desafio de desenvolvimento economico rose

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Pólo: Araguaína- To Curso: Administração 5º período Disciplina: Desenvolvimento Economico Professor Presencial: Joel Augusto Luz Professor (EAD): Mestre Renata M. G. Dalpiaz Aluno: Rosicleide Correia RA: 342561 Aluno: Walerianne Ferreira de Sousa RA: 336580 Aluno: Ivania Ferreira da Silva RA: 292286 Aluno: Wallisson Mesquita da Silva RA: 336410

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Pólo: Araguaína- To

Curso: Administração 5º período

Disciplina: Desenvolvimento Economico

Professor Presencial: Joel Augusto Luz

Professor (EAD): Mestre Renata M. G. Dalpiaz

Aluno: Rosicleide Correia

RA: 342561

Aluno: Walerianne Ferreira de Sousa RA:

336580

Aluno: Ivania Ferreira da Silva RA:

292286

Aluno: Wallisson Mesquita da Silva RA:

336410

Araguaina (TO), 22 de junho de 2013.

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS: DESENVOLVIMENTOECONÔMICO 

ARAGUAÍNA 2013

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 

Trabalho apresentado à disciplina de Desenvolvimento Econômico do curso de Administração da Universidade Anhanguera, pólo de Araguaína - TO, como Atividades PráticasSupervisionadas. 

 

ARAGUAÍNA - TO2013

Sumário 

Introdução 3 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 4 Índice de Gini 6 Curva de Lorenz 7 Índice de Desenvolvimento Humano de Brasília 8 Comparação do PIB per capita do Distrito Federal com outros estados do país 8 BRICS 9 Participação da população do Brics na população mundial 12 A influência da ciência e tecnologia para o desenvolvimento dos países do BRICS 13 Reflexos da carga tributária para o desenvolvimento dos Brics 13 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos Brics 14 Características do Sistema Nacional de Inovação (SINs) 15 Influência do ensino superior no Brics 16 

Desenvolvimento do brics com relação à economia mundial 16 Conclusão 18 Bibliografia 19 

Introdução 

Este trabalho tem como objetivo elaboração de um artigocientífico que compare o desenvolvimento econômico dospaíses do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África doSul) e evidencie influência do bloco na economia mundial.Estes países apresentam significativas oportunidades dedesenvolvimento, além de diversas características e desafiosbastante similares. O nosso objetivo será identificá-los eanalisá-los para melhor entender os possíveis caminhos paraa realização de seu potencial de desenvolvimento econômico e

social. Para isso apresentaremos o Índice de Desenvolvimento Humano(IDH), PIB por habitante, o Índice de Gini e a Curva deLorenz. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O IDH foi criado para medir o nível de desenvolvimentohumano dos países a partir de indicadores de educação(alfabetização e taxa de matrícula), longevidade(expectativa de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).Seus valores variam de 0 (zero) (nenhum desenvolvimentohumano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDHaté 0,499 são considerados de desenvolvimento humano baixo;com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados dedesenvolvimento humano médio; e com índices maiores que0,800 são considerados de desenvolvimento humano alto. O Índice de Desenvolvimento Humano também é utilizado paraaferir o nível de desenvolvimento humano em municípios,denominando-se IDH-Municipal ou IDH-M e, embora meça osmesmos fenômenos - educação, longevidade e renda, osindicadores levados em conta são mais adequados para avaliaras condições de núcleos sociais menores. 

Indicador de EducaçãoPara medir o acesso à educação em grandes sociedades, comoum país, a taxa de matrícula nos diversos níveis do sistemaeducacional é um indicador suficientemente preciso. Todavia,quando o foco está em núcleos sociais menores, comomunicípios, esse indicador é menos eficaz, pois osestudantes podem morar em uma cidade e estudar em outra,distorcendo as taxas de matrícula. Daí a opção peloindicador de freqüência à sala de aula, que é baseado emdados censitários. O que se pretende aferir é a parcela dapopulação daquela cidade que vai à escola em comparação àpopulação municipal em idade escolar. 

O outro critério para a avaliação da educação de umapopulação é o percentual de alfabetizados maiores de 15

anos. Ele se baseia no direito constitucional de todos osbrasileiros de terem acesso às oito séries do ensinofundamental. Ao final desse período, que, pelo calendárionormal se encerraria aos 14 anos de idade, espera-se que oindivíduo seja capaz de ler e escrever um bilhete simples.Daí a opção por se medir essa capacidade na população com 15anos de idade ou mais. A taxa de alfabetização é obtida peladivisão do total de alfabetizados maiores de 15 anos pelapopulação total de mais de 15 anos de idade do municípiopesquisado. 

- Indicador de Longevidade 

Para avaliar o desenvolvimento humano no que diz respeito à longevidade o IDH nacional e o IDH municipal usam a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra qual a média de anos que a população nascida naquela localidade no ano de referência deve viver - desde que as condições de mortalidade existentes se mantenham constantes. Quanto menorfor a mortalidade registrada em um município, maior será a esperança de vida ao nascer. O indicador é uma boa forma de avaliar as condições sociais, de saúde e de salubridade por considerar as taxas de mortalidade das diferentes faixas etárias daquela localidade. Todas as causas de morte são contempladas para chegar ao indicador, tanto as ocorridas emfunção de doenças quanto as provocadas por causas externas (violências e acidentes). 

O Censo 2010 é a base de cálculo de todo o IDH municipal. Para se chegar ao número médio de anos que uma pessoa vive apartir de seu nascimento são utilizados os dados do questionário expandido do Censo. O resultado dessa amostra éexpandido para o restante da população daquele município. 

- Indicador de Renda 

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é o valor agregado na produção de todos os bens e serviços ao longo de um ano dentro de suas fronteiras. O PIB per capita é a divisão desse valor pela população do país. Trata-se de um indicadoreficaz para a avaliação da renda de um universo amplo, como países e unidades da Federação. Esse é o critério usado peloPNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, mundialmente para o cálculo do IDH-R dos países e dos Estados. 

Na avaliação da renda dos habitantes de um município, o uso do PIB per capita torna-se inadequado. Por exemplo: nem todaa renda produzida dentro da área do município é apropriada pela população residente. A alternativa adotada é o cálculo da renda municipal per capita. Ela permite, por exemplo, umadesagregação por cor ou gênero da população, o que seria inviável de outra maneira. 

Índice de Gini

O índice de Gini é talvez o mais conhecido indicador de distribuição de renda. Mede o grau de desigualdade na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0 (zero) quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor) a 1 quando a desigualdade é máxima (apenas um detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula). Se ele for zero, significa que uma distribuição justa e igualitária dos rendimentos – todo mundo ganha salários iguais. Se ele for um, significa que apenas um trabalhador, sozinho, ganha o total da massa salarial – concentração máxima. Por isso, quanto mais próximo de 0 (zero) o índice de GINI, melhor é a distribuição dos rendimentos pelas pessoas ocupadas. O índice de Gini se baseia na chamada curva de Lorenz - um gráfico tradicional com dois eixos, no qual uma linha reta de 45 graus representa o extremo teórico de uma sociedade

perfeitamente igualitária. Toda sociedade real, sempre com alguma desigualdade, tem como curva de Lorenz uma linha curva que corre abaixo da reta de 45 graus, mas que sai do mesmo ponto (a confluência entre os dois eixos) e termina nomesmo ponto. É como se fosse um arco, com a reta de 45 grauscomo a corda e a curva de Lorenz como a armação. O índice de Gini é uma espécie de medição da distância entrea curva de Lorenz de uma sociedade qualquer e a reta de 45 graus, ou a igualdade perfeita. Uma sociedade totalmente igualitária teria Gini zero, já que sua curva de Lorenz seria a própria reta de 45 graus, e a distância entre as duas seria nenhuma. E, numa sociedade totalmente desigual, adistância da curva de Lorenz à reta de 45 graus seria máximaou, por convenção, 1. O índice ou coeficiente de Gini é assim chamado por causa deCorradoGini (1884-1965), estatístico e demográfico italiano que foi pioneiro em estudos sobre as características mensuráveis das populações. O seu coeficiente representa a defasagem entre a perfeita distribuição diagonal e a curva de distribuição real de um dado país. 

Curva de Lorenz 

A Curva de Lorenz (ou curva de concentração de Lorenz) consiste num gráfico muito utilizado pelos economistas e queprocura ilustrar a desigualdade existente na distribuição dorendimento entre as famílias numa determinada economia ou sociedade. Este gráfico consiste num diagrama em que num doseixos é colocada a variável Rendimento e no outro a População, ambos representados por classes percentuais. Nesse diagrama é então representada uma linha representativada percentagem de rendimento que cabe a cada grupo da população, o que permite fazer uma leitura do tipo: "os x% da população mais pobre detêm y% do total de rendimento". Quanto mais afastada da diagonal estiver esta linha, maior éa concentração do rendimento, ou seja, maior será a desigualdade na repartição do rendimento entre as famílias. A curva de Lorenz pode ser complementada com o Índice de Gini, o qual quantifica o grau de concentração dos rendimentos. 

Índice de Desenvolvimento Humano de Araguaína

Caracterização do Território

Área: 3.920,1 km²

Densidade Demográfica: 28,8 hab/km²

Altitude da Sede: 227 m

Ano de Instalação: 1.989

Distância à Capital: 331,0 km

Microrregião:Araguaína

Mesorregião:Ocidental do Tocantins

Demografia

População por Situação de Domicílio, 1991 e 20001991 2000

População Total 89.750 113.143 Urbana 65.683 105.874 Rural 24.067 7.269Taxa de Urbanização 73,18% 93,58%

No período 1991-2000, a população de Araguaínateve uma taxa média decrescimento anual de 2,71%, passando de89.750 em

1991 para 113.143 em 2000.

A taxa de urbanização cresceu 27,86, passando de 73,18%em 1991 para 93,58% em 2000.

Em 2000, a população do município representava 9,78% dapopulação do Estado, e 0,07% da população do País.

Perfil Municipal - Araguaína (TO)

Estrutura Etária, 1991 e 20001991 2000

Menos de 15 anos 35.809 37.57015 a 64 anos 50.927 71.10165 anos e mais 3.014 4.472Razão de Dependência 76,2% 59,1%

Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade, 1991 e 2000

1991 2000

Mortalidade até 1 ano de idade (por 1000 nascidos vivos) 47,9 35,4

Esperança de vida ao nascer (anos) 63,8 67,5Taxa de Fecundidade Total (filhos por mulher)3,0 2,8

No período 1991-2000, a taxa de mortalidade infantil do município diminuiu 26,14%, passando de 47,90(por mil nascidos vivos) em 1991 para 35,38 (por mil nascidos vivos) em 2000, e a esperança de vida aonascer cresceu 3,62 anos, passando de 63,84 anos em 1991 para 67,46 anos em 2000.

Educação

Nível Educacional da População Jovem, 1991 e 2000

Taxa de% com menos de 4% com menos de 8frequentando

Faixa etária analfabetismo anos de estudoanos de estudoa escola(anos)1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

7 a 1431,1 10,7 - - - - 83,395,7

10 a 1417,7 3,4 73,5 46,7 - - 85,896,0

15 a 178,3 1,8 32,0 14,3 87,4 63,5 67,6 83,218 a 249,4 4,5 22,2 14,1 63,1 45,6 - -- = Não se aplica

Nível Educacional da População Adulta(25 anos ou mais), 1991 e 2000

1991 2000Taxa de analfabetismo 28,7 17,1% com menos de 4 anos de estudo 49,1 35,8% com menos de 8 anos de estudo 75,5 63,8Média de anos de estudo 4,3 5,7

Renda

Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade, 1991 e 20001991 2000

Renda per capita Média (R$ de 2000) 188,6 211,5Proporção de Pobres (%) 45,6 38,2Índice de Gini 0,62 0,62

A renda per capita média do município cresceu 12,13%, passando de R$ 188,63 em 1991 para R$ 211,51em 2000. A pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário mínimo vigente em agosto de 2000) diminuiu 16,30%, passando de45,6% em1991 para 38,2% em 2000. A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,62 em 1991para 0,62 em 2000.

Porcentagem da Renda Apropriada por Extratos da População, 1991

e 20001991 2000

20% mais pobres 2,8 2,140% mais pobres 8,3 8,160% mais pobres 17,3 17,980% mais pobres 32,9 34,020% mais ricos 67,2 66,0

Habitação

Acesso a Serviços Básicos, 1991 e 20001991 2000

Água Encanada 51,2 73,4Energia Elétrica 83,9 94,9Coleta de Lixo¹ 38,2 86,2

Acesso a Bens de Consumo, 1991 e 20001991 2000

Geladeira 60,0 82,5Televisão 61,8 85,4Telefone 11,6 31,0Computador ND 3,7

ND = não disponível

Vulnerabilidade

Indicadores de Vulnerabilidade Familiar, 1991 e 200019912000

% de mulheres de 10 a 14 anos com filhos ND0,7% de mulheres de 15 a 17 anos com filhos 8,3

7,5% de crianças em famílias com renda inferior à 1/2

salário mínimo 55,847,5

% de mães chefes de família, sem cônjuge, com filhos menores 9,56,7

ND = não disponível

Desenvolvimento Humano

1991 2000

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,6850,749 Educação 0,762 0,873 Longevidade 0,647 0,708 Renda 0,647 0,667

Evolução 1991-2000

No período 1991-2000, o Índice de DesenvolvimentoHumanoMunicipal(IDH-M) de Araguaína cresceu 9,34%, passandode 0,685 em1991 para 0,749 em 2000.

A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi aEducação,com 57,8%, seguida pela Longevidade, com 31,8% epela Renda, com10,4%.

Neste período, o hiato de desenvolvimento humano (adistância entre oIDH do município e o limite máximo do IDH,ou seja, 1 - IDH) foi reduzidoem 20,3%.

Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, omunicípio levaria 19,8 anos para alcançar São Caetano doSul (SP), o município com o melhor IDH-M do Brasil (0,919),e 6,4 anos para alcançar Palmas (TO), o município com omelhor IDH-M do Estado (0,800).

Situação em 2000

Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal deAraguaína é 0,749. Segundo a classificaçãodo PNUD, omunicípio está entre as regiões consideradas demédiodesenvolvimento humano (IDH entre0,5 e 0,8)

Em relação aos outros municípios do Brasil, Araguaínaapresenta uma situação intermediária: ocupa a1897ª posição,sendo que 1896 municípios (34,4%) estão em situação melhor e3610 municípios (65,6%) estão em situação pior ou igual.

Em relação aos outros municípios do Estado, Araguaínaapresenta uma situação boa: ocupa a 6ª posição,sendo que 5municípios (3,6%) estão em situação melhor e 133 municípios(96,4%) estão em situação piorou igual.

Em termos regionais, de acordo com o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), as regiões Centro-Oeste(puxada principalmente pelo Distrito Federal) e a Sudestetêm os maiores PIBs per capita do país: R$ 22.364,63 e R$22.147,22 respectivamente. A Região Nordeste tem o menor PIBper capita: R$ 8.167,75. Os valores do Sul e do Norte são deR$ 19.324,64 e R$ 10.625,79, respectivamente. 

BRICS 

Os países integrantes do famoso BRIC juntos têm 2,8 bilhõesde habitantes, ou seja, representa 41,8% da populaçãomundial (6,7 bilhões de habitantes). A China e a Índia sãoos dois países mais populosos do mundo, com 1,330 bilhão dehabitantes e 1,147 bilhão de habitantes, respectivamente. OBrasil é quinto país mais populoso do planeta, com 191,9milhões de habitantes. Já a Rússia é a nona nação maispopulosa do mundo, com 140,7 milhões de habitantes. As nações do BRIC têm 38,2 milhões de km2, ou seja,significa 25,6% da superfície terrestre do planeta Terra(149,4 milhões de km2). A Rússia é o país mais extenso domundo com 17,0 milhões de km2. A China com 9,5 milhões dekm2 tem o terceiro maior território do mundo, atrás apenasda Rússia e do Canadá. Já o Brasil é o quinto país maisextenso do mundo com 8,5 milhões de km2. Enquanto a Índia éo sétimo maior por área territorial com 3,2 milhões de km2. Os BRICs juntos representam 13% do PIB global de US$ 54,5trilhões em 2007. De acordo com os dados estatísticos doFMI, a China é a terceira potência econômica mundial com PIBnominal de US$ 3,7 trilhões em 2007. O Brasil é a décimaeconomia do mundo com PIB de US$ 1,3 trilhão. A Rússia é a

11ª economia do planeta com PIB de US$ 1,2 trilhão. E aÍndia é a 12ª maior economia mundial com PIB de US$ 1,1trilhão. A economia sul-africana está ligada à prestação de serviços,indústria, além dos setores primários, como o extrativismomineral e a produção agropecuária. Cidade do Cabo eJohanesburgo são os principais centros urbanos econseqüentemente promovem a concentração das indústrias,abrigando empresas que atuam nos setores de produção deveículos, locomotivas, incluindo ainda a metalurgia e apetroquímica. O setor industrial é bastante diversificado,entretanto, isso não evita problemas como desigualdadesocial, elevado índice de desemprego, marginalização, entreoutros.Outra fonte de receita de grande importância é aatividade turística desenvolvida na Savana, conhecida comosafári, além do turismo urbano, especialmente na Cidade doCabo. 

|Indicadores de |Valor do IDH |Classificação do IDH |Expectativa de vida |Expectativa de anos |Média de anos de |RNB per capita (PPP| |IDH do Brics | | |no nascimento |de escolaridade |escolaridade |US$) | |Brasil |0,718 |84 |73,5 |13,8 |7,2 |10.162 | |Rússia |0,755 |66 |68,8 |14,1 |9,8 |14.561 | |China |0,687 |101 |73,5 |11,6 |7,5 |7.476 | |África do Sul |0,619 |123 |52,8 |13,1 |8,5 |9.469 | |Índia |0,547 |134 |65,4 |10,3 |4,4 |3.468 | 

No BRIC, observamos que dois países são de altodesenvolvimento humano, Brasil e Rússia. E observamos tambémque dois países são de médio desenvolvimento humano, China eÍndia. O Brasil é o país com o mais alto IDH (0,718) entreos BRICs, de acordo com os dados recentes do PNUD. A Rússiaestá em segundo lugar, com o IDH de (0,755). A China com IDHde (0,687) está em 3º lugar. A África do Sul com IDH de

(0,619) em 4° lugar. Já na última colocação encontra-se aÍndia, com o IDH de (0,547). Passemos à outra comparação entre os BRICs. A Chinaapresenta a melhor expectativa de vida ao nascer, com 73,5anos, enquanto a África do Sul tem a pior esperança de vidaao nascer, com apenas 52,8 anos em 2010. Percebemos que aexpectativa de vida ao nascer do Brasil (73,5 anos) é maiordo que a da Rússia (68,8 anos), segundo os dados do PNUD. Verificamos a taxa de alfabetização de adultos dos BRICs. ARússia tem a mais alta taxa de alfabetização de adultos, com99,5%. Não é de espantar, pois há décadas a Rússia realizagrandes investimentos em educação. Observamos que 93,0% dapopulação adulta sabe ler e escrever na China. No secularBrasil a taxa de alfabetização de adultos é de 89,6% esuperior ao da milenar Índia com 65,2%. Passemos agora analisar os dados estatísticos do PNUD sobrea taxa de escolarização bruta combinada dos ensinosprimário, secundário e superior dos BRICs. Observamos que oBrasil tem a maior taxa de escolarização bruta com 87,2%,sendo superior aos 61,0% da Índia. Já a taxa deescolarização bruta da China (68,7%) é inferior ao da Rússia(81,9%). Comparemos agora o PIB per capita em dólar PPC (paridade dopoder de compra). A PPC significa uma taxa de conversão damoeda para permitir a comparação de números agregados dediferentes países e elimina as diferenças do custo de vidaentre os países. A PPC é também denominada dólarinternacional. Para cada país, o preço da cestainternacional de bens e serviços em moeda local é comparadoao preço da mesma cesta em dólar americano. Observamos que aRússia tem o maior PIB per capita com US$ 13,205 PPC, emsegundo lugar vem o Brasil com US$ 8,949 PPC, em 3º lugarencontra-se a China com US$ 4,682 PPC e na última posição, aÍndia com apenas US$ 2,489 PPC em 2006. Vejamos agora a comparação do BRIC com o Mundo, o desempenhoé quase idêntico no IDH, com 0,746 e 0,747, respectivamente.Com dados do PNUD, constatamos ser relativamente igual à

esperança de vida ao nascer, com 68,5 anos no BRIC e 68,3anos no Mundo. Constatamos também que o BRIC e o Mundo têmuma relativa diferença na taxa de alfabetização de adultos,com 86,8% e 81,0%, respectivamente. Finalmente, observamosque a taxa de escolarização bruta combinada dos ensinosprimário, secundário e superior do BRIC (74,7%) é maior doque a do Mundo (67,0%). Os líderes dos países do grupo BRIC têm um papel de iniciara nova ordem mundial, promovendo o princípio demultilateralismo em negócios mundiais e na reforma deorganismos internacionais como a Organização das NaçõesUnidas (ONU), o FMI e o Banco Mundial, para superar a gravecrise financeira e econômica mundial. O BRIC tem um extraordinário potencial para conduzir ocrescimento econômico global. Na realidade, a recuperação daeconomia mundial será protagonizada pelas economias do BRIC.De acordo com dados recentes, a queda do PIB brasileiro foide 1,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmoperíodo de 2008. Já a queda do PIB russo foi de 9,5%.Enquanto o PIB chinês cresceu 6,1% e o PIB indiano aumentou5,8% no 1º trimestre de 2009 em comparação com o 1ºtrimestre de 2008. Os BRICs são extremamente importantes para o crescimento daeconomia mundial. China e Índia são ricas em recursoshumanos, já Rússia e Brasil são ricos em recursos naturais.Os BRICs têm aproximadamente US$ 2,8 trilhões em reservasinternacionais, o que significa 40% das reservas mundiais. Os BRICs serão as novas potências econômicas nas próximasdécadas. As novas terras de oportunidades são a China, aÍndia, a Rússia e o Brasil. Nós temos grandes vantagenscomparativas e vantagens competitivas. Nós os brasileiros,russos, indianos e chineses, quase 3,0 bilhões de pessoas,devemos pensar nas soluções dos principais problemasmundiais e devemos aumentar os contatos econômicos, sociais,ambientais, comerciais, políticos, culturais e esportivos emnossos idiomas oficiais. 

Participação da população do Brics na população mundial 

O grande contingente populacional representa ao mesmo tempoum desafio e uma fonte de oportunidades. Desafios que freqüentemente emergem em grandes populaçõesestão associados ao abastecimento de água, alimento, energiae saneamento, assim como aos sistemas de saúde, saneamento eeducação. Outros inegáveis desafios associados ao problemapopulacional referem-se ao desemprego e à alta desigualdadena distribuição de renda. Estes problemas comuns aos Bricsque possuem uma grande parte da população excluída do acessoa bens e serviços essenciais exigem urgente equacionamento.As tentativas de solução postas em prática nos cinco paísesjá há anos são muito ricas e podem ser reavaliadasconjuntamente. O resultado pode beneficiar a todos os cincopaíses, assim como os demais menos desenvolvidos. Não sedeve perder de perspectiva que a possibilidade de incorporarcidadãos, trabalhadores e consumidores marginalizadosrepresenta sempre um potencial de desenvolvimento econômicoe social para estes países. Os dados disponibilizados pelas Nações Unidas mostram que oBrasil e a África do Sul estão entre os países com a piordistribuição de renda e colocam a Índia e a Rússia comoaqueles com as maiores participações de população abaixo dalinha de pobreza, 28,6% e 30,9%, respectivamente. 

A influência da ciência e tecnologia para o desenvolvimentodos países do BRICS 

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão injetandonovos recursos, vitalidade e inovação nos esforços paramelhorar a saúde dos países mais pobres do mundo. Nummomento em que vários doadores tradicionais reduzem ou

diminuem o ritmo de seus gastos, e a crescente influênciados BRICS na saúde e no desenvolvimento global. Apesar dos cinco países do BRICS estarem, há décadas,envolvidos em cooperação internacional, demonstra que otamanho e o âmbito de seus esforços cresceram rapidamente,junto com suas economias. Apesar dos doadores do G7 aindaproverem uma assistência total bem maior, estima-se que amédia de crescimento anual dos gastos dos BRICS comcooperação internacional, entre 2005 e 2010, ficou mais dedez vezes acima da média do G7. Além dos programas de cooperação, inovadores dos setorespúblicos e privado os BRICS estão produzindo tecnologias desaúde de alta qualidade e baixo custo, revolucionando oacesso à saúde entre as populações pobres. Ainda que a Índia seja, atualmente, o maior produtor deremédios e vacinas de baixo custo, cada um dos BRICS estáinvestindo fortemente em ciência e tecnologia, incluindopesquisa e desenvolvimento em saúde. A China prometeuaumentar as despesas em pesquisa e desenvolvimento de 1,3%do PIB em 2005 para 2,5% do PIB até 2020, e o governo chinêstrabalha com fabricantes de vacinas para aumentar a produçãopara o mercado global. A Rússia anunciou um investimento deUS$ 4 bilhões em desenvolvimento farmacêutico. 

Reflexos da carga tributária para o desenvolvimento dosBrics 

O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre osBrics (grupo formato por Brasil, Rússia, Índia, China eÁfrica do Sul). O total de impostos, tributos econtribuições recolhidos no País é de 34% do Produto InternoBruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China éde 20%,na África do Sul é de 23,92% e na Índia, país cujaestrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, ototal da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB. 

O problema não é o tamanho da carga tributária no Brasil,mas sim a qualidade do uso dos recursos arrecadados. Aindaassim, o Brasil leva alguma vantagem sobre seus parceiros doBrics, tanto do ponto de vista dos avanços dos instrumentosarrecadatórios, quanto da distribuição dos recursosarrecadados. A Índia tem baixa capacidade de arrecadação e isso faz comque o país tenha um déficit fiscal da ordem de 10% emrelação ao PIB. No Brasil, que tem uma população de cerca de200 milhões de habitantes, o número de contribuintes é de 20milhões, enquanto na Índia, com 1,1 bilhões de habitantes,há 40 milhões de contribuintes para o Fisco. Outra grande diferença entre Brasil e Índia aparece nosgastos com assistência previdenciária. No Brasil, osbenefícios pagos chegam a 12% do PIB, enquanto na Índiaatinge apenas 0,6%. De comum entre os dois países, com maiorsemelhança na estrutura tributária, estão as tributações dosserviços. Como no Brasil, na Índia é muito difícildistinguir o que é serviço e o que é produto na hora datributação. Este é um componente a mais, que gera guerrafiscal entre os Estados nos dois países. Apesar de o Brasil ter a carga tributária mais elevada entreos Brics, isso não significa que a estrutura seja pior. Mastambém não é reflexo de crescimento, já que a Índia tem umacarga tributária menor e também tem apresentado taxasexpressivas de crescimento. 

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos Brics 

Enormes disparidades regionais de desenvolvimento humano eeconômico estão presentes nos cinco países. Geralmente, asregiões mais ricas são aquelas mais industrializadas.Praticamente 60% do PIB total do Brasil se originam dosestados do Sudeste. O modelo de desenvolvimento da Chinafavoreceu as províncias costeiras, enquanto as outras

províncias são bem menos desenvolvidas. O hiato também égrande entre a população das áreas rurais e urbanas. Aatividade econômica na África do Sul está concentrada naprovíncia de Gauteng, que contribui com aproximadamente umterço do PIB, e na parte ocidental da Cidade do Cabo, com15% do PIB. O desenvolvimento industrial da Rússia ocorreuprincipalmente ao redor de cidades como Moscou, SãoPetersburgo, Yekaterinburg e NizhnyNovgorob, enquanto aSibéria e as regiões mais ao leste permanecem com baixonível de industrialização. A Índia também tem grandesdesigualdades entre a rica região sul e a região norte eentre a população rural e urbana. A redistribuição regional de renda e do acesso a bens eserviços essenciais coloca-se como um significativo desafiocomum aos cinco países. Daí a relevância de reavaliar ecomparar experiências acumuladas; particularmente aquelas emque a incorporação das áreas e regiões marginalizadas étratada dentro de uma perspectiva de desenvolvimentosustentável, com atenção aos impactos sociais e ambientais.São significativas as oportunidades que podem resultar destaação não apenas do ponto de vista econômico, mas tambémsociopolítico e cultural. Finalmente, cabe destacar que os enormes territórios e ovasto contingente populacional incorporam uma ampladiversidade étnica. A forte e enraizada herança culturalrepresenta um importante recurso intangível para estespaíses. Isto se traduz em uma vasta riqueza de manifestaçõesculturais com significativo impacto no desenvolvimentosocial e econômico atual e futuro dos cinco países. Esta éuma área pouco conhecida e com informações estatísticasainda mais escassas que as demais nos diferentes países. Noentanto, estudos pioneiros reafirmam este importantepotencial assinalando o conteúdo de criatividade einovatividade destas atividades, as quais se constituem empartes fundamentais dos SINs dos Brics. 

Características do Sistema Nacional de Inovação (SINs) 

O objetivo deste item é chamar a atenção para o peso e adimensão atual dos sistemas de inovação dos Brics, assimcomo das possibilidades que a mobilização dos mesmossinalizam. Nota-se, no entanto, que é neste item que osdados disponíveis tanto nacional quanto internacionalmentemais se mostram escasso e falham em dar conta do próprioconceito de sistema nacional de inovação. Portanto arelevância e urgência em avançar na caracterização dos cincoSINs e na geração de indicadores capazes de melhor osrepresentar em suas diferentes dimensões privada, pública egovernamental.

Os sistemas de inovação geralmente incluem em seu centro: • o subsistema produtivo e inovativo; • o subsistema de educação, ciência e tecnologia; • o subsistema político, normativo e regulatório. 

Influência do ensino superior no Brics 

Mão de obra qualificada, produção do conhecimento, produção científica e inovação. São esses os principais reflexos de uma boa estrutura educacional, principalmente aquela relativa ao ensino superior. Entre os países do Brics, os maiores produtores de inovação, surpreendentemente são os que têm os maiores níveis de analfabetismo. Mas isso não quer dizer que as suas produções sejam menos qualificada. O investimento público em educação varia muito entre os países do Brics. Para efeito de comparação, é necessário entender o investimento tanto em termos de porcentagem do PIB quanto em valores reais, já que as economias desses países têm crescido a passos largos nos últimos anos. O Brasil está com investimento médio de 5,0% do PIB em educação, a Rússia 3,9%, a Índia 3,1%, a China 1,3 e a

África do Sul com investimento de 5,3%. 

Desenvolvimento do Brics com relação à economia mundial 

O grupo de países emergentes que agrega Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mostra a preocupação com a situação econômica global e alerta para a “instabilidade dosmercados, principalmente na zona do euro”. Também fala em preocupação com o clima de incerteza em relação ao crescimento mundial, provocado pelos fortes ajustes fiscais nos países mais ricos e pelo crescimento da dívida pública. Os países pregam ainda a necessidade de vencer barreiras quepararam o comércio, pois todos os integrantes do Brics estãosofrendo com redução do crescimento de suas economias nos últimos anos. Na Declaração de Dhéli, que contém 50 pontos, os países foram unânimes em pedir reformas do Banco Mundial e do FundoMonetário Internacional (FMI) e alteração urgente no sistemadas duas organizações, para garantir o atendimento dos interesses das nações mais pobres. Condicionaram ainda os novos aportes de recursos para as instituições ao aumento das cotas de participação dos países emergentes. A proposta de criação de um banco de desenvolvimento para financiar projetos de infra-estrutura nos países dos Brics, entretanto, ficou apenas no terreno das intenções. Os cinco países criaram um grupo de trabalho para discutir a proposta, mas o desejo do presidente sul-africano Jacob Zumade que o banco saísse do papel no ano que vem tem remota chance de acontecer. O novo banco não deve sair do papel antes de 2014. A ideia do que poderia ser chamado de "Banco dos Brics" era oferecer financiamentos para os países do grupo, em alternativa ao Banco Mundial e FMI, para suprir a limitação atual de investimento. Os bancos de desenvolvimento de Brasil, China, Rússia, Índiae África do Sul assinaram um acordo com definição das regrasgerais para a concessão de linhas de crédito em moeda local,com o objetivo de aumentar o comércio entre os Brics. Com

isso, se a empresa de um país quiser investir em outro país do grupo, o seu banco de desenvolvimento repassa o valor do investimento para o banco de fomento local, que empresta o dinheiro para a empresa tocar seu negócio, facilitando a internacionalização dos investimentos. 

Conclusão 

Como vimos o Brics são países emergentes que possuemcaracterísticas comuns como, por exemplo, bom crescimentoeconômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estespaíses não compõem um bloco econômico, apenas compartilhamde uma situação econômica com índices de desenvolvimento esituações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie dealiança que busca ganhar força no cenário político eeconômico internacional, diante da defesa de interessescomuns. A cada ano ocorre uma reunião entre osrepresentantes destes países. 

Bibliografia 

AVELLAR, A.P.; OLIVEIRA, F.C. B. Evolução dos indicadores deciência, tecnologia e inovação no BRIC. In: DAMASCENO, A. O.et al. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Alínea, 2011.

Desenvolvimento econômico. – Campinas, SP : Editora Alínea, 2011.

WWW.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH