entre nós, fala com entusiasmo desua visita a São Paulo, no fim de semana quepassou, quando foi recebido pelo governadorOrestes Quércia. Ao sair da audiência, estavana sala de espera o presldenclável UlyssesGuimarães.

Amanhã, no Senado Federal, João Menezes vaidar entrada em mais um projeto: reduzir de 6 para3 meses o prazo para desincompatibillzação doscandidatos a governador de Estado.

Na quinta-feira última o senador paraen-se aproveitou o dia para visitar correligiona-rios em Ananindeua, Benevides, Marituba,Castanhal e Santa Izabel. Ao longo de sua via-gem, não encontrou nenhum diretório do PFLfuncionando.

Em sociedade° Em Brasília, dia 8 de abril próximo, o casal Rita-Fernando Brasil estará recepcionando seu circulo de ami-zade, nos salões do Clube de Aeronáutica, comemoran-do os 15 anos de sua bonita filha, o brotlnho Luiza Brasil.

A bonita Daniele Vaz, filha do casal Edna-Antônio Vaz, ca-sara dia 19 de maio com o jovem Lauro Casagrande Filho. Mopróximo dia 30 ela vai ser homenageada com o tradicional "chá-de-panela" promovido por um grupo de suas amigas, na boiteda AP.

Será no resto do Iate Clube, dia 30, o jantar de con-fraternização deste mês da Associação dos Dlplomandosda Escola Superior de Guerra. Na oportunidade o enge-nheiro Antônio Mesquita falará sobre as atividades daAdeag local.

O empresário Junichiro Yamada vai receber o título de "Ho-mem de Marketing-88", outorgado pela ADVB-Pará, emsolenidade-jantar a ter lugar no salão Karajás, do Hilton Hotel,'dia 31 vindouro.

Iniciando na próxima sexta-feira, e passando a acon-tecer sempre neste dia da semana, a diretoria do CírculoMilitar vai realizar serestas, com os cantores HortênciaOhana e Fernando Gogó de Ouro, e o Grupo Pororoca.

SPOTSHeloísa-Creso Demétrio dos Santos, senador João

Menezes, Carlinhos Xerfan, Lucinha Lage e o repórterocupavam uma das mesas do restaurante "O Theatro",do Hilton, no jantar de quinta última. * * * Ma sexta, lo-go cedo, Carlinhos Xerfan seguiu para Salinas, ao encontrode sua Marielza e dos filhos. * * * Bruno Meira Mattos ani-versaria hoje, comemorando a data em família, ao la-do de sua mulher, Milene, e dos filhos. * * * "O Coraçãonão Envelhece" é o segundo livro de Maria Thereza Gurjao,que terá sessão de autógrafos de lançamento às 20 horasdo dia 20 próximo, na Academia Paraense de Letras. ***Ainda repercute a beleza do almoço do CDL, que teveo prefeito Sahid Xerfan, o vice, Augusto Rezende, e to-da a equipe da Prefeitura como convidados especiais.E comentários elogiosos continuam sendo feitos à sau-dação feita pelo lojista Mustafá Morhy aos convidados.*** A médica obstetra Rosilda Maria Souza da Silva vai ani-versariar amanhã, fazendo-se alvo de felicitações em largaescala. *** Outra distinguida aniversariante de amanhãserá Yolanda Fiúza de Mello, que passa a data no Riode Janeiro, onde se encontra fazendo um curso de re-ciclagem em culinária. * * * O escritor Salomão Larêdoestá ultimando seu próximo livro, intitulado "Guamares", ee que será um romance passado no bairro do Guamá. Vaiagendar o lançamento para junho vindouro. *** Mllly-JoséLeite, com os filhos, curtem Salinas nesta Semana San-ta. * * * Apesar de transferido de sábado para domingo úl-timo, devido a um imprevisto, o show dacantora-apresentadora Angélica foi sucesso, na sede daAABB. Haroldo Vieira, o presidente da Associação, esteveatento para que tudo saísse certinho. *** Por sinal, da AABB-Angélica saiu direto para o aeroporto, seguindo paraMacapá, onde apresentou show à mela noite. * * * An-tônio Carlos Saboya Júnior está em Aruba, com um grupolevado por sua "Ali Tour". **• Wilson Ribeiro, presidenteda Codebar e homem de sociedade multo estimado, on-de forma com Vera um casal de grande relaclonamen-to, vai aniversariar amanhã, e receber as felicitaçõesque a data justifica. *** Beth Aguiar Cunha, coma filha,Lorena de Lourdes, seguiu para o Rio, sendo hóspede de AnaCristina-Femando de Faria. *** E nos próximos dias se-guirá com aquele destino o casal Lourdes-Ublratan deAguiar, ele o nosso companheiro Pierre Beltrand, pa-ra o batizado do primogênito de Ana Crlstina-Fernandode Faria (ela nascida Aguiar), Luiz Fernando. * * * O pro-fessor odontólogo Armando Chermont está entre os aniver-sariantes do dia. * *. Renato Loreto de Souza ê o Instrutorda escola de xadrez, que a diretoria do Clube do Remopassa a oferecer aos associados. * * * Dia 30 próximoo Hilton Belém Inaugura mais um festival gastronômico, oPotiguar, com especialidades da culinária e do folclore doRio Grande do Norte. E já pinta com mais um sucesso denosso cinco estrelas. * * * O empresário Maurício Azeve-do vai aniversariar dia 28, comemorando a data em fa-mllla, ao lado de sua mulher, Maria Ely, doa filhos enetos. * * * Também no dia 28 a hora e a vez de Idade novachegar para o advogado Carlos Alberto Ferro e Silva. •*•Outro ilustre aniversariante do dia 28: o empresárioJoaquim Borges Gomes. * * * Votos de pronto restabele-cimento à alinhada Alberlna Teixeira, que está hospitaliza-da na Beneficente Portuguesa. •*• Carlos Feltosa Palmareuniu amigos em sua residência, para jantar na basedo churrasco, e preparado pelo casal Esmeralda-Lucival Gomes. * * * Nasceu o primogênito de Ana Paula-José Marcos Nogueira, que vai se chamar Caio José. *** Napróxima quarta-feira idade nova estará chegando pa-ra a alinhada loura Isa Veiga de Miranda Corrêa, queserá, por certo, multo parabenizada. * * * "Recordandoo Passado" é a promoção que o Movimento Jovem São Pe-dro promove dia 31, na sede da entidade. *** JohannesHans Bucenane comunicando a abertura de seu res-taurante e plzzarla "Moinho Holandês". * * * Paulo Bri-to, Edinaldo Silva e Sylvia Melo abrem, no dia 30, umacoletiva de artes plásticas, na Galeria D'Arte LOcchio. •••Um "brunch" especial de Páscoa é o que o Hilton ofe-rece, hoje, com multas atrações próprias do dia, no eixoTheatro-Camarote. * • * Por hoje é só.

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22 ARTIGOSO /JfifftA/.

Aqui, o seu direitoBelém, domingo, 26 de março de 1989

55

Zeno Veloso

STM erra: Alves tem direito à togaHavendo vaga de ministro civil no

Superior Tribunal Militar — STM, opresidente José Sarney escolheu o ex-ministro da Administração, AluízioAlves, para ocupá-la. Para tanto, for-malizou a indicação e submeteu-a aoSenado Federal, que aprovou-a. NaCâmara Alta, Alves teve que superaralgumas objeções no sentido de queele não atenderia ao pressuposto deter mais de dez anos de efetiva ativi-dade profissional, como advogado.Apresentou documentos, ofereceu tes-temunhos e conseguiu superar o óbi-ce. No final, teve seu nome ratificadopelo Senado, e o presidente da Repú-Blica nomeou-o.

A Seção do Distrito Federal, daOrdem dos Advogados do Brasil, in-conformada com a nomeação, ingres-sou com Mandado de Segurança,perante o Supremo Tribunal Federal,visando a impedir que Aluízio Alvesassuma o cargo na Corte Militar, ale-gando, basicamente, que o nomeadonunca patrocinou um processo, comoadvogado, e jamais exerceu efetivaatividade.

Nesse entretempo, o STM, numadecisão surpreendente, inusitada einédita no país, em sessão secreta quedurou mais de quatro horas, sustou aposse de Aluízio Alves, por 12 votos a2, considerando insuficiente a docu-mentação que ele apresentou paracomprovar os dez anos de efetivoexercício da profissão, dando-lhe pra-zo até 14 de abril para apresentar no-vos documentos, quando o assuntoserá submetido a definitivo jul-gamento. ,' . ,Falando à imprensa, Aluízio Al-ves manifestou a certeza de que a exi-gência da comprovação de dez anosde advocacia é apenas um pretextopara encobrir a má vontade dos mi-nistros militares em relação a um ex-cassado, o que, aliás, não rima coma histórica tradição liberal e demo-crática de nossa Corte Militar.

É minha opinião que o STM estáerrado e muito errado, neste episódio,que apresenta todo o colorido de um"imbróglio" e pode degenerar numacrise militar.

O STM, organizado por alvará deIo de abril de 1808, pelo príncipe re-gente D. João, é o órgão de cúpula daJustiça Militar e, apesar do mme, nãoé composto exclusivamente por mili-tares, sendo uma Corte de colegiali-dade heterogênea. Nele, há ministrosmilitares (oficiais-generais da ativa)e ministros civis. A competência na-tural deste Tribunal cinge-se aos cri-mes militares, como tal definidos emlei.

A Constituição em vigor, promul-gada em 5 de outubro de 1988, estabe-lece que o STM compõe-se de 15ministros vitalícios, nomeados pelopresidente da Republica, depois deaprovada a indicação pelo Senado Fe-deral, sendo 3 escolhidos dentreoficiais-generais da Marinha, 4*den-tre oficiais-generais do Exército, 3dentre oficiais-generais da Aeronau-

tica, todos da ativa e do posto maiselevado da carreira, e 5 dentre civis,(art. 123).

As 5 vagas civis estão reservadasa juristas, e eu uso o termo juristas,aqui, no seu significado usual e vul-gar e não como cienti^as do direito.Devem ser brasileiros, maiores de 35anos. 3 serão escolhidos pelo presiden-te da República dentre advogados denotório saber jurídico e conduta iliba-da, com mais de 10 anos de efetiva ati-vidade profissional. E 2,paritariamente, dentre juizes audito-res e membros do Ministério Publicoda Justiça Militar. Portanto, a escolhados 5 ministros civis do STM não é to-talmente livre, mas limitada, pois 3deles serão advogados e 2 serão recru-tados dentre membros da Magistra-tura e Ministério Público Militares.

A nomeação de um ministro civil,da classtdos advogados, para o STM,tem as condições exaustivamente re-feridas na Constituição Federal e pre-cisa vencer as seguintes etapas: opresidente da República faz a escolha,que deve recair em advogado de no-tório saber jurídico e conduta ilibada,com mais de 10 anos de efetiva ativi-dade profissional. A indicação é sub-metida ao Senado Federal. Havendoaprovação, o presidente nomeia o mi-nistro.

Trata-se, portanto, de um atocomplexo, envolve a participação dedois Poderes, depende da atuaçãoconjugada e colaboração entre eles.Ao presidente da República cabe ini-cialmente a escolha do advogado, cujonome submete ao Senado. A este com-pete privativamente aprovar a esco-lha, após argüição pública e por votosecreto (CF, art. 52, III, letra "a").Obviamente, ao discutir e analisar amatéria (que passa pelo crivo da Co-missão de Constituição e Justiça), aCâmara Alta verificará se foramatendidos os pressupostos constitucio-nais, objetivos e subjetivos, para a no-meação. É o Senado Federal — e sóo Senado Federal — que tem atribui-ção e a quem a Carta Política outor-gou privativamente competênciapara analisar, questionar, checar, ve-rificar, conferir e ratificar ou rejeitara indicação feita pelo Chefe do PoderExecutivo. Se o Senado aprova e o pre-sidente da República nomeia o esco-lhido, o Tribunal só tem de dar-lheposse, exigindo apenas que se obser-vem outros requisitos secundários,formais e burocráticos, como examemédico do ministro (escrevi "minis-tro" de propósito; nesta altura, o in-dicado já é ministro), programaçãoda solenidade, rol de convidados etc.

Neste passo, levantar dúvidas,abrir polêmica e questionar as condi-ções subjetivas exigidas constitucio-nalmente para a nomeação é umdisparate, um abuso de poder, uma in-vasão nas prerrogativas e competên-cias do presidente da República e doSenado Federal. Data venia!

Alegar que Aluízio Alves não as-sinou petições e não tem ações ajui-

zadas, parece-me um excesso e mainterpretação da lei. A "efetiva ativi-dade profissional" supradecenal, quea Constituição Federal, dentre outrosrequisitos, exige que ó advogado pos-sua (art. 123, parágrafo único, I) nãoé sinônimo de "prática forense demais de dez anos". Tal prática foren-se, superior a um decênio, era requi-sito mencionado pela Constituição de1967 (art. 128, § 1?, letra "a"). Mas aoutra é a letra e diverso é o espíritoda Constituição de 1988. Querer aph-car a velha e extinta Carta no lugarda nova e vigorante é o que o saudosoPontes de Miranda chamaria "resis-tência opinativa dos juizes à legisla-ção nova".

De fato, um advogado pode ser re-nomado, ter um saber jurídico noto-rio, reconhecido pela comunidade, eexercer efetivamente atividade pro-fissional, sem exatamente patrocinarcausas, assinar petições e freqüentaro foro. Aliás, por motivos que não ca-be aqui serem analisados, e no que pa-rece uma verdadeira contradição, osadvogados, de um modo geral, têmverdadeiro horror às demandas judi-ciais e questões forenses, preferindoatuar profissionalmente como parece-ristas, em trabalhos de consultoria,assessoria e promovendo acordosamigáveis. Evitando dar exemplos deminha terra, o que poderia ferir sus-cetibilidades, vou citar um elenco degrandes advogados, que tive o privi-légio e a honra de conhecer, dos maio-res e mais respeitados do país, commilitância fecunda e intensa, algunsjá falecidos, e que não tiveram e nãotêm uma atividade profissional volta-da para as lides forenses: Pontes deMiranda, Haroldo Valladão, OrlandoGomes, Caio Mário da Silva Pereira,Hely Lopes Meirelles, M. Seabra Fa-gundes, Geraldo Ataliba, Celso Anto-nio Bandeira de Mello. A propósito, ajurisprudência do Supremo TribunalFederal já define que a simples ins-crição na Ordem dos Advogados doBrasil pressupõe a atividade profis-sional do inscrito.

A operação constitucional para ainvestidura do ministro Aluízio Alves— escolha, indicação, aprovação e no-meação —, perante os dois Poderescompetentes, realizou-se e consumou-se. Se vislumbrasse no processo algu-ma ilegalidade ou ofensa à Constitui-ção, o máximo que o STM poderiafazer era recorrer ao Supremo Tribu-nal Federal, a quem compete, preci-puamente, a guarda da Constituiçãoe processar e julgar, originariamen-te, mandado de segurança contra atosdo presidente da República e das Me-sas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal.

O advogado Aluízio Alves, apóspercorrer a via constitucional (quepara ele tem sido uma "via crucis")e devidamente nomeado ministro doSTM, tem direito subjetivo público, li-quido e certo, à posse, podendo recor-rer ao Judiciário, para que a mesmalhe seja garantida e assegurada.

Ah! essas palavras...Sebastião Godinho

Proclamada pelos doutos como o mais importante veiculoda linguagem, e deste modo, um meio indispensável à comuni-cação entre os homens, a palavra pode transformar-se pelo pe-dantismo de uns ou simples ignorância de outros, num caminhoaberto ao desentendimento e ao equívoco, capaz, não raro, deprovocar as mais rizíveis situações.

Em nosso caso o problema se complica ainda mais, isto porser a lingua portuguesa uma das mais ricas dentre todas — vi-vas e mortas - conhecidas pelo homem nos diversos estágiosde sua civilização. Assim, um simples substantivo, como é o ca-so de diabo, colhido a vôo de pássaro, possue, nada mais nadamenos de que 91 sinônimos. Quase uma centena deles. Uns maisutilizados que os outros, é bem verdade, mas todos à altura dedenominar o Anjo Mau em toda a sua falsa majestade.

Igual situação ocorre com um outro substantivo: prostitu-ta — para ficarmos apenas nestes dois exemplos. Num dos meusserões gramaticais, colhi 17 sinônimos de prostituta, afora mui-tos outros postos em verbete no Grande Dicionário de MestreAurélio.

Não é preciso observar que essa extraordinária quantida-de de sinônimos torna "a última flor de Lácio inculto e bela' umverdadeiro tesouro de expressões dos mais variados matizes. En-tretanto, diria do alto de sua autoridade o mestre Paulo Rónai:"Convém conhecermos palavras como espenda, conúbio, ou am-plexo para identificá-las de longe e tirar-lhes o chapéu do quepara nos comprometermos exibindo-nos em sua companhia .

Deste modo, é preciso prudência no uso de expressões quenão estamos habituados a empregar, mesmo porque um texto,seja ele em prosa ou verso, desde que bem construído e bem pen-sado, não necessitará, decerto, para tornar-se belo, que o seu au-tor lance mão de termos excêntricos formando aquilo queRonaldo Caldeira Xavier classifica de "graforréia desenfreada",capaz de provocar enfado no mais apaixonado leitor. Como ilus-tração, recolhemos alguns trechos de uma defesa, encaminha-da ao Superior Tribunal Militar, por um advogado cujo nomepreferimos omitir. Trata-se de uma bacharelice sem pé nem ca-

Lourival, o papagaio (5)

O reencontro

'beca que, segundo o "Jornal do Brasil", de 6 de novembro de 1976,

acabou por quebrar "a sizudez do STM". Vejamô-lo:"O alcandor Conselho Especial de Justiça, na sua apostura

irrepreensível, foi correto e acendrado no seu decisório. É certo' que o Ministério Público tem o seu labéu largo no exercício do

poder denunciar. Mas nenhum lambeu o levaria a pouso cinériose houvesse acolitado o pronunciamento absolutório dos nobresalvazires de primeira instância.

E prossegue o causídico com a sua parlenda folhetinesca:"A sentença apelada é de enche mão e vegeta. Explicando-sesem repechos. A empresa X, depois da pcrsecutio criminis emespécie não deixou de prestar seus serviços aos impávidos hei-duques do Exército Nacional (...) Um varão, com essas quali-dades de escol, alciônico e respeitador, iria cometer umestelionato que é cometimento próprio dos zafimeiros e calafan-jes do pior felpo? Seria capaz de lesar o acervo pecuniário daadministração militar?..."

E por aí vai o tal advogado desfiando um rosário de pernos-ticidades.

Para concluir, lanço mão de um outro exemplo, este em ver-so, atribuído ao vate maranhense Luis Lisboa do Maranhão, on-de predominam vocábulos que não constam de nenhumdicionário de língua portuguesa. Por questões de espaço veja-mos apenas o primeiro quarteto:A UMA DEUSATús és o quelso do pental ganírioSaltando as rimpas do fermim calério,Carpindo as taipas do furor salírioNos rúbios calos do pijon sidérico.

£ Você, caro leitor, já imaginou o que aconteceria, hoje, se uma, mulher, dessas bonitinhas mas ordinárias de que nos fala o gê-'

nio de Nelson Rodrigues, fosse cortejada com semelhante ex-pressão: "Tú és o quelso do pental ganírio"?

y. Não sei não, mas era bem provável que a dita, entre surpre-sa e interrogativa, bradasse em alto e bom som:

- É a tua!.

final

A "Belém Nova e ospoetas esquecidos (III)

Clóvis MeiraA figura de Elmano Queiroz, nas décadas de vinte e trinta,

principalmente, destacava-se nas letras paraenses. Sua produ-ção poética era divulgada pelas revistas que circularam em Be-lém, naqueles anos. com presença constante nas páginas de"Belém Nova", dirigida por Bruno de Menezes. Na biblioteca daAcademia Paraense de Letras encontrei volumes encadernados,bem conservados, oferta da viúva de Bruno, à Academia, no se-gundo mês de seu falecimei to, em 2 de setembro de 1963. Elma-no não era paraense. Nasceu em Viçosa, no Ceará, em 31 de maiode 1888, e veio para Belém com pouco mais de dez anos de ida-de. Foi no Pará que modelou a sua formação cultural e a suaprópria personalidade. Trabalhava, estudava com afinco e liamuito. Um verdadeiro autodidata que desejava sair do obscu-rantismo. E conseguiu. Poeta, ensaísta, cronista, jornalista dosmais abalizados, chegou a ser redator chefe da "Folha do Nor-te", o jornal de maior prestígio no Pará e no Norte do Brasil, om-brèando com os principais do Sul do país. Elmano de Queirozera um homem simples. Sua lira servia a todos os gostos, desdeaqueles que apreciam os versos de cordel, até os que se delei-tam com a forma clássica, com metro, rima e tudo mais. Es-creveu muitas pequenas peças teatrais para o Tteatro deVariedades da quadra nazarena, chistosas, mas sem a pornô-grafia do que se faz hoje, muitas vezes musicando o que escre-via, os cancioneiros da terra fazendo a parceria, tais como GentilPuget e Emílio Albim. Eu o conheci morando na vila Amazo-nia, na Braz de Aguiar, freqüentando a casa de meu pai, de quemera amigo, sua filha Julieta que confraternizava com minhas ir-mãs e o filho Hugo, companheiro de pernadas de meu irmão Ruy.Sei que hoje moram no Rio de Janeiro, em Ipanema.

0 nome todo de Elmano de Queiroz, desconhecido de quasetodo mundo, era Manoel Nércio Elmano de Queiroz. Morreu aos

• 52 anos de idade. Para lembrá-lo, recordar a sua lira, colhi em"Belém Nova" alguns de seus magníficos poemas, sem poderdizer que são os melhores, escritos ainda na mocidade, publica-dos em números dos anos de 1923,1924 e 1925, os mais antigos:

"A CAVEIRATristíssima Caveira; Egoísta e concentradaNo supremo desdém de austera indiferença,parece a rir do tempo, escarnecendo o nada...

Anônima relíquia, expiando a errônea crença,que abrigara, ostentando a fronte envaidecida,sem que fugir pudesse à lúgubre sentença.

Vem do seio da terra à última guarida,com a óssea face nua abrindo-se terrível,

¦num riso funeral apostrofando a vida.

E estática, no espanto eterno e indefinivelde si mesma, parece, as órbitas abrindo,numa contemplação soberba do invisível...

E sempre o debuxar do triste riso infindo...

Tristíssima caveira! O tempo trabalhandoa lei da destruição material das cousas,já vai por sobre ti, indômito, passando.

Restam-te a solidão imensa em que repousasesquecida, talvez, daqueles que te amaram,a quietude, o silêncio, o mistério das lousas...

Não tens outra expressão àqueles que te odiaram,nem um gesto melhor para os que te sorriram,Porque tu já não tens os lábios que beijaram...

Porque tu já não tens os lábios que mentiram!".

As poesias publicadas em "Belém Nova" são longas. Darapenas algumas estrofes, a mim parece, que mutilaria a con-cepção do poeta, ou, pelo menos, prejudicaria o pensamento doautor, oferecendo ao leitor apenas um fragmento desse mesmopensamento, como se observa em:

"SERENATA

Não sei porque nas horas sossegadas,Comove tanto a música das ruas.

Parece que, alta noite, essas baladas,relembram coisas íntimas passadasEm fases mais ditosas de outras luas.

Parece que o cantar do boêmio errantevai derramando pela noite fora,Motivos simples de canções de outrora

Não foipor acaso

Eduardo MeiraFortalecida pela beleza que espargira no ar o vôo do

outro papagaio, Maria Luiza partiu obssessiva para en-contrar Lourival. Aquele único no mundo.

Até que um dia uma senhora leu o anúncio e tambémjá estimando o papagaio que surgira no quintal, ficou in-quieta diante o dilema de devolver a ave ou ficar com elapara si. Por fim, decidiu telefonar. Lá foi Maria Luiza bus-car o que agora seria, com certeza, Lourival. Ela estavase vendo, espelhada na determinação de sua querença.— Entre. O papagaio tá ali na janela.

Imediatamente Maria Luiza reconheceu Lourival ejunto com ele viria o aconchego da vida animal, fluidosinalcançáveis da natureza, o instinto vibrante de encon-trar na vida a cor e a luz.

Ali está bem "descrito": cor e luz. O sol cobrindo overde de Lourival, o azul escondido sob as asas em segre-do, as folhas avermelhadas dos crótons, próximas à ja-nela, estão sendo um instantâneo de vida, resgate de todaa plenitude da cor e da luz.

Lourival teria de admitir que sua aventura já chega-ra ao fim. A liberdade de partir teria um preço que se-ria, exatamente, o retorno. Para que tudo se suceda noenigma dos desencontros e reencontros.

Reminiscências de lugar distante.

Uma capela rústica, pequena,Ao pé do morro, entre árvores antigas...Outras vozes simpáticas, amigas...0 luar na aldeia... as noites de novena.

Os goivos das saudades que passaramRessuscitam, na alcova, a noite morta,quando esses boêmios passam pela porta,Cantando essas canções, que outros cantaram...

Lembram noites da infância... A alma assustada...Um tropel... um rumor... um bater d'asa...

As goteiras, chorando na calçada...0 caboré gemendo, atrás da casa...

Tudo desperta, no silêncio d'alma,Quando passam cantando pela rua,Na alcova, a insônia... lá por fora, a calma...E na volúpia que da lua transbordaA imagem da saudade branca e nua...

Depois, ao longe, um cão, que um ébrio acorda,Fica na solidão ladrando à lua..."

A outra poesia de Elmano, publicada no n° 21, de 23 de agostode 1924, apesar de longa, a mim pareceu que reflete bem a líri-ca, do autor:

"NOTURNO

Dentro da noite... aos pés da majestadeaugusta do silêncio, a terra dorme;e aos enleios do vento, em ansiedade,respira, estenuante, o ar da imensidade,arfando o seio vegetal enorme.

É a volúpia da terra, adormecida,para um sonho de amor, talvez, rolando,nos braços do infinito, procurandoas carícias de um sol que lhe dá vida.

Um dilúvio de terras inundandoAs côncavas triviaes da naturezae o império majestoso dos lavores,o fantasma das sombras cambaleando,entre as ruínas da estátua da beleza

o movimento estético das cores...

Vale de sombra... a alcova do mistériopara o vácuo do infinito encarcerada,tem de espectros sonâmbulos povoada,a soturna nediondez de um cemitério.

Entre as formas noturnas do arvoredono eterno soluçar de alma pagapassa o esqueleto trêmulo de medoembuçado na capa de Satan...

Gota de luz fosforecente, erguida,na asa de um pirilampo, sobre a relva;

que procura na terra anoitecidao Diógenes minúsculo da selva?...

Vem no papel humilde de comparsa:quer fazer luz precisamente quando,ébrio do vício, um monstro a presa esgarça,apetites necrofilos saciando...

Cantam... vem um rumor de serenata,acordando a saudade adormecida...o coração da virgem se dilataCom a sugestão de Fausto a Margarida.

Vai pelo espaço em fora, derramado,acorde de tristeza de alaúdeNotívago Romeu apaixonadoperturbando o sossego da virtude,na tentação do amor e do pecado.Passa o tempo, apagando, com a mãoos vestígios que restam do pernoite,a mutação; depois a sinfoniaé a madrugada: — o epílogo da noite...

O prólogo do dia...Muitas outra produções do poeta cearense-paraense pode-

riam ser relembradas, não fosse a limitação do espaço. Ellna-no se faz presente.

PilatosAlmir de Lima Pereira

t.

O rosto de Maria Luiza junto a Lourival cercava-o,mais uma vez, da realidade, apesar de que sempre se po-deria valer da emoção de sua aventura. Ninguém maisretiraria dele a fulgurância de seu vôo de fuga.

Lourival voltou para casa. Shirley Mariaentusiasmou-se: — Que bom! D. Maria Luiza, esta casavai voltar a ser alegre com ele.

— Pois é, disse Maria Luiza absorta na expressão dopapagaio.

Os dias se passaram e Lourival iniciou a ter um pro-blema no pé e uma dermatite, além de dar sinais de tris-teza. E assim foram tomadas as providências. Umveterinário para Lourival. Ele observou-o atentamente earrematou: — Este papagaio apresenta uma neurose.

Também os animais têm neuras e, Lourival, até quecapacitado pela natureza a falar, é impossibilitado de con-tar seus anseios.

Ontem Lourival escalou a mesa antiga da sala e, noalto, misturou-se aos objetos de opalina. A arte e a natu-reza, por fim, reuniam-se inesperadamente e revelavam,através da inanimidade das formas ém opalina e dos mo-vimentos curiosos de Lourival, o intransponível momen-to em que a cor comemora a beleza e a vida.

A gente até pensa que não, mas as histórias são sem-pre iguais.

Pois é.

José ValenteO Brasil não foi descoberto por acaso. Pois as

indicações de Aristóteles, de Sêneca e do CardealPedro D Ailly mandavam procurar a índia pelo Oci-dente. Enquanto isso, o livro e o mapa de Marco Pólo— adquiridos pelo Príncipe Dom Pedro, em 1428 -E as idéias de Martim Beneim, Diogo Gomes, FreiBartholomeu de Las Casas, mapa de Albert Canti-no e mais documentos arquivados na Torre do Tom-bo confirmavam aquelas indicações. Certo é que,muito antes de Colombo, os portugueses estiveram,por várias vezes, na América do Norte de hoje.

Entretanto, essas viagens foram mantidas emrigoroso segredo pelos portugueses, pois era proi-bido traçar cartas de marcar, para que os estran-,geiros não pudessem peicorrer os caminhos cujoconhecimento constituía a riqueza de Portugal.

Quando a Espanha cantou em verso e em pro-sa a descoberta do caminho para a índia, atravésde Colombo, Portugal sabia que era inverídico. To-davia, o Rei Dom João II pôs as suas barbas de mo-lho; era necessário legalizar, como descobertas, asterras onde os seus navegadores já haviam aporta-do. A enorme esquadra estava quase pronta parauma viagem à índia.

O Rei Dom João II mandara construir uma for-midável flotilha de alto-mar. Eram treze caravelas.Dom João II - Príncipe Perfeito —- não confiava noacaso. A volta triunfal de Colombo pouca coisa in-fluiu nos planos do rei. A viagem seria para a In-dia. (...) "porém que a esquadra, em toda terradesconhecida que aportasse, tomasse em nome dacoroa portuguesa", (livro História do Brasil —1500-1627, Frei Vicente do Salvador, revista por Capis-trano de Abreu e Rodolfo Garcia — Edições Melho-ramentos 1954 - Quarta Edição).

Infelizmente, Dom João II não viu balouçandono Tejo a sua esquadra. Em 1945, o rei falecera ecoube ao seu sucessor, Dom Manoel, o simples tra-balho de saborear o fruto sazonado. A fina-flor damarinhagem, provinda da famosa Escola de Sagresguarneceu as caravelas. Para comandar a frota, láestava um (...) "almirante de 32 anos, Pedro de Gou-vêa Álvares Cabral, que tinha como subalternos ofísico-mor e cosmógrafo do rei, o Mestre João, por-tando o mapa-múndi de Pero Vaz Bisagudo, onde es-tavam marcadas as terras a descobrir; o piloto-morda esquadra Duarte Pacheco Pereira e os capitães-de-caravela Bartolomeu Dias; Vasco de Athayde;Pero Dias; Ayres Gomes da Silva; Simão de Miran-da; Pero de Athayde; Diogo Leitão, Gaspar de Le-mos; Luís Dias; Simão de Pensa; Nicolau Coelhoe Sancho de Tovar (este com apenas 19 anos)", (li-vro Brasil - Os Portugueses ao encontro da sua his-tôria, Maria Calado - Centro Nacional de Cultura- Lisboa - Portugal. 1989).

Com exceção de Vasco de Athayde, esses ho-mens descobriram o Brasil.

A figura bíblica de Pilatos,ressaltada pelo seu gesto, ante osacrifício de Cristo, nas mãos in-gênuas do povaréu, com a senten-ça proferida: "Lavo minhasmãos em sinal de que sou um ino-cente da morte do Filho deDeus", cresce nos tempos pre-sentes

Há, no desenvolver dos mo-mentos atuais, um estímulo a sereproduzir Pilatos, quando se re-crimina ps que escolhem a pas-sividade, diante das obrigaçõesque são inerentes ao desempenhodaqueles que têm a guarda dasdecisões.

Diante das situações enfren-tadas na solução de problemasde caráter público, encontra-sequem escolha o veredicto do nãocomprometimento, saindo-se pe-la parábola da hipocrisia, paraevitar que seja conhecido nassuas atitudes.

Há, também, os que fogemda clareza de suas ações pela co-vardia ou para que estejam con-tinuamente longe do desagravodos que os cercam. Seria, então,a posição mais cômoda, que na-da mais é do que o desaparecerna responsabilidade.

Há, ainda, os que usam dacrítica para censurar os que sedefinem destacadamente, nos de-sates mais gravosos, consideran-do para quem assim procede umdesgaste pessoal. São os omissos,que preferem o meio termo, e anão contrariedade para as benes-ses do tolerado, longe do olharatravessado dos submetidos ajulgamento.Enfim, uma minoria queprefere a fuga do dizer, de serfranco, assumir o pensamento,desvendando o seu sentir, cha-mando para si a responsabilida-de, sem ter medo dacontrariedade.

Mas, se comodamente os Pi-latos retraem-se nas atitudes,deixam sob o jugo dos donos doPoder os inocentes, os abandona-dos, os aprisionados física e mo-ralmente. Simplesmente,julgam-se na condição de consi-derarem os outros os culpados dodesnível social e moral dos seussemelhantes.

Se os Pilatos não têm a cora-

gem de reagir contra a iniqüida-de. quedam-se na inércia, naestratégia de se resguardarempara aproveitamento das graçasdos algozes, que necessitam pa-ra usufruírem dos regalos deuma vida mais favorecida.

Estão, aí, no correr de cadadia, melífluos, sem transparên-cia nas suas opiniões, à espera doque os defrontam, deixem vis-lumbrar seus pensamentos paraseguirem-nos apressadamenteem suas opiniões.

Parece que, cresceu, entre oshomens o medo da verdade, naacepção de que esta maltrata efere. Com isso, não é difícil quese deixem inocentes sofrerem asagruras de uma condenação,acobertando-se a realidade coma libertação dos culpados.

Ninguém quer aceitar a ver-dade, pois é preferível se omitir,na pretensão de se ter sempre ópoder, no propósito de se deixara maioria sem reflexão, sem osolhos atentos para o raciocíniocorreto co que é o bom, o justo,o legal.

Trazem os Pilatos a prefe-rência pela ocultação da verda-de, caiando-se, silenciando, anteo mundo que leva à condenaçãodo ignorado na escravidão dosque os cercam.

Manipulam os indiferentes, ocomodismo, a preguiça que alie-na na análise da situação dos jul-gados perante os tribunais daconsciência, deixando-os aoagravo desumano, que os degra-da no seu conglomerado so-cietário.

Os Pilatos se escondem nacovardia e nela revelam o seu de-sígnio do recosto à indiferença,no gozo do fácil, da indisposição,com aqueles que lhes são maispoderosos.

Eles não defendem o que es-tá sendo injustamente con-denado.

Eles não são os advogadosdos que sofrem e são injus-tiçados.

Eles não defendem o bem ea verdade, e nem condenam a in-justiça.

Eles não compõem um tribu-nal que se ache às causas justase exatas.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 23

Homens <S^Negócios

GUARACY DE BRITOSUPERMERCADOS

Fontes autorizadas da Associação Brasileirade Supermercados informaram que as vendas au-mentàram dois por cento durante os meses de ja-neiro e fevereiro. Segundo as mesmas fontes, nãohá desabastecimento, mas está prevista uma cri-se de abastecimento na hipótese da reposição desalários chegar aos níveis de mais de 40%, rein-vindicados pelas centrais sindicais.

Os supermercados estão trabalhando com umlucro médio de um por cento, quando a margemnormal seria de três por cento, o que representaperda de lucro no setor. Com relação ao desapa-recimento de determinadas marcas de produtos,a Abras informou que as empresas apenas as têmtrocado por outras marcas.

As fontes só esqueceram de dizer que a trocatem sido por produtos de qualidade inferior.SEMÁFOROS

Enquanto os órgãos técnicos do Detran capri-cham nos estudos para conseguir novas taxas dosusuários, alguns de seus serviços deixam muitoa desejar. É certo que de uns tempos para cá jáse encontra pelas ruas a presença de guardas detrânsito, embora em quantidade que muito deixaa desejar. Entretanto, os ônibus já estão fazendoo que bem entendem, sem respeitar as faixas si-nalizadoras de seu trajeto, não apenas ameaçan-do outros veículos com suas 'fechadas", comocontribuindo para maior balburdia no tráfego.

Agora por toda a cidade os semáforos apre-sentam defeitos, tornando vários pontos mais pe-rigosos do que se no local nada houvesse. É bomlembrar também, que esses sinais não obedecema uma uniformização no tempo de advertência,ora rápidas demais, ora demorando mais do queo necessário, criando mais problemas aos moto-ristas.BOEING 707

A propósito dos últimos acidentes aéreos comos aparelhos do tipo Boeing 707, foi lembrado que,em 1979, o brigadeiro Hugo de Miranda e Silva, queocupava a presidência do Infraero, afirmou queos Boeing 707 adquiridos por empresas brasilei-ras teriam "uma duração de cinco anos" e o mo-delo deveria ser, após esse tempo, desativado porser "muito barulhento " e estar "superado". A de-sativação preconizada, todavia, nao aconteceu.

Aliás, o excesso de barulho é o principal pro-blema, tanto que os Estados Unidos, através desuas autoridades aeronáuticas, passaram a exigirmodificações técnicas visando à redução do rui-do. Nos dias atuais é proibido operar com esse ti-po de aparelho em território norte-americano,tanto que para ir aos Estados Unidos, no Boeing707 presidencial, Sarney terá de obter permissãoespecial.POUPANÇA

As aplicações em caderneta de poupança pas-saram a ser, inegavelmente, a melhor opção parao investidor pessoa física que está sendo mais ta-xado em suas operações de "overnight" e no fun-do de curto prazo.

Tbdavia, as instituições financeiras continuammuito cautelosas, tanto que não querem receberindiscriminadamente depósitos nas contas de pou-pança para remuneração por uma regra transi-tória. A taxa da Letra Financeira do Tesouro(LFT) só vai corrigir os saldos da poupança atéo final do próximo mês.URUCU

A Associação Brasileira de Produtores deUrucu, por seu presidente, o pecuarista EmílioCoelho, e a Secretaria de Agricultura do Estado,através de seus titular Joaquim Lira Maia, firmouconvênio dos mais importantes. A Sagri doou 70mil mudas de urucu à ABPEU para distribuiçãogratuita a seus associados.

Os produtores que estiverem interessados nes-sas mudas devem procurar a sede da Associação,no Terminal Rodoviário, sala 112, onde serãoatendidos.

GOSSIPS Bastante louvável es-

sa iniciativa do BancoFrancês e Brasileiro emtrazer, para uma exibi-ção em Belém, o consa-grado Le Jeune Ballet deFrance. A apresentaçãoserá terça-feira, às 21 ho-ras, no Teatro da Paz.ir tr tt Léo Cocharne Jú-nior, que é o novo presi-dente da Febraban e daFenabran, poderá vir, emmaio, a Belém, para pro-ferir palestra ao empre-sariado paraense, ttttítA Mape, empresa de en-genharia de Maneco Bisidos Santos, programandodois lançamentos: emSalinas, um edifício re-sidencial, o "Saveiro"; emBelém, um prédio exclu-sivo para consultórios, naDom Romualdo de Sei-xas com a Senador Le-mos. it it -ü David Abudalinhavando várias ex-cursões para as férias dejulho, através de suaGran-Pará Turismo. Trêsserão para os EE.UU., co-meçando pelos EpcotCenter & Disneyworld, naFlórida. Outra será pordiversos países da Euro-

pa. Todas saindo de Be-lém. it it it A Vale do RioDoce já programou: esteano fará um investimentode nada menos do quetrês milhões de dólarespara a proteção ambien-tal do Projeto Carajás.•tt it it Alexandrino Mo-reira, o diretor do Ban-fort, tirou miniférias estesdias. Foi rever a famíliaem Belo Horizonte.it it ir Paulo Martins jáestá dando início às obrasdas novas instalações dosseus restaurantes Lá emCasa e O Outro, tambémna Governador José Mal-cher, mas na residênciaque era da família deCláudio Dias. No final demaio, o mais tardar, querfazer a mudança, ir it itAbdias Arruda do Ama-ral, à frente da nova di-retoria da Ademi-Asso-ciação dos Dirigentes deEmpresas do MercadoImobiliário, vai tomarposse no dia quatro deabril próxima Haverá ce-rimônia festiva, em co-quetel na boate daAssembléia Paraense.

As mudanças no IR do ano que vemBrasilia (Radiobrás) — Cerca de 8,1 mi-

lhões de contribuintes em todo o país se prepa-ram para preencher a declaração do Impostode Renda de 1989, referente ao exercício de 88.É bom lembrar que, segundo a atual legisla-ção, a declaração deste ano será a última que ocontribuinte terá direito à restituição do impôs-to recolhido a mais. Com a nova legislação, 5,4milhões de contribuintes estarão livres da tare-fa no próximo ano, pois estarão isentos do pa-gamento ou irão recolher através do mensalãoou de carne-leão.

A declaração do Imposto de Renda destemês traz três alterações em relação aos anosanteriores. As modificações são: dedução dasdespesas com seguro de vida; cobrança de im-posto sobre os ganhos obtidos em operações domercado futuro, em alíquota de três por cento;e a terceira, a existência do anexo II junto aoformulário que dev erá ser preenchido peloscontribuintes que possuem bens. para encon-trar o valor do patrimônio a ser declarado, ocontribuinte deve dividir o valor da aquisiçãodo produto pelo valor da OTN no mês em quefoi feita a transação comercial. O resultado se-rá multiplicado pelo valor da OTN de dezembrode 88-NCzf 4,79.

Estão obrigados a apresentar a declaraçãodo Imposto de Renda do exercício de 88 os con-tribuintes que obtiveram rendimentos tributa-veis superiores a NCzf 620,00, as pessoas comdireito a restituição de Imposto ou aquelas cujorendimentos não tributáveis ou tributados ex-clusivamente na fonte tenham excedido a NCzf1.100,00. Também estão obrigados a declararos contribuintes que adquiriram bens superio-res a NCzf 9.000,00 no ano passado, e aquelesque possuírem propriedades rurais que soma-rem mil hectares, ou tenham produzido receitabruta superior a NCzf 3.000,00.

A Secretaria da Receita Federal colocou àdisposição dos contribuintes dois modelos deformulário. O simplificado (verde) e o modelocompleto (azul). O modelo verde permite a de-dução até 25% da renda bruta do contribuinte,com limite máximo de NCzf 600,00. O modelo

completo também deverá ser preenchido obri-gatoriamente pelos contribuintes que obtive-ram ganhos de mais de uma fonte em 88 ou quereceberam pagamentos de outras pessoas enão tenham recolhido, em 88, pelo trileão oucarne-leão.

AbatimentosO contribuinte não deve esquecer que na

declaração deste ano ainda são permitidos aba-timentos sendo eles: desconto padrão: podeatingir até 25% da renda bruta, obedecendo o li-mite máximo de NCzf 600,00. Se o contribuinte,por exemplo, teve rendimentos de NCZf 1 mil enão possuí todos os recibos que permitem aba-timentos, como despesas médicas, deve utili-zar o formulário verde e esta dedução padrão.Dependentes: devem ser abatidos NCzf115.00 para cada dependente. Educação: de-vem ser deduzidos NCzf 116,00 para cada estu-dante mantido pelo contribuinte, incluindo elepróprio.

Aluguel e SFH: o contribuinte mesmo quetenha optado pelo desconto padrão, poderáabater as despesas de aluguéis até NCzf 340,00.Seguro Saúde: As despesas com saúde poderãoser abatidas na totalidade. O seguro deverá serrestrito à NCzf 310,00 em todo o ano. Doações:poderão ser abatidas também doações a enti-dades filantrópicas, a instituições de pesquisa,desde que não ultrapassem a 20% da renda bru-ta anual do contribuinte.

Ações: poderão ser abatidas também asubscrição de ações de companhias do Nordes-te e da região amazônica até o limite de 45% daaplicação, desde que não ultrapassem a 6% doimposto a pagar.

Pait: os planos de aposentadoria integraldo trabalhador assim como os depósitos em pe-cúlio e instituições de previdência devem serdeduzidos até o limite de NCzf 930,00.

PrazosOs contribuintes que têm imposto a pagar

ou a ser restituído deverão entregar a declara-ção do Imposto de Renda, à rede bancária, atéo dia 28 de abril.

Mannesman fala apenaem antecipação salarialBelo Horizonte (AE) — A Man-

nesmann retomará segunda-feira, asnegociações com os 8,000 metalúrgi-cos que, durante 11 dias, ocuparam asiderúrgica em greve por melhoressalários. Mas ao contrário do que es-peravam os operários, a empresa pro-mete oferecer apenas uma "antecipa-ção salarial" ao invés dos 26% de"reajuste salarial" que contribuiu pa-ra o fim da greve e desocupação da si-derúrgica na quinta-feira. Também a"estabilidade" no emprego por 90dias, esperada pelos metalúrgicos,não será prometida pelaMannesmann.

Com o fim da greve e a reintegra-ção de posse da usina, a Mannesmannjá está funcionando normalmente,desde a Sexta-Feira Santa mas a pro-dução costumeira de duas mil tonela-das dc aço bruto por dia só será recon-quistada hoje ou amanhã, quando o ai-to forno que esteve sob ameaça de ex-plosão durante a ocupação será recu-perada e atingirá a temperatura decem graus centígrados. A empresa in-formou que durante a greve e a ocupa-ção deixou de faturar USf 1 milhãopor dia.

Com o reinicio de suas atividades,a Manessmann, através de seu geren-te de Comunicação Social, Antônio

Carlos Ratton, distribuiu nota àimprensa:"Comunicamos que ficou acerta-da para segunda-feira próxima, dia27, às 9 horas, na empresa, a primeirareunião com o Sindicato dos Metalúr-gicos de Belo Horizonte c Contagem,que dará inicio às negociações de pau-tâ informadas pela diretoria da Man-nesmann S/A ao senhor Delegado Re-gional do Trabalho, que se incumbiude transmiti-ta ao sindicato".

EletricitáriosBelo Horizonte (AÇl) — A greve

dos eletricitários da Companhia Ener-gética de Minas (Cemig), que entrahoje no 130° dia, teve ontem adesão demais duas grandes cidades do Estado,Uberlândia e Governador Valadares.Com isto, aumenta ainda mais o riscode blecaute no fornecimento de ener-gia elétrica nos estados Sul e Sudeste.

Na segunda-feira, o movimentoterá ainda mais força. Em assem-bléia, os eletricitários de Montes Cia-ros e Ipatinga também deverão optarpela greve. As conseqüências são tãodrásticas que estão preocupando atémesmo ex-diretores da Cemig. Ontemdois deles, que não quiseram ser iden-tificados, enviaram telegramas aoMinistério das Minas e Energia pedin-do providências urgentes para que oblecaute seja evitado.

Salva-vidas também grevamTabela de cálculos do IR

Classe de rendalíquida anual

NCzS

Alíquotapor cento

Parcela a deduzir

Até 620,00620,01 a 1.270,001.270,01 a 1.951,00...1.951,01 a 2.725,00..2.725,01 a 3.592,00..3.592,01 a 4.768,00..4.768,01 a 7.245,00..7.245,01 a 10.217,00.Acima de 10.217,00...

.zero Isento

...10 62,00

...15 125,50

...20 223,05

...25 359,30

...30 533,90

...35, 777,30

...40 1.139,55

...45 1.650,40

Salvador (AE) — A greve dossalva-vidas da Prefeitura de Salva-dor, decretada no início do feriado daSemana Santa, provocou a morte deum banhista por afogamento anteon-tem, na praia do Porto da Barra. Aacusação foi feita ontem pelo diretordo Salvamar — coordenador do Salva-mento Marítimo, Deyton Carvalho,que responsabilizou os grevistas pelosafogamentos que aconteceram duran-te o movimento.

Por causa da paralisação, o Sal-vamar está funcionando com apenasdez dos trinta postos que mantém naorla marítima de Salvador. O afoga-mento de anteontem teria ocorridopor volta das 16 horas, uma hora de-pois do posto de salva-vidas do localdeixar de funcionar. Ontem, mergu-

lhadores do órgão tentavam localizaro corpo da vítima ainda não identifi-cada, nas praias da Barra.

O prefeito Fernando José classifi-cou a greve de "um atentado a vidados banhistas" e ficou particularmen-te irritado com o fato do vereador Ja-vier Alfaya, do PC do B, estar coman-dando um piquete na sede do salva-mar, situado na praia de Pietá.

Trabalharam no Salvamar 120funcionários, a maioria salva-vidasque decidiram aderir a greve dos fun-cionários da Prefeitura — decretadana semana passada por causa uo cur-te das gratificações especiais. Com asgratificações o maior salário de umsalva-vidas chegava a NCzf 247,83.Com o corte esse valor foi reduzidopara cerca de NCzf 125,00.

Cadê o coe-lhinho que tavaaqui? Olhou prum lado.

Olhou pro outro.Avistou, na infância dagente, o lugar secreto onde seguarda toda a imaginaçãoAí brincou,cresceu, pulou, sumiu.Deixou a emoção da Páscoa.E deixou dito pra vocêdividir essa emoção coma gente.

BANCO DO BRASIL S.A.

Safra demilho estáameaçada

São Paulo (AE) — Oabastecimento de milho nopaís poderá ficar compro-metido no segundo semes-tre, segundo previsão feitaontem por técnicos do setorde comercialização do Ins-tituto de Economia Agríco-Ia (IEA), da Secretaria deAgricultura e Abasteci-mento do Estado de SãoPaulo. Segundo esses técni-cos, o abastecimento "vaidepender da influência dascondições climáticas na sa-fra no Nordeste e do com-portamento dos setoresconsumidores de milho-avicultura, suinocultura eoutros — que está direta-mente ligado à tendênciade crescimento daeconomia".

Segundo o IEA, até 30de janeiro o governo dispu-nha de 2,65 milhões de tone-ladas de milho em estoque,tendo consumido cerca de200 mil toneladas em feve-reiro. Assim, o estoque ofi-ciai do início do ano comer-ciai é de 2,45 milhões de to-neladas que, somado ao dosetor privado de 600 mil to-neladas, e a estimativa deprodução nacional de 24,3milhões de toneladas, re-sulta em um total de 27,3milhões de toneladas. "Es-se volume deve ser sufi-ciente para atender o mer-cado até fevereiro de 1990.Como a demanda estimadaé de 25 milhões de tonela-das — dizem os técnicos doIEA — a diferença de 2,04milhões é exatamente oque se espera da safra doNordeste, a ser colhida nosegundo semestre. Ocorreque, historicamente, a sa-fra nordestina tem ficadoum pouco abaixo dessevolume".

Ainda de acordo comtécnicos do IEA, a maior

§arte da colheita do milho

everá ocorrer durante omês ae abril, devido aoatraso do plantio, "no curtoprazo, o produtor está dian-te de indefinições, como vo-lume de recursos para a co-mercialização, taxa de ju-ros e política de preços mi-nimos, que vão determinarse ele deve guardar o milhoou forçar a venda para ogoverno. Nesse contexto, arelação preço de mercadopreço mínimo será um im-§ortante

indicativo para aefinição do produtor na

comercialização da safra".

IOB EVOLUI SEU SISTEMA DE ENSPARA A TECNOLOGIA DO VÍDEO.SISTEMA TRIBUTÁRIO NA NOVA CONSTITUIÇÃO EM VT.A

lil.il imcIt-VIIS

. nova Constituição da República, promulgada em outubro de 1988, trouxe tantas alterações, quehoje podemos dizer que, seguramente, temos um outro Brasil.Mas os verdadeiros efeitos dos mandamentos constitucionais começam a ganhar importância na vida práticada nação já em 1989, com as leis que implementarão suas normas.Na esfera tributária as alterações foram bastante profundas e o Sistema Tributário, previsto na nova Carta, en-tra em vigor agora em março de 1989.Assim, para você que está envolvido com os problemas tributários decorrentes dessas mudanças e ainda nâo te-

ve a chance de ouvir um especialista na matéria, IOB evolui seu sistema de ensino e treinamento para a tecnologia do vídeo.Esta é uma oportunidade única de você, comodamente em sua casa ou escritório, ver e ouvir o eminente tributarista

prof. Ives Gandra da Silva Martins, que examinará o Sistema Tributário na nova Constituição com todasua perícia e habilidade no assunto. Veja o programa examinado pelo prof. IvesGandra:Normas Gerais'As Espécies Tributárias e as Limitações Constitucionais _ m» ^^Os Impostas da União y H^"«k"» RUa O dc Almeida, 780Os Impostos Estaduais ^' I V^B Tels: 241.2203 224.9508Os Impostos Mumcpats inf-xm^SJtRTs 224.4906

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24 O Í/BEMÍ. Belém, domingo, 26 de março de 1989

INFORMÁTICA Banco de Dados

Definida a programação da V Sepaibit, bit, bit

Além da criação da Secretaria Especial de Ciência eTtecnologia, retirando atribuições de seu ministério, o mi-nistro Cardoso Alves recebeu mais uma penosa comunica-ção pelo Diário Oficial, de 14 de março último. Os seisprojetos da empresa Tecnologia Nacional de Ponta (Ten-po) — aprovados por ele — foram cancelados pela Secre-taria Especial de Informática **** O indeferimento damedida do ministro responde ao "não-enquadramento daempresa" no artigo 12 da Lei n° 7.232/84. Pela Lei de Infor-mática, a empresa Tenpo não é considerada nacional ****Atendendo a inúmeros pedidos, a Tecnologia abrirá vagaspara um curso especialmente voltado para executivos. Du-rante uma semana, os participantes desse curso receberãoinformações completas sobre o mundo da informática, vindoainda a fazer uso de microcomputadores naquilo que real-mente interessa para pessoas desse nível **** Maiores in-formações podem ser obtidas na sede da empresa *"" Apirataria no mercado de informática do Brasil foi alvo dematéria no número da revista Veja do dia 15 de março pás-sado. Segundo a matéria intitulada "Caça ao pirata", no Bra-sil cerca de 80% dos programas usados em computadoressão pirateados. **** O fato significa enorme prejuízo as em-presas fabricantes: só no ano passado, a venda de softwa-res poderia ter rendido 180 milhões de dólares às fábricas.Ao invés disso, só foram embolsados 30 milhões de dólares.**** O restante dessa vultosa quantia foi para os bolsos dospiratas, o que desencadeou uma verdadeira "caça" aos bu-caneiros. Na Fenasoft, no Rio de Janeiro, foi lançada cam-panha contra a pirataria. As empresas estão unidas contrao inimigo comum.

Radix lança supermicroA Radix S.A., com apoio da Pad Sociedade de Capital de Risco

S.A., está lançando o Radix M320 — um supermicro com sistemaoperacional compatível com o Unix System V da AT & T norte-americana e capaz de interligar até 120 terminais.

Resultado de investimento de US$ 2,5 milhões, o Radix M320 foidesenvolvido ao longo dos últimos 2 anos por uma equipe técnicaliderada pelo engenheiro Marcos Rosenthal, diretor da empresa.

Criado para atender às tendências internacionais de descentra-lização do processamento, o Radix M320 deverá ser utilizado pormédias e grandes empresas que necessitam de grande número determinais e conectividade com outros ambientes computacionais.

Segundo o diretor técnico da Radix, a expectativa de vendas du-rante os primeiros doze meses de comercialização está em tornode 200 unidades, o equivalente a 10% da demanda global previstapara este ano. "O sistema Radix M320 deverá disputar um merca-do estimado em 2 mil unidades em 89", diz Rosenthal.

Aprovado pela Secretaria Especial de Informática (SEI) em ou-tubro do ano passado, o supermicro será comercializado com o sis-tema operacional Sox, da Cobra Computadores S.A., e com o Pick,representado no Brasil pela Sistemas Inovativos. Marcos Rosenthalpretende com isto, oferecer maior número de opções ao usuário,principalmente em software e aplicativos.

Ainda segundo o diretor técnico da empresa, o supermicro se-rá comercializado através de canais indiretos de distribuição emvários Estados brasileiros.

Para tanto, a Radix está credenciando aliados estratégicos que,a rigor, terão desempenho de concessionárias."Nossos distribuidores, serão empresas já consolidadas, que

; prestarão também suporte e manutenção", diz Rosenthal.

Já foi definida pela comissão orga-nizadora da V Semana Paraense de In-formática (Sepai), a programaçãotécnica do evento. A Semena, que vai dodia 24 ao dia 28 de abril, no Centur, te-rá o seguinte cronograma de ati-vidades:

Nos dias 24,25,26,27 e 28, pela ma-nhã, será desenvolvido o curso "Mode-lagem de Bancos de Dados", peloprofessor Carlos Alberto Heuser. Nosmesmos dias, a partir das 12 horas, éa vez do professor Fernando A.C. Gomi-de ministrar o curso "Automação, Con-trole e Inteligência Artificial".

Na parte da tarde, estão programa-das as palestras de fornecedores dis-postas na seguinte ordem:

+ Dia 24-15:00 Palestra "IBM-Automação Comercial"

16:30 Palestra "Embratel-Protocolos para Redes".

+ Dia 25 — 15:00 Palestra"Beldata-Sistot"16:30 Palestra "IBM-

Automação Industrial"

+ Dia 26—15:00 Palestra "DEC-Arquitetura de Informação"

16:30 Palestra "Serpro-RedeSerpro de Serviço"

+ Dia 27 — 15:0C Palestra "IMB-Automação de Escritório"

16:30 Palestra "Prisma — Re-des Locais"

+ Dia 28 —15:00 Palestra "Unisys-BNAV 2"

16:30 Palestra "IBM-Automação Bancária"

Das 18 horas às 19:30 dos quatroprimeiros dias de Sepai, será discuti-da a aplicação da informática nos di-versos campos das atividadesprofissionais, através de experiências.No dia 24 será abordada a experiênciana área do comércio; no dia 25, é vezdos engenheiros e advogados relataremsuas experiências; no dia 26 será a vezdos cantadores e médicos e no dia 27,a Central Globo de Informática fará seurelato.

A programação técnica própria-mente dita é composta por apresenta-

ções de trabalhos técnicos, sempre nohorário de 16 às 18 horas, nos cinco diasda Sepai, além das seguintes palestrase painéis:+ Dia 25 —18:00 Palestra "Rede deComunicações — DEC"

-I- Dia 26 — 18:00 Painel "Automa-ção Industrial"

+ Dia 27 — 18:00 Palestra "Bancode Dados Semânticos — Unisys"

+ Dia 28—18:00 Painel "Automa-ção de serviços de Telecomunicações"

A programação noturna acontecea partir das 19 horas e vai até às 21:30.No primeiro dia de Sepai acontece a pa-lestra "ABAC Abertura"; no dia 25 opainel "Impacto social da automação";no dia 26 o painel "Inteligência artifi-cia' e automação"; no penúltimo dia daSemana ocorrerá o painel "Relações detrabalho na Informática" e no dia 28, acerimônia de encerramento da V Sepai.

As inscrições para a V Sepai estãoabertas e os interessados devem procu-rar maiores informações na sede daSucesu-Pa.

Filtro protetor de vídeo diminuios distúrbios visuais dos usuários

É notório que os monitores devídeo provocam nos usuários di-versos distúrbios visuais: fadigaocular, lacrimejamento, ardor navista, dor de cabeça, "moscas voa-doras", agravamento dos distúr-bios latentes da visão. Além domais, estudos recentes apontam osefeitos nocivos das ondas eletro-magnéticas emitidas por qualquertubo catódico pulsadas em fre-qüencia baixíssima e ultra-baixa.

Para eliminar esses efeitos, aempresa francesa D.M.S. desen-volveu, sob a denominação AQUI-LA PERMAMESH (Europa) eSHIELD PERMAMESH (EstadosUnidos), um filtro protetor de cor-tina retrátil extremamente eficaz.

O filho AQUELA é composto deuma microrede de monofilamen-tos em poliéster e poliamida comcobertura de carbono na trama ede poliamida na urdidura. Esta re-de é preto fosco do lado do usuárioe brilhante do lado da tela de vi-sualização de modo a formar umacaixa de luz. Por outro lado, é con-dutora de eletricidade de maneiraque seu fio de terra permita eva-cuar as cargas estáticas. Final-mente, o lado brilhante provém dométodo PERMAMESH, um pro-cesso de metalização por vapori-zação a vácuo de vários metaisque constituem uma liga deposita-da na superfície do filtro, forman-do uma verdadeira blindagemcontra as cargas eletromagnéticasem freqüência baixíssima e

ultra-baixa.Segundo o CEFI — Centro

Francês de Informação Industriale Econômica, o filtro AQUILAPERMAMESH devido ao seu pro-jeto de alta tecnologia, eliminamais de'8596 da ofuscação, dos re-flexos e das imagens especulares.Aviva os grafismos, as cores, ocontraste e realça a qualidade daimagem. O sistema de regulagemde distância permite um ajuste deacordo com a visão de cada usuá-rio, apagando assim os distúrbiosde visão sentidos pelos usuáriosdos terminais de vídeo. Proporcio-na a baixo custo uma proteçãoideal e sem restrições, por seradaptável a qualquer tipo de mo-nitor e não interferir com ousuário.

O filtro AQUILA e seu proces-so PERMAMESH foram testadospelo CNET (Centro Francês deEstudos de Telecomunicações )entre os filtros mais representati-vos do mercado, obtendo uma no-ta geral de 20/20 e pelo CEMEF(Centro de Estudos da Escola deMinas de Paris — Departamentode Superfície e Tribologia) queconfirmou a composição de altapermeabilidade magnética da ligaPERMAMESH.

Nota-se, finalmente, que o pro-cesso PERMAMESH se adapta avários substratos para aplicaçõesoutras que as da rede filtrante,atualmente em fase de estudo.(CEFI)

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O filtro elimina mais de 85% da ofuscação, dos re-flexos e das imagens especulares

SeminárioNos primeiros dias de abril um importante evento de-

verá mexer com a comunidade local de informática e ad-ministração. Trata-se do Seminário Avançado "Organização& Métodos para Analistas de Sistemas" que a Tecnoinf es-tara promovendo no Novotel-Belém, do dia 3 ao dia 5, emregime de tempo integral. Várias inscrições já foram efe-tuadas por empresas associadas a Sucesu-Pa, gozando dodesconto de 10% concedido pela Tecnoinf. O programa doseminário inclui a discussão sobre o que é o O&M, o papeldo analista de O&M, considerações sobre Organização deEmpresas, Processos e Técnicas de Análise e Planejamentode Sistemas de Informação.

Para apresentar o Seminário, a Tecnoinf convidou An-tônio Rodrigues de Andrade, administrador de empresascom pós-graduação em Sistemas de Informações, profes-sor do Departamento de Informática da PUC/RJ ejjeren-te do Departamento de Organização e Serviços da CentralBrasileira de Cobrança. Antônio Andrade já apresentou vá-rios seminários em empresas como a Dataprev, a PetrobrásDistribuidora e Banco da Amazônia. Maiores informaçõesna própria sede da Tecnoinf.

ConsultoresO Minascentro, em Belo Horizonte, Minas Gerais, será

palco, entre os dias 3 e 6 de abril próximo, do I Semináriode Consultoria Empresarial e de Informática. O evento es-tá dividido em palestras, cursos e feira e contará com a par-ticipação de importantes nomes da área de informática. OSeminário será promovido pela Holos Consultores Associa-dos LTDA e organizado pela Gestão e Desenvolvimento.

Entre as palestras agendadas estão: "A era dos servi-ços e a automação". Os empreendimentos e as estratégiasempresariais frente ao quadro sócio-político e econômicodo país" e "Tendências do gerenciamento dos anos 90". Du-rante todo o evento uma feira vai proporcionar aos empre-sários e demais profissionais ligados ao setor uma excelenteoportunidade de conhecer o alto nível dos trabalhos que asempresas consultoras vêm desenvolvendo. Maiores infor-mações podem ser obtidas na Holos Consultores Associa-dos LTDA.

C&TA criação da Secretaria Especial da Ciência e Ttecnc-

logia, no dia 16 de março último, não atende integralmenteàs reivindicações apresentadas pelo grupo de representan-tes da comunidade científica que, nos dias 9 e 10 de marçoforam chamados ao Palácio do Planalto para negociar como chefe do Gabinete Civil, Ronaldo Costa Couto, uma solu-ção capaz de retirar a área de C & T da absoluta penúriaem que se encontrava, em função da retenção de verbas or-'çamentadas, até mesmo no que se refere a parcelas do anopassado. Outro objetivo do encontro era a busca de uma saí-da institucional que desse fim a absoluta impossibilidadede diálogo e convivência entre Roberto Cardoso Alves e se-tores de C & T. O próprio Planalto ofereceu a alternativade uma secretaria, mas acabou não cumprindo itens fun-damentais do acordo. O apelo dos cientistas foi que a novasecretaria tivesse atribuições efetivas de ministro e nãoprerrogativas do cargo. A prevalecer essa situação, o futu-ro secretário especial de C & T não poderá coordenar o Con-selho Nacional da Informática e Automação (Conin) que,embora seja presidido pelo presidente da República, na prá-tica sempre foi secretariado — por delegação — pelos ex-ministros da C & T. Há dúvidas quanto a possibilidade dotitular da nova secretaria presidir o Conselho de Ciênciae Tecnologia (CCT). E este foi um dos pontos mais impor-tantes colocados pelos representantes das instituições cien-tíficas que compareceram ao Gabinete Civil.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O A/BFAMI INTERNACIONAL 25

Gandhi revelará relatório secreto* Proposta de,' Bush une o

CongressoWashington (UPI) —O

projeto de ajuda aos "con-trás" anunciado anteontementre o governador republi-

. cano do presidente Bush e oslíderes democratas do Con-gresso vira uma nova pági-na na história da políticaexterna bipartidária norte-americana.

Como disse Bush, a pro-posta pode significar que ogoverno norte-americano,antes dividido, agora "fala-rá com uma só voz sobre aAmérica Central.

O secretário de EstadoJames Baker e líderes doCongresso dos dois partidossaudaram o novo pacto co-mo "histórico" e previramque levaram a uma aborda-gem bipartidária com rela-ção a outros problemasglobais.

! Foi uma rara demons-tração de unidade quandoBush, Baker e os parlamen-tares se reuniram no salãode imprensa da Casa Bran-ca e se congratularam mu-tuamente por suasolidariedade numa questãoque dividiu o Congresso e opresidente Reagan durantea maior parte de seu man-dato de oito anos.

Por mais que tentasse,Reagan — que certa vez de-clarou "eu sou um contra" —

, não conseguiu arregimentarapoio público suficiente pa-

.. ra um envolvimento adicio-nal norte-americano naAmérica Central.

E o que é pior, seu com-promisso com os rebeldesque combatem o governo es-quedista da Nicarágua levouao pior escândalo de seu go-verno, a crise Irã-contras,na qual seu governo procu-rou secretamente manter osrebeldes abastecidos numahora em que o Congressoproibira a assistência oficialaos guerrilheiros.

Há muitas décadas quedivisões sobre política ex-terna não acabavam tãoharmoniosamente, como amaioria dos presidentes gos-taria que acabassem.

O final da segunda guer-ra mundial levou a uma no-va era de iniciativasbipartidarias externas, en-tre elas a reconstrução daEuropa devastada pelaguerra e a desmilitarizaçãodo Japão. Mas a guerra doVietnã e outras aventuraspresidenciais em conflitosexternos provocaram cho-quês memoráveis com ocongresso.

O governo Reagan pare-cia obcecado com a Nicará-gua, decidido a criar eapoiar uma assistência ar-mada durante anos. Inicial-mente, o presidenteencontrou eco no Congresso,mas logo os parlamentaresse mostraram relutantes emfornecer mais ajuda militar,porque os rebeldes não con-seguiam fazer um progres-so significativo em sua lutapara derrubar o governo deManágua ou pelo menos for-çar os sandinistas a honraras reformas prometidasquando subiram ao poderem 1979. Ironicamente, oacordo sobre assistência fi-nanceira anunciado anteon-tem foi negociado por Baker,que esteve ligado aos oitoanos da presidência de Rea-gan — primeiro como chefeda Casa Civil e depois comosecretário do Tesouro —quando a América fez umgrande esforço militar paraajudar os "contras".

Ao anunciar o plano, Ba-ker reconheceu o fracassoda abordagem adotada porReagan e pôs a culpa nasprofundas divisões entre aCasa Branca e o Congresso.Mas o pacto significa umtriunfo para Baker, um hábilconciliador, em seu novo pa-pel de principal assessor depolítica externa de Bush.

"Hoje, demos os primei-ros passos importantes paraa construção de uma bem-sucedida política externa bi-partidária na América Cen-trai", disse Baker. "Issosignifica o fim da guerra?Esperemos que sim."

O presidente da Cama-ra dos Representantes, JimWright, o democrata eleitopelo texas que irritou Rea-§an por sua oposição a aju-

a militar aos "contras eseu apoio a iniciativa de pazregionais, qualificou o novoplano de "acordo dé propor-ções históricas", e disse que ,significava "confiança mú-tua" e o restabelecimento do Ipartidarismo.

O líder democrata dosenado, George Mitchell,concordou. "Se aprendemosalguma coisa, foi que nenhu-ma poli tica externa pode sermantida se não houver apoiopúblico.

Delhi — O primeiro-ministro da In-dia, Rajiv Gandhi prometeu, pntem, re-velar inteiramente, na manhã, o relatóriosecreto sobre o assassínio de sua mãe, aex-primeira-ministra Indira Gandhi, em1984.

O relatório tem causado grande agi-tação política, pois há rumores de que le-vanta suspeitas contra o mais fielcolaborador de Indira e membro do par-tido governista como participante daconspiração para matá-la.

A oposição tem reclamado a divul-

gação imediata do relatório, e havia pe-dido ao presidente RamaswamyVenkataraman que usasse seus poderesespeciais para forçar Raji Gandhi aapresentá-lo nas Câmaras Alta e Baixa.

Indira foi morta a tiros em seu pa-lácio por três militantes sikhs de suaguarda pessoal, dias após ter ordenadoa invasão do templo sagrado dessa seita.

Rajiv Gandhi disse que mostrará aoparlamento a cópia original do relatório,que não vem a público desde sua elabo-ração pelo serviço secreto em 1985.

MortesAmritsar, índia (UPI) —A violência

nascida da campanha dos sikhs fanáti-cos pela independência do Punjab custoumais nove vidas, ontem, neste Estado donorte da índia, duas das quais de habi-tantes da cidade santa dos sikhs, Amrit-sar, mortos por poderosa bomba quetambém feriu 26 pessoas.A polícia informou que entre as bai-xas estiveram três radicais abatidos du-rante um tiroteio de 90 minutos numacasa de fazenda do distrito de Hoshiapur

e que um dos mortos foi um extremistaprocurado por causa de mais de cem as-sassínios.

O Punjab vem sofrendo derrama-mento de sangue há mais de cinco anosem conseqüência da campanha dos ra-dicais que lutam para criar uma naçãoteocrática chamada Calistão — ou terrado puro —, causa pela qual já morreramtrês mil pessoas nos últimos 18 meses.

O vice-superintendente do Punjab,Paranjit Singh Siddhu, disse que a bom-

ba que explodiu em Amritsar, colocadanuma bicicleta abandonada no movimen-to mercado de Katra Jámial Singh, ma-tou dois homens e feriu 26 pessoas, oitodelas gravemente.

+ Os militantes atacaram de novopara criarem pânico", comentou à auto-ridade policial.

Estava no local da explosão, no co-ração da cidade santa dos sikhs, situa-da 400 quilômetros a noroeste de NovaDelhi.

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DE QUE LADO VOCÊ ESTA?

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ara você estar a favor de ou contra alguma coisa, antesde tomar uma posição, é preciso que você tenha uma

grande dose de informação sobre essa coisa.E, no caso do Io Encontro dos Povos Indígenas do Xingu,realizado em Altamira, informação foi o que você maisrecebeu, se você se manteve ligado na TV Liberal.Para a cobertura desse Encontro, realizado em Altamira, a500 quilômetros de Belém, bem no meio da FlorestaAmazônica, o Departamento de Jornalismo da TV Liberalmobilizou duas equipes, que alimentaram os telejornais darede e locais, numa troca de matérias com uma gama de

informações, cuja qualidadetambém pode ser

expressa em números:no total, produzimos 504minutos de imagens,que dariam para editar11 programas GloboRepórter. Para ostelejornais locais, aprodução foi de 220minutos, e, para osprogramas da RedeGlobo, mais 284minutos de imagens.Editamos 27 reportagenscom 72 minutos e 51segundos paraos telejornais locais.O total dessa coberturafoi de 90 minutose 15 segundos. Foi comocolocar no ar 8telejornais Segunda

Edição, com 10 minutoscada um. Mandamos, para

o Jornal Nacional, JornalHoje, Jornal da Globo, Fantástico e Bom Dia Brasil, 16reportagens com 46 minutos e 17 segundos.Seria como se a TV Liberal produzisse, sozinha, 2 JornalNacional inteirinhos.Voamos exatas 21 horas e 32 minutos, que dariam para cobrir4 viagens — sem escala — entre Belém e Miami.Em Altamira, trabalhamos o eqidvalente a 1.460horas/homem, afora as 560 horas/homem de trabalho, emBelém.Fizemos mais de 200 ligações telefônicas, sem contar o tempode telex com a Rede Globo.Destacamos para Altamira os repórteres Emanuel Vilaça eSilviane Neno, os cinegrafistas Gouvêa Júnior e PauloRoberto Ferreira, além de operadores de Vis e um técnico demanutenção.Em Belém, a dedicação foi total: dos motoristas à direçãogeral da emissora, com todo o apoio operacional eadministrativo.Mais de 300 jornalistas do mundo todo foram paraAltamira. A TV Liberal foi a primeira a chegar para acobertura do Encontro.Chegamos lá no dia 16, quatro dias antes daabertura do evento.Com essa vantagem, pudemos documentar todos ospreparativos dos índios no retiro Bethânia; fizemos e exibimosas primeiras reportagens "in loco", em toda a TV brasileira.Saímos na frente, e este foi um ponto, um diferencial quevocê só encontra numa equipe determinada, que trabalha comgarra.Já na própria quinta-feira, dia 16, a TV Liberal dava, noPrimeira Edição, um boletim direto do local, pelo telefone,enquanto que, à noite, chegavam para o Terceira Edição as

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primeiras imagens de Altamira. Daí em diante, nossaprodução foi ininterrupta, em todos os telejornais.Entramos no Jornal Nacional de sábado, e a Globo, então, foia primeira rede nacional a falar do local, com o repórterEmanuel Vilaça e imagens de Gouvêa Júnior.Fizemos o maior volume de produção jornalística que atelevisão local já exibiu sobre um evento.Mas4 todo esse empenho não teria chegado até você, em formade notícias, sem o apoio logístico que recebemos.Em Altamira, mobilizamos dois veículos. Em Belém,mantivemos um esquema de transporte de prontidão noAeroporto, em horários programados para trazer com rapidezas fitas à emissora. Mantivemos disponível, no aeroporto, umavião bimotor.Não ficamos apenas na cobertura da rotina do Encontro.Fomos além da notícia que o tema puxava.No Bom Dia Pará, entrevistamos o ecologista JoséLutzemberg, antecipando sua participação em Altamira, alémde outras autoridades em ecologia.Fizemos uma matéria no Museu Emílio Goeldi, mostrandouma pesquisa sobre a flora do Xingu, que pesquisadoresrealizaram, em função do projeto da barragem.Para Altamira, mandamos uma terceira equipe, com arepórter Leni Sampaio, que documentou em reportagem obairro Brasília, que pode ser inundado e onde a Eletronortefez amostragem de remoção de mais de mil famílias.Outro exemplo do ineditismo desse nosso trabalho: fomosconversar com os índios, para mostrar como é a primeirarefeição deles — típica pauta para o Bom Dia Brasil, matériade Emanuel Vilaça, veiculada pela rede no Bom Dia Brasildo dia 24 de fevereiro. Pela primeira vez na história da RedeGlobo, há quase 6 anos, o café da manhãfoi realizado no chão, à moda indígena, e tendo comoconvidados os próprios índios.Com iniciativas pioneiras como essas, procuramos levar atévocê um panorama o mais universal possível, fugindo daquestão indígena, problema localizado da barragem, paraexplorar temas paralelos e pertinentes, numa visualizaçãomais completa do Encontro.No dia 22, a equipe do repórter Emanuel Vilaça, queamanheceu no aeroporto de Altamira, entrevistou comexclusividade o cantor Sting e documentou, também, ainusitada cerimônia de boa sorte do cacique norte-americanoque o acompanhou nessa viagem.

Momentos de irreparável jornalismo, aquele com o sabordo furo, que corre na veia de todo jornalista que trabalha comgarra e determinação, tendo sempre o telespectador como apessoa mais importante, e por isso mesmo ser sempre aprimeira a receber a notícia, não importam os sacrifícios.Finalmente, nenhuma outra cobertura — en-volvendo um só evento — exigiu tamanhamobilização do nosso Departamento.O resultado foi bom; e a lição,melhor ainda.Um momento de crescimento e decofnpromisso para com a informação,com você.Por tudo isso, jamais poderíamosficar ausentes.Fomos lá, documentamos com garroe competência um assunto dedimensão que ultrapassafronteiras — para a história daexploração econômicada Amazônia.E, principalmente, paraque você possa, com essasinformações, tomar uma _posição nesta luta.

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26 INTERNACIONAL OUBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

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Missão secreta ativa E^3*Sm

Hosni Mubarak saúda Arafat e Hussein, no Egito

Egito trata paz coma OLP e a JordâniaIsmailia, Egito (AP) — Os

chefes de Estado do Egito e Jordâ-nia e o chefe da Organização de Li-bertação da Palestina (OLP) sereuniram ontem para coordenaruma estratégia de gaz com vistasa futuras conversações entre o pre-sidente George Bush e vários lide-res do Oriente Médio.

A reunião foi realizada na vés-pera do décimo aniversário do tra-tado de paz entre o Egito e Israel,o único firmado entre um Estadoárabe e o Estado judeu.

Fontes egípcias que pedirampara não ser identificadas disse-ram que as deliberações foramprecedidas por vários fatos alente-dores, inclusive a reunião dequarta-feira, na Tunísia, de repre-sentantes dos Estados Unidos e daOLP. Foi a primeira vez em queambas as partes entraram em te-mas substanciais desde que se ini-ciou o diálogo em dezembropassado.As fontes disseram tambémque a reunião de ontem tinha co-mo objetivo principal estabelecerum consenso árabe sobre a formade avançar nas gestões de paz queseriam tratadas com Bush. Omdos principais objetivos, acrescen-taram as fontes, é conseguir que osEstados Unidos respalde, e persua-da Israel a aceitar, a proposta deuma Conferência Internacional dePaz como ponto de partida de umprocesso de negociação árabe-israelense.

A conferência reuniria partesdiretamente implicadas no confli-to, inclusive a OLP, e os 5 membrospermanentes do Conselho de Segu-rança das Nações Unidas: EstadosUnidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China.

Israel se opõe a essa conferên-cia, por temer que seja pressiona-do a fazer concessões excessivas.O primeiro-ministro israelenseYitzhak Shamir insiste, além dis-so, que não se pode dialogar coma OLP, porque é um grupo ter-roriste.

Bush pretende receber Muba-rak em Washington a 3 de abril,Shamir no dia 6 e o rei Hussein a2 de maio.

As consultes árabes continua-rão na próxima semana com con-versaçoes entre Mubarak e o reiFahd da Arábia Saudita.

AnáliseCairo (AP) — O líder da Orga-

nização para a Libertação da Pa-lestina (OLP), chegou ontem aeste capital para analisar com opresidente Hosni Mubarak e o reiHussein, da Jordânia, formas deconseguir um avanço nos esforçosde paz nô Oriente Médio, informouuma agência de notícias.

A reunião de três dias come-çou ontem em Ismailia, cidade ad-jacente ao canal de Suez, indicouontem a agência Oriente Médio.

A reunião antecede a visiteque o rei Fahd da Arábia Sauditafará a capital egípcia na-segunda-feira.

Além disso, se realiza antes daviagem de Mubarak e Hussein aoEstados Unidos, onde irão susten-tar conversações com o presiden-te George Bush sobre os passosque serão dados para levar árabese israelenses à mesa de nego-ciações.

Mubarak se entrevistará comBush em Washington no dia 3 deabril, e Hussein visitará os Esta-dos Unidos no princípio de maio.

ííGuerra nas Estrelas"Cabo Canaveral (UPI) — Os Es-

tados Unidos colocaram em órbita,em missão secreta, um satélite "Del-te Star" equipado com câmeras delongo alcance e outros sensores queirá recolher "enorme" volume de da-dos para o projeto conhecido como"Guerra nas Estrelas". As informa-ções obtidas mostrarão como locali-zar com precisão eventuaislançamentos terrestres de mísseis nu-cleares inimigos, a partir do espaço.

O satélite, avaliado em 140 mi-lhões de dólares, foi lançado com su-cesso na sexta-feira por um fogueteDelta da Força Aérea, de 50 milhõesde dólares, após uma contagem re-gressiva mantida em sigilo em CaboCanaveral. Pesando 2,7 toneladas, o"Delta Star" foi posto na órbita pia-nejada 44 minutos após a decolagem,iniciando uma missão que durará nomínimo seis meses.

A mete do vôo, o terceiro condu-zido pelos administradores do proje-to "Guerra nas Estrelas", é estudar oambiente espacial e usar os novossensores para reunir dados sobre co-mo os vapores exalados por mísseispodem ser detectados por equipamen-tos em órbita.

Durante o curso do vôo, pelo me-nos meia dúzia de mísseis-testes se-rão disparados para servirem de alvoaos detectores do "Delta Star"."Esta é uma missão crucial pa-ra nós do ponto de vista científico ede engenharia", disse Michael Griffin,vice-diretor do projeto. Segundo ele,a missão foi conduzida porque é pre-ciso saber "como os mísseis apare-cem vistos do espaço quando sãolançados a partir da terra sob varia-das condições ambienteis"."Vamos provavelmente conseguirinformações em número superior aotempo que temos para analisá-las. Éuma quantidade enorme de dados",disse Griffin.

A colete de dados começou logona primeira órbita do satélite, quan-do ele observou o segundo estagio dofoguete Delta enquanto o seu motorera religado duas vezes para uma sé-rie de manobras antes que fosse co-mandado para mergulhar de volte naatmosfera.

"Os dados sobre fumaça de fogue-te até agora são medidos em segun-dos", explicou o coronel da ForçaAérea Michael Rendine, supervisor doPrograma Delta Star para o "Guerranas Estrelas". "Quando tivermos aca-bado, deveriam ser medidos em ho-ras", disse ele, procurando destacar agrande quantidade de informações aserem coletadas na missão.

Está é a terceira missão do pro-jeto desde 1986. A partida estava mar-cada originalmente para 15 te março,mas a contagem regressiva foi inter-rompida dois minutos e 56 segundosantes do zero por causa de problemasem um dos motores do foguete e comum dos sensores do satélite.

Se tudo correr bem, o "DeltaStar" ajudará os pesquisadores doprojeto a aprender mais sobre comoreconhecer, e identificar fumaças

oriundas de mísseis movidos tento acombustível sólido como líquido, sobuma variedade de condições visuais.Tal reconhecimento é imprescindívelpara qualquer sistema de escudo es-pacial contra mísseis, como o "Guer-ra nas Estrelas" pretende ser.

O laboratório de física aplicadada Universidade John Hopkins, res-ponsável pelos instrumentos a bordodo satélite, disse em comunicado quea missão do "Delta Star" se destinaa "permitir uma maior compreensãodos problemas associados com emis-soes de fumaça, incluindo o contextoambiental no qual devem ser ob-servadas".

Equipado com um radar laser, se-te câmeras de vídeo e um detector la-ser experimentei, o "Delta Star" foiprojetado e construído em um só ano§ela

McDonnel Douglas Spaceystems e pelo laboratório de física

aplicada.Para cumprir sua missão, o saté-

lite observará vários lançamentos defoguetes norte-americanos, inclusiveas próximas missões de ônibus espa-ciais, testes com mísseis disparadosda terra ou mar e vários outros vôosprogramados para os próximos pou-cos meses.

—Satélites russos no espaço-Moscou (AP) — Oito saté- Agência Tass.lites, modelo Cosmos 2008-2015,

foram lançados ao espaçoatravés de um só foguete pro-pulsor, informou ontem a agên-cia de notícias oficialsoviética.

O lançamento múltiploefetuado anteontem faz partedo Programa Cosmos de ex-ploração do espaço, indicou a

"Além de equipamentoscientíficos, os satélites portamsistemas de rádio a fim de me-dir com precisão os elementosem órbita e sistemas telemé-tricôs de rádio a fim de trans-mitir à terra informação sobreo trabalho que realizam os ins-trumentos e equipamentoscientíficos", acrescentou aTass.

Nicarágua critica acordo bipartiteManágua (AP) — A Nicarágua

critica o acordo bipartite norte-americano destinado a oferecer novaajuda aos rebeldes nicaraguenses, in-dicando que é "um exemplo típico dasambigüidades e contradições que setornam inevitáveis quando, forjandoum consenso, os documentos se ridi-jam por comitê".

O presidente George Bush e diri-gentes políticos norte-americanosemitiram anteontem uma declaraçãoconjunta a fim se extender a ajuda hu-manitária aos rebeldes nicaraguensesaté fevereiro do próximo ano mês pa-ra o qual o governo sandiniste convo-cou eleições livres com supervisãointernacional.

Parte do acordo expressa que anova ajuda, superior a 50 milhões dedólares, que será solicitada pelo exe-cutivo ao Congresso depois da Sema-na Santa, serão utilizados também"para a reintegração, ou reassente-mento voluntário da resistência nica-raguense".

A reação do governo sandiniste,lida pelo secretário de informação eimprensa da presidência, Manuel Es-pinoza, expressa que o acordo dos pre-sidentés centro-americanos do ultimodia 14 de fevereiro em El Salvador "éabsolutamente claro e categórico aoafirmar que os contras devem serdesmantelados".

"Com igual clareza, os presiden-tes centroamericanos rechaçarampor ilegal e contrário aos interessesda paz regional, todo tipo de financia-mento para os mercenários contrasque não sejam exclusivamente desti-nado para sua repatriação voluntáriaou reinstalação"."Quiséramos poder dizer que adeclaração bipartite norte-americanasobre novos fundos para a contra-revolução é igualmente clara e cate-górica, mas as coisas não são assim.A declaração é um exemplo típico dasambigüidades e contradições que setornam inevitáveis quando os docu-mentos são redigidos por comitês", diza declaração. &*->- ;~

Seul (UPD-Cerca de mil estudantes, exi-gindo a derrubada do presidente Roh Tae-Woo, enfrentaram ontem durante duas ho-ras a polícia de combate a distúrbios, depoisde um comício no "campus". Pelo menosdois policiais foram feridos por coquetéisMolotov jogados pelos manifestantes.

Não houve notícias de baixa ou prisõesentre os estudantes. Na cidade de Kwang-ju, no sudoeste, à 273 quilômetros de Seul,a polícia dispersou mil estudantes contra-rios a Roh que tentavam realizar um pro-testo sentados no chão no local de sangrentolevante civil ocorrido em 1980, informou aagência de notícias Yonhap.

Em Seul, os estudantes radicais, arma-dos com coquetéis Molotov, pedras, pedaçosde pau e canos de ferro, reuniram-se na uni-versidade de Yonsei para um comício deduas horas.

Os estudantes acusaram Roh de ser umdos principais culpados do massacre deKwangju e das irregularidades do governopassado, chefiado por Chun Doo Hwan, ho-je em desgraça.

Também acusaram o governo de Roh deser "um regime antidemocrático que supri-me indiscriminadamente a luta dos traba-lhadores pela sobrevivência".

Levantaram ainda a questão da decisãode Roh de protelar a realização de um pie-biscito nacional para uma "avaliação demeio termo" de sua atuação desde que as-sumiu o poder em fevereiro do ano passadaNuma resolução adotada no comício, osestudantes prometeram lutar até que Rohsaia da presidência.

Outra exigência feita pelos universitá-rios é a prisão de Chung Ju-Yung, fundadordo gigantesco grupo empresarial Hyundai,por "terrorismo contra líderes sindicais" nu-ma subsidiária de seu conglomerado.

Terminado o comício, cerca de mil es-tudantes sairam do "campus" em passea-te, mas se defrontaram com centenas depoliciais de combate a distúrbios armadoscom bombas de gás lacrimogêneo e cas-sete tes.

Os estudantes gritaram "fora o regimefascista de Roh" e "que terra é este onde osianques fazem o que querem?"

A polícia jogou bombas de gás, inclusi-ve bombas de pimenta disparadas de doislançadores móveis, e os estudantes respon-deram com centenas de coquetéis Molotov.A batalha terminou depois de cerca de duashoras, deixando feridos pelo menos dois po-liciais a paisana.

Cerca de 800 estudantes combateramcom policiais antimotins na universidadeYonsei depois que dirigentes radicais denun-ciaram Roh e pediram que se efetuasse umalute conjunta de estudantes, trabalhadorese camponeses para derrubar o governo."Nos unanos e derrubemos o governo deRoh Tae-Woo", gritavam estudantes masca-rados enquanto atacavam a polícia combombas incendiárias.

Representantes estudantes de 37 univer-sidades e outras entidades educativas deSeul se reuniram na universidade de Yon-sei a fim de inaugurar a "sede da lute estu-dantil para derrubar o governo de Roh".

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL INTERNACIONAL 27

União Soviética realiza eleições\

Rebeldes sudanesescapturam sua capital

Cartum, Sudão (UPD — Os rebeldes estão de moral ele-vado com a captura de Mekele, capital da província etíopedo Tigre, porém os analistas suspeitam de que eles terãomais problemas para administrar a remota e montanhosaregião do que tiveram para conquistá-la.

Cerca de 15 a 20 mil bem equipados soldados etíopesdeixaram Mekele, no final de fevereiro, após uma violentabatalha, com pesadas baixas, contra os guerrilheiros daFrente Popular de Libertação do Tigre (FPLT).

A retirada das forças de Adis Abeba deixa a FPLT comum controle virtualmente total da província do Tigre, no nor-te do país, pela primeira vez desde que a rebelião come-çou, há 14 anos.

Em Cartum, capital sudanesa, Jidane Yemane, do co-mite central do FPLT, disse que a conquista de Mekele "foium grande choque" para o regime do presidente MengistuHaile Miriam.

Embora o governo de Adis Abeba, apoiado pela UniãoSoviética, se recuse, como de hábito, a comentar o desen-rolar da guerra de guerrilha, informes como os de Yama-ne e de diplomatas servem para montar umquebra-cabeças, elucidando parte da situação do conflito.

Segundo Yemane, os rebeldes estão muito motivadoscom seu avanço na guerra civil. A conquista de Mekele cul-minou numa série de vitórias da área das montanhas paraobrigar as tropas governistas a fugirem para as principaiscidades e vilas ao longo da rodovia entre Adis Abeba e As-mera, no litoral do Mar Vermelho.

Quando o governo tentou uma contra-ofensiva abertano início do verão, os rebeldes, em menor número, recua-ram pouco a pouco, permitindo que as tropas alcançassemdentro do seu reduto montanhoso entre Axum e Enda Sela-se, 565 km ao norte da capital etiope.

Numa batalha em agosto, os rebeldes derrotaram os sol-dados em Axum e perto de Adwa, deixando ainda três divi-soes encurraladas em Endaselase, sem ter para onde fugir,nem para o Leste, rumo à auto-estrada, nem para Gondor,capital da província vizinha, ao sul, a 195 km de distância.

O governo reforçou seus contingentes em Enda Selase,por avião, até que totalizassem 23 mil homens. A partir de10 de fevereiro, tentou quebrar o cerco, a caminho do leste,direção à auto-estrada e a Mekele.

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Moscou (AP) — A União Soviética rea-lizará hoje as primeiras eleições de sua his-tória com eleitores de todo o país paraescolher 1.500 representantes do novo Con-gresso de deputados do povo, uma criaçãoda política de reformas do presidente Mik-hail Gorbachev.

Outras 750 vagas da assembléia, ou se-ja, exatamente um terço do total de 2.250 queterá o foro, já foram diretamente preenchi-das pelo partido comunista, e outras orga-nizações oficiais.

As eleições de hoje, embora 82 por cen-to dos candidatos sejam também membrosdo Partido Comunista, não parecem repre-sentar a farsa do passado mas tampouco aabertura das democracias ocidentais.

Há pouco, a televisão recordou aos so-viéticos como eram as eleições antigamen-te: sorridentes trabalhadores com gorros delã depositavam seus votos em uma urna sob'o retrato de Joseph Stalin, e então qualquercandidato recebia 99 por cento dos votos.

Essa era a fachada da democracia so-cialista em 1937 e o que foi mais tarde, quan-do os soviéticos podiam votar somente peloúnico candidato nomeado pelo partido co-munista.

Porém, agora, repentinamente apareceuma irriquieta política soviética no dia daseleições parlamentares de hoie, a primeirana história com participação de eleitores detodo o país, e estes são os aspectos que sevêem:

Milhares de moscovitas com carta-zes e faixas enchendo as ruas e fazendo ma-nifestações proibidas pelo governo em apoioao dissidente Boris Yeltsin, candidato ao re-centemente criado parlamento do país, oCongresso dos Deputados do Povo.

Com o físico que recebeu o prêmioNobel da Paz, Andrei Sakarov, à frente, osmembros da Academia Soviética de Ciên-cias votaram contra dois terços de uma lis-ta de candidatos da velha guarda propostapelo presidium da academia, e convocarama elaboração de uma lista com novos nomes,incluindo o próprio Sakarov.

O presidente Gorbachev, secretáriogeral do Partido Comunista e principal ins-pirador das reformas eleitorais, não podeobter um mandato unânime do comitê cen-trai do partido, que é o que planeja a politi-ca, já que 12 dos 641 votantes se opuserama que ocupe um posto da nova assembléia.

Com uma grande diferença das demo-cracias ocidentais e o velho estilo eleitoralda União Soviética, a tentativa de "democrá-tização" de Gorbachev gerou um sistemapolítico repleto de contradições, onde osgrosseiros acertos das eleições por parte dosfuncionários e a repressão da oposição coe-xistem com os candidatos cujos dissenti-

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Mesmo não habituados, os cidadãos soviéticos vibram na campanha

mentos públicos e pontos de vista críticosteriam significado a prisão em outrasépocas.

Nos dois últimos meses, os candidatosque nunca antes sonharam com uma chan-ce de chegar ao poder, tiveram a possibili-dade de propagar suas idéias através deanúncios pagos pelo governo e de debatesrealizados na televisão estatal.

Em Moscou, Yeltsin pede nas manifes-tações públicas que se acabe os privilégios

para a classe dirigente do Kremlin, tais co-mo lojas especiais de venda de alimentos eas limusines com chofer, enquanto que vá-rios candidatos propõem uma democraciamultipartidária que poderia acabar com omonopólio do poder em mãos do Partido Co-munista.

No entanto, o partido dominou, e tal co-mo se torna matematicamente evidente, do-minará qualquer assembléia que surja daseleições de hoje. Os funcionários lotaram os

locais de votações primárias para nomear íos candidatos com eleitores escolhidos de}forma discriminada.

Também foi negado a certos eleitores lo-;cais para poder se reunir ou simplesmente lnas eleições prévias os funcionários do par- ¦tido eliminaram das listas certos can-idida tos.

Oitenta e dois por cento dos candidatos'que participam das eleições de hoje paraocupar 1.500 cadeiras na assembléia sãoímembros do partido e representam os dis-,

;tritos eleitorais e as 15 repúblicas que cons-tituem a União Soviética. Em 1984, essa;porcentagem foi de 71 por cento, e naquela ¦época os líderes do partido elegeram os uni-;eos candidatos sem consultar previamente!a opinião pública.

Em outra característica destacada da í"democratização" que originou protestos, in- jcluindo denúncias de Sakarov e Yeltsin, asioutras 750 cadeiras da assembléia, ou seja,:exatamente um terço, foram diretamente;cobertas pelo Partido Comunista e outras or- \ganizações oficiais, que vão desde sindica- \tos até uma associação de colecionadores de;selos.

Onze dos 12 membros do Politburo já fo- jram eleitos, ou participam 'da eleição sem •

oposição alguma. A única exceção é o mi-;nistro de Relações Exteriores, Eduardo She-'vardnadze, cuja função lhe proíbe*constitucionalmente ser candidato.

Em muitos lugares, no entanto a "demo- *era tização" não produziu um fim visível ao;controle do partido ou simplesmente as elei-!ções sem possibilidade de eleger. Dmitri GoAlovko, subchefe da comissão eleitoral,central, disse recentemente em uma entre-vista que em uma quarta parte do total daseleições de hoje haverá um só candidato.

Um parágrafo da lei eleitoral dá àque-les soviéticos que se sentem enganados pe-lo aparelho partidário a chance de uma novaopção. Os eleitores não podem inscrever ou-tro canditado, mas podem votar "não", e semais de 50 por cento dos eleitores assim de-cidir, inclusive os mais consolidados líderesdo partido podem sair perdendo.

Uma das referências mais significati- >vas da eleição de hoje será o que acontece-1rá a Yeltsin, de 58 anos, que foi líder do;Partido Comunista de Moscou até que foi ex- •pulso por Gorbachev em novembro de 1987, jpor dizer que o andamento lento das refor- ímas de Gorbachev tinha decepcionado mui-1tos soviéticos e que estava se registrando um ículto a personalidade do líder do Kremlin, j

Yeltsin, que enfrenta na eleição o admi-1nistrador da fábrica de automóveis Zil, Yev- jgeny Brakov, pelo direito de representar/ioda Moscou no novo parlamento, se conver- jteu no símbolo contra a estrutura oficial na jcidade na qual reinou como líder do partido, j

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domingo nãovai ser mais um dia comum.

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28 O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

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Os dividendos não reclamados até 01.09.89 serão tributados obrigatória-mente na fonte, como rendimentos de beneficiários não identificados.

ATENDIMENTONo Rio de Janeiro: BANERJ - Agência Central (Rua Debret, 80 subsolo)Em São Paulo: BAN ESPA-Agência Central (Rua Boa Vista, 263-térreo)Em Alagoas, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pa-rá, Amapá e Roraima BANCO DO BRASIL S.A.Em Brasília: BRB - BANCO DE BRASÍLIA S.A.Nas demais localidades: REDE BANCÁRIA ESTADUAL.

Os Escritórios da PETROBRÁS atenderão, exclusivamente, àsCUSTÓDIAS.

Os acionistas deverão portar o documento oficial de identidade e oseu C.P.F. ou C.G.C.

,'X.i'v, > ^'r-^V;.,

GOVERNO 00 ESTADO DO PUAFUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DO SUPERINTENDENTE

AVISO DE EDITALCONCURSO PARA PROFESSOR AUXILIAR I

A FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DO PARA - FEP comu-nica aos interessados que se encontra afixado na Secretaria da FaculdadeEstadual de Educação, o Edital referente ao Concurso Público para Pro-fessor Auxiliar I, para o Curso de EDUCAÇÃO ARTlSTICA-HABIUTAÇÃOEM EDUCAÇÃO MUSICAL.

PROF. CARLOS CARDOSO DA CUNHA COIMBRASuperintendente Geral da FEP.

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ATENÇÃO: Liquidação, comissão e des-pesas serão pagas logo após o leilão.

AGUARDEM - DIA,H0RA E LOCAL

"PARÁ CLUBE"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCAÇÃONa forma do artigo 66 — alínea (a) do estatuto

em vigor, convoco os senhores associados, grandes be-neméritos, beneméritos.remidos e proprietários, no pie-no gozo de seus direitos sociais para a Reunião deAssembléia Geral Ordinária do "Pará Clube", a terlugar no próximo dia 30 de março de 1989, na sedesocial, à trav. Lomas Valentina n° 1507, às 19:00 ho-

ras em primeira convocação, às 19:30 horas em segun-da convocação, e às 20:00 horas em terceiraconvocação para tratar da seguinte pauta:

1- Apreciação do relatório e contas da diretoria,com o parecer do Conselho Fiscal, relativos à gestãodo período de 01.01.88 a 31.12.88.

2- Leitura do Novo Estatuto.Belém, 23 de Março de 1989.

Dr. LUÍS ERCÍLIO DO CARMO FARIAPRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA GERAL

DO "PARÁ CLUBE"

COMPANHIA AMAZÔNIA TÊXTIL DE ANIAGEM - CATACGC(MF) n.° - 04.896.759/0001-55

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIAPRIMEIRA CONVOCAÇÃO

9*

Ficam os Senhores Acionistas da COMPANHIA AMAZÔNIA TÉX-T1L DE ANIAGEM — CATA, convidados para uma reunião de Assem-bléia Geral, a se desenvolver em duas etapas, extraordinária eordinariamente, no dia 27 (vinte e sete) de abril de 1989, às 16 (de-zesseis) horas, na sede social da empresa, à avenida Bernardo Sa-yão n? 138, Belém, Estado do Pará, quando serão discutidos e votadosos seguintes assuntos:-ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

a) Alteração do Capital Autorizado;b) Conseqüente alteração dos Estatutos Sociais;c) Outros assuntos de interesse social.

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAa) Exame, discussão e votação do Balanço Geral e demais docu-

menlos relativos ao exercício encerrado a 31 de dezembro de 1988;b) Exame e votação da Correção Monetária do Balanço e da pro-

posta da Capitalização do NCzS 8.355.246,21 correspondente à Re-serva de Correção Monetária, Reserva de isenção do Imposto de Rendae Reserva de Subscrição para Investimentos existentes no Balanço en-cerrado em 31.12.88;

c) Outros assuntos de interesse social.Outrossim, avisamos aos Senhores Acionistas que se acham à sua

disposição na sede social da Companhia Amazônia Têxtil de Ania-gem — CATA, à avenida Bernardo Sayão n? 138, os documentos deque trata o art. 133, da Lei n? 6.404/76.

Belém (PA), 22 de marco de 1989WALDEMIRO MARTINS GOMES

Presidente do Conselhode Administração

!!

EMISSÕESNA ALBRÁS

Vimos tornar público o nosso vee-mente repúdio à decisão da ALBRÁS emdemitir mais de 20 companheiros queparticiparam da GREVE GERAL, ale-gando, cinicamente, revisão no quadrode pessoal. Esta medida tira a máscarade uma empresa que se diz "moderna"e "democrática", além de ferir o direitoconstitucional do trabalhador.

Manifestamos, ainda, em nome detoda a categoria metalúrgica do Pará,todo o apoio e SOLIDARIEDADE aoscompanheiros demitidos. Convocamostodos os trabalhadores da ALBRÁS pa-ra a ASSEMBLÉIA de 28/03/89.SIMDICATO DOS METALÚRGICOS

DO PARÁ E ABAN

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Belém, domingo. 26 de março de 1989 O _/B_£>H CIDADES 29

Informática aperfeiçoada pelo pacoteAí, o

dilúvio...João Marques

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Minha amiga LindanorCelina costuma dizer que lan-çamento de livro é sempreuma loteria. Do alto da sua ex-periência de quem já lançoutantos, poucos como ela comtanta vivência para falar so-bre. Mas para quem está naestréia, até pelo sabor da no-vidade, a expectativa é de quevocê vai ter a oportunidade derever muitos rostos, sobretu-do aqueles que estão há algumtempo distantes da vista, massempre próximos da tenda deafeto que todos nós um diamontamos em nossos cora-ções e mentes, como um reli-cario que nos acompanha atéque transpomos a última fron-teira que nos separa da éter-nidade.

Foi assim comigo na últi-ma terça-feira, após váriosdias de terrível azáfama, umcorre-corre danado, própriode quem não dispõe da neces-sária infra-estrutura para co-locar na rua cerca de 500convites e, ao mesmo tempo,providenciar o aparelhamen-lo capaz de receber os convi-dados aos autógrafos. Issosem esquecer a parte impor-tantíssima que é o contactocom a imprensa, sem a qualtorna-se praticamente impôs-sivel qualquer promoção, se-ja sobre o que for, nos dias em

. que vivemos, na era da comu-nicação. Com toda a sua auto-ridade, o Chacrinha não nosdeixa mentir.

Nesse aspecto aliás, devoressaltar não apenas a solida-riedade mas até mesmo o ca-rinho e o empenho quedemonstraram na difusão doacontecimento, esses compa-nheiros e amigos diletos Cláu-dio Leal e Roberto Jares. quepelo O LIBERAL e pela AProvíncia do Pará, forammais que generosos nos espa-ços abertos ao confrade quepartia para uma nova expe-riência, embora ainda muitointerligada ao jornalismo, afi-nal a fonte do próprio livro queestava nascendo. Como tenhoressaltado nas muitas entre-vistas concedidas também àTV LIBERAL e à TVS, o livroem si se constitui também emuma homenagem à imprensa,

. a partir da própria capa, quesimboliza uma rotativa, à.. frente o boneco do Mestre Vi-

talino retratando o jornalista.E na primeira das "orelhas"lá estão duas legendas.aima,lembrando o primeiro periódFco impresso no Pará e naAmazônia, "O Paraense", em1822, com a celebre quadrinhaatribuída ao Conego BatistaCampos, e a outra da revistasoviética "Glasnost" (Trans-parência), editada em Moscoua partir de 1987. Entre uma e

. outra publicação, nada menosde 165 anos se passaram, pa-ra a glória da imprensa, éter-na na sua missão eminente-mente social.

Mas o objetivo deste arti-go não é falar propriamentedo livro, esse "Anos de Luta —O Triunfo das Idéias", meu' primogênito, edição primoro-sa da Gráfica Falangola, atéporque gostaria que aquelesque até agora não o fizeram sedisponham a adquiri-lo. Que-ro mesmo falar é da noite dosautógrafos, do lançamento,quando sobre Belém ocorreua segunda parte do dilúvio,porque a primeira, como vo-cês todos estão cansados desaber, foi aquela da Arca deNóe, como ouvimos contar emcasa, desde que começamos anos entender como gente. Poisfoi uma chuva diluviana, des-sas que a memória costuma•guardar por muito tempo, atéporque, na nossa Belém, e de-vemos sempre agradecer ànatureza, não se registramaqueles temporais bue fazemo noticiário das redes nacio-nais de televisão mostrar atragédia que fica depois queeles passam.

Muito ao contrário, nossaschuvas se limitam no máximoa uma hora de intensidade,-<quando tanto. Mas nesse dia•ela aprontou em cima dos queSe dispunham a prestigiar onovo escritor, e logo por voltadas 18 horas o pau cantou.Quando deixei o "IsmaelNery", depois das 22 e 30, ain-da chovia com igual intensida-de. Há muito, mas há muitotempo mesmo, não lembro detanta chuva. Mas o lançamen-to terminou, pelas circunstân-cias, superando todas àsexpectativas. E mais, deu pa-ra sentir, com enorme contén-tamento, que ainda temosmuito fiéis. Tantos mesmo,mais de uma centena, daque-les amigos que enfrentam atéa chuva mais copiosa, paratestemunhar quanto querembem a uma pessoa. O Ruy Ba-rata, nosso poeta maior e ir-mão mais velho, por exemplo,estava no outro lado da cida-de e teve que disputar quaseno tapa um táxi, para chegar

. . ensopado. O Francisco PauloMendes, de uma fidelidade tão

- •, grande quanto imensa é a suaK cultura sempre ao serviço das

gerações que lhe devem tanto,| também lá estava e chegou¦ sob a proteção do guarda chu-

e va tão providencial nessas! ocasiões."OÍ A vocês todos, meus com-

panheiros de imprensa, quepelas colunas e pelos noticia-rios foram tão generosos eàqueles que lá estiveram comtanto sacrifício, eu lhes digo:Valeu. Valeu tanto que vou,muito em breve, repetir a ex-periência. Sob os auspícios e

& garantia de vocês, irmãos eamigos.

São Paulo (AE) — Para fazerfrente às constantes e complexasmodificações das políticas monetá-ria, fiscal e financeira do governo, asgrandes empresas brasileiras e mui-tinacionais que atuam no país, e quejá haviam sofisticado seus controlescontábeis via informática, estãoagora ampliando a aquisição desoftwares para um acompanhamen-to mais eficaz também do patrimô-nio físico. São os casos, por exemplo,da American Express, da Mellita, eda Commins Motores, que adquiri-ram este mês, da Pró-Packages Sis-temas Ltda, o "SGP — Sistema deGestão Patrimonial" um programa

que permite o controle físico, conta-bil e gerencial de todos os bens doativo imobiliário, com movimenta-ção on-line e em tempo real. Ou se-ja, qualquer inclusão, modificação,transferência ou baixa é registradade forma simultânea no banco dedados do CPD.

E, diante dos intermitentes pa-cotes governamentais que têm con-ferido uma instabilidade sem para-leio no sistema monetário brasilei-ro, o "SGP" vem com uma providên-cia inédita: o controle do ativo fixopode ser efetuado não só em cruza-dos novos e em OTN's como também.

com o uso de uma moeda alternati-va. Esta tem todas as característi-cas diferenciadas a nível de patri-mônio e conta, tais como percentualde depreciação e valor mínimo pa-ra inclusão no ativo contábil. Assim,as aquisições e baixas podem seralimentadas em qualquer das moe-das residentes no sistema que estese encarrega de converter automa-ticamente para os outros valores.

Na esteira do êxito obtido peloseu primeiro software colocado nomercado dos computadores de gran-de porte, o "CRT - ContabilidadeReal Time" — hoje instalado em

mais de 20 grandes organizações —,a Pró-Packages preparou o "SGP"com a mesma filosofia: "Sua im-plantação pode ser feita em qual-quer época do exercício fiscal e, damesma forma que o "CRT", não é es-tandartizado, adaptando-se às ne-cessidades do usuário", afirmouManoel da Silva Cabral, diretor daempresa, acrescentando dentre asfacilidades oferecidas pelo "SGP",destacamos as consultas on-line pa-ra todas os dados cadastrais, posi-ção contábil do ativo fixo, parâme-tros gerais do sistema (cotação damoeda, taxas de depreciação, etc.),movimentação mensal e a possibi-

lidade de transferência ou baixa serefetuada de maneira total ou par-ciai, a nível de conta ou centro decusto".

O "SGP" possui em disponibili-dade relatórios mensais padroniza-dos e esporádicos, podendo seridentificados por codificação do pró-prio usuário. O bloqueio no acesso àsinformações é efetuado via CICstambém pelo próprio cliente da Pró-Packages. "Essa segurança é possí-vel porque o sistema dispõe de me-nus distintos para alimentação econsulta", conclui Cabral.

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FM Liberal,bem no centro do seu dial.

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30 POLÍCIA O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

>A identificação foi possível graças às fotos no jornal

Irmã do morto reconhece matadorAtravés das fotografias publicadas

neste jornal, na edição de ontem, Alde-nora Albuquerque reconheceu os assai-tantes que, no último dia 11, mataramseu irmão, o comerciante Severo Rodri-gues Albuquerque, que era dono do mer-cadinho Super-box Marajoara, localiza-do no conjunto Cidade Nova VI. Os acu-sados são Gilson dos Santos Lima, 21anos, o pivete A.A.A., 16 anos, e JoséGouveia Corrêa.

Severo foi assassinado com dois ti-ros, disparados por Gilson. O piveteA.A.A. ainda tentou assumir a autoria docrime, pois acreditava que, sendo me-nor, conseguiria livrar-se mais rápidoda acusação. Acontece que Aldenora re-conheceu Gilson através de um sinal queele possui ao lado do nariz. E foi Gilson,conforme Aldenora, que ameaçou mata-Ia, caso reagisse durante o assalto noqual seu irmão foi liquidado.

Também estão envolvidos no latro-cínio o homem de prenome Celso, que di-rigiu o Fiat no qual os assaltantes fugi-ram, e Jerònimo de Souza Leão Neto, 18anos, que ficou do lado de fora da casaanexa ao mercadinho, onde ocorreu ocrime, fazendo "bandeira".

A quadrilha, informou o delegadoCláudio Maués, assaltou o supermerca-do Almirante e o bar Tom-Marrom, am-bos localizados no bairro da Pedreira.Deste último estabelecimento eles rou-baram um revólver calibre 38 duplo,pertencente a Aeronáutica, cauteladopara um sargento da Polícia Militar quetambém é o proprietário do bar. Segun-do o pivete, foi com essa arma que Seve-ro foi morto, por isso ela será enviada àJustiça, como parte do inquérito queapura o latrocínio. Foram encontradasainda mais duas armas, um revólver ca-libre 38 e outro calibre 22, e um aparelhode som, no local onde a quadrilha se es-condia, por trás do prédio da Divisão deProteção ao Menor, na Marambaia.

O latrocínioPor volta das 10 horas de ontem,

acompanhada de outro irmão e com umexemplar do jornal nas mãos, AldenoraAlbuquerque chegou à Divisão de Vigi-lância Geral, dizendo que desejava falarcom o delegado de plantão. Ela foi con-duzida ao gabinete do delegado CláudioMaués, onde apontou Gilson como o ma-tador de seu irmão e acusou o pivete departicipação no assalto.

Gilson e o pivete foram retirados doxadrez e colocados num local de ondenão podiam ver Aldenora, mas ela os viaperfeitamente, não tendo dúvidas emreafirmar a acusação. O pivete confir-mou a participação de José Gouveia Cor-rea, e incriminou ainda Celso e Jerôni-mo. Celso é o único que está foragido.

Segundo o relato de Aldenora, a por-ta da casa anexa ao mercadinho, ondeSevero morava sozinho — já que era des-quitado —, estava aberta. Aldenora esta-va no quarto e Severo na sala, contandoa renda do dia, quando os assaltantes in-vadiram o local. Uns entraram pelafrente e outros pelos fundos. Segundoela, Gilson e o pivete apontaram suas ar-mas para o comerciante. Eles queriamque Severo abrisse o cofre, pois não con-sideravam suficiente o dinheiro da ren-da. O comerciante negou-se a abrir o co-fre, pois tinha que efetuar vários paga-mentos no dia seguinte. Aproveitandoque Gilson havia ido até o banheiro, ondedeixara trancado um empregado seu,chamado Luiz, o comerciante tentou de-sarmar o pivete. Mas Gilson voltou rapi-damente e matou Severo com dois tiros.Aldenora, que estava a cerca de dois me-tros do irmão, viu ele ser assassinado,sem nada poder fazer para impedir ocrime.

Conforme o pivete, o assalto rendeu700 cruzados novos. Ele ficou com NCz$150,00, Gilson com 200, Celso com 150, Je-rônimo e José ficaram com 100 cruzadosnovos cada um.

A princípio, A.A.A. disse que foi elequem matou Severo, pois a vítima teriatentado enfrentar José Gouveia Corrêa.Segundo a versão do pivete, Gilson teriaficado no carro com Celso. Mas José con-tinuava negando qualquer participaçãono crime e todos acabaram desmascara-dos por Aldenora.

José Corrêa insiste.em alegar ino-cência. Ele disse que ouviu o pivete co-mentar o crime com outros bandidos, eresolveu denunciá-lo à polícia, por isso omenor quer incriminá-lo.

Por volta das 14 horas, toda a qua-drilha foi transferida para a Delegaciada Cidade Nova, onde o latrocínio estásendo investigado. O delegado LourivalSouza deverá pedir a decretação da pri-são preventiva de todos os acusados, in-clusive do que está foragido.

dm II-

Gilson, reconhecido pelo sinal no rosto, foi quem matou Severo, na casa ao lado do mercadinho

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A arma do crime, pertencente à Aeronáutica, foiencontrada com os acusados, presos anteontem.O pivete A.A.A. quis assumir a autoria doassassinato do comerciante, mas, após ser reconhecidopela irmã da vítima, acabou "entregando"os outros envolvidos no latrocínio: Jerònimoe José Corrêa. Agora só falta prendero quinto envolvido, chamado Celso.

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Ex-soldado diz quefoi obrigado a roubar

'Melado' roubou a Radiolux

Luiz Otávio e Paulo Reis assaltaram o estrangeiro.

Assaltantes presosa Praça da Bandeira

Foram presos por soldados daPolícia Militar, levados para a Divi-são de Vigilância Geral, e autuadosem flagrante, os assaltantes LuizOtávio dos Santos Moura, 30 anos, ePaulo Reis Braga, 21 anos, ambossem residência fixa. Eles foram pre-sos quando assaltavam um estran-geiro e sua namorada, na Praça daBandeira.

Quem registrou a queixa em no-me da vítima foi Ricardo dos SantosSilva Leal. Este declarou que EricSancho, 45 anos, residente na ruaManoel Barata, n° 494, juntamentecom sua namorada, caminhava pelarua General Gurjão. Quando chega-

ram à Praça da Bandeira, foramatacados por Paulo e Luiz Otávioque, armados de facas, roubaram-lhe um rádio-gravador e um relógiode pulso.

Como Sancho reagiu, um dos as-saltantes o esfaqueou no braço. Maseles acabaram presos por soldadosda Polícia Militar que passavam pe-lo local numa viatura. Paulo e Luizforam autuados em flagrante pelodelegado Cláudio Maués, e hoje de-verão seguir para o presídio São Jo-sé. Os objetos foram recuperados e avítima foi levada ao PSM para sermedicada.

As três ladras que foram presas pela equipe da DVG.

Ladras agiam no comércioUma equipe da Divisão de Vigi-

lância Geral, composta pelos invés-tigadores Rodolfo, Alex e Oscar, emronda pelo bairro comercial, pren-deu tres ladras, que estavam rou-bando nas lojas.

As ladras são Lucidéia Ramos,27 anos, residente na Estrada doAcampamento, n° 171, Maria dasGraças Silva, ia anos, e Maria das

Graças Barbosa, 32 anos, que foramrecolhidas ao pátio da Central.

Segundo a polícia, elas já vi-nham agindo há bastante tempo naárea do comércio. Ontem, quandoestavam roubando numa das lojaslocalizadas na João Alfredo, foramflagradas e presas. Cada uma porta-va uma sacola cheia de objetosroubados.

Arrombadauma filial

da RadioluxAcusados de terem arrombado a

loja Radiolux, localizada na ruaJoão Alfredo, n° 141, foram presos elevados para a Divisão de VigilânciaGeral, Paulo Roberto da Conceição,24 anos, o "Melado", Juranil da Con-ceição de Souza, 18 anos, o "Gró", emais dois pivetes, os quais já foramtransferidos para a Divisão deMenores.

O gerente de pessoal da loja,João de Deus Souza, 49 anos, procu-rou a DVG, comunicando que, namadrugada de ontem, ladrões entra-ram na loja pelo telhado, e de lá rou-baram vários eletrodomésticos, rá-dios, gravadores de várias marcas,relógios de pulso e parede, e liquidi-ficadores, que já foram repassadosa "bagulheiros".

Os ladrões, segundo a polícia,transportaram os objetos roubadosnum carro que os aguardava próxi-mo à loja.

Assaltante baleadoao reagir à prisão

José Antônio Reis Salazar, 18anos, residente na rua Silva Castro,n° 101, no bairro do Guamá, foi presoe autuado em flagrante, ontem à tar-de. Em companhia de um homemconhecido por "Peninha", José as-saltou as irmãs Márcia Helena e Ri-ta de Cássia Araújo de Souza, que re-sidem na travessa 14 de Março, n°2580.

Durante a prisão, que ocorreuna passagem Umariz, no bairro daCremação, José Antônio tentou rea-gir à equipe que estava na viatura353 do Patam, formada pelos solda-dos Sandro e Quaresma e pelo caboCupertino, comandados pelo sargen-to Nogueira, e ainda chegou a sacaro revólver calibre 32, com o qual mi-nutos antes assaltara as duas jo-vens. Ele acabou baleado em umadas pernas e foi levado ao Pronto So-corro Municipal (PSM). Depois, Jo-sé Antônio foi autuado em flagrantena Delegacia do Jurunas.

O assalto ocorreu na esquina darua dos Mudurucus com a travessa14 de Março, por onde as duas irmãspassavam. Os dois acusados toma-ram seus anéis, pulseiras, cordões erelógios. Com José Antônio, foramencontrados dois anéis, um dos cor-does e o revólver que havia sido usa-do durante o assalto.

O ex-soldado da Polícia Militar,que era lotado no Io BPM, Eliel daSilva Monteiro, 23 anos, residente na Spassagem São José, foi preso e au-tuado em flagrante, na Divisão deVigilância Geral, acusado de ter,junto com mais dois comparsas, ar-rombado e saqueado, na madrugadade ontem, o escritório da firma "Ro-berto Camilo RepresentaçõesLtda", localizada na rua Manoel Ba-rata, n° 442. Eliel, na DVG, jurouque os demais acusados o obrigarama participar do assalto.

O ex-PM contou que, após sairda Feira do Açaí, estava numa para-da de ônibus, em frente à Praça doRelógio, quando apareceram doisdesconhecidos e lhe perguntarampara onde ia. Eliel respondeu que es-tava aguardando condução para vol-tar para casa.

De repente, um dos acusados pu-xou uma faca e lhe disse que iriaacompanhá-los, para fazer um "ser-viço", pois precisavam de mais umhomem para arrombar um determi-nado local. SegundoEliel, os desço-nhecidos o obrigaram a acompanha-los até a rua Manoel Barata, onde fi-ca o escritório da firma "RobertoCamilo Representações Ltda" e dis-seram que iria ajudá-los a arrombaro local. Eliel disse que ainda tentouargumentar com os acusados, masfoi ameaçado de morte caso nãocolaborasse.

Um deles subiu no telhado da fir-ma, entrou no.escritório e passou ajogar os objetos para baixo, onde

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Eliel vai para o presídio.eram aparados por Eliel e o outroacusado. O vigia de um dos estabele-cimentos localizados às proximida-des, viu o que estava acontecendo epassou a atirar. Os dois homensabandonaram os objetos roubadosna calçada e fugiram. Eliel disseque correu em direção ao vigia e foipreso.

O vigia acionou a Polícia Mili-tar. Os policiais não acreditaram nahistória de Eliel e o levaram primei-ramente ao Comando Geral, onde ooficial do dia o mandou para a DVG.De lá ele deverá ser transferido parao presídio São José.

Raimundo e Francisco aplicaram o golpe da 'furadinha'

Outra vítima da 'furadinha'Foram presos ontem, pela equi-

pe da Divisão de Crimes Contra oPatrimônio, e apresentados ao dele-gado Guilherme, Raimundo Matosda Silva, conhecido por "Dinho",Francisco Carlos Dantas da Silva, o"Ceará", e Reinaldo Augusto Mo-raes, acusados de envolvimento nogolpe da "furadinha", aplicado con-tra Paulo Sérgio Coutinho deOliveira.

Paulo Sérgio disse ter ido àagência do Banco do Brasil, localiza-da na avenida Pedro Miranda, nobairro da Pedreira, de onde sacouNCz$ 10 mil. Após a operação, elesaiu do banco, entrou em seu carro ecomeçou a dirigir. Alguns metrosadiante, foi avisado de que o pneu doseu automóvel estava furado. Nisso,apareceu o táxi placa AT-5697, cujo

motorista roubou a pasta com o di-nheiro que acabara de retirar nobanco. A vítima procurou a Divisãode Crimes Contra o Patrimônio eforneceu os detalhes que levaram àprisão dos três acusados, que foramautuados em flagrante.

Reinaldo Augusto Moraes disseque é dono do táxi, o tendo empresta-do para o motorista Francisco Car-los Dantas da Silva, que reside napassagem Conceição, no bairro daSacramenta. Este, em seu depoi-mento, disse ter alugado o carro pa-ra Raimundo Matos da Silva> porNCz$ 50,00 a hora. Francisco Carlosacusou Raimundo de ter alugado otáxi apenas para aplicar o* golpe da"furadinha" em Paulo Sérgio Couti-nho de Oliveira.

Roubada lojasituada perto

da CentralO advogado Elizafã de

Souza Machado Filho, 25anos, residente na rua DiogoMóia, n° 254, procurou a Di-visão de Vigilância Geral,para comunicar que, na ma-drugada de ontem, a loja"Santa Lúcia", localizadana esquina das ruas ManoelBarata e Frei Gil de Vila No-va, a um quarteirão da Cen-trai de Polícia, foi arromba-da por desconhecidos, quedali levaram 500 cruzadosnovos em dinheiro, confec-ções e artigos de armarinho.

Peritos do Instituto Mé-dico Legal "Renato Cha-ves" foram até o local paratentar encontrar impressõesdigitais dos ladrões.

Outros assaltosRaimundo Nonato Silva

Domiciano, 35 anos, residen-te na travessa Quintino Bo-caiúva, n° 3467, procurou aDelegacia do Jurunas, co-municando que seu irmão,Manoel Nazareno da SilvaDomiciano, 32 anos, cami-nhava pela rua Honório Josédos Santos e, ao chegar naesquina da passagem SantoAntônio, foi atacado porquatro assaltantes que, ar-mados de revólveres e fa-cas, lhe roubaram 25 cruza-dos novos, relógio e todosseus documentos.

Outra vítima de assaltoque procurou aquela Dele-gacia foi Carlos Alberto daCosta Rodrigues, operadorde rádio, residente no con-junto Pedro Teixeira II, ruaA, n° 35. Na rua Apinages,às proximidades da avenidaAlcindo Cacela, ele foi assai-tado por vários homens, to-dos armados que lhe rouba-ram um cordão de ouro commedalha,' um relógio de ou-ro, 65 cruzados novos em di-nheiro e seus documentos.

O Chevette, placaAI-6394, trafegava pela ave-nida Generalissimo Deodoroe, ao chegar na esquina darua Caripunas, teve um pro-blema mecânico. Seu pro-prietário, João Nobre de Oli-veira, comerciante, 30 anos,residente na rua Conceição,n° 3133, comunicou na Dele-gacia do Jurunas que, nessaocasião, surgiram quatrohomens, todos empunhandorevólveres, o ameaçaramde morte e lhe roubaram 30cruzados novos, relógio,anel, camisa e osdocumentos.

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Uma individualem duasmãos

O registro da imagem terrena. A buscada expressão que nem sempre é pura emo-ção. Há o labor. A busca do que pode ser umsegundo retido pela luz e ficar para sempre— ou quase sempre. A fotografia. Preto ebranco atrás do que pode ser poesia, deco-dificada em gestos, rostos, sombras, contor-nos ou lugares, numa expressão plástica quevai aos salões e ganha prêmio — como já ga-nharam Elza Lima e Octavio Cardoso, que,na próxima quinta-feira, a partir das 20 ho-ras, inauguram exposição individual na ga-leria Rômulo Maiorana, promovida pelaFundação Rômulo Maiorana.

A mostra dos trabalhos de Elza e Octá-vio não tem nome e, curiosamente, está sen-do anunciada como uma individual. São doisartistas e uma proposta em duas mãos, nu-ma individual que não é de dois, mas "adois". Elza e Octavio mostrarão, no mesmoespaço, o que vêm fazendo há quatro anos.Cada um terá o seu ambiente, o seu lugar, asua parede. Os dois estarão juntos, dizendocoisas muito parecidas, mas cada um comsua linguagem própria, pessoal — seu idio-leto visual, como diriam os lingüistas.

SímboloA fotografia de Elza Lima é marcada pe-

lo símbolo e pela contemporaneidade. Elaquer registrar a passagem do homem de seutempo, mas tem um pouco de pressa: preci-sa chegar antes da televisão. "Eu estava fo-tografando o Boi-Tinga, em São Caetano deOdivelas, e, nessa época, a televisão aindanão havia aparecido. Um ano depois, eu vol-tei lá e as pessoas estavam com blusas e cha-péus, com a inscrição de 'Essa onda pega',da Globo", diz Elza, que tenta registrar a pu-reza humana."Eu quero fotografar o que nãofoi afetado pelo urbano".

Enquanto a fotógrafa corre contra o tem-po, Octavio Cardoso sai como quem não quernada. Ele é assim: não fala muito, observao mais que pode e, quando pega na máqui-na, é capaz de dar à fotografia a calma ouo movimento inerentes à cena que captou."Eu fotografo pessoas, faço retratos e am-bientes", diz Octavio, que largou um estágiona hidrelétrica de Tucuruí — ponte, talvez,para um bom emprego como engenheiro —para fazer um curso de fotografia com Mi-guel Chikaoka. Lá, encontraria Elza Lima eJorane Castro. Elza, como ele, havia senti-do a necessidade de se expressar através deoutra linguagem.

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26 de março de 19S9DOMINGO '

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CoincidênciaQuando Elza e Otávio começaram a fa-

zer o curso com Miguel Chikaoka, não sa-biam o que lhes aguardava. Seriamfotógrafos e abriram mão, ele, do curso deEngenharia, e ela, do de História. Ambostêm diploma, mas Elza nunca foi buscar oseu e Otávio nem registro no CREA possui."Eu sempre gostei de fotografar, mas nun-ca tive a sensibilidade de que um dia ia ser

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Elza Limaretratao homem eo mundopelo seuângulomais humano.Já OtávioCardoso,procurapassar paraa imagem oque lhe dêmotivo dereflexão

Elza Lima eOtávioCardoso:caminhosparecidos

fotógrafa", lembra Elza. Octavio repete a his-tória, lembrando que, durante algum tempo,viveu o cotidiano de Belém, como fotógrafode O LIBERAL.

Enquanto fazia fotos para a "geral" dojornal, Octavio pensava a questão da fotogra-fia. Ele sabia que um acidente não poderiarender, por exemplo, um ensaio fotográfico.Mas uma rua esburacada ou uma tarde chu-vosa, sim. E tentava, quando ia à rua, fazero melhor, mesmo sabendo que o melhor —porque o jornal exige — deve vir do cotidia-no. "Mesmo assim é uma experiência que va-le a pena. Fazer foto para jornal é muitodiferente", diz ele.

VisualQuase ao mesmo tempo em que Otávio

fazia jornal, Elza trabalhava a questão dalinguagem visual, através do Crava, na es-cola do Rotary. "Eu preciso ser livre acimade tudo, também para ter liberdade paraolhar e reciclar o olhar", ensina a fotófrafa,que tem feito da fotografia um motivo maisao que profissional, que tem tirado das len-tes mais do que o seu sustento, que tem feitoda fotografia mais do que uma pesquisa es-tética. Para ela, fotografar é repensar a vi-da — olhar o homem e o mundo pelo seuângulo mais humano. A fotografia, para El-za Lima, é uma lição cotidiana de liberdade.

Com Otávio Cardoso é mais ou menosassim. Ele, na sua calma que é só aparente,porque, em verdade, é um vulcão de senti-mentos e emoções, procura passar para aimagem o que lhe dê motivo de reflexão. Arede, a porta, as meninas. Com Otávio, o ho-mem e a paisagem se completam e se am-pliam nas múltiplas possibilidades que,juntos, se permitem. Se, como em Drum-mond, "o homem é a paisagem da paisa-gem", em Otávio, a vida — e nela se entendao homem e a paisagem, que é paisagem —é o tema da fotografia. Que nada tira, a nãoser a imagem de quem é. Mas que, "invaso-ra", registra para a História o que é do tem-po. E se entra sem pedir licença no que é decada um, às vezes, pela mão de quem nãoé habituado a fotografar, vem o que nem se-ria vingança, mas a resposta. O diga Elza Li-ma, que foi fotografar o Encontro das NaçõesIndígenas do Xingu e, de repente, apareceum índio para tirar o seu retrato. Ela ajei-tou a máquina e ele tirou. Elza deve ter sesentido como todos nós, na hora de sermosfotografados. Deve ter tido uma vergonha...

ExperiênciaO que vai ser mostrado na exposição da

Galeria Rômulo Maiorana é resultado do tra-balho e da sensibilidade de cada um deles.Elza vai por um caminho; Otávio vai por ou-tro. Ambos falam a mesma linguagem. O re-sultado, se não chega a ser uniforme, se nãohá, por assim dizer, ombro-a-ombro no queestá mostrado — mesmo porque fala-se. defotografia e não de outra coisa — há um pa-drão de qualidade pelo qual cada um delesresponde. E ao qual a cidade de Belém vaise acostumando.

P*s^ça '—— 1

Carlos Eduardo Novaes

0 Rombo InV1SÍV61*——.— _i—_

o novo espetáculo-

Nsolo

que estréia napróximasexta-feira,

31 de março (adata não é casual), no tea-tro Glória, Rio, chamado"Quem votou pra presiden-te?", há um diálogo entre opersonagem principal (eu)e seu irmão (eu também),um tipo de caráter duvido-so que no golpe de 64 se jun-tou aos homens e acabouficando milionário, desvian-do verbas destinadas às se-cas, para construir motéisno Piauí. No diálogo, o ir-mão me chega com umaproposta:Quer ficar rico, ma-no? Passar o resto da vidasem problemas? Junte-se amim. Ganhei uma patentepara abrir uma corretora.

Estranho o convite:Mas você não enten-

de nada de corretoras devalores!

E daí? Abrimos eseis meses depois falimos.É a insolvencia que vai nosdar tranqüilidade. Essa é avantagem do Sistema Fi-nanceiro Brasileiro — econclui — é na falência quea gente fica rico.

Pois não é que abro umjornal esta semana e encon-tro uma declaração do sr.José Tupy Caldas, do Ban-co Central, sobre o grupoDelf in em processo de liqui-dação extra-judicial desdejaneiro de 1983:

O dr. Ronald Levin-sohn, controlador do grupo,sai do processo de falênciamais rico do que era.

Não é incrível? Não éfantástico? O Brasil é segu-ramente o único país domundo onde, entre as em-presas, a falência dá maisdinheiro do que o trabalho.Volta e meia encontro jo-vens empreendedores so-nhando em abrir seuspróprios negócios.Que tipo de negócio?

Qualquer um. O ne-gócio é secundário. O im-portante e falir depois.

À época em que o go-verno fechou a Delfin paraliquidação, a empresa tinhaum rombo do tamanho daAmazônia desmatada. O di-nheiro do seu déficit faria aalegria de muitos banquei-ros estrangeiros. Agora,passados seis anos, enquan-to quase toda a populaçãobrasileira empobreceu, ogrupo Delfin, não só fez de-saparecer seu rombo, comoainda, pasmen — sai da li-quidação no lucro. Não é in-crível? Não é fantástico? Ogrupo Delfin é uma empre-sa de mágicas, dirão vocês.Sim, porque somente os íná-gicos conseguem fazer de-saparecer lenços, coelhos erombos financeiros.

Alguém que entenda

um pouco mais da comple-xa legislação brasileira po-de afirmar que é possívelsumir com o déficit, desdeque o grupo Delfin, ao lon-go desses anos, tenha suadoa camisa para sair do ver-melho. Acontece, meus ca-ros — e o melhor vem agora— que o dr. Levinsohn nãocolocou um tostão na em-presa durante a fase da li-quidação. Não é incrível?Não é mesmo fantástico? Odr. Levinsohn não pingounos cofrinhos da Delfin nemaqueles trocados que a gen-te da prós garotos nos sinaisde trânsito.

Você que está lendo otexto com atenção, já deveestar batendo na casa do dr.Levinsohn para lhe pedir afórmula do sucesso. É sim-pies: na ocasião da liquida-ção, o Banco Centralavaliou por baixo algunsimóveis do grupo Delfin. Sa-caram a jogada? Os avalia-dores do Banco Central, ouporque não entendem, nadade avaliação, ou porque le-varam o da cerveja (hipóte-se mais provável),chegaram diante do luxuo-so prédio da empresa (quevejo da minha janela) e res-mungaram: "isso não valenada". E deram-lhe um va-lor equivalente a um barra-co de favela.

Este ano, o Banco Cen-trai mandou outros avalia-dores (os anteriores comcerteza montaram seus ne-gocios e devem estar se pre-parando para falir). Osnúmeros foram corrigidos eo patrimônio da Delfin crês-ceu mais do que nossa divi-da externa. Quer dizer, opatrimônio ficou maior doque o seu rombo. Muitomaior, se considerarmosque os débitos da empresaforam corrigidos pela cor-reção monetária e os imó-veis, nesses dois anos,tiveram uma valorizaçãomuito acima da inflação.Talvez por isso, por consta-tar que a Delfin é uma em-presa rica e sólida (issoparece o samba do crioulodoido) o governo tenha lhedado um prazo de 15 anos(eu disse quinze), com doisde carência, para pagarsuas dívidas. Não é incrí-vel? Não é fantástico? Umaempresa vai à falência (dei-xando 342 mil investidoresna mão), sai do processosem desembolsar um cru-zado velho e ainda ganha depresente 15 anos para pagarao governo. Mas o sr. JoséTupy Caldas adverte para apunição do dr. Levinsohn:

— Ele nunca mais po-dera assumir a direção deum grupo financeiro. Coita-do do dr. Levinsohn. Deveestar muito chateado comisso.

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2 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

HoróscopoARIES (de 21/03 a 20/04). Regente:

Marte. Hoje você estará um tanto rejeita-do, interpretando tudo com desamor. Senão se cuidar, vai passar o dia inteiro re-clamando dos outros e se afastando, fican-do cada vez mais rejçitado ainda. Afaste desi o mau humor, e seja mais tolerante; ve-rá como assim tudo dá mais certo.

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TOURO (de 21/04 a 20/05). Regente:Vênus. Tendência à nostalgia. Você recor-da momentos do passado, mas faz uma se-leção: só os bons momentos. Tudo bem,mas cuidado para não ficar triste, lendên-cia para a introversão, mas reaja; serámais vantajoso conversar e trocar idéiascom amigos.

GÊMEOS (de21/05a20/06). Regente:Mercúrio. Situação instável. Você está sen-sível ao astral das pessoas e ambientes, eterá que esperar pela cooperação alheia,o que pode deixá-lo muito irritado. Procu-re não se perder pela emoção, nem se dei-xe levar pela raiva ou mágoa. Mantenha acabeça fria.

CÂNCER (de 21/06 a 22/07). Regente:Lua. O momento não está dos mais fáceis,mas em compensação, pode trazer vanta-gens definitivas em qualquer campo. Teráque vencer poderosos obstáculos para atin-gir suas metas, mas muita paciência e per-sistência. e conseguirá tudo o que deseja.

ÜS2Ü3LEÃO (de23/07 a 22/08). Regente: Sol.

Vida afetiva movimentada, pois Marte es-tá entrando na sua casa de amizades e as-sociações. Possibilidade de conhecerpessoas novas e inteligentes, mas talvezum pouco autoritárias. A inteligência estáclara e você está seguro e desembaraçado.

VIRGEM (de 23/08 a 22/09). Regente:Mercúrio. Neste fim de semana poderá re-ceber boas notícias relaçipnadas com di-nheiro. Ou então, algum objeto perdido quevai voltar às suas mãos. lambem pode seralguém pagando uma divida que tem comvocê há muito tempo, e você estava até de-sesperançado.

LIBRA (de23/09 a 22/10). Regente: Vê-nus. Diamuito favorável para curtir a com-panhia de amigos, trocar idéias e tornar odia mais agradável e divertido. Procure es-palhar ao seu redor alegria e otimismo, everá que o ambiente vai retribuir agrade-cido. Não deixe o baixo astral seaproximar.

ESCORPIÃO (de 23/10 a 21/11). Regen-te: Plutão. Contratempos na vida afetivae nas relações mais formais. Prefira estarcom as pessoas mais íntimas. Você pode-rá se descontrolar e falar o que não deviaou queria. Além disso, se pintar algum ma-.entendido, você tende a insistir neles depura teimosia.

SAGITÁRIO (de22/11 a 21/12). Regen-te: Júpiter. Decepções com as pessoas po-derão apertar um pouco o seu coração.Você leva honra e lealdade muito a sério,tem muita confiança nas pessoas e pode fi-car magoado. Entretanto, não seja rigoro-so demais ao julgar os outros: esforce-separa dar, a cada acontecimento, a devidaatenção.

CAPRICÓRNIO (de22/12a 20/01). Re-gente: Saturno. Dia mais ou menos tran-quilo, se você souber evitar situações deatrito e brigas. Seu espírito polemizador es-tá muito ativo hoje. Será atraído por ativi-dades criativas, mas um poucodesgastantes, tanto física quando mental.Procure não forçar o seu ritmo.

AQUÁRIO (de21/01 a 19/02). Regente:Urano. Uma certa dificuldade na realiza-ção dos seus projetos, ou por falta de pre-visão, ou por nao encontrar as pessoascertas para ajudar. Terá que renunciar aalgo, para as coisas tomarem o seu ritmonormal. Nem tudo poderá ser como vocêdeseja.

PEIXES (de 20/02 a 20/03). Regente:Netuno. Grandes alegrias no setor afetivo.Quem está só, poderá encontrar alguémque corresponda aos seus anseios. De ummodo geral, boa capacidade de se comu-nicar, o que favorece quem está procuran-do um par. Haverá muita simpatiairradiando de você.

As panterasdò cinema

Nova York — docaderninho internacional:

Esther Williamsestá apresentando sua

linha deincrementadas

roupas de banhoem Nova Iorque este

mês de Jarry Halltambém estaráem Manhattan

em maio lançandosua coleção deroupa de banho

enquantoJoan Collins e

Elizabeth Taylorestão sendo

aguardadas naEuropa para lançarem

os seus perfumes.E, se não for

perfume ou roupasde banho das

estrelas, tambémpode ser um livro

a ser lançado, igualao de Linda Evans,Shirley MacLaine

e Bette Davis,o próximo será deVictória Principal

em Paris...Elton John, queestará de volta

a Paris paraapresentar um

concerto com suascanções em Barcy,

dia 27, também estásendo aguardado em Nova

Iorque em maiopara integrar uma

equipe de compositoresfamosos da rádioCity Music Hall...

Nabilla Khashoggi, abonita filha dosaudita Adnam

Khashoggi, assinoucontrato com um agente

em Hollywood paraalguns filmes.E toma lições

com uma americana,Cathleen Leslie.

Ibrahim SuedToucinho do

céu com vinhoFoi um jantar de confraternização

entre amigos, que o embaixador da Es-panha, José Luís Crespo de Vega e se-nhora promoveram na sua residência.Vários embaixadores estiveram pre-sentes, como o da Áustria, NikoíausHourn e senhora; da Argentina, Hec-tor Subiza e senhora; da Grã-Bretanha,Michael John Newington e senhora; daFinlândia, Tisto Kauppi e senhora; e doMéxico, Antônio Gonzales e senhora;além de ministros do Itamaraty, quedegustaram no menu uma mousse de

salmão, pato com laranja e, de sobre-me~a, toucinho do céu. Um jantar ani-mado e regado a bebida espanhola.

-o- No próximo dia 30, o sr. RomeuTrussardi Filho oferece um coquetelfestejando sua posse na presidência daAssociação Comercial de SP. Local:Maksoud Plaza.

-o- Tônia Carrero passando umatemporada em SP, se preparando nosensaios da peça "Esta valsa é minha",que estréia dia 5 no Teatro Cultura.

Os homens da noite do Rio cidade alegreMoscou vai ter uma churrascaria paulista

General da tecnologiaabre os salões

Dias 14 e 15 de abril, em Granada, na Es-panha, acontecerá a reunião dos chanceleresdo chamado Grupo do Rio de Janeiro. Lá,juntamente com cinco representantes de pai-ses do centro americano e todos os 12 mem-bros da CEE, eles falarão sobre dívidaexterna, América Latina e crise na AméricaCentral. Abreu Sodré representará o Brasil.

-o- Gilda e o general Ramiro Monteiro deCastro, da Secretaria de Ciência e Tecnolo-gia do Exército, abrirá seu elegante AP pa-ra um jantar de retribuições com urncamarão ao catupiry como piece de resisten*ce, em consideração ao fato de que Edina,presente com o coronel Lucas Pereira, é ve-getariana há vinte anos. Também presentesdegustando licor de jabuticaba e outros fei-tos em Minas, terra do anfitrião, os casais ge-nerais Motta, Hélio Galdino, coronéisAndrades, Paes e Enir além do ex-cônsul doBrasil em Washington e sra. Antônio Campos.

Presidente da Câmara e doSenado ganham homenagens

+ Ao leitor de Ita-peruna: o melhor é sedirigir à Câmara deComércio Americana.

+ Os homens danoite do Rio: maitreJorge do Hippo, 55anos, quarenta de pro-fissão.

+ Barman Aristi-des (Rive Guahce) 60anos: quarenta de pro-fissão. Peça coquetelAristides (na base dowhisky).

+ Barman Jorge:Bec Fin, 64 anos, qua-renta de profissão. Pe-ça: coquetel demanga.

-f-Garçon Gomes:Príncipe, das Peixa-das, 64 anos, cinqüen-ta de profissão.

+ Maitre Jucá(Mario's): 64 anos,cinqüenta de pro-fissão.

+ O sr. ArmandoFigueira, que se apo-senta dia 3, da SouzaCruz, vai ser homena-geado pelos amigospara o seu bye-bye.

+ Os srs. Garibal-do Antônio Muici, Ale-xandre Miguel Roing eEdgar Pinto, "from"São Paulo, preparam-se para inauguraruma churrascaria emMoscou, na VilaOlímpica.

+ O sr. CamiloNader também vaiaderir à avenida Bra-sil em SP. Vai montarum show-room da suatecelagem que temseu nome.

+ Harilda e o sr.Gerard Larragoiti sãoos anfitriões de umjantar, dia 31, na sua

-residência da Barra,em homenagem ao

presidente do Senado,Nelson Carneiro.

+ A sra. Auxilia-dora Amado abriu suaresidência no Leblonpara um animado jan-tar para Angela e Ben-jo Arbid. Estiverampresentes vários ca-sais, degustando a pie-ce de su dojantar-buffet: lagostasao termidor.

+ É dia 6 o jantarcom que Nádia e o sr.Hermenegildo de SáCavalcante homena-geiam, no seu AP daLagoa, o presidente daCâmara, e senhoraPaes de Andrade.

+ Filosofia: aque-le que fica parado éuma pedra. Aquele eum pássaro. Domingo,dia de pernas de fora.Eu volto.

Samak Bittajinum

peixe diferentePeixe com Tahine: do livro da em-

baixatriz do Líbano Mona Hobeica, pa-ra a sra. Déa Maiorana degustar — 1peixe grande (namorado, badejo), 1/2kg de farinha de trigo, 4 cebolas corta-das em rodelas, 1/2 copo de óleo de fri-tura, suco de 5 limões, sal, temperos.

Lavar o peixe, temperar e colocarnuma bandeja untada de óleo, levando-o ao forno. Fritar as rodelas de cebo-Ias no óleo quente até dourar. Prepararum molho de taratur e misturar comas cebolas douradas. Quando o peixeestiver pronto, tirar do fogo e colocarnuma travessa refratária. Cobri-lo como molho de taratur e as cebolas. Servirinteiro e bem quente. Para 8 pessoas.-o- Etiqueta: A noiva quando entrana igreja é conduzida pelo seu pai quevai à sua esquerda. O noivo pela mãe.Na falta de ambos pode ser conduzidopor um parente íntimo.

Affonso Romano de Santana

que uns dizemoutrosdos

Uma vez li numa publicaçãoestrangeira um artigo com este ti-tulo: 'Todem os escritores seremamigos?". O título me chamou aatenção, deixei para lê-lo depois, otempo passou, perdi (naturalmen-te) o artigo, mas a pergunta meficou.

Outro dia fui ver Walmor Cha-gas encenando no seu belo e auda-cioso Teatro Ziembinski, a peçachamada "Prezado Amigo", ondeo ponto de partida é justamente aamizade entre Mário de Andrade eDrumonnd. A peça é uma evidenteresposta àquela pergunta mencio-nada. E bonito ver Mário falandoda amizade e mais bonito ainda vê-lo se dividindo, se multiplicandoem milhares de cartas fraternaspor todo o país. Ele parecia ser oamigo-pai-irmão que todo o escri-tor gostaria de ter. Mesmo assim,imaginem, teve que enfrentar amaledicência de Oswald de Andra-de. Essas coisas o feriam muito.Daí que escreveu um poema intitu-lado "Ponteando Sobre o AmigoRuim", que começa assim: "En-fim, a gente não é mais amigo umdo outro não/você anda fácil,levia-ninho/no labirinto dascomplicações".

No Brasil, a amizade de Otto-Fernando-Hého-Paulo é uma len-da. E mais, um fenômeno raríssi-mo. Futuramente, estudiosos terãoque pedir bolsas da Fulbright,Ford, Guggenheim e SmithosonianInstitute para estudar cientifica-mente este episódio.

Mas não é sobre amizades queescrevo aqui hoje. É sobre a inve-ja. a concorrência, o mal-entendido, a peçonha, a verrinaque se semeia entre os pares.De uns tempos para cá passei acolecionar os absurdos que as pes-soas dizem uma sobre as outras.Claro, sem nenhum método, mascom o necessário nojo e incômodo.E tremenda piedade por nós todos.

Vou logo dar um exemplo. Hácerca de um ano esteve entre nós oconhecido músico de vanguardaKarlheimz Stockhausen. E o que éque ele disse sobre seus pares?Horrores, meus irmãos, horrores.Shakespeare diria: "E, no entanto,Brutus é um homem honrado".Sim, no entanto, Stockhausen é umgrande artista.

Perguntaram-lhe, por exem-lo, sobre Herbert Von Karajan.ra, qualquer maestro jovem (ou

não) que seja comparado a Kara-jan entra em órbita de tanta felici-dade. Pois Stockhausen disse queKarajan pertence ao grupo dos"regentes que não tocam músicacontemporânea e são produtos deuma era decadente, explorando osinstintos conservadores da socie-dade para ficarem milionários".

E, no entanto. Karajan e Stock-hausen são grandes artistas.

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E John Cage? Aquele músicode vanguarda americano que todosveneram? O que diz dele o alemão?Isto: "John Cage na verdade não émúsico. É um artista gráfico muitotalentoso, para escrever partitu-ras, só isso". E Lorin Mazel, quearrebata platéias e orquestras emtodo o mundo? Para Stockhausennão passa de um músico populis-ta... e até mesmo sobre PhillipGlass, de vanguarda como Stock-hausen, que volta e meia vem aoBrasil, ele disse: "O sucesso nosEstados Unidos dessa música in-crivelmente banal só pode ser cre-ditado ao modismo".

Conheço muitos escritores quejá tiveram vontade de publicar naorelha de seus livros as opiniões ne-gativas sobre eles, para deixaremmal os seus críticos. Alguns até ofizeram.

As vezes, as pessoas podem seequivocar. Gide se equivocou recu-sando Proust para ser editado. JáMachado de Assis quando escreveusobre o Primo Basílio de Eça deQueirós, não só errou, mas estavacom evidente má vontade.

Por que certos artistas (gran-des artistas), já que são grandes,não conseguem ser grandes nosseus julgamentos? De onde tama-nha dificuldade em conviver com osucesso e o talento alheios? De on-de é que vem a crença de que al-guém só pode subir pisando na ca-beca do outro?

Por que acham que não existelugar para todos, e que uns deveme podem entrar na história e outrosnao? E que "história" é essa?

Outro dia esteve aqui no Brasilum grande escritor alemão — Hei-ner Müeller. Mas vejam só o quedisse de Bertolt Brecht: "Brechtsempre foi um mero observador daluta de classe". E sobre ThomasMann, sentenciou: "É ilegível emalemão, descrever o século XIX.Ele é bom para gente do Texas, quecompra antigüidades na Europa".

E, no entanto, como diria Sha-kespeare, Heiner Müeller é um ho-mem honrado.

Há escritores como José Gui-lherme Merquior que não permi-tem que o agridam. Dá o troco ime-diatamente. Mas já confessou queisto é exaustivo. Já outros, como oRubem Fonseca ficam na moita,no silêncio.

O público pensa que os artistassão pessoas melhores e superiores.Nem sempre. Vejam o que Flau-bert disse sobre Balzac: "Que ho-mem teria sido Balzac se soubesseescrever".

Onde encontrei isto? No dicio-nário da besteira e de erros de jul-gamento, ao qual me referirei napróxima crônica, para escândalodas almas, que como eu, um dia jáforam cândidas.

4Em Concerto' está de voltaMuita gente ficou mesmo'na saudade' — quando foi as-

sistir o show, as portas do Tea-tro estavam fechadas. O jeitofoi ficar esperando um 'mila-gre'. Que acabou vindo por pro-vidência da Pomar Produções.Flávio Venturini, Cláudio Nuc-ci, Nilson Chaves e Marco An-dré vão reapresentar o show"Em Concerto", no dia 2 deabril. Desta vez será no TeatroGabriel Hermes, do SESI, cominício previsto para às 20horas.

O espetáculo, que começacom um longo instrumental(nas vozes dos quatrointérpretes-compositores),reúne ritmos diversos. Temdesde o samba ao country, pas-sando por baladas e até um bo-lero. De quebra, os quatrointerpretam, num arranjo co-letivo, a clássica "Blackbird",de Lennon e MacCartney. Oauge do show acontece quandoFlavinho entra no palco sozi-nho, e canta "Besame". De Flá-vio, ainda, o público ouvirá"Nascente", "Samba Saudade","Anjo Bom", "Princesa", "TodoAzul do Mar", "Espanhola".

Entre outras, Cláudio Nuc-ci inclui no show sucessos an-tigos — "Quero, Quero" e"Toada" — e atuais — "Ciran-da do Sassá". E ainda a *home-nagem à Região' "Rios", cujotema da letra é sobre a Ama-zônia. A hora do som regionalfica por conta das vozes de Níl-

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A pedidos, o quarteto volta para nova apresentação

son Chaves e Marco André. tino". ''Olhar Pirata", "Noite doNilson canta, entre outras, Prazer" e um country feito de"Tempodestino", "Do nada pra parceria com José Villa, sãolugar nenhum", "Sabor Açaí", as canções interpretadas por"Olho de Boto" e"Flor do Des- Marco André.

'A Tribuna' comemora 95 anosTradição, compromisso

com a verdade e atualiza-ção permanente são as

Principais características

o jornal "A Tribuna", deSantos. Leitura obrigatóriae imprescindível em todo olitoral do Estado de SãoPaulo, presente nas maissignificativas capitais dopaís, A Tribuna comemora,este mês, 95 anos de exis-tência.

Investindo sempre noaperfeiçoamento de seusprofissionais, o jornal ini-ciou, há 14 anos, a substitui-ção do antigo sistemagráfico pela fotocomposiçãoinformatizada. Atualmente,conta com 35 terminais devídeo e, dentro de mais al-gum tempo, implantará umCentro de Processamentode Dados. Além disso, am-pliará a rede de informáti-ca, o que tornará A Tribuna

um dos mais bem equipa-dos e modernos jornais bra-sileiros.

No contexto regional, ATribuna é um dos jornais demaior circulação proporcio-nal e de indiscutível relê-vância empresarial. Desegunda a sexta-feiras a ti-ragem do jornal alcança 50mil exemplares e, aos do-mingos, 90 mil. Sua data defundação foi em 26 de mar-ço de 1894. "A Tribuna" deSantos — Jornal e EditoraLtda. —, é uma empresa empermanente expansão. Ocomplexo empresarial in-clui ainda o jornal "A Tribu-na do Ribeira", bi-semaná-rio que circula no Vale doRibeira e em todo o litroralsul paulista.

Uma gráfica modernae muito bem equipada aten-

de aos mais variados e so-fisticados serviços deimpressão, desde os sim-pies folhetos até os livrosque exigem acabamento es-pecializado. Duas emisso-ras de rádio tambémintegram a empresa: A Tri-buna AM e Tribuna FM.Olímpio Lima foi o funda-dor de A Tribuna, sucedidopor Manuel do NascimentoJr., em 1909. Com sua mor-te, 1959, assumiu a direçãoseu genro, Giufredo Santmi,atual diretor-presidente.Roberto Mário Santini, seufilho, é o diretor-superinten-dente. Nos dias 26, 27 e 28deste mês estão previstosvários atos comemorativos,com a participação da As-sociação Nacional de Jor-nais — ANJ —, cujo conse-lho se reunirá em Santos,em homenagem a A Tribu-na.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS 3

niVNillil _ M (MPAM PIA A COWRTO DO WN .11111 DE FMAPortugal:_—.embaixador

deixa o BrasilA. Gomes da Costa

. * * por atingir o limite deidade na carreira diplomática,vai deixar o Brasil, dentro depoucos meses, o EmbaixadorAdriano de Carvalho.

Será um desfalque impor-tante no quadro das relaçõesluso-brasileiras. Em primeirolugar, porque se trata da saídade um excelente diplomata, desólida formação profissional,competente e organizado, quesempre pautou as suas posiçõespela linha de correção e da fran-queza e que, durante quase 20anos, teve oportunidade de ser-vir no Brasil: como Conselheiroda Embaixada no Rio de Janei-ro, como Consul-Geral em S.Paulo e como embaixador emBrasília. Em segundo lugar, por-que Adriano de Carvalho, noexercício do cargo, não se limi-tou a cumprir as tarefas de roti-na, seja as de natureza política,seja as de representação, nem sesatisfez em coordenar os servi-ços consulares ou em promoverligações no setor econômico,científico, cultural e artístico en-tre os dois Países. Paralelamen-te a essas atividades, que são,por assim dizer, inerentes à che-ha da missão diplomática, oEmbaixador de Portugal soubeconstruir em Brasília, uma ex-tensa "grelha de amizades" que,a partir de determinada altura,passaram a valer tanto ou maisdo que as cláusulas dos Acordose os pareceres dos burocratas.Para dirimir uma dúvida ouso-lucionar uma pendência; paraatender uma pretensão ou asse-gurar um regime de excepciona-lidade, tornou-se mais eficaz aação direta e pessoal de Adria-no de Carvalho junto às Autori-dades brasileiras, ou a suainterferência em Lisboa, no Pa-lácio das Necessidades e no Ter-reiro do Paço, do quepropriamente as diretivas e asdiligências da rotina oficial. O li-vre trânsito em todos os escalõesda máquina administrativa; oconhecimento da vida e da rea-lidade brasileira; a isonomiacom que analisava as questõese a firme convicção com que de-fendia, em Portugal, uma prio-ridade, em tudo, para o Brasil —"é lá que temos de mostrar comprimazia as obras de nossos es-critores, as fotografias das nos-sas paisagens, a produção donosso cinema, as experiênciasda nossa tecnologia" — e as ami-zades que soube fazer, no âmbi-to dos Poderes da República edos partidos políticos, entre em-presários da FIESP e entre osprofessores das Universidades— tudo isso leva-nos a dizer, comuma ponta de tristeza, que vaisair da linha de frente das rela-ções luso-brasileiras um de seusmais fervorosos e incansáveispaladinos.

Ao correr destas últimas dé-cadas, passaram pelo Brasil vá-rios Embaixadores de Portugal:de Martinho Nobre de Melo e Jo-sé Manuel de Magalhães Pessoae Fragoso; de Antônio Faria aJosé Hermano Saraiva; de Ma-

nuel Ferrajota Rocheta a Joãode Deus Ramos; de José Eduar-do Menezes Rosa a Vasco Fut-cher Pereira e, cada um deles,com as suas qualidades e dentrodas condições políticas em queatuaram, deu, por certo, umacontribuição positiva ao relacio-namento entre os dois Países.Uns, como Fragoso, deixaram aimagem de seu pragmatismo, desua eficiência e de sua elegân-cia; outros, como Saraiva, mar-caram presença pela cultura epelos ecos da oratória de boatraça, ou, como Rocheta, pelacoragem e pelo desassombrocom que enfrentaram as ondascontra o regime salazarista ou apolítica colonial. Os mais anti-gos, Martinho Nobre de Melo eAntônio Faria, estiveram próxi-mos da "colônia" portuguesa aapoiá-la em projetos de grandealcance associativo; os mais re-centes, como Futher Pereira, ti-veram de superar turbulênciase ventanias por causa da "Revo-lução de abril". Pois bem: nes-se rol de diplomatas, o nome deAdriano de Carvalho irá incluir-se como sinônimo de quem man-teve uma permanente devoção eum gosto extraordinário peloscargos que exerceu: entregou-seà engenharia e não diminuiu oritmo de construção;movimentou-se sem descanso;transmitiu força à equipe de co-laboradores e com o seu porteatlético, sua voz de comando eseu estilo de trabalho, por vezeslembrava-nos mais um simpáti-co e bem sucedido agricultor daMeda do que um diplomata sa-gaz do Quelhas.

Víamo-lo feliz quando, emsua casa, as altas figuras da Re-pública elogiavam o queijo daserra amanteigado ou a vitelaassada à moda de Lafões; masnão era menor a sua satisfaçãonas tardes em que, nos jardinsda Chancelaria, entregava aosalunos das escolas dezenas depostais que trazia de Portugal,com as imagens dos Jerónimose do Mosteiro da Batalha, daTorre de Belém e do Museu dosCoches, ou então quando manda-va servir aos professores de Li-teratura, depois dasconferências eruditas sobre oEça de Queiroz ou o barroco, umcálice de vinho do Porto da boacepa duriense.

A substituição de Adriano deCarvalho não será fácil. De qual-quer maneira, esperamos quecontinue a ser, mesmo fora dogosto diplomático, o grande ami-go do Brasil que sempre foi e adar a sua contribuição para o en-riquecimento das relações luso-brasileiras.

Na apostilha da reformanão devem figurar, neste caso,apenas os elogios de praxe; porjustiça, deverá acrescentar-se aexpressão do reconhecimento dedois povos. E como se dizia noséculo XVI, nas cartas dos pa-dres que estavam em Terna te:

. "de tudo isto é El-Rei e somosnós sabedores..."

NOTAS SOCIAIS• CASAMENTO-Nopróximo dia 30 do cor-rente, na Basílica deNossa Senhora de Na-zaré, estarão dizendoo "SIM" definitivo osjovens Sônia Regina eAlírio José. A noiva éfilha do casal Délcioda Silva Farias e Se-bastiana Campeio daSilva e o noivo do ca-sal Alírio dos SantosAlmeida Gonçalves eMaria Natália dosSantos Gonçalves.Após o ato religioso osnoivos recepcionarãoos seus convidados noCassino dos Oficiaisda Aeronáutica. Aquiantecipamos à Sônia eAlírio José nossos pa-rabéns e votos de queencontrem no seu No-vo Lar a maior somade venturas efelicida-des e que estas se pro-longuem por toda a sua preciosa exis-tência.*** O Distinto Casal de noivos Rosân-cela e Garcês, tendo à suafrente o "casalzinho" Manuela e Leo-nardo, teve a gentileza de nos enviara foto do seu casamento que acima

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§ublicamos e que, muito sensibiliza-

os agradecemos, renovando-lhesaqui os nossos votos de que a alegriae felicidade daquele momento se pro-longuem por toda a sua vida com amesma chama de amor que uniu osseus corações para sempre.

Terras de Portugal

Alguns dos integrantes da excursão Férias em Portugal e Espanha — 88, da LUSOTUR, em frenteao Vale dos Caídos nos arredores de Madrid (Fotos do colunista).

Participantes da comitiva do Pará no interior da igreja doVale dos Caídos

FÉRIAS EM PORTUGAL E EUROPA - 88

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Outra vista da "patotinha" paraense no Palácio do Es-corial.

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A "ala jovem" do grupo paraense, no Palácio do Escoriai, nos ar-redores de Madrid

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Alguns integrantes da excursão da LUSOTUR, no Palácio do Es-corial

*** Ainda vivendo asemoções da bonita festa dehomenagem às duas ani-versariantes, Maria Naza-ré Hanna e Maria JoséMoreira, no Hotel Clarid-ge, em Madrid, à qual fize-mos referência na páginade domingo passado, va-mos hoje referir-nos a umbelíssimo passeio da comi-tiva paraense aos arredo-res da capital espanholapara visitar dois impor-tantes monumentos quesão o Vale dos Caídos e oPalácio do Escoriai, situa-dos a poucos quilômetrosde Madrid.

Assim, após o café damanhã, acompanhados decompetente guia local, se-guimos em direção ao fa-moso Vale dos Caídos,uma obra gigantesca man-dada construir pelo Gene-ralíssimo Franco emhomenagem aos mortosna Guerra Civil de Espa-nha e que é de uma gran-diosidade e arrojoextraordinários, pois o mo-numento foi construído nu-ma grande rocha, sendo,para tanto, necessário ras-gar um imenso túnel sob amesma, no qual se insta-lou a grandiosa catedral;no alto da referida rochafoi construída uma monu-mental cruz que é o símbo-lo daquele majestoso earrojado empreendimen-to, considerado como omaior da Europa nogênero.

O guia explicou a to-dos os participantes dogrupo os pormenores e de-falhes da grandiosa obra,tanto na sua parte internacomo externa, deixando-osdeveras admirados e en-cantados com tudo quelhes era mostrado e escla-recido.

Lamentavelmente otempo e a apatia do foto-grafo Júlio não permiti-ram o registro daquelapassagem pelo local comfotos que pudessem revê-lar toda a beleza e gran-diosidade do Vale dosCaídos, privando-nos deaqui as reproduzirmos emostrarmos aos nossosleitores. Este ano, tal nãoacontecerá pois estaremosatentos para evitar tal la-cuna, embora esta se fi-casse a dever também aotempo nevoado que ali en-

contrámos, impróprio pa-ra boas fotos.

Dali seguimos para avisita ao histórico Paláciodo Escoriai, antiga resi-dencia de vários reis e queé considerado, não só pelasua imponência como pe-lo seu riquíssimo recheiode obras de arte que orna-menta todo o seu interiore que são de um valor in-calculável, como um dosmais importantes monu-mentos históricos dos ar-redores da capitalmadrilena.

Do mesmo modo, oguia espanhol que nosacompanhava, revelou,nas suas explicações sobretudo que nos era mostra-do, elevado nível profissio-nal, provando suaadmirável cultura e seugrande interesse para que

todos ficassem com amais completa idéia de tu-do que estávamos vendo eadmirando.

Ali já tivemos maissorte com o tempo e o Jú-lio já estava mais "esper-to" pois a nossa críticadespertara-o.

Também a visita aoPalácio do Escoriai agra-dou em cheio o grupo pa-raense e todos semostravam encantados edeslumbrados com tudoque lhes fora dado ver eobservar e que, pela vidaem fora, não deverão es-quecer.

Do Escoriai retorna-mos ao Hotel pois nessanoite havia touradas e ai-guns desejavam assistir,embora não seja muitoagradável a tourada es-panhola.

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Outro aspecto do grupo paraense no Vale dos Caídos, vendo-se, ao fundo, a imensa cruz situada no alto da rocha, porcima da grandiosa Catedral

Homenagem a Dom Alberto Ramos Notícias da Tap*** Conforme já aqui informáramos,

o Conselho da Comunidade Luso Brasi-leira do Pará e as Associações ao mes-mo filiadas, irão prestar umahomenagem a Dom Alberto Ramos nopróximo dia 19 de Abril a qual constaráde um jantar no Restaurante 1900 do Ho-tel Equatorial.

Agradecemos às Associações que to-mem as suas providências junto à suas

Diretorias e associados a fim de que, coma devida antecedência, adquiram os car-toes para o referido jantar e que se en-contram à sua disposição nos seguintespontos: LUSOTUR - TUNA LUSO BRA-SILEIRA - GRÊMIO LITERÁRIOPORTUGUÊS e SAPATARIA CARRAPA-TOSO, pois torna-se necessário saber onúmero de pessoas que irão participar dareferida homenagem.

Consulado de Portugal***0 Consulado de Portugal

em Belém necessita saber o pa-radeiro dos seguintes cidadãosportugueses:

A) CARLOS BARROSOFRAGOSO: B) JOSÉ FERNAN-DES, natural da freguesia dé Vi-

leia. concelho de Arcos deValdevez;

Agradece-se a alguém quepossa dar essa informação queo faça diretamente para o Con-sulado à Rua 13 de Maio, 73 - te-lefone: 223-5517.

DOIS MILHÕES DE PAS-SAGEIROS NA AIR ATLAN-TIS DESDE 1985, Desde 01 deJunho de 1985, a AIRATLANTIS-Subsidiária da TapAir Portugal para vôos de fre-tamento - já transportou maisde dois milhões de passageirosem percursos que ligaramPortugal a mais de quarentaaeroportos de toda a Europa,entre os quais os da Alemanha,Áustria, Bélgica, Espanha,França, Irlanda, Itália, Suiça,Reino Unido e dos países daEscandinávia. No verão, a pro-gramação da Air Atlantis foiintensa, superando 150 vôos se-manais, 75% a partir do Algar-ve. 21% dos vôos "charters"

operados nessa região perten-ceram à Air Atlantis.

SISTEMA AUTOMÁTICODE RESERVAS DE HOTÉIS -A Tap Air Portugal, instalou nasua rede de escritórios um SIS-TEMA AUTOMÁTICO DE RE-SERVAS DE HOTÉIS(HOTELMATIC), estandoabrangidos os hotéis das zonasde Lisboa, Estoril, Cascais, doPorto e de Faro, das RegiõesAutônomas da Madeira e dosAçores e algumas cidades daEuropa. O HOTELMATIC re-gistrou, em 1988, um total devendas na ordem de 400 mil dó-lares, estando prevista a suapróxima instalação em outrascidades da Europa.

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4 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, domingo, 2ó de março de 1989

Lançamentosda semana

Não havendo alteraçõesde última hora a semana temapenas um lançamento. Lan-çados semana passada estãoem cartaz: RAIN MAN, deBarry Levisson (Palácio) LI-GAÇOES PERIGOSAS, deSthephen Frears, (Olímpia),MISSISSIPI EM CHAMAS, deAlan Parker (Nazaré), A HO-RA DO ESPANTO II deTommy L. Wallace (cinemaI), DEARTH STALKER -GUERREIRO INVENCÍ-VEL, de John Watson (cine-ma III). Os três primeiros sãocandidatos ao Oscar deste anoem várias categorias, incluin-do o de melhor filme. A novi-dade da semana é o início doFestival de clássicos da Co-lumbia Picture. São cinco fil-mes ganhadores do Oscarentre 1934 e 1954. *** NAS MA-TINAIS DE HOJE estão emcartaz: ADEUS MENINOS,de Louis Malle (cinema I às10:00 hs), BRANCA DE NE-VE E OS SETE ANÕES, deWalt Disney (cinema II às10:00 hs) e no cinema III, às10:00 hs CONTA COMIGO, deBob Reiner.

ESPECIALNO CENTRO CULTU-

RAL TANCREDO NEVESSALA LIBERO LUXARDOestão programados para estasemana JOHNNY, O GANGS-TER de Amy Hekerling (dehoje até terça-feira) e BRA-SIL - O FILME de Terry Gil-liante, um dos melhores doano passado (a partir dequarta-feira). (A.G.M.)

Cinema COTAÇÕES

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Filmes A.G.M Marco Pedro Luzia AcyrMoreira Ver/ano Á/vares Castro

1. BRANCA DE NEVE EOS SETE ANÕES Excel. Bom Excel. Excel. Excel.

Walt Disney

2. CONTA COMIGO ~ ^ „B Bom RazBob Reiner

3. ADEUS MENINOS Bom -Lou/s Maffe

4. A HORA DO ESPANTO b^T^^ _ ^Tommy Lee Wallace

5. JOHNNY, 0 GANGSTER Bom _Amy Hekerling

Misslssippi em Chamas continua no Nazaré

DO MUNDO NADA SE LEVADe Frank Capra. Produção

de 1938. Uma obra-prima indis-cutível, ainda hoje um filme en-cantador e fascinante. O huma-nismo do cineasta fraga com ra-ra intensidade poética o vaziohumano, ao mesmo tempo emque celebra a comunicação e ovalor das ligações entre indiví-duos. Essa comédia sobre valo-

res e anti valores reflete, com amais absoluta precisão, o espí-rito do New Deal de Roosevelt,mas está acima dessa circuns-tância histórica, colocando-secomo crônica repassada de luze humor. Hilariante a cena dorestaurante e magnífica a utili-zação do cenário e de objetospara visualmente concretizar o

pensamento dos personagensem algumas cenas. James Ste-wart, Jean Arthur, Lionel Bar-rymore, Edward Arnold, MishaAuer, Ann Miller, Springer Byin-ton vivem os papéis principais.Oscar na categoria de filme e di-retor. Segundo filme da mostraColumbia. Sexta-feira no cine-ma III.

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A Menina do Lado continua no cinema

) i EIS * SUA GRANDE OPÇAOl

CINE E TEATRO CASSINO

HOJE (3 SESSÕES) 18:30-20:00-21:30

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HOJE - VESPERAIS: 14:00-15:30-17:00 (10 ANOS)- "A REVOLTA DOS GLADIADORES" -O MELHOR FILME ÉPICO DE TODOS OS TEMPOSI COLORIDO

HOJE- A NOITE (3 SESSÕES) - 18:30-20:00-21:30OS NOVOS HABITANTES NÃO IMAGINAM O PAVOR QUERÃO VIVER NAQUELA SINISTRA CASAI - NÃO PERCAMIII -

— "A CASA DO ESPANTO 2" —

I I I I I I I I II I MM I I I I I I I I 1 I I I I I I I I ITTTTiVCINEMA DE ARTE DO PARA apresenta

CIME^AIHH0JE 15:00-17:0019:00-21:00

A VERDADEIRA CONTINUAÇÃO DE A HORA DO ESPANTO

"yNDAÇÃO CULTURAL TANCREDO NEVES(Centur)

CINE LIBERO LUXARDO

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Umagrande

comédia

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ACONTECEUNAQUELA

NOITEDe Frank Capra,

Produção de 1934. Repor-ter despedido de jornaltermina envolvido comuma herdeira riquíssimae realiza muito mais doque a maior reportagemde sua vida. Uma come-dia resplandescente deinteligência e humor, re-pleta de achados brilhan-tes, como as "Muralhasde Jerico" e a históriacontada pelo jornalista aum assustado passageirode ônibus. O filme é umprecursor do gênero deestrada, muito abordadonos dias atuais. Premia-do nas categorias de fil-me, diretor, ator (ClarkGable), atriz (ClaudetteColbert) e roteiro (Ro-bert Riskin). Primeirofilme do Festival Colum-bia premiado com o Os-car. Vale comolançamento. A partr 5afeira no cinema III.

UM ROBOTEM CURTOCIRCUITO

Essa é a continuaçãode "Short Circuit", o in-crível Robot, dirigido em1986 por John Badhan,aqui exibido em 1987.Agora o robô Johnny Fi-ve volta para a cidadepara ajudar seu amigoBen, que fabrica minia-turas de robôs para so-breviver. O filme foidirigido por KennethJohnson e tem boas refe-rências de críticos ame-ricanos. No elenco,Fisher Stevens, MichaelMcken, Cynthia Gibb,Jack Weston, DavidHemblen, Tim Barn.ey(que faz a voz de JohnnyFive). (Cinema I).

A GRANDEILUSÃODe Robert Rossen. Pro-

dução de 1949. O poder e suaforça corrupta. Filme quena cena final concretiza emimagens uma premoniçãode assassinatos políticos dosanos GO. A carreira de umpolítico do interior que parase eleger governador faz vá-rias concessões e depois nãoconsegue se libertar das for-ças que o controlam. Umdos melhores filmes do dire-tor Rossen, um dos cineas-tas perseguidos pelomacarlhismo. Oscar de fil-me, ator (Broderick Craw-ford) e atriz coadjuvante(Mercedes McBridge). Ter-ceiro filme da mostra Co-lumbia. Sábado no cinema

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Belém, dorpingo, 26 de março de 1989 O UBERAL ARTE/ESPETÁCULOS CADERNO DOIS 5

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(4 Oscars >>

Na semana dos novos Oscars, o públicolocal vai ter a chance de ver

alguns dos premiadas em diversascategorias, incluindo "melhor filme", .

da produtora Columbia Pictures.0 verdadeiro Festival será no Cirwma 3,

Ema partir de 5a. feira, obedecendo a

seguinte oraem: "Aconteceu Naquela Noite" (1934), deFrank Capra; "Do Mundo Nada se Leva"

(1938), de Frank Capra; "A Grande Ilusão"(1949), de Robert Rossem; "A UmPasso da Eternidade" (1953), de

esfileFred Zinnemann; e "Sindicato deLadrões" (1954), de Elia Kazan.

Cada filme estará em cartaz, por umdia, em horário e ingressos normais.Um programa realmente imperdível.

PanoramaLUZIA MIRANDA ALVARES

Os PrincipaisCandidatos

Melhor Filmettain Man. Ligações Perigosas. Mississipi em Cha-mas. Turista Acidental. Secretária de Futuro.

Melhor DiretorBarry Levinson (Rain Man). Alan Parker (Mississi-pi em Chamas). Mike Nichols (Uma Secretária deFuturo). Charles Crichton (Um Peixe Chamado Wan-da). Martin Scorcese (A Última Tfentação de Cristo).

Melhor AtorDustin Hoffman (Rain Man). Gene Hackman (Mis-sissipi em Chamas). Tom Hanks (Quero Ser Gran-de). Edward James Olmos ("Stand and Deliver").Max Von Sidow (Pelle, O Conquistador).

Melhor Atriz

Os Favoritos

Glenn Close (Ligações Perigosas). Jodie Foster (AAcusada). Meryl Streep (Cry in the Dark). MelanieGriffith (Uma Secretária de Futuro). Sigourney Wea-ver (A Montanha dos Gorilas).

Melhor Atriz CoadjuvanteJoan Cusack (Uma Secretária de Futuro). GreenaDavis (Um Turista Acidental). Francês Medormand(Mississipi em Chamas). Michelle Pfeiffer (LigaçõesPerigosas). Sigourney Weaver (Uma Secretária deFuturo).

Melhor Ator CoadjuvanteAlec Guiness (Little Dorrit). Kevin Kline (Um Pei-xe Chamado Wanda). Martin Landau (Tucker, UmHomem e Seu Sonho). Ri ver Phoenix (Running toEmpty). Dean Stockwell (De Caso com a Máfia).

Outras indicações

Melhor Filme Estrangeiro: "Hanussen" (Hun-gria), "The Music Teacher" (Bélgica), "Pelle TheConqueror" (Dinamarca), "SaiamBombays (índia),"Women on the Verge of a Nervous Breakdown'!(Espanha).

Melhor Roteiro Original: (Gary Ross e AnneSpielberg ("Big"), Ron Shelton ("Buli Durham"),John Cleese, (História de John Cleese) e CharlesCrichton ("Um Peixe Chamado Wanda" — "A FishCalled Wanda"), Ronald Bass e Barry Morrow, (His-tória de Barry Morrow — "Rain Man") e Naomi Fo-ner ("Running on Empty").Melhor Roteiro Adaptado: Frank Galati eLawrence Kasdan ("The Accidental Tburist"), Chris-topher Hampton ("Ligações Perigosas" — "Dange-

rous Liaisons"), "Anna Hamilton Phelan, (Históriade Anna Hamilton Phelan)", Tab Murphy ("A Mon-tanha dos Gorilas" — "Gorilías in the Mist"), Chris--tineEdzard ("LittleDorrit"), Jean-Claude Carrieree Philip Kaufman ("A Insustentável Leveza do Ser"— "The Unbearable Lightness of Being").Melhor Canção Original: "Calling You", mú-siça e letra de Bob Ttelson ("Bagdad Café7'), "Let theRiver Run" música e letra de Carly Simon ("UmaSecretária de Futuro"), "Two Hearts", música de La-mont Dozier e letra de Phil Collins ("Buster")

,«mLMeJh<?'; Partitura Original: John Williams("The Accidental Tburist"), George Fenton ("Liga-çoes Perigosas"), Maurice Jarre ("A Montanha dosGorilas") Dave Grusin ("The Milagro BeanfieldWar") e Hans Zim Mer ("Rain ManXDireção de Arte: Albert Brenner (decoração)e Garrett Lewis (cenário) por "Beaches"; StuartCra-ci_(decoração) eGerard James (cenário) por "Liga-çoes Perigosas"; Ida Random (decoração) e LindaDescenna (cenário) por "Rain Man"; Dean Távou-laris (decoração) e Armin Ganz (cenário), por "Tuc-ker: The Man and his Dream"; EÜiot Scott(decoração) ePeter Howitt (cenário) por "Uma Ci-lada para Roger Rabitt" ("Who Framed RogerRabitt ). -

Fotografia: "Peter Biziou ("Mississipi Bur-njuig ),.,John Seale ("Rain Man"), ConradI. Hall("Ifequila Sunrise"), Sven Nykvist ("A InsustentávelLeveza do Ser"), Dean Cundey ("Uma Cilada ParaRoger Rabitt").Melhor Vestuário: Deborah Nadoolman ("Co-ming to América"), James Acheson ("Ligações Pe-rigosas'), Jane Robinson ("A Handful of Dust")Patrícia Norris ("Sunset"), Milena Canonero ("Tuc-ker: The Man and his Dream").Melhor Documentário de Longa-metragem: "The Cry of Reason — Beyers Naude-AnAfritonerSpeaksOut": "Hotel Terminus: The Li-fe and Time of Klaus Barbie"; "Lets Get Lost"; "Pro-

mises Keep"; "Who Killed Vincent Chin".Melhor Documentário de Curta-metraaenvThe Childrens Storefront", "Family GatheFing",Gâ5^?°Ps" portrait of Imogen", "Vou Don't Ha-ye To Die .tt fd^ÍJt°! Frank Urioste, John F. Link ("DieHard") Stuart Baird ("A Montanha dos Gorilas")^yH^bl,1,I?g*("^issLssíPPi Burning"), Stu Linder( 'Rain Man"), Arthur Schmidt ("Uma Cilada paraRoger Rabbit ). *cv, ^í?Suil?9em:..yeTÍVe,ilk S.teve La Porte, RobertShort ("Beetlejuice"), Rick Baker ("Corning to Ame-H£P4« T<^ Burman, Bari Drieband-Wman( Scrooged").

Desenho Animado: Cordell Barker ("The CatCarne Back"), Bill Kroyer ("Technological Threat")John Lasseter ("Tin Tby"). Som: Les Fresholtz, DickAlexander, Vern Poore, Willie D. Burton ("Bird")Don Bassaman, Kevin F. Cleary, Richard Overton!Al Overton ("A Montanha dos Gorilas"). Robert LittElhot Tyson, Richard C. Kline, Danny Michael ("Mis-sissippi Burning"), Robert Knudson, John Boyd, DonGirolamo, Tony Dawe ("Uma Cilada Para RogerRabr':'" °

Na próxima 4a. feira, a Academiade Artes e Ciências de Hollywood esta-rá realizando a 61a entrega dos Oscars,prêmios concedidos aos melhores do cijnema no ano que passou.

Este ano existem favoritos muitofáceis, ao contrário dè outros anos emque surgem hesitações ou em que assurpresas atuam como um motivo pa-ra manter o interesse pela entrega dosprêmios, produto dos votos de centenasde associados da Academia, gente liga-da à indústria do cinema.

O franco-favorito, da mesma formaque "O Último Imperador", no ano pas-sado, é "Rain Man" de Barry Levinson,filme candidato a 8 prêmios incluindoos de diretor e ator.

Como atriz, Glenn Close, cândida-ta perdedora no ano passado (foi forteconcorrente em "Atração Fatal") pode-rá ganhar o seu primeiro Oscar por"Ligações Perigosas".

Como ator, tudo indica que DustinHoffman, como um autista em "RainMan", leve a melhor. Pela frente temGene Hackman em "Mississipi emChamas". Ambos já receberam Oscarsem outros anos.

O diretor do ano deve ser Barry Le-

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Gene Hackmanem "Mississipiem Chamas"

Sigounery Weaver,candidata amelhor atriz

por "NasMontanhas dos

Gorilas".

vinson (Rain Man) e os coadjuvantespodem ser Kevin Kline (Um Peixe Cha-mado Wanda) e Sigourney Weaver(Uma Secretária de Futuro). Nessascategorias pode haver surpresas.Hollywood muitas vezes aproveita achance de um Oscar para aumentar oprestígio de um artista.

Categoria de difícil prognóstico éa de filme estrangeiro. Ano passado to-do mundo apostava em "Adeus Meni-nos" (por sinal, hoje de volta a Belém)e deu "A Festa de Babette". Na reali-dade, a Academia acabou,tendo razão.Mas não teve quando premiou "O Ata-que", filme holandês muito inferior aosconcorrentes de então. Este ano, "Mu-lheres à Beira de um Ataque de Ner-vos" e "Pelle, O Conquistador" (esteúltimo já premiado em mostras inter-nacionais) são os favoritos.

Ficou de fora Sônia Braga, lembra-da por sua atuação em "Luar Sobre Pa-rador", como ficou de fora, outra vez,o cinema brasileiro.

A entrega dos Oscars será transmi-tida pela Rede Globo diretamente deLos Angeles, na noite de quarta-feira,dia 29.

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"Ligações Perigosas55

Pouco antes da Re-volução Francesa, a aris-tocracia dava-se àdisputa de prazeres, co-mo a Marquesa de Mer-teuil (Glenn Close), queenciumada pelo amanteter-lhe deixado por umavirgem (Uma Thur-man), contrata os servi-ços do esperto Viscondede Valmont (John Malko-vich) para que seduza a ¦noiva, Cecile de Volan-

ges, filha de Madame Vo-lange (Swoosie Kurtz).Mas Valmont parte paraoutros planos e seduzuma bela mulher casa-da, madame de Tourvell(Michelle Pfeiffer).

A novela de Cnoder-los de Laclos já deu umfilme francês e agorasurge numa super-produção americana di-rigida pelo inglês Ste-phen Frears, membro do

novo cinema britânico,responsável por "MyBeutiful Laundrette" eoutros filmes fortes docinema-novo que estásurgindo dos estúdioslondrinos.

O bom gosto do con-junto parece que promo-ve bastante o trabalho deFrears, candidato a 7 Os-cars. (Warner). Já emexibição em Belém(Olímpia).

Valéria Golinoe Tom Gruise

em "Rain Man"

Rain ManÉ a história de dois irmãos, Char-

lie (Tom Cruise) e Raymond (DustinHoffman). Eles não se viam porqueRaymond é um autista (alheio ao mun-do) e vive num hospital. Quando o paideles morre, deixa uma herança de 3milhões de dólares em um fundo parabeneficiar o autista. Por isso, Charlievai buscar o irmão na esperança de pe-gar o dinheiro que salvará o seu nego-cio de automóveis. Os dois atravessamos EEUU num velho Buick 49 e Char-lie percebe, com o passar do tempo, o

ExtraCine Libero Luxardo (Centur) — 16.30,18.30, 20.30 — Michael Keaton (o novoBatman) em "Johnny, O Gangster", co-média inédita dirigida por Amy Hec-keling.

4a. Feira: "Brazil, O Filme".n a cj

Cinema I — Matinal hoje — lOh -

que é cuidar de uma pessoa, o quantoé (ou tinha sido) egoísta.A idéia do filme vêm de um livro

de Barry Morrow sobre a vida de umretardado mental fora de clínica espe-cializada.!

O filme ganhou os principais prê-mios da crítica americana e o Festivalde Berlim deste ano. Ê candidato a 8Oscars, sendo o favorito do certame.(United Artists). Já em exibição emBelém (Cine Palácio).

"Adeus, Meninos, de Louis Malle.? D D

Cinema II — Matinal hoje — 10 h -"Branca de Neve e os 7 Anões" de WaltDisney.

n d ?Cinema III — Matinal hoje — 10 h -"Conte Comigo", de Rob Reiner.

Ligaçõesperigosas

O Turista AcidentalMacon Leary (WIL-

LIAM HURT) escreve guiasde viagem para pessoas quedetestam viajar. Nessesguias ele oferece, aos viajan-tes "acidentais" sugestõesde como minimizar o trau-ma de estar deixando suacasa — através de alusõesde qualquer coisa ou qual-quer lugar que seja "estran-geiro". Por exemplo, o livrode Leary listam informa-ções vitais como onde secomprar hamburger e ou-trás especialidades tipica-mente americanas em

quase todaEuropa.

cidade da

Baseado na históriabest-seller de Anne Tyler, "OTURISTA ACIDENTAL?' éuma mistura de romance,comédia e drama sobre umrelutante escritor viajante,cujo mundo vira de cabeçapara baixo quando sua espo-sa, Sarah (KATHLEENTURNER), o abandona eele conhece uma treinadorade cachorros, fora do co-mum, chamada Muriel(CFFNA DAVIS).

"O TURISTA ACIDEN-TAL" reúne William Hurt eKathleen Turner com Law-rence Kasdan. Hurt e Tur-ner apareceram pelaprimeira vez juntos na es-tréia de Kasdan, como dire-tor em 1981 em "CorposArdentes". Hurt também fezparte do elenco "O Reengon-tro", um sucesso de 1988 di-rigido por Kaüdan.(Warner).

O filme ainda não temdata marcada para estrearem Belém.

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6. ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

Ir Adi. ol

07:30

02:00

:30:30

RÂUO UBBIAl AM

00:00 - Passaporte Para o Sonhocom Clodomir Colino -Programa de altasensibilidade musical - Poemas

O Domingo é Nossocom J. Batista -Programa bem variadocom muita notícia,utilidade pública e horacerta a todo instante -Seleção musical emtodos os gêneros.Programas Religiosos

Transmissão da MissaDiretamente da Igreja

de S. Antônio.-Domingo Totalcom Hilton Fernandez

Música variada - PrêmiosFarto noticiário dá

semana que passou edo domingo - Prêmios.

Bola na Áreacom Nonato Santos -Programa esportivo

Fogo na Bolacom Márcio Sales -Programa esportivo

Jornada EsportivaTransmissões locais,

no Brasil e no Mundo.Obs: Após a Jornada Esportiva

Bola no Ar ao Comandode Guarany Júnior coma participação de membrosda equipe esportiva econvidados especiais.

11:30

14:00

15:00

LIBSRML

07:00 às 11:00 - Beto11:00 às 15:00 - Binho15:00 às 18:00 - Ney18:00 às 22:00 - Paulo Brasil22:00 às 02:00 - Úrsula02:00 às 06:00 - Gravado

Rádio Modelo FM? Domingo| 06:00 às 10:00 - Marcão

10:00 às 14:00 - Francisco Silva14:00 às 18:00 - Alaísio Pinto18:00 às 22:00 - Vânia Costa22:00 às 24:00 - Aluísio Paixão

FM CULTURA00:00 - FMPB08:00 - Ciranda, Cirandar09:00 - Musical Especial17:00 - Hora Cabana18:00 - Musical Especial21:00 - Raridades da MPB22:00 - Clássicos Cultura00:00 - Encerramento

Crise chega aoCorpo de Bale

O Corpo de Bale do Palácio das Ar-tes, formado por 21 bailarinos, entraramem greve sexta-feira por causa do can-celamento do projeto "Segunda Maior"e por melhorias salariais. Eles estavamem "operação tartaruga" há 10 dias, masdecidiram parar diante do descaso do go-verno estadual, responsável pela princi-pai casa de espetáculos de BeloHorizonte.

Os bailarinos já garantiram que sóretornam aos ensaios do espetáculo "In-confidencia Mineira", com coreografia deLuiz Arrieta e música de Egberto Gis-monti, se o governador Newton Cardosoatender suas reivindicações salariais.Atualmente, um bailarino ganha apenasNCz$ 90,00. Por enquanto, eles estão par-ticipando apenas das sessões de ginásti-ca, para não perderem a forma.

E os 23 técnicos de palco solicitaramdemissão coletiva, todos eles também re-voltados com os baixos salários e com ainsistência do governo de não pagar osreajustes decretados pelo Governo Fede-ral desde outubro do ano passado. Essademissão pode representar, entre outrascoisas, o cancelamento de espetáculos jáprogramados para o Palácio das Artes,entre eles o Carlton Festival Dance, Tãm-bém estariam demissionários o coorde-nador de programação, Sílvio Lage, ochefe do departamento pessoal, AbílioCésar Pereira; a coordenadora de recur-sos humanos, Ana Maria Soares; e Pau-lo Fernando e Jair Melo, ambos datesouraria. O superintendente da Funda-ção Clóvis Salgado, Dalton Canabrava Fi-lho, não apareceu na sexta-feira parafalar sobre a situação.

VIDEORAMACláudia Alvares

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Sean Connery, o primeiro Oscar só viria com "Os Intocáveis", lançado ano passado pela CIC

Oscar em VídeoNesta quarta-feira, dia 29, é

noite de "Oscar". Enquanto o ci-nema festeja, o vídeo aguardaainda pelos títulos que fizeramparte da "Festa" do ano passado.

A Warner já prometeu paraeste ano a distribuição em vídeode "O Império do Sol", de StevenSpielberg, um dos filmes que con-correram ao Oscar de melhor fil-me em 88. Enquanto isso, aColumbia sai na frente lançandoeste mês, na "II Vídeo TradeShow", o grande vencedor na úl-tima festa da Academia — "O Úl-timo Imperador", de BernardoBetolucci; que levou para casanada menos que seis estatuetas,entre as quais de "melhor dire-tor" e "melhor filme do ano"."O Feitiço da Lua", responsa-vel ano passado pela premiaçãode Cher como melhor atriz, tam-bém sai este ano em vídeo. Masa verdade é que grande parte dostítulos que participaram da en-trega do Oscar 88, dentre as suasmais variadas categorias, nãochegaram ainda no mercado devídeo brasileiro. Quem sair pro-curando nas locadoras vai encon-trar, por exemplo: o vencedor da

categoria de melhor filme estran-geiro, "A Festa de Babette", da di-namarquês Gabriel Axel, lançadopela Look Vídeo mês passado, eseu concorrente "Minha Vida deCachorro", do sueco Lasse Halls-trom, lançado este ano pela Gio-bo Vídeo. E por falar emHallstrom, o cineasta esteve tam-bém entre os cinco diretores queconcorreram em 88 ao Oscar demelhor do ano em sua categoria.

Também já pode ser encon-trado em vídeo "Atração Fatal",

. de Adrian Lyne, um dos concor-rentes de "O "Último Imperador"ao Oscar de melhor filme do ano,lançado no mercado pela CIC. Ou-tro já circula pelo país em vídeoé "Os Intocáveis", de Brian DePalma, fita que deu a Sean Con-nery (ex-James Bond), o Oscarde melhor ator coadjuvante de 88,aliás, o primeiro da carreira doator.

Os usuários de videocassetepodem ainda encontrar nas cha-peiras das locadoras o vencedordo ano passado na categoria de"melhores efeitos especiais","Viajem Insólita", de Joe Dante.E mais, "Um Hóspede do Baru-

lho", que levou para casa e esta-tueta de melhor maquiagem e"Ironweed", filme do brasileiroHector Babenco que chegou na úl-tima festa da Academia concor-rendo nas categorias de "melhorator" (Jack Nicholson) e "melhoratriz" (Meryl Streep) do ano.

Longe da "telinhas", entretan-to, continua boa parte dos títulosque participaram da última en-trega .do Oscar: "Wall Street" deOliver Stone; "Esperança e Gló-ria", de JohnBoorman; "Nos Bas-tidores das Notícias", queconcorreram em 88 entre os me-lhores filmes do ano; e ainda,"Bom Dia Vietnan", "Adeus Meni-nos", entre outros.

Este ano temos: "Rain Man","Ligações Perigosas", "Mississi-pi em Chamas", "Turistas Aciden-tal" e "Secretária de Futuro",nenhum destes concorrentes a"melhor filme de 89" têm pers-pectiva para lançamento em ví-deo. E é mais do que certo que oscinemas venham a exibi-los emprimeira mão, aliás, quase todosestes já estão sendo anunciadosno circuito comercial de cinemado sul do país.

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D. Autora de "Entre Dois Amores",o filme vencedor do

OSCAI! de Melhor Filme Estrangeiro de 1988

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Vídeo Arte Vai LançarAs Produções da Nacional

Geographic no Brasil

«A.»...*». - ^gTO diretor de "O Último Imperador", Ber-nardo Bertolucci, o grande vencedor daúltima festa da Academia. O filme estásendo lançado este mês em vídeo pelaColumbia

Com um investimento ini-ciai de 6,5 milhões de dólares,a Vídeo Arte do Brasilprepara-se para estrear nosegmento de "home vídeo"com um catálogo dos mais dis-putados em todo o mundo: osmais de 100 títulos premiadose disponíveis da National Geo-graphic Vídeo, criada há ape-nas três anos nos EstadosUnidos com a missão de lan-çar em vídeo produções da Na-tional Geographic Televisión,empresa com 23 anos do mes-mo grupo.

O projeto da Vídeo Arte élançar, ao longo deste ano, 20títulos no mercado nacional,três deles, porém, durante arealização da II Vídeo TradeShow, ocorrida no período de 17a 22 de março, em, São Paulo.Num estande de 64 metrosquadrados, que reproduziu emcristal o cartucho ae uma pro-dução da National GeographicVídeo, com espaço para a pro-jeção de todos os títulos dispo-níveis em catálogo e a réplicade 5 metros do monet Everest,a empresa mostrará três re-cordistas de audiência.NOVOS BANDEIRANTES

Com direito de distribui-ção exclusiva das produções noBrasil, a Vídeo Arte sabe quetem nas mãos verdadeiras pre-,ciosidades, com público cativodos 8 aos 80 anos. Nesse pri-meiro lote, para brilhar namaior feira de vídeo da Amé-rica Latina, a Vídeo Arte in-cluiu "Os Segredos do Titanic","África, a Vida Selvagem" e"Os Exploradores: um Séculode Descobertas"."Os Segredos do Titanic"é uma produção de 1986, com60 minutos de duração. Trata-se do primeiro contato de ex-ploradores e cientistas com onavio, 70 anos após seu nauf rá-gio. Na busca do que restou doTitanic, afundado na rota entreLondres e Nova York, a equipelançou mãos de sofisticadosequipamentos, como câmerascom controle remoto e até umrobô. A emoção dos explorado-res e as cenas da descobertabateram recorde de audiênciana TV a cabo americana daNational Geographic, que tem41 milhões de assinantes, supe-rando produções dos EstúdiosDisney e do mito Jane Fonda.

"África: a Vida Selvagem"foi produzido em 1980 e tam-bém tem 60 minutos de dura-ção. As cenas foram feitas naNamíbia, mais precisamenteno Parque Nacional de Etosha,e demoraram dois anos paraserem concluídas. O vídeomostra a vida animal, desde onascimento à morte, passandopela luta pela sobrevivência.Há cenas inusitadas, como oparto de um antílope, uma ze-bra defendendo o filhote contraum leopardo e uma gazelaalertando a manada contra oataque de um predador.

Ainda na II Vídeo TradeShow, a Vídeo Arte lançou "OsExploradores: um Século deDescobertas", produção de1988 com 90 minutos de dura-ção. O título exprime todo otrabalho da National Geogra-phic Society, que comemorou100 anos de existência em 1988e ganhou, de aniversário, essavibrante produção em vídeo. Aedição do centenário da enti-dade americana tem um pou-co de todas as exploraçõesempreendidas, desde a funda-ção da National GeographicMagazine, revista editada pe-lo grupo. Há cenas sobre o pri-meiro americano a escalar oEverest, as expedições ao Pó-lo Norte, algumas das viagensdo francês Jacques Causteaue

até a chegada do primeiro ho-mem à lua.SELO DE QUALIDADE

Para um grupo que che-gou a ter, como segundo presi-dente, o inventor do telefone,Alexander Graham Bell, esempre preocupado com aqualidade e o conhecimento,não chega a ser surpresa asexigências da National Geo-graphic Vídeo com suas produ-ções entregues à Vídeo Arte doBrasil. As produções da VídeoArte serão copiadas de "mas-ter" de 1 polegada, resultandomaior perfeição, alta definiçãoe nitidez da imagem. No mer-cado brasileiro, no entanto, ascópias são feitas a partir dematrizes em U-Matic, cuja fi-ta tem apenas 3/4 de polegada.

Buscando o mesmo pa-drão de qualidade da revistaNational Geographic Magazi-ne, a National Geographic Ví-deo exigiu de sua parceirabrasileira um exame de cadalote de títulos lançados, parasó então dar "OK" e estamparseu selo de qualidade nas fitasda Vídeo Arte. Tamanha é acerteza do que tem nas mãos,a empresa nacional vai exibirtodo o seu catálogo durante aII Vídeo Trade Show, promo-vendo sessões corridas paralocadoras e consumidores. Nafeira, a propósito, entre sor-teios de um videocassetePhilco-Hitachi e fitas, a VídeoArte dará descontos para ospróximos lançamentos às loca-aoras que comprarem os trêstítulos.VOCAÇÃO DE PIONEIROS

A estréia da Vídeo Arte doBrasil no segmento de "homevídeo" não aconteceu por aca-so. E fruto, na verdade, do so-nho e do trabalho pioneiro daprofessora Elda Thereza Bet-tin Coltro. Em seu desejo de le-var os recursos do vídeo paraas salas de aula, ela acaboupor conduzir o marido, o enge-nheiro Otello Coltro, e o filho,o médico Otelo Bettin Coltro, aum empreendimento que nãopára de crescer.

Há 10 anos, quando a Ví-deo Arte do Brasil nasceu, comnão mais que 300 mil dólaresiniciais, era preciso criar todaa infra-estrutura necessáriapara que o vídeo entrasse nasescolas. A família, então, crioua empresa Rack Central deProduções, para implantarprojetos e sistemas, e a VídeoArte Informática, visando acolocação de equipamentos, aorientação e a manutenção decursos para professores. Hoje,ambas atendem, ainda, o seg-mento de indústrias e em-presas.

Com uma filial em Chica-go, para contatos nos EstadosUnidos e Canadá, a Vídeo Ar-te do Brasil ampliou seus ne-gócios no setor, revelou-secompetente, no Exterior e, na-turalmente, foi levada a voltarseus olhos também para o "ho-me vídeo". Com um acervo poronde iá passaram cerca de 5mil títulos educativos, ao lon-go de 10 anos, agraciada peloCNPQ com o prêmio

"MelhorVídeo Internacional 1988" e re-nome no meio escolar, a VídeoArte passou a sondar títuloscondizentes com a sua tradi-

Eão para a estréia como distri-

uidora.O caminho até a National

Geographic Vídeo, fundada há3 anos, acabou coroando o tra-balho de duas empresas preo-cupadas ,com a qualidade, oconhecimento e o pioneirismo.O resultado são vídeos com-prometidos com a realidade,com a aventura sem ficção e aexploração do universo.

As feras se encontramO trabalho é baseado em vários gene-

ros musicais, que vai desde o samba aobolero, passando pela bossa-nova a anti-gos e atuais sucessos da MPB. Formadopelo tecladista Roberto Amanajás e oscantores Balbino e Calixto — este últimotambém percussionista —, o trio já con-quistou seu espaço na cidade. E agoraparte para animar as noites da peixariaCélio's, em Icoaraci, onde se apresenta apartir do dia 29 deste mês, de quarta a do-mingo. O início dos shows está previsto pa-ra as 21h30."As feras se encontram". Foi com es-sa frase que Roberto Fontoura Amanajásdefiniu a união com os dois cantores, quecomeçou há três meses — com Balbino —,e há pelo menos oito anos, com Calixto.Também violonista e arraniador, Amana-jás é bastante conhecido do público pa-raense, principalmente nas noites. "Hámuito eu sonhava em formar uma boaequipe. Já aconteceu antes, com Lu Vas-concelos e Tiana; depois com Calixto eMarialba. São todos bons músicos, mas ti-nhamos problemas para reunir os três pa-ra ensaios", diz Roberto.

Mexendo com todosQuando ele sobe no palco, "eu não dei-

xo ninguém sentado: todo mundo quermesmo é dançar", diz Calixto, sobre suaperformance. Ex-integrante do grupo "OsMocorongos", do professor Gelmirez Me-lo e Silva, Calixto há muito anima as ma-drugadas nos bares da Cidade Velha,Telégrafo, Marambaia e outros. ComAmanajás, Calixto — ambos nasceram eforam criados no bairro da Cidade Velha— já toca há bastante tempo, mesmo "na-

quelas horas dedicadas à diversão, rega-da a (não poucas) cervejas, nos bares davida", explica o cantor.

Gostou e foi ficando

O carioca Balbino foi trazido por Bos-co Moisés a Belém, onde fez inúmerasapresentações em casas de espetáculos."Â idéia era passar algum tempo aqui, edepois voltar para o Rio de Janeiro , dizele. Mas foi gostando —- e as pessoas tam-bém — e por aqui foi ficando, até hoje.Quando conheceu Amanajás, Balbino su-geriu o trabalho em conjunto. O tempopassou, e só agora é que essa idéia se con-cretiza. Agora, o trio vai esquentar as noi-tes de Icoaraci.

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Roberto Amanajás, Balbino e Calixto

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL

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Marisa Monte,

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AS MAIS MAIS DA LIBERAL FMNACIONAL

1- Rosanna -Direto no Olhar

2- Marisa Monte -Bem Que Se Quis

3- Titãs -Marvin

4- Engenheiros do Hawai •Somos o Que Podemos Ser5- Oswaldo Montenegro ¦

Lua e FlorINTERNACIONAL

1- Secret Service -The Way You Are

2- Louis Árntstrong •What a Wonderful World

3- Phli Colllns -Two Hearts

4- A-ha -Touchy

5- Erasure •A Little Respect

(By Sílvio Jr.)

NacionalJ^HI^^^^^^M^^^^^^^^^^^^^^H^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^™^^"^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ BI Fábio Jr.

IXl joio Bosoo está de volta ao Brasil de-

pois de cumprir uma série de shows na ter-ra do sol nascente. Agora inicia trabalho dedivulgação do seu novo Ip, "Bosco",

quefoi produzido por Sérgio Carvalho. Traz co-mo destaques, além da conhecida "Jade",

incluída na trilha sonora da novela "Salva-

dor da Pátria", "Sinceridade", "Funk deGuerra" e "Corsário", esta, em parceriacom Aldir Blanc. Deve chegar às lojas noinício do próximo mês, via CBS.

Kl Kando Cordel lançando seu novo dis-co pela BMG/Ariola, talvez seu último nes-sa empresa, isso, se não conseguir um bomresultado comercial. O repertório é básica-mente formado pelo ritmo nordestino, o for-ró, mas tem baladas para equilibrar. Temtambém duas participações: AmeUnha,em "Doido

pra te Amar", e Halm-undo

iTagner, em "Minha Doce Estrela", o car-ro chefe do disco, já circulando na progra-mação FM.Kl A EMI/Odeom preparando uma gran-de campanha promocional para o lança-mento do Ip "O Canto da Guerreira", quereúne os maiores sucessos da carreira deClara Nanas incluindo duas faixas fora decatálogo há 20 anos, "Você Passa e EuAcho Graça" (Ataulfo Alves/Carlos Impe-rial), e "Tristeza Pé no Chão" (Mamão). São14 músicas editadas simultaneamente em Ip,CD e fita cromo. A gravadora, que está in-vestindo uma grana preta na campanha,acredita que o disco rapidamente alcancea marca de 100 mil cópias, faturando as-sim "Disco de Ouro".

Kl Bonito do Paula atualmente sem gra-vadora. Pediu passe livre à Copacabana.Duas companhias na sua mira mas aBMG/Ariola está oferecendo melhores con-dições. Bonito tem um vasto material pron-to e quer dispor de um departamento

promocional que atue nacionalmente e ma-

João Bosco

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ciçamente. A BMG tem cancha para isso.

Kl Hopolno, ex-percussionista de Gilber-to Gil, em fase de mixagem de seü primei-ro Ip solo no estúdio Chorus, com partici-

pacões especiais de Paulo Moura, PepeuGomes, Luciano Alves e Rafael Rabelo. A

propósito: Rafael está gravando um disco

acondicionando o repertório de Tom Jobim

ao violão.

Kl Tuoarões Voadores é nome de uma

banda de Itaboraí (RJ) muito respeitada no

meio metálico. Lançará em breve seu pri-meiro Ip. O disco, que se chama "Juventu-

de", será editado pelo selo independente

paulista A. Indie, de propriedade de Rod-

son, do grupo Cólera, com distribuição pre-vista para maio.

IXl Mauro Senlse está dando retoques fi-nais ao seu segundo Ip solo, a sair em ju-lho. "Jade"

provavelmente será o título,mas as participações de Luís Alves, Mari-nho Bonfá e Luís Éça estão garantidas. Seu

Ip de estréia vendeu aproximadamente 10

mil cópias. Não teve maiores badalações.Acredita que com esse, os números serãomaiores, apesar do gênero (instrumental)ainda ser mal divulgado, principalmente emse tratando de distribuição independente.As "ditas" não têm fôlego para bancar olance.

IXl cazusa, que se recupera de uma infec-

ção pulmonar, não vê a hora de voltar aoestúdio da Polygram para encerrar os tra-balhos do seu novo Ip, "A Volta do Barão".Como destaque sua versão para

"Esse Ca-ra", de Caetano Veloso e "Azul e Amare-lo", que fez em parceria com Lobão e em

que dá crédito a Cartola, por ter-se servi-do dois versos de "Autonomia": "Anjo

bom, anjo mau/Anjos existem e são meusinimigos/São minhas namoradas/Me beijam

pela manhã/ Gnomos existem/E são minhaescolta/Anjos, gnomos/Amigos, amigos/Tu-do é possível/Uma vida futura, passada/Viagens, viagens/Existem também drogas

para dormir/E ver os perigos no meio domar/O sono pesado, tudo meio droga-do/Existem pessoas turvas, pessoas/Eu es-tou de azul e amarelo/Senhores deuses meprotejam/De tanta mágoa/Estou pronto pa-ra ir ao teu encontro, senhor/Mas não que-ro, não vou, eu não quero". Ainda nestedisco uma homenagem de Cazusa a Rober-to Carlos com a balada country "Ei, Rei",mais a balada "Como

já Dizia Djavan", queconta a história de dois homens apaixona-dos; "Eu Agradeço", onde volta a falar emDeus e em sua fé ateia dizendo-se ainda

—-——mm

grato por ter sempre desobedecido; e ai-

gumas regravações como "Baby Lonest

(gravada por Lobão), "Por aí" (dos tem-

pos do Barão Vermelho) e "Cartão-Postal"

(que Rita Lee e Paulo fizeram nos anos 70).Para encerrar o repertório, uma música deGilberto Gil e outra dos Titãs.

Kl Emílio Santiago começando a gravarseu próprio disco para a Som Livre. Dentreoutras, "Desenho de Giz'/, "Papel Mar-ché", "Isso é que É" e "E". A produçãoesta sendo pilotada por Roberto Menescal.A mesma Som Livre anuncia para maio gra-vacões que envolvem num mesmo disco Ha-ra iHião e o Quarteto Em Cy comrepertório só de sambas famosos.

Kl Relegado a segundo plano, BobertoLeal não está nem um pouco satisfeito como trabalho de divulgação da Polygram. Tal-vez mude de casa. A propósito: tudo indi-ca que em breve teremos mudanças emtermos de distribuição de discos vitimadas

pela atual crise brasileira. A BMG/Ariolacontinuaria apenas com a Som Livre deixan-do a WEA se juntar à CBS e ã EMI-Odeom,ficando a Fonobras apenas responsável pe-la distribuição dos discos da Polygram. Masessas mudanças precisam ainda serem con-firmadas.

Kl O próximo disco de Gilberto Oil, pra-ticamente pronto, sairá como o anterior. Umacordo entre a WEA e sua G&G Produções.Além desse, o próximo Ip também está sobo mesmo contrato.

D A CBS foi a grava-dora que teve maior nú-mero de artistaspremiados com o "O Tro-féu Rádio Globo" - Ro-berto Carlos(personalidade do ano),Simone (cantora doano), Fábio Jr. (destaquemasculino), Rosanna(destaque feminino), An-

Ífélica (revelação do ano

eminino), Neguinho daBeija-flor (destaque mas-culino samba) e o grupoDominó (destaque jovemmasculino). A festa acon-tece todos os ano numapromoção da Rádio Gio-'bo e jornal O Globo queostenta credibilidade jun-to aos meios de comuni-cação e ao grandepúblico. Este ano a festafoi encerrada com aapresentação do show deSimone.

InternacionalKl Paul Simon grava no Rio trêsfaixas que serão incluídas no seu pró-ximo LP a ser lançado no segundo se-mestre. Todas as bases de ritmosbrasileiros foram criadas pelo produ-tor Mazzola. Uma, de um ritmo afroindefinido, tem baixo, violão de Si-mon e congas na percussão. A segun-da é um afoxé com violões daRepública dos Camarões e dois guitar-

Paul Simon.

f ' ' ' ,-Í

ristas das Ilhas Virgens. Ò grupo TJak-ti participa e Mazzola explica porque:"Nenhum outro artista brasileiro acei-taria fazer um trabalho comercial semteclados eletrônicos e bateria forte, afórmula do sucesso". A terceira baseé um caxambu diferente do batucado

por escolas de samba. As três bases re-ceberão letras e vozes em Nova York.Esta nova pesquisa de Paul Simon,uma evolução iniciada no LP "Grace-

land", é uma oportunidade com a qualMazzola sonhava há dez anos, de di-vulgar mundo afora ritmos brasileirostocados de modo original, como porexemplo, um baião sem triângulo nem

pandeiro.Kl Parece coisa de cinema: uma me-nina inglesa de 12 anos esteve em co-ma por 15 dias após um acidenteautomobilístico e praticamente ressus-citou ao ouvir a voz de seu ídolo, ocantor Luke Gross, do grupo Bros.Bastou que Luke sentasse à beira dacama e cantasse a canção favorita damenina para ela abrir os olhos, sorrire ficar boa na hora.

tEI A apresentação da banda inglesaMotorhead, no último dia 18, no Ma-racanãzinho, foi uma verdadeira orgiasonora. Além da pancadaria entre tur-mas rivais na platéia, o rock pesadoe barulhento detonado pela banda, foimuito prejudicado pela péssima acús-tica do local. Mesmo assim durouaproximadamente 60 minutos e trou-xe no seu único bis a esperada "Ace

of Spades", uma das mais popularesda banda liderada pelo baixistaLemmy. Outra característica do show:era rara a presença de garotas. Aspoucas acompanhavam os na-morados.

Kl No Time Code Studios, em Los An-geles, o tecladista Patrick Moraz(Moody Blues) encerra as gravaçõesdo seu novo disco solo, "Human Inter-

face II". Será lançado no próximo mêspela gravadora Cinema Records, es-pecializada em rock progressivo instru-mental, distribuída mundialmente pelaCapitol Records.Kl O grupo alemão Alphaville es-tá em Nova York gravando um clip damúsica "Middle Of The Riddle" parapromover o lançamento do seu novoálbum que sai no início de abril. Paraquem não se lembra, o Alphavillefez muito sucesso entre nós há algunsanos atrás com as músicas "Forever

Young" e "Big In Japan". Depois dis-so andou sumido. Agora prepara suavolta.Kl O trompetista Cliuck Mangioneacaba de fundar sua própria gravada-ra, a Feels So Goods Records. Parainaugurar, dois discos de Mangione:um gravado ao vivo no final do anopassado e outro de estúdio, mais acús-tico, com a participação de seu irmão,o tecladista Gap Mangione e o bate-

rista Steve Gadd. Mangione pretendefazer contratações de novos ou consa-grados artistas para que sua nova em-

preitada se desenvolva rapidamente.

Kl A WEA garante que no máximo noinício de abril manda para as lojas onovo LP de Madonna, "Like a Pra-

yer", e mais tarde, tipo dia quinze, onovo do do New Order, "Technique"

e no finalzinho do mês manda o doSimply Red, "A New Flame".

Kl No próximo dia 08 de abril acon-tece na Escola Paulo Maranhão, o l-pTJnderground Festival, que conta-rá com as bandas Black-Mass, Nosfe-ratus, Nefrágio, Ceifador, D.N.A.,Delinqüentes, Nóxio, Maleffica e Mor-feus. Ao mesmo tempo os organizado-res convidam componentes dasbandas que vão participar do festivalque compareçam na Praça do Povo noCentur para debater sobre o Under-ground no dia 02 de abril às 17horas.

D Por falar emtecladista, Chick Co-rea acaba de lançarseu novo disco,"Akoustic Band",desta vez sem a para-fernalia eletrônicaque usou em seus trêsúltimos discos, bemao estilo dos temposque era contratadoda ECM. Conta nestedisco com a presençade duas feras, JohnPatitucci e DaveWeckl, mais os nova-tos Miroslav Vitous eRoy Haynes, que, se-gundo Corea, sãodois jovens talento-sos. Um lançamentopor enquanto na ter-ra do Tio Sam.

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Belém, domingo, 26 de março de 1989 índice - 22 pagina

LIB SOCIAL Minha criançat

Pensas que teesqueci.

Felicidades.C. J.

Salve 26.03,89Glaice, Hoje é teu

aniversário.Felicidades. Teus pais,

irmãs, sobrinhas.Tamires, Natalí.

José Manuel,Agradecemos a Deus, pela felicidade de tê-lo

como esposo e pai. Que esta data se repita pormuitos e muitos anos. Parabéns pela data de hoje.Te amamos. Tua esposa e filhos: Fátima, Adriana,

Andréa, Aline e Andrey Gouveia

Superior Academiade Medicina do ParáParabéns colegas. Estamos na

reta final. Chá e fardãoàs quintas.

Jones MotaDo primeiro olhar

nasceu nosso amor eaté hoje permanece.Parabéns felicidades.

M. S.

^Im I fCnü mm9Só podemos dizer que és muito especial eimportante em nossas vidas. Acreditamos

na tua força interior e que existe um Deusque te protegerá sempre. Feliz aniversário.

Te amamos muito. Selma e Euciíene.

Eicias 26.03.89O amor é sentimento tirânico invade a almae domina o corpo sem apresentar razões. O

amor é você refletido no espelho de meussentidos e de meus sonhos que são teus. Te

amo muito. Selma.

iz EuclidesO que para você era excesso para mim era falta— dois extremos que nos separaram. Perdeu-se o

mais lindo excesso programado pelo seuaniversário natalicio. Por isto, hoje eu sou só.

Tristeza.

Lu (Sol da mjnha vida)Parabéns pelo seu aniversário.

Agradeço a Deus por você existir. Nãoé todo dia que nasce uma pessoa

como você. Eu amo você. SuaCigana.

Tia Zany 26/03/89Você é a tia mais linda e

carinhosa que toda criançagostaria de ter. Te amamos.

Feliz aniversário. PauloAndré, Fabiane e Flávia.

iciel Alves MeirelesIn Memorian 26.03.89

Hoje faz um ano que nos deixastes materialmente, mas continuas vivoespiritualmente no coração daqueles que sempre te amaram. Para tua

esposa e teus filhos tu permanecerás vivo para sempre. DonataMeireles e filhos.

M.SSMLDIREITO DA FAMfLIA —

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povo, o Amor do povo, para que pos-samos ser mulheres e homens dignosdo povo. Amém. Mulher-Escrava,Deusa-mulher, Mulher-Princesa, dai-nos tua lorça poro lutarmos e nuncosermos escravos, porque nâo somostãos rebeldes como tu. ASSIM SEJAAMÉM.

Vemos que algum algoz fez dalua vida um martírio, violentou tirani-comente a tua mocidade, vimos tom-bém que no 'eu semblante macio, noleu roslo suave, tranqüilo a paz queos sofrimentos não conseguiram per-turbar.

Isso quer dizer eras pura, supe-rior, lanto assim que Deus levou-te pa-ra as planuras do Céu e deu-te opoder de fazeres curas, graças e mi-logres mil.

Anastácia pedimos-te... roga pornós, protege-nos, envolve-nos no teumanto de graças e com teu olhar bon-doso, firme, penetrante, afasta de nósos maldizentfli dp mundo.

Por groços alcançadas.I.M.D.E.C.

*§OÍPRECE A

ANASTÁCIAVemos que algum

algoz fez da tua vidaum martírio, violentou ti-ranicamente a tua moci-dade: vemos tambémque no teu semblantemacio, no teu rosto sua-ve, tranqüilo a paz queos sofrimentos não con-seguiram perturbar.

Isso quer dizer:eras pura, superior, tan-to assim que Deus levou-te para as planuras doCéu e deu-te o poder defazeres curas, graças emilagres mil.

Anastácia-- -

pedimos-te... roga pornós, protege-nos,envolve-nos no teu man-to de graças e com teuolhar Dondoso, firme,

penetrante, afasta denós os males e os mal-dizentes do mundo.

Pelas graças ai-cançadas.

RaimundoNascimento

0RACÃ0 AO DIVINOESPÍRITO SANTO

Divino Espírito Santo,Vós que me esclareceis tu-do, Vós que me iluminais to-dos os caminhos para queeu atinja o meu ideal. Vósque me dais o dom divinoae perdoar e esquecer ómal que me fazem e queem todos os instantes de mt:nha vida estais comigo, euquero neste curto diálogoagradecer-Vos por tudo econfirmar mais uma vezque eu nunca quero me se-parar de Vós, por maio/que seja o minha ilusãomaterial, não será o mínjjmo de vontade que sinto deum dia estar convosco e tqj-dos os meus irmãos na qló-ria perpétua. Agradeçotodas as graças alcança-das. Pai Nosso, Ave Marioe Glória ao Pai. (A pessoadeverá fazer esta oraçãotrês dias seguidos, sem fa-zer o pedido, dentro de trêsdias, será alcançada a gra-ça por mais difícil que se-ja). Publicar assim quereceber a graça.

Por grandes graças ai-cançadas.

Eduardo

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que me iluminais todos oscaminhos para que eu atin-

ja o meu ideal. Vós que medais o dom divino ae per-doar e esquecer o mal aueme fazem e que em todosos instantes de minha vidaestais comigo, eu aueroneste curto diálogoagradecer-Vos por tudo econfirmar mais uma vez

que eu nunca quero me se-

parar de Vós. Por maior

que seja a minha ilusãomaterial não será o mínimode vontade que sinto de umdia estar Convosco e todosos meus irmãos na glóriaperpétua. Agradeço as

graças alcançadas. PaiNosso, Ave Maria e Glóriaao Pat..

A pessoa deverá fazeresta oração três dias segui-dos, sem fazer o pedidodentro de três dias, será ai-cançada a graça por maisdifícil que seja).

Publicar assim que re-ceber a graça.

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Espirito Santo, Vós queme esclareceis tudo, Vós queiluminais todos os caminhos

para que eu atinja o meuideal, Vós que me dais o domdivino de perdoar e esquecero mal que me fazem e quemem todos os instantes de mi-nha vida estais comigo, eu

quero neste curto diálogoagradecer-Vos por tudo econfirmar mais uma vez queeu nunca quero me sopararde Vós. Por maior que seja aminha ilusão material, nãoseró o mínimo de vontade quesinto de um dia estar Convos-co e todos os meus irmãos na

glória perpétua. Agradeçoas graças alcançadas: PaiNosso, Ave Maria e Glóriaao Pai.

(A pessoa deverá fazeresta oração três dias segui-dos sem fazer o pedido, den-tro de dias será alcançada a

graça por mais difícil queseja).

Publicar assim que rece-

ber a graça.Por graças alcançados.Dllion o Adriana

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0RACA0 AODIVINO VERBO

Reza-se do dia 25de março ao dio 25 dedezembro, diariamente,

período de gestação deN. Sa. Pede-se a graçadesejada.

O anjo anunciou aMaria, ela concebeu doEspírito Santo" (AveMaria...).

"Eis aqui a escravado Senhor, faça-se emmim segundo a vossa

palavra" (Ave Maria...)"E o Verbo Divino

se fez homem e habitouentre nós" (AveMaria...)

Publicar esta preceapós 25 de dezembro,

pelas graças ai-cançadas.

agradeço por gra-ça alcançada.

Maria de DeusL. Monteiro

À NossaSenhora

. deFátima

AgradeçoMuitasGraças

Alcançadas.Muito

obrigadoNossa

Senhorade todocoraçãopor meatender

sempre que lhepeço

R.J.P.C.

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ORACAO AODIVINO VERBO

O Anjo do Se-nhor anunciou aMaria e ela conce-beu do EspíritoSanto. Eis-me aquia escrava do Se-nhor faz de mimsegundo a vossapalavra.

O verbo divinose fez homem e ha-bitou entre nós 3Ave Maria.

Comece a re-zar dia 25 de mar-ço e agradece 25de dezembro.

Agradeço aDeus e a VirgemMaria pelas graçasalcançadas.

Nilza Corrêa

PRECE ÀANASTÁCIA

Princesa ANASTÁCIA[•crava ANASTÁCIASanta ANASTÁCIA

Princesa qua fez Deusa, Deusa

?ue fizeram Eicravq, Eicrava que era

rinceia, dai-no. a beleza do teu cor-po e a serenidade de tua alma.Amem. Deuia-Eicrava, Eicrava*Princoia, Prínceia-Deuia, que tapo*ram a boca mai não luprimiram o ari*lo rebelde, dai-not tua rebeldia.Amém. Escrava que fizeram Deuia.Doma que naiceuprinceia. Princeto

, im i-noi o melam

e livro-noi da mordaça que ainda hojenoi ameaça. Amém. Deuio-Mórtir,Eicrava*Deuta, Princesa-lenda, dai-not teu Amor e tua Coragem. Amém.Deuia do Povo, Eicrava de um Povo,Princeia do teu povo dni-noj a Fé dopovo, o Amor do povo, para que pai-samoi ter mulherei e hqment dignoido povo. Amém. Mulner-Eicrava,Deusa-MuEher, Mulher-Princeta, dai-noi tua força para lutarmos • nuncalermos escravos, porque não somostão rebeldes como tu. ASSIM SEJAAMÉM.

PRECCVemoi que algum algoz fex da

tua vida um martírio violentou tirani-comenta a lua mocidade. Vemot Iam-bém no leu semblante macio, no teurosto luave, tranqüilo a paz que os so-frimentos não conseguiram perturbar

liso quer dizer aras pura, supe-rior, lanto asiim que Deus levou-te pa-ra as planuras do Céu e deu-ie o

Íioder de fozeres curas, graças e mi-

agres mil.Anastácia, pedimoi-fe...Rogai

por nós, prolege-noi, envolve*noi noteu manto de graças e com leu olharbondoso, firme, penetrante, afasta denói oi malei e oi maldizentes domundo.

Por graças ¦alcançados.I.O.T.

ORAÇÃO ÀSANTA RITA

Noi Cato» Doso»paradosó poderosa Santa Rita cha-

mada a Santa dos Impossíveis,advogada dos casos desespera-dos, auxiliar na hora extrema,refúgio na dor, e salvação paraos quo so acham nos abismos dopecado e do desespero, com to-da a confiança, no vosso ceies-te patrocínio, a vós recorro nodifícil o imprevisto caso que do-lorosamente me aflige o coro-ção. Dizei*me, Santa Rita nãome quereis auxiliar e consolar?Afastareis o vosso olhar piedo-so do meu pobre coração an*

gustiado? Vós bem sabois, vós

em conheceis a que seja o mar*tírio do coração, rolos sofrimen-tos atrozes que padacestes,pelas lágrimas amargosíssimasque santamente chomstes, vindeem meu auxfliol Falai, rogai, in-tercedei por mim quo não ousofazé-lo ao Coração de Deus, Paide misericórdia o fonte de todaa consolação, a obtendo*me agraça que desejo (menciona-sea graça desejada). Apresenta-da por vós, que sois tão cara aoSenhor, a minha prece será acei-ta e atendida certamente: valer-me-ei deste favor para melhorara minha vida o os meus hábitoso para exaltar na terra e no céuas misericórdias divinas. Amém3 vezes Pai Nosso, Ave Maria eGlória.

Uma graça alcançada.Eduardo

4 CLASSIFICADOS O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

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6 CLASSIFICADOS O LIBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

"No Mar e nos Portos"Antônio Pantoja

om a duração de mais

Cde uma hora a rede es-

tatal soviética de televi-são exibiu, há coisa de umasemana, um documentáriosobre a destruição da selvaamazônica. O programa,produzido nos Estados Uni-dos foi tido, segundo as agên-cias informativas, comomuito forte. Mostrou a quei-mada da floresta, a devasta-ção de áreas imensas para aimplantação de projetos in-dustriais e campos de pastopara o gado. Exibiu tambéma situação de desvalia de ai-gumas tribos indígenas. De-nominado "Without Borders"(sem fronteiras) foi levado aopúblico russo como uma dasatividades da ConferênciaEcológica Mundial, iniciadahá dois anos em Moscou.

Não ficou o documenta-rio restrito apenas a mostrarcenas de destruição. Formu-lou uma critica extremamen-te dura ao trabalho nasminas de ouro, além de evi-denciar aspectos sociais dastribos indígenas. Inseriu ima-gens de politicos, dentre eleso deputado Ulysses Guima-rães, em visita a um dos con-glomerados indígenas, no seuaspecto de decadência.

Um índio, denominadoPaiakan, surge no documen-

tário no decorrer do Encon-tro das Nações Indígenas,levado a efeito recentementeem Altamira, em nosso Esta-do. Ao seu lado formaramecologistas brasileiros e es-trangeiros.

"A preservação da flores-ta é nosso interesse e nossapossibilidade de sobrevivên-cia. Não podemos permitirque exterminem a nossa cui-tura, nossas tradições, por-que isso significará tambémo extermínio do meio ondesempre vivemos", asseverouPaiakan. Ele próprio filma,com uma camera de vídeo,as atividades de sua tribo, osrituais para obtenção de ali-mentos e as festas da aldeia.Sempre mesclando imagensda floresta com sua devasta-ção, o narrador do documen-tário assume um tomdramático e coloca a impor-tância da Amazônia para oresto do mundo.

Os informativos telegra-ficos frisam ser um dado derelevância a transmissão dodocumentário pela televisãoda URSS, num momento emque o governo desse país vemde dar ênfase a abertura, emMoscou, de uma representa-ção da organização ecológicaGreenpeace.

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Sumiço0 pescado das zonas do rio Pará, que abastecem Belém, re-

solveram fazer "greve". Sumiram quase que por completo, o queé a tribuído pelo pesca dor impírico à presença das grandes ma -rés de fins de março. O fenômeno trouxe implicações como: faltade peixe no balneário mais procurado do Estado, em plena Se-mana Santa, quando a afluência ao mesmo se faz enorme, esti-mada em cerca de 120 mil pessoas. Para ter peixe a oferecerpara o belenense, Mosqueiro teve que mandar vir de fora o pro-duto. Salinas parece não ter tido problemas da natureza referi-da, já que o peixe oceânico não faltou em São João de Piabas,centro pesqueiro que abastece o requintado balneário.

Belém foi atingida também pelo fenômeno e se não chegoua faltar peixe em escala expressiva é porque o produto veio dazona do alto Salgado.

aviação vem crescente-/\ mente concorrendo,

XJLcom o transporte rodo-viário no que diz respeito aointercâmbio de mercadoriasentre São Paulo e Manaus.Um grupo australiano, queacaba de se integrar a um ou-tro brasileiro especializadonaquele serviço, já anunciavôos diários entre Manaus eo sul do país para dentro de45 dias. Outras organizaçõestendem a optar por esse tipode transporte, como as em-

\presas pátrias rodoviárias

Transpampa, Kwikasair,Overnite, Transsoft e Tex-port. Há grandes capitais emjogo objetivando um incre-mento na questão a curtoprazo, com estratégias vá-rias. ASava- Serviços Aéreosdo Vale Amazônico S/A, jácom autorização para operarna linha Brasília/Ma-naus/Brasília, adquiriu umavião Boeing 727, com capa-cidade para 17 toneladas decarga para fazer o trajeto emreferência.

RespingosFATO DESTAQUE da Semana — As águas amazônidas

grandes de março. *** SHOW — Foi na doca do Ver O Peso:um indivíduo, alcoolizado, achou de penetrar na enseada coma maré seca. Atolou-se, ficando só com o busto de fora. Foihá muito custo resgatado por terceiros. Houvesse uma maiorespessura de lama na doca e o irresponsável teria sido ine-xoravelmente auto enterrado vivo. O episódio constituiu umautêntico show com centenas de pessoas presenciando-o. ***TIRADA do boto tucuxi: "Quem muito futrica acaba futri-cado". *** DISPUTA — É agora avião, caminhão e navio dis-putando o mercado de transporte entre Manaus e o sul dopaís. O avião operava apenas com as "pontas", todavia dora-vante, como mostramos acima, resolveu participar mais ati-vãmente na contenda. *** CATEGORIA — Vistosa comosempre, de óculos escuros e a indumentária branca que iden-tifica os profissionais da Medicina a doutora Ana Luiza, ga-baritada médica da CDP (atua no porto) deixava, na tardeda última quarta-feira, o prédio sede da empresa para ingres-sar no seu bonito automóvel de cor branca. *** RECORDAN-DO — Conhecemos Dina Sfat "vis a vis" quando de sua últimavinda à Belém. Foi numa banca de revista onde a musa daNova República, tão precocemente desaparecida, toda sim-plicidade, buscava os últimos jornais do Rio. *** MENSAGEMAos maravilhosos amigos mosqueirenses Paulo, o "Pre-to", Carmem Dolores e Jane: não nos foi possível ir ter comvocês nestes feriados da Semana Santa. No próximo sábadoe o domingo, talvez. Dêem por mim um abraço muito afetuosono amiguinho do coração o pimpolho Paulo Vitor. *** RIGORÉ como a Marinha deslanchou a "Operação Semana San-ta" nas águas circunvizinhas de Belém. Quem prevaricar pe-ga punição severa. *** VAZIO — Porto da cidade quase semnavios na Semana Santa. *** PERSISTÊNCIA — Insiste aPortobrás em ficar com a administração do norto de Vila doConde. A incógnita é se conseguirá. *** PARADA — Pareceter estancado o affaire privatização da Enasa. *** NA LINHADE FRENTE — O mais insistente reivindicador dentre osmembros do Conselho de Usuários do Porto de Belém é o re-presentante da Agência Mundiais. Não é de hoje que sua po-sição é essa. Vem desde a administração passada da CDPcom a dureza do regime e tudo. *** PROGRESSO — É sur-preendente o status que vem assumindo nos últimos temposa avenida Braz de Aguiar. É ela no momento a grande aveni-da comercial da "cidade dos túneis verdes", por isso já cha-mada de Avenida Augusta, por lembrar a grande artéria deSão Paulo. A BA é agora o cartão de visita de Belém.

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IO CLASSIFICADOS OUBERAL Belém, domingo, 26 de março de 1989

O armadorLuiz Otávio

Campos,quando era

cumprimentadopelo vice-almirante

ArnaldoPereira,

Diretor dePortos

e Costas

Federação veio fortalecera Marinha Mercante

O fortalecimento da Marinha Mer-cante brasileira e maior representativi-dade para todos os setores dostransportes marítimos foram os motivosbásicos que levaram armadores e outrosempresários do setor a criarem a Fede-ração Nacional das Empresas de Nave-nação Marítima Fluvial Lacustre e doTráfego Portuário, esta foi a afirmaçãodo primeiro presidente dessa entidadeao tomar posse em cerimônia bastanteprestigiada pelas mais altas autoridadesnavais, empresariado marítimo, e outrosilustres convidados na sede doSYNDARMA no Rio de Janeiro.

O novo dirigente da Federação dasEmpresas de Navegação, é também pre-sidente da Companhia de NavegaçãoMarítima Netumar, sendo conhecedorde todos os problemas ligados à nave-gação fluvial na Amazônia, tendo co-mo um de seus vices, o jovem armador

paraense Luiz Otávio de Oliveira Cam-pos, presidente do SINDARPA, cujotrabalho à frente do mesmo tem sido dosmais importantes.

O Pará, esteve representado por di-versos armadores, entre eles Alfredo Ro-drigues Cabral, presidente do GrupoAlfredo Rodrigues Cabral, Luiz Rebe-lo Nelo, diretor da REICON, EduardoCarvalho, diretor da ENACO, e JoséOtávio Cabral Viégas, da CONAPLAN.O editor desta página, também se fazpresente, como convidado especial.

A nova Federação é formada peloSindicato das Empresas de NavegaçãoMarítima do Rio de Janeiro, Sindicatodas Empresas de Navegação Fluvial La-custre e das Agências de Navegação doEstado do Pará, Sindicato das Empre-sas de Navegação Fluvial do Rio Gran-de do Sul e Sindicato das Empresas doTráfego Portuário do Rio de Janeiro.

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REVOGAÇÃONa recente votação sobre a revogação da extinção das empresas de navegação,

inclusive a ENASA, no Senado Federal, as suas galerias ficaram lotadas de funcio-nários das empresas que seriam extintas, e que vibraram com os discursos proferi-dos em defesa da continuidade das mesmas.

A revogação parcial do Decreto representa sem dúvida alguma, mais uma espe-rança para os servidores da ENASA, que desde o dia 15 de janeiro,.quando foi baixa-do o Plano Verão, enfrentam sérios problemas, com as noticias mais desencontradassobre o assunto.

TELEXO Shularpa-Sindicato das

Empresas de Navegação Flu-vial Lacustre c das Agenciasde Navegação do Estado doPará, assinado pelo seu presi-dente Luiz Otávio dc OliveiraCampos, dirigiu o seguinte te-lex ao Sistema Romulo Maio-rana dc Comunicação:

"Parabenizo "O Liberal"pela abertura dc mais um cs-paço destinado à navegaçãofluvial referente a página daedição de domingo do jornalis-ta AlyrioSabbá. Com sua uni-versalidade de abrangêncianesse c nos outros do decorrerda semana, envolvendo fatos cocorrências bidroviârias, quedizem respeito a Marinha bra-sileira, aos empresários e tra-balhadores, dos portos c dasembarcações, o jornalista Aly-rio Sabha c esse jornal aca-bam por prestar um relevanteserviço as questões da própriaregião amazônica. Por outrolado como os mais variadosautores que trataram dotransporte fluvial, são unâni-mes em apontar, em suasobras, a falta de uma monta-lidade marítima nacional co-mo causa fundamental doatraso dessa atividade em re-lação a outros países do mun-do Alyrio e "O Liberal" seinserem também, num verda-deiro contexto dc realizaçãocultural que o tempo sem dú-vida mostrará suas benéficasrepercussões";

Posse em NatalNo próximo dia 30 estará to-

mando posse, como Comandan-te do III? Distrito Naval, ovice-almirante Arnaldo Pereira,que vinha desempenhando asfunções de Diretor de Portos eCostas, onde desenvolveu umgrande trabalho.

O evento que será realizadoem Natal na capital do RioGrande do Norte, vai contarcom a presença de importantesautoridades dos meios navais, eoutros companheiros, como o ai-mirante Maximiano da Fonse-ca, diretor de transportes daPetrobrás.

Enquanto isto, para o Co-

mando do 4? Distrito Naval emsubstituição ao vice-almiranteHernani Goulart Fortuna, estáprevisto o vice-almirante SérgioLima, que por sinal tem liga-ções familiares no Pará, o queainda não foi confirmado ofi-cialmente.

O vice-almirante HernaniGoulart Fortuna, deverá assu-mir no Rio de Janeiro, o Coman-do do l? Distrito Naval, apósmais um trabalho extraordiná-rio na região Amazônica.

Após o dia ISÍ de março, ou-Iras mudanças deverão ocorrerna área da Marinha.

STA: nova políticaO Secretário de Transportes Aquaviários (STA), Cláu-

dio Decourt, faiando ao editor desta página, confirmou queaté o próximo mês de abril estará sendo encaminhado aoCongresso o Projeto de Lei que modifica a atua! estruturado Ministério dos Transportes. Segundo o mesmo, com a ex-ünção da Sunamam e de outros órgãos várias funções es-tão sendo redistribuídas implicando em mudançasestruturais.

Como se sabe, a STA, que absorveu a maior parte dasatribuições da extinta Sunamam, já está entrando em fasede operação regular. Cláudio Decourt está definindo seiscoordenadorias. Duas coordenadorias já faziam parte daestrutura antiga: desenvolvimento portuário que tem a fren-te Marcos Soares, e desenvolvimento da marinha mercan-te, conduzida por Stefan Lekzycki. Das outras quatro, ajxmasduas têm coordenadores definidos: José Leopoldo Cunhae Silva, na de Transporte Hidroviário interior e Paulo Otá-vio de Paula, na de estudos.

O titular da STA, disse ainda, que vai fazer uma revi-são geral dos critérios que vinham sendo usados pela Su-namam, para definir uma série de coisas, inclusive aentrada de novos armadores nas linhas.

MAROLAS

Tudo indica que a nos-sa ENASA vai ser salva pe-Io gongo, para satisfação demilhares de pessoas que de-pendem de seus serviços,especialmente na rota dobaixo Amazonas até Ma-naus. *** Com essa notícia,que foi dada em primeiramão pela nossa coluna, jácomeçaram a disparar ospedidos rumo a Brasília pa-ra a diretoria de navegaçãoda mesma. *** A Reicon vaiimprimir um serviço mistono transporte de cargas epassageiros dos mais sofis-ticados, dentro em breve en-tra em tráfego o seuprimeiro ferry-boat ***Atendendo convite especial,o editor desta página esta-rá no próximo dia 30 em Na-tal (RN), para participar dacerimônia militar de possedo novo Comandante do III? Distrito Naval, vice-almirante Arnaldo Pereira.*** Presença destacada emBelém no início da semanafoi do armador Beraldo Ca-nóilas, do Grupo Libra, quedetém o controle acionárioda CNA- Companhia de Na-vegação da Amazônia. ***Comenta-se que a Super-gasbrás, também estaria in-teressada na nossanavegação fluvial. *** Oporto da Sotave em Outeiro,ainda não foi descartado desua transferência para aCompanhia Docas do Pará.Tem muita gente interessa-da nessa operação.

DE PROA A POPAVITORIA |

A R0D0MAR, empresa das mais qualificadas que tambématua no sistema rodofluvial, obteve mais uma vitória. Seu pre-sidente, armador Alfredo Cabral, tomou conhecimento ao ler"O LIBERAL", em pleno Rio de Janeiro, precisamente no sa-lâo de drlnks do Miramar Palace Hotel, quando se encontravaacompanhado deste colunista e de outros familiares.

COORDENADOR |O Coordenador de Transportes Hidroviários e Interior, da

Secretaria de Transportes Aquaviários-STA, nosso amigo JoséLeopoldo da Cunha e Silva, conhece muito bem toda a situa-ção da ENASA, bem como de toda navegação interior da Ama-zônia. Foi sem dúvida alguma uma grande escolha de CláudioDecourt.

REVOADA I

(Si

/4,

ESTALEIROS BACIA AMAZÔNICA

Aperfeiçoando tecnologias egerando uma qualidade incomparável

na construção naval da Amazônia.Uma revoada de quatro executivos da CDP-Companhia Do-

cas do Pará, rumo a Brasília no início da semana, tendo comoprincipal objetivo defenderem a manutenção da administraçãode porto de Vila do Conde, pela Companhia Docas do Pará, ea reformulação da legislação do adicional de tarifa portuária,objetivando reter essa receita na região, que atualmente é re-metida integralmente para a Portobrás em Brasília.

PASSAGEIROS |A Reicon, empresa que hoje desponta na Amazônia, comouma das mais bem organizadas, brevemente estará iniciando

o transporte de passageiros através de possantes ferry-boatsmistos, oferecendo o melhor conforto possível e uma completasegurança. A Reicon, de início vai atender a linha Belém/San-tarem, que por certo será sucesso absoluto, atendendo aindaoutras cidades intermediárias.

AFRETAMENTOS |Segundo afirmação do empresário Arthur João Donato, pre-sidente da Federação das Industrias do Rio de Janeiro, o setor

de transporte marítimo, no ano passado causou a evasão de di-visas da ordem de US$ 700 milhões, que foram gastos pelas em-presas brasileiras de navegação com afretamento de naviosestrangeiros, pois somente estão sendo utilizados 10% da frotanacional.

ENASA |Começou no último dia 16, a contagem regressiva (30 dias),

para extinção da ENASA. Conforme Decreto 97.455 de 15 de ja-neiro. Comenta-se no Rio de Janeiro, que pelo menos 10 empre-sas enviaram suas propostas para a compra da ENASA, e queestavam sendo analisadas. O Governo do Pará, também estáinteressado nessa empresa, tudo dependendo da manutençãodo orçamento aprovado pelo Governo Federal para o presenteexercício.

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LIBERALZINHO

O livro e o Papel

domingo, 2& cde. março de. 1989¦—

Hoje em dia, livro e papelsão palavras que andamjuntas. Afinal, todos oslivros são feitos de papel.Mas nem sempre foiassim. Muito antes dopapel ser inventado, oshomens já gravavam suas^idéias e seusconhecimentos emdiversos tipos dé materiais te os reuniam sob a formade livro.

Os primeiros livrossurgiram na China e naCoréia, no segundomilênio a.C. Eramfabricados com folhas depalmeira, seda, tábuas demadeira polida ouentrecasca de árvores. Osassírios e caldeusescreviam em placas debarro úmido, que depoiseram cozidas eendureciam. Os egípciosusavam uma plantachamada papiro. Osgregos e romanosescreviam em pergaminho- pele de carneiro, cabraou bezerro embranquecidae polida.

Alguns desses materiaiseram bastante resistentes.Mas nenhum era práticopara ser manuseado outransportado. Buscandouma solução para oproblema, os chinesesinventaram o papel, que éflexível e leve, no ano de105 d.O 0 papel era feitosobretudo de fibras dealgodão. Mas também seutilizava palha de arroz,bagaço de cana, bambu,sisal e outros materiais. Adescoberta do papel foimantida em segredo pormuito tempo, só chegandoà Europa por volta doséculo Xll d.C.

Durante séculos, os livrosde pergaminho, papiro eseda tiveram a forma derolos. Somente por voltado século I d. O as folhaspassaram a ser dobradase costuradas de um lad.o,ao invés de coladas umasàs outras e enroladas.Essa nova forma de livro,parecida com a atual,recebeu o nome de códicee era bem mais prática deser guardada, carregada efolheada do que o livro emrolo.

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No entanto, um problemaainda precisava serresolvido: todos esseslivros eram escritos a mãoe levavam até meses paraficarem prontos. Mais umavez, os chineses

, encontraram uma solução.Em 1045, Pi-Shengdescobriu um meio deimprimir ao invés deescrever as letras nopapel. Assim, os textospodiam ser reproduzidosde maneira rápida emenos cara.

Quatro séculos depois, oalemão Johann Gutembergaperfeiçoou essa técnica,dando grande impulso àimprensa. Ele tambémdescobriu uma tinta desecagem rápida e semgordura, o que tornoupossivel escrever nos doislados do papel. Somenteno século passado oslivros começaram a serproduzidos em grandesquantidades. Foi quando opapel passou a serfabricado com a polpa damadeira, o que barateoumuito o custo da produção,e novas máquinas foraminventadas,imprimindomilhares de exemplares deum livro com enormerapidez.

Texto de Ana Maria Oliveira Guanabara

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RAÇA / / UM DE NOSPODE SE HA FACE DAEXTINGUIR! ) X TERPA!

/ PENSE UM\ / NOS, OS RÉPTEIS, V/ POUQUINHO, V DOMINAMOS ESTEX HORÁCIO! ,./ PLANETA NOS ÚLTIMOS

J X Í60 MILHÕES DE ,_ANOS!\\ X ANOS! /¦

S"~"' T. XESTAMOS -

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1EP.RA! _.~^ T

czSOMOS A RAÇA MAIS VPODEROSA,NUMEROSA

E RESISTENTE QUE JAMAISSURGIU!

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BELÉM • PARA E^EE DOMINGO,. 26 DE MARCO DE 1989

GILDA: Nova candidata ¦ ^#^^^-4 A wJI MARC0S E gabr,ELA:

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2 • REVISTA DA TEVÊ O UBERAL Domingo, 26 de março de 1989

A SemanaDiversão

Cecil Thiré chegou para umagravação externa de "0 salvadorda pátria" acompanhado do filhoMiguel, de 6 anos, que se divertiuvendo as cenas de Sassá Mutema,o personagem de Lima Duarteque agrada às crianças pelo seulado puro e infantil. Como o pai-zão só tinha mesmo que entrarna última cena, quando então tro-cou a camiseta e a bermuda pelasroupas sóbrias do médico LauroBrancatto, Miguel teve a suacompanhia durante toda a tarde edava seus apartes a cada vez quea conversa de Cecil com os cole-gas de elenco girava em torno deJoão, seu novo irmãozinho: "Elenão veio porque ainda é muitopequeninho e mama toda hora",informou sobre o bebê, que já es-tá com 1 mès de idade e se tornouo dengo da família.

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últimos dias, Antônio Abujamrase dedica a aprender a manejar car-tas de taro, por conta do seu perso-

nagem em "Que Rei sou eu?", Mestre Ran-vengar, conhecido como o grande bruxo dacorte de Avilan. Isto porque, no capítulo54, a ser gravado, Ravengar estará lendo ascartas para a Rainha Valentine (Tereza Ra-chel), interessada em saber seu futuro."Estou contando com a ajuda de Fábio Sa-bag, que também utilizava o taro em "Bre-ga & chique", sua última novela antes des-ta", conta o ator, que nas previsões para a

Rainha é meticuloso e ao mesmo tempodivertido: ele visualiza que uma mulhermorena ainda trará muitos desgostos paraValentine. Para a Rainha, esta mulher éMadeleine Bergeron (Marieta Severo), quedesapareceu da masmorra onde estavacondenada a morrer. Quanto a novos amo-res, Ravengar diz que Valentine receberáuma declaração apaixonada, mas somenteentre os dias 20 e 30 de outubro, quando alua estiver em quarto minguante. "Ele é deuma precisão chocante", diz o ator, diver-tindo-se com o texto.

NOVELAS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DE 27/03 A 01/04AMANHA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

VIDA NOVA/l7h55m? 0 Delegado incrimina AntônioSapateiro e não deixa ele se de-fender. Depois, Antônio assina odepoimento e è preso. Marialinadiz à mãe que esquece Antoni-nho se ela esquecer Antônio Sa-pateiro. Marta procura Pietro pa-ra saber se è verdade queAntônio Sapateiro toi preso e lheconta que sabe quem matou adona do bordel. Michel mostra aSara a carta que recebeu deManoel Victor. Ruth também re-cebe uma carta dele e pede àmãe que peça a opinião deAbrahão sobre ela. Marta procu-ra Laura para conversar.

¦ Pietro conta aos amigos queAntônio Sapateiro está preso enão quer ajuda. Marta diz a Lau-ra que Antônio Sapateiro estápreso para defendê-la. O Dele-gado diz a Antônio Sapateiroque sabe que ele não matou adona do bordel. Pietro e Antoni-nho conhecem Tatu. Laura con-vida Marta para dormir na suacasa e depois conta para Maria-lina o que aconteceu. O investi-gador diz a Antônio Sapateiroque desconfia de Laura. Esta vaicom Marta à delegacia. O invés-tigador conta a Antônio Sapatei-ro que ela está lá.

¦ Marta conta ao Delegadoquem é o assassino. Depois, elaprocura Gema e diz que Pietro aama de verdade e que se can-sou de correr atrás dele. Laurachama Antônio Sapateiro paravoltar para casa. Marta pededesculpas a Marialina e diz queela merece a herança do pai.Bruno convida Maria para fazera massa para ser servida nacantina. Antônio Sapateiro e An-tônio do Mercado brigam. Maria-lina comunica à mãe que, se An-tônio Sapateiro voltar, ela semuda. Gino e Dino chamam Pie-tro para conversar com a mãe.

¦ Gema pede desculpas a Pie-tro, ele a perdoa e ela, para nãodeixá-lo mal na frente dos vizi-nhos, começa a gritar como seestivesse apanhando. Bianca pe-de à mãe para aceitar o pedidode Bruno e diz que vai ajudá-la.Gema explica para os filhos aencenação que fez. Marialina fi-ca zangada quando vê AntônioSapateiro chegar com as malas,mas não faz nada, porque nãotem para onde ir. Amadeu convi-da Bruno e Bianca para mora-rem em sua casa. Eles aceitam.Maria concorda em fazer o ma-carrão para a cantina.

¦ Marialina arruma as malaspara ir para a casa de Marta eMariana. Estas não têm certezase querem contar à mãe sobre airmã. Gema diz a Pietro queagora é ela que está com vergo-nha dos vizinhos. Jucá, Bruno eAndré resolvem pedir um em-préstimo no banco, que cobra ju-ros mais baixos. Quando vê asmalas de Marialina arrumadas,Antônio Sapateiro ameaça lhedar uma surra e ela, assustada,fica em casa. Bruno e Bianca semudam. Pietro conta aos amigosqúe não bateu em Gema. Ma-noel Victor aparece na pensão.

¦ Sara, Clara e Michel ficamfelizes ao ver Manoel Victor devolta. Ruth confessa-à mãe queestá grávida. Fany fica revolta-da. Bruno não tem coragem depedir a Amadeu para ser seuavalista. Michel convida ManoelVictor para ser seu sócio naconfecção. Antônio do Mercadoaceita ser avalista de Bruno.Com o dinheiro, Bruno comprafarinha para Maria fazer maçar-rão. Bianca chega em casa comum saco de farinha que comproucom o pagamento das aulas.Manoel Victor vai ao jardim paratentar encontrar Ruth.

QUE REI SOU EU?/i8hsom

¦ Charlotte diz aos soldadosque o rapaz da carroça está compeste e eles desistem de vê-lo.Vady compra o anel de JeanPierre. Para acalmar o povo, osconselheiros resolvem fazeruma eleição. Michel nota queCharlotte está se afeiçoandomuito a Bergeron. Jean Pierrese declara a Suzanne e lhe con-ta seu plano. Ravengar comuni-ca aos conselheiros que o candi-dato da Rainha è Bidet Lambert.Loulou e Corcoran explicam oplano para as meninas e Lili ficanervosa, porque não tem comoavisar a Crespy.

¦ Aline não encontra Jean Pier-re na taberna e fica desconfiada.Suzanne pede a Jean Pierre quearrume uma menina para seuplano. A Rainha marca a data deapresentação do Principe à cor-te. Pichot luta com o maior es-padachim da corte e vence. Ber-geron pergunta a Charlotte eMichel o que eles vão fazer emAvilan e eles se atrapalham.Crespy dá um colar de esmerai-das a Aline, mas ela recusa.Gaston nota que ele está apaixo-nado. Os rebeldes conseguementrar no palácio. Zmirà pedeà Rainha para despedir Aline.

¦ A Rainha autoriza Zmirà a fa-zer o que quiser. Juliette ouve eintervém a favor de Aline. Su-zanne pede a Lucy uma máscarapreta. Os rebeldes levam os fio-retes, deixando apenas um comAline. Balesteros nota que as ar-mas foram roubadas e pega Lilipara ser interrogada. Ravengarmanda Pichot ser submisso àRainha. Crespy interroga Lili eela conta quem são os lideresdos rebeldes. A Rainha conversacom Pichot e ele faz charme pa-ra conseguir sua aprovação. Ali-ne mata os três soldados quevigiavam a torre.

¦ Aline esconde Madeleine, en-quanto espera anoitecer para fu-gir com ela. Balesteros avisaaos conselheiros que Madeleinefoi libertada. Suzanne descobreque Vanoli vai voltar e resolvefingir que voltou a passar mal.Juliette conta à mãe que Made-leine foi solta. Balesteros confir-ma e diz também que as armasforam roubadas. Crespy mandaprender Corcoran. Lili conta aLoulou e Jean Pierre que con-fessou tudo aos conselheiros.Charlotte se declara a Bergerone eles se beijam. Aline e Made-leine fogem do palácio.

¦ Vanoli conta aos conselheirosos negócios que fez em Salsa-parrilha. Cozette dorme com Pi-'chot. Aline esconde Madeleinenuma casa da vila. Corcoran étorturado, mas não confessa na-da. Roger diz a Vanoli que Su-zanne está passsando mal e elevai dormir em outro quarto. ARainha manda Gaston libertarCorcoran. Aline conta a JeanPierre o que fez. Fanny acha osbrincos de Cozette no quarto dePichot e conta tudo a Ravengar.Ele diz que nada pode fazer. Acarroça de Michel chega aos ar-redores de Avilan.

¦ Valentine encarrega Gerardde cuidar da prisão de Madelei-ne. Corcoran conta aos amigos oque aconteceu e os previne deque Loulou também está sobsuspeita. Ela convence Gastonque não tem nada a ver com osrebeldes. Suzanne conta a Vano-li que só consegue dormir comalguém no escuro, de máscara eem silêncio. Vanoli aceita suaimposição. Crespy pede Alineem casamento. Charlotte, Michele Bergeron acampam perto deAvilan. Pichot está pronto paraser apresentado à corte. Juliettevai vê-lo e o beija.

O SALVADOR DA PÁTRIA/tthaom¦ Sassá esconde o lenço e ar-ma que recebeu do asassino deJucá. Gilda comunica a Severoque vai dar uma grande festapara comemorar suas bodas deprata. Ele não gosta. Herminiomostra a Bárbara o convite dasbodas de Severo. João conta pa-ra Ângela tudo o que passoudesde que foi preso e sua liga-ção com a organização das dro-gas. Ela promete ajudá-lo. Zezéincentiva Régis a apoiar Sassá.Clotilde encontra Sassá na portado Fórum de Ouro Verde e dizque está torcendo por ele. Co-meça o jugamento de Sassá.

¦ Depois de confessar o crime,Sassá dá a entender que matoupor ciúme. Regina conta ao paigue Paulo quer se casar comAngela e pede para morar comele. Em nova audiência são ou-vidas as testemunhas de acusa-ção: algumas vizinhas, Bodão eGilda, que confirmam o que Sas-sá disse. O laudo da balísticaconfirma que a arma de Sassáera a do crime e ele fica feliz.Camila, Tomaz, Neco e Clotildedepõem como testemunhas dedefesa. Chega o dia do julga-mento com júri. Sassá se decla-ra culpado e mostra o lenço.

¦ O lenço de Sassá causa tu-multo. Cássio deixa o tribunal eo inquérito é suspenso. João seencontra com Ângela, a leva atéa rádio, coloca a música deles ea beija. Depois, ele vai para ca-sa, encontra Marina e se sentedividido. Ângela chega em casa,encontra Paulo e eles brigam.Bárbara chega à festa de bodasde prata de Gilda e Severoacompanhada de Jacques, umamigo francês. Severo fica cha-teado e não consegue esconder.Gilda fica feliz. Camila conta àmãe e a Eduardo que está espe-rando um filho de Sérgio.

¦ Passado o susto, Marina ofe-rece seu apoio à filha. Quin-zote conta a Sassá que ele caiunas pesquisas de opinião. Bár-bara dá um jeito de explicar aSevero porque levou Jacquescom ela. Rubens avisa a Joãoque, se Sassá perder, ele morre.Gilda propõe a Severo uma co-memoração intima após a festae ele joga champanhe no rostodela. Camila conta a Sérgio queestá grávida. Ele diz que vai aju-dá-la, mas que não a quer nacidade quando a barriga apare-cer. Camila concorda. Sassá vaiâ casa de Clotilde.

¦ Sassá não diz a verdade paraClotilde, que fica perplexa e çon-fusa. Eduardo diz a Sérgio queele vai ter que assumir seu casocom Camila. Clotilde não conse-gue encontrar Sassá. Bárbaradiz a Severo que está se sentin-do sufocada com a situação de-les. Regina pede à mãe paradeixá-la na fazenda do pai. Lá,ela encontra Sassá. Depois demuito conversarem, Regina des-cobre quem ele é e fica com me-do, enquanto Sassá se entriste-ce. Ângela procura Paulo e elesfazem as pazes. Sassá è conde-nado a oito anos de prisão.

¦ Ao ouvir o veredito, Sassánão consegue acreditar. Cássioresolve apelar e ele fica em li-berdade..O povo que está do la-do de fora do Fórum chama Sas-sá de assassino e Clotilde o levapara sua casa. Ângela vai à ca-sa de João para lhe dar apoio.Bárbara e Severo fazem as pa-zes. Gilda manda Neco sumir.Sassá cai para o último lugarnas pesquisas. Rafaela pede aCássio que a leve para dançarum dia. Lauro procura Marinapara uma conversa séria. Ru-bens dá um revólver para Tomaze ordena que ele mate João.

Domingo, 26 de março de 1989 O LIBERAL •'.'3

SemanaComeça a programação 89A Rede Globo inicia hoje asua programação de 1989. Jáneste primeiro dia, o públicodo "Som Brasil" será brinda-do com um especial, o "SomBrasil — Pé na estrada". Nes-te domingo, "Os Trapalhões"também estão de volta, tra-zendo no programa de abertu-

ra o tema "As mil e uma noi-tes". Com 500 novos quadros e500 personagens diferentes,conforme anunciam, a "TVPirata volta ao ar na terça-fei-ra, apresentando a campanha"Milionário Esperança".

A partir de 8 de maio, com oencerramento do horário des-

tinado aos partidos políticostodas as quintas, às 21h30m,a Globo vai redistribuir pro-gramas e promover novas es-tréias, como a da nova noveladas seis, o seriado "Juba e Lu-Ia" e um show com CláudiaRaia, ainda com o título provi-sório de "Não fuja da Raia".'As mil e uma noites' revista pelos Trapalhões

HOJE, 18h55m

Em seu 13° ano na RedeGlobo, Os Trapalhões vol-tam ao ar animados e tra-zendo novidades. Mas nãomuitas pois, como diz Re-nato Aragão, "o humor dospalhaços de circo não semodifica". Agora, a cadanovo programa o quartetovai abordar um tema espe-cífico.

No programa de hoje otema é "As mil e uma noi-tes". Didi, assumindo o pa-pel de um contador de his-tórias para crianças, nosleva à cidade de Bagdá, on-de ele, Dedé, Mussum e Za-

carias se metem em mil euma trapalhadas.

Na primeira história, Di-di è Ali Babu, um sultãoque vive apanhando desuas esposas ciumentas. Nasegunda, ele é um escravopreguiçoso que sempre es-capa do trabalho pesado en-quanto os outros três Tra-palhôes se matam detrabalhar. Vera Gimenezestá na nova versão da his-tória de Sheerazade. Severi-na, em outro quadro, anali-sa as medidas econômicasbaixadas por um sultão. Pa-ra finalizar, Didi sai à catada estrela que rege seu des-tino para fazer algumasmodificações.

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Dedé, Didi e Zezé Macedo: muitas trapalhadas em Bagdá

OS ESPECIAIS

Tim Maia e Morten: o swing brasileiro na sexta e o rock norueguês na terça

Muita música em três diasO "Som Brasil — Pé na estrada"

abre hoje, às 8h55ni, a nova progra-mação da Globo. Apresentado porLima Duarte, o programa focaliza adupla Chitãozinho e Xororó, que on-tem se apresentou no auditório no-bre do Caesar's Palace, em Las Ve-gas, nos Estados Unidos, onderecebeu o Prêmio América como amaior revelação dos últimos doisanos na América Latina. Dirigidopor Luis Gleiser, o especial é resulta-do de dois shows da dupla no Paláciodas Convenções do Anhembi, em SãoPaulo, realizados no início do mês.Cantores e músicos desde pequenos,os paranaenses José Lima Sobrinho

Chitãozinho — e Durval LimaXororó — cantam no especial su-

cessos como "Fogão de lenha", "Elachora, chora", "Manhã de sol", "Fiode cabelo" e a música-título do pro-grama, "Pé na estrada".

Na terça-feira, às 22h30m, é a vez

do rock da banda A-Ha, formada pe-los noruegueses Pai, Morten e Mags,num especial gravado no show reali-zado na Praça da Apoteose, no últi-mo dia 10, com direção de Boninho edireção geral de Roberto Talma.Além de sucessos como "Cry wolf',"The sun always shine on TV" e"Blood", o especial mostra um poucoda privacidade do trio, num passeiopor Grumari e imagens dos ensaios.

Na sexta-feira, também 22h30m ecom direção de Roberto Talma, vaiao ar "Tim Maia especial", reunindodois shows que o cantor e composi-tor fez em janeiro no Hotel Nacionale imagens dele em casa. Entre asmúsicas, antigos sucessos como"Azul da cor do mar", "Gostava tan-to de você", "Coroné Antônio Ben-to", "Me dê motivo", "Leva", Bem-vinda", "Do Leme ao Pontal", "Festado Santo Rei" e "Sossego".

Quarta-feira, a partir das 23 horas, aGlobo transmite com exclusividade, di-retamente do Shrine Auditorium, emLos Angeles, a festa de entrega do Os-car, com o comediante Bob Hope nafunção de mestre-de-cerimônias. Nar-ração será de Renato Machado, comen-tários de Rubens Ewald Filho e tradu-ção simultânea de Elizabeth Hart.(Canal 4)

A partir de amanhã, o programa "Eusou o show", da TV-E, será exibido às 14horas, com um cantor por dia. OswaldoMontenegro, Leny Andrade, Wando, LecyBrandão e Geraldinho Azevedo estréiam onovo horário. (Canal 2)

No "Xou da Xuxa" de'amanhã serácomemorado o aniversário da Rainhados baixinhos. Entre os presentes quevai ganhar, a participação de criançascom idade de 1 a 4 anos — que normal-mente não podem estar nas gravações— e a música "Recado para Xuxa",composta especialmente para a datapor Michael Sullivan e Paulo Massa-das, na voz da menina Amanda, doTrem da Alegria, entre outras surpre-sas preparadas para a apresentadora.(Canal 4)

Amanhã, às 22h30m, Elba Ramalho estáno programa "54 minutos". (Canal 2)

A arquiteta Janete Costa é a entre-vistada de amanhã de Sérgio Zobaran,no programa "Arte é investimento", às20hl5m, na TV Corcovado. (Canal 9)

Marília Barbosa interpreta sambas deNoel Rosa, terça, às 22h30m, no "Sem limi-te", da Manchete. (Canal 6)

A escritora Nélida Pinon é a convi-dada de Ziraldo nesta quarta em "0papo", às 22h30m. (Canal 2)

Com as presenças de Neguinho daBeija-Flor, Agnaldo Rayol, Elymar Santos,Maria Creuza e Angélica, Raul Gil estréiaseu programa na TV-Rio, neste sábado, às14 horas. (Canal 13)

No sábado, às 21h30m, na TV-S,transmissão direta, do Teatro SílvioSantos, do concurso de Miss Brasil 89.(Canal 11)•••••••••••••••••••

As novas piratarias.__ _ __ i

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Pedro Paulo Rangei e Louise Cardoso: tipos diferenttís

TERÇA-FEIRA, 21h30m

A partir desta terça,Claudia Raia, Cristina Pe-reira, Débora Bloch, ReginaCase, Louise Cardoso, Dio-go Vilella, Guilherme Ka-ran, Luís Fernando Guima-rães e Ney Latorraca estãode volta com a "TV Pirata",agora contando tambémcom Pedro Paulo Rangel.

Depois da estréia com oespecial "Milionário espe-rança", entram no ar a no-vela "Rala-Rala", o progra-ma policial "Na mira docrime", apresentado porMariel Mexilhão (PedroPaulo Rangel) e minissériescom duração de no máximotrês meses. O programa deestréia foi uma idéia do es-critor Luis Fernando Verís-simo, na qual muitos dos

personagens apresentadospoderão ser aproveitadosdurante o ano.

Entre essas novas carasestão Maria Pagodeira(Cláudia Raia) e seu grupoRoupa no Varal, a IrmãCarla (Regina Case), a sem-pre mal-humorada repórterUrinolla (Débora Bloch) ;e obanqueiro Álvaro Av;jtro(Ney Laton'aca), líder,doconjunto musical Debêntu-res Selvagens. ]

Já estão oscritos outrosespeciaio pura o programa.Um. para abril, é baseadcno filme "Janela indisere-ta", de Alfred Hitchcoick.Em maio, o tema será ofuncionalismo fantasma,sem que que isto signifiqueo compromisso de se rekli-zar um especial por mêa-

Entrevistados famoso?

Estelita Bell e Chico Anysio: cena do quadro do Sulfrác io

QUARTA-FEIRA, 21h30m

Coronel Lidu e FranciscoSulfrágio são dois dos no-vos tipos preparados porChico Anysio para fazerparte, a partir desta sema-na, dos quase 200 já lança-dos por ele no rádio e naTV em seus 40 anos de car-reira. No programa desteano o humorista não teráapenas artistas sendo en-trevistados no programa.Entre os convidados estãonomes como Fernando Col-lor de Mello, Leonel Brizolae Ivo Pitanguy.

No primeiro programaserão apresentados os no-vos alunos do ProfessorRaimundo — somaram-semais seis aos 11 anteriores.Entre eles estão Bicalho(Antônio Pedro), que só

responde usando frases (decomerciais, e Eustáquio,' osurdo, que marca a volta'deGrande Otelo à TV. Ouíropersonagem de Chico, O Jo-vem, sofre uma mudançaradical, passando a viv_ernum camping. !

No último bloco do pp-grama estão os tipos novos.O Coronel Lidu é um típicopatriarca rural, moralista edurão, que sempre acaibadando aumento aos setusempregados quando estes oameaçam de revelar. s°.uscasos amorosos. Já Francis-co Sulfrágio é um políticoque, apesar de não quererser presidenciável, faz ãis-cursos muito populares to-da vez que bebe, o que au-menta seu prestígio nopartido cada vez mais.

Agora, o dMARA BERNARDES

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As novidades não param de acon-tecer na vida de Fausto Silva: nos últi-mos meses, casou-se com a modeloMagda Colares, mudou de cidade e deemissora e hoje estréia o "Domingão

' do Faustão", encerrando um período'intenso de reuniões e gravações de\ programas-pilotos que quase o leva-\ ram para as corridas de Fórmula 1,. como brinca. Aliás, brincadeiras e ir-reverência estão presentes em noveentre dez frases do apresentador que,segundo Augusto César Vannucci,que o dirige no "Domingão", se desta-ca pela velocidade de raciocínio:Ele é um dos grandes comunica-dores da televisão brasileira, talvez omais importante dos que surgiramnos últimos anos.

Fausto começou sua carreira no rá-.dio há 25 anos, quando tinha 14 deidade, por influência de Blota Júnior,amigo de seu pai. Naquele tempo, diz,não passava de um caipira, emboratenha nascido na capital paulista:Até os 20 anos morei em ei-dades do interior. Mas não passei fo-me na infância. Sou de uma famíliaclasse média alta, de pai economista emãe professora, e cresci cercado pormulheres: tenho cinco irmãs.

Fausto chegou a cursar até o quartoano de Direito e conta, orgulhoso, queRegina Duarte foi sua colega de sala.Antes, no curso clássico, teve D. Mar-got, mãe de Maitê Proença, como pro-íessora de Filosofia e paraninfa daturma na formatura, em que foi o ora-dor. Modesto, ele diz que foi um aluno

t razoável, reprovado apenas em duasf cadeiras: Trabalhos Manuais e Canto

Orfeônico. Mas a voz que não serviupara cantar foi ideal para o rádio, quecomeçou por brincadeira e acabou setornando sério em sua vida. Tantoque em 70 largou a faculdade, até por-que trabalhava de manhã à noite:

Rádio de interior é bom porquea gente acaba se metendo até na partetécnica. Fiz programas musicais, fuirepórter esportivo... E já era irreve-rente, mas tinha que ser sério, porexemplo, ao fazer locução de comer-ciais. O esporte foi o primeiro espaçoque encontrei para ser mais descon-traído e brincalhão.

Aos 20 anos, Fausto voltou à capitale foi morar com a avó. A vida na ei-dade grande não mudou seus hábitos:mesmo sem beber e fumar, ele foisempre boêmio — "um boêmio de re-frigerante", define. Encontrava osamigos na noite, após o trabalho emrádio e jornal, e diz que nunca tevegrande problemas com a censura:

Uma vez fui suspenso, quandoainda trabalhava na Rádio Cultura.Durante a transmissão de uma parti-da de futebol, me informaram que umjogador estava caído e que o massa-gista estava aplicando colírio na suaperna. Não resisti e disse: "Será quenão é mercúrio? Porque se é colírio,supositório se aplica na orelha."

Amigo de Zico, Pele e Falcão desdeos tempos em fez cobertura de duascopas do Mundo, o apresentador ou-viu deles, no camarote que comandoudurante o carnaval, que o Faustão dehoje não é surpresa:

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Segundo os três, tudo que eu fa-zia na época do futebol, faço na televi-são. Mas nada é planejado, não souum personagem. Quando eu era locu-tor esportivo, o Lima Duarte me man-dou um bilhete, dizendo para eu meapresentar sempre com naturalidade,mantendo um estilo próprio, marcan-te. E isto se tornou uma obsessão paramim. Falando no Lima, a mãe dele foia parteira do meu pai.Depois de um período como repor-ter do "Bom dia, São Paulo", na Glo-bo, e de programas esportivos da Re-cor d, Fausto estreou comoapresentador de TV na Gazeta, emmarço de 84, com o "Perdidos na noi-te". Já fazia então um programa deauditório de sucesso na Rádio Excel-sior, o "Balance". Agora volta à Globocom o "Domingão", sem grandes mu-danças, afirma:

O que mudou na minha vida foio casamento. E mudou para melhor.Nunca planejo as coisas. Deixei de serjornalista para virar artista. Isso im-plica em responsabilidade, porque oinvestimento com o programa é muitogrande. A Globo abdicou do seu hora-rio de filmes nos domingos à tarde pa-ra dar emprego a 300 pessoas. A co-branca que me fazem é na mesmaproporção.

Na Globo desde setembro do anopassado, Faustão se diz muito à von-tade. Conta que não é de criar proble-mas com exigências absurdas, pois é"do tipo que tanto freqüenta restau-rante finos como o pé sujo da esqui-na". E nem pensa em andar cerca-do por seguranças. "Com os artistasque o Brasil tem, quem precisa desegurança é o público", comenta, comseu humor habitual:Não fugi das minhas origens, seiquem são os meus amigos. Tenhoconsciência de que assumi uma vidapública e não fujo das pessoas, mastambém não vivo em função do suces-so, que não cansa se você souber con-viver com ele como uma decorrênciado trabalho. O que me importa mes-mo é levar a alegria para as pessoas.Depois de permanecer casado de1975 a 84, Fausto separou-se e passouquatro anos solteiro, à procura dacompanheira ideal. Quando encontrouMadga Colares, não teve dúvidas:

Na vida o importante é que duaspessoas se encontrem no momentocerto, o que nos aconteceu. E no rela-cionamento, o tempo não conta. Esta-mos casados há quatro meses, masmuitos casais estão juntos há 20 anose não têm a mínima convivência.

No futuro, virão os filhos. Faustodiz que gosta de crianças e sabe queserá um pai do tipo bonachão, "nuncaum educador e disciplinador". Em ca-sa, também não faz o gênero prático:Não sei trocar lâmpadas, pregarquadros, consertar torneiras... Comi-da? Não sei preparar, só comer. Eadoro comida italiana e portuguesa,cheia de azeite, de tempero. Nada decomida de astronauta, estou fora.

Agitado e impaciente, ele acha queestas qualidades são imprescindíveispara trabalhar em TV, "onde quem émole dança". Procura ser justo, fazeramigos. E não é místico ou supersti-cioso — "sou católico, tenho fé e ésó". E é assim que tudo dá certo.

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MANO A MANO — Nirmãos terão de mostrar £mentos uns sobre os outndetalhes do comportamentnos para o futuro, por eparticipantes deste jogo sifaixa infanto-juvenil", inforAugusto César Vannucci.

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JOGO DA VELHA — Snucei, "sem as tradiciona

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do sorteios durante os quadimusical" e "Jogo da velha", icompanheira do apresentadopo integral desde novembro,ideal, que ele esperava. Atriz,manequim, Magda diz queusar o casamento para se pr<fissionalmente e não aceitamada para trabalhar por caime do marido. Seu plano é s<malmente com suas atividauma diferença: "Agora, quamjo, quero voltar logo", diz. Sejo "Domingão" ainda enfrenta

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Cássia Kiss, Lúcio Mauro, Rosana, João Kleber, Dercy Gonçalves, Paulo César Grande, Tássia Camargo, PauloRicardo e Lady Franccyscu: com Fausto, representando o público no "Jogo da velha" de um programa-piloto

Gente famosa, espectadores. Todos têm vezReunindo musicais, entrevistas, brin-

cadeiras e divertidos jogos — envol-vendo não apenas o auditório, mastambém artistas e o público de casa,com a distribuição de muitos prêmios—, Fausto Silva estréia hoje o "Domin-'gão do Faustão", ao vivo, direto doTeatro Fênix. Entre as competições,apenas três são pré-gravadas:

MANO A MANO — Neste quadro,irmãos terão de mostrar seus conheci-mentos uns sobre os outros, revelandodetalhes do comportamento ou dos pia-nos para o futuro, por exemplo. "Osparticipantes deste jogo serão mai; dafaixa infanto-juvenil", informa o dietorAugusto César Vannucci.

CONTROLE REMOTO - Num cena-rio onde um fusca abandonado se mis-tura com cartazes e recortes de jonais,jovens serão recebidos para testiremseus conhecimentos sobre televsão,tendo que identificar cenas de tove-Ias, cantores que aparecem em vdeç-clips ou mesmo a música

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nucci, "sem as tradicionais e inoióto-

nas perguntas de enciclopédia, este jo-go vai abordar lemas gerais, de umamaneira bem divertida, bem no estilodo Faustão. Atores, cantores e nomesde destaque em várias áreas estarãoparticipando, defendendo telespectado-res e pessoas escolhidas no auditório".Nesta primeira edição, os convidadossão os atores Dercy Gonçalves, TássiaCamargo, Cássia Kiss, Lúcio Mauro eJoão Kleber, e o jogador de vôlei Ber-nard.

O público de casa poderá participardas brincadeiras ao vivo e os especta-dores pelo telefone — os números se-rão divulgados ao longo do programa.Em "Grilo musical", os participantes te-rão que identificar gravações raras oupouco conhecidas. Já no quadro "Pega-dinha", os telespectadores vão ver oque acontece com um ator quando esteassume o trabalho de um padeiro ouum carteiro, por exemplo, e sai pelasruas fazendo o seu serviço.

Mantendo o clima descontraído doantigo "Perdidos na noite", tambémvão participar do "Domingão" cercade sete cidades a cada programa, em

que, além de exibir seus exóticos e foi-clóricos cartazes e faixas, serão convi-dadas a apresentar uma atração local.Estará presente também no programa o"Caminhão do Faustão", dirigido porum nome famoso do elenco de novelasda Rede Globo. Após um sorteio que in-dicará cidade, bairro, rua e número daresidência, o caminhão chegará cheiode prêmios para toda a família do felizvencedor.

Nesta estréia, Fausto Silva receberánomes como: Xuxa, Fábio Jr., Lulu San-tos, Simone, Waldemar dos Passarinhos— artista do Rio Grande do Norte capazde imitar centenas de aves — e o con-junto Bandalheira — que usa apenasgarrafas para apresentar sua músicas.José Wilker aparece numa entrevista,relembrando momentos de sua vida esua carreira. Haverá também sorteiode cartas, em que os espectadoresdevem responder quem venceu o Gran-de Prêmio do Brasil de Fórmula 1,que se realiza hoje, às 12h15m, e que aGlobo transmite exatamente antes do"Domingão",

que começa às 14h55m.

O companheirismo também no palco"asada com Fausto Silva há quaroses, Magda Colares está ao ladojorido também no "Domingão", fazn-sorteios durante os quadros "Gilo

ssical" e "Jogo da velha". Magda anpanheira do apresentador em ten-integral desde novembro, a mulhr

al, que ele esperava. Atriz, model enequim, Magda diz que não qurtr o casamento para se projetar po-iionalmente e não aceila ser cia-da para trabalhar por causa do r>do marido. Seu plano é seguir nr-lmente com suas atividades, cma diferença: "Agora, quando eu \a-

quero voltar logo", diz. Segurdo ea ,Domingão" ainda enfrenta "uma a-

se de experiência e poderá sofrer modi-ficações a partir dos resultados queapresentar". Mas a expectiva para a es-tréia, hoje à tarde, é grande:

— O Fausto é que está calmo, como édo temperamento dele. Mas a nossa vi-da nunca será calma, pois as nossasresponsabilidades aumentam cada vezmais.

Este ano, Magda vai se formar emduas faculdades: de Desenho Industriale de Comunicação Visual, o que faz odia começar cedo para eles, por voltadas sete da manhã, cada qual com seuscompromissos, seguindo às vezes ma-drugada adentro. Juntos no palco desde

a gravação dos programas-pilotos, ali osdois mantêm uma relação de muito pro-fisionalismo, em que não faltam os•olhares cúmplices, quando a situaçãoexige. Como quando Fautão foi gravarpassando mal e Madga se preocupavacom' o marido, sentindo-se "interior-mente muito afetada com a situação". Ocasamento deles, embora tão recente, jáé dos mais profundos, diz ela:

— E a cada dia fica melhor. Há muitocompanheirismo entre nós, o que é fun-damental. Quando temos um problema,achamos que o essencial é não guardarnada, falar tudo. E assim a gente se en-tende muito bem.

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"Domingão"Hoje, das 14h55m às 18h55m, Fausto Silva comanda o novo

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6 • REVISTA DA f IVl O UBERAL Domingo, 26 de março de 1989

HOJE NATVTV LIBERAL CJ1

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TV CULTURA Canal207:15 TELECURSO 2» GRAU — Recapitu- MENTOS — TVC PA

lação da Semana 17:00 BALEIA VERDE09*0 MISSA AO VIVO 10:00 INTERVALO00:45 PALAVRAS DE VIDA 18:50 JORNAL VISUAL10:30 VIOLA MIHHA VIOLA 19:00 JORNAL DE DOMINGO11:30 ARRUMAÇÃO 20*0 VITÓRIA - RTC SP12*0 GLOBO CIÊNCIA 21:00 CADERNO DE CINEMA - Cineclu-13*0 FUTEBOL bo o a Bíblia tinha Razão14*0 STADIUM 23:00 ESPORTE VISÃO15*0 LANTERNA MÁGICA 01:00 ENCERRAMENTO16*0 SEM CENSURA MELHORES MO-

TV GUAJARÁ Canal 4

No "Fantástico", Martinho da Vila

canta a sua ciranda "Sol e chuva,casamento de viúva", enquanto passeiapelas ruas de Duas Barras, cidade doEstado do Rio em que nasceu

05:15 MISSA DE PÁSCOADireto do Vaticano

07:40 GLOBO RURALA produção de dendê na Amazô-nia. Tanto o plantio como a ex-tração do azeite são muito com-plicados. Apesar de o Brasil serum grande produtor, ainda nãopossui tecnologia desenvolvida.No mundo, quem detém o pri-meiro lugar nessa especialidadeé a França. ' O camarão giganteda Malásia, que até bem poucotempo demorava seis meses emcativeiro para ser consumido,agora, através de novas técni-cas, já pode ser colhido todos osmeses. Esta prática já vemacontecendo em alguns criadou-ros do estado do Rio. ' Na seçãode cartas, uma maneira simplese eficaz para que o cavalo parede comer tudo o que vê pelafrente, inclusive pedaços de ma-deira, e dicas para o plantio decogumelos

08:50 SOM BRASIL ESPECIAL —PÉ NA ESTRADAChitãozinho e Xororó. Apresen-tação de Lima Duarte

10:00 FINAL DE VÔLEI MASCULINOFiat-Minas x Pirelli

11:55 ALFA briga

12:15 GRANDE PRÊMIO DO BRASILDE FÓRMULA 1Direto do Autódromo Nelson Pi-quet, no Rio de Janeiro

DOMINGÃO DO FAUSTÃOEstréia. Apresentação de Fausto Sil-va

18:55 OS TRAPALHÕESRenato Aragão, Dedè Santana,Mussum e Zacarias contam co-mo foram suas férias e dão inl-cio ao tema programa: "As mil euma npites". Na pele do sultão

Ali Babu, Didi pensa em acabarde vez com o seu harém. Partici-pações de Silvia Massari, Vi-viane Almeida e Felipe Wagner.' Presos como escravos, Dedé,Mussum e Zacarias passam omaior sufoco, enquanto Didi vivena mojeza. Um dia ele resolverevelar seu segredo aos amigos,sem saber que isto mudará todaa sua vida. ' A disputa entre ospregões de dois comerciantes,que vendem produtos completa-mento diferentes, cria muitascontusões entre Dedé e Zacariasnum mercado de Bagdá. ' Dididescobre uma velha lenda ára-be, que diz que cada pessoa temuma estrela que guia os destinosde sua vida, e resolve procurar asua

20:00 FANTÁSTICOUma viagem no trem de passa-geiros mais veloz do mundo: otrem-bala francês. * Os concor-rentes ao Oscar 89 nas catego-rias de melhor ator, melhor atriz,melhor diretor, melhor filme,melhor música e melhores efei-tos especiais. ' A crônica muitaindiscreta de Alexandre Garcia.

Elba Ramalho lança nova mú-sica: "Jogo de cintura", de Nan-do Cordel." A festa da Fórmula1. ' O domingo de páscoa noBrasil e no mundo, via satélite

22:05 ESPORTE ESPETACULAROs bastidores do Grande Prêmiodo Brasil de Fórmula-1, prova deabertura da temporada 89. ' Osgols dos principais campeonatoseuropeus e dos campeonatos re-gionais brasileiros

23:10 O HOMEM DA MÁFIAO nome do jogador

00:00 CORUJA NACIONALMacunalma

07*0 PADRÃO GUAJARÁ-Em coros 22*0 CARA A CARA - C. Marília Ga-07*0 SANTA MISSA - Religioso brielo08*0 BOAS NOVAS NO UR 23.00 ÍNDIA — Parle II

Evangélico 00*0 CRÍTICA E AUTOCRÍTICA09*0 NISTO CREMOS - Evangélico 01*0 CINEMA NA MADRUGADA -!£22 ?5ÍS!L^UH*L "Amor Eterno Amor"10*0 SHOW DO ESPORTE 02*0 ENCERRAMENTO DA PRO-20*0 CARLTON CINE - "Asas da GRAMAÇÃO

Liberdade"

TVSBT Canal 507*0 COLOR BARS C/MÚSICA07:34 ABERTURA DA EMISSORA07:35 EDUCATIVO - Mãos Mágicas07:45 CLUBE IRMÃO CAMINHONEIRO

SHEEL08*0 BOOMER - Uma Velha Obstinada08*0 TARZAN - O Orgulho09*0 CINEDISNEY - Disney Ganha Pri-

mos na Academia10:30 ESQUADRÃO CLASSE A - O Pre

ço da Liberdade11:30 DUCK TALES - Guerra das

Sombras12:00 PROGRAMA SÍLVIO SANTOS -

Passa ou Repassa, TV Animal, Role-trando, Qual é a Música, Porta daEsperança, Cidade x Cidade, Showde Calouros

22*0 SESSÃO DAS DEZ - Os Extraler-rastros no Planeta Terra

23:55 PRIMEIRA FILA - Fórmula Um00*0 SESSÃO DAS DEZ - Os Extrater-

restres no Planeta Terra — reap.

RBA Canal 13HHUHBBBHfl

06*007*008*000:3009*009*010*0

12*013*015*0

16*0

TV EDUCATIVAMANCHETE RURALHOMENS E LIVROSJORNAL DO PROFESSORVERSO E REVERSOESTAÇÃO CIÊNCIACAMPEONATO NACIONAL DE VÔ-LEI — Masculino — "Fiat-Minas xPirelli"ESPORTE E AÇÃOESPORTE 89DOMINGO NO CINEMA - "AsAventuras da Turma da Mônica"COPA RIO - "Cabofriense x

18*020*021:4522*0

22:3022:35

23:3500:3501:15

•Botafogo"COPA RIO — "Vasco x Fluminense"PROGRAMA DE DOMINGOSHOW DE GOLSJORNAL DA MANCHETE - Ediçãode DomingoGRID DE LARGADACONEXÃO INTERNACIONAL -"Yoko Ono"DEBATE EM MANCHETETOQUE DE BOLAHILL STREET BLUES - "OAtirador"

TV TAPAJÓS Canal 4Santarém

¦BHoninHBBmraramsVHnBakMHk^HnaMHaHHkiHaMBB

05:15 MISSA DA PÁSCOA - Ao vivo 14:55 DOMINGÃO DO FAUSTÃO - Ao vi-07:40 GLOBO RURAL vo - Estréia08:50 SOM BRASIL ESPECIAL - Chitão- 18:55 OS TRAPALHÕES

zinho e Xororó 20*0 FANTÁSTICO10*0 FINAL DO VÔLEI MASCULINO 22:05 ESPORTE ESPETACULAR

Fiat-Minas x Pirelli - Ao vivo 23:10 O HOMEM DA MÁFIA — O Nome11*5 ALF - A Briga d0 Jogador - Estréia12:15 GRANDE PRÊMIO DO BRASIL OOflO CORUJA NACIONAL - Macunaíma

Fórmula 1 — Ao vivo _ Estréia

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Tônico Pereira: em "Juba & Lula"

Revivendo aépoca áurea doCassino da-Urca

Começam em 15 de maio, noprédio da antiga TV Tupi, on-de funcionou o Cassino tia Úrca,as gravações da minissérie "A,E, I, O... Urca", de Doe Compa-rato e Carlos Manga, que serádirigida para a Globo por DenisCarvalho. Ambientada entre1939 e 1946, vai rescontituir aépoca áurea do cassino, com aprodução dos shows a cargo deMaurício Sherman.

JUBA & LULA — Tônico Pe-reira, Flávia Monteiro e RenataLaviola já começaram a gravar"Descontrole remoto", de Char-les Peixoto e Ronaldo Santos,para o programa de Kadu Moli-terno e André de Biase, que es-tréia em maio na Globo.

EL DIA QUE ME QUIERAS— A Bandeirantes adquiriu osdireitos desta novela, escrita edirigida por Geraldo Vietri, quefoi gravada na Argentina e emMiami e exibida na televisão ar-gentina no ano passado. Aindasem data de exibição, a históriaconta um naufrágio real queaconteceu há cerca de 40 anos,com mais de 400 vítimas.

CANANGA DO JAPÃO - Anova novela da Manchete, deWilson Aguiar Filho, com es-tréia marcada para junho, tementre os nomes confirmados noelenco Cristina Mullins, MarcosPalmeira, Carlos Eduardo Doía-bella, Antônio Pitanga, NelsonXavier, Solange Couto e a canto-ra Via Negromonte. ,4--\

ESPORTES - Roberto' Ca-brini é o novo contratado da TV-S. O repórter deixa a-Bandéiran-tes para assumir a chefia do De-partamento de Esportes doCanal 11.

II SEM LIMITE - Em abril, oprograma das noites de terça daManchete, comandado por LuizArmando Queiroz, trará algu-mas novidades. Além de pré-mios que serão distribuídos en-tre os concorrentes e o público,está confirmada a presença deuma orquestra, sob a regênciado Maestro Nelsinho.

CLUBE DO BOLINHA -Edson Cury, o Bolinha, renovoucontrato para apresentar seuprograma por mais três anos naBandeirantes.

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O LIBERAL REVBSTA DA TEVÊ •

FILMES DE HOJEPaulo Perdigão

TV LIBERALa Macunaíma(0 hora, em cores) Produçãobrasileira de 1969. Direção:Joaquim Pedro de Andrade.Elenco: Grande Otelo, PauloJosé, Dina Sfat, Milton Gonçal-ves, Rodolfo Arena, Jardel Fi-lho, Joana Fomm, Maria doRosário, Maria Lúcia Dahl,Hugo Carvana, Zezé Macedo,Wilza Carla.

Espécie de carnaval antropofá-gico extraído de romance (1928)de Mário de Andrade, prêmio demelhor filme no Festival de Mardei Plata de 70, terceiro longa-me-tragem de Joaquim Pedro, que odefiniu como "a história de umbrasileiro que foi comido peloBrasil". A partir de pesquisas an-tropológicas, o texto original se-guia a trajetória de seu "heróisem nenhum caráter" para com-por um painel de contracultura epaganismo primitivo. Num case-bre, em plena selva, nasce Macu-naíma (Otelo) — a mãe acocora-da deixando cair o feto preto,de cabeça. Ele corre em selva-gem alucinação pela mata, depreto virando branco (José), e de-pois deixando o sertão em trocada cidade, em companhia dos doisirmãos, Jigué (Gonçalves) e Maa-nape (Arena). Na cidade, estra-nha e hostil, segue o mesmo ca-minho zombeteiro, conhecendo eamando guerrilheiras — como afogosa Ci (Sfat) — e prostitutas,enfrentando vilões, milionários epoliciais, numa longa e tumultua-da aventura urbana. Na trilhasonora, a narração de Tite deLemos e músicas de Villa-Lobos,Mário de Andrade, Qrestes Bar-bosa, Sílvio Caldas, Antonio Ma-ria etc. Reprise.

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A sessão "Coruja nacional" estréia hoje com "Macunaíma", em homenagem a Dina Sfat

TV RBAAs aventuras da turma da Mônica

(15 horas, em cores) Produção brasileira de 1982.Direção: Maurício de Souza. Desenho animadoem longa-metragem.

Primeiro desenho movimentando os persongensde quadrinhos criados por Maurício de Souza (em1983 viria o segundo, "A Princesa e o robô"), foi oquarto cartoon em longa-metragem em toda a his-tória do cinema brasileiro, precedido por "Sinfoniaamazônica" (1953), de Anélio Latini Filho, "Presen-te de Natal" (1971) de Álvaro Henrique Gonçalves, e"Piconzé" (1974), de Ypè Nakajiroa. São quatroepisódios com a Turma da Mônica (Mônica, Ceboli-nha, Cascão, Magali, Floquinho, Bidu e Franjinha).

Em "Plano infalível", Cascão e Franjinha criam milartifícios para derrotar a mandona mônica. Em"Um amor de ratinho", Mônica, reduzida ao tama-nho de um polegar por uma máquina inventada porFranjinha, salva um camundongo em apuros, quese apaixona pela menina quando ela ajuda a comu-nidade dos ratos a enfrentar fatos invasores. Em "Aermitã", Mônica, achando-se desprezada pelos ami-gos — que na verdade organizam para ela umafesta-surpresa de aniversário — vai para as monta-nhas conhecer os mistérios dos bichos e das plan-tas. Em "O Império empacota", Mônica e Cebo-linha surgem como defensores da Terra ameaçadapor invasores extraterrenos. Inédito.

TV GUAJARÁAsas da liberdade

("Birdy")(20 horas, em cores) Produção americana de 1984.Direção: Alan Parker. Elenco: Matthew Modine,Nicolas Cage, John Harkins, Sandy Baron, Ka-ren Young, Bruno Kirby, Nancy Fish, GeorgeBuck, Dolores Sage, Robert L. Ryan.

Aclamado drama alegórico do cineasta de "O ex-presso da meia-noite", "Fama" e "Coração satânico",detentor do Prêmio Especial do Júri no Festival deCannes de 85. Dois amigos de infância passada numbairro pobre da Filadélfia, Birdy (Modine) e Al Co-lumbato (Cage) reencontram-se num hospital depoisde feridos na guerra do Vietnã. Birdy se acha prati-camente em estado catatônico e o psiquiatra Dr.Weiss (Harkins) procura descobrir como curá-lo, ou-vindo Al. A história é narrada basicamente em doistempos: o do hospital e a fase pré-guerra na Filadél-fia. Em flash-backs aparecem a obsessão de Birdypelos pássaros (ele chega a inventar asas para alçarvôo) e o interesse de Al pelos esportes e as garotas.No hospital, Al, que teme tirar as bandagens porqueacha que ficará com o rosto desfigurado, julga-se atécerto ponto a única porta de retorno de Birdy à sani-dade e sente-se cada vez mais inseguro e atraído pelaimaginação alada do amigo. Inédito.

Amor, eterno amor("At long last love")

(1 hora, em cores) Produção americana de 1975.Direção: Peter Bogdanovich. Elenco: Burt Rey-nolds, Cybill Shepherd, Madeline Kahn, DullioDel Prete, Elleen Brennan, John Hillerman.

Comédia musical com que o diretor de "A últimasessão de cinema", "Essa pequena é uma parada" e"Lua de papel" procurou homenagear os filmesdo gênero produzidos na Hollywood dos anos 30. EmNova York, 1935, o carro do milionário Michael Oli-ver Pritchard III (Reynolds) quase atropela a estrelaKitty 0'Kelly (Kahn) — e do incidente nasce umromance entre os dois, sem que ela perceba que ele érico. Enquanto isso, Brooke Carter (Shepherd), garo-ta da sociedade mas sem dinheiro, aceita ser corteja-da pelo veneziano John Spanish (Del Prete), que apa-renta ser rico mas também não tem um centavo.Os dois casais acabam tornando-se amigos e vão paraa mansão de Michael. Sucedem-se cenas de ciúmes eequívocos. Como disse Bodganovich, "este é o pri-meiro musical feito diretamente para o cinema du-rante muitos anos, sem basear-se em qualquer fonteliterária ou teatral". Destacam-se a cenografia, o ves-tuário, a fotografia de Laszlo Kovacs e as can-ções de Cole Porter. Reprise.

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VAI ACONTECERAntônio Petrin, o An-

tônio do Mercado da no-vela "Vida nova", está fí-xando residência no Rio ese prepara para estrearno dia 14 de abril, noTeatro Cacilda Becker, omonólogo "A última gra-vaçâo", de Becket, comdireção de Jacov Millel.

Prevista para maio, noTeatro Copacabana, a es-tréia da peça "A fera daselva", com direção de JoséWilker, produção de PauloBetti e Carlos AugustoStrazzer e Eliane Giardinino elenco.

Tony Nardini, um dosintegrantes do bando dosrebeldes na novela "Querei sou eu?", é o coreó-

grafo de "40 graus", co-média de Regina Antoni-ni e Sérgio Rossi queestréia quinta-feira noTeatro de Bolso AurimarRocha.

Dona Ivone Lara, que játrabalhou como atriz, vi-vendo Clementina de Jesusem "Rainha Quelé", episó-dio do "Caso verdade", é aatração de amanhã no BarArco da Velha, na Lapa,dando prosseguimento àprogramação do ProjetoNascer.

Começa nesta terça, noDrama Estúdio, em Bo-tafogo, o curso de inter-pretação de Beto Silveira,atual coordenador da Ofi-cina de Desenvolvimento

de Recursos Artísticos daGlobo.

Já o ator e diretor Lúcia-no Sabino começa no dia 5de abril, na Oficina de Ar-tes Continua que Tava Oti-mo, no Leme, o Curso deInterpretação para Vídeo eCinema.

"Maga neon" é o nomedo espetáculo que estaráno Aduana de 5 a 12 deabril. Baseado no livrohomônimo da atriz Cláu-dia Alencar, conta a tra-jetória de várias mulhe-res.

Ana Maria Nascimento eSilva vai aparecer em "Osalvador da pátria" no pa-pei de Vera, mulher ligadaà organização de drogas

que se aproxima do advoga-do Cássio (Thales Pan Cha-con), oferecendo-lhe umafazenda para que ele ajudea condenar Sassá (LimaDuarte). "Cássio resiste àoferta e continua ao lado doseu cliente", contou a atrizna segunda-feira, quandoiniciava suas cenas.• Novos personagenssurgem em "Vida nova"a partir do capítulo 117:Irving São Paulo e De-dina Bernadelli gravamdesde quarta-feira comoAlcebíades e Henriqueta,o filho de Antenor (Mau-ro Mendonça) e a irmã deBruno (Giuseppe Oristâ-nio). Os dois chegam de

Otávio e Fernanda: ensaios Anna Maria: novela das oitoviagem casados e com umfilho, ainda de colo.• Em "Vida nova", ainda,nada mais impede o casa-mento entre a judia Ruth(Déborah Evelyn) e o portu-guês Manoel Victor (LauroCorona). Isto porque ele, desobrenome Oliveira, é cris-tão novo, o que o colocaentre os judeus descenden-tes de fugitivos da inqui-sição. Assumindo a religiãojudia, portanto, ManoelVictor estará apenas retor-

nando às origens, como sedescobrirá no capítulo 118.• No dia 13 de abril, co-meçam no Teatro ClaraNunes os ensaios geraisabertos ao público de"Suburbano coração", deNaum Alves de Souza,que também é o diretorda peça. A trilha sonora éde Chico Buarque e, noelenco, estão FernandaMontenegro, Otávio Au-gusto, Ana Lúcia Torre eIvone Hoffman.

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Fotos Ue Irlneu Barreto Filho

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Diante de Miro Ferraz, Sérgio anuncia na rádio que não é mais candidato a Prefeito. Sua mãe, então, anuncia a ele e ao secretário Ciro (Marco Miranda) que vai substitui-lo

Gilda dá mais umajogada de mestreSassá Mutema (Lima Duarte) jáhão é o candidato preferido do povo

para a prefeitura de Tangará. Agoraquem está por cima é Gilda ToledoBianco (Suzaha Vieira) que, no finaldo capítulo 80 de "O salvador da pá-tria", se lança como a mais novaprefeitável. E em pouco tempo, Gildamostra sua força, ficando com 42%da preferência do eleitorado contra21% de Lauro Brancatto (Cecil Thi-ré), 13% de Sassá Mutema, restan-do 7% de indecisos.

O lançamento de candidatura deGilda se dá em meio à maior crisefamiliar que os Toledo Bianco en-frentaram até então, depois que Sér-gio (Maurício Mattar) renuncia àcampanha eleitoral. Depois que Ca-mila (Mayara Magri) interrompe agravidez para não atrapalhar suacampanha, Sérgio recebe a notíciaque Sílvia (Alexandra Marzo), suamulher, está grávida e não agüenta ochoque. Vai direto para a Rádio Clu-be de Tangará e, diante do perplexoMiro Ferraz (José Wilker), dá-pes-soalmente a notícia da renúncia, ou-vida por toda a família.

Enquanto Sílvia chora sem parar

porque não entende a atitude do ma-rido, Gilda trata de achar um candi-dato substituto. Como não encontraninguém, pensa em si mesma paraocupar a vaga deixada pelo filho. Es-ta é a maneira que Gilda encontra decontinuar manipulando com a vidade Severo (Francisco Cuoco), que atéentão mantinha seu romance comBárbara (Lúcia Veríssimo) escondidopara não atrapalhar a carreira deSérgio. Com a candidatura de Gilda,Severo se vè obrigado a, desta vez,não atrapalhar a carreira da esposa."Mais um golpe de mestre da Gilda",reconhecem depois os amantes.

Sérgio decide viver com Camila noRio, não sem antes encontrar-se coma mãe também para ironicamentecumprimentá-la pela jogada de mes-tre. Gilda sente-se vitoriosa e vê seunome crescer nas pesquisas. Até quese dá uma passagem de tempo dequatro meses na novela. Faltam ape-nas três para as eleições. Os nume-ros desestimulam Lauro e Sassá,mas este tem uma idéia: chamarseus adversários para um debate aovivo pela rádio, que pode dar a vitó-ria a quem menos se espera.

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DÚVIDAS

'O alie

"Soube que o romance "O alienis-ta", de Machado de Assis, já foiadaptado para a TV em forma de no-vela. Quando foi isto? Quais os prin-cipais nomes do elenco?" ReynaldoMorianini Batâo — SP.— Depois de virar filme sob a dire-ção de Nelson Pereira dos Santos ecom o nome de "Asilo muito louco"."0 alienista" chegou à TV na novela"Vila do Arco", em adaptação deSérgio Jockyman, exibida pela Tupide 11 de agosto a 30 de dezembro de1975. Larte Morrone viveu o protago-nista, Simâo Bacamarte, que chega à.cidade-titulo da história e decide fun--dar ali um hospício, onde, aos pou-eos, todos os moradores são interna-dos. O elenco teve ainda, entreoutros, Maria Isabel de Lizandra,Rodrigo Santiago, Célia Helena,Elias Gleizer e Kito Junqueira.

"Quem escreveu e quem dirigiu aminissérie "Avenida Paulista"? Aatriz Bruna Lombardi participou doelenco? Em caso afirmativo, qual onome de sua personagem?" Selma

nista'ovela

A. P. Lopes — RJ. .Minissérie em 17 capítulos, exibi-'da pela Globo a partir de 10 de maiode 1982, "Avenida Paulista" foi diri-gida por Walter Avancini e escrit;-,por Daniel Más, Leilah Assunção eLuciano Ramos. Na história, Brunafazia o papel de Anamaria, filha dopoderoso Frederico Scorza (WalmorChagas) e uma das herdeiras de suafortuna, motivo que levou o ambicio-so Alexandre Torres (Antônio Fa-gundes) a abandonar seu verdadeiroamor para se casar com ela.

• "E verdade que o ator MarceloPicchi esteve no elenco da novela"Camomila e bem-me-quer", de Iva-ni Ribeiro?" Renata Maria C. Pon-tes — RJ.

Sim, é verdade. A novela foi exibi-da pela extinta TV Tupi, de 5 deoutubro de 1972 a meados de marçode 1973. Reescrita pela autora, a his-tória foi exibida depois pela RedeGlobo com o nome dc "Amor comamor se paga", em 1981

A candidata se sai bem nas pesquisas

Princesa de dia, plebéia à noiteEm "Que Rei sou eu?", a Princesa

Juliette passa a ter vida dupla, o queestá dando a Cláudia Abreu a chancede maior interpretação. Entendiadacom a monotonia da vida na corte, elainventa uma maneira de se divertir,ajudada pela serviçal Aline (GiuliaGam), que lhe consegue roupas po-bres para que a Princesa, à noite, co-nheça de perto a vida dos plebeus: "Jágravei as cenas da primeira visita de

Juliette à taberna, onde ela toma cer-veja, fica altinha e conhece Pimpim(Marcos Breda), que se interessa porela", diz a atriz, encantada. Mas, se-gundo Cláudia, esse amor entre osdois pode não vingar: "A Princesa, atéagora, só tem olhos para Pichot (TatoGabus Mendes), pois sabe que ele nãoé seu irmão. Por isso, a todo instante,ela tenta conquistar o rapaz, que seapavora com seu assédio".

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'MmmW MA r mmW >i9B %'¦ ¦ ^Skmm ' mTÊÊm: 1 mm ih :ifl m / m--- 'ÁWÊm k ¦ «I fl MimAvancini, Bruna Lombardi, Walmor Chagas e Antônio Fagundes: minissérie

Editor Cl. D'Aquiar

O LIBERAL àütomóv^^^^ta»rt*"*í* BEa^^^aaa^

¦ul ¦M %a-^ví^/\PU'

Belém, 26 de março de 1989 Suplemento de "O LIBERAL" proibida a venda separadamente

Belém terá concessionária do carro francês Peugot•-..-; a :X •''-.'.''"

., Em breve os carros da indústria da FranA ça-Peugeot-estarão sendo comercializadosno Brasil, através de uma montadora que o Gru-po Monteiro Aranha, o mesmo que trouxe aVolkswagen para o Brasil, instalará em SãoPaulo.

VIA ARGENTINA

la indústria francesa Peugeot são muito re-

auisitados, porque são bons produtos. Modelos

iversos, alta tecnologia, "desig" moderno en-fim, carros magníficos.

CONCESSIONÁRIA EM BELÉM

4 Os carros Peugeot terão uma concessioná

o-- nnmPiriK mrm«* "ppuPoof virão oiri ria em Belém e já fui informado sobre o em2us

primeiros carros reugeot virão para. DrpSAr:0 niJP „„tó intprp«?<-adn pm manter a mo Brasil através da Argentina, onde aquela presai ,0 que csu mlcressaao Lm m<mtei a co

indústria automobilística da França tem fábri-ca. Entretanto, em 1990, será instalada fábrica

mercialização dos carros daquela marca emBelém.

no Brasil.PEUGEOT-BONS PRODUTOS

3 Em todo o mundo os veículos fabricados pe-5

Sem dúvida alguma que será a ampliaçãodo comércio de veículos em Belém, como

também serão carros caros.

O fantástico Lancia Prisma 1.5 LXAcaba de ser lançado

na Europa o modelo do FiatLancia que está fazendoomais completo sucesso, naosó pela sua mecânica, comopelo aprimoramento da suatecnologia.

Trata-se do modeloLancia Prisma 1.5 LX, maispotente, na versão 3 volumes

e com um belo "design".Acho o Lancia Prisma 1.5 LXmuito parecido com o VWSantana brasileiro. Você,certamente, também estãoachando através da foto queapresento.

• Informo para vocês

Sue o Lancia em seu modelo

>elta, mais potente ainda, é

campeão do mundo de"rallyes".• O lançamento do Lan-

cia Prisma 1.5 LX aconteceudurante um Salão de Auto-móvel na Alemanha. Emmaio próximo a Fiat italianalançará o Lancia Dedra, pa-ra substituir o LanciaPrisma.

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Peugeot 405 Ml 16 llókw, 220 km/h

Nelson Piquet sem esperanças... Ayrton Senna com a corda total Maurício Gugelmin vai melhorar Roberto Moreno, uma incógnita

4 brasileiros em busca do título da Fórmula 1.Logo mais, no Autódro-

mo "Nelson Piquet", em Jaca-repaguá, no Rio de Janeiro,será a abertura de mais umCampeonato Mundial de Fór-mula 1, versão 1989 com oGrande Prêmio Brasil.

O Brasil é o país quetem no Campeonato Mundialde Fórmula 1, de 1989 o maiornúmero de pilotos: 4- NelsonPiquet, Ayrton Senna, Maurí-cio Gugelmin e Roberto Pupo

Moreno, sendo que os 2 primei-ros já são campeões mundiais.Vamos esperar que eles façamsucesso, no que eu acredito.

— Este ano as coisas vãomudar e iremos saber quais osmotores bons, de fato, e os pi-lotos que saberão dominar asmáquinas. Não terão os carrosos motores turbo. Agora é nabase do aspirado. Acredito,ainda, nos motores da Honda,

muito embora os da Ford este-jam ameaçando a hegemoniados Honda.

— Alan Prost, da equipeMcLaren poderá, na corridade hoje, fazer outra surpresa,muito embora seja um caso dehonra para Ayrton Senna, tam-bém da McLaren, vencer oprêmio do seu país. Que nãoaconteça com ele o vacilo doano passado, quando foi des-classificado. Vamos aguardar.

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severautoA SUA MAIS NOVA OPÇÃO.

Em abril, Belém do Pará irá ganhar uma das mais modernas reven-dedoras de veículos da cidade, a SEVERAUTO. Ela é a mais nova em-presa do Grupo Atalaia, e abrirá suas portas no dia 3 com o mesmo padrãode qualidade da Atalaia Veículos. Entre outras novidades, vale destacaralguns pontos que oferecem total conforto, garantia e segurança a seusfuturos clientes.

A cabine de Pintura Automática, composta de equipamentos da marcade Vilbss, oferece a máxima qualidade na pintura de veículos. Atravésde módulos de secagem a infra-vermelho, a rapidez do serviço torna-sesuperior ao mais perfeito sistema de pintura de veículos da cidade.

O alinhamento, balanceamento e a regulagem eletrônica, ficarão soba responsabilidade de profissionais treinados para executarem os servi-ços com eficiência e precisão. Os serviços de Oficina, apresentarão umnovo conceito em mecânica geral, sendo totalmente especializado e au-tomatizado.

A SEVERAUTO trabalhará com veículos novos e usacios. Além dis-so, um Departamento de Peças Originais estará a sua inteira disposição,para atendê-lo com a mesma eficiência e cortesia que são característicasmarcantes do Grupo Atalaia.

Sem dúvida alguma, a SEVERAUTO será a sua mais nova opção.

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2 Belém, domingo, 26 de março de 1989 automóvel O UBERAL

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Sobre Motos:¦¦I '—" ¦-¦! ' " ————¦- ' ""¦ *"" ' '¦'"'- "¦"»¦¦*¦ ' ¦'¦¦'¦"- l-|

Eis a Yamaha TZ 250 que Alexandre Barros utilizara no Campeonato Mundial de Motos

Uma moto Yamaha 250 muito especialpara o campeão Alexandre Barros

O jovem motociclista bra-sileiro Alexandre Barros, de 18anos, vai estar muito bemequipado em sua primeiratemporada motociclisticamundial na categoria 250 cm3,que começa hoje, em Suzuka,no Japão. Ao lado de nomesconsagrados do motociclismo,tais como Juan Garriga, SitoPons, entre outros, Alexandrevai competir com uma Yama-ha TZ 250 em todas as provasválidas pelo Campeonato Mun-dial, inclusive o GP do Brasil,em Goiânia, no final da tem-poráda.

Alexandre e seu team Ve-nemotos já estão na Itália, on-de a equipe ficará sediada. Amoto, fornecida pela Yamahado Japão, é igual a todas as Ya-mana TX 250 fabricadas emsérie. Alguns ajustes especiaisserão feitos pelos preparado-res da Venemotos para queAlexandre e seu companheirode equipe — o venezuelano

O troféudo prêmioVolvo de

segurança notrânsito 89

Com a mudança do no-me do Programa Volvo deSegurança nas Estradas pa-ra Segurança no Trânsito, aempresa decidiu mudartambém o troféu que é con-ferido aos ganhadores doseu Prêmio Nacional. O tro-féu ficou mais leve em ter-mos materiais mas continuacom a mesma concepçãoinicial — uma mão seguran-do uma estrada em cursa,representando o cuidado quese deve ter no trânsito co-tidiano.

Este ano, além das cate-gorias Motoristas profissio-nal, jornalistas, interessadosem geral e O Estado do Ano,o Programa Volvo resolveuestender a premiação tam-bém à Empresa do Ano, co-mo forma dereconhecimento pelo que ainiciativa privada está rea-lizando em prol da seguran-ça no trânsito. Ano passadohouve inscrição de dezenasde trabalhos no Prêmio Vol-vo e este ano espera-se umnúmero nao só maior comoprincipalmente ainda demelhor qualidade.Grandes corporaçõesindustriais instaladas noPaís têm desenvolvido inten-so programa de segurançano trânsito. São esses exem-pios que o Programa estáestimulando sejam divulga-dos para que produzam efei-to multiplicador.

Os cartazes do PrêmioVolvo 1989 estão sendo distri-buiclos por todo o Pais. Asinscrições vão até 31 deagosto próximo.O prêmio para os vence-dores dos prêmios nacionaisé o troféu Volvo, uma via-gem à Suécia por 10 dias pa-ra conhecer o que se faznaquele país em matéria deprevenção de acidentes euma importância em cruza-dos novos equivalente a mildólares. Haverá prêmios pa-ra os vencedores regionais,correspondendo a 500 dóla-res em cruzados novos.

Em 1988 o Prêmio Volvocontou com 254 trabalhosvindos de 20 estados brasi-leiros.

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Alexandre Barros ê o Cínico brasileiro no Cam-peonato Mundial de Motos

Luis Lavado — possam dispu-tar a ponta juntamente com osprotótipos especiais de fábricadas grandes equipes.

A potência desta moto émantida em segredo guardadoa sete chaves. Mas alguns de-talhes técnicos são reveladospela fábrica japonesa. Vamosa eles:

Tipo: Yamaha TZ 250, mo-tor de dois tempos, dois cilin-dro paralelos com 249 cm.3 decilindrada; taxa de compres-são de 7,3:1; diâmetro e cursodos pistões de 56x50,7mm; car-burâdores TM 38 Mikuni;câmbio de 6 velocidades comcom'ando posicionado no pé es-querdo; chassi Deltabox em li-ga composite especial com1.935 mm de comprimento,1,120 mm de altura e 1,335 mmde entre-eixos; freios diantei-ro de duplo disco, e traseirocom único disco, todos aciona-dos hidraulicamente; suspen-são dianteira telescópica etraseira monocross, comamortecedor central. O pesototal, com óleo e combustível,.é de apenas 123 quilos.

Lis um dos carros executivos mais preferidos em todo o Brasil: Furglaine, um verdadeiro apartamento. Jáfiz, vocês estão lembrados, completa reportagem sobre esse modelo. Agora a "Furglaine" com sua mecáni-ca Ford, tem como concessionário em Belém, meu amigo, o empresário Mário Almeida. Aliás, estará che-gando a Belém na próxima semana o empresário Roberto Assumpção diretor comercial da montadora daFurglaine.

O Grupo Francisco Severo de Souza, concessionário em Belém da Chevrolet através da AtalaiaVeículos e que agora está inaugurando a "Severauto", está com um chefe de ofinas que é "expert"no assunto com a experiência de vários anos, tendo inciado suas atividades em Goiânia. É o Reinai-do Rodrigues da Cunha. Estive conversando com ele, lhe fiz algumas perguntas e ele comprovouque sabe das coisas. No flagrante quando Reincido, preatava informações ao Editor, assistido peloempresário Américo Brito de Souza, diretor do Grupo Francisco Severo de Souza (Foio de Manoel Alves).

9 O Fiat brasileiro que naItália se chama "Duna

Texto: Luiz Guerrero

Nos primeiros 50 quilômetros ro-dados, o medidor do nível de gasolinaquebrou. Mais adiante, com 130 quilo-metros percorridos, foi a vez do bio-queio central das portas entrar empane. Quase ao mesmo tempo, tivemosdificuldade com o acionamento elétri-co dos vidros dianteiros. O problemamais grave, no entanto, surgiria no fi-nal da viagem — um percurso de 1^5mil quilômetros,, pela costa mediterra-nea. entre Milão, na Itália, e MonteCario, no Principado de Mônaco, Fran-ça: toda vez que, nas autopistas, o pon-feiro do velocímetro indicavavelocidade maior que 100 por hora, umruído insuportáel. gerado possivelmen-te pelo sistema de transmissão, obri-gava a redução de velocidade. Falhasinaceitáveis para um automóvel compouco mais de 14 mil quilômetros ro-dados, conforme indicava o hodômetrodesta Duna Weekend produzida noBrasil, pela Fiat de Betim, exclusiva-mente para o mercado italiano.

Para os técnicos do escritório re-gional da Fiat, em Milão — onde o car-ro cedido pela fábrica italiana paraesta avaliação do JC nos foi entregue— os problemas verificados na Dunaavaliada não têm qualquer relaçãocom o fraco desempenho de vendasdos modelos brasileiros na Itália. "OsDuna brasileiros nao vendem porqueerramos na estratégia comercial",confidenciava um dos diretores daque-Ia representação. Segundo ele a FiatItaliana investiu muito na campanhade lançamento dos modelos brasileirosnaquele mercado: "Criamos uma ex-pectaüva muito forte no consumidor,mas nao tínhamos carros para entre-gar", lembra o diretor, observando queo rançamento dos Duna na Itália com-cidiu com a crise de produção no mer-cado brasileiro: foi exatamente amesma época em que a Fiat de Betimatrasou a entrega dos carros, alegan-

do falta de componentes parafabricá-los.

Deste então, há quase um ano, osDuna brasileiros não recuperaram oprestígio entre os italianos. E, comoacredita o diretor da Fiat em Milão, di-ficilmente recuperarão, com a entra-da no mercado de modelos muito maissofisticados, como o Tipo. "O consumi-dor aqui é muito exigente: prefere in-vestir algum dinheiro extra na comprade um carro, desde que este carro lhede satisfação", assinalou.

Desde janeiro de 87, quando foilançada, a Duna vendeu 80.600 unida-des, 24 mil das quais na versão "Wee-kend", até o final do ano passado. NaItália, a versão perua custa o equiva-lente a 13 mil cruzados novos. Compa-rada ao Tipo, a Duna — que, no Brasilrecebe o nome de Prêmio — é um pro-duto tecnologicamente inferior, é ver-dade. Mas o carro brasileiro nao é tãoinaceitável assim. Em Gênova, o mé-dico Vitorio de Lucca me contava es-lar satisfeito com a Duna Weekend(perua Elba no Brasil) que compraraem dezembro de 87."È um carro bastante econômicoe comporta, com conforto, minha fami-lia — mulher e dois filhos pequenos —e mais a bagagem nas viagens de fimde semana , declarou Vitorio que, nodia-a-dia, quase não utiliza a Dunaigual à que avaliamos. "Problemas deacabamento sempre surgem, mas is-so ocorre com qualquer carro, disse.

Em comparação com a perua El-ba, a Duna vendida na Itália recebe ai-gumas modificações: na Europa, elae oferecida em duas versões de acaba-mento, ambas com quatro portas, e éequipada com motor 1,3 de 70 cavalosde potência que, aliado ao câmbio decinco marchas, proporciona médias deconsumo bastante satisfatórias: a Du-na consome, na cidade 8,1 litros de ga-solina a cada 100 quilômetrospercorridos; na estrada, a velocidadeconstante de 90 km/h, a média é de 5.1

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litros a cada 100 quilômetros. O cârri- ibio, ao contrário da Elba, é bastantepreciso e com engates suaves. A rela-çao, tanto na cidade como na estrada,também agrada.

E, apesar, dos problemas verifica-dos durante o percurso, o acabamen-to desta perua é de bom nível: osbanco são revestidos com tecido ave-ludado, do mesmo padrão que revestetodo o interior do carro. O excelentecompartimento de bagagens tambémé todo acarpetado e equipado com umatela corrediça, de plástico, para ocul-tar a carga. Aposição do motorista ébastante-razoável: há muito espaço,tanto para os ocupantes dos bancosdianteiros como para quem viajaatrás.

O painelécompletoe todos os ins-trumentos estão bem ao alcance da vi-são. Na Itália, a Duna não conta comos módulos de comando que equipamos modelos derivados dos FiatlJno — 'no lugar deste módulos existem vare-tas que controlam os fachos do farol,luzes de direção e o acionamento dolavador-limpador de pára-brisa. '

Um dos pontos altos do carro é asua boa estabilidade, em qualquer ti-po de terreno e com qualquer quanti-dade de carga. E, dentro daslimitações do motor, seu desempenhotambém não decepciona, especialmen-te por causa da economia que o carroproporciona. O melhor da perua Duna,no entanto, é sua capacidade de car-ga: além do bom porta-malas, o encos-to dos bancos traseiros podem serrebatidos, aumentando mais o espaçopara bagagem. E, se nem esta provi-dencia for suficiente para atender àsnecessidades de uma família média,a Duna pode ser equipada com baga-geiro de teto, igual ao q:ie o médico ge-noves, Vitorio de Lucca instalou emsua perua: "Nem sei por que compreiisso: nesse tempo todo,, o bagageiro sóestá servindo para efeito estético, eíenunca foi usado", comentou ele.

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O Gol GTi 89 com injeção eletro-nica, que apenas dois vieram paraBelém, sendo que um foi compradopelo engenheiro Carlos Coutinho, queo presenteou para o filho, já era... Ân-teontem aquele magnífico carro ficouem frangalhos depois de um aciden-te, quando um VW Santana, dirigidopor uma senhora, avançou um sinale. cometeu o acidente. O Golquase que totalmente destruído. Umapena. /// O empresário AmauryFrancisco da Silva não dorme em ser-viço e foi a São Paulo e trouxe umacarreta cheia de carros para a sua"Yruama Veículos" e o salão de expo-sição de sua loja na Almirante Bar-roso está uma beleza. /// A advogadaMagaly Daibes Conceição aceitou mi-nha sugestão e comprou um "FiatPrêmio. /// A elegante Nilse Bastini,leitora assídua deste cadernodisse-me que gostaria de um esportivoFerrari vermelho. O empresário An-tonio Baite da Silva, proprietário dagrande loja de peças e acessórios IvesJúnior, muito bem instalada à av. Se-nador Lemos, vai inaugurar uma fi-liai em Santarém. /// O empresárioEudocy Pereira, presidente da Gua-jará Veículos, vai entregar 15 cami-nhões Chevrolet para a indústria derefrigerantes "Garoto", que assim au-mentará a sua frota. /// O jovem ad-vogado João Carlos Braga está nadiretoria financeira da "Bramaq". ///Carlos Teixeira ampliando as instala-Ções da sua Norauto, uma das maisimportantes revendèdora de carrosnovos e usados de Belém. /// O exe-cutivo Eduardo Regis de Vasconcelos,que gerencia a filial de Coplaven emBelém, ampliando os negócios emBelém, formando mais grupos paraaquele importante consórcio de veícu-los que já começou distribuir carrosem Belém. Eu já fiz um consórcio. ///O empresário Manoel Monteiro, pre-sidente da "Auto São Pedro", recebeunovos modelos das gabines duplasSR. Atualmente está sendo grande apreferência pelas cabines duplas, veí-culos para todas as ocasiões. /// A Pa-radiesel já está elaborando aprogramação para a inauguração dasnovas instalações de suas filiais emSantarém e Paragominas. /// Aliás,a Paradiesel está com grande suces-so com o seu sistema de recapagema frio Bandag, que o Grupo Mário Pei-xoto comercializa em Belém e na Ala-goas Diesel /// O empresário RamiroLopes Joaquim, primeiro concessio-nário de Veículos Gurgel em Belém,já está faturando, principalmente emcima do brasileiríssimo GurgelBR-800, que dizem o carro mais eco-nômico do Brasil. Eu ainda não fiz"test-drive". /// Amanhã, O LIBE-RAL estará em Curitiba visitando afábrica da Volvo do Brasil e assistin-do ao lançamento de novos cami-nhões daquela famosa marca. ///Freando...

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O esperado Chevrolet KadettEis o Chevrolet Kadett, modelo GS que a Gene-ral Motors do Brasil apresentará ao Editores de Veí-culos, no dia 10 de abril em São Paulo e que serácomercializado logo a seguir por todas as concessio-nanas Chevrolet. O confrade Oswaldo Luiz Palermo.

do "Jornal da Tarde", de São Paulo, fotografou essanovidade que todos os segmentos automobilísticos doBrasil está aguardando para confirmar se, de fato,é um bom carro.

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As exportações da Fiat brasileirAs exportações de 1988 da

Fiat Uno, do Fiorino e da Pick-up, além das do Prêmio e daElba (foto) — que na Europasão conhecidos pela denomina-ção Duna e Duna Week-End —proporcionaram à Fiat Auto-móveis o "Prêmio Exportação88", conferido pela CACEX,que atribuiu à Empresa a po-sição de primeira exportadorado setor privado nacional.

O prêmio se justifica: aFiat Automóveis, exportou, em1988, um total de 149 mil veícu-los, além de 38 mil motores,que geraram a entrada no Paisde mais de US$ 600 milhões dedivisas — valor superior em 8porcento àquele obtido no anoanterior. E o seu saldo no ba-lanço exportações x importa-ções — cerca de US$ 500milhões — correspondeu a na-da menos que 2,6 por cento dosaldo da balança comercialbrasileira.

Esforço ExtraTais fatores foram atingi-

dos à custa de um grande es-forço da Empresa na aberturade novos mercados e na manu-tenção e ampliação dos contra-tos com clientes tradicionais.A Fiat tem mercados, hoje, em47 países, distribuídos em trêsgrandes blocos: o exigente esofisticado Mercado ComumEuropeu, a América Latina eoutros países emergentes, àsvezes em localidades tão re-motas como Taiwan e Cin-gapura.

No entender do Diretor Su-perintendente da Fiat Automo-

veis, Alberto Fava, "existe,respaldando este esforço ex-portador da Companhia, umforte e decisivo componente: aqualidade do produto, capaz decompetir, em qualquer merca-do, com concorrentes de qual-quer parte do mundo. E estefator — afirma — é decisivo nomomento em que se participade uma concorrência interna-cional".

Foi o que aconteceu, noprimeiro semestre de 1988, noEquador. Importadores locais,após a avaliação de veículosdas mais diversas proceden-cias, optaram pelo Fiat Uno,firmando com a Fiat Automo-veis contrato para o forneci-mento de 4.000 unidades doproduto. Também em 1988, aFiat iniciou exportações paraos mercados da Inglaterra, Ir-

landa e Nova Zelândia — pai-ses onde, até então, nenhumveículo brasileiro de série ha-via chegado.

"Foi um esforço extra —lembra Alberto Fava — já queprecisamos desenvolver umtrabalho adicional de engenha-ria para produzir carros comdireção à direita, característi-ca daqueles mercados. Não setrata de uma providência sim-pies, pois a mudança do ladodo motorista exige alteraçõesnão apenas na disposição dopainel de instrumentos e do vo-lante de direção, mas envolveprofundas modificações queatingem a própria estrutura docarro. Hoje rodam na Inglater-ra, Irlanda e Nova Zelândia,mais de 2.800 comerciais levesFiat produzidos no Brasil",

completa Fava.

MercadosÉ interessante salientar

que os produtos comercializa-dos pela Fiat no mercado bra-sileiro e no exterior sãobasicamente idênticos. Alémde detalhes de acabamento —que variam de acordo com o"gosto local" — as mudançasse restringem à motorização,em face das.características docombustível nos países impor-tadores: a gasolina tem nor-malmente elevado índice deoctanas, permitindo maior ta-xa de compressão no motor, eo álcool — que continua deten-do a preferência do consumi-dor brasileiro — só existe,enquanto combustível para au-tomóveis, no Brasil.

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BUZINANDO

-steve em Belém em visita ás concessionárias Chevrolet, o executivo Laurindo Lima Dou-rado, Gerente Regional de Operações da General Motors do Brasil Ltda, com sede emBrasília. Encontrei com o referido executivo quando ele visitava a Atalaia Veículos e erarecebido pelos empresários Francisco Severo de Souza, Américo Brito de Souza e UbiracyBrito de Souza, respectivamente presidente e diretor daquela concessionária Chevrolet.Presente, também o executivo Adelino, gerente da GM em Belém. Durante o encontro da-queles executivos e empresários foi feita a fotografia acima [Foto de Manoel Alves).

A Belauto Automo-veis já está preparandoo esquema para o Ian-çarnento do Ford Es-cort com o motorAP-800 do Santana, oque acontecerá breve-mente. Será o "Forwa-

gen"/// Bastouanunciar no caderno do"Automóvel" de O LI-BERAL, a Belauto Mo-tocenter vendeu todo oestoque de motos Hon-da/// Farei reportagemna próxima edição doVW Santana blindado.

*É sensacional/// A Vol-vo do Brasil convidou-me para ir, amanhã, aCuritiba, assistir o Ian-çarnento dos seus novoscaminhões /// AméricoBrito de Souza disse-meque a "Severauto" en-viou mecânicos para asfábricas da Ford e da

Volkswagen, porque es-sa revenda que seráinaugurada no próximomês irá dar assistênciatécnica aquelas marcas/// Meu amigo Walte-nes Loureiro, presiden-te da Walcar Veículos,pretende até fim do anoinaugurar sua loja depeças e acessórios, a"Severauto" estar comum departamento noreferido segmento que éalgo sensacional. Esto-que para toda a vida.../// Mas vocês precisamvisitar a loja "ShoppingCar" que a Belautomantém na Doca deSouza Franco. Tudo queum carro precisa paraapresentar um "design"prá frente, está lá e comuma equipe de atenden-tes nota 10/// Fo, Fon,Fon...

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Camel Lotus Judd V8O motor que é a esperança

de Nelson PiquetO novo Camel Lotus V8 come-

çou efetivamente nesta semanasua corrida em direção ao ti tulo doCampeonato Mundial de Pilotos deFórmula 1. Guiado pelas mãos dobrasileiro Nelson Piquet, do japo-nês Satoru Nakajima e do inglêsMartin Donnelly (piloto reserva ede testes), o novo Camel Lotus 101foi apresentado oficialmente ao pú-blico e imprensa no autódromo in-ternacional do Rio de Janeiro."Este é um carro totalmentenovo para uma nova era", disse oDiretor Geral da equipe, PeterWarr.

O mais estreito e leve carro en-tre os equipados com o novo motorJUdd V8 é o primeiro construídosem qualquer restrição, técnica oufinanceira, pelo projetista FrankDernie, que o desenhou especial-mente para o tricampeão mundialNelson Piquet, que ainda se recu-pera de uma fratura na sexta cos-tela, causada por uma queda nomês passado no seu iate "PilarRossi". Piquet, Nakajima e Don-nelly se revezarão ao comando doCamél Lotus 101 durante a semanade testes no autódromo NelsonPiquet.

O carro é tao compacto queprovocou uma série de brincadei-ras entre os integrantes da própriaequipe. Até mesmo o fleugmáticoPeter Warr, que resolveu ficar ape-nas com o comando administrati-vo da equipe, não resistiu ao ver onovo carro: "É tão pequeno e com-pacto que não é preciso dar a vol-ta. Basta pulá-lo. Mas, falando asério: mesmo com tais dimensões,passou pelo teste de impacto comuma margem de segurança muitomaior do que qualquer outro carrojá fabricado pelo Team Camel Lo-tus", disse Peter Warr.

O novo carro foi testado por Pi-quet e Donnely na pista de Snetter-ton quando ficou pronto e agradouinteiramente ao projetista Dernie."Se pudéssemos lazer uma compa-ração dos tempos dos testes e os ob-tidos nos outros GPs do ano

passado, posso garantir que conse-guiremos ganhar todos os GrandesPrêmios deste ano", disse o pro-jetista.

Mas não é apenas o carro quetem muitas novidades. Tambemminha principal função, que era ade acompanhar os pequenos deta-lhes nos boxes ou nas nossas ofici-nas. A entrada do Rupert nestafunção vai nos ajudar muito", fina-lizou Warr.

Manwaring tem 32 anos e estu-dou engenharia mecânica na Sus-sex University da Inglaterra.Trabalhou na equipe Surtees em1977 e, em 1978, foi para a Brabhampara trabalhar como assistente doteam manager, função que passoua desempenhar em 1984. Na Brab-ham, ele ganhou os títulos mun-diais de 81 a 83 com Nelson Piquet.

Outras pessoas importantes noatual Camel Team Lotus:

Tim Denshaw, 34, é o assistên-te do engenheiro chefe e trabalhahá oito anos na Lotus. Trabalhoucomo engenheiro de pista para ElioDe Angelis quando ele ganhou osGrandes Prêmios da Áustria (82) eSan Marino (85).

Mike Coughlan, 29, é o dese-nhista chefe e trabalha na Lotusdesde 1984, quando começou comodesenhista. Também trabalhou naFerrari em 1967. Steve Hallan, 36,está na Lotus há seis anos. Sua pre-sença na equipe é tão destacadaquanto o seu típico boné inglês, quenão larga por nada. Trabalhou comNigel Mansell. Bob Dance é o maisantigo da equipe. Está na Lotus há30 anos e foi contratado pessoal-mente pelo falecido Colin Chap-man. É o coordenador da equipejunto ao fabricante dos motoresJudd. O mecânico chefe da equipeé Richard laylor, que começou naFórmula 1 em 1975 junto com AlanJones. Trabalhou para várias equi-pes, entre elas, Hesketh, Brabham,ATS e Arrows, em 87, antes de setransferir para o Camel Team Lo-tus no final do ano passado.

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O LIBERAL automóvel Belém, domingo, 26 de março de 1989 5

¦^1B-H-BHHp: ___s_ÉiiF-stive visitando o empresário Mário Almeida, presidente de uma das mais concei-tuadas revendas de carros novos e usados de Belém, que é a "Maraulo", oportunida-de em que ele informou sobre o grande lançamento de toda a linha "Furglaine", quedentro de dias a "Marauto" fará em Belém.

F.ui o primeiro visitante da "Severauto" que será Inaugurada em abril próxi-mo, a receber brindes que serão oferecidos na oportunidade no inicio das ati-vidades daquela revendedora de carros Chevrolet, Ford e Volkswagen. O seudiretor Américo Brito de Souza quando entregava ao Editor, alguns brindes. Pre-sente, também, o publicitário Cimélio Souza, (foio de Manoel Alves).

Os carros da Fórmula 1que hoje disputarão

o grande Prêmio Brasilcom motores Ford

equipes de Fórmula 1 estarão utilizando os

Alessandro Nannini (ItáliaJohny Herbert (Inglaterra

Derek Warwick (InglaterraEddie Cheever (EUA

Christian Danner (AlemanhaVolker Weidler (Alemanha

Philippe Streiff (FrançaJoachim Winkelhock (Alemanha

Michele Alboreto (ItáliaJonathan Palmer (Inglaterra

Luis Sala (EspanhaAlex Caffi (Itália

Andréa de Cesaris (ItáliaRené Arnoux (França

Olivier Grouillard (FrançaPiercarlo Ghinzani (Itália

Nicola Larini (ItáliaRoberto Pupo Moreno (Brasil

Pierre-Henri Raphanael (FrançaStephan Johansson (SuéciaBertrand Gachot (BélgicaGabrielle Tarquini (Itália

Em 1989 as seguintes equipmotores Ford:Benetton Ford com

Arrows Ford com

jRial Ford " -* - - '• com

AGS Ford com

Tyrrell Ford com

Minardi Ford comBMS Dallara Ford com

Ligier Ford com

Oscila Ford com

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O Ford Escort com maior VW AP-800Texto: Marcus Vinícius

Por uma estratégia de mercado, aAutolatina vai manter silêncio sobre oEscort com motor Volkswagen até o seulançamento. Mas a data você fica saben-do já, em primeira mão: o novo carro saiem junho. Novo porque engenheiros quegostam e trabalham com carros não es-tão fazendo silêncio algum: a expectati-va é de que o Escort venha a ser, maisdo que uma boa nova, "o melhor carro jálançado" no mercado brasileiro.

Razões para tanto otimismo não fal-tam. O Escort é um carro de concepçãomoderna, estilo atual e bonito, conjuntoequilibrado — boa estabilidade, bonsfreios, boa posição de dirigir — mas equi-pado com um motor Renault que já temmais de 20 anos de concepção, e chegouao Brasil na versão de 848 centímetroscúbicos, equipando o velho Gordini. Emcontrapartida, a família de motores VWAP-600, 800 e dois litros é das mais mo-dernas e eficiente à disposição hoje nomercado. A fusão dos dois justifica o en-tusiasmo dos engenheiros e, em certamedida, o receio da rede de revendedo-res Volkswagen, que teme a concorrên-cia do Escort — o segundo mais vendidoem 1988 — contra o campeão Gol.

As diferenças entre o Ford CHT e oVW AP não se resumem à idade, mas àprópria concepção tecnológica. Além dalinha Opala, Escort e Del Rey são os úni-cos carros equipados com comando deválvulas lateral, acionando a admissãoe o escape por meio de hastes e balacins.É uma disposição superada, em proces-so de abandono pela indústria automobi-lística, que tem optado pelo comando nopróprio cabeçote do motor. Nesse proje-to, uma corrente ligada ao vibrequim co-manda a abertura e fechamento dasválvulas diretamente no cabeçote, elimi-nando as hastes. Como vantagem sobreo motor com comando lateral, o coman-do no cabeçote permite rotações maisaltas.

Aqui vale uma observação: a famí-

E assim o Ford Escort XR-3 vai ficar mais possante e veloz.

lia de motores AP é tecnologicamente su-perior ao Ford CHT, cujo único senão éo fato de ter atingido sua evolução má-xima, nao permitindo mais nenhum de-senvolvimento. A par disso, é um motorsilenciosos e econômico, e, vale lembrar,continua mantendo um desempenho ai-tamente satisfatório nas pistas. Mas,também não dá para negar, nunca ofe-receu um desempenho à altura para oEscort.

Agora, apenas com a substituição deum conjunto motopropulsor por outro, oEscort salta de seus atuais 72,8 cavalosna versão a álcool para 85,6 CV enquan-to o esportivo XR-3 pode passar de seus83,9 para 99,2 cavalos. A expectativa é deque a Autolatina equipe o XR-3 e sua ver-são conversível com o motor AP-800, en-quanto os modelos Ghia e GL ficariamcomo o AP-600; o L pode continuar sen-do equipado como o motor CHT. Tambémdo lado da família Gol é possível que umaversão, talvez a "básica CL, venha a serequipada com o motor CHT, fazendo àsvezes de um modelo despojado e mais

econômico.Toda a linha Volskswagen no Brasil

usa motores instalados longitudinalmen-te, um aspecto em que a linha Ford, queadota motores transversais, leva nítidavantagem. A transmissão do giro de ummotor longitudinal se dá por um sistemade coroa e pinhão a 90 graus. Mas, segun-do o engenheiro preparador de motoresVinícius Losacco, instalar o motor APtransversalmente no Escort "é um pro-blema de solução simples para a enge-nharia de uma montadora .

Não se deve esperar grandes proble-mas também no que diz respeito ao câm-bio: "Não tem nenhuma mágica, écálculo, apesar de que nunca vi um câm-bio de Escort turbinado quebrar. Achoaté que no caso do motor AP-600 o pró-prio câmbio Ford original deve agüentarbem",, confia o também engenheiro e pre-parador Edson Yoshikima. Outra possi-bilidade: o Escort com motorVolskswagen pode vir a ter um câmbioque não equipa os atuais modelos, umaterceira solução.

Proprietário de uma bem equipadaempresa de retifica de motores, o tam-bem engenheiro Antonio Cabrera apon-ta outra virtude do novo carro: adurabilidade. "O mercado não aceitamais um motor com comando lateral co-mo o do Escort — o comando no cabeço-te é mais durável, perto de 200 milquilômetros contra 90,95 mil no outro ca-so. Além disso o carro deve ficar mais rá-pido no 0 a 100 e na retomada, já que aaplicação do torque às rodas é dois, trêssegundos mais rápida no motor transver-sal. Com a desmultiplicação do sistemade transmissão essa va tangem cai paracentésimos de segundo, mas existe. NaEuropa, com um motor mais evoluído, oEscort faz 0 a lOOkm/h em oito segundose atinge os 200km/h", comenta o enge-nheiro.

A opinião de Yoshikuma não é menosentusiasmada:

Finalmente vão montar um car-ro decente no Brasil. O XR-3 será um car-ro realmente de categoria, superior aoGTS pelo conjunto estética, linhas moder-nas, carroceria. O GTS já não é tão avan-çado como concepção geral, e além dissoo acabamento Ford é acabamento Ford.Nunca quis ter um Escort, mas agoravou querer, porque posso ter um ar con-dicionado implicando pouco na perfor-mance, mas sem prejudicar adirigibilidade.

Ainda para Yoshikima, o Escort APvai reunir "um dos melhores chassis como melhor motor". Superdimensionado pa-ra o motor CHT, o Escort passa a ter, ain-da segundo o engenheiro, melhorequilíbrio: "No GTS o motor é maisavançado do que o eixo dianteiro do car-ro, e por isso vai ficar melhor no Escort",diz.

Já deu para sentir que a idéia éde solucionar todos os senões do Escort.Problema não deve haver e o carro seráo melhor entre os pequenos: tem estru-tura, conjunto, freios, aerodinâmica, es-tabilidade. Só faltava a potência —resume Losacco.

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Freios Varga cria diretoria de Marketing e Ser-viços - A Freios Vargas S/A. um dos maiores fa-bricantes latino-americanos de sistemas de freios,acaba de criar uma diretoria exclusivamente vol-tada aos mercados de reposição e serviços Co-

•mo diretor dessa divisão, foi nomeado LuizFernando M. Buzolin, 38, Administrador de empre-sas (pós-graduado em Administração de Produ-ção), há II anos na Varga e que até entãoocupava o cargo de gerente da Divisão de Su-primentos Segundo Buzolin, essa diretoria foi cria-da para melhorar o atendimento de clientes dereposição e serviços, através de uma melhor seg-mentação de mercada

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f'\ferona" O Novo1 Carro da FordBrasil 1989

O novo carro daFord, que será lançadono final do ano, já temnome: "Verona". O anún-.cio não foi ainda forma-lizado pela Autolatina,mas a direção da Hol-ding, que estudou umainfinidade de sugestõesjunto com o departamen-to marketing, optou poressa cidade do sul da Itá-lia para batizar seu novomodelo, segundo confir-

paramam fontes do setor. Ve-rona é o resultado doprojeto Nevada, iniciadohá. mais. de dois anos pe-Ia Ford, quando a monta^ ¦dora não era aindaadministrada pela Hol-ding Autolatina. Osmeandros da economiabrasileira levaram a em-presa apostegar o lança-mento várias vezes. Oprojeto consumiu 130 mi-lhões de dólares.

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Fiat Prêmio lidera vendasMuitos Kadett no

pátio da GMBA Fiat Automóveis S/A está conquistando boas

fatias no mercado brasileiro de atitudes em todo oBrasil. È a Fiat Automóveis S/A, caçula da indús-tria automobilística do Brasil, com apenas 13 anos

de produção, já se destaca como uma das maiores.Tudo graças aos seus bons produtos. O Fiat Prêmio,por exemplo, vem liderando vendas em todo o Bra-sil, inclusive em Belém.

A General Motors jáiniciou, em sua fábricade São José dos Campos,a produção seriado doseu carro mundial, o Ka-det, que estará à disposi-ção dos consumidores apartir da segunda quin-zena de abril. O pátio daempresa já está lotadodesse novo modelo, quedisputará a faixa de mer-cado entre o Chevette e o

Monza. Embora siga pa-drões e conceitos de car-ro mudial. o Kadetbrasileiro, desenvolvidoa partir do projeto Opel,não é uma cópia dos mo-delos produzidos na Ale-manha. Ele foi adaptadoàs exigências do merca-do brasileiro e às parti-cularidàdes do climatropical.

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Istive visitando as instalações coloniais da "Jucá Au-tomóveis Ltda", onde fui recebido pelos empresários He-manio Joaquim Pinto (Jucá) e Gilberto Coldebella.Carros de todas as marcas, modelo 89 a maioria Volks-wagen. "Jucá Automóveis Ltda", conceituada revende-dora em Belém que compra, vende, troca novos eusados de qualquer marca e modelos de carros Na pró-xlma edição farei reportagem sobre um lançamentoinédito da "Jucá Veículos Ltda" em Belém. Na foto, naoportunidade daquela visita. (Foto de Manoel ai™).

Chevrolet, Ford e Volkswagenserão lançados pela "Severauto

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No pátio principal da "Severauto". quando o empresário Américo Brito de Souza recebeu

o Editor de Veículos de O LIBERAL Presente, também, o publicitário Cimêlio de Souza Pereira, (fo-Io de Manoel Alves).

Estive visitando as instalações da"Severauto", outra empresa do GrupoFrancisco Severo de Souza, que acabade construir no KM 1 da RodoviaBR-316, em majestosa área de muitosmetros quadrados, moderna e que éum verdadeiro cartão de visita paraquem chega a Belém. A "Severauto"significa progresso para o comércio au-tomotivo de Belém, através da comer-cialização de veículos, peças,acessórios e oficinas mecânicas, comos equipamentos mais modernos exis-tentes no Brasil, como por exemplo,uma estufa igual a que a General Mo-tors do Brasil tem em suas fábricas. A"Severauto" é cinematográfica, exter-na e internamente. Tudo com muitobom gosto e funcionalidade, máximode conforto para clientes e emprega-dos. A "Severauto" entrará em funcio-namento no dia 3 de abril próximo para'depois, então, ser marcada a data desua inauguração. Quando visitei a "Se-verauto' fui recebido pelo empresárioAmérico Brito de Souza, diretor e pelopublicitário Cimélio, responsável pelaconta publicitária daquele grupo em-presanal. Informo para vocês que a

Severauto" comercializará carros detodas as marcas, principalmente veí-culos Chevrolet, Ford e Volkswagen,bem assim como atenderá tais marcasem suas oficinas e na reposição depeças.

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