história da expansão portuguesa no mundo século xv e xvi história da expansão portuguesa no...

28
História da Expansão Portuguesa no Mundo Século XV e XVI História da Expansão Portuguesa no Mundo Século XV e XVI Com a tomada de Ceuta em 1415 e a descoberta das ilhas da Madeira (1418) e das Canárias (1432), que eram territórios de colonização e exploração agropecuária, atestada a sua pobreza mineral, Portugal marcava assim o início da sua expansão territorial. Os conquistadores portugueses começaram a explorar a costa de África em 1419, impulsionando desenvolvimentos nos campos da navegação, como a cartografia, e nas próprias embarcações, como a caravela, de maneira a encontrar um caminho marítimo que intersectasse o lucrativo comércio de especiarias que se fazia no Oriente. Conquistam-se mais praças a partir de 1458 em Ceuta - pontos de apoio logístico e material às navegações portuguesas ou mesmo entrave ao corso e pirataria dos mouros. Estabelecendo em Arguim uma feitoria comercial, com guarnição militar, os portugueses fundam uma nova plataforma de acção e comércio em plena área de navegação, sondando e obtendo as riquezas necessárias para o financiamento e continuidade da gesta marítima. Grandes navegadores como Diogo Cão e Bartolomeu Dias exploraram a costa africana, o último passando, em 1487, o

Upload: independent

Post on 22-Apr-2023

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

História da Expansão Portuguesa no Mundo Século XV e XVI

História da Expansão Portuguesa no Mundo

Século XV e XVI

Com a tomada de Ceuta em 1415 e a descoberta das ilhas daMadeira (1418) e das Canárias (1432), que eram territórios decolonização e exploração agropecuária, atestada a sua pobrezamineral, Portugal marcava assim o início da sua expansãoterritorial.

Os conquistadores portugueses começaram a explorar a costa deÁfrica em 1419, impulsionando desenvolvimentos nos campos danavegação, como a cartografia, e nas próprias embarcações,como a caravela, de maneira a encontrar um caminho marítimoque intersectasse o lucrativo comércio de especiarias que sefazia no Oriente.

Conquistam-se mais praças a partir de 1458 em Ceuta - pontosde apoio logístico e material às navegações portuguesas oumesmo entrave ao corso e pirataria dos mouros. Estabelecendoem Arguim uma feitoria comercial, com guarnição militar, osportugueses fundam uma nova plataforma de acção e comércio emplena área de navegação, sondando e obtendo as riquezasnecessárias para o financiamento e continuidade da gestamarítima.

Grandes navegadores como Diogo Cão e Bartolomeu Diasexploraram a costa africana, o último passando, em 1487, o

Cabo das Tormentas, mais tarde renomeado para Cabo da BoaEsperança pelo rei João II de Portugal. Mais tarde, Vasco daGama aproveitou os traçados marítimos para estabelecer umarota marítima para a Índia, em 1498.

Pouco depois, Pedro Álvares Cabral, em 1500, chegava aoBrasil. Outros navegadores importantes como Fernão deMagalhães, a serviço da Coroa de Castela, Pedro Fernandes deQueirós e Luís Vaz de Torres exploraram o Oceano Pacífico aoserviço do Império Espanhol.

As embarcações portuguesas sulcavam o Oceano Índico, tomandoconhecimento de novas terras, conquistando pontos-chave docomércio regional, estendendo-se o domínio de Ormuz, no GolfoPérsico, ou Quíloa, na África Oriental, até Malaca, Ceilão,Insulíndia, Molucas, alcançando mais tarde a China e o Japão,para além de expedições e viagens no interior asiático eafricano e a descoberta do continente australiano.

Construiu-se uma rede de feitorias, entrepostos, efortalezas, captando riquezas e irradiando a línguaportuguesa e a religião católica, num esforço de criação deuma unidade civilizacional portuguesa, quer através da açãomissionária quer da miscigenação, e sobretudo pela força dasarmas.

Do Índico e Extremo Oriente vieram as especiarias, os metaispreciosos, os tesouros artísticos, as porcelanas, sedas emadeiras, entre outros produtos para venda na Europa, eLisboa se tornou o empório da Europa.

O século XVI foi o "século de ouro" para Portugal que setornou a maior das potências europeias - da economia e doconhecimento científico e geográfico à gastronomia e àliteratura. O poeta Luís Vaz de Camões escreveu sua famosaepopeia "Os Lusíadas", em que imortaliza os feitos gloriosos,corajosos e heróicos do povo marinheiro (tenta transformar opovo português num herói que até os deuses têm de os ajudar etemer e até os monstros têm de se inclinar e desaparecer docaminho dos portugueses), exaltando os marinheiros, osguerreiros e os Reis que contribuíram para dilatar o impérioe a fé (Católica).

Século XVII

Portugal partilhou o mesmo rei com Espanha entre 1580 e 1640.

Os problemas de Espanha com outras potências coloniais deépoca (Império Holandês, Império Francês, Império Britânico)traduziram-se no constante ataque a possessões coloniaisportuguesas, muitas das quais não mais foram recuperadas, nemapós a restauração da independência de 1640. Exemplos sãoArguim, Cochim, Surate, Ceilão e Nagasaki.

Século XVIII

No século XVIII, as ambições coloniais centraram-se noBrasil.

A princípio abandonado, rapidamente tornou-se a "jóia" doImpério Português, com o declínio comercial no Oriente e aascensão de novas potências da Europa (Inglaterra e Holanda)e após a derrota da Armada Invencível espanhola. Pau-brasil,açúcar, ouro, diamantes, cacau e tabaco alimentaram os cofresdo erário nacional durante três séculos.

Século XIX

Com o reconhecimento da declaração de independência doBrasil, em 1825, mediante pagamento, Portugal ficou obrigadoa acentuar sua expansão territorial para o interior de Áfricapara manter-se a par com as outras potências.

A independência do Brasil, porém, criou uma imensa onda dechoque emocional e material, pois era o baluarte do império,símbolo de orgulho nacional.A manutenção dos territórios naÍndia, de Macau e de outros pontos-chave do antigo domíniocolonial português na Ásia, cada vez mais diluído, era outroponto de honra.

Mas o desígnio era a África, nomeadamente Angola eMoçambique, para além do imenso e rico território que asseparava. Guarnições militares, missões católicas, formas einstituições de governo colonial foram transplantadas paraÁfrica, assegurando a presença efectiva portuguesa de forma aafastar outros concorrentes. Apesar das dificuldadeseconômico-financeiras e climáticas, conseguiu-se ampliaralguns aglomerados urbanos e construir outros, já nointerior, apoiando plantações ou zonas de mineração.

A expansão colonial africana parou com o Ultimato britânicode 1890. A Grã-Bretanha pretendia criar um grande corredor nosul da África, comunicando esta com seus territórios donordeste do continente. A Grã-Bretanha, a maior potência doMundo no séc. XIX, afasta os seus concorrentes menospoderosos e pequenos (no caso de Portugal) com ultimatos,ameaças, pressões econômicas e inclusivamente com algunsconflitos militares.

Século XX

O regime de Salazar designa os territórios d'além-mar comoprovíncias ultramarinas (em teoria, seriam parte contínua doterritório português) após a Segunda Guerra Mundial (1951),com o intuito de manter os antigos domínios e deter aspressões políticas que condenavam o colonialismo.

Em 1954, a União Indiana anexa os territórios de Dadra eNagar-Haveli, que desde 1779 faziam parte do Estado da Índia.No início da década de 60 inicia-se a guerra colonialportuguesa em face à recusa de Portugal de garantir aindependência de seus territórios africanos.

O restante do Estado Português da Índia é anexado em Dezembrode 1961 à União Indiana. À altura da Revolução dos Cravos,processo revolucionário que ditou o fim do Estado Novo e docolonialismo português, é reconhecida a independência daGuiné-Bissau (10/9/1974) e garantida a independência aMoçambique (25/6/1975), Cabo Verde (5/7/1975), São Tomé ePríncipe (12/7/1975), Angola (11/11/1975).Em Dezembro de 1999Portugal entrega Macau à República Popular da China, o seuúltimo território ultramarino (após a Revolução dos Cravos,Macau passou a ser designada por "Território Chinês sobAdministração Portuguesa" ou simplesmente "Território deMacau").

[editar] Século XXI

Timor-Leste, apesar da independência unilateral em 1975,nunca foi reconhecida por Portugal, já que entretanto foiinvadida por forças indonésias. Esteve transitoriamente sobadministração indonésia até ao referendo de 1999.

Foi depois administrado provisoriamente pela ONU até 2002,altura em que Portugal reconheceu a sua independência. Comesta entrega, foi ditado o fim do Império Português. [editar]

Regiões autónomas de PortugalOs arquipélagos dos Açores e daMadeira tornaram-se em 1976 regiões autónomas de Portugal.

Estes arquipélagos são os dois únicos territórios fora docontinente que ainda hoje pertencem a Portugal. O processo decolonização das ilhas começou no início do século XV. Amaioria absoluta da população destas duas regiões é de etniaportuguesa.

Territórios do Império Português

A

Acra (Gana) (1557-1578) A sua origem remonta a um forteportuguês que aqui existiu entre 1557 e 1578

Açores - colónia (1427-1766); capitania-geral (1766-1831);antigo distrito além-mar (1831-1976). Região autónoma desde1976. O que se sabe concretamente é que Gonçalo Velho chegouà ilha de Santa Maria em 1431,

Angola - colónia (1575-1589); colónia real (1589-1951);província ultramarina (1951-1971); estado (1971-1975).Tornou-se independente em 1975. Diogo Cão foi um navegadorportuguês do século XV nasceu provavelmente na região de VilaReal em data desconhecida. Enviado por D. João II, realizouduas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana,entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelointerior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando asua chegada às cataratas de Ielala. Estabeleceu as primeirasrelações com o Reino do Congo. Em 1485 chegou ao Cabo da Cruz(actual Namíbia). Introduziu a utilização dos padrões depedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar apresença portuguesa nas zonas descobertas.

Arguim (Mauritânia – Ilha ao Largo da) - Feitoria, foiocupada pelos Holandeses (1455-1633). Nela localizou-se aprimeira feitoria portuguesa na costa ocidental africana, apartir do qual os portugueses trocavam tecidos, cavalos etrigo, produtos essenciais para as populações locais,

B

Bahrein (1521-1602)

Bandar Abbas (Irão) (1506-1615)

Barbados - colónia portuguesa (1536-1620) conhecida como IlhaOs Barbados, invadida pelos Britânicos em 1620 e conquistadaem 1662.

Brasil - possessão conhecida como Ilha de Vera Cruz, maistarde Terra de Santa Cruz (1500-1530); Brasil Colónia (1530-1714); Vice-Reino do Brasil (1714-1815); Reino Unido dePortugal, Brasil e Algarves (1815-1822), tornou-seindependente em 1822.

C

Cabinda - protectorado (1883-1887); distrito do Congo(Português) (1887-1921); intendência subordinada a Maquela(1921-1922); dependência como distrito do Zaire (Português)(1922-1930); intendência do Zaire e Cabinda (1930-1932);intendência de Angola (1932-1934); dependência de Angola(1934-1945); restaurada como distrito (1946-1975). Controladapela Frente Nacional para a Libertação de Angola como parteda Angola tornada independente em 1975 não reconhecida porPortugal nem Angola.

Cabo Verde - colonização (1462-1495); domínio das colóniasreais (1495-1587); colónia real (1587-1951); provínciaultramarina (1951-1974); república autónoma (1974-1975).Independência em 1975. Foi descoberto em 1460 por Diogo Gomesao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhasdesabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presençahumana.

Ceilão (Sri Lanka) - colónia (1597-1658). Os holandesesapoderaram-se do seu controlo em 1656, Jaffna usurpada em1658. Os primeiros europeus a visitarem o Sri Lanka foram osportugueses: Dom Lourenço de Almeida chegou à ilha em 1505, e

encontrou-a dividida em sete reinos que guerreavam entre si,incapazes de derrotar um invasor.Cisplatina - colónia (1715-1822) Restituida á Portugal em 1715 pelo Tratado de Utrecht,Capitania do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em1817, aderiu como província ao Império do Brasil em 1822 etornou-se independente em 1827 com o nome de Uruguai.

Costa do Ouro Portuguesa (Gana?)- (1482-1642), cedida à Costado Ouro Holandesa em 1642 O primeiro contato de Gana com oseuropeus data do ano de 1470, quando um grupo de portuguesesdesembarcou e começou a negociar com o Rei de "Elmina". Em1482, os portugueses construiram o Castelo de São Jorge daMina e tornou-a uma importante feitoria permanente. Em 1557 a1578, os portugueses dominaram até Acra. Durante os seguintes3 séculos, os ingleses, portugueses, suecos, dinamarqueses,holandeses e alemães controlaram várias partes da costa deGana, naquele tempo chamada de Costa do Ouro. Os portuguesesperderam grande parte da sua área de controlo (incorporada naCosta do Ouro Portuguesa) em 1642 e foi cedida aosholandeses.

F

Fernando Pó e Ano Bom (Guiné Equatorial) - colónias (1474-1778). Cedidas à Espanha em 1778. O seu nome foi-lhe dadopelos navegadores portugueses Pedro Escobar e João deSantarém, que a descobriram no dia 1° de janeiro de 1471, diade Ano-Novo (ou Ano-Bom). Foi colónia portuguesa entre 1474 e1778, quando, pelo Tratado de El Pardo, foi cedida porPortugal à Espanha em troca de terras espanholas na Américado Sul, que seriam posteriormente anexadas ao Brasil (faixasde terras do atual Rio Grande do Sul).

G

Guiana Francesa - ocupação (1809-1817). Restituída à Françaem 1817. Há presença francesa na Guiana francesa desde pelomenos 1644. No entanto, entre 1809 e 1817, esteve anexada aoBrasil (na época, vice-reino de Portugal.

Guiné Portuguesa (Guiné-Bissau) - colónia (1879-1951);província ultramarina (1951-1974). Independência unilateraldeclarada em 1973, reconhecida por Portugal em 1974. Cacheu -capitania (1640-1879). União com Bissau em 1879. Bissau -colonização sob Cacheu (1687-1696); capitania (1696-1707);

abandonada (1707-1753); colónia separada de Cabo Verde (1753-1879). União com Cacheu em 1879.

I

Índia Portuguesa - província ultramarina (1946-1962). Anexadaà Índia em 1961 e reconhecida por Portugal em 1974.

Baçaim - possessão (1535-1739) Baçaim (actualmentechamada de Vasai-Virar) foi um antigo território dePortugal entre os anos de 1535 e 1739. Está localizadano Subcontinente indiano, mais precisamente no Estado deMaharashtra, no noroeste da Índia. Fica a 50 km a nortede Bombaim.

Bombaim (também chamada de "Mumbai") - possessão (1534-1661) Em 1534, os portugueses tomaram as ilhas do sultãoBádur Xá, do Guzerate. Em 1661, entregaram-nas a CarlosII da Inglaterra como dote de Catarina deBragançaCananor - possessão (1502-1663)

Cananor (Kannur em malaiala) é uma cidade do estado deKerala, na Índia. É um porto no sudoeste do país. Temcerca de 528 mil habitantes. Foi possessão portuguesaentre 1505 e 1663.

Calecute - posto fortificado (1512-1525) Calecute(Kozhikkod em malaiala) é uma cidade do estado deKerala, na costa ocidental da Índia. Tem cerca de 933mil habitantes. Movimentado porto comercial na costa doMalabar, foi aí que aportaram Vasco da Gama (1498) ePedro Álvares Cabral (1500). Este último tentou, semêxito, erigir uma feitoria para o comércio deespeciarias. Em meio a essa construção, pereceu, emcombate, Pêro Vaz de Caminha. Em 1510, seria realizadauma tentativa de conquista da cidade, sob o comando docapitão Fernão Coutinho, sem êxito. O objetivo deestabelecimento de uma feitoria só seria alcançado comAfonso de Albuquerque, que lá ergueu a Fortaleza de Diu(1512), abandonada a partir de 1525, em razão dodeslocamento do eixo do comércio de especiarias paraoutros locais, como Diu. O domínio português foi, àépoca, substituído pelo dos neerlandeses.

Cochim - possessão (1500–1663) Cochim (Kochi emmalaiala) é a maior cidade do estado de Kerala, naÍndia.

Chaul - possesão (1521-1740) Chaul foi um antigoterritório de Portugal entre os anos de 1521 e 1740.Está localizado no Subcontinente indiano, mais

precisamente a 60 km a sul de Bombaim. Em 1740, Chaulfoi cedida aos indianos Marathas mas ela foi abandonadapelos seus novos soberanos.

Chittagong (Bangla Desh9 (1528-1666) Chittagong(Chattagam em bengali, Chatigão ou Chitagongue sãoformas aportuguesadas da designação desta cidade) é umacidade do Bangladexe. Localiza-se perto da baía deBengala. Tem cerca de 4.109.000 milhões de habitantes eé um centro industrial de grande importância,nomeadamente na refinação de petróleo. Tem umauniversidade.Fazia parte de um antigo reino hindu quandofoi conquistado pelo rei budista de Arakan no século IX.Foi conquistado no século XIII pelos mogóis masreconquistada no século XVI por Arakan. Em 1528 osportugueses estabeleceram aqui uma feitoria e alfândega,com a designação de Porto Grande de Bengala. Osportugueses foram expulsos em 1666. Voltou a fazer partedo império mogol do século XVII até 1760 quando foiocupada pelos britânicos.

Cranganor - possessão (1536-1662) Cranganor (actualmentechamada de Kodungallur) foi um antigo território dePortugal entre os anos de 1536 e 1662. Está localizadono Subcontinente indiano, mais precisamente no Estado deKerala, sul da Índia.

Damão - aquisição em 1559. União com a provínciaultramarina em 1946, Anexada à província ultramarina em1946, Anexada à Índia em 1961 e reconhecida por Portugalem 1974. O primeiro contacto dos Portugueses com Damãodeu-se em 1523, quando chegaram ali os navios de Diogode Melo. Em 1534, o vice-Rei D. Nuno da Cunha enviouAntónio Silveira arrasar os baluartes mouriscos deDamão, por saber que se situavam ali os estaleiros e asdemais instalações necessárias ao apetrechamento dasfrotas maometanas que vinham dar combate às armadasportuguesas. Também seria enviado a Damão o capitão-morMartim Afonso de Sousa, para bombardear e destruir asfortificações mouriscas. Mas só em 1559 viria a serdefinitivamente tomada a cidade de Damão, pelo vice-ReiD. Constantino de Bragança. A zona de Damão Pequeno, namargem direita do rio de Damão, foi ocupada em1614.Sucessos e insucessos das guerras locais, em que sedestacam as lutas contra os sidis (mercenáriosabissínios) e com os maratas, levaram à perda deterritórios de Baçaim, no antigo reino de Cambaia. Nasmãos dos portugueses, desde as lutas do rei de Cambaiacom os mogores, Baçaim passará para a posse dos maratas

em 1739. E, no ano seguinte, será a vez de Chaúl cair empoder dos mesmos maratas. Entretanto, muitas vilas ealdeias serão perdidas pelos Portugueses, até que, peloauxílio militar que estes deram a Madeva Pradan,detentor do trono, contra o príncipe Ragobá que, aliadoaos ingleses, pretendia derrubar o peshwá e ocupar o seulugar, Portugal receberia, pelo Tratado de 1780, comorestituição, 72 aldeias correspondentes a territóriosoutrora perdidos. E com essas aldeias se formaram osenclaves de Dadrá e Nagar-Aveli.

Dadrá e Nagar Haveli - aquisições em 1779. Ocupadas pelaÍndia em 1954. Dadrá e Nagar-Aveli (em inglês, Dadra andNagar Haveli) são territórios da Índia. Pertenceu, entre1779 e 1954 ao Império Português, tendo sido a primeiracolónia a desmembrar-se do Império pela ocupação daUnião Indiana. Fazia parte do antigo distrito de Damão.

Goa - colónia (1510-1946). Tornou-se parte de provínciaultramarina em 1946, Anexada à Índia em 1961 ereconhecida por Portugal em 1974. Em 1510 Afonso deAlbuquerque, ajudado pelo chefe hindu Timoja, tomou Goaaos árabes, que se renderam sem combate, por o sultão seachar em guerra com o Decão. Goa foi cobiçada por ser omelhor porto comercial da região. Os muçulmanos daregião foram rechaçados, e em 1553 um quinto da regiãoestava sob domínio português, recebendo o nome de VelhasConquistas. Os governadores portugueses da cidadepretendiam que fosse uma extensão de Lisboa no Oriente epara tal criaram algumas instituições e contruiram-sevárias Igrejas para expandir o cristianismo e fortespara a defender de ataques externos.Com a chegada daInquisição (1560–1812), muitos dos residentes locaisforam convertidos violentamente ao Cristianismo pormissionários, ameaçados com castigos ou confisco deterra, títulos ou propriedades. Para escapar aInquisição milhares de goeses fugiram e estabeleceram-senas cidades vizinhas de Mangalore e Karwar. A decadênciado porto no século XVII foi conseqüência das derrotasmilitares dos portugueses para a Companhia Holandesa dasÍndias Orientais dos holandeses, no Oriente, tornando oBrasil e mais tarde, no século XIX; as colóniasafricanas, o centro econômico de Portugal. Houve doiscurtos períodos de dominação britânica (1797-8 e 1802-13) e poucas outras ameaças externas após este período.

Hughli (1579-1632) Hughli foi um antigo território dePortugal entre os anos de 1579 e 1632. Está localizadono Subcontinente indiano, mais precisamente no Estado da

Bengala Ocidental. Situa-se nas margens do Rio Hooghly,a 39 km a norte de Calcutá.

Coulão (1502-1661) Coulão (Kollam em malayalam) é umacidade do estado de Kerala, na Índia. Existem também asgrafias alternativas de Coullam ou Quilon. Em 1505 osportugueses fundaram aqui uma feitoria, tendo em 1518estabelecido a sua soberania através da construção doForte de São Tomé. A cidade foi cedida aos Países Baixosem 1661.

Masulipatão (1598-1610) Masulipatão (Machilipatnam emhindi) é uma cidade do estado de Andhra Pradesh, naÍndia. Localiza-se na foz do rio Krishna, no Golfo deBengala. Tem cerca de 183 mil habitantes. A cidade foifundada no século XIV por mercadores árabes. Foi ocupadapelos portugueses entre 1598 e 1610, sendo depoisabandonada. Os ingleses estabeleceram-se na cidade em1611.

Mangalore (1568-1659) Mangalore (Mangaluru em canarês) éuma cidade do estado de Karnataka, na Índia. Localiza-sena costa do mar da Arábia. Tem cerca de 571 milhabitantes. Foi possessão portuguesa entre 1568 e 1659.

Nagapattinam (1507-1657) Nagapattinam (também conhecidapor Negapatam) foi um antigo território de Portugalentre os anos de 1507 e 1657. Está localizado no Estadode Tamil Nadu, no sudeste da Índia.

Paliacate (1518-1619) Paliacate (Pulicat em tamile) éuma vila do estado de Tamil Nadu, na Índia. Localiza-sea norte de Madrasta. Foi um estabelecimento portuguêsentre 1518 e 1610, quando foi ocupado pelosneerlandeses. Em 1612 os portugueses atacaram a vila edestruíram a feitoria neerlandesa, mas os portuguesesnunca mais ocuparam a vila.

Salsette (1534-1737) Salsette (do nome em língua marathi

Sashti(सससससस)) foi um antigo território de Portugalentre os anos de 1534 e 1737. É uma ilha localizada noEstado de Maharashtra, noroeste da Índia.A metrópole deMumbai (antigamente, Bombaim) e a cidade de Thane ficamnesta ilha que, naquele tempo, era formada por váriasilhas, que foram unidas por pontes e aterros durante osséculos XIX e XX. Em 1614 foi atacada por Abas-Kan, semsucesso.

São Tomé de Meliapore - colonização (1523-1662; 1687-1749) São Tomé de Meliapore foi um antigo território dePortugal entre os anos de 1523 e 1662, e também entre1687 e 1749. Está localizado na costa ocidental da

Índia.Surate (1540-1612) Surate (Surat em gujarate) éuma cidade da Índia, no estado de Gujarate. Tem cerca de3 milhões de habitantes. Foi uma possessão portuguesaentre 1540 e 1612.

Thoothukudi (1548-1658) Thoothukudi é uma cidade nodistrito de Thoothukudi , no estado indiano de TamilNadu. Foi uma possessão portuguesa entre 1548 e 1658.

Indonésia (enclaves) Possessões portuguesas entre os séculosXVI-XIX.

Bante - Feitoria portuguesa (Século XVI-XVIII) Bante foium antigo território de Portugal entre o século XVI e oséculo XVIII. Era localizado na Ásia Oriental, maisprecisamente na actual Indonésia.

Flores - Possessão portuguesa (século XVI-XIX) Macassar (Celebes)- Feitoria portuguesa (Século XVI-

XVII) Macassar (Makasar em indonésio) é a capital e amaior cidade da província de Celebes Meridional, naIndonésia. Localiza-se no sul da ilha de Celebes. Temcerca de 1315 mil habitantes. Foi possessão portuguesaentre 1512 e 1665. Designou-se Ujung Pandang entre 1971e 1999.

L

Laquedivas (ilhas ao largo da União Indiana) (1498-1545) Osportugueses conquistaram-na em 1498, mas, em 1545, oshabitantes da ilha revoltaram-se contra os portugueses econseguiram expulsá-los.

Liampó (Feitoria na China) (1533-1545) Ningbo, Ningpo ouLiampó (forma Portuguesa do século XVI) é uma cidade daprovíncia de Zhejiang, na China. Localiza-se no nordeste daprovíncia. Tem cerca de 1276 mil habitantes. Foi uma feitoriaPortuguesa entre 1518 e 1545.

M

Macau - estabelecimento (1553-1557), território cedido porChina subordinado a Goa (1557-1844); província ultramarinaconjunta com Timor-Leste (1844-1883); província ultramarinaconjunta com Timor-Leste em relação a Goa (1883-1896);província ultramarina em relação a Goa (1896-1951); provínciaultramarina (1951-1975); território macaense sob

administração portuguesa (1975-1999). Restituída à RepúblicaPopular da China como região administrativa especial em 1999.

Península de Macau - estabelecimento dos portugueses em 1553ou em 1554

Coloane - ocupação em 1864 Taipa - ocupação em 1851 Ilha Verde - incorporada em 1890 Ilhas Lapa, Dom João e Montanha - ocupação oficial

(1938-1941). Tomada de novo ao Japão e restituída àChina.

Madeira - possessão (1418-1420); colónia (1420-1580); colóniareal (1580-1834); distrito (1834-1976). Declarada regiãoautónoma em 1976. Um ano após a descoberta de Porto Santo porJoão Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, os doisnavegadores em conjunto com Bartolomeu Perestrelo, chegam àilha da Madeira em 1419. Tendo sido notadas aspotencialidades das ilhas, bem como a importância estratégicadestas, iniciou-se por volta de 1425 a colonização, que terásido uma iniciativa de D. João I ou do Infante D. Henrique. Apartir de 1440 estabelece-se o regime das capitanias com ainvestidura de Tristão Vaz Teixeira como Capitão-Donatário daCapitania de Machico; seis anos mais tarde BartolomeuPerestrelo torna-se Capitão-Donatário do Porto Santo e em1450 Zarco é investido Capitão-Donatário da Capitania doFunchal.

Malaca (Malásia) - conquistada (1511-1641); perdida para osholandeses. Malaca (br: Málaca) - (Melaka em malaio) - é umacidade e um estado da Malásia. Fundada por volta do séculoXIV, transformou-se num importante entreposto comercial. Oprimeiro contacto entre Portugal e Malaca estabeleceu-se em1509, através de uma viagem de Diogo Lopes de Sequeira, amando do rei D. Manuel I. Foi território português entre 1511e 1641, estando subordinada ao Estado Português da Índia. Em1641 foi conquistada pelos holandeses e em 1826 foi cedida aoReino Unido. Em 1946 tornou-se membro da Federação Malaia.

Maldivas - ocupação (1558-1573) No século XVI, os portuguesessubjugaram e dominaram as ilhas por quinze anos (1558 - 1573)antes de serem expulsos pelo herói nacional e depois Sultão,Muhammad Thakurufaanu Al-Azam.

Marrocos (enclaves):Ceuta - possessão (1415-1668). Foi cedidaà Espanha em 1668.

Ceuta entra na história de Portugal quando D. João I aconquistou em 1415 munido de uma grande esquadra. Afrota saiu de Lisboa em Julho de 1415, apesar do recentefalecimento da rainha D. Filipa de Lencastre, vítima dapeste. Fez escala em Lagos e chegou a Ceuta em Agosto,sendo conquistada no dia 21. A cidade foi conservada porordem do rei e reconhecida como possessão portuguesapelo Tratado de Alcáçovas (1479) e pelo Tratado deTordesilhas (1494).Em 1580 Ceuta manteve a administraçãoportuguesa, como Tânger e Mazagão. Todavia, em 1640 nãoaclamou o Duque de Bragança como rei de Portugal,ficando sob domínio espanhol. A situação foioficializada em 1668 com o Tratado de Lisboa, assinadoentre os dois países e que pôs fim à guerra daRestauração, no entanto, a cidade decidiu manter a suabandeira que é composta por gomos brancos e pretos, àsemelhança da da cidade de Lisboa, ostentando ao centroo escudo real da época.

Aguz (1506-1525) Abrigou uma fortificação portuguesa, ochamado "Castelo de Aguz" entre 1508 e 1541. Abrigou umafortificação portuguesa, o chamado "Castelo de Aguz"entre 1508 e 1541.

Alcácer-Ceguer /El Qsar es Seghir (1458-1550) Alcácer-

Ceguer (em árabe, صر ر ال�ق� ي ال�ص�����غ� , al-qsar as-Seghir, «cidadepequena») é uma praça marroquina, do estreito deGibraltar, entre Tânger e Ceuta, ocupada em 1458 por D.Afonso V, "O Africano".Dificilmente acessível por mar,era dominado pela elevação de Seinal. Foi abandonada em1550 por D. João III devido à sua pouca importância, etotalmente evacuada. Alcácer Ceguer (o pequeno castelo),situada na costa marroquina do estreito de Gibraltar, ameio caminho entre Tânger e Ceuta, este local foiocupado a 22 de Outubro de 1458 por D. Afonso V. Aindaque tivesse sido solidamente fortificada, levou sempreuma vida precária e difícil perante a hostilidade dastribos berberes vizinhas. Além do mais, a presença dosPortugueses em Arzila e em Tânger, ocupadas em 1471,diminuiu a sua importância e o interesse que tinha pelaCoroa. Foi por isso que, a partir de 1533, D.João IIIpensou abandoná-la, como Azamor e Safim. A evacuação,demorada pela oposição da Santa Sé, só ocorreu em 1550.

A partir de então tornou-se um pequeno burgoinsignificante.

Arzila (1471-1550; 1577-1589). Retituída a Marrocos em1589. Arzila (Asilah, em árabe) é uma cidade do norte deMarrocos. Foi uma possessão portuguesa entre 1471 e 1550e entre 1577 e 1589.

Azamor (1513-1541). Cidade restituída a Marrocos em1541. Azamor (Azemmour em língua árabe) é uma cidadesituada na margem esquerda do rio Morbea, a cerca de 75quilômetros a sudoeste de Casablanca, no norte deMarrocos.Embora dependente do rei de Fez, tinha grandeautonomia. Reputada pela excelência de seu porto, em1486 os seus habitantes tornaram-se vassalos etributários do rei D. João II (1481-1495). o rei D.Manuel I (1495-1521) confirmou o contrato em 1497 e acidade comprometeu-se a pagar anualmente dez mil sáveis.Mais tarde surgiram desavenças e em 1508 aquele soberanoportugês enviou uma pequena armada, sob o comando de D.João de Meneses, para submeter a cidade.Em 15 de Agostode 1513 uma nova armada partiu, sob o comando de D.Jaime, duque de Bragança e, no dia 1 de Setembro desseano o exército português avançou sobre a cidade]] que serendeu sem resistência. Na ocasião notabilizou-se afigura de Henrique de Meneses. Durante o ano seguinteali actuaram os irmãos Diogo e Francisco de Arruda, ondedeixaram o que é considerado como a sua obra maismarcante no Norte d’África: dois baluartes curvilíneos,o de "São Cristóvão", anexo ao Palácio dos Capitães comouma torre de menagem compacta; e o do "Raio", no extremoda fortaleza, decorado por quarenta bandeiras e comespaço para mais de sessenta peças de artilharia fazeremfogo, simultaneamente, em todas as direções. A Praça-forte de Azamor foi abandonada em 1542, por determinaçãode D. João III (1521-1557), após a queda da Fortaleza deSanta Cruz do Cabo de Gué (1541). Todas as gentes queali viviam foram removidas para uma nova povoação,estabelecida no Brasil para o efeito. Em Azamor, hojeEl-Jadida, aida pode ser observada a muralha quecircunda toda a cidade, com respectivo fosso, e acessoao Oceano Atlântico pela chamada "Porta do Mar". Aantiga fortaleza portuguesa - hoje um quarteirão nocentro da cidade - foi entretanto transformada emcisterna, constituindo um espaço de grande beleza,classificado pela UNESCO como Património mundial.

Essaouira (antigamente chamava-se "Mogador") (1506-1525)Os portugueses construíram aqui um forte, designado por

Castelo Real de Mogador, em 1506. Em 1525 este castelofoi conquistado pelos marroquinos.

Mazagão /El Jadida (1485-1550); possessão (1506-1769).Incorporação em Marrocos em 1769. Mazagão foi umapossessão portuguesa em Marrocos, no norte da África,correspondendo à actual cidade de El Jadida, 90 km parasudoeste de Casablanca. Fundada em 1513 como entrepostocomercial, resistiu à soberania dos mouros a custa degrande esforço e investimento da Coroa portuguesa, paraservir os navegadores que faziam a Rota do Cabo. Areedificação da fortaleza foi encomendada aos maioresarquitectos italianos e espanhóis, numa altura em que setransitava da guerra neurobalística para apirobalística, ou seja, das armas de arremesso (como ascatapultas, por exemplo) para as armas de fogo. Assim sejustifica a inclinação das muralhas, que deste modorepelem impacto das armas de fogo, assim como oalargamento das ameias, para a colocação das colubrinas,canhões e demais dispositivos. No ano de 1541 foramdemolidas as estruturas defensivas existentes, queestavam em decadência e desactualizadas, sendosubstituídas por outras em molde renascentista, segundose pensa consoante o plano de Diogo de Torralva epossivelmente outros engenheiros de renome como João deCastilho. A prova da sua inexpugnabilidade foi aresistência a um forte cerco dos Mouros em 1562.Em 1769,o Marquês de Pombal, estrategista durante o reinado deD. José, decidiu que toda a cidade seria transferidapara a Amazônia, no Brasil, outra região sob controleportuguês que necessitava de garantias de soberania.Assim, a fortificação foi abandonada e destruída, tendoos seus habitantes partido para o Brasil, onde fundarama vila de Nova Mazagão (actualmente apenas Mazagão, noAmapá). As fortificações portuguesas de Mazagão foraminscritas na lista do Património da Humanidade pelaUNESCO em 2004. Do conjunto, destaca-se a sua antigaIgreja da Assunção em estilo manuelino. No entanto, afortaleza mostra o cruzamento entre as culturas europeiae marroquina, tanto na arquitectura, como na tecnologiae no urbanismo.

Safim (1488-1541) Safim (Asfi em árabe) é uma cidade deMarrocos, com cerca de 285 mil habitantes. Foi possessãoportuguesa entre 1508 e 1541.

Santa Cruz do Cabo de Gué/Agadir (1505-1541) Tânger (1471-1662). Cedida à Inglaterra em 1662. Os

portugueses tentaram conquistar a cidade em 1437,

durante o período henriquino, apesar da oposição inicialdo Rei D. Duarte e da desaprovação do infante D. Pedro,as cortes reunidas em Évora em Abril de 1436 votaram oscréditos para a empresa. Rui de Pina afirma que naarmada havia apenas 6000 homens, número insuficientepara atacar a poderosa praça do Magrebe. Em Setembro oinfante D. Fernando, embarcou em Ceuta com destino aTânger e o exército comandado pelo infante D. Henriquetomou, por terra, a mesma direcção. Os mourosdefenderam-se comandados por Sala ben Sala, que era ocapitão de Ceuta quando D. João I tomara esta cidade em1415. Os portugueses, derrotados após a tentativa,deixaram ficar o infante D. Fernando como prisioneiro,uma vez que o seu resgate passava pela devolução dapraça de Ceuta aos marroquinos, o que não foi aceitepelas Cortes portuguesas. Por este motivo, D. Fernandoviria a falecer cativo em Fez, em 1443, às mãos dosmouros, advindo daí a tradição de lhe ver o seucativeiro como motivo de santidade, passando a serconhecido como o Infante Santo.Em 1458, e antes deatacar Alcácer Seguer, a armada de D. Afonso V estevedois dias ancorada na baía de Tânger, tendo o reiplaneado a sua conquista no que foi contrariado peloConselho. Três vezes tentou atacar a famosa cidade,sempre com mau resultado. Em 1471, com a tomada deArzila, os habitantes de Tânger compreendendo que oobjectivo final era a tomada da sua cidade, abandonaram-na. Foi então ocupada por D. João, filho do duque deBragança no mesmo ano por ordem de D. Afonso V. Asrelíquias de D. Fernando só então foram recuperadas esolenemente transladadas para o Panteão Régio naBatalha, onde ainda hoje repousam, na Capela dosFundadores. No domínio eclesiástico, Tânger pertenceu aobispado unido de Ceuta e Tânger. Com o início do séculoXVI, Tânger permaneceria sempre em pé de guerra,interrompida apenas por breves intervalos detréguas.Surge então o plano de abandono de algumaspraças portuguesas de Marrocos exposto por D. João III,em 1532, ao Papa. No entanto, em 1534, num pedido deconsulta aos principais conselheiros do Reino, o monarcademonstra a sua vontade em conservar Tânger como base deataque ao reino de Fez. As Cortes de 1562-63, reunidasdepois do cerco de Mazagão, insistiram pela sua defesa epediram o reforço da guarnição. Em 1578, por alturas daexpedição que viria a partir de Arzila para Alcácer-Quibir, o rei encontrou em Tânger Mulei Moamede

Almotoaquil, o xerife deposto por Mulei Abde Almélique.Acidade permaneceu em mãos portuguesas até 1661, alturaem que, ao abrigo do tratado de paz e amizade firmadocom a Grã-Bretanha, a mão da princesa Catarina deBragança, filha de D. João IV, foi cedida em casamentoao rei Carlos II de Inglaterra, levando no seu dote ascidades de Tânger e de Bombaim (na Índia). Uma esquadradesambarcou ali nesse mesmo ano e a guarnição e quasetoda a população portuguesa regressaram ao Reino.

Mascate (Omã) - possessão portuguesa subordinada ao Vice-

Reino de Goa (1500-1650). (em em árabe: ط é a capital e a (م�سق�maior cidade do Omã. Localiza-se no golfo de Omã. Tem cercade 832 mil habitantes. Foi possessão portuguesa entre 1507 e1650.

Melinde (Quénia) - Feitoria portuguesa (1500-1630). É umacidade muito antiga, fundada por mercadores suaíles no séculoXIV. Teve contacto com exploradores chineses, em 1414, eportugueses, a partir de 1498. Tendo Vasco da Gama encontradoresistência em Moçambique e Mombaça, Melinde abriu-lhe asportas na esperança de achar nos portugueses bons aliadospara a sua ambição de hegemonia. Melinde era o porto maisconcorrido do Oceano Índico e ali Vasco da Gama encontrou opiloto árabe que o conduziu a Calecute e a quem algunscronistas chamam Melemo Cana, de seiu verdadeiro nome AhmedMesjid, de alcunha El-Melindi. Os portugueses estabeleceramaqui uma feitoria em 1500, embora alguns dizem que estafeitoria só foi estabelecida em 1502. Esta feitoria caiu em1630

Moçambique - possessão (1498-1501); subordinada a Goa (1501-1569); capitania-geral (1569-1609); colónia subordinada a Goa(1609-1752); colónia (1752-1951); província ultramarina(1951-1971); estado (1971-1974); governo de transiçãointegrando representantes de Portugal e da Frelimo (1974-1975). Independência em 1975.

Molucas

Amboina - colonização (1576-1605) Amboina é uma ilha doArquipélago das Molucas descoberta em 1512 pelosportugueses António Abreu e Francisco Abreu.Evangelizada em meados do século XVI por S. FranciscoXavier, passou, em 1605, ao domínio dos holandeses, que

se aproveitaram da decadência das forças portuguesas noOriente, e fizeram da ilha o primeiro ponto de apoiopara o desenvolvimento do seu império no Oriente,principalmente no Oceano Índico.

Ternate - colonização (1522-1575) Os primeiros europeusa chegar a Ternate faziam parte da expedição portuguesade Francisco Serrão às Molucas (1511). Tendo partido deMalaca, a sua nau, a Sabaia, encalhou próximo a Ceram,recebendo auxílio dos nativos. O sultão de Ternate, AbuLais, tendo notícia do incidente, e entrevendo umaoportunidade de aliar-se com uma poderosa naçãoestrangeira, trouxe os tripulantes para Ternate em 1512.Os portugueses foram autorizados a erguer umafortificação-feitoria na ilha, cujas obras iniciaram-seem 1522: o Forte de São João Baptista de Ternate.

Tidore - colónia (1578-1605). Pilhada pelos holandesesem 1605. Tidore é uma ilha do arquipélago das Molucas,na Indonésia. Foi ocupada por Portugal entre 1578 e1605, pela Espanha entre 1606 e 1663 e pelos PaísesBaixos entre 1663 e 1941.

Mombaça (Quénia) - ocupação (1593-1638); colónia subordinadaa Goa (1638-1698; 1728-1729). Sob a soberania do Omã desde1729. Mombaça (Mombasa em suaíle) é a segunda maior cidade doQuénia, localizada na costa do Oceano Índico. Tem cerca de900 mil habitantes. Foi fundada no século XI por mercadoresárabes. Foi ocupada por Portugal entre 1593 e 1698 e entre1728 e 1729.

N

Nagasaki (1571-1639). Perdida para os Holandeses. Em 1570 osnavegadores portugueses — que aportaram pela primeira vez noJapão em 1543 — fundaram a cidade de Nagasaki, na baía domesmo nome, onde passaram a habitar. Criaram um centrocomercial que durante muitos anos foi a porta do Japão para omundo, um porto comercial para os ingleses, holandeses,coreanos e chineses. Mas em 1637 devido a uma grande reaçãointerna, os portugueses foram expulsos, e também outros povosao longo do século XVII.

Nova Colónia do Sacramento - colónia (1680; 1683-1705; 1715-1777). Cedida à Espanha em 1777. Colônia do Sacramento (emcastelhano Colonia del Sacramento) é uma cidade do Uruguai,capital do departamento de Colonia. Tem origem na antiga

cidade de Colônia do Santíssimo Sacramento fundada por ManuelLobo, a mando do Império Português no século XVII.

O

Ormuz (Irão) - possessão subordinada a Goa (1515-1622).Incorporada no Império Persa em 1622. Na seqüência daexpansão portuguesa na Índia, em Outubro de 1507, Afonso deAlbuquerque atacou esta cidade, dominando-a, e quaseconseguiu concluir a construção do Forte de Nossa Senhora daVitória, se não fosse a deserção de três capitães portugueses(Motim dos Capitães). Foi forçado a abandoná-la em Janeiro de1508.

Em 1 de Abril de 1515, Albuquerque, já governador da Índia,regressou a Ormuz, reconstruiu a fortificação (Forte de NossaSenhora da Conceição de Ormuz) e estabeleceu a suseraniaportuguesa, subordinada ao Estado da Índia. Data desta fase adescrição da cidade, pelo cronista português:

"A cidade de Ormuz està situada em hua pequena ilhachamada Gerum que jaz quasi na garganta de estreito domar Parseo tam perto da costa da terra de Persia queavera de hua a outra tres leguoas e dez da outra Arabiae terà em roda pouco mais de tres leguoas: toda muyesterele e a mayor parte hua mineira de sal e enxolfresem naturalmente ter hum ramo ou herva verde.

A cidade em sy é muy magnifica em edificios, grossa emtracto por ser hua escala onde concorrem todalasmercadorias orientaes e occidentaes a ella, e as que vemda Persea, Armenia e Tartaria que lhe jazem ao norte: demaneira que nam tendo a ilha em sy cousa propria, percarreto tem todalas estimadas do mundo /...../ a cidadeé tam viçosa e abastada, que dizem os moradores dellaque o mundo é hum anel e Ormuz hua pedra preciosaengastada nelle" (João de Barros, Décadas da Ásia II, L.II cap. 2)

No contexto da Dinastia Filipina, as possessões portuguesasem todo o mundo tornaram-se alvo de ataques dos inimigos deEspanha. Após a queda do Forte de Queixome, uma flotilhaPersa com mais de 3.000 homens e o apoio de seis embarcaçõesInglesas, colocaram cerco ao Forte de Ormuz (20 de Fevereirode 1622. Os Persas ofereceram ao comandante português dapraça a ilha de Qeshm em troca de 500.000 patacas e o portode Julfar, na costa da Arábia, recém-conquistado aos

portugueses por uma força combinada de Árabes e Persas. Aoferta, entretanto, foi recusada e, em poucos meses, a ilhade Ormuz era perdida para os Persas e seus aliados Ingleses(3 de Maio). A guarnição e a população portuguesa na ilha,cerca de 2.000 pessoas, foram enviadas para Mascate.

Forte de Queixome (Irão) - construído na ilha de Qeshm, noEstreito de Ormuz (1621-1622) O Forte de Queixome localiza-seao Norte da ilha de Qeshm, no Estreito de Ormuz, atualRepública Islâmica do Irã.

Esta fortificação foi erguida para dar suporte às operaçõescomerciais portuguesas na área, particularmente ao vizinhoForte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz, os seusvestígios constituindo-se em um importante testemunho daocupação portuguesa na região do Golfo Pérsico entre osséculos XVI e XVII.

Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz (Irão) - ilha deGerun, no Estreito de Ormuz (1615-1622) Na seqüência daexpansão portuguesa na Índia, em Outubro de 1507, Afonso deAlbuquerque atacou esta capital, dominando-a, e quaseconseguiu concluir a construção do Forte de Nossa Senhora daVitória, se não fosse a deserção de três capitães portugueses(Motim dos Capitães). Foi forçado a abandoná-la em Janeiro de1508.

Em 1 de Abril de 1515, Albuquerque já governador da Índia,regressou a Ormuz, que reconquistou, fazendo reconstruir afortificação, que colocou sob a invocação de Nossa Senhora daConceição, e estabelecendo a suserania portuguesa,subordinada ao Estado da Índia.

A posição conservou-se por mais de um século. No contexto daDinastia Filipina, as possessões portuguesas em todo o mundotornaram-se alvo de ataques dos inimigos de Espanha, e noGolfo Pérsico, particularmente dos Ingleses. Em Janeiro de1619, Rui Freire de Andrada, "General do Mar de Ormuz e costada Pérsia e Arábia", partiu de Lisboa para a região, cominstruções para dispersar os Ingleses, que haviam fundado umafeitoria em Jâsk desde 1616, pressionando os Persas, em partedesalojando-os da guarnição em Qeshm e ali erguendo umafortificação portuguesa.

Q

Quíloa (Tanzânia,ilhas ao largo da)- possessão (1505-1512) Em1500, a caminho da Índia, o português Pedro Álvares Cabraltambém visitou Kilwa e referiu-se às belas casas de coral eseus terraços, pertencentes a "mouros negros", o que atraiu aatenção dos portugueses. Com a presença destes na região, noinício do século XVI, a fortuna de Kilwa mudou radicalmente:Vasco da Gama tomou a ilha em 1502 tornando-a tributária dePortugal. Como o sultão cessasse de pagar o seu tributo, em24 de Julho de 1505, as forças de D. Francisco de Almeida,primeiro Vice-rei do Estado Português da Índia, conquistaram-na e iniciaram a construção da primeira fortificaçãoportuguesa de pedra e cal na África Oriental, no diaseguinte, a 25 de Julho. O Forte tinha como função principalproporcionar abrigo aos passageiros das naus da Carreira dasÍndias que demandavam aquele porto e apenas secundáriamente ade defesa contra eventuais inimigos. Posteriormente as suasinstalações viriam a ser utilizadas como prisão denominando-a, por isso, de "Gereza".

De manutenção dispendiosa, gerando recursos insuficientespara a aquisição de especiarias no Oriente pela Coroaportuguesa, o forte foi abandonado e arrasado (1512),concentrando-se as suas funções na Torre Velha de Moçambique.

S

São João Baptista de Ajudá - (Benin) forte subordinado aoBrasil (1721-1730); subordinada a São Tomé e Príncipe (1865-1869). Anexado a Daomé em 1961. As costas da Mina e a daGuiné foram percorridas por navegadores portugueses desde oséculo XV, que, com o tempo, aí passaram a desenvolverimportante comércio, principalmente de escravos africanos. Édesse periodo que data a ascensão do antigo reino de Daomé ea importância de sua capital, Ouidá.

Ao final do século XVIII, o rei D. Pedro II de Portugal(1667-1705) determinou ao Governador de São Tomé e Príncipe,Jacinto de Figueiredo Abreu, erguer uma fortificação napovoação de Ouidá, para proteger os embarques de escravos(1680 ou 1681). Posteriormente abandonado em data incerta,foi sucedido entre 1721 e 1730 por uma nova estrutura, com asobras a cargo do comerciante brasileiro de escravos José deTorres. Sob a invocação de São João Baptista, a construção doforte de Ouidá (Ajudá) foi financiada por capitais levantados

pelos comerciantes da Bahia, mediante a cobrança de umimposto sobre os escravos africanos desembarcados na cidadedo Salvador.

Concluído, funcionou como centro comercial para a região,trocando tabaco, búzios e aguardente brasileiros, e maistarde, quando o esquema do tráfico se alterou, oferecendoprodutos manufaturados europeus, contrabandeados do Brasil,uma vez que a Coroa portuguesa não permitia que tais itensfossem transportados em navios brasileiros.

No final do século XIX a costa ocidental africana foi ocupadapelos ingleses, que ali estabeleceram importantesentrepostos, que passaram a ser defendidos pelas guarniçõesdas fortificações antes pertencentes a Portugal, entre asquais a de São João Baptista de Ajudá.

O Daomé tornou-se uma colônia francesa a partir de 1892,obtendo independência em 1° de agosto de 1960, quando setransformou em República do Benim. No ano seguinte, tropas doBenim invadiram Ouidá, então uma dependência da colóniaportuguesa de São Tomé e Príncipe. Sem condições paraoferecer resistência, o governo de Salazar ordenou ao últimoresidente da praça que a incendiasse antes de a abandonar. Aanexação foi reconhecida por Portugal em 1985.

O forte português de São João Baptista de Ajudá, foirecentemente reconstruído com recursos da Fundação CalousteGulbenkian.

São Jorge da Mina (Gana) (1482-1637). Ocupação holandesa em1637. Em 1469, nove anos após a morte do infante D. Henrique,mentor e dinamizador da gesta marítima e comercialportuguesa, D. Afonso V, seu sobrinho e rei de Portugal,inclinado para as conquistas militares em Marrocos, arrendoua um comerciante lisboeta, Fernão Gomes, a exploração dacosta da Guiné, com todo o monopólio comercial, por cincoanos (mais um no fim do contrato). Em troca, para além darenda, exigiu um avanço de 100 léguas por ano ao longo dolitoral, a partir da Serra Leoa.

O grande sinal do avanço costeiro e do esforço empreendedorde Portugal na região surgiu com a necessidade de seconstruir um estabelecimento comercial fortificado no Golfoda Guiné, entreposto esse que seria, para além de placagiratória do trato português, base de apoio para a defesa, em

terra e no mar, das rotas e interesses da Coroa. Odescobrimento da região da Mina, durante o arrendamento deFernão Gomes, anunciou a existência de um ponto geográficoestratégico para tais missões.

Assim, em 1482, D. João II, entretanto chegado ao trono,encarregou Diogo da Azambuja da construção de uma fortaleza,sendo a mais antiga construção europeia a sul do deserto doSara, naquele lugar mais tarde baptizada de S. Jorge da Mina,tornando-se o seu primeiro capitão, lugar que foi ocupado pormuitos homens ilustres do reino, nomeados por um triénio.Estes capitães tinham vastos poderes instituídos pela Coroa,ainda que sujeitos a um apertado regulamento, de forma apoderem impedir o contrabando do ouro ou outras actividadesilícitas. A sua autoridade estendia-se aos outros entrepostosda costa como Axim, Osu, Shama, Waddan, Cantor, Benim,fundados principalmente a partir de 1487 e sob domínioportuguês até meados do século XVI. O Forte Duma, em Egwira,foi fundado em 1623 e abandonado em 1636.

Construiu-se também, junto à fortaleza, uma pequena povoação,chamada Duas Partes, para além de outros dois pequenos fortesem Axém e Shamá. Nesta empresa trabalharam mais de quinhentoshomens, entre militares e artífices. S. Jorge da Mina recebeumesmo em 1486 carta de foral. As populações locaisrapidamente se colocaram ao serviço da feitoria, auxiliandoos portugueses no comércio, nas incursões no interior e naluta contra a pirataria. Rapidamente, a Mina tornou-se oprincipal estabelecimento português em África, fonte doabastecimento de ouro que se tornara o motor da economianacional até se iniciar o ciclo da Índia após 1498. Ganhoufama internacional e despertou a cobiça dos europeus,nomeadamente dos Reis Católicos, que só cessaram as pressõespara se apossarem da região com o Tratado de Alcáçovas, noqual reconheciam a Portugal o domínio a sul das Canárias.

Porém, ao longo do século XVI, ataques de piratas francesesaos navios portugueses no regresso da Mina começaram asuceder-se, para além de tentativas de tráfico do ouro naMina. Repelidos estes, chegaram os ingleses, que, depois deconseguirem algum ouro, cessaram as suas operações com otratado luso-inglês de 1570. Vieram os holandeses no séculoXVII, durante o domínio espanhol sobre Portugal. Após váriastentativas falhadas, a partir do Brasil, os holandeses,através da sua Companhia das Índias Ocidentais, enfraqueceramlentamente o monopólio comercial português na região,

conseguindo dominar as quatro dezenas de militares daguarnição portuguesa de S. Jorge da Mina, a maior parte dosquais doentes e mal armados.

Por volta de 1637, chegavam ao fim 150 anos de domínioportuguês na Mina, período no qual nunca os portugueses dalitraficaram escravos, ao contrário dos holandeses. A feitoriaexerceu mesmo uma actividade cultural na região, visível nosvocábulos portugueses que se mesclaram nos idiomas locais,para além de melhorias alimentares com a introdução do milho.

Os outros fortes portugueses na região foram também ocupadospelos holandeses em 1642.

São Tomé e Príncipe - colónia real (1753-1951); provínciaultramarina (1951-1971); administração local (1971-1975).Independência em 1975. União com a Ilha do Príncipe em 1753.As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém ePedro Escobar as descobriram. Foi então, uma colónia dePortugal desde o século XV até à sua independência em 1975.

São Tomé - possessão (1470-1485); colónia (1485-1522);colónia real (1522-1641); administração durante a ocupaçãoholandesa (1641-1648). Ocupação francesa em 1648.

Sete Povos das Missões (Brasil?) - colónia (1750-1808)

Ilha do Príncipe - colónia (1500-1573). União com São Tomé em1753. A ilha foi descoberta pelos portugueses em 14 deJaneiro de 1471 e denominada Santo António. Em 1502 tornou-sedonatária com o nome de ilha do Príncipe. Tornou-se colóniada Coroa em 1573 e esteve ocupada pelos holandeses entreAgosto e Outubro de 1598. Em 1753 uniu-se a São Tomé paraformar a colónia de São Tomé e Príncipe.

Socotorá (Iemen) - possessão (1506-1511). Tornou-se parte doSultanado Mahri de Qishn e Suqutra. O explorador portuguêsTristão da Cunha desembarcou nas ilhas nos começos do séculoXVI e considerou a Socotra conquistada por Portugal. Naqueletempo o cristianismo havia desaparecido das ilhas, exceto porumas cruzes de pedra que Alvares disse que as pessoasadoravam. Contudo, durante uma visita à ilha por parte deFrancisco Xavier, este encontrou um grupo de pessoas que sedeclaravam ser os descendentes dos convertidos por São Tomé.

As ilhas estiveram debaixo do controle português de 1507 até1511

T

Timor-Leste - colónia subordinada à Índia Portuguesa (1642-1844); subordinada a Macau (1844-1896); colónia separada(1896-1951); província ultramarina (1951-1975); república eproclamada independência unilateral, anexada à Indonésia(1975-1999), reconhecimento da ONU como território português.Administração da ONU de 1999 até à Independência em 2002. Oprimeiro contato europeu com a ilha foi feito pelosportugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca dosândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis deluxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha.Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram oterritório timorense para fins comerciais, explorando osrecursos naturais da ilha.

Tanganica (Tanzânia) - Estabelecimentos portuguesesestabelecidos no litoral (1500-1630).

ZZanzibar (Tanzania) - possessão (1503-1698). Tornou-se partede Omã em 1698. O primeiro europeu a visitar a ilha foi Vascoda Gama, em 1499, acabando os portugueses por estabeleceremaí um entreposto comercial e uma missão católica.

Ziguinchor (Senegal) – Casamansa) (1645-1888). Cedido aosfranceses em 1888. Foi fundada pelos portugueses em 1645,tendo sido cedida à França em 1888. Seu nome advém de"Cheguei e choram". Essa expressão remonta à época em queexploradores portugueses vieram à região para firmar tratadosde comércio com o governante local. Conta-se que os nativoscomeçaram a chorar, imaginando que seriam escravizados.

(1415-2002)

Norte de África:Aguz (1506-1525) | Alcácer-Ceguer (1458-1550) | Arzila (1471-1550, 1577-1589) | Azamor (1513-1541) | Ceuta (1415-1640) |Mazagão (1485-1550, 1506-1769) | Mogador (1506-1525) | Safim(1488-1541) | Agadir (1505-1769) | Tânger (1471-1662) |Ouadane (1487-meados do século XVI)

África subsariana:Acra (1557-1578) | Angola (1575-1975) | Ano Bom (1474-1778) |Arguim (1455-1633) | Cabinda (1883-1975) | Cabo Verde (1642-1975) | São Jorge da Mina (1482-1637) | Fernando Pó (1478-1778) | Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642) | GuinéPortuguesa (1879-1974) | Melinde (1500-1630) | Mombaça (1593-1698, 1728-1729) | Moçambique (1501-1975) | Quíloa (1505-1512) | Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) |São Tomé e Príncipe 1753-1975 | Socotorá (1506-1511) |Zanzibar (1503-1698) | Ziguinchor (1645-1888)

Ásia Ocidental:Bahrein (1521-1602) | Ormuz (1515-1622) | Mascate (1515-1650)| Bandar Abbas (1506-1615)

Subcontinente indiano:Ceilão Português (1518-1658) | Laquedivas (1498-1545) |Maldivas (1518-1521, 1558-1573) | Índia Portuguesa: Baçaím(1535-1739), Bombaim (Mumbai) (1534-1661), Calecute (1512-1525), Cananor (1502-1663), Chaul (1521-1740), Chittagong(1528-1666), Cochim (1500-1663), Cranganor (1536-1662), Dadráe Nagar-Aveli (1779-1954), Damão (1559-1962), Diu (1535-1962), Goa (1510-1962), Hughli (1579-1632), Nagapattinam(1507-1657), Paliacate (1518-1619), Coulão (1502-1661),Salsette (1534-1737), Masulipatão (1598-1610), Mangalore(1568-1659), Surate (1540-1612), Thoothukudi (1548-1658), SãoTomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749)

Ásia Oriental:Bante (séc. XVI-XVIII) | Flores (século XVI-XIX) | Macau,como estabelecimento portugês, colónia e provínciaultramarina (1557-1975); como território chinês sobreadministração portuguesa (1975-1999) | Macassar (1512-1665) |Malaca Portuguesa (1511-1641) | Molucas (Amboina 1576-1605,Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) | Nagasaki (1571-1639) |Timor Português (Timor-Leste), como colónia e provínciaultramarina (1642-1975), invadida pela Indonésia, sobre onome de Timor Timur (1975-1999), como protectorado (1999-2002).

América do Norte:

Terra Nova (1501–1570?) | Labrador (1501-1570?) Nova Escócia(1519–1570?)

América Central e do do Sul:Brasil (1500-1822) | Barbados (1536-1620) | ProvínciaCisplatina (1808-1822) | Guiana Francesa (1809-1817) | NovaColónia do Sacramento (1680-1777) | (Colonização do Brasil)

Madeira e Açores:Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte,foram colonizados pelos portugueses no início do século XV efizeram parte do Império Português até 1976, quando setornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desdeo século XIX que eram encaradas como um prolongamento dametrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e nãocolónias. O estatuto especial dos arquipélagos (regiãoautónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações