exercício 1 – coordenadas utm e coordenadas geográficas

14
Exercício 1 – Coordenadas UTM e coordenadas geográficas O sistema de coordenadas UTM é baseado em um tipo de projeção, e apresenta particularidades derivadas dessa projeção. Já o sistema de coordenadas geográficas é independente de projeção cartográfica. Com base no mapa de zonas UTM fornecido, responda: 1. Quantos pontos sobre a superfície do Planeta apresentam as coordenadas UTM 285987 / 6593393 e como podemos especificar um único ponto com coordenadas UTM? 2. Os números das coordenadas UTM representam distâncias em metros. Qual (ou quais) os pontos de origem desse sistema de coordenadas? 3. Demarque as coordenadas geográficas dos paralelos e meridianos que limitam as zonas UTM da América do Sul e da Europa. 4. Em que zona UTM encontra-se o ponto com coordenadas geográficas S 12 o 59' 25” e W 40 o 57' 38”

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Exercício 1 – Coordenadas UTM e coordenadas geográficas

O sistema de coordenadas UTM é baseado em um tipo de projeção, e apresenta particularidades derivadasdessa projeção. Já o sistema de coordenadas geográficas é independente de projeção cartográfica.

Com base no mapa de zonas UTM fornecido, responda:

1. Quantos pontos sobre a superfície do Planeta apresentam as coordenadas UTM 285987 / 6593393 e comopodemos especificar um único ponto com coordenadas UTM?

2. Os números das coordenadas UTM representam distâncias em metros. Qual (ou quais) os pontos de origemdesse sistema de coordenadas?

3. Demarque as coordenadas geográficas dos paralelos e meridianos que limitam as zonas UTM da Américado Sul e da Europa.

4. Em que zona UTM encontra-se o ponto com coordenadas geográficas S 12o 59' 25” e W 40o 57' 38”

2.MapasTopográficos

2.1.Nomenclaturade cartas topográficas

Toda carta topográfica possui um nome, normalmente relacionado ao principal povoamento ou feição geográfica nela contido, mas tambémpossui umcódigo, compadrão internacional, baseado na subdivisão das cartas, emescalas cada vezmaiores, a partir das cartas 1:1.000.000.

As cartas 1:1.000.000 são limitadas por paralelos emeridianos e possuemdimensões de 6 de longitude por 4 de latitude. São designadas porum código composto por duas letras e um número.Aprimeira letra refere-se ao hemisfério da carta, e é sempre N ou S.Asegunda letra refere-se àdistância do Equador: de 0 a 4 a carta éA (NAou SA), de 4 a 8 é B (NB ou SB) e assim por diante. O número refere-se à distância do meridianocentral de data (a 180 domeridiano deGreenwish), contada de 6 em 6 para Leste, e coincide com o número da zonaUTMcorrespondente a duascartas topográficas.

Esse sistema internacional de cartas topográficas possui ainda mapas nas escalas 1:500.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000, 1:25.000;1:10.000.Acada divisão da carta 1:1.000.000 é adicionado umnovo algarismo ou letra ao código, conforme a figura abaixo:

o o

o o o o

o o o

Escalas e exemplos de códigos de cartas:1:1.000.000 – SF221:500.000 – SF22 V1:250.000 – SF22 VA1:100.000 – SF22 VA I1:50.000 – SF22 VA I 11:25.000 – SF22 VA I 1 NW1:10.000 – SF22 VA I 1 NWA

NB18 19 20 21 22 23 24 25

NA

SA

SB

SC

SD

SE

SF

SG

SH

SI

4o

0o

4o

8o

12o

16o

20o

20o 20o

20o 20o 20o

20o

24o

24o 22o 21o

28o

32o

36o42o48o

48o 51o 52 30’o

20 30’o 20 15’o 20 07’30“o

53 30’o 53 45’o 53 52’30“o

54o

54o 54o

54o 54o 54o

54o

60o66o72o

SF22

SF22

V A

V A

11 NW

3

2 NW A B

C D

E F

NE

SW SE4

I

I

IIIX B II

Z D VY C IV VI

1:1.000.000

1:500.000 1:250.000 1:100.000

1:50.000 1:25.000 1:10.000

Mapeamento Sedimentar044-0310

Exercício 2

A folha topográfica 1:1.000.000 SH22 contém a Cidade de Porto Alegre e as áreas a seremmapeadas. Assim como as demais folhas da carta internacional ao milhonésimo, tal folha temdimensões de 4o de latitude por 6o de longitude. Considerando-se o esquema de nomenclaturaabaixo, determine o código da carta 1:50.000 que contém o ponto com as coordenadas geográficas53o 50' 08”W e 30o 09' 44”S. Em qual zona UTM encontra-se esse ponto?

2.2.Como lercartas topográficas

Cartas topográficas são representações da superfície doplaneta nas quais as altitudes são representadas por curvas denível, que unem todos os pontos que encontram-se em umadeterminada cota. Essas curvas podem ser imaginadas como aintersecção entre a superfície topográfica e planos horizontaiscom altitude definida pela cota.

Perfil

Mapa

100120140160180200220240260280

100

120

140

160

180

200

220

240

260

280

A B

A B

Um espaçamento maior das curvas na projeção refleteuma menor declividade, e um espaçamento menor, maiordeclividade. Ainclinação de uma vertente ( ), em graus,pode ser determinada por: onde H= diferença de altura entre as cotas e D = distânciahorizontal entre as cotas (atentar para a escala).

��= arctan (H/D)

A familiaridade com mapas topográficos éfundamental para o exercício da profissão de geólogo. Sevocê tem dificuldade em visualizar as formas de relevo,elevações, direções e inclinações de vertentes,desenvolva o hábito de desenhar perfis de mapastopográficos em várias direções, começando pelo mapado exercício 3.

100120

140160

180200

10012

0140

16018

0200 Projeção em

mapa

5001000

1500

50010001500

No mapa, representa-se a projeção de todas essas curvas emuma superfície plana horizontal, como representado na figuraabaixo.

Essa representação permite a visualização rápida das formase elevações do relevo.

Exercício 2 – Mapas topográficos

Omapa abaixo está na escala 1:10.000.Desenhe setas apontando a direção da declividade nos pontos numerados e determine a declividade entre os

pontos 1 -2, 3- 4 e 5 - 6.Elabore perfis topográficos, com exagero de 2 x, entre os pontosA-B e C-D.

12

10

1112

13

14

3

56

4

7

A

B

C

D

9

8

N

Contato

superio

r

Contato

inferior

CAMADA

A

CAMADA

B

CAMADA

C

Área aflorantre

Fig 3.1.2

Contato

superio

r

Contato

superio

r

Contato

inferior

Contato

inferior

CAMADA

A

CAMADA

A

CAMADA

B

CAMADA

B

CAMADA

C

CAMADA

C

Área aflorantre

Fig 3.1.1

A

B

D

D

E

E

Passemos então a analisar a interação entre camadascom mergulho e superfícies topográficas. No caso maissimples, uma unidade tabular (com contatos planos debase e topo e espessura constante) aflora em uma área derelevo plano horizontal (fig. 3.1.1A e B). Nesse caso, otraçado dos contatos inferior e superior da unidade serãolinhas paralelas com mesma direção medida para acamada. A distância entre os dois contatos em mapa ( )será função apenas da espessura da camada ( ) e doângulo demergulho da camada ( ) pois

DE

D=E/sen .� �

Caso a topografia seja acidentada, o traçado deve serrepresentado com base em técnicas de desenhogeológico.

Mesmo no caso em que a topografia tem inclinaçãoemuma só direção e coincidente comadireção da camada(fig. 3.1.2), a distância entre o contato inferior e o superiordepende dos dois elementos.

3. Contorno estrutural de contatos geológicos

Aelaboração e leitura demapas geológicos depende fundamentalmente da compreensão das formas tridimensionais das unidades geológicas. Omapageológico é a projeção, em ummapa plano, das formas originadas pela intersecção dos sólidos tridimensionais que são as unidades geológicas com a superfícieirregular da topografia.

Assim, quanto mais complicada a forma das unidades geológicas ou da superfície topográfica, mais irregular será o contorno das unidades emmapa.Um contato horizontal entre duas unidades necessariamente dará origem a um desenho paralelo a uma curva de nível de um mapa topográfico, bastandoconhecer-se a altitude de um afloramento do contato para se elaborar seu contorno. Na natureza, contatos geológicos quase nunca são horizontais, e basta umainclinação de poucos graus para que o desenho do contato emmapa não siga mais as cotas: a inclinação de apenas 1 gera um desnível de 5 metros emmenos de300 m de distância. Assim, mesmo para uma pequena área de um mapa 1:10.000 (nessa escala as curvas de nível são usualmente espaçadas de 5 metros), umainclinação de 1 impede que omapa seja fechado nas cotas.

3.1.Visualizaçãodas relações entre topografia e contatos geológicos

o

o

Atécnica mais simples para resolver esse problema baseia-se no desenho do contorno estrutural de cada um dos contatos da unidadeque se quermapear. O contorno estrutural é uma representação de uma superfície com base nomesmo princípio dos mapas topográficos:o traçado de linhas unindo todos os pontos demesma cota que pertencema esta superfície. Assim, uma superfície plana pode serrepresentada por um contorno estrutural em que as linhas de contorno têm a direção da camada e o mergulho ( ) é representado porvariações no espaçamento das linhas, seguindo omesmoprincípio da representação de declividade emmapas topográficos:

Umcontato entre unidades geológicas seria elaborado, portanto, seguindo a intersecção entre a superfície tridimensional do contato ea superfície tridimensional da topografia, ou seja, na cota que coincide comuma linha de contorno demesma altitude (fig 3.1.3).

�=arctan (H/D) ondeH=diferença de altura entre as cotas eD=distância horizontal entre as cotas (atentar para a escala).

140

Contato

superio

r

100

120

140

160

12016

0180

200

Cotas topográficas

Linhasde contorno estrutural do contato

O traço dosafloramentosdo contato é marcadopela intersecção entre a topografia e o contornoestrutural do plano de contato.

140

160

180

200

220

240

Se a direção do plano do contato fora mesma da vertente do relevo,o contato será paralela àscotase às linhasde contorno.

Fig 3.1.3

Fig 3.1.4

A fig 3.1.3. representa essa intersecção para o contatosuperior da camada B da figura 3.1.2. Para que se estabeleçao traçado da área aflorante da camada B é necessário, ainda,realizar o mesmo procedimento para o contato inferior, quepode ser representado por um contorno paralelo ao docontato superior.

140

10012

016018

0200

Cotas topográficas

Linhasde contorno estrutural do contato

O traço dosafloramentosdo contato é marcadopela intersecção entre a topografia e o contornoestrutural do plano de contato.

140

160

180

200

220

Se a direção do plano do contato fordiferente da vertente do relevo,ou o relevo for irregular, o contato será uma linha que liga pontosem que a cota intercepta o contorno correspondente.

Contato

superio

r

No caso de não coincidência entre a direção dainclinação da topografia e a direção da camada, ou no casode topografia irregular, o contato geológico em mapa serárepresentado como uma linha que corta várias cotas e quepassa, necessariamente, pelos pontos em que a cotatopográfica coincide com um linha de contorno estruturaldemesma altitude (fig 3.1.4).

120

140

160

180

200

220

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

140

10012

016

0180

200

Cotas topográficas

Cotas topográficas

Linhasde contorno estrutural do contato

Linhasde contorno estrutural do contato

O traço dosafloramentosdo contato é marcadopela intersecção entre a topografia e o contornoestrutural do plano de contato.

140

160

180

200

220

Projeção em mapa

3.2.Contatos comatitudemedida emcampo

Para a representação de um contato geológico em mapa énecessário, portanto, conhecer-se a forma e a atitude da superfície do contato,para podermos traçar seu contorno estrutural e desenhar sua intersecção com atopografia.

, adeterminação do contorno estrutural docontato depende somente do conhecimentode sua direção (que irá determinar a direçãodas linhas de contorno) e de seu mergulho(que irá determinar o espaçamento das linhasde contorno). Há duas formas de obter-seesses dados:1- através da medição direta da superfície decontato emumafloramento.2- através da determinação da posição de trêsdiferentes pontos emque o contato aflora.

O caso 1 é mais simples, porém poderesultar emmaiores erros na determinação docontrono do contato, pois podem existirpequenas irregularidades de alta freqüênciaem superfícies que são planas em escala demapa e a medição com bússola tem precisãode até 2 , que pode influenciar muito nocontorno final domapa.

A elaboração do contorno estrutural deum contato com base em medida de bússulaexige, ainda, cuidados adicionais, como apreocupação com o tipo de notaçãoempregado namedida.

Se a medida seguir o padrão de notaçãodo rumo do mergulho / mergulho (“notaçãoClar”), a direção das linhas de contorno estaráa 90 do rumo medido, e o espaçamento daslinhas será dado pela projeção horizontal dadistância entre as linhas de diferentesaltitudes: , onde H = diferença dealtura entre as linhas de contorno e D =distância entre as linhas de contorno emmapa(atentar para a escala).

No caso de contatos planos

D=H/tan

o

o

D

D

H=20

180

200D= H/tan � A distância D é obtida em metros, depois transformada em

centímetros conhecendo-se a escala domapa.Por exemplo, para = 22 , temosD=50metros. Essa é a distância nasuperfície da Terra. Se, por exemplo, o mapa estiver em escala1:10.000, a distância nomapa seráD’=DxE, ondeE é a escala.PortantoD’=50/100.000= 0,005m, ou 0,5 cm.Para desenhar o contorno estrutural, traçaremos linhas paralelascomadireçãomedida e espaçamento constante de 0,5cm.

� o

Fig 3.2.1.

Fig 3.2.2.

Exercício 4 – Contatos com atitude medida - Desenhe o mapa geológico com base no traçado do contato.

O mapa abaixo está na escala 1:10.000.O ponto representado abaixo refere-se a afloramento de contato entre duas unidades

litoestratigráficas. Em campo, sua atitude medida (notação rumo do mergulho / mergulho) foi 170/02.Par traçar o contato entre as unidades em mapa, siga os procedimentos abaixo:

1- trace uma reta passando pelo ponto do contato, com direção a 90o do rumo do mergulho (a reta fará umângulo de 80 com o Norte). Essa será a linha de contorno estrutural de altitude 525 m.2- determine o espaçamento entre as linhas de contorno estrutural. Como há uma cota topográfica a cada 5m, as linhas de contorno deverão ter espaçamento vertical de 5 m, então a distância será: D=H/tana;D=5m/tan2o=143m. Determine qual será essa distância no mapa, dada a escala.3- Desenhe e numere as linhas de contorno com o espaçamento obtido ( as linhas de menor altitude estarãopara sul). Marque os pontos em que as linhas de contorno encontram cotas de mesma altitude. Seu contatopassará por esses pontos.4- Ligando os pontos, você irá determinar onde o plano intercepta a topografia. A unidade inferior iráaflorar abaixo do plano, e a superior acima. Para ligar os pontos, siga as seguintes regras: a) o contato cortacotas apenas nos pontos de afloramento; b) o contato sobe gradualmente entre uma cota e outra, seguindoum contorno o mais paralelo às cotas possível (o mergulho do conta é de apenas 2 ).5- Para auxiliar no raciocínio tridimensional (necessário para ligar os pontos de maneira correta), elaboreos seis perfis (A-A', B-B' ...), desenhando a topografia e o contato. Um exagero vertical de 5x pode ser útil.6- Pinte as áreas aflorantes das unidades inferior e superior no mapa e nos perfis.

o

o

A

A’

B

B’

C

C’

D

D’

E

E’

F

F’

N

Contatos com três pontos

Uma situação comumem trabalhos demapeamento éa determinação do traçado de um contato com base naposição de três afloramentos desse contato, pois para adeterminação de qualquer plano, basta conhecer-se trêspontos pertencentes a esse plano.

Em trabalhos de mapeamento, pontos adicionaispodem ser utilizados para confirmar ou não a naturezaplana de um contato. Caso o quarto ponto não pertença aomesmo contorno estrutural, o contato pode ser irregular(item 4.2), dobrado (item 3.5) ou pode haver uma falhasegmentando o contato em dois contornos distintos (veritem3.6).

De forma prática, pode-se estabelecer o contornoestrutural e a projeção em mapa de um contato peloprocedimento descrito na figura 3.1.8, porém a repetiçãomecânica desse procedimento, sem a visualizaçãotridimensional do problema (fig. 3.1.7) pode dificultar asolução de situações commuitos contornos emummesmomapa.

Contato

140

100

120

16018

0200

Cotas topográficas

Linhasde contorno estrutural do contato

O traço dosafloramentosdo contato é marcadopela intersecção entre a topografia e o contornoestrutural do plano de contato.

140

160

180

200

220

Afloramento

Afloramento

Afloramento

Fig 3.3.1.

Fig 3.3.2.

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

140

120

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

160

160

140

140

120

120

140

160

180

200

220

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

160

120

140

120

120

140

160

180

200

220

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

160

120

140

120

110

Posição esperada dacota 110.

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

160

120

140

120

120

140

160

180

200

220

120

140

160

200

180

200

180

160

140

120

100

X

X

X

180

160

160

140

140

120

UNIDADEINFERIOR

UNIDADESUPERIOR

Dadoso mapa topográfico e trêspontosde contato:Trace segmentosde reta entre os trêspontose divida-osem partes iguais,marcando asaltitudes intermediáriasentre cada parde pontos:

Ligando ospontosde mesma altitude, trace as linhasde contorno estrutural doplano de contato:

Ligando ospontosde afloramento, trace a projeção do contato emmapa.Para refinaro traçado do contato, você pode traçara posição esperada decotase linhasde contorno intermediáriasàs fornecidas:

Marque ospontosem que há cruzamento entre linhasde cota topográfica e linhasde contorno estrutrual demesma altitude. Essessão pontosem que o contato aflora:

Pinte asáreasaflorantesdasunidadesgeológicasseparadaspelo contato.unca deixe de imaginar

a situação tridimensional da figura 3.1.7,

Paranão confundirasposiçõesestratigráficasdasunidades, n

100 11

0

3.3.

100

120

140

120

140

100

80

120

140

160

80

Os contatos ligam pontos em que a altitude do contorno é a mesma da cota topográfica e NUNCA cortam cotas ou contornos em outros pontos. Assim, o contato deve estar sempre entre duas cotas e dois contornos de mesmo valor (campos em amarelo).

xx

x

100

120

140

120

140

100

80

120

140

160

80

Há situações em que o caminho a seguir não é evidente, pois há mais de uma intersecção entre a topografia e o contorno pela qual pode passar um caminho que obedece a regra acima.

xx

x

xx

100

120

140

120

140

100

80

120

140

160

80

130

130

150

150

xx

x

xxxxx

Nesse caso a solução é interpolar cotas e linhas de contorno com valores intermediários, até que haja apenas um caminho possível de acordo com a regra do quadro 1.

Fig 3.3.3

3.4. Determinação de atitudes e espessuras de camadas emmapas geológicos

demesma altitude

E=D sen

Atécnica de elaboração de contornos estruturais de contatosémuito útil também para a determinação de atitudes e espessurasde camadas a partir de mapas geológicos. Um mapa deve tercoerência com os dados de campo, se um determinada unidadeapresentou, em seções medidas, uma espessura determina, omapa resultante deve ser coerente comessa espessura.

Para a obtenção da atitude de um plano de contato obtidocom a técnica dos três pontos, basta fazer a operação inversa à doexercício 4, ou seja, medir o ângulo entre o norte e as linhas decontorno e adicionar ou subtrair 90 para determinar o rumo domergulho, e medir a distância horizontal entre as linhas paracalcular a inclinação (oumergulho) do plano.

Para a determinação da espessura de uma unidade, deve-seelaborar os contornos estruturais de seus contatos de topo e debase. Então mede-se a distância horizontal entre duas linhas decontorno , uma de cada contato, e calcula-se aespessura por :

conforme a fig. 3.4.

o

D

D

D E

E

Fig 3.4.1

120

120

140

160

180

200

220

120

140

160

180

200

220

120

120

120

140

140

160

160

200

200

180

180

200

200

180

180

160

160

140

140

120

120

100

100

Direção do perfil

Contorno estrutrual docontato de topo

Direção do perfil

Plano de contato

Direção do mergulho

Contorno estrutrual docontato de base

Contorno da baseContorno do topo

120160200

1- Desenhe oscontornosdo topo e da base da unidade.2- Identifique uma linha de contorno com a mesma altitude em cada contato.3- Meça a distância entre asduas linhasde mesma altitude

4- Converta para a distância real, considerando a escala do mapa.

5- Calcule o ângulo de mergulho com base no procedimento do exercício 4.

6- Calcule a espessura

na direção dorumodomergulho.

��E=D x sen

3.4. .Mergulhos aparentes emperfis

A representação de perfis geológicos em direçõesdiferentes da direção de mergulho das camadas exige adeterminação do mergulho aparente da camada naqueladireção. Para tanto, basta conhecer-se o mergulho reale a diferença , em graus, entre a direção domergulho e adireção do perfil. O uso de ábacos é desnecessário, pois,como mostra a figura 3.20, o mergulho aparente serádado por:

=arctan (tan x cos )

��

1

A

B

1 1

A B

B

A

Tan = 1/ A� Tan = 1/ B� Cos = A / B�

Cos = /� Tan Tan� = ArcTan (Tan xCos )�

2

N

Exercício 5 – Contatos com três pontosO mapa abaixo está na escala 1:50.000.Três contatos diferentes estão representados no mapa abaixo:Os pontos 1, 2, e 3 referem-se a um mesmo contato ( ), da unidade inferior (A) com uma

unidade sobreposta (B).O ponto 4 refere-se ao contato da unidade B com uma unidade C sobreposta .O ponto 5

contato 1

( )refere-se ao contato da unidade C com uma unidade D sobreposta ( ).

Com base nos três primeiros pontos, desenhe o contorno estrutural do contato 1 e trace suaexpressão em mapa. Sabendo que os contatos 2 e 3 são paralelos ao contato 1, trace também seuscontornos e expressões em mapa.

Uma quinta unidade E ocorre acima da unidade D, em contato paraleo aos demais ( ).Desenhe o contorno estrutrual e trace esse contato sabendo que a espessura da unidade D é de 25m.Calcule as espessuras e pinte as áreas aflorantes das quatro unidades.

Trace o perfil A-A’, mostrando a topografia e as unidades geológicas.

contato 2contato 3

contato 4

A

A’

3.5.1.Analisandomapas geológicosA técnica de construção de contornos estruturais de contatos pode ser utilizada, também, para a análise de mapas geológicos prontos. Um

mapa geológico é a representação de ummodelo obtido a partir de dados de campo e de sensores remotos.Anão ser em casos extremos, a área deuma determinada unidade geológica em ummapa não representa a exposição contínua dessa unidade.Assim, há uma boa dose de interpretaçãoem qualquer mapa. Mesmo sendo um modelo, um mapa geológico deve ter coerência interna e ser compatível com as descrições apresentadas,como espessuras de unidades, que podem ser medidas em seções estratigráficas em campo ou em poços, ou padrões de dobramentos descritos(ver item3.5).

Analisar a coerência dos contatos pode ser útil também nos casos em que partes dos contatos são extraídos de produtos de sensoriamentoremoto.

Para extrair contornos de mapas, basta demarcar os pontos em que contatos cruzam cotas e elaborar um contorno para cada contato. Trêspontos definemumcontato plano. Se o contato for descrito comoplano, qualquer ponto adicional deve cair nomesmocontorno.

No caso e contatos não planos, dobrados ou irregulares, o contorno pode ser extraído demarcando-se vários pontos em que o contato cruzauma mesma cota. Para cada cota pode-se desenhar uma linha de contorno estrutural irregular, unindo-se os pontos com bom senso. O resultadofinal deverá ser uma superfície compatível comomodelo geológico utilizado na elaboração domapa.

3.5.DobrasA deformação de camadas implica em

modificações nos contornos estruturais de contatosentre unidades. Contatos originalmente planos podemser deformados por dobramento, resultando emcontornos estruturais que seguem a forma da dobra.Regiões em que as unidades de mapeamento estãodobradas apresentam, dessa maneira, uma dificuldademaior de aplicação dos métodos acima descritos,porém a coerência com os princípios deve ser sempremantida, pois um mapa representa a intersecção entreas superfícies de contato e a superfície topográfica, e ageometria das superfícies de contato está sempreimplícita nomapa.

De forma geral, pode-se reconhecer o estilo, aamplitude e o comprimento de onda de dobras atravésde perfis geológicos transversais às estruturas. Umavez elaborados os perfis, contornos estruturais podemser criados para diferentes contatos. Nesses casos, oscontornos estruturais são interpretativos, havendo umelemento adicional de incerteza nomapa final.

Aanálise de estruturas em escala de afloramento ea comparação de perfis paralelos ou em diferentesdireções pode revelar complexidades ainda maioresnos contornos estruturais, causadas por dobramentonão cilíndrico ou padrões de interferência de dobras.Dobras de arrasto junto a falhas são feiçõesparticularmente importantes no mapeamento de baciassedimentares.

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Fig. 3.5.1Exemplo de contorno estrutural de dobras cilíndricas de eixo horizontal

Fig. 3.5.2Exemplos de contornos estruturais de dobras

Eixode

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Eixode

anticlinal

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anticlinal

Eixo de anticlinal

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Eixode

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Eixode

sinclinal

Eixode

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Eixo de sinclinal

Eixo de sinclinal

Eixo de anticlinal

Eixo de anticlinal

Cilíndrica de eixo horizontal Cilíndrica de eixo mergulhante Cônica

Interferência em domo e bacia Interferência em cogumelo