atrativos turísticos da sub-região do minho-lima
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ATRATIVOS TURÍSTICOS DO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO
ECONOMIA DO TURISMO – 2013/2014
Carolina Malta, Manuel de Sousa, Maria Armanda Monteiro, Rui Teixeira
FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ECONOMIA DO TURISMO – 2013/2014
ATRATIVOS TURÍSTICOS DO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO
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RESUMO
As reflexões sobre a competitividade de um lugar para investimento privado e público
são múltiplas, existindo um interesse particular sobre as que estão diretamente relacionadas com
o turismo. São estas últimas que se apresentam como a temática para o presente relatório,
nomeadamente, na perspetiva de um distrito concreto – Viana do Castelo – e dos dez
municípios que o constituem. Com base em bibliografia já existente, procurou-se caracterizar,
de forma exploratória, um perfil socioeconómico e cultural do distrito de Viana do Castelo. De
seguida, explica-se a construção do índice geral necessário à explicação e análise das variáveis
selecionadas. Pretendeu-se, assim, compreender qual dos municípios terá mais capacidade para
atrair turismo, turistas e investidores. As conclusões por um lado não surpreendem, com o
município de Viana do Castelo a liderar no distrito, mas algumas surpresas espreitam
timidamente.
PALAVRAS-CHAVE
Análise socioeconómica, turismo, atratividade, competitividade, distrito de Viana do Castelo,
municípios.
ABSTRACT
The reflections around the competitiveness of a given place for private and public
investment are multiple existing a particular interest concerning the ones directly related to
Tourism.These last ones are the theme of the present report, namely, on the perspective of a
particular district – Viana do Castelo – and its ten municipalities. Based on existing literature an
exploratory characterization is presented of the sociodemographic and cultural profile of the
district. Secondly the construction of and general index is explained which was necessary for
the explanation and analyzes of the selected variables. Therefore, the main goal was to
understand which municipality has better capacity/ability to attract tourism, tourists and
investors. The conclusions, on one hand, aren’t surprising, but some surprises maidenly peek.
KEYWORDS
Socioeconomic analyzes, tourism, attractiveness, competitiveness, Viana do Castelo district,
municipalities.
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Índice geral
Índice das figuras ........................................................................................................................... 3
Índice dos quadros ........................................................................................................................ 3
Introdução ..................................................................................................................................... 4
1. O distrito de Viana do Castelo e os seus concelhos .............................................................. 6
1.1. Caracterização do distrito .................................................................................................. 6
1.2. Caracterização dos concelhos .......................................................................................... 10
1.3. Oferta turística ................................................................................................................. 17
2. Metodologia ........................................................................................................................ 21
3. Apresentação e análise dos resultados ............................................................................... 25
Conclusões .................................................................................................................................. 35
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 36
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Índice das figuras Figura 1 Localização da sub-região Minho-Lima no contexto nacional ........................................ 7
Figura 2 Mapa dos concelhos do distrito de Viana do Castelo ................................................... 10
Figura 3 Diversidade de oferta nos diversos concelhos do Alto Minho ...................................... 19
Índice dos quadros Quadro 1 Tipo de alojamento por localização geográfica para o ano de 2012 .......................... 18
Quadro 2 Variáveis explicativas do número de dormidas no distrito de Viana do Castelo seu
peso relativo ................................................................................................................................ 23
Quadro 3 Total de dormidas no distrito de Viana do Castelo e respetivos municípios .............. 25
Quadro 4 Variação percentual das dormidas entre 2007 e 2011 ............................................... 25
Quadro 5 Número de Dormidas nacionais e estrangeiras no distrito de Viana do Castelo ....... 26
Quadro 6 Média de dormidas nacionais 2007-2011 no distrito de Viana do Castelo ................ 26
Quadro 7 População residente e dormidas nos concelhos da orla costeira e do interior do
distrito de Viana do Castelo em 2012 ......................................................................................... 27
Quadro 8 Relação dormidas/população em Portugal, Norte e distrito de Viana do Castelo em
2012 ............................................................................................................................................. 28
Quadro 9 Sítios da Rede Natura 2000 ......................................................................................... 28
Quadro 10 Qualidade das águas balneares................................................................................. 29
Quadro 11 Despesa média das câmaras municipais em cultura e desporto .............................. 29
Quadro 12 Galerias de arte e espaços para exposições. ............................................................. 30
Quadro 13 Ganho médio mensal ................................................................................................ 30
Quadro 14 Número de empresas ................................................................................................ 31
Quadro 15 Caixas multibanco (ATM) por 10 mil habitantes ....................................................... 31
Quadro 16 Farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1000 habitantes .............................. 32
Quadro 17 Capacidade de alojamento........................................................................................ 32
Quadro 18 Taxa líquida de ocupação cama em estabelecimentos hoteleiros ........................... 33
Quadro 19 Índice geral de cada município ................................................................................. 34
Quadro 20 Índices por município ................................................................................................ 34
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Introdução
As reflexões sobre a atratividade e competitividade de um lugar para
investimento privado e público, assim como as análises socioeconómicas, são múltiplas,
existindo um interesse particular sobre as que estão diretamente relacionadas com o
turismo. São estas últimas, bastante complexas e diversificadas, que se apresentam
como a temática para o presente relatório, na perspetiva de um distrito concreto – Viana
do Castelo – e dos dez municípios que o constituem.
Segundo Richtie e Crouch (cit. in Azevedo, 2010) o destino competitivo é o que
desenvolve a capacidade de atrair mais visitantes, produz satisfação e experiências
marcantes, preserva e amplia o nível de bem-estar dos residentes e garante a
preservação dos recursos necessários para o desenvolvimento das futuras gerações.
Já para Cracolici e Nijkamp (2008: 336) um destino turístico competitivo
depende das suas características específicas que produzem atratividade. Esta noção
sugere que um destino deve potenciar algumas de suas características para reforçar a sua
imagem e competitividade, entre eles, os recursos naturais, património cultural,
heranças históricas, parques, infraestruturas e serviços (hotelaria, facilidade de acesso,
preço e outros custos não financeiros, etc.), a capacidade de comunicação e promoção,
etc.
Consequentemente, o interesse pela análise e medição da atratividade de um
destino turístico tem aumentado. Desta maneira, os lugares de turismo são desafiados a
uma melhoria constante da sua oferta aproveitando os recursos disponíveis ou mesmo
criando-os.
Primeiramente, com base em bibliografia já existente, apresenta-se o objeto e
contexto de estudo. Procurou-se caracterizar, de forma exploratória, um perfil
socioeconómico e cultural do distrito de Viana do Castelo.
De seguida, explica-se o processo metodológico, de cariz quantitativo, com
recolha de dados, seleção e justificação de indicadores, a construção do índice e a
fórmula do índice geral – necessário à análise que se pretende.
Atendendo ao exposto, indagou-se explicações nos municípios que compõem o
distrito, através da análise de tabelas das variáveis selecionadas que se relacionam de
forma direta e indireta com o Turismo. Pretendeu-se, assim, compreender primeiro qual
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dos municípios terá mais capacidade para atrair turismo, turistas e investidores
procurando dar resposta a uma questão que será a de partida:
- Qual o município mais atraente ou competitivo para o investimento turístico?
Sabe-se que o «Alto Minho é um dos destinos turísticos do Norte de Portugal,
que se diferencia pelos recursos turísticos que possui e pela sua localização privilegiada
na zona de fronteira com a região espanhola da Galiza, sendo por isso fundamental
conhecer o perfil do potencial turista galego» (Augusto Mateus & Associados, 2012:
17).
Assim, «coloca-se ao Alto Minho a oportunidade de conjugar recursos e
vocações que lhe confiram a posição de espaço de convergência entre atividades
logísticas e produtivas (entre cadeias de valor globais e recursos específicos valorizados
internacionalmente) e de espaço de intercâmbio cultural e civilizacional (projetando os
recursos naturais e culturais emblemáticos, em canais de valorização turística e de
promoção da atratividade urbana)» (Augusto Mateus & Associados, 2012: 8).
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1. O distrito de Viana do Castelo e os seus concelhos
1.1. Caracterização do distrito
Uma palavra prévia sobre a designação da divisão administrativa em estudo.
Começamos por uma brevíssima resenha histórica de contextualização.
Após a implantação do regime liberal em Portugal, em 1835 foram oficialmente
suprimidas as anteriores províncias e comarcas, sendo o país – continente e ilhas
adjacentes – dividido em dezassete distritos (Decreto de 18 de julho de 1835). Em
1976, a Constituição da República Portuguesa estabelecia a divisão de Portugal em
regiões autónomas (Açores e Madeira) e regiões administrativas (a serem criadas no
continente). A criação em concreto das regiões administrativas foi objeto de um
referendo em 1998. A proposta foi, no entanto, rejeitada e o referendo não foi
considerado vinculativo pela baixa participação dos eleitores. Segundo o artigo 291.º,
“enquanto as regiões administrativas não estiverem concretamente instituídas, subsistirá
a divisão distrital” (Constituição da República Portuguesa, 1976).
Entretanto, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) estabeleceu
uma Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) comum a
todos os países da União Europeia em três níveis. Portugal foi dividido em três NUTS
1: Portugal Continental, Açores e Madeira; sete NUTS 2, correspondendo às duas
regiões autónomas e às cinco regiões geridas pelas Comissões de Coordenação e
Desenvolvimento Regional; e trinta NUTS 3, correspondendo a grupos de concelhos
(INE, 2014).
No caso em apreço neste relatório, há uma correspondência exata dos limites
administrativos do antigo distrito de Viana do Castelo com a sub-região estatística
portuguesa (NUTS 3) Minho-Lima. Outra designação também comum para este
conjunto de municípios é Alto Minho. Por conseguinte, neste trabalho serão usadas
indistintamente as designações distrito de Viana do Castelo, Minho-Lima e Alto Minho
para designar exatamente o mesmo território.
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Figura 1 Localização da sub-região Minho-Lima no contexto nacional
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Minho-Lima
O distrito de Viana do Castelo (NUTS 3: sub-região de Minho-Lima) situa-se, de
forma geral, entre os rios Minho (com foz em Caminha) e Lima (com foz em Viana do
Castelo), faz fronteira a norte e a leste com a Espanha, a sul com o distrito de Braga
(NUTS 3: sub-região do Cávado) e a oeste com o Atlântico. Posicionado entre o Grande
Porto e a Galiza, integra uma euro-região (Norte Litoral de Portugal e Galiza), desde
Aveiro até à Corunha-Ferrol e constituída, do lado português, por Aveiro, Grande Porto,
Vales do Ave e do Cávado e Minho-Lima, e, do lado galego, por Vigo-Pontevedra,
Santiago e Corunha-Ferrol (Simão e Ribeiro, s/d: 4).
No Minho-Lima a paisagem natural assume uma particular importância,
salientando-se o facto de englobar grande parte do território do Parque Nacional da
Peneda-Gerês, mas também de facto de existir uma rede complementar de áreas
naturais: Rede de Áreas Protegidas de Interesse Nacional e Rede Natura 2000.
Trata-se de uma região que apresenta um povoamento disperso que tem causas
históricas (nomeadamente a sucessiva fragmentação da propriedade), causas
económicas (economia rural assente na policultura intensiva e na autossubsistência
familiar) e ainda razões de ordem geográfica (relevo acidentado, fertilidade dos vales).
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Os aglomerados de maior dimensão localizam-se ao longo dos vales do Lima e Minho e
na faixa litoral (Simão e Ribeiro, s/d: 4).
Em 2011 a sub-região Minho-Lima tinha cerca de 250 mil habitantes, o
equivalente a 6,7% da população da região Norte e a 2,4% da população portuguesa. A
densidade populacional é de 113 hab/km2, similar ao valor médio nacional mas muito
aquém dos 176 hab/km2 da região Norte. De notar que o território é marcado pela perda
de população residente, consequência de processos como a forte emigração e a
diminuição da natalidade. O Minho-Lima enfrenta um grave problema de
envelhecimento demográfico, apresentando um rácio de 160 idosos por cada 100
jovens, contra 113 em Portugal e 96 na região Norte. Este fenómeno é particularmente
grave nos municípios Melgaço (índice de 376,9), Monção (258,8), Arcos de Valdevez
(254,9) e Paredes de Coura (217,8). O valor mais baixo regista-se em Ponte de Lima
(116,7) (Simão e Ribeiro, s/d: 7). Por outro lado, o distrito de Viana do Castelo
apresenta níveis de escolaridade inferiores aos da região Norte de Portugal, sendo de
salientar, simultaneamente, o maior peso de população analfabeta e a menor expressão
dos níveis de escolaridade mais elevados. A taxa de analfabetismo da população ainda
ronda os 10%, com maior incidência nos municípios de Arcos de Valdevez, Paredes de
Coura e Ponte da Barca (Simão e Ribeiro, s/d: 15).
Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) da sub-região Minho-Lima, a preços
correntes, rondava os 2,5 mil milhões de euros (o equivalente a 1,6% do total nacional e
a 5,4% do total da região Norte). Em termos de Valor Acrescentado Bruto (VAB), a
relevância nacional da sub-região rondava os 1,5% (cerca de 5% do total da região
Norte). As atividades industriais representavam 18% do total do VAB do Minho-Lima
(correspondendo apenas a 1,7% do VAB industrial nacional). A indústria assume neste
distrito uma importância económica mais reduzida, desenvolvendo-se uma estrutura
produtiva essencialmente terciarizada. Em 2009, o PIB per capita da sub-região, a
preços correntes, era de 10,3 milhares de euros (valor abaixo da média nacional, de 15,8
milhares de euros, e da média da região Norte, de 12,7 milhares de euros). O índice de
disparidade do PIB per capita da sub-região em relação à média nacional permite
concluir que o Minho-Lima apresenta um PIB per capita cerca de 35% abaixo do valor
médio nacional (Simão e Ribeiro, s/d: 8). Em termos empresariais, o distrito de Viana
do Castelo caracteriza-se por ser um território com uma estrutura muito assente em
empresas de pequena dimensão associadas ao comércio, ao alojamento e à restauração,
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mas em que as atividades industriais e de construção têm vindo a ganhar importância,
sobretudo enquanto atividades geradoras de emprego e volume de negócios. O concelho
de Viana do Castelo assume claramente a posição de principal polo de atividade
económica, com Ponte de Lima, Valença e Vila Nova de Cerveira como polos de
segundo nível (Simão e Ribeiro, s/d: 11).
Do ponto de vista turístico, o Minho-Lima localiza-se entre duas regiões com
uma procura turística já muito desenvolvida, centrada em produtos turísticos de forte
procura: o Grande Porto – com as atrações da “marca Porto” e do vale do Douro – e a
Galiza – com a atração do turismo religioso de Santiago de Compostela. No entanto, a
sub-região apresenta ativos naturais e culturais próprios que concorrem para a sua
afirmação como destino turístico de eleição, de entre os quais se destacam os solares, a
gastronomia, o vinho verde, o Caminho Português de Santiago, os centros históricos
medievais, a paisagem (o Parque Nacional da Peneda Gerês, mas também a excelente
combinação de mar-rio e vale-serra), os desportos náuticos, entre outros (Simão e
Ribeiro, s/d: 24).
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1.2. Caracterização dos concelhos
Figura 2 Mapa dos concelhos do distrito de Viana do Castelo
Fonte: http://opiniofirma.blogspot.pt/2010/07/distrito-de-viana-do-castelo-devia-ter.html
Arcos de Valdevez
Arco de Valdevez, do ponto de vista sócio demográfico é caracterizado por ser
um município de 36 freguesias, com uma área de 450 km2, com uma população 22.847
habitantes (INE, 2011).
Com uma paisagem verde e uma arquitetura solarenga, banhada pelo rio Vez e
uma vila carregada de história. É concelho com uma enorme variedade geográfica, com
património natural de eleição, integrado no complexo montanhoso do Parque Nacional
da Peneda-Gerês. Rico em áreas de regadio e de terrenos férteis proporcionados pelo rio
e de alternância de zonas de serra e de planície.
Vila lendária, com mais de nove séculos de História, Arcos de Valdevez possui
um vasto número de monumentos históricos e etnológicos. Este vasto e rico património
arquitetónico, histórico e cultural divide-se na beleza natural dos montes e vales, às
diferentes manifestações artísticas e arquitetónicas dos inúmeros, castelos, igrejas,
torres, pontes, ermidas e vestígios de civilizações antigas.
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Não podemos esquecer o centro histórico, onde a arquitetura do barroco nacional
está bem presente, encontrando-se, em exemplo na igreja do Espírito Santo, Matriz ou
na Lapa. No concelho podemos visitar o santuário da Nossa Senhora da Peneda, os
espigueiros de Soajo e o mosteiro de Ermelo. Este município possui também belíssimas
paisagens serranas que contrastam entre vales e pequenas aldeias típicas (Município de
Arcos de Valdevez, 2008).
Caminha
Demograficamente o município de Caminha é caracterizado por ter uma
população de 17.000 habitantes, constituído por de 20 freguesias numa área de 137 km2
(INE, 2011).
Geograficamente heterogéneo, com praias, serras e rios, e com uma localização
estratégica, dada a sua proximidade de Espanha.
O município possui grande interesse histórico, algumas das suas construções
contam séculos de história. De entre muitos podemos referir, a igreja Matriz, a torre do
Relógio, o chafariz, as muralhas, o forte da Ínsua, etc.
Em termos ambientais, Caminha possui uma grande diversidade natural onde
podemos encontrar praias marítimas e fluviais, serras e matas de grande valor
paisagístico. Podemos destacar a Mata Nacional do Camarido.
Culturalmente, Caminha tem para oferecer a cultura genuína e popular que ainda
se manifesta em festas e romarias populares, sendo as mais importantes, as festas em
honra a Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora da Bonança, São Bento, a festa das Solhas
e a romaria de São João d’Arga. Não esquecendo as galerias de arte, teatro municipal e
o museu (Município de Caminha, 2009).
Melgaço
Com uma superfície de 239,04 km², Melgaço possui 18 freguesias com uma
população 9.213 habitantes (INE, 2011).
É um município cheio de história e revelador do seu passado. No planalto de
Castro Laboreiro são às dezenas as sepulturas megalíticas e as mamoas, que atestam a
presença milenar do homem que percorreu as montanhas. Outros marcos históricos são,
os castelos de Melgaço e de Castro Laboreiro, os conventos, as igrejas, as capelas, e
alguns solares.
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Em termos ambientais, há a destacar a área protegida portuguesa de estatuto de
proteção mais elevado, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, com uma diversidade de
ecossistemas pouco alterados pelo Homem e rica em fauna e flora. Estão disponíveis
um vasto leque de ofertas, no que respeita a atividades ao ar livre, desde, trilhos ao
longo das margens do rio Minho ou na serra de Castro Laboreiro. Para os mais
aventureiros existem os desportos radicais como, descidas de rio em canoas ou rafts,
rapel, slide e canyoning.
As ofertas culturais passam por grandes eventos, como a festa do Alvarinho e do
Fumeiro e a festa da Cultura que se realizam todos os anos no município supracitado.
Realizam-se ainda, outras festividades como, as marchas de São João e por ocasião do
Corpo de Deus, constroem-se tapetes de flores que embelezam as ruas (Município de
Melgaço, 2014).
Monção
O município assenta em base territorial de cerca de 212 km2, divididos
administrativamente por 33 freguesia e possui uma população residente de 19.179
pessoas (INE, 2011).
Monção foi desde muito cedo palco de uma intensa ocupação humana que ao
longo dos tempos foi moldando a sua paisagem. Célebre no decurso das Guerras
Fernandinas, pela maneira curiosa e energética de uma mulher, que impôs aos
castelhanos o fim do cerco, atirando-lhes os últimos mantimentos, Deu-la-deu Martins
era seu nome. O município possui um grande número de elementos patrimoniais de
relevo, é de salientar, o castro de São Caetano, o castelo de Monção, o palácio da
Brejoeira, a igreja de Valadares, a igreja de Longos Vales, a igreja de Ceivães, as termas
de Monção, etc.
Do ponto de vista ambiental, existem trilhos pedestres que permitem o contacto
com as realidades da região minhota, ricas em fauna e flora. Os percursos pedestres são
inúmeros ao longo das margens do rio Minho e de ribeiras. Não podemos esquecer a
gastronomia ligada aos cursos de água, à lampreia e ao sável, são imagem de marca
desta região.
No cartaz cultural, podemos referir que existe uma panóplia de atividades, desde
as tradicionais festas em honra dos santos padroeiros, em exemplo a festa em honra da
Virgem das Dores e a festa do Corpo de Deus, que são também as festas do município.
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É de visita obrigatória o museu, e as casas museu existentes no município (Município de
Monção, 2014).
Paredes de Coura
Com uma superfície de 138,02 km², Paredes de Coura possui suas 16 freguesias
com uma população 9.198 habitantes (INE, 2011).
A região foi habitada em tempos remotos, já que se encontra bem documentado
pelos múltiplos vestígios da civilização dolménica ou castreja. Do seu património
arquitetónico e arqueológico destacam-se o castro de Cossourado, o palacete Miguel
Dantas, a Casa Grande de Romarigães, a igreja românica de Rubiães, a capela do Ecce-
Homo, bem como, alminhas, cruzeiros, capelas e igrejas e pinturas. Os caminhos de
Santiago e as vias romanas são também de referir.
Para os amantes de turismo de natureza existem vários circuitos, onde se
poderão encontrar grandes valores históricos, paisagísticos, naturais e uma ruralidade
bem preservada e marcada. Pode-se observar montes e vales, riachos e cascatas e
formações graníticas monumentais. Corno de Bico, área classificada como Área de
Paisagem Protegida, integrada na Rede Natura 2000, oferece a possibilidade de
observação de várias espécies autóctones como, garças, águias, falcões, andorinhas,
pica-paus, lagartos, lagartixas, cobras, esquilos, raposas, ginetas, coelhos, javalis,
corços, lontras, de entre outras espécies animais e vegetais.
Culturalmente este município oferece atividades culturais realizadas no Centro
Cultural e no Museu Regional. As tradicionais festas de padroeiro acontecem um pouco
por todo lado e durante todo o ano. Não podemos esquecer o Festival de Verão, de
renome (Município de Paredes de Coura, 2014).
Ponte da Barca
Demograficamente o município de Ponte da Barca é caracterizado por ter uma
população de 12.000 habitantes, constituído por de 17 freguesias numa área de 185 km2
(INE, 2011).
Ponte da Barca, concelho montanhoso, banhado pelo rio Lima e, à semelhança
da maioria das terras portuguesas, de origens remotas, como provam os achados
arqueológicos. A história desta vila prende-se com o atravessamento do rio Lima, tendo
sido primeiro denominada de Barca, porque o atravessamento era feito na época
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somente por uma barca, e passado posteriormente para Ponte da Barca, aquando da
construção da sua primeira ponte. Podem ser motivos de atração o seu património
histórico e natural. Do ponto de vista arquitetónico, é possível encontrar casas
senhoriais, o castelo e os espigueiros do Lindoso, a igreja Matriz, o pelourinho, o
Mercado Pombalino, entre muitos mais exemplares, do património existente no
concelho.
No que diz respeito ao turismo de natureza, é possível desfrutar das paisagens
inconfundíveis minhotas, o Lima e as suas pesqueiras (pesca da lampreia), possui ainda
coutos de caça, bem como, condição para a prática de desportos náuticos e praia fluvial.
Gastronomicamente rica com ligação à caça e ao rio, sem esquecer o vinho Alvarinho,
bom representante da região (Município de Ponte da Barca, 2012).
Ponte de Lima
Município com 320,26 km² de área, com uma população residente de 43.498
habitantes e está subdividido em 51 freguesias (INE, 2011).
Ponte de Lima é a vila mais antiga de Portugal, a sua história remonta ao ano
1125, quando carta de foral foi outorgada pela rainha D. Teresa, referindo-se à vila
como Terra de Ponte. A ponte, que deu nome à terra, de grande importância e
significado em todo o Alto Minho, era a única passagem segura do rio Lima, até aos
finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um
troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da
arquitetura e de beleza inquestionável.
Ponte de Lima é a vila mais florida de Portugal. Com alguns anos de tradição, o
cuidado dos jardins e espaços verdes do município têm vindo a potenciar a atratividade
e a conquistar novos visitantes apreciadores de flores e jardins. É de referir a
monumentalidade e beleza de alguns deles, como exemplo, Parque Temático do
Arnado, o Jardim Romano, o Jardim Labirinto, entre muitos outros.
O município possui varias estruturais culturais como o Teatro Diogo Bernardes,
o Museu dos Terceiros, o Museu Rural, a torre da Cadeia Velha, a capela das Pereiras, o
Paço do Marquês, a Oficina das Artes, o Museu do Brinquedo Português instalado na
Casa do Arnado, entre outros. Existe também um cartaz de feiras e eventos durante todo
o ano, com múltiplas temáticas, desde gastronomia, pecuária. Em exemplo, a Feira do
Cavalo e a Feira do Fumeiro (Município de Ponte de Lima, 2012).
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Valença
Com uma superfície de 117,43 km², Paredes de Coura possui suas 16 freguesias
com uma população 14.127 habitantes (INE, 2011).
De origens muito remotas, como as gravuras rupestres provam, recebeu foral de
D. Sancho I, sendo então designada de Contrasta. É desde 1262 designada por Valença
e muitas vezes designada como Valença do Minho.
O ambiente e o património são marcas de Valença, pela natureza exuberante,
pela aposta no turismo de natureza, patrimonial e gastronómico. Do rico património
histórico e arquitetónico podemos evidenciar o convento de Nossa Senhora de Mosteiró,
a igreja de São Fins de Friestas, a casa do Crasto ou ponte do Manco, o convento de
Ganfei, a igreja do Salvador de Ganfei, a ponte Velha, as fortificações da praça de
Valença do Minho, de entre muitos outros monumentos de grande beleza.
Do ponto de vista do património natural são de destacar os percursos pedestres
ao longo das margens do rio Minho, bem como vários trilhos com ligações a outros
municípios vizinhos, existem também vários parques de lazer, onde se podem realizar
um leque de atividades lúdicas.
Culturalmente, Valença oferece um conjunto de museus, dos quais se destacam,
o museu do Bombeiro, o museu Ferroviário, o museu Rural, de entre outros. Existe
também um conjunto de atividades culturais ligadas à ruralidade do município, como a
feira das Tradições ou a feira das Desfolhadas. Por outro lado, o município tem um
leque variado de ofertas para atender um público bastante heterogéneo, desde a dança,
musica, ou outras temáticas como a fortaleza dos Namorados ou do Chocolate. Não
podemos deixar de referir, que é comum a todos os municípios já referenciados, as
festas municipais em honra de São Teotónio, bem como as romarias em honra do
padroeiro que animam os verões, quando os emigrantes regressam às suas terras de
origem (Município de Valença, 2014).
Viana do Castelo
O município de Viana do Castelo tem uma área de 314 km² e 88.725 habitantes
(2011), e encontra-se dividido em 40 freguesias. A cidade de Viana do Castelo é sede
do distrito homónimo.
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16
A ocupação humana da zona remonta ao Mesolítico, conforme testemunham
achados arqueológicos. A vila de Viana da Foz do Lima, como era então chamada,
recebeu carta de foral de D. Afonso III em 1258. Tornou-se um importante entreposto
comercial, desenvolvendo comércio marítimo com o norte da Europa, o que levou à
criação da Associação Comercial de Viana do Castelo, em 1852, a quarta entidade
patronal mais antiga do país.
O centro de Viana do Castelo reúne monumentos de diversos estilos e épocas.
Destacam-se a igreja matriz (século XV), a da Misericórdia (século XVI), o edifício da
Câmara Municipal e o seu chafariz de 1559. Fora do centro da cidade, no alto do monte
de Santa Luzia, destaca-se a basílica do Sagrado Coração de Jesus, construída em 1903
e inspirada no Sacré Cœur, de Paris.
O ciclo de festas na cidade inicia-se no mês de maio, com a Festa das Rosas de
Vila Franca do Lima. No entanto, o ponto alto é a tradicional Romaria de Nossa
Senhora da Agonia, no mês de agosto. Na Festa do Traje Etnográfico podem admirar-se
os tradicionais trajes femininos, ricamente adornados com as típicas filigranas. A
procissão ao mar e as ruas enfeitadas com tapetes florais atraem milhares de turistas e
visitantes (Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2014).
Vila Nova de Cerveira
O município de Vila Nova de Cerveira tem uma área de 108 km² e 9.253
habitantes (INE, 2011), e encontra-se dividido em 15 freguesias.
A presença humana no território é bastante antiga, o que é atestado pelo grande
número de castros espalhados pelo território. No entanto, o concelho de Cerveira só
viria a ganhar expressão aquando do processo de reconquista e da independência de
Portugal, quando o rio Minho se assumiu como fronteira. Necessidades defensivas
levaram à construção de castelos e fortes. As Guerras da Restauração, no século XVII,
motivaram a construção da fortaleza que envolveu toda a vila e que desempenhou papel
relevante também aquando das Invasões Francesas.
Castelo e fortalezas são hoje importantes marcos do património histórico. Desde
2005 existe o Aquamuseu que recria o percurso do rio Minho, as suas espécies naturais
e as tradições e atividades que lhe estão associadas. O município é também conhecido
pela Bienal de Cerveira, exposição de arte que, desde 1978, se realiza a cada dois anos.
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17
Sendo o certame do género mais antigo do país, a Bienal de Cerveira é dirigida à
promoção da arte contemporânea (Município de Vila Nova de Cerveira, 2014).
1.3. Oferta turística
O Minho-Lima insere-se na região turística do Porto e Norte. Segundo o PENT,
esta será uma das regiões de destino com um dos melhores desempenhos de
crescimento, prevendo-se que cresça anualmente a uma taxa de 8,5%, atingindo mais de
1,7 milhões de dormidas de estrangeiros em 2015 (Turismo de Portugal, 2007).
É, de facto, um dos mais importantes destinos turísticos do Norte de Portugal,
pelos seus recursos turísticos e a sua localização privilegiada em área de fronteira com a
Galiza. Para potenciar o turismo na região é importante conhecer o perfil do turista
galego, já que, em 2009, as dormidas dos galegos em estabelecimentos hoteleiros
portugueses representaram mais de 29% das dormidas totais de espanhóis, tendo o
consumidor galego gerado 7,53% do total das receitas portuguesas. O turista galego tem
uma forte relação com os destinos Porto e Norte de Portugal, pela proximidade
geográfica, mas também, pela proximidade do aeroporto internacional Francisco Sá
Carneiro (Augusto Mateus & Associados, 2012). Além do mercado espanhol que
representa 13%, os mercados turísticos de maior expressão na região do Norte são o
Reino Unido (4%) e a França (4%) – correspondendo a 60% das dormidas na hotelaria
global (PROT-Norte, 2008: 20).
Por outro lado, a oferta de alojamentos, caracteriza-se por ser, na maioria, de
tipologia de pensões e hotéis, como é possível de verificar no quadro 1 com
percentagens referentes ao ano de 2012 para a sub-região de Minho-Lima, Norte e
Portugal.
Ressalva-se que em alguns concelhos os empreendimentos hoteleiros são
inexistentes. A capacidade de alojamento do Minho-Lima aumentou 10% entre 2002-
2010 (diferencial de 3.192 para 3.504 camas). No entanto, este aumento é inferior à
média nacional.
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Quadro 1 Tipo de alojamento por localização geográfica para o ano de 2012
Fonte: Gráfico de elaboração própria com base nos dados do INE.
Os estabelecimentos do Alto Minho registaram, entre 2002 e 2010, um número
de dormidas abaixo da média dos valores nacionais e da região Norte (9% e 36%,
respetivamente), representando apenas 6% das dormidas da região Norte. Os concelhos
de Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Caminha atingiram as taxas líquidas de
ocupação mais elevadas. Porém, existe uma capacidade de conferir e acomodar um
aumento da procura na região.
O Alto Minho detém um conjunto diferenciado de recursos turísticos,
identificando-se, no conjunto dos dez concelhos, algumas similaridades que podem ser
potenciadas e promovidas em conjunto. O património natural existente merece um
destaque particular, pois detém grande importância e capacidade de atração de novos
públicos. Espera-se que, em 2015, o Turismo da Natureza dirigido a Portugal motive
43,3 milhões de viagens (crescimento anual de 7%, segundo o PENT), sendo a
Alemanha e a Holanda os principais mercados emissores (representando 25% e 21%
desse mercado) (Augusto Mateus & Associados, 2012: 18). Existe um grande número
de estabelecimentos de turismo em espaço rural (TER), na região Norte, que
representam cerca de 44% do valor nacional, correspondendo a 28% no total das
dormidas (PROT-Norte, 2008: 21).
Sabe-se que o Turismo da Natureza potencia atividades que vão desde a
contemplação paisagística, aos trilhos, à observação de aves, aos desportos radicais,
permitindo uma estadia mais prolongada do turista nesta região. Por isso, o Turismo da
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Natureza é um produto turístico prioritário para a região Norte, segundo o PENT.
Representando cerca de 22 milhões de viagens na Europa, correspondendo a 9% do total
de viagens de lazer realizadas pelos europeus. A oferta do Alto Minho para o Turismo
da Natureza é bastante alargada, podendo-se realçar o Parque Nacional da Peneda
Gerês, Parque Natural do Litoral Norte, Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e
São Pedro de Arcos e Paisagem Protegida do Corno do Bico, espaços que, pela sua
diferente tipologia, oferecem um conjunto de atividades bem diferenciadas, podendo
agradar a um vasto leque de públicos (Turismo de Portugal, 2007).
Figura 3 Diversidade de oferta nos diversos concelhos do Alto Minho
Fonte: Plano de Desenvolvimento do Alto Minho - Desafio 2020 (Augusto Mateus & Associados, 2012: 21).
Analisando a figura, será de realçar a diversidade na oferta do tipo de Turismo
Cultural e Alternativo um pouco por todo o distrito que inclui o Turismo Religioso –
Caminho de Santiago, festas religiosas, como a festa de Nossa Senhora da Agonia em
Viana do Castelo; e romarias –, o Turismo em Espaço Rural, o Turismo de Natureza e
de Aventura, o Enoturismo, não esquecendo, naturalmente as praias costeiras e fluviais.
Não obstante, existe alguma especificidade geográfica desta oferta que poderá funcionar
como elemento diferenciador para a motivação turística. É o caso da existência de
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estâncias termais em Monção e Melgaço; da Feira Internacional do Jardim, em Ponte
Lima; do Festival Internacional de Música, em Paredes de Coura; do Festival
Internacional de Piano, em Valença ou da Feira Medieval e a Feira de Doçaria, em
Caminha.
Por fim, sem dúvida, que se verifica uma possibilidade de agrupar dois tipos de
oferta turística segundo uma organização geográfica:
A orla costeira, com oferta de sol e praia;
O interior, com oferta de turismo natureza.
O elemento comum é o turismo cultural centrado na gastronomia/enoturismo e
religião (caminho de Santiago de Compostela).
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2. Metodologia
Sendo o objetivo do nosso relatório fazer uma análise socioeconómica da
atratividade ao investimento turístico dos municípios do distrito de Viana do Castelo,
tivemos que criar um modelo de análise – um índice geral que avaliasse um conjunto de
indicadores pertinentes com ligação direta e indireta à oferta e atividade turística. O
processo metodológico incluiu, numa fase inicial, uma revisão bibliográfica e a recolha
de dados de diversas varáveis explicativas no site do Instituto Nacional de Estatística
(INE) e da Pordata - Base de Dados de Portugal Contemporâneo, organizada pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Para contextualizar o distrito de Viana do Castelo e os dez municípios que o
constituem – Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte
da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira –
recorremos às seguintes fontes secundárias como bibliografia, documentos oficiais e
recolha de informação nos sites oficiais dos diversos municípios.
No nosso trabalho de análise dos dez municípios do distrito de Viana do Castelo
– Minho-Lima na nomenclatura das unidades territoriais para fins estatísticos de nível 3
(NUTS 3) – para explicar as dormidas totais (nacionais e de estrangeiras) registadas
entre 2007 e 2011, começámos por analisar um conjunto muito alargado de cerca de 50
possíveis variáveis explicativas. Deste grupo, acabámos por selecionar as dez que nos
pareceram ter um impacto mais decisivo na explicação dos números de dormidas
registados.
As dez variáveis foram agrupadas da seguinte forma:
1) Ambiente
a) Sítios da Rede Natura 2000
Designa-se por Rede Natura 2000 o conjunto de áreas de conservação de habitats e
espécies selvagens raras, ameaçadas ou vulneráveis na União Europeia. O distrito de
Viana do Castelo integra oito dessas áreas, com especial destaque para o Parque
Nacional da Peneda-Gerês. Entendemos que as zonas naturais protegidas constituem
um forte fator de atratividade de turistas ao Alto Minho, pois ocupam uma grande
extensão do seu território.
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b) Qualidade das águas balneares (com qualidade boa e/ou excelente)
A qualidade das águas balneares representa um importante indicador de qualidade
ambiental e um fator de saúde. A qualidade das águas balneares é, por isso, um fator
relevante na escolha de um local para férias. O distrito de Viana do Castelo tem uma
zona litoral com praias marítimas, bem praias fluviais, especialmente ao longo dos
rios Minho e Lima. Em nenhum município do distrito de Viana do Castelo se
verificou a atribuição de má à qualidade das águas balneares, sejam elas interiores,
de transição ou costeiras, e algumas obtiveram a classificação de boa ou excelente.
2) Cultura
a) Despesa média das câmaras municipais em cultura e desporto
Inclui o montante médio aplicado pela autarquia em património cultural,
publicações e literatura, música, artes cénicas, atividades socioculturais, recintos
culturais, jogos e desportos. Numa época em que o Turismo Cultural adquire
particular relevância, este indicador afere o empenho da edilidade na promoção
cultural e desportiva do município, importantes fatores de atração de turistas.
b) Galerias de arte e outros espaços para exposições temporárias
Este indicador afere a existência de galerias de artes e espaços para exposições
temporárias. Tal como o anterior, atesta a sofisticação do município em termos
culturais, o que se traduz em mais turistas.
3) Dinamismo económico
a) Ganho médio mensal
A remuneração mensal média dos trabalhadores por conta de outrem é um indicador
importante para aferir, não apenas o nível de vida da região, como também a
especialização da mão-de-obra e a sofisticação do local.
b) Número de empresas
Este é também um indicador importante do dinamismo económico da região.
Quantas mais empresas uma região albergar, maior será o seu desenvolvimento e a
sua capacidade de atrair novos habitantes e investimentos.
4) Serviços de apoio
a) Caixas multibanco (ATM) por 10 mil habitantes
Este rácio atesta o dinamismo económico do município. Quanto mais ATM
existirem por 10 mil habitantes, maior será a prosperidade económico-financeira do
local.
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b) Farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1000 habitantes
As farmácias são serviços de apoio importantes para a população, em geral, e para
os turistas em particular. Uma boa rede de farmácias pode ser um fator relevante na
satisfação do turista.
5) Serviços hoteleiros
a) Capacidade de alojamento
O número de camas existente numa dada localidade atesta a atratividade do local em
termos turísticos. Em princípio, existe uma correlação direta entre a capacidade de
alojamento e a procura turística habitual do município.
b) Taxa líquida de ocupação cama em estabelecimentos hoteleiros
Para além da quantidade de camas existentes, é fundamental aferir qual é a sua taxa
de ocupação. Uma taxa de ocupação elevada indicia a oportunidade de aumento do
número de camas disponíveis, eventualmente pela abertura de novas unidades
hoteleiras.
Consideramos que, para a construção do nosso índice geral e tendo em conta a
oferta natural e cultural dos municípios, as variáveis seleccionadas não têm um peso
equitativo na representação da competitividade e atractividade turística, seja para o
turista, seja para o investimento decidimos pelo seguinte peso relativo de cada variável
explicativa:
Quadro 2 Variáveis explicativas do número de dormidas no distrito de Viana do Castelo seu peso relativo
Designação do. Índice Variável explicativa Peso relativo
Ia Sítios da Rede Natura 2000 15%
Ib Qualidade das águas balneares 15%
Ic Despesa média das câmaras municipais em cultura e desporto 15%
Id Galerias de arte e espaços para exposições 15%
Ie Ganho médio mensal 7,5%
If Número de empresas 7,5%
Ig Caixas multibanco (ATM) por 10 mil habitantes 7,5%
Ih Farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1000 habitantes 7,5%
Ii Capacidade de alojamento 5%
Ij Taxa líquida de ocupação cama em estabelecimentos hoteleiros 5%
Fonte: Elaboração própria.
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Favorecemos as variáveis relacionadas com o Ambiente e a Cultura, porque
acreditamos serem os grandes fatores de atração de turistas ao distrito de Viana do
Castelo.
A fórmula final para análise resulta da soma dos índices encontrados para cada
variável explicativa:
I.G. = [(0,15*Ia) + (0,15*Ib) + (0,15*Ic) + (0,15*Id) + (0,075*Ie) + (0,075*If) +
(0,075*Ig) + (0,075*Ih) + (0,05*Ii) + (0,05*Ij)]
Acreditamos que este conjunto de indicadores nos ajuda a explicar as
dormidas registadas nos dez municípios do distrito de Viana do Castelo e, por
conseguinte, revelará o município com a melhor oferta natural, cultural, serviços e
infraestruturas para o investimento turístico.
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3. Apresentação e análise dos resultados
Em termos médios, entre 2007 e 2011, o distrito de Viana do Castelo e os seus
municípios apresentam um total de dormidas de 30.296 por ano. Estes valores serão
aqueles que pretendemos explicar com o conjunto de variáveis que selecionamos para
aferir quais os municípios mais atrativos ao investimento turístico.
Quadro 3 Total de dormidas no distrito de Viana do Castelo e respetivos municípios
Dormidas
2007 2008 2009 2010 2011 média
Distrito de Viana do Castelo 33.308 32.286 31.264 25.296 29.329 30.296
Arcos de Valdevez 10.270 11.994 13.717 10.704 9.948 11.327
Caminha 55.183 43.730 32.276 32.128 43.444 41.352
Melgaço 0 0 0 0 0 0
Monção 17.133 16.040 14.947 2.328 n/d 12.612
Paredes de Coura 0 0 0 0 0 0
Ponte da Barca 5.771 3.901 2.029 2.565 n/d 3.567
Ponte de Lima 29.461 26.893 24.325 17.559 17.315 23.111
Valença 41.278 37.550 33.821 32.348 31.281 35.256
Viana do Castelo 137.704 149.565 161.425 129.113 115.474 138.656
Vila Nova de Cerveira 36.280 33.188 30.095 26.219 17.166 28.590 Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Para obtermos uma visão global sobre a competitividade turística do distrito de
Viana do Castelo, abordamos o panorama local (município) comparativamente ao país e
à Região Norte, no que respeita às dormidas entre 2007 e 2001. Observámos o seguinte:
Quadro 4 Variação percentual das dormidas entre 2007 e 2011
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
Portugal Norte Minho-Lima
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Reparamos que neste período houve uma resposta muito positiva do Norte face
ao território nacional, contudo o distrito de Viana do Castelo não acompanhou a
tendência e apresentou fortes quebras de afluência.
Por outro lado, ao analisar a origem dos turistas (nacionais ou estrangeiros) no
gráfico seguinte, reparamos que o distrito de Viana do Castelo é um destino muito
dependente do turismo interno, pois as dormidas de estrangeiros são pouco
significativas.
Quadro 5 Número de Dormidas nacionais e estrangeiras no distrito de Viana do Castelo
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
O gráfico seguinte apresenta a mesma análise de dormidas por município, mas
tendo em conta apenas as dormidas nacionais. Os municípios que apresentam maior
expressão no distrito são Viana do Castelo, seguido de Caminha e em terceiro Valença.
Quadro 6 Média de dormidas nacionais 2007-2011 no distrito de Viana do Castelo
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
0 50000 100000 150000 200000 250000 300000
2008
2009
2010
2011
2012
M
inh
o-L
ima
dorm. Estrangeiros dorm. Nacionais
9253
30637,6
8256,8 2667,2
0
1493,2 16359,2
25722,2
78524,4
21203 Arcos de Valdevez
Caminha
Melgaço
Monção
Paredes de Coura
Ponte da Barca
Ponte de Lima
Valença
Viana do Castelo
Vila Nova de Cerveira
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Antes de iniciarmos a análise a competitividade ao empreendimento turístico de
cada município, segundo o conjunto de variáveis que selecionamos, consideramos que
seria interessante analisar o distrito dividindo-o em grupos ou clusters. Criámos dois
grupos que integram os municípios que mais se assemelham pela oferta turística e pela
proximidade geográfica:
Orla costeira: composto pelos municípios de Caminha, Vila Nova de
Cerveira, Viana do Castelo e Valença, pela sua proximidade do mar;
Interior: composto por Arcos de Valdevez, Melgaço, Monção, Paredes de
Coura, Ponte da Barca e Ponte de Lima.
Analisando o seguinte gráfico verifica-se a vocação e tradição turística da Orla
Costeira do distrito de Viana do Castelo:
Quadro 7 População residente e dormidas nos concelhos da orla costeira e do interior do distrito de Viana do Castelo em 2012
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
No respeitante a dormidas,
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Quadro 8 Relação dormidas/população em Portugal, Norte e distrito de Viana do Castelo em 2012
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Se a nosso objetivo final é revelar qual o município mais atrativo ao
empreendimento turístico, temos de perceber quais os motivos que explicam o total de
dormidas que levaram a este comportamento. Selecionámos dez variáveis, verificámos
os valores ao longo de cinco anos (2007-2011), achámos a média e o índice para a
comparação entre variáveis ser possível e analisámos resultados. Apresentamos de
seguida os resultados por ordem decrescente de significância para a nossa proposta de
índice geral do distrito.
Quadro 9 Sítios da Rede Natura 2000
Sítios (ha) da Rede Natura 2000 por Localização geográfica; Anual
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 1.513.774 1.513.774 1.513.774 1.522.193 n/d 1.515.879 100,0
Arcos de Valdevez 21.196 21.195 21.195 21.197 n/d 21.196 1,4
Caminha 3.708 3.708 3.708 3.714 n/d 3.710 0,2
Melgaço 10.279 10.282 10.282 10.280 n/d 10.281 0,7
Monção 727 729 729 727 n/d 728 0,0
Paredes de Coura 4.628 4.628 4.628 4.630 n/d 4.629 0,3
Ponte da Barca 10.892 10.894 10.894 10.892 n/d 10.893 0,7
Ponte de Lima 2.204 2.204 2.204 2.202 n/d 2.204 0,1
Valença 1.129 1.132 1.132 1.127 n/d 1.130 0,1
Viana do Castelo 4.798 4.798 4.798 4.799 n/d 4.798 0,3
Vila Nova de Cerveira 717 717 717 717 n/d 717 0,0
Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
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Nesta variável, os destaques vão para Arcos de Valdevez, Melgaço e Ponte da
Barca, facilmente explicáveis já que parte dos seus territórios está integrada no Parque
Nacional da Peneda-Gerês.
Quadro 10 Qualidade das águas balneares
Qualidade das águas balneares; com qualidade boa e/ou
excelente *
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental n/d n/d n/d 404 403 404 100,0
Arcos de Valdevez n/d n/d n/d 1 0 1 0,1
Caminha n/d n/d n/d 4 4 4 1,0
Melgaço n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Monção n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Paredes de Coura n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Ponte da Barca n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Ponte de Lima n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Valença n/d n/d n/d 0 0 0 0,0
Viana do Castelo n/d n/d n/d 9 9 9 2,2
Vila Nova de Cerveira n/d n/d n/d 1 1 1 0,2
Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Os municípios de Viana do Castelo e de Caminha destacam-se pelo facto de se
encontrarem na orla costeira, com várias praias marítimas de boa e/ou excelente
qualidade de águas balneares.
Quadro 11 Despesa média das câmaras municipais em cultura e desporto
Despesa média das CM em cultura e desporto em € (milhares)
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 791.079 863.808 997.704 721.091 679.396 810.616 100,0
Arcos de Valdevez 2.290 1.740 2.068 1.943 2.307 2.070 0,3
Caminha 615 1.563 2.112 1.422 1.457 1.434 0,2
Melgaço 442 367 536 620 71.6 491 0,1
Monção 3.353 4.316 1.219 1.520 5.668 3.215 0,4
Paredes de Coura 1.509 1.715 1.599 1.291 1.561 1.535 0,2
Ponte da Barca 986 540 438 323 837 625 0,1
Ponte de Lima 1.944 2.867 2.512 2.802 1.986 2.422 0,3
Valença 122 1.605 320 386 420 571 0,1
Viana do Castelo 3.660 3.135 6.749 5.809 5.499 4.970 0,6
Vila Nova de Cerveira 1.688 2.508 1.980 1.429 1.343 1.790 0,2
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Sendo a capital do distrito e o município mais populoso, é a Câmara Municipal
de Viana do Castelo a que mais despende em cultura e desporto. Terá aqui um papel
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especial o investimento feito em festas tradicionais de grande projeção, como é o caso
da tradicional romaria de Nossa Senhora da Agonia, no mês de agosto ou na Festa do
Traje Etnográfico, onde se exibem os tradicionais trajes femininos, adornados com as
típicas filigranas.
Quadro 12 Galerias de arte e espaços para exposições.
Galerias de arte e outros espaços para exposições temporárias por município
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 760 796 845 837 843 816 100,0
Arcos de Valdevez 1 1 1 1 1 1 0,1
Caminha 4 4 4 4 3 4 0,5
Melgaço 1 1 1 0 1 1 0,1
Monção 1 1 1 1 1 1 0,1
Paredes de Coura 1 1 1 1 1 1 0,1
Ponte da Barca 0 0 0 0 0 0 0,0
Ponte de Lima 1 1 1 1 1 1 0,1
Valença 0 1 1 1 1 1 0,1
Viana do Castelo 8 8 9 8 8 8 1,0
Vila Nova de Cerveira 3 3 3 2 3 3 0,3
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Também nas galerias de arte e espaços para exposições, o município de Viana
do Castelo regista uma posição destacada no panorama do distrito. O valor registado por
Vila Nova de Cerveira terá provavelmente a ver com a Bienal de Cerveira, exposição de
arte contemporânea que, desde 1978, se realiza a cada dois anos, sendo o certame do
género mais antigo do país.
Quadro 13 Ganho médio mensal
Ganho médio mensal (€) por Localização geográfica; Anual
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 963,28 1.008,00 1.034,19 n/d n/d 1.001,82 100,0
Arcos de Valdevez 655,22 699,43 734,35 757,73 764,52 722,25 0,72
Caminha 755,94 812,31 879,21 911,42 854,88 842,75 0,84
Melgaço 662,49 708,86 729,92 766,26 753,07 724,12 0,72
Monção 656,12 701,77 718,65 769,33 768,06 723 0,72
Paredes de Coura 780,25 814,86 713,66 731,15 740,00 755,98 0,76
Ponte da Barca 681,55 717,96 753,82 790,09 789,51 746,59 0,75
Ponte de Lima 662,74 705,43 747,82 763,34 751,19 726,10 0,73
Valença 745,13 792,41 824,79 847,73 862,91 814,59 0,81
Viana do Castelo 801,36 847,99 901,24 916,73 944,07 882,28 0,88
Vila Nova de Cerveira 832,56 830,72 864,43 921,68 905,46 871,0 0,87
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Apesar de apresentar os valores mais elevados, a liderança do município de
Viana do Castelo não é tão evidente no que diz respeito ao ganho médio mensal. Vila
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Nova de Cerveira, Caminha e até Valença registam valores não muito distantes. Isto
estará relacionado com o recente desenvolvimento de parques industriais em Caminha e
até Valença, muito procurados por empresas espanholas pelo preço mais baixo dos
terrenos face ao outro lado da fronteira. Este fenómeno poderá estar a “inflacionar” os
salários locais.
Quadro 14 Número de empresas
Empresas (N.º) por Localização geográfica; Anual
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 1.206.116 1.235.093 1.198.781 1.144.150 1.112.000 1.179.228 100,0
Arcos de Valdevez 1.827 1.882 1.903 1.896 1.905 1.883 0,2
Caminha 2.187 2.194 2.156 2.129 2.107 2.155 0,2
Melgaço 750 741 698 698 684 714 0,1
Monção 1.899 1.981 1.927 1.868 1.927 1.920 0,2
Paredes de Coura 723 752 731 720 791 743 0,1
Ponte da Barca 939 996 992 987 979 979 0,1
Ponte de Lima 3.649 3.667 3.664 3.636 3.613 3.646 0,3
Valença 1.583 1.624 1.566 1.537 1.587 1.579 0,1
Viana do Castelo 9.593 9.700 9.617 9.225 9.127 9.452 0,8
Vila Nova de Cerveira 1.041 1.029 1.030 979 970 1.010 0,1
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Sendo a capital do distrito e o município mais populoso, Viana do Castelo
concentra a maioria das empresas.
Quadro 15 Caixas multibanco (ATM) por 10 mil habitantes
Caixas multibanco por 10 000 habitantes (n.º)
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 11,9 12,7 13,1 13,5 13,2 12,9 100,0
Arcos de Valdevez 5,9 7,3 7,3 7,4 7,5 7,1 0,55
Caminha 10,6 11,3 13,7 13,2 13,2 12,4 0.96
Melgaço 7,4 8,5 9,6 9,7 9,9 9,0 0,70
Monção 6,6 7,2 8,2 8,3 7,8 7,6 0,59
Paredes de Coura 5,3 5,4 6,5 6,5 6,5 6,0 0,47
Ponte da Barca 6,4 6,5 6,5 6,6 6,7 6,5 0,51
Ponte de Lima 7,2 7,7 7,5 8,3 8,3 7,8 0,60
Valença 12,0 12,0 12,7 12,7 12,1 12,3 0,96
Viana do Castelo 10,8 11,9 11,7 12,3 12,1 11,8 0,91
Vila Nova de Cerveira 8,7 9,8 9,7 8,6 9,7 9,3 0,72
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
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Este é um dos poucos indicadores nos quais a liderança não cabe a Viana do
Castelo, mas sim a Caminha, muito próximo de Valença. Isto estará relacionado com o
facto de Caminha e Valença serem municípios de fronteira. Até 2002, Portugal e
Espanha tinham moedas diferentes, pelo que o recurso a uma caixa multibanco seria dos
primeiros atos a que um turista vindo de Espanha recorria ao entrar em Portugal. O
número de terminais ATM ter-se-á mantido após a adoção do Euro. Uma vez que o
levantamento de dinheiro em caixas fora de Portugal está sujeito a taxas bancárias, é
provável que o turista português se abasteça de numerário nas localidades de fronteira
antes de entrar em Espanha.
Quadro 16 Farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1000 habitantes
Farmácias e postos farmacêuticos móveis por 1000 habitantes (n.º)
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 100,0
Arcos de Valdevez 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,2 0,80
Caminha 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,00
Melgaço 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,00
Monção 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,00
Paredes de Coura 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,00
Ponte da Barca 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,67
Ponte de Lima 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,67
Valença 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,67
Viana do Castelo 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,87
Vila Nova de Cerveira 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 1,00
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Este é outro dos indicadores nos quais a liderança não cabe a Viana do Castelo.
Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira têm índices
mais favoráveis, a par dos valores a nível nacional. De qualquer forma, a diferença em
relação a Viana do Castelo é reduzida.
Quadro 17 Capacidade de alojamento
Capacidade de alojamento (nº de camas)
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2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental n/d n/d 273.804 279.506 289.107 280.805,7 100,0
Arcos de Valdevez n/d n/d 256 188 188 210,7 0,1
Caminha n/d n/d 468 437 657 520,7 0,2
Melgaço n/d n/d 230 224 224 226,0 0,1
Monção n/d n/d 204 100 88 130,7 0,0
Paredes de Coura n/d n/d 42 43 61 48,7 0,0
Ponte da Barca n/d n/d 85 98 71 84,7 0,0
Ponte de Lima n/d n/d 261 230 271 254,0 0,1
Valença n/d n/d 462 432 411 435,0 0,2
Viana do Castelo n/d n/d 1.831 1.483 1.377 1563,7 0,6
Vila Nova de Cerveira n/d n/d 265 269 266 266,7 0,1
Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Em termos de número de camas, o município de Viana do Castelo tem uma
vantagem muitíssimo confortável. O segundo classificado, Caminha, não vai além de
1/3 da capacidade de alojamento da capital do distrito.
Quadro 18 Taxa líquida de ocupação cama em estabelecimentos hoteleiros
Taxa de ocupação cama - líquida (%) em estabelecimentos hoteleiros
2007 2008 2009 2010 2011 média índice
Portugal continental n/d n/d 38,3 38,7 40,0 39,0 100,0
Arcos de Valdevez n/d n/d 15,1 15,7 12,4 14,4 0,37
Caminha n/d n/d 21,9 24,1 23,5 23,2 0,59
Melgaço n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d
Monção n/d n/d 19,7 7,2 n/d 13,5 0,35
Paredes de Coura n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d
Ponte da Barca n/d n/d 9,6 9,6 n/d 9,6 0,25
Ponte de Lima n/d n/d 24,7 19,1 18,2 20,7 0,53
Valença n/d n/d 20,8 23,1 20,7 21,5 0,55
Viana do Castelo n/d n/d 26,4 24,0 21,5 24,0 0,62
Vila Nova de Cerveira n/d n/d 29,6 27,7 17,6 25,0 0,64
Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do INE.
Não só Viana do Castelo é líder na capacidade de alojamento, como também
apresenta a mais elevada taxa líquida de ocupação de camas, apesar de bastante abaixo
da média de Portugal continental.
Recordando a fórmula adotada para cálculo do índice geral:
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I.G. = [(0,15*Ia) + (0,15*Ib) + (0,15*Ic) + (0,15*Id) + (0,075*Ie) + (0,075*If) +
(0,075*Ig) + (0,075*Ih) + (0,05*Ii) + (0,05*Ij)]
Quadro 19 Índice geral de cada município
Legenda: n/d – dados não disponíveis. Fonte: Elaboração própria.
Quadro 20 Índices por município
Fonte: Elaboração própria.
Como o município de Viana do Castelo tem a liderança na maioria dos
indicadores, é sem grande surpresa que, no cômputo geral, aparece destacado, seguido,
mas a grande distância, por Caminha.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
Ia Ib Ic Id Ie If Ig Ih Ii Ij
Arcos de Valdevez
Caminha
Melgaço
Monção
Paredes de Coura
Ponte da Barca
Ponte de Lima
Valença
Viana do Castelo
Vila Nova de Cerveira
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Conclusões
Debruçando-nos sobre o distrito de Viana do Castelo e os dez municípios que o
compõem, ao longo do trabalho procurámos responder à pergunta de partida: Qual o
município mais atraente ou competitivo para o investimento turístico?
Procurámos começar por traçar, ainda que sumariamente, um perfil
socioeconómico e cultural do distrito. Partindo dos valores das dormidas dos diversos
concelhos, recolhemos dados e selecionámos as variáveis explicativas que julgámos
mais representativas. Atribuímos um peso relativo a cada uma e construímos um índice
para podermos estar em condições de chegar a conclusões concretas.
No decorrer do processo metodológico que pautou o presente relatório surgiram
alguns obstáculos. A limitação de tempo não permitiu uma análise ANOVA do nosso
índice geral, assim como, da atribuição das percentagens a cada variável. Preferimos a
Cultura e o Ambiente, mas, para uma análise de competitividade, talvez o dinamismo
económico tenha um peso igual ou superior.
No entanto, a análise permitiu-nos perceber a existência de dois clusters de
oferta: orla costeira e interior, que fará sentido prestar atenção quando se pretender
aumentar competitividade e promover turisticamente o distrito.
De entre os municípios analisados, há um que claramente se destaca – Viana do
Castelo – seguido, a bastante distância, de Caminha. Como o concelho de Viana do
Castelo é líder em quase todos os índices parcelares, não temos dúvida em afirmar que,
no âmbito do distrito em análise, este é o município mais atrativo em termos turísticos e
onde um investimento hoteleiro teria mais possibilidades de sucesso.
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