ano numero 150 — julho de 1952

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ANO NUMERO 150 JULHO DE 1952 PREÇO CR$ 5,00 A*^Sa. ^.m*****^^.*l^af^^^\. ^a^—^^r** ?A—;,l ^N I ,\ - \ <c f I \^ anwP^/^/^jP*****. ¦"-***/\ y^?"*nmJ''^^^ AwL. A an\P^*a¥ i W a*+*^^ ^B .aasaBW í% t\mW\ 1 ?\ \ ,a«*r _^-**^ZaS«**\ AJ ^W ^l a a**[S I / V 1 —— ' l \ VA $TH a^V \ I -^"*\ ^aasssssls^BsBssstsssssssw I 1 \ V. l\ \ X J>V*>^ >^/ ^V ^\. ^ y^ ZZ-fc- VV \ W ' *ass« J \ E\ \ \ I -a*a^\ l » 1 /aT a*aTA^A \ ^^^*^/^^l,*»W. ^^ErfAfg ^ \ ^*^^V $RASTEIRA ADEMAR Que Ingratidão, seu Getulio ! Afinal você ê meu amigo ou amigo da onça ? !

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ANO NUMERO 150 — JULHO DE 1952 — PREÇO CR$ 5,00

A* ^Sa. ^.m*****^^ .*l^af^^^\.

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LIVROS'E AUTORESRAUL DE AZEVEDO

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Instituto Nacional do Livro é um setor que honraa cultura brasileira. O Ministério da Educação eSaúde continua de parabéns, com o Diretor daquele

Instituto que é um nome fulgurante nas letras nacio-nais. Ninguém esquece diversos dos seus êxitos, entreos quais as Poesias Escolhidas de Castro Alves, ediçãocomemorativa, do centenário do nascimento do ¦poeta1847 - 1947.

Outro livro de êxito invulgar foi a Bibliografia deJoaquim Nabuco, conciencioso trabalho que muito bemelucida a. historiadores e escritores.

E não podemos esquecer A Pesquisa Histórica doBrasil, sua evolução e problemas atuais, por José Ho-norio Rodrigues, de certo um trabalho de grande crité-rio que honra o Instituto Nacional do Livro. E os nossosvotos são para que este continue a prestar à Nação osseus ótimos serviços.

O Ministério da.s Relações Exteriores, através doseu excelente Serviço de Publicações, acaba de lançara obra de Domingo F. Sarmiento Recordações da Pro^vincia numa tradução feliz de Acacio França,. Pertenceo volume a "Coleção Brasileira de Autores Argentinos"-

O livro, chamado dum "monumento de vaidade", étão bem feito e escrito, tão curioso, que conseguiu feertalvez a obra capital de Sarmiento.

E' um volume excelente, pela sua prosa e idéias,pelos conceitos nobres, e onde podemos a.ssinalar ossentimentos do autor, a sua gratidão que é um padrãodo seu caráter.

O autor de Facundo escreveu um grande livro, e oPalácio Itamarati fez muitíssimo bem em traduzi-lopara o português.

Um livro depoesias, Sombrase Devaneios, deYvonne. Azevedo,edição Pongetti,com ilustraçõesda Pernambuca-ina de talentos,leia se apresentacom este volumede estréia, que é,uma bela pro-messa.

Ela é de fatolima poetisa ex-ipontànea e sim-pies. E' uma ar-itista, inclusivenas gravurasque traz o seutraço marcante.

Neste mundolouco, é uma[sentimental, e a!sua musa é sim-pies e humana.

(Está claro queessa moça ain-<da, não é umagrande poetisa.Mas aconselha-,|mos a YvonneAzevedo que,'continue trata-lhando, lendo oSbons autores e

CORPO ESBELTOE FACEIRO...

TtXBO COCO MXXIIBO

SI* I Bio tsf« ncima para amaffaesr Toa.«M hcít em úiacu Vinho Chico Mineiro, tua.«o b* inala di mato Kculo l A parda de pees4 natorel nâo faa mal a nio provoca rasrai'ttaatota no tratamento • otpoü do tarotiro<núro o ura corpo tomara Unhaj flrmea a dal.OdM adquirindo forma tlefants mim}*

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LEITE DE ARROZPara manter a Umpaaa s a hatkms ds pai*an làXXTB D8 AKROI pela manhi, A urdear,u». oa maartiillaam * k noite ente* dedeitar Para fixar o pd d* um nao ba me*lbor «im o próprio LXTT» DS ARROZ. O aeaju**o cocutàUeU wm u ptrttcul-iJ monu •«Detonada* de pele, aardea, ajajajaa** peno*• rrare* lomenoo-e Uaa, macia, areladad*.e *Qm.nAodo o coetro de**fTsdl**l Ao rjer.

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MALHO — 4 V I I 1 9 52

CASÈMIRATROPICAL

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1/ O PANO QUE NÃO ACABA jlm-w-w^mmm9 » » < p 1 i u » ¦ ¦ 1 m**mw^mmp>m*m**w^^m^m**rW**wm

trabalhando. Com os predicados que tem e aperfeiço-ando a sua técnica, outro livro nos dará marcando êxitodefinitivo.

O romance histórico The Leving Wood, de Louis deWohl, apresenta-se em tradução do inglês para o nossoIdioma pelo Dr. Pio Benedito Ottoni, uma edição eleganteda Pongetti. Temos que felicitar o tradutor por ter tra-zido para o português este bom ramance,A árvore da inda.Ele está aprovado pela Igreja Católica Apostólica. Roma-na, pela resolução do Monsenhor Mello Lula. O pró-prio autor declara que se trata duma novela, não sendohistórica na sua generalidade, mas o fundo esse é ver-,dadeiro, embora tocado de certa fantasia. Mas SantaHelena e o Centurião Mlarcus Favonius Fasilis — est»tem estátua de bronze na Inglaterra. — existiram, emuitos dos fatos são verídicos. E' a persiguição sabido"e oficial do Império Romano contra a Igreja de Cristo".

Uma bela página é a de Louis de Wohl sobre a ce-lebre batalha da Ponte Milvia. E o romance históricomerece leitura.

•Há mais alguns livros, dos quais faremos uma re-

ferência rápida: Amor Selvagem, de João Silvio do Nas-cimento. E' um autor a procura de um estilo. Um ro-rnance que não chega a ser romance. O enredo fraco, earrasta-se mofino. As duas personagens principais- Gil-da e Lauro estão reclamando vitaminas. Que diálogos,meu Deus ! O livro de senhorinha Gisela Ventureli é

apenas uma vaga promessa. Floresta d'Alma, não gos«tamos nem do titulo. Aliás, é possivel que no futuro oaseus poemas se aperfeiçoem. Coração enfermo, versos!de Luiza de Souza Lima, que tem um futuro. A sua poe-sia Dôr é muito boa. A autora deve ter sofrido muito.que pessimismo !"DESAJUSTADO"

O NOVO LIVRO DE ALEXANDRE DOS ANJOS

ACABA de ser editado pela Pongeti "Desajustado",

o novo livro do brilhante intelectual Alexandredos Anjos.

Escritor elevado e primoroso, destacando-se os seustrabalhos pela agudeza do pensamento e pureza do es-tilo, o autor descreve em sua novela interessantes aspe-ctos da vida mundana da nossa metrópole e faz um aná-lise aprofundada do problema social do mestiço brasilei-ro. Trata-se de uma obra expressiva, de alta visão so-ciológica, pela maneira autêntica com que focaliza odrama tormentoso de homens, postos à margem das so-ciedades, desajustados no seio social em que mourejam,por imperativo do preconceito racial, desenvolvendo-sea sua ação no ambiente mundano do Rio de Janeiro.

Atravez de pu jante entrecho novelesco, o autor dei-xa transparecer poderosos argumentos contra o presu-posto da discriminação das raças."Desajustado" ocupará, de certo, lugar de mere-cido destaque nas letras nacionais.

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Todo* pedem, todos desejam¦ TiQuinho", â revista iníantO.— Nós queremos " Tiquinho" — repetema* crianças da todo o Brasil

PÍLULAS

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D*pOut«r(0« 1JOÃO BAPTISTA OA FONSECA

V.dfo 0$ 5.50 fxlo Cottio Cl $ 6 50(ttf« Acr». Jl *

Fugindo à sordidez das "Igrejl-

nhas" dominadoras dos su-plementos dominicais de literaturados .grandes matutlinos, evitando asmás vibrações de espíritos ataca-nhados na dissolução das obras cons-trutivas, Alvarus de Oliveira lem-bra uma Ilhota perdida no oceanodesencantado de nossa literatura.

Arguto, perspicaz, inteligen-te, usando com rara habilidade asaída dos conhecimentos nas águasrevôltas da maledicência humana,tomou a profundidade do despeito,e da inveja que poluem as águas1que o envolvem.

A condição de ilhota só o eno-brece afastado do continente de ir-radiações malsãs, recuperando asenergias gastas nos entrechoquesdas forçadas competições materiaisque a vida não oferece, mas a mal-dade humana, cria.

E' assim êste intemerato lutadordas letras, com uma respeitável ba-gagem literária, produto de sacri-ficlo, renúncia e abnegação. .

Enquanto, em outras esferas osseus colegas de arte se estalam natriste batalha da incompreensão eda perfídia, o ilustre intelectualrouba ao seu próprio repouso no-turno, horas, surpreendentes horas,e mque se desdobra como homemde pensamento e ação, escrevendolivros que se internam pelo Brasil,proporcionando um grande bem auma grande massa de leitores.

Assinando uma crônica diária naRádio Globo, distribuindo artigos ecomentários para vários Jornais eemissoras dos Estados e não dandodescanso às editoras; Alvarus deOliveira, merece bem esta quallfl-cação de Ilhota, perdida no altooceano, mas descoberta pelo seuesfôrço próprio e a sua lncompa-rável capacidade de trabalho.

Eis em traço ligeiros, o perfil domoço intelectual que no momentoliterário atual representa o símbolovivo do escritor mais operoso e íe-cundo do Brasil, que acaba de pu-bllcar para as crianças do Brasil umbelo livro "Aventuras do Atoml-quino".

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CRISTÓVÃO COLOMBO

Uma nova prova de que Colom-bo nasceu em Gênova, acaba de serproporcionada por Mr. SaymonGould, diretor do Serviço Norte-ame-ricano de Bibliotecas. Mr. Gould,perito em documentos e livrosraros, baseia sua informação emum manuscrito original, que seacha em seu poder, pertencente aoSenado de Gênova, e correspon-dente ao período anterior à data emque se calcula tenha nascido o fa-moso descobridor. Segundo Mr-Gould, o manuscrito expressa queem 1440, Doménlco Colombo, pai deCristóvão, obteve uma casa e res-pectlvo terreno do Mosteiro de San-to Stefano, situado perto da resi-dência de Johannes de Ilivla, umnotário cujo nome aparece justa-mente no manuscrito entre uma lis-ta de senadores. E' opinião de Mr.Gould que, naquela casa nasceuCristóvão Colombo.

SÁTIROS E FAUNOS

Coníundem-se freqüentemente offaunos e os sátiros, semi-deusescampestres, peludos e de barblchade bode, que perseguiam as ninfaae as bacantes.

Há, entretanto, de um modo ge-ral, certas diferenças, como a deque os faunos tinham pernas dehomem, ao passo que os sátiros,pernas de bode. Estes eram, por as-¦sim dizer, mais animais.

O VÔO DOS PÁSSAROS

Aos nossos olhos, os pássaros pa-recém atingir grandes alturas. En-que nos causa o pequeno tamanhodas aves contra o céu.

As andorinhas não voam acimade cem ou, no máximo, cento ecinqüenta metros de altura. O fal-cão só ultrapassa essas alturas quan-do procura atingir a. sua presa.

As calhandras, que parecem per-der-se no espaço, voam geralmentea duzentos metros, excedendo essaaltitude somente quando levantamvôo duma colina.

Durante a migração, os patos sil-vestres atingem oitenta metros queé a altura comum de vôo das ce-gonhas.

Segundo Huboldt, o pássaro quealcança maior altura é o condor,afirma esse naturalista que nos An-des observou alguns exemplares quevoavam a cerca de oito mil metros.

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mas já pensou que é preciso garantir-lhe o futuro ?

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filho, protegendo-o desde já contraqualquer eventualidade, medianteum seguro de vida. IVocure ouvirainda hoje um agente «Í-» Sul Ame-rica: êle lhe indicará, tem compro-missa, qual o plano de seguro tlcvida que mau. Mm- convém.

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IZE

ANO L o^maüio NUMERO 150

Direção de Antônio A. de Souza e Silva e Oswaldo de Souza e Silva

1 BROT0EJA PARLAMENTARISTNO

Brasil acontece cada cousa... Te-mos uma Constituição em cujo texto

se lêm diversos dispositivos que proíbemmodificá-la substancialmente nos pontosque se relacionam com a estrutura do re-gime republicano federativo. Lá está es-crito, no parágrafo 6 do artigo 217, quenão será objeto de deliberação legislativaqualquer projeto que atente contra a Fe-deração e a República. Isso quer dizer quenão se admite tocar na forma de governovigente, e essa formatem por base o sufrágiopopular direto para aeleição dos represen-tantes da Nação e dochefe de Estado. O re-gime é presidencialis-ta, com três poderesharmônicos entre si eautônomos: o Executi-vo, o Legislativo e oJudiciário. Pois comtanta porta fechadahouve quem se aventu-rasse a pretender umaemenda constitucionalque modifica funda-mentalmente o regime,instituindo o parla-mentarismo, absoluta-mente incompativelcom a Federação, como

O \u-^b>c^_S

existe no Brasil. Os argumentos apresen-tados são pitorescos. Dizem os nossos re-formistas que é preciso acabar com a lutaperiódica pela sucessão presidencial, lutaque é um sinal de saúde da democracia.Afigura-se-lhes melhor e mais tranqüiloeleger o presidente pelo Congresso. E aseleições para o Congresso também não sãoanimadas? Por que então não eliminá-lastambém pelo mesmo motivo? Não seriamelhor acabar com isso restaurando a mo-

narquia? Não há deser difícil encontrar ai-guém com vocaçãopara soberano absolu-to, mesmo fora da ve-lha dinastia que seacredita com direitosdivinos ao trono doBrasil. Essas cousas sãomuito interessantes,mas não deviam pas-sar de conversa fiada.E o lamentável é quea batalha se trava no

¦ seio de um Congressocomposto de homenscom mandato que nãolhes autoriza seme-lhante atitude. O quese pretende, a final decontas, é emendar aConstituição revogan-do-a.

met*v f ert*o f rio* • •

A DOUTRINA DE FREI TOMAZ,.

Aooiu legislação trabalhista é apontada como a mais avan-

cada do mundo. Pode se dizer, mesmo, que náo hi outraque avance tanto, em certos casos, na economia privada. Mas nãosó nesse aspecto é original . Ela também possui uma justiça dedois pesos e duas medidas, quando se trata de empregados deempresas particulares e quando se cogita de servidores do Estado.Se o trabalhador se emprega na indústria ou no comércio, tudolho corre bem, está garantido, mas se, ao contrário, a sua ativi-dade se desenvolve por conta do governo já o caso muda muito defigura O infeliz anda de Herodes para Pilatos até ver se os seus d i-reitos são respeitados. Foi o que sucedeu a um operário despedidosem aviso prévio das minas de S. Jerónimo. Requereu a com-

petente indenização, uns magros quinhentos e poucos cruzeiro .e levou cinco anos com a papelada a rolar por vários ministérios,até que o próprio presidente da República entendeu de solicitardo Senado um crédito para pagar o devido ao reclamante. Ocaso seria engraçado se não encerrasse um triste sintoma de con-fusão na nossa vida pública. Para o cumprimento da lei, o em-pregador particular é obrigado a satisfazer imediatamente os s.;u.compromissos, e em situação idêntica o Estado tergiversa, com-plica, emaranha, confunde, e vai ao extremo de movimentar o Po-der Legislativo para um ato que deveria constituir objeto de io-tina... Ê o império da doutrina de Frei Tomaz. do faze o que eudigo e não o que eu faço...

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GETULIO — Você não acha, Zenobio. que eu agi bem no caso do Clube Militar:

ZENOBIO — Não creio, Snr. Presidente. Acho que o Snr. esta montado num ou-riço em vei de um cavalo —.

9lEÜ^Oiyy/yyyysy /.

UM CONGRESSODE MÃES

-» - EM de Paris a idéia de reunir-V se no Brasil um Congresso demães contra a guerra. Em princípiouma iniciativa desse gênero mere-ceria todo o apoio, porque não ha-verá no mundo mãe que aceite semrelutância a possibilidade de seus fi-lhos se sacrificarem nas lutas e nosmassacres de povos. A guerra é mons-truosa, mas não serão apenas asmães brasileiras as que devem serconvocadas a uma assembléia de talsentido e sim as de todo o mundo, nãoas escolhidas a dedo pelos interessa-dos nessa obra de aparência huma-nitária. No fundo percebe-se. maldisfarçado, o bolchevismo a puxaros cordéis dessa nova tentativa deteatro de fantoches, sucedânea dosfracassados Congressos de Paz. E'mais uma arma poderosa de entor-pecimento. mais um narcótico soltono nariz da humanidade ingênua,para assegurar aos soviéticos o tem-po necessário ao seu aparelhamentopara a conquista dos desarmados. ARússia tem encontrado por toda par-te agentes expontâneos de sua poli-tica imperialista, enquanto por trazda cortina de ferro vai amontoandoas peças do seu tremendo poderiobélico. Que se engane quem quizer.As mães brasileiras precisam ficaratentas a essa nova investida gene-rosa. Detestar a guerra é uma cou-sa, mas admitir que o Brasil se de-sarme para que um dia caia nas gar-ras de uma nação mais poderosa esuper-armada é diferente.

SEREU — Náo quero ninguém mais. £.(--/cansado de ouvir dizer que tou barrignverde !

GETULIO —Mas, seu Ca-bello, o povoainda acreditaem suas histó-rias de Mil rUma Noites?

CABELLO —Se acredita, eunão sei... Pelomenos, desper-to o seu ape-titi.

u^ - ™^^\^^X^X_-*»- ^v Cono6arreiroy& /M' «• -

FALTA DE SORTE DOS BARNABÉS

O reajustamento de estipendios projetado paraos Barnabés não chega para o buraco de

um dente. Um aumento de quinhentos e poucoscruzeiros no vencimento de quem mal ganha parafingir que vive é o mesmo que deixar as cousas nopé em que se encontram. A maioria absoluta dofuncionalismo percebe no máximo dois mil e qui-nhentos cruzeiros por mez, e com isso tem de en-frentar um mundo de despezas, numa época emque por um quarto se pedem mil cruzeiros e porum barraco de favela mil e quinhentos ! Se nin-guém sabe como se manter com tão exíguos recur-sos, e se a vida do pobre é uma tragédia, nâo secompreende que os dirigentes não tenham se capa-

citado ainda de que precisamos acabar com essa po-lítica de paliativos. Quando o custo das utilidadessubiu novamente não é possível a um chefe de fa-mília prover as necessidades rudimentares da suacasa com um aumento tão insignificante. Aliás,desde que o governo anuncia saldos orçamentáriosque ultrapassam o bilhão de cruzeiros, não se jus-tifica semelhante avareza na melhoria da paga aosmenos favorecidos. Os organizadores de tabelas de-vem pensar, não em termos de quem como eles estáa coberto de vicissitudes, e sim com o exame detidoda situação do maior número que é simplesmenteaflitiva.

V I I 19 5 2 — ll — MALHO

O projeto do deputado Paulo Abreu pro-pondo que os alambiques nio mai.

destilem cachaça, e agora, uma comissão de

destiladores propondo ao governo e ao Ina-

tituto de Açúcar e Acool que 50 por cento

de suas produções, seja transformada em

acool anidro, é um grande passo para a nos-

sa evolução social. Tanto que já está elabo-

rado um plano pelo Instituto do Acool paraindustrialização da produção do aguardente

em acool-anidro. E parece, — por enquanto

parece somente vitoriosa a idéia, porque a

falta de combustível é notória. Pois as facesdo problema são muitas se por um lado te-

mos o acool-anidro transformado em combus-

tível, por outro lado sabemos das desgraças

físicas e morais motivadas pela cachaça.

E para que se tenha uma idéia da capa-cidade realmente espantou do uosao con-sumo, basta dizer que há, no Brasil, mai* de

onze mil fábricas de aguardente c que nos-sa produção anual atinge a elevada soma de

trezentos milhões de litros.

Há quem proteste falando que até i»so se

quer proibir ao pobre, aliás argumento de

reles populista» .caçadores de votos, proibiro jeca de seu estimulante quando para o ricoexiste até cambiais e outras 'divisas"

paraqUe não falte tchisky escossês. A chamada

bebida popular, que também já subiu de

preço, ainda terão dos "nacionalistas'' e ou-tros astutos cavadores de votos muitos di»-curso* bombásticos na defeza do produto.

O MALHO

CACHAÇASEBASTOPOL

No entanto seria fácil conseguir estatís-

licas provando a ação destruidora, eorrup-

tora dum povo já por si tão corroído de ma-

les evitáveis, caso tivéssemos administrado-

res mais conscientes.

Todos sabemos que mais vendas e tendi-

nha* deste vasto país a agua-que-passari-

nho-nSo-bebe é vendida a qualquer hora, se-

ja para adultos ou juvenis e ainda mais com

acool impuro, isto é, duas vezes criminoso.

O único controle do governo para com a

cachaça é o fisco que arranca o imposto,

lascando um selinho colorido na garrafa e

seguindo para outras freguezia», dando ao

Ministro da Fazenda a alegria de maior ren-

da enquanto o lado moral da questão é

abandonado. Pouco importa para o fixai

que a mercadoria seja deteriorada com al-

cool impuro; O primordial é o «linho rolo-

rido. ..

Há também um decreto que obriga o ir-

ciumento de armazéns de comestível ao* do-

mingos, mas não se conhece lei alguma quefaça o mesmo com os bares, tendinhas, bo-

tequina onde a cachaça em estômagos va-

zios facilita os distúrbio* e desavenças. Nâo

— 12 —

se conhece uma única proteção de prefeitoou delegado no interior contra os balcões

onde te vende cachaça em dias feriados ou

domingos.

F. interessante que se fecha a venda ou

armazém, pois é uma evolução social do u-

grado direito do descanço obrigatório, no

entanto, este mesmo trabalhador, que no do-

mingo folga e repousa, nada mais poderácomprar a não ser uma talagada de cachaça.

O homem do campo, — e isto é espeta-

culo que se repete sempre — ao» domingos,

larga o seu roçado, vindo ao vilarejo ou po-voado, nada poderá comprar para o seu sus-

tento, mas poderá se embriagar livremen-

tr... Não poderá comprar azeite ou. sal ou

alguns metros de tecido, porém o caldo da

etna-de-açucar tornado álcool este está era to-

das as esquinas tal qual um posto de abas-

tecimento de gazolina para o» veículos, de-«afiando as leis sociais e rabalhistaa.

Por isso a transformação do acool em

combustível é uma idéia tão luminosa que

ainda estamos duvidando, pois náo c atoa

que cachaça também se chama "Maria Tei-

mota".

V I I — 1 9 52

KEGIMEM PARLAMENTAR A MAIOR VANTAGEMM*>

PEDRO II — império deu certo, filha. _,.-. . ., . . ,.A REPUBLICA - Mas vossa majestade não vê a moeda, os preço,? P'^ ~ No regtmem parlamentar, para que o chele de o

Tudo não está dando certo? fora, não é preciso nenhum 29 de outubro...

A CONFUSÃO DOS SENTIMENTOS...

NAO se trata aqui do conhecido romance com esse título de

Stefan Zweig, mas de um caso que vem merecendo a aten-ção do poder judiciário. Há tempos um cidadão apaixonado, de-pois de brigar com a amante, tentou voltar.às.boas. Desatendido,começou a perseguir a moça de maneira absolutamente inédita.Subia de automóvel a um ponto elevado de onde devassava o quar-to da amada ingrata, num décimo segundo andar de arranha-céu,de onde importunava a moradora, altas horas da noite com os ja-tos de luz dos olofotes de seu carro. Não a deixava dormir, buzi-nando fortemente. Ameaçava-a de mil formas, e ela não se sub-metia. Um dia, cansada de sofrer, a vítima bateu às portas da

justiça para pedir socorro, pois temia a loucura do estranho apai-xonado. Correu o processo os seus trâmites, até que o juiz decidiu

considerar o perigo da situação da postulante. Condenou o cava-lheiro a quatro meses de prisão, admitindo que o caso era parase temer um ato de desespero do perseguidor inveterado, conside-rando ainda que se devia levar em conta ser o mesmo formadoem engenharia e chefe de importante firma. A Procuradoria Ge-ral entretanto, em grau de recurso, absolveu o reu, porque nãovia as cousas tão negras como o magistrado da outra instância ju-(lidaria. "Coração apaixonado não sabe para onde vai",'argumen-ta a sentença e um apaixonado nas condições do que motivou aqueixa merecia ser olhado com tolerância... Resta saber comoprocederá a justiça se o homem assim dominado pela paixão re-solvesse a cometer um desatino...

A EMENDA PARLAMENTARISTA

MAXGABEIRA — Ê a única oportunidade que temos de furar o EIXO dos gran-des estados .' O chefe de estado pode ser de um estado pequeno !

Z£ AMÉRICO — Ora, essa ! E atualmente o "pequenino" não é o maior? !

I- \\._rf ^**ã<M ^"""^^ ^T J^H ^^^ \\ T^ ,a#^^

Vil 1952 — 1* O; MA LHO

DELEGACIA [yyfy/;>; y'¦;'' ' '', yf; , '¦ <y'y ~y***^ ?/

A tristezaBrasileirau

Eu vi, "seu" Delegado. Eu vi!O assassino do "Citroen" ?Nâo! Dois caras brigando por causa do "Biico Voador"

MALDADE DA NATUREZAsaraivada de granizo que caiu sobre esta cidade, num

Adia de inverno, não foi apenas um fenômeno estra-

nho no que concerne à meteorologia na zona tropi-cal. Foi, principalmente, um caso que se poderia chamarde pervesidade da natureza,que nos outros, mas a região verdadeiramente flagelada

Choveu em toda a metrópole, mais nuns bairros do quenos outros, mas a região verdadeiramente flagelada pelogelo foi a rural, aquela que mais precisava da água do céu

para as suas lavouras, e a que tudo sofreria se a cobrisse o

lençol branco e frio que se estendeu sobre as plantações....Pois aconteceu exatamente o que menos se desejava.Onde não se necessitava de irrigação o aguaceiro ro-

lou, torrencial, e onde o líquido era indispensável para oflorescimento das culturas veio a neve, em blocos despropo-sitados, a arrasar o esforço dos pobres lavradores.

A seca se prolongara por meses a fio, o calor fora dehoras desta época, atormentavam os hortelãos, os sitiantes,os grangeiros dos confins do Distrito Federal.

Eles desejavam que as chuvas viessem para evitar quees plantas tenras se estiolassem, por falta de humidade.E as chuvas vieram, mas com violência demasiada e com oseu cortejo de pedras geladas.

Nada escapou a essa fúria dos elementos cegos. Case-bres ruiram, hortas desapareceram, arbustos sumiram ouse contorceram queimados pelo frio. E mais uma vez anatureza se mostrou inimiga do homem, surpreendendo-ona sua boa fé de trabalhador...

MALHO — II —

m jornalista eu-ropeu fez uma

reportagem a quadenominou de "O

riso à volta domundo". E' umacuriosa série deobservações em tor-no da alegria devários povos. OBrasil entrou na lis-ta e foi apresenta-do como terra degente triste. De umcerto modo o cro-nista andou pertoda realidade, por-que, realmente, nósnão temos muitomotivos para arre-ganhar as mandi-bulas e mostrar adentadura em si-«Inal de satisfação.Com os problemasque nos ator men-Um, com os preços

de tudo pela hora da morte,náo há cara sorridente queresista nem fígado que naoestoure.

Mas náo íoi a crise que no*avassala ao seu despotismoferoz a razão encontrada parajustificar o diagnostico pessi-mista, e sim o sol.

O sol é que é apontado comoo fator da nossa melancolia...

O claro sol, amigo dos he-róis, cantado por Antero deQuental, o astro de ouro que euma risada de luz na zona tro-picai, íecundador dos campos,esse é que o cronista fustigacomo o responsável pelo nossoar macambuzio...

Bllac, no seu famoso soneto,diz que a nossa música é aflor amorosa de três raças tris-tes, sustentando que está nosangue a causa do que lhe pa-receu a tristeza brasileira. Vemagora um outro e atira a res-ponsabilidade sobre o sol...

A verdade porém, é que nóstemos mesmo que ser tristes,não pelo sol nem pelas raçasdas nossas origens, mas por-que não há alegria possivelquando ninguém sabe o queserá o dia de amanhã, com opão microscópico a preço deJola, com o feijão e o arroz asubir vertiginosamente de horaem hora, e com a quase tota-lidade dos artigos de primeiranecessidade só ao alcance dosmilionários...

O MALHO

ASSINALA-SE, na data de hoje, a passagem do

segundo aniversário de uma morte que enlu-tou a literatura pátria: a de Leôncio Correia.

Embora amigo, não cabe a mim — pena mo-desta e obscura no jornalismo e na literatura —a grata tarefa ao espírito e sublime ao coração, deentoar louros à notável personalidade do grandemorto. Essa nobre missão, seria de autorizados docenário cultural brasileiro, à aquele que foi deles,luminoso par, e que, ao serviço da Pátria e da hu -manidade, viveu para o bem e foi bom para todo.3.

Foi, sua vida, em todos os setores da ativid?.-de e do saber, integral de trabalho, civismo c bon-dade.

Por isso, Leôncio Correia, "Viu Jesus", "Falcu

ao Senhor" e tinha a "Alma voltada para Deus".Fé, esperança e caridade — na bondade e no

perdão — excelsas virtudes, sem as quais não hávida, era-lhe a alegria literária de viver, na integralmanifestação do pensamento.

O perdão é uma graça a quem recebe e a quemdá. Seguir os ensinamentos de Deus, é seguir paraEle. ; "?

Leôncio Correia fez bem em fazer o bem. Ser-viu a Deus. Porque: 'Se os maus soubessem, o bemque a gente sente, em fazer o bem..."

k

Leôncio Corrêa

DE ALMA VOLTADA PARA DEUSNa perfeita concepção da arte, estético movi-

mentador das idéias, poeta embevecido, cantou suasalegrias, suas dores, sua coragem, sua Fé, seu co-ração.

Seus trabalhos primavam pela perfeição dovernáculo, correção de gramática e neles impera-vam estilo, da sabedoria e do belo, fiel de humanopensamento, dando alma da sua própria alma.

Em magistrais poesias rimadas, cantantes emusicalizadas, revelou coração martirizado pelo la-birinto do sofrimento e da saudade, mas superiori-zadas de estoicismo, confiança, amor e crença.

Na literatura mundial, grandes poetas em suasliras tangeram rimas amarguradas, como vemos:Milton, Shaakspeare, Dante, Camões, Byron, Goe-the, Vitor Hugo, Edgard Pos, Gonçalves Dias, Odo-rico Mendes, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Al-vares de Azevedo, Cruz e Souza e tantos outros.V I I — l 9 5 —

OCTAVIO SECUNDINO

Mahomé sofreu com brandura o arrebatadoracoragem cristã, como um predestinado às luzes docéu.

O calvário de Jesus, abriu na consciência dospovos, o caminho para o Alto.

Rolam pelo tempo os séculos, que rastreou o fi-lho de Maria, com seu sangue precioso, a estradada redenção.

Leôncio Corrêa, sem vista, eram os olhos deDeus, em sua alma, o sol aclarando-lhe a vida.

Era, Leôncio Correia, um poeta de Deus. inspi-rado por Deus — "De Alma Voltada Para Deus":

Morrer — tendo nos lábios um sorrisoE na alma uma oração aos ateusE deslumbrado vèr, num áureo friso,A lindeza sem par do paraisoE em apoteose de sóis, envolto — Deus !

Rio 19 de junho 195215 O M A L H O

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O guia lhe mostra o perigo\das grotas.

Depois da tragédiado Cervin, os Alpestêm sido teatro denovos acidentes. Asvítimas têm sido fre-quentemente hóspe-des estrangeiros, dehotéis e que deseja-vam conhecer deperto as montanhas.Ano após ano, mi-lhares de turistasvão pedir às alturasdos Alpes novas for-ças, a procura deuma nova alegriade viver, sem porisso terem sofrido,no curso de suas ex-cursões, o menoracidente. Será issomero acaso? Ou elesusam uma prudên-cia excepcional? Aresposta está nas pa-lavras do célebre ai-pinista Andreas Fis-cher, que disse, há50 anos: "O alpinis-mo é uma arte queé necessário apren-der" !

ESCOLAS PARAALPINISTAS

Essa verdade foiposta em prática:escolas de alpinis-mo surgiram emvários pontos da Sui-ca. Elas não dispen-sam um ensino aus-tero, mas queremser um aprendizado,

ESCOLAS PARA ALPINISTAS™ niir rnNSlSTF O SEU PROGRAMA — "O ALPINISMO t UMA ARTE QUE t. NECESSÁRIO APRENDER"EM QUE CONSISTE O

ff^.f^.^^As ESCOLAS DE ALPINISMO DA SUÍÇA.KARL GROENER

Ornais trágico acidente de montanha de todos

os tempos, foi o ocorrido no monte Cervin. nnSuiça, em 14 de julho de 1865. Conduzidos por trêsguias,' o inglês Edouard Whymper e seus compa-nheiros haviam chegado sem novidade ao cume damontanha. Foram eles os primeiros a realizar_talfaçanha. Na volta, o jovem Hadow, de 19 anos, ar-rastou consigo quatro homens, numa queda terrí-vel, provocada por sua notória em capacidade paraessas excursões.

MALHO — 16 —

uma introdução ao alpinismo. Os alunos, que sãorecrutados em todas as classes sociais, adquiremnas escolas várias noções relativas ao equipamento,ao abastecimento, leitura de mapas, uso da bússola,

perigos da montanha, previsão do tempo, etc. Maso programa consiste, antes de mais nada na forma-ção prática, no terreno, na montanha.

Para começar, evoluções sobre o rochedo, afimde se familiarizar com as paredes das montanhas,as cornijas, as arestas de pedra. Em seguida, vem

v i i — i 9 52

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.4 caminho das galerias

os exercícios de corda, ao longo das desci-das e das arestas. Depois o aluno passapara os geleiras, marcha com ou semganchos, passagem de fendas, e princi-Passa-se, então, a ação propriamentedita, com uma série de excursões, cujasdificuldades vão num crescendo graduaisob a direção de excelentes guias diplo-mados.

AS ATIVIDADES DAS ESCOLASDE ALPINISMO

Experiência alpina de mais de séculoe meio, enriquecida pela técnica mais mo-derna de rochedo e da galeria, cuidadoextremo de segurança, são essas as divi-sas das escolas suíças de alpinismo. Porisso mesmo, não surpreende que elas te-nham adquirido amigos fieis e numero-sos, apesar de não contarem mais quepalmente o estudo profundo do cordame.

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Aprendendo a sedefender das "ia-leias".

V I I — 1 9 5 2 — 17 — O MALHO

A' MINHA PÁTRIASÍMBOLO SAGRADO! BANDEIRA DO BRASIL!

\ ERDE é um estenda! de energias, de magníficos «lima-, de sirt-

fonia das árvores plenas de humos maternal do seio farto i!.i"Terra de Santa Cruz", iluminado de frutos de ouro. As copa

altas da esperança voam libertas.Nos ninhos cantam as a\c-. '.'-

cipós policrômicos e av lindas orquídeas, no complexo rendilhu

do da mata. escrevem imortui- poemas.

Wl \KKL() — i- a flama dc eterna] aurora ila graça divina.

AZUL — é a misericórdia <la~- divinas messes do céu do Cristo,

I1R ANCO — é a In/, puríssima dc amor a Deus e ao próximo

"ORDEM E PROGRESSO" — é a legenda repetida em hosanas na-altura-.

Símbolo sagrarlo ! Bandeira «Io Braail !

Ergo-te meu coração no altar da PÁTRIA.

SECISWMN) M .RT1NS .11 NIOR

O túmulo de Augusto dos Anjos em LeopoldinaTEXTO E FOTO DE HENRIQUE GONZALEZ

Odr.

Anjos era uni homem muito triste'.Foi esta a primeira informação que logramos obter, como iimai- expressiva qne pode partir de um contemporâneo.

O poda era visinbo ila informante.Todos o- dias, restido na sua roupa preta, transparecendo no

semblante a grande tragédia intima, ae dirigia ao Grupo Escolar, on-de era professor.

.Naquela cidade, tão cheia de estudantes, próspera pelo -eu co-mercio. onde não se conhece miséria, não há uma placa, um dístico,ao meno-. qne comemore o ( nrlo tempo em que Augusto dos Anjosali viveu.

Dir-se-há «pu- o povo de Leopoldina ignora que hospedou umdoa maiores poetas brasileiros.

Resta apenas um túmulo. Túmulo qne perpetua a sua lembra.ica. De uma iraluia qu • sofreu mai- do que outro ser humano. Sofreuporque conhecia a extensão do sen aniquilamento. Porém, para qneíôsse maior ainda o dantêsco tormento a <|ue fora condenado linhaa certeza que vivia.

A irageilia do poeta tuberculoso foi tremenda: "sua esposa erauma belíssima mulher morena" ! r- este o segundo depoimentoijue colhemos em Leopoldina .

Explica-se, pois, ¦ causa da sua revolta.Não poderia existir maior tortura .Do tosco túmulo cento e quarenta <• nove. no cemitério de ama

linda cidade mineria, ainda se ouve uma roa soturna:

*E ta nao rieste »êi minha desgraça,e in -aí (nino quem indo repele.— velho caixão a carrigar de-troeo-Levando apenas na. tumbal carca—a.o perganiinho singular da pele,

e o chocalho fatídico do- os-os !

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Túmulo de Augusto dos Anjos em Leopoldina Estado de Minus Gerais.

M ALHO 13 V I I — 1 9 52

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A MAGIA FEÉRICA DA MAIS BELA CIDADE DO MUNDOPARA

<lar o devido relevo às afirmações que vou fazer, com adevida unia. devo aqui. ronlar um raso pessoal. Eu conheço71 poise* ou províncias ultramarinas <¦ respectiva* capitais. Dei

I volla M mando, fui ss terra- do -ul da meia noite e atravessei <lelés .i lés o continente africano. Ma- em tudo isso nada vi de maislido. nem de mais maravilhosamente sedutor que o já clássico pas--i io turístico mie vai do cais de Maná <¦ que se estende à Copaca-liana, à Gávea, à Tijuca e que depois se alameda do Rio Compridag m confunde depois nas movimentadas ruas ,• avenidas da capital dollra-il. K preciso ser ae insensível à beleza para se não ter pena cnw0 Diarista Dão vá mai- de vagar, afim de se ficar inteiramente wi«.morado da Praça de Paris, com os seus animais exóticos talluó -nos ramo- verde* da flora brasileira, e nâo ae contemple com reli-.niosa admiração a Igreja da <-li>ria. no -eu outeiro e te não achecurta demais a longa Praia do Flamengo. K depois a Praia do lio-¦afogo <• todo esse curioso casario palmilhado de cores, note a pedraesguia do (.'orcovwlo. onde Cristo de braços abertos, abençoa a cidu-de e a baía imensa. MO COÍSU que M retêm e nâo se esquece iiui-.

O Rio de Janeiro é a capital mai- feliz, que há na terra. Enqua::-to outra- cidade- complementaram irremediavelmente a sua belezae a -ua estética, pelai exigências portuárias, o Rio relegou-se para0 extremo da cidade e colocou o cais ni topo ria tua bela avenidaRio Branco, para que i> viajante tenha irremediavelmente uma \!-ã.>exata do que

'¦ a grande metrópole brasileira.E aqueles que tenham embarcado em Lisbâa, em Londres, no

navre ou em Gênova, trazendo os •eu* automóveis não têm mais qu,<m porem ao volante e entrar na principal artéria da cidade in.ra-villlo-.i.

E que feliz, que foi essa idéia de entregar au Touring Club doUra-il' o lerviço de recepção dos passageiros, ao porem o pé em ter-ra. Tudo ali. 6 amável e obiequiador. Cinco minutos de ter desci.io

i . -i aila ilo portal" do "Vera Cruz" todas as informações que de*--,jamo-. telefonávamos «em que quantia alguma nos fosse exigi,!.;,regi-te-e a pe—oa- a:ni__.:-; . mai- adiante , ompravaro-se selos e dei-tava-se, ali ine-ino a- no—a- carta- no correio.

-Numa palavra, em pouco- minutos têm-se ali tudo o que se quernum ambiente dr- cortexia, di.amo- me-mo de cordialidade,E a ipiarta vez. que desembarco no Rio de Janeiro e desta vez

parto com uma pena imensa, e com a impressão que me levaram to*Lmporrões para o cais. porque o que eu queria era ficar e passear-ozinbo nesta* rua- benditas onde passei uma bôa parte da minha in-fáncia c de que o meu pensamento se nâo quer teparar. \ translor-

GUERRA MAIO(JORNALISTA PORTUGUÊS)

maçáo impetuosa .Io Rio de Janeiro, que toca as raias de astronõ-mica grandeza, e uma coisa assim parecida com as mágicas dos tea-tros de outrora. que no mesmo local passaram, em curtos momentoscenários mostrando palácios, praças e avenidas intermináveis.Templo nomado. o «Vera Cruz" demorou-se seis dias na belacapital carioca e lodo esse tempo passou como um relâmpago, queos milhões de lumes das suas avenidas e das janelas ,1o seu casarioultrapassaram, num fulgor de grandiosidade.Ah o Rio pode bem gabar-se do espetáculo que oferece ao pa-sageiro ,1a beleza estonteante do- seus cambiantes de luz, de que temos olhos embaçados num desejo vivo de xoltar. Impressões do Rio.'Boas? Ótimas? Muavdhosas? Tudo i-so reunido, com . mágua dodicionário ser tao pobre em adjetivos, para as classificar.E que dizer daquele almoço na Associação Brasileira de Impivn-sa, sob a presidência do seu digno presidente, Dr. Herbert* MoJe* ecom a assistência dosmoiore* valores da imprensa brasileira?! \qüe-Ia atmosfera, de cordialidade, diante das íi„a. i,uaria, do nafs^..quintado gosto brasilei,,, fi.eran, com que duas Las boas de êonví-vio se tivessem contado por uns curtos minutos

no Jn „ ?° ^«j.ré.«Mnde- » ^ociação Brasileira de Imprensa,no seu suntuoso edifício - o maior. no gênero, do mundo inteiro -• o baluarte sublime do pensamento e da vida cultural, donde parte-cmpre , on, vivas saudades e com a impressão de que reina ali a o.-den, o método e o trabalho conciencios,, e persistente.O Vera (.ruz. nome que simboliza uma grande nação, começaa move as suas heliçes poten.es, , eu quero aproveitar este dito;.,momento para ver a bela capital carioca envolta numa magia de luze espelhar-se nas águas tranqüilas ,1a maravilhosa Guanabara.

(Vi iCrY*'.0 e e:"""'J»1- M KW "'agia de luz. Lá em cimaCristo Reden or, parece despregaMe do Corcovado para que as BUA-bênçãos se alarguem pela terra brasileira e por todos nós.U renque de luz que borda a (iuanabara começa a desparecerate que o fao de Açúcar o cobriu completamente, mas bem depre-,a Copacabana, surge de traz dos negros morros, como un. lenço bran-co, a dar-nos o ultimo adeu-.

" ^'ra Cruz" continuou a s„a rota e a nossa saudade tam-

UMA SACERDOTISA DASLETRAS BRASILEIRAS

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Dro. Henriquela Cale-no, diretora <lu < a mJuvenal Galeno".

FERNANDA BRITO

01 COS -ão o* nomes femininos que figuram na ga-b ria dos grandes da intelectualidade brasileira. Ra-ríssimas as mulheres em nosso Pai- que, saindo das

suas obrigações domésticas e impondo—e contra toda a sor-te do- mais retrógrados preconceitos, salientaram--!- dl -tacadamenle na vida pública, pelos reflexos de suas inte-ligências privilegiadas.

Do (jue temos noticia, o primeiro e grande nome demulher brasileira a resplandecer fulguranleiiiente DOS céusintelectuais do Brasil como escritora, socióloga, educadorae, sobretudo, leonina defensora dos direitos femininos en-tre nós, foi a norte-riogranden-e .Ni/ia Floresta BrasileiraAugusta. Outras privilegiadas inleligém ia- Eemininaa brilbaram ao lado dos varões em vários recantos da pátriabrasileira. Mas. como dissemos inicialmente, poucas, rara-,têm -ido as ipie se sobressaíram em no—o I*aís.

O Ceará, berço de grandes mentalidade- nacionais, a-quais muito contribuíram, ou melhor, contribuem para oengrandecimento do no--o patrimônio intelectual, é tam-

l>ém o berço de ilustres mulher.- letradas, de-tacan.lo-se, dentre as vivas, a escritora AlbaValdez, autora de trabalhos de fôlego, membro da Academia Cearense de Letras e do His-

titulo Histórico; Raquel de Queiroz, romancista ile elevado cunho regionalista e cronistavalorosa que todo o Brasil a conhece, admira e exalta; Cândida Maria Santiago Galeno, Jan-

dirá Carvalho e. Heloneida Studart Soares merecem, também, um destacado lugar no pa-nonata das letras cearenses. São elas o mágico triângulo de ouro da inteligência alencarina

que, infelizmente, por falta de intercâmbio cultural entre os e-tados da União, ainda conti-miam na obscuridade da Província.

Uma figura da atual intelectualidade feminina cearense, a reluzir e ofuscar acentuada-mente, como um farol orientando os passos das novas gerações iniciantes nas letras, prende-nos a atenção, pelo seu porte de extrema lhaneza e profícua incentivadora das mental ida-des jovens da Terra da Luz. Trata-se de uma verdadeira sacerdotiza do espírito e do pensa-,-r.ento, que durante mais de três décadas vem, carinhosamente, religiosamente se dedicandoao culto do Belo — exemplo de perseverança e coragem. Modesta, simples, comunicaiiva, e

amiga de todos, ela representa, por si só. um dos fortes esteios de estímulo, de incentivo e díabnegação, à sempre fértil e movimentada vida intelectual do Ceará. Dir-se-ia uma nova Mme.

Stael abrilhantando com as luzes do seu espírito, e atraindo para o convívio m. atai dosaue Hes cercam, a fina ílôr da inteligência e da cultura de Fortaleza — nova Paris de-anova Stael.

Filha do saudoso e querido poeta cearense Juvenal Galeno, o consagrado pai da póesi*j>opidar brasileira. <->sa heroina do espírito — Henriqueta Galeno — merece, e já o tem,

com justiça, o seu lugar de destaque entre as grandes mulheres do Bra-il. Ao contrário da

grande maioria dos homens e mulhere- de pensamento de nossa Pátria que. na maioria do-

casos, mesmo ani.- .1.- SC imortalizarem como intelectuais, já se valorizam a si própriotal forma que. por errônea interpretação do -eu cabotinismo julgam-se diminuir aos olhos de

-ii- admiradores, ou talvez — como dizem as má- lingua-: por temor de futuros concurnii

[es, mm mesmo uina -imples palavra de incentivo ou-am pronunciar an- jovens iniciante* na-

letra-, Henriqueta Caleno — heráldica sacerdotisa d.. Belo. detentora de invejável culturaabre. indisiiniamenie. fraternalmente, a- portas .1.. sen coração a tod - qne possuem ta-

lento s ser aprimorado. Daí acrescentar-se aos -,¦„- méritos de escritora, mais esse grand- •

dignificam.- mérito: o de orientadora da nova geração ile intei-, tuai- que. no futuro, hão ,1,-

engrandecer a< lei ia- de no—a pátria.Bacharel en, Dircilo pela Faculdade do Cará. Henriquela Galeno na-.u em Fortal-za.

à rua General Sampaio. 1.128. onde. atualmente funciona a Ca-a Juvenal Cal.no. N„- ori-

3-eiros estudos, o- (es no Colégio da Imaculada Conceição. F..i professora d. Historia d.. Bi i-

sil. po. vários ano-, do Liceu do Ceará, boje Colégio F.-ladual. Atualmente e In-petora re-

d,,a! do EnsiM Nc.ndário. Fundou e dirige, desde 1919. a Ca-a -le Juvenal Galeno (Cha-

mada primitivamente, alé 1936, dala .Io Centenário ta. de Salão Juvenal Galeno! para

cultuai a memória do criador da Poesia Popular „o Brasil, estimular o movimento Intelectual

cearense e intensificai o Intercâmbio cultural brasileiro.

Fundou lambem cm 19.% a Ala Feminina que congrega as e-crilora-, po.li-a- e mulheres

eearenses que cultivam a arte sob qualquer do- -eu- aspectos, num trabalho de elevação do

nível cultural feminino.

Henriquela Galeno •'• ainda membro da academia Cearense de Letras, laçio <¦•;¦

rense de [mpreasa, Comissão Cearense d.- Folclore, sócia «nespondeate da tcademia I-,-

t, ;á,ia Feminina do Rio Grande do Sul e da Confralerni.la.le l niveml llal-aquiana .!¦

tividéu. Publicou: ••Henriqueta Galeno no Congn—o Feminino em 1931". lendo a public. r:

"Forca lndômila" (versos); "Juvenal Galeno" Ibiografial .- "Pro-adora- -¦ Poeti-a- Brasi-

liiia-" (ensaios),],,. vplieavelm.nte. ape-ar de -eu- méritos . .improvado- e de -ua indi-cutível capacidade.

Henriqueta Galeno ainda não pertence ao Instituto Histórico do Ceará — falta imperdoável

dos membro- do In-tiluto que só teriam aumentado o sen patrimônio intelectual <¦ o seu pres-lígio de classe com a presença inconfundível de—a beletrista cearense.

O M ALHO 20

PRESENÇADE MARTE

SEBASTIÃO ASSUNPCAO

O homem pode não ser um bípede -empenas, pode não ser um animal gre-

gário, mas que é um animal presumido evaidoso, ninguém o negará.

Induzido por sua fatuidade. o homem jáinventou um deus à sua imagem e sere.e-1 liança. Quer, agora, inventar, em Marte eoutros planeta- distantes, civilizações tipicamente terrenas. Qualquer dia destes, indi-vfduos de pouca imaginação vão propalarmie os marciano- têm o hábito carioca detomar cafezinho várias vezes por dia e dis-eulir futebol nas esquinas, E o caso dos di--cos voadores que os noticiários dos jornaisquerem, para efeitos comerciais, originar decorpos siderais longínquos.

.Ninguém poderá objetar a que os mareia-nos fabriquem aeronaves metálicas, tenham

ambições de conquista interplanetária, pm-blemas metafísicos ou econômicos e mesmo

preocupações snobs de conhecer terra- .-

tranhas a seu orbe e tomar bebida- impor-

tadas, mas divulgar estas suposições nu

quinhão é, sem dúvida, falta de imaginação.Os filmes em série e as histórias em qua-

drinhos que recebemos do norte do conlinen-

te pintam os outros planetas com cidades

pouco mais ou menos civilizadas que as nos-

sas, com seres macrocefáliros ou de mus-culos hipertrofiados, mas que, em suma, não

passam de contrafacções destes símios evo-luídos que somos segundo a definição do-

sábios.Se dermos crédito â- SU -peitas forjada- e

veiculadas pelos jornais, o Ministério da-

Relações Interplanetárias de Marte terá man-

dado fazer um levantamento das possibilida-d,- da terra. Em breve, portanto, vencido-

pelo poderio de um povo que conseguiu che-

gar até nó-, não leremos mais que uma colo-ma marciana...

Se leremos, por um lado, o desprszer dever exploradas no—a- riquezas e perdida nos-a soberania planetária por outro, será uma

feliz oportunidade de conhecermos o alcance

de nossa ignorância c atraso. Já pensaram o

que seria feito das teorias biotipológica- d.-

Krelschmer, das artísticas teorias pskologi-cas de Freud. Adler, ele, e que ridículos se-

riam os conhecimentos de Einstein? que o

nosso conceito d.- direito poderia semelharaos marcianos como a mais infantil das m-

. oerências?Os problemas filosóficos da existência, da

I em -i. do infinito, do nada. do bem e

do mal. etc, se afigurarão divagações paraló-

gi. a- aos olhos das crianças marciana»; um

Kani poderá -cr alvo da chacota dos no—o-

colonizadores e já não encontraremos ....

Goethe aquele -abor de genialidade; o chie

será conhecer a literatura ultraterrena e quen.náo se trajar pelos modelos marcianos será

tachado de rebarbativo...

V I I — 1 9 52

FIGURAS E FATOS DE GOIÁS* Baaaaaaai

Dercilio de Campos Medre-les é unia das figuras emdestaque da sociedade goia-na. Alto e zeloso funciona-iin público estadual, exerceiuiii eficácia e aprumo aselevadas junções de Dire-tor Geral da Secretaria daAssembléia Legislativa deGoiás, onde vem lendo aoportunidade de comprovaras suas qualidades de inlc-gro e incansável trabalha-dor auxiliar do legislativagoiano. De sua administra-ção, frente à Secretaria Ge-ral da Câmara Estadual,muitos são os sertiços pres-tados. Por sua iniciativa, to-dos os atos do Poder Le-gislativo, estão colecionado.,

por ordem e ano, em volumes mimiograjados, como tom-bém um boletim estatístico da referida Assembléia.

A t- 19^to'i

flalfll Baaa\

. - MA grandeW instituição 'le

elevado alcance so-

ciai, vem de ser

fundada na próspe-

ra e progressistacapital de Goiás,

por feliz e humani-

lária iniciativa do*

maçons residente*

naquele E sta il o

central. Trala-se da

Fundação Abrigo

de Menores

0 Governador de Goiás visita asinstalações da "Fama"

Abandonado- (FAMA), ohia d.- proteção e im-

paro aos menores dcsvalidos. Sua instalação texi

feita cm amplo e confortável edifício recentemente

construído para tal. e 'l11'' '-lá situado nas proxi-

rnidades da Vila Santa Terezinha, em Goiânia.

Aqui vemos o Governador 1'edro Ludovico Tei-

veira em companhia do no*so companheiro D.

\ntonio ei.- >.in Payo, percorrendo o pátio da'"Fama", q n ee à sede dagrande in. ii-

l u i ç á o (|ue-r rá breve-menti; inaugu-rada.

J0é$t ^A 9

m

0 Dr. Pedro Ludovico Teixeira, ilustre governador de Goiás e sua esposaSenhora Gercina Borges Teixeira, que viajaram há dias para a Europa, ecujo embarque nesta capital foi muito concorrido, tendo comparecido as mai1,expressivas jiguras da colônia goiania e altas autoridades.

UMA GRANDE OBRARELIGIOSA E H ISTÓRICA

NUMA

bem opresentada edição gráfica das Escolas Profissionais Saiosianas de São Paulo, publicada em 1948, em volumoso livro de 466página-, ?iwmos a satisfação espiritual de conhecer a obra de vulto

do Cônego J. Trindade da Fonseca e Silva, intitulada "Lugares e Pessoas"'.Trata-se, c\ identemente, de um substancioso trabalho de fôlego intelectual,levado a efeito por um culto e devotado espírito de pesquizador conciente ezeloso da sua elevada missão empreendida.

De estilo simples, comunicativo, onde os fatos históricos da vida reli-gio-a em Goiás, desde o- -<u< primórdios. são narrados minuciosamente, olivro desse ilustre prelado nos transporta aos primeiros dias do Brasil colo-nial em terras de sua província central. Lendo-o, revivemos Goiás desde oseu descobrimento, as atividades dos primeiros franciscanos e jesuítas, afigura bandeirante do Padre Antônio Raposo, a conquista goiana no períodocolonial, a primeira igreja e as primeiras paróquias e outros fatos históri-cos e religiosos até "Dom Manoel, o arcebispo da Instrução".

"Lugares e Pessoas", trabalho paciente e meticuloso do Cônego J. Trin-dade da Fonseca e Silva, que é uma das figuras mais eminentes da vid.ieclesiástica e política de Goiás, é , sem dúvida alguma, a maior contribui-ção que já se escreveu até hoje como subsídio não só para a história reli-posa de (ioiás. como ainda para todo o Brasil.

As fotografias defla

portagem joram-nos &tilmente cedidas peloSilvio Berto.

Senhorita Adelino Al-ves Fonseca, fino orna-mento da sociedade deGoiás, onde exerce ele-vadas funções na Se-cretaria de Educaçãodo Estado.

'0

COLCHA DE RETALHOS

9 RAUL, CIDADÃO DO RIO

RAIMUNDO ARAÚJO

\/.AM()S encontrá-lo entregue ao re-* cclhimento daquele casario ai

«Ia rua Progresso. Ali reside liá trinta .três ano.-, entre obras de arte. estatuetas.quadros, li. ros e um mundo de "c_iar-pes", caricaturas próprias e da autoriade outros grandes mestres do Lápis. Sõ-zinho, (penas assistido por uma velha _-:11-

tda de muitos anos. Vive, assim, aqu.-le que foi um dos mai- fecundos e maio-tes, senão o maior desenhista e caricatu-rista brasileiro, nos i|(,í> primeiros quar-tcis deste século.

Nascera -:Mi oa últimoa raios já mori-l)unilos do segundo Império. A—i-tiu „espetáculo social e humano da Abolição.Adolesceu e te fez homem dentro do are-jado clima de entusiasmo cívico e do em-polgante liberalismo da República nas-cente. Aos vinte e um anos de idade £

bacharel em Direito. Daí por diante, tôdua sua marcante existência se reverteriapara o Bem, o Belo, o Direito e as liber-dade- humanas. Ao lado de nomes ilus-tres, atravessou estoicamente épocas dcpfTftCgUÍçÕeS tumultuosas da política U

ional. leinpre como um do. mais valoro-•os com!» .tentes da onosicão aos govêr-no* atrabiliários, mandatários c déspotas.Kundou jornais, revistas, escreveu, des-nhou, caricaturou meio século, cm char-pe* que s,- tomaram famosas, personali-dades mascaradas de políticos, fatos ,..ciais e históricos da vida brasileira.

Desenhista, pintor, caricaturista, pro-fessor ile Meias Artes, mestre do Direito,Raul Pederneiras sobressaiu-se galharda-inerte e com justiça em todos os ramosda inteligência e ila cultura.

Velho jequilihá frondoso, erguido en-tre arbustos e marmeleiros à margem doscaminhos, dando frutos e sombra farte,por muito- decênios ! Esse grande ho-mem. grande artista, grande mestre doDireito, artavessa, hoje. magestosamente,os sue- setenta e oito anos bem vivido-.Uma benéfica existência, toda ela de li-cada às lula- intensas, ao trabalho cons-tante e ao s.,,,.-;,,!,, , u||0 ,|„ Magistério cda Arte. Catedrático de Direito, cum-priu religiosamente a sua missão, leiâo-nando ãs gerações sucessivas durantequarenta e cinco anos ininterruptos. Ai-tista do lápis, profundo conhecedor dodesenho anatômico, ainda catedrático da

Escola Nacional de Bela- \rles. por maisde Ires décadas, transmitiu aos seus discípulos os íulgore- das artes plásticas.

9A arle é toda a criação do Belo. Tu-

do aquilo que como. o. emociona agrada-velmente, sensivelmente o nosso mundointerior. Esplendendo-o, deslumbrando-o. Seu criador. — o artisla — interpre-lamlo-a. dá-lhe forma, eõr e beleza. Tu-dn iiassa. Somente a Arte não perecenunca.

Raul Pederneiras foi e será sempre onosso grande artista de puro sentimentocriador. Sua obra. quer literária, artis-lica e jurídica não perecerá jamais, le-vando às gerações pósteras o testemunholuminoso da sua passagem pela vida.

*Nos dias de sol. à tardinha. costuma

sair de casa. Toma o bondezinho do seubairro. atravessa, os Arcos seculares e ovemos depois, em passos firmes, passean-do por entre o turbilhão humano da agi-tada avenida Rio Branca Alto. magro,chapéu de massa antigo, bigode grisalho.terno invariavelmente preto, sozinho sem-pre, parece reviver os belos dias da mo-i idade.quando, então, altivo e vigoroso,participava das palestras animadas doCafé Papagaio, da Confeitaria Colombo,ao lado de Bilac. Guimarães Passos, Pau-Ia Ney, Emílio de Menezes e tantos ou-tros espíritos fulgurantes da época.

Eis Raul Pederneiras, que bem mereceo título de Cidadão do Rio !

CINEMATOGRAFISTA CEARENSEf^ ONTINl A em franco progresso o cinema nacional. Apesar da-^-* Inúmeras dificuldades técnicas e a precaridade financeira eomque se debatem os mrnsiástai da sétima ar|,.? ,|ia a (|ja vj0 evoluiu-do c melhorando a- nossas produções cinematográficas.

\^'"ia mesmo, tivemos do nordeste, a visita de um jovem eiiu-matografista cearense. Nelson Severiano de Moura, que vencendo oimaiores obstáculos, i, ili/ou. -ozinho. um filme documentária de lon-ga metragem. Trata-se de "Canindé", um trabalho de mestre, no qual

0 jovem nordestino focalizou na película, o- aspectos mais pitorescos,mais belo-, sugestivos e religioso* da tradicional e, nacionalmente co-nini ida pela -ua ba-ílica de Sáo Francisco, a cidade católica-cearen-se de Canindé. (ann longo- ano- de atividade como fotografo em For-taleza. Nel-on Severiano de Moura, ne—e —u primeiro filme — "Canindé" projetado na \ 111. revela-e. um arti-ta de longo- recurso*e qtw, com a ajuda do governo do seu e-lado. muilo poderá realizarem pró! do cinema, no Ceará.

ELISABETH SCHUMANNZA arli-la alemã Eli-ale-th Sehumann,

uma das mais celebrei cantoras de"Liederi de nossa época, faleceu em Nova. ork, com a idade de ó.í UOS.

\ sra. Si humano tinha dado seu últimorecital no Town Hall", de \o\a .ork. nomês de dezembro de 1950, Desde essa época,uma inferraidade a impedia de cantar.

Nascida em _nerseburg. filha de um or-ganista que desejava dar-lhe superior cui-tura musical, EHsabeth Sehumann fez seu*estado* iniciai- no "Tannhau-r". em Htm-burgo, em 1910. Em 1919, ingre-sou na Opo-ri de Viena, onde. sob a direção de Richir.1Str_.ii-- -,- tomou a grande "prima donni"da capital vienenae, e ali Interpretou prin-

cipalmente a- grandes peças de Mozirt. Km¦eguida, após vária- e\iui-.e- por várias r, ¦giões do mundo, apareceu nos Estado* l nidos, acompanhada por Richard StratU anpiano. Por ocasião do " Sn-i hlii—". a sra.Sehumann encontrava-se na França. Becuson--e a voltar à .u-tria e se refugiou no- K-tados I nido-.

LOUIS KAUFMANN

DIAI SE ao violinista norte-americano Louis Kaufman a desço-

berta dos oito concerto* de Yivaldi que a Cultura Artística diRio de Janeiro apresentou-o-, sob a regência do próprio descobridor,em 25 do corrente no Teatro Municipal.

Podemos afirmar que a Cultura Ailíslica do Rio de Janeiro pres-lou pevelante serviço ao- antêntieo* cultores da música, tal como noano próximo findo, pudemos ouvir o afamado "Angelicum" de Milão.

Muitíssima* sio a- obra- publicadas e conheci.la- de Yivaldi qne,segundo s,- sabe, existem nada menos de 80 de -eu- concertos.

Foi no Conservatório de Bruxelai que Louis Kaufmann descobriu

os oito Conditos ipie, com os célebres intitulado- "Le i|uallro -li-gioni" integram o opus \lll de Vhaldl e que eram considerado* mdidos. Os ,1,,/,. formam "// Cimento deli Armênia e deli' Invenxune">¦ constituíram o programa do Concerto que a Cultura Artística apnsentou, tendo ngriite .• s,,|i-ia „ piõprio Kaufman. e co conjuntode câmera componente, da orque-tra do Municipal. Ouanto à- eu-i-iiçõe- dos doze Concertos, que foram apresentado- apena- com trê*ensaios, tanto o sedi-ta como os componente* da orquestra portaram-secom segurança e todo- capacitados senhore* dos -,„- instrumentos.E podrnw considerar O Concerto da Cultura \rtí-lica do Rio de Janeiro como o de maior valor de sua temporada.

O MALHO 22 — V I I 1 !)

Nove anos depois confessa o crime

Matou a esposa por causa de outra mulher — Enterrou o cadaver na própriafazenda — Diante de uma diligência, quatro anos depois queimou o corpo.

A

opinião pública da 15élgica e da França, mostrou-se fortemer.-te impressionada com um crime de morte ocorrido há noveanos numa fazenda denominada 4,La Jamba de Bois , proxi-

mo de Lamain. no lado belga da fronteira entre os dois países. Só-mente agora foi descoberto o autor da morte de Gemaine Deffontaí-ne, desaparecida misteriosamente há nove anos. O criminoso era omarido de Germaine, Fernand Deffontaine, rico fazendeiro. Confes-sou a autoria do delito à polícia belga. Casaram-se em 1929, Ger-maine Vandriesche e Fernand Deffontaine, ela com 21 anos e ele com25; formavam um belo par, Germaine trouxe um dote que permitiua Fernand desenvolver sua propriedade agrícola, prosperando e dan-do ao casal um nível de vida melhor. Dez anos se passaram felize.squando no horizonte dessa felicidade apareceu a sombra de uma cin-pregada, Anne Maria Vercoutera, moradora de uma fazenda do ladofrancês da fronteira, a 300 metros da "La Jamba de Bois". Fernandapaixonou-se pela moça, mais jovem que sua esposa; esta, um «.ridesapareceu.

Quase diaramente os visinhos e os parentes de Germaine pergun-lavam a Fernand que destino levara a esposa; as respostas do fazen-«leiro, sempre diferentes, começaram a provocar suspeitas. A famíliada desaparecida chamou um radioeslesa para fazer pesquisas na casae no terreno da fazenda, julgando que talvez Fernand houvesse assas-sinado a espora, enterrando-a ali mesmo. O radioestesa procurou portoda parte, exceto num depósito de batatas, pois o fazendeiro naopermitiu que se removesse a montanha de quase trinta toneladas doproduto ali depositado. Assim, as pesquisas do radioestesa foramnulas.

AMASIADOS

Germaine não apareceu, e Fernand amasiou-sc com Anne Mario,com a qual pretendia casar-se, baseando-se no abandono do lar pelaesposa. De ambos os lados da fronteria. continuavam os rumores deque Germaine não havia abandonado o lar. mas teria sido assassi-nada pelo marido. Entretanto, nenhum indicio existia contra o fa-zendeiro e o caso teria ficado para sempre envolto em mistério se umpolicial belga, falando por acaso com uma visinha do fazendeiro, nãotivesse a idéia de dar um golpe atrevido. Prendeu Fernand Deffou-taine e sua ainasia, começando a fazer o interrogatório e a acaica-ção de ambos. Quarenta e oito horas depoi*, após um interrogai'-

Louis DEJUX

rio ininterrupto, conseguiu a confissão completa de Fernand. Foramlongas horas de luta entre o criminoso e a polícia da Tournay.

CONFESSOU

Fernand, de começo fingiu-se inocente: mas ao fim de numerosasperguntas, já suas respostas se mostravam menos convincentes, atéque chegou o momento em que não poude mais mentir. Disse qu;enterrara o cadaver da esposa no depósito de batatas, a uma profuu-didaile de dois metros. Afirmou que matara a esposa sem premedi-lação; durante a noite ela poz-se a discutir, acusando-o de trai-la comAnne Maric. Enfurecendo-se, Fernand agarrou-a com as duas mãospelo pescoço a apertou alé estrangular a esposa.

Anne Marie, durante o interrogatório, afirmou categoricamenteque não tomara parte no crime e que ignorava tudo sobre o desapa-recimento misterioso de Germaine. Esse depoimento confirmado porFernand, que assumiu tado responsabilidade do crime; sem auxiliode pesssoa alguma enterrou o cadaver, tendo dito a Anne que suaesposa o abandonara, indo para lugar desconhecido.

QUEIMOU O CADAVER

A polícia belga começou a procurar o cadaver no lugar indica-do pelo criminoso. Foi necessário remover em caminhões vinte tone-ladas de batatas que ali se encontravam; depois escavaram o local,mas não foi encontrado o corpo: apenas ali se encontraram um anel,uns fio. de cabelos, além de pequenos objetos pertencentes a Ger-maine. Foi necessário voltar a fazer novo interrogatório de Fernand.Desta vez, o criminoso declarou que o cadaver ficara enterrado qua-tro anos, com a chegada do radioestesa, teve receio de que o crimefosse decoberto, e por isso, durante uma semana foi afastando as Ma-tatas, retirou o cadaver, transportando-o para o campo, cobrindo ocom palha e pedaços de pau, e ateando-lhe fogo depois.As policiais belga e francesa continuam as investigações paraconseguir uma versão perfeita do crime e para saber qual o papeireal de Anne Marie nesse caso. Os indiciados deverão, dentro de

pouco tempo, ser julgados.Este é mais um caso que demonstra a verdade de afirmação sem-

pre repetida: não existe crime perfeito. (IPA).V I I — 1 9 5 2 — 23 — O MALHO

111

RIA SE QUIZERNOVA RAÇA

—- O Manéco tem uma pequena criação, mas é tãoavarento, que dá às galinhas farelo misturaao com ser-ragem. E sabes o que aconteceu ?

Que foi ?Deitou uma galinha e saíram alguns pintos com

pjrnas de pau !

E S S A !"Seu" doutor, morreu o doente !...Como ?Na bula da garrafa do remédio dizia que sa

cudisse antes de tomar !Então ?

Eu sacudi o homem e êle não resistiu... morreu1103 meus braços.

DESILUSÃOEle — Ah ! senhorita, não acredito que cu seja dis-

no da sua mão.Ela — Papai já me disse a mc?ma coisa.

BOM PARTILHADORO professor: — , Pinduca, que devo fazer para re-

y.artir igualmente 11 batatas por 7 pessoas?Pinduca (depois de pensar rapidamente): — Purc

de batatas, professor ?

Sempre, h/j qemej?/o {ou iseA/CA/froJ• i ¦—. ^^

C^I,M£USS4PÂTóSTEsrfõ O/l/UDO TVAJHA UHA ÓOH/J /VOS M£IJS\ "T>*^

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ENLACE CYSNEIROS DC AMARAL — MENDES D33REIS — Frofessora Annadice Cysneiros do Amaral eProfessor Alexandre Mendes dos Reis, no dia do seu en-lace realizado na. Igreja do Mosteiro de São Bento. Fo-ram padrinhos na cerimonia religiosa, por parte danoiva, D. Maria Eugenia Martins e seu esposo Sr. AgenorMartins, e por parte do noivo, seu irmão o Capitão Aris-to Mendes dos Reis e sua esposa Dra. Esther Lara. dosReis. Após a recepção oferecida aos convidados, segui-ram os noivos para Belo Horizonte.

ENI ACE CLÉA DE SÁ - SÉRGIO LUIZ HEGGENDÜRN— Realizou-se no dia 24 de Maio o enlace da senhori-nha Clea de Sá, filha do nosso prcsado confrade de im-prensa e ilustre escritor Victor de Sá e de sua. Exma.esposa. Dona Regina. Boselli de Sá. com o distinto jo-vem Sérgio Luiz Heggendorn, filho do Sr. José Luir.Heggendonr e de sua Exma. esposa, Dona ítala de Al-varenga Heggendcrn. O fla.grante acima mostra os nu-tentes à saida do templo onde se realizou e cerimoniareligiosa, numa atitude de enlevo e de alcjria que tevelugar na Matriz de São Paulo Apóstolo.

Foram padrinhos no religioso, por parte da noiva-o Sr. Attilio Boselli e senhora, e do noivo: o Dr Plácidode Mello e Dona Maria Hegendcrn Ramos Leal No ei-vel, testemunharam o ato, o Sr. Helvécio de Castro esenhora, pelo noivo, e o Capitão de Fragata AntcnioMartins Barbosa e senhora, pela noiva.

MAESTRO NINO GAIONI

CZ spirito privilegiado de artista, oMaestro Nino Gaioni, nome já

consagrado nos meios musicistas tantode sua pátria como também do nossopais, é um dos grandes mestres regentesda "divina arte". Nasceu às margensdo Adige, em Verona, florescente cidade-da península itálica.

Criança ainda, iniciou os estudos depiano e aos doze anos, dirigiu o seu pri-meiro concerto na "Arena de Verona"

Discír alo dos iamosos mestres pia-nistas como Bezzotti, Marconi, Sagüi,e Ravrnello, diplomou-se como concer-tlsta de piano, sendo, no assunto, um'exímio interprete desde a composição,controponto. fuga, história da música,didática musical, até a direção de or-questra.

Regeu concertos sinfônicos nos maio-res teatros italianos e sob a sua batutadesfilaram as maiores orquestras daEuropa.

Aos dezesseis anos estreou no veneroliricc re.endc a ópera "Lamicc Fritz".de Fietro Mascagni, merecendo então,cs maiores elc.3ios da. critica e a im-prensa da época o consagrou de "me-nino prodígio".

O Maestro Nino Gaioni é autor devária.s composições sinfônicas, clássi-cas, líricas e instrumentais. Entre nósano passado, regeu na temporada ofi-ciai e na qual regerá este ano.

Na temporada de arte o maestroGaioni dirigiu "A Boheme", "AndréChemier" Tedro Malazarte" "Nino"e outras óperas.

BONS c venturosos eram o- di; -

do passado, em que se falavana existência de grandes tesouro-.nue estariam escondidos aqui iali, à espera de algum destemido.que os fosse recolher para trans-tormá-los em muito dinheiro. F. -¦es tesouros, na concepção imagi-nosa dos que se deixavam empol-..•ur por (ais histórias, eram o pro-¦ loio da ação arriscada dos pirata-da época i|tn'. <l.-j>í>í~ t\i- saquearemos navios, pejados de ouro. iam eai-ondê-los ein pontos qae eles con-sideravam inacessíveis ã espera deuma oportunidade para Uns daideclino mais proveitoso.

Km Portugal, como em mui..'-outros países, sobretudo os da ve-lha Europa, a cegueira pelo ourogerotl unia serie ile lendas «cnn -llianle-. Lendas antigas, do- leu;

POS em que essa nação f'giir.i\ |entre a- mais ricas e poderosas domundo inteiro. Uma delas, por si-nal que das mais populan -. estáligada à exi-lência da "liôca do

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.•fs expedições se sucedem, mas os resultados são sempre os mesmos. — _4s almas dos piratas. éVelas do lugar,recanto turíttíeo tle Custai u!i > permanente tlns mait absurdas lendas populares.

A BOCA DO INFERNO-ESCONDERIJO DE RIQUÍSSIMOS TESOUROSInferno", que -eria o esconderijo de valiosos tesouros, para ali leva-do- por um pndero-o contingente de piratas, antes de sua aci.l.-n-

tada captura.

\ iiôca do Inferno", pitoresco recanto situado à entrada do Tejo,

ou mai- precisamente em Cascais, ostenta, por sinal, uma designa-

ção perfeitamente adequada. Caiada em plena rocha, tem unia ibef-

tura de cinco metros de altura, que condiu à- profundeza- daquelj

iincn-a ma—a granitica. Seu ac—ti é. por is-o mesmo, extremainen-

te difícil, ainda quando as vagas estejam calmas. No- dia- de mar

aguado, então, seria verdadeiro suicídio tentar chegar até ali. Por-

que as ondas, enfurecidas, arremetem contra a imensidão da co-tae vão morrer no interior da caverna, como se estivessem em buscado» espíritos afontos que lhes quisessem roubar o< tesouros tão la-boriosamenie conqui-tados e ali escondidos...

A despeito da quase inacessibilidade do loeal. de tempos emtempos surgem tentativas para recuperar esses tesouros, à medid.t

que vão ganhando terreno as história- em torno da sua exi-lêm ia.Mas os esforço- daqueles que -e deixam empolgar por tão tentadorasyersões surtem -empre o mesmo efeito negativo... E, assim, a "1!7, í

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do Inferno", impassível e de*temida na sua majestade gra-nítica. |)arece ter. na- lagas re-voltas (jue a açoitam penna-nentemente, sentinelas \igiljn-

tes qne lhe guardam a- pro-funde/a-.

A crendice popular, tão ima--.inci-a (|uanto ingênua, ereoi

a lenda de que esses obstáculos,levantados pela Natureza, nã.-ão outra cousa que as almasatormentadas dos velho- pira-tas, que ali estão atenta- paraimpedir a dissipação dos tesoil-ros de que estes não puderamdispor, ein xida.

seja como fôr. a "Boca do In-ferno" não é apenas fonte delenda- porém uni cio- recai'! >-mai- pitorescos da costa do ielho e lendário Portugal. Potisso mesmo não <• de estranhaique esteja incluida em todoi Otroteiros turísticos do país.

Camponeses lusitanos, sugelionadns pelas lendas que doml-nam a região, penetram na"Un

| do Inferno" e:n lni-< i

<los imaginário- tesouros.

\ lu, da- tochas, empunhadas pelos caçadores de ouro. retlete intensamente na massa era.nitiea, t_npre*tando4he visão de magnificência e originalidade.!'*l'.'i- de uma tarefa exastiva,.os membros da caravana descansam no interior da grutaNo sc semblante, não se estmpa apenas o cansaço, mas uma profunda decepção em face do,resultado, negativos da expedição. Como centenas de outros que já se lhe anteciparam nessainituitiva, eles também náo encontraram os decantados tesouros.-que teriam sido ali escondidos

peie- piratas.

A entrada da "Boca do Inferno". Esta fotografia hitirada num dia de absoluta calmaria.

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PalaaaaaaltaT ^~v- Iaáaaaafl "-itT** f fl

Adalgisa Neri Fontes

De mes a tn^vi>

LEITOS, para a diretoria «Io Aéro-Clubedo Drasil, os srs. Augusto de Lima Neto,Jorge Figueiredo Possolo e eomandanU

Jaime I-eal Costa Filho.F

A sra. Vdalgisa Neri Fontes iniciou grande ebelo movimento de ajuda ao menor desamparado.

502.

Assumiu a direção ilo instituto ProfissionalQuinze de Novembro o professor Jo-é Oetúlin deLima.

A Maternidade Carmela Dutra abriu, festiva-mente, a primeira Biblioteca Hospitalar do Bra-sil.

¦ka.Simões Filho

flAm * *»r i

m mJoão Carlos I 'IttÚ

Horácio Lafer

*aP ^\a A* \

Brilhante ;> »es*ão do dia da raça. no Gabt-netc Portuguêa de Leitura, havendo falado o* .rs.Ministro Simões Filho. Kmbaixador Martinho No-bre de Mello e Américo Jaeobina I.acombe.

Muito útil a viagem que, a»- Estado* Unido*.realizou o prefeito do Distrito Federal. «Ir. JoãoCario» Vital.

*

0 Prêmio Sul-América de 1Ü.">1 acaba de serponcedido ao professor Joaquim Ribeiro pelo aeutrabalho sobre "Origens e de-envolvimento dosestudo* de folclore no Hra-ü".

*

Diretor do instituto Nacional de Estudo* Pe-dagógico* o grande pedagogo brasileiro AnísioTeixeira. CUJO prefacie, à "Vida e Fducação", de

John Drwey i Melhoramento-1. é uma páginamagnífica.

?E a água':"... O Rio de Janeiro recebe MU

lioueo do precioso líquido quando chove, h nada

I),- ótimo, resnltadoa 0 Centro de Instruçãode Oficiai* paia ¦ Rfserva da Marinha, criaçãoilo almirante Cuillob I.

Inaugurado o Bai r Restaurante >. I.uí-, d...«rs. íorge augusto Lope* e Henrique Dnran <'.'>:i-galez.

Cau-aram excelente impretsfo a- pai.-tia- doMini-tm Lafer atravé- do microfone da AgênciaNacional, esclarecendo ponto* da i>olíii<-a eco-nômica.

Deaetnbargador cio Distrito Federal os julze*le Direito Mário do* Pastai Monteiro MachaJo

.- l.ni/ \fon-c, da* <Ihagas.

Na sede da Colônia rir Féria* do* Fiincionário* Públicos, em Petropolis, inaugurou -<• o Paiuue Infantil da instituição, da ipul é pmldeflleei -i. Luta Lopes,

Diretor da Divisão ch- Kii-inci Exlra-eacolar doDepartamenl Nacional de Filucação o sr. Ro-gério Vieira.

Transcorreu 0 primeiro aniversário da criaçãodo Serviço de Assistência Médica Domiciliar ede Urgência da Providência Social, sob a dirc-ção do dr. Guilherme Malaquia* doa Santo* Jú-nior.

A Fundação Otúlio Vargas criou a EscolaBrasileira de Administração de Empresas, apôshaver instalado a F.scola Brasileira de Admim-tração Pública.

*

Desembargador da Justiça do Distrito Federalo sr. Ornar Murgel Dutra.

O espírito empreendedor do ar. Alberto Ri-anebi fez construir, em Salvador, o principal ho-tel da Itahia. um dos melhores do lirasil.

Na cátedra de História da Arte tomou posse,na Faculdade Nacional de Arquitetura, o pro-ti -ur Carlos Flexa Ribeiro.

Foi eleito presidente da \--<>ciaçáo dos Ter-nico- de laboratório o sr. Manuel Raimundo deOliveira Tavares, sendo presidente de honra o

professor Vbdon Uns.

Ao que tudo indica, -cá inaugurado, ainda¦"-le ano. o primeiro núcleo arquitetônico da (.:-dade l nivi i-ilária.

Todo* o* profeta ore* e P»i« ,h' taníflias i

provam ¦ lamentável data i-c cilhida pelo Mini-te-iii. di Educação para reabertura da* aula* de-nota da- féria* de dezembro.

O MALHO 28 — V I I — 1 9 52

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àmCiro Espirito Santo Cardoso

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Vicente Lima

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Juscelino Kubilschek

Mtiriiiilui Nobre de Melo

A Casa Neno abriu mais uma loja na rua SetíJe Setembro.

O Méier homenageou o sr. Henrique La Ro-que de Almeida, enquanto os jornalistas esperama construção de seu muito prometido edifício noJardim de Alá...

Promovido a Grande Oficial da Ordem d,)Mérito Militar o general de brigada Ciro Esp;-rito Santo Cardoso, ministro da guerra efetiva-mente democrático.

Festejado o primeiro aniversário do exercicioda sra. Dulce Magalhães à frente da Diretoriado Pessoal da Secretaria Geral de Administraçãoda Prefeitura.

Novo procurador Geral do Distrito Federal:o sr. Fernando Maximiliano Pereira dos Santo-.

#Na Escola do Estado-Maior do Exército, o

deputado Euvaldo Lodi proferiu importante con-ferência em torno da "Industrialização e seus re-QezM na conjuntura econômica nacional."

*A Standard Oil Company of Brasil promoveu

a Diretor da acatada empresa o dr. C. F. V,buco de Araújo Júnior.

?O capitão de corveta Antônio Jovino Pavau

é o nosso comandante do submarino "Timbira".

Lançada a pedra fundamental de MuriquiPraia Clube, cujo presidente, sr. Norval Guima-ráes, muito es esforça pelo progresso daqueledi-trito de Mangaratiba.

O jornalista Heitor Luz Filho é o atual chefile seção de propaganda

H*

Cada vez maior a repulsa dos brasileiros nosórdido regime comunista, que escravisa o ind:-víduo e entrega as pátrias à quadrilha de Mos-cou.

ral, moral e cívica, otimainentc biografado. As-sociou-se o Brasil inteiro às homenagens ao c-en-tenário do ilustre cientista.

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Aniversáriou o Lux Jornal, dirigido pelo nossoconfrade Vicente Lima.

Nomeado corretor de fundos públicos o sr.Alexandre Robillar dc Marigny.

O eminente chanceler João Neves da Fontou-ra falou durante o banquete oferecido, no Mira-mar. ao escritor Aquilino Ribeiro.

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O sr. Manuel Carlos Pinheiro é o proprietá-rio do Bar e Confeitaria Pinheiro, aberto cm S.Francisco Xavier.

No Geleão funcionará o Centro Médico-peda-gógico Nossa Senhora do Loreto para os alunosdas escolas públicas das ilhas do Governador.Paquetá, Bom Jesus e Sapucaia.

Vai ser feita, no Brasil, a montagem da linhade receptores de rádio e televisão Zenith, con-forme informou o industrial brasileiro Waldeck1'inlo.

Após um prélio muito renhido, travado emharmonia com as normas democráticas de nts-peito ao adversário, foi escolhido presidente doJóquei Clube Brasileiro o dr. Mário de AzevedoRibeiro.

Homenageado, pela passagem de seu na tal i-cio. o professor lrineu Malagueta, justamenteailimirado nos meios culturais, científicos e so-

iai< do país.

Graças à iniciativa particular, com inteiroapoio do governador Juscelino Kubitschek, asindústrias Mannesmann instalarão, em Mina-Gerais, formidáveis usinas produtoras de aço la-minado.

Barulho infernal e incêndios: resumo das fes-ias juninas.

*

K evidente o desenvolvimento de Tombos deCarangola, sob a operosa administração do sGlieério Dias Soares.

Fundada pelo proíes.-or conde Cândido de Al-meida, a Academia de Comércio do Rio de Ja-neiro celebrou, há pouco, mais um aniversário.

?Em e-lilo fluente, o dr. Luiz Palmier deten -

veu a vida e a obra de "Maurício de Abreu, pio-neiro da democracia", vulto de eminência cultu-

Diretor do Hospital de Neuro-psiquiatria in-íantil. do Serviço Nacional de Doenças mentais,do Departamento Nacional de saúde, o dr. De-nis Malta Ferraz.

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A Varig mantêm-se cm grande atividade, soba administração do sr. Rubem Martim Berta.

V

A Casa da Paraiba elegeu sua nova Diretoria,Kndo presidente o sr. Leonardo Smith d<» Lima,1.° vice o sr. Manuel Veloso Borges e 2.° vice opadre Luiz Gonzaga Lira.

V I I — 1 9 5 2 — 29 — O MALHO

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NAO sei, ao certo, qual a populari-

dade de Alan Ladd no Brasil, masaqui nos Estados Unidos, pode

gatar-se de ser um dos nomes maisqueridos do público. Seus filmesrendem muito e a sua popularidadecontinúa firme há vários anos.

Alan Ladd, naturalmente, ganhamuito dinheiro. Vale o seu peso em.ouro, ou melhor, em dólar o que équase a mesma coisa.

Êle, a bem dizer, começou na Pa-ramount e, naquele estúdio, perma-neceu durante muitos anos, solidi-ficando sua fama e aumentando ovalor monetário de seus contratos,de ano para ano.

Depois de "This Gun for Hire" fil-me que lhe deu fama de noite parao dia, Alan Ladd fez dezenas de tra-talhos, variando de tipo, isto é, denome e de roupa, porque sua habili-dade artística não é das maiores. E'competente no desempenho do quelhe dão a fazer, desperta grandesimpatia e o resto só se explica com

Alan Ladd, descansando, num intervalo de filmagem, Alan Laddvoltou a Wanier Bros, .. • desta vez, como astro famoso.

"êsse não sei quê" que faz de umpobre mortal um idolo de multi-dces...

Alan Ladd, depois de fazer car-reira na Paramount, deixou aqueleestúdio, assinando ccntrato com oWarner Bros. O seu primeiro filmepara o estúdio de Burbank é "TheIron Mistress", ao lado de VirgíniaMayo. A sua estréia na WarnerBross, faz-me lembrar um fato in-teressante, passado há mais de dozeanos, quando êle apenas sonhavicom a glória cinematográfica, poisainda não tinha tido a chance deenfrentar a câmera.

Alan trabalhava para a Warner—mas como simples operário. Era um"grip", classificação que os estúdiosdão a camaradas atletas, cuja ocu-pação é apenas carregar as pesadasluzes e refletores de um lado da cê-na para o outro. Não são eletricis-tas. Éstes apenas ficam sentados.

seguindo as ordens do iluminadorchefe. Muitos se perdem no alto,cm pentes de madeira, que corremde lado a lado dos imensos barra-cces, parecendo bonecos, tamanhaé a altura dêsses galpões onde osíilmes são feitos.

Alan Ladd, como já devem ternotado, é homem forte. Tem bra-ços musculosos, de modo que foi aforça bruta que lhe abriu a portades estúdios.

No fundo, porém. Alan queriamesmo ser artista. Enquanto acportuniadde não lhe acenava, êledefendia-se, ganhando o pão com osuor de seu rosto, e suava mesmoporque o trabalho era pesado.

Muitos não se lembram que êleapareceu, peU primeira vez, numfilme de Walt Disney — "O DragãoDengcso" —. Fazia um papelzinhoque durava aVjuns segundos na te-la. Aparecia na seqüência de "Baby

O MALHO — 30 — VII — 1 9 52

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HOLLYWOOD BOULEVARD(DE GILBERTO SOUTO, REPRESENTANTE DE O MALHO EM HOLLYWOOD).

Weems", ao lado de Robert Bench-ley. O seu papel era o de um escri-tor, e apontava para os sketches da'história do menino prodígio...

Fassou despercebido.A seguir, surgiu num papel em

que chamou a atenção dos produto-res, num filme de Hal Roach, onde(se não me engano) Victor Mature:era o protagonista. Sue Caroll, quefora a minha paixão nos primeiro?,iilmes musicados da Fox, — lem-bram-se dela com David Rollins,dançando e cantando o "Ereak-

way" _ naquele tempo em agentede artistas. Arraniava trabalho pa-ra os clientes, discutindo com or.magnatas e diretores as habilidadesdos mesmos, cavando para eles pa-ceis de contratos. Ela tomou contade Alan Ladd, de tal maneira queacabou casando com êle...

Obteve para o marido um contra-to com a Paramount. Depois disso.Sue Caroll aposentou-se. Passou aser a penas a esposa do astro.

Hoje, vive feliz com êle. Feio me-ncs, nunca se mexericou a resoeitoda vida de ambos. Ningguém podenegar que se adoram.

Logo que êle começou a ficar fa-moso, eu o entrevistei nos estúdiosda Paramount, mas confesso que aminha atenção se voltava para SueCaroll que o acompanhou especial-mente para aquela entrevista. Batilongo papo com Sue, relembrandoseus antigos papeis e a sua graçaencantadora. Ela fora uma garotadeliciosa mesmo que, naquele mo-mento .estivesse distante de mimuma senhora mais idosa e muitomais gorda. O sorriso, porém, eraainda o mesmo dos velhos tempos...

A entrevista não checou a ser pu-blicada, pois Cinearte suspendeu apublicação, vitima da guerra.

Só voltei a encontrar-me comAlan Ladd quando o Marajá deGwalior deu umi festa no Hotel Be-verly Hills. O Marajá é multimilio-nário e, se duvidarem, perguntem,ao seu amigo Marcos André — queescreve "Bazar" — êle andou pelaíndia e sabe disso...

Na festa, havia pouca gente emuita bebida. E muitas jóias. Fes-tas de Marijás sem jóias não éfesta de marajás... A esposa dopotentado estava coberta de rutis eesmeraldas. Pensei logo nos (,'in-gsters. Tive receio de que Alan Ladd,de repente, voltasse aos seus papeisda tela, de revolver em punho e to-dos ncs de "mãos ao ar".

Fiquei com muita pena dela, por-que os ladrões encontrariam naquelafesta verdadeiras "loucuras de

Maio"... Parecia liquidação de pe-dras preciosas. Havia montes delas !

Voltei a olhar para Alan Ladd.Cheguei a pensar que êle tivessebrigado com o barboiro, porque oseu cabelo não via tesoura há mui-tas semanas. Alan sorriu e mostrouos dentes... e disse que estava fa-rendo um filme na Paramount e queo cabelo comprido era parte do pa-pel. Acreditei.

Alan estava trabalhando em "Bo-tany Bay", história que narra asaventuras dos amotinados do na-vio Bounty que acabaram desem-barcando numa ilha da Cceania eque por lá ficaram e onde, até hoje,seus denscendentes vivem felizes,muito obrigado.

(Continua no fim do número)

Em cena — almoçando entre uma cena e outra do filme "THEIRON MISTRESS" da Warner Bros.

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O Rio tem conhecido, pessoalmente,muitas figuras do cinema de on-

tem e de hoje, mas poucas tão intri-gantes como essa encantadora MonaMaris.

Porque Mona Maris foi parte daHollywood que os fans não esquecem,ela trabalhou na cinelândia numa dasépocas mais empolgantes de sua histó-ria e participou de filmes que não fo-ram os melhores do mundo, mas queficaram inesquecíveis para o grande pú-blico, por serem filmes que falavammais ao coração do que ao cérebro.

Pois Mona Maris está no Rio, hámuitos meses — e o que é mais inte-ressante, preparando-se para voltar aocinema. E ao vê-la em pessoa, nos vemlogo a memória toda a carreira cine-matográfica dessa artista argentina. Elasurgiu pela primeira vez, quase menina,em filmes alemães, aliás de bôa quali-dade artística. Mas a sua presença fi-cou marcada para os fans brasileiroscomo a primeira figura feminina em"Romance do Rio Grande" com War-ner Baxter e outros filmes americanosde ambiente latino: "Arizona Kid" e"D. Juan do México".

Logo depois, a série que mais a po-pularizou, os filmes musicais de JoséMojica: "Loucuras de um Beijo", "Ca-

valeiro da Noite", "Melodia Proibida ,nos quais teve desepenhos muito inte-cessantes — inspirando Mojica e fas-cinando o público.

Em seguida, especializou-se no tipoque seria a sua marca registrada natela — a "vamp" fatal — em "Sob osMares" com George 0'Brien, "Salve-se

quem puder" com Buster Keaton, "Se-gredos", "Três Amores", "Uma viuva

A Mona Maris de hoje, jovem, bela esua carreira em Hollywood.

Mona com Jeanette Mac Donaid em uCasei'ffit•com um Anjo", um de seus melhores jyapets

romântica" com Gilbert Roland, "Nãodeixes a porta aberta" com Raul Rou-lien e "O Amor Obriga" com CarlosGardel, um dos seus melhores traba-lhos.

Eclipse. Mona Maris sumiu dos fil-mes mas passou pelo Rio, rumo à Bue-nos Aires. Filmaria na Argentina ? Não,sua volta teve lugar em Hollywood ecom grande destaque, novamente comoa "fatal" em "Fugindo ao Destino" comThomas Mitchell, continuando em "Mi-nha Namorada Favorita", "Se a LuaContasse", "Tampico", "Corresponden-te em Berlim", "Casei-me com umAnjo", "O Mistério do Morto". "En-contro no Pacífico", "O Bater de umCoração"...

Mais uma vez, Mona Maris eclipsou-se. No ano passado, vimos um filmeseu, feito na Argentina em versões in-glêsa e hespanhola, sobre o qual a es-trêla não gosta de falar. Entretanto,deveria porque o filme mostra comofaz mal em continuar afastada da tela,pois está mais bonita e fotogênica doque nunca !

O filme mostra claramente queMona está perdendo tempo, enquantodiversas estrelas de ontem continuama filmar em grande forma, como Lo-retta Young, Dolores dei Rio, BarbaraStanwyck, Lana Turner, Rita Hayworth,Danielle Darrieux e tantas outras, al-gumas até anteriores à estréia de Monanos filmes americanos.

A maior surpresa para quem vêMona Maris no Rio, ao sol de Copaca-bana, é justamente esta: a mesma fi-gura elegante e esguia, tão bonita eatraente como nos filmes.

Mona confessa que tem deixado pas-sar varias oportunidades para filmar naArgentina. Agora, um convite para ser"guest" na Televisão quiz levá-la aNew York. Mas o seu reaparecimentono cinema deve realizar-se no Brasil,num filme argentino-brasileiro. paracuja realização ela está em entendimen-mentos. Mona pôde observar no Rioo grande desenvolvimento do cinemabrasileiro e em S. Paulo visitou os es-túdios em atividade. Mas o seu interessepela iniciativa é que no filme proposto,ela deve ter o papel que nunca teve emHollywood e sempre desejou interpre-tar. O papel de uma mulher simples erústica, nada de "vamps ou mulheresfatais como não existem na vida reale nada têm com o seu temperamento.

E' muito interessante registrar aquia volta de Mona Maris aos filmes, justa-mente em nossa terra, onde foi uma ar-tista tão popular — porque há no ci-nema um lugar para sua figura semprebonita e sua personalidade tão fasci-nante.

Em cima — Mona entre Jean Pierre An-mont e Ginger Rogers em "0 Baterur7i Coração". Ao centro — Como espiãem Encontro no Pacificoao lado deLee Bouman e Jean Rogers. Em baixoCom Thomas Mitchell em "Fugindo aoDestino

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Moço, quase menino. Frederico

Schcííel, como pintor atingiuavançada idade na técnica da

pintura, e na irradiação do espirito.Na exposição deste jovem, I050 pres-sente-se o poeta que maneja os pin-céis cem a força do mundo interior,descoberto na profunda introversão.Cada trabalho do artista, deixa, comonum janela aberta., a alma do visi-tante vislumbrar a atmosfera desenho que vai lá ror dentro. Frede-rico — seu próprio nome lembra

*-'An^v.stia'

____ ¦

"Em busca da bem amada"

FREDERICO SCHEFFELChopin, que, como pinter, pintaria os qua-dres de Scheffel, se trocasse a neta pelarcores. Há, realmente, a mesma melancolia,a mesma sofreguidão sentimental da mú-sica do mrgo polonês, na obra do pintorfc_asilei_o. O luar, atração máxima dos ro-mânticos, nos quadre; de Scheffel, e comoque a solicitação de mundos perdidos. Atra-váz da atmos.era azulada, o seu espiritocaminha para o desprendimento das coi-sas terrenas. Entra naquele estado inte-rior onde as formas materializadas sãomais pressentidas do que vistas... A obra.de Frederico Scheffel é p ara fazer sentir

e pensar Sentir, pornue 'cro' id-\ da sua-onstüu.cão anmica, vitratil, retransmite:.. mementos emocionais, os jatos da sen-%'•' Tid^de "artida dos nervos retesados co-mo cordas de afinado instrumento musical.Pensar, ..crque, usando a forma e a técni-ca como veículo, mostra ao visitante aidéia demoradamente elaborada nas suascélulas mentais. Finalmente, a pintura dcFrederico Scherfel, torna-se prande e éter-na porque há nela o perfeito equilíbrio en-ere as duas partes definida, do homem: océrebro e o coração

LUIZ GOULART

HOMENAGEM DO JOCKEY CLUB AO PREFEITO E AO SECRETARIADO

Como sucede todos os anos, o Jockey Club Brasile.ro

prestou expressiva homenagem ao Prefeito do Dis-trito Federal e ao Secretariado da Prefeitura, sendo

convidados especiais os vereadores. Incluindo no pro-grama das corridas um páreo a que deu o nome dq"Grande Prêmio Prefeitura Municipal". Ao Hipódromoda Gávea acorreu grande número de aficionados doturfe. Os elementos mais representativos da nossa so-ciedade estavam também presentes, o que deu ao am-

ciente um caráter de alta elegância. Antes da parteturfista, realizou-se no Salão das Rosas um banqueteoferecido aos homenageados. Estavam presentes o coro-nel Dulcidio Cardoso, prefeito interino, todos os secre-tários da Prefeitura, o presidente e diretores do Jockey.Bjssln. como outros convidados. O dr. Mário de AzevedoRibeiro, ao "champagne" fez expressivo discurso, e agra-ieceu as palavras do presidente do Jockey o coronelDulcidio Cardoso.

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\ SaíW^NL*'sé

Quando o presidentedo Jockey, dr. Máriode Azevedo Ribeiro,saudava os homena-geados. A sua direita.o coronel Dulcidio Car-doso, prefeito inte-rino, e ministro LuizGallotti, 2." vice-presi-dente, à sua esquerdadr. Armando Vidal, se-cretário das Finançasda Pre<cituri. vrof.Luiz Pinheiro Guima-rães, 1° secretário doJockey, e Dr. Mourão

cresiaeme daCâmara Municipal.

SANTO Antônio.

Santo casamenteiro.Milagroso por excelência.

Foi a 13 de Junho.Choveu, fez frio.E as devotas subiram a grande escada-

ria da igreja segular, para agradecer ou so-licitar novos favores do benquisto santo, detão alta sabedoria.

Vimos, então, muita gente bem vestida.de acordo com a estação, naquele ensejo deexibir um "tilleur" que é a última palavrados modelistas de Paris; vimos no corpo es-guio da carioca moderna, bonitos casacos,ora seguindo a linha "redingote", que ser.centúa na cintura, ora amplos, de largasmangas "raglan", a gola alta segundo apreferência dos costureiros londrinos, ousem gola, conforme os parisienses dese-nham.

O "manteau" tem a propriedade dc ser-vir com qualquer sorte de vestido,' isto é,do "toilette" co singelo, do de seda luxuo-sa ao de lã ou "surah", ainda útil sobre oconjunto de calça e blusa que nos vestepara os passeios ao ar livre, a fuga parafora dr. cidade nosfins de semana, fatoque se tornou pro-verbial.

O "manteau" énecessário, mesmoindispensável. Qua-se na mesma formade elegância e con-fòrto, vem o casacocurto e amplo tam-bém. variando dopreto co branco, delom pastel ao alá-cre.

A moda anda re-buscada, muito em-corte do vestido,exame, pareça sim-pies.

É porque o re-quinte está. ora nocorte do vestido,muita vez associan-do-o, com êxito, àsguarnições. e decontinuo á espéciede tecido.

As noves lãs sãodosas, agradáveis aodosas, agradável aotato e mais agrada-veis quando trans-formadas nas vestesque usamos comabsoluto prazer.

Ô-iCÍ£&

Para a terde são vistos muitos enfeites luminosos como fios demetal, vidrilhos, ouro e prata no cinto e nos calçados, ouro e pratarebordando as fazendas estampades. A tarde de que falamos está vis-to que principia com o toque da Ave Maria, sendo tal sorte de trajeindicado para "cocktails" jentares, teatros, etc.

Todavia ainda condiz com a bôa regra, adicionar a um traje dclinhas severas um largo cinto taxeado ou bordado a ouro, e é comumque os ••sweaters" sejam ornados com botões de metal, bichinos ouflores de veludo rebordados com missângas douradas c prateadas.

Ouro sobre azul. . ., verde, rosa, escarlate, branco, preto.Muita cousa bonita para seduzir a faccirice feminina, apropria-

da a auumentá-la.Dinheiro haja. . .

M^J

Cetim urinado, \uuis-. i m a. brilhante, ttule de ;i\ lon partieste lindo traje nup-ciai. So rttche tran-:ido da saia e n->i irtice do dei ote I <¦-mos raminhos de bo-toes de laranjeira. ./grinalda eom <_si* a llõr (Modelo deJay Tliorpe VelYvrl.l.

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Vestidos e chapéus novos

e elegantes

O chapéu, complemento de grande significação ao"chie" feminino, é muito usado durante o outono e o in-verno carioca. Este primeiro modelo, gracioso na suacombinação de palha preta e branca e veludo preto, em-beleza sobremaneira, e foi desenhado por Tatiana paraSaks (5th. Av N. York).

Renda plissada e branca numa aba de veludo azul-verde é do que se compõe este gracioso "coiffant" deSally Victor — N. York.

Feitio paraMr. John (N. York)

feltro, seda ou veludo. Desenhado por

cÇ3J.

Mr

~r

J Imegantr "tinas

peças" de fina lã azul esmaecido.l" plissada, casaco com botões jorrados. (Modela

Seymettr Fox — A. York).

Um casaquinho verde folha para um vestido defina lã preta t brant a ( Modela lirginia Spears —

\. York).

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1ltr° moi/ê/o </e V. V. 0r«s Institute. Talha-se¦m serfa grossa cinza azulada, botões e viezes

pretos.

Casaco "redingote" de "tiveâe" de lã cinzacom pontinhos pretos. (Modelo ti. Y. D.

Institute).

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mSaia de tafetá plissada, preto, casaco de lã ou veludo prelo, gola e punhos brancos (Modelo de _V

KorA- üress Institute).

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¦¦¦Mi MÊMMmElegante feitio para lã de côr sombria. (Modê

N. Y. Dress Institute).

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coniRR a prisõo oe uenine 0

"Tiquinho" é lindo, adoravel,Todos dizem que é formidáveltem tudo, tem coisas mil.esta nova revista infantil.

UMA

TESOURO PARASUA MENTE

LiçõesRozacruz

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Duas fôrmas de mofciliar o canto da sala de estir desti-nado a fumar e ao repouso depois de um dia de trabalhointenso. Numa delas vemos uma poltrona forrada comtecido preto e quadros azul brilhante com estrias brancas;na outra, está um grande sofá forrado com tafetá verdeágua e listras pretas, largas, o pá do "abat-jour" floreirae o porta revistas são de ferro batido pintado a ourovelho, almofadas de cetim plástico, branco, alva estantede páu marfim.

Decoração Da Casa

# minORATIVAS

eabeco?*acáo

CORTINAS

TAPETES

E MOVEIS

A MAIOR E MELHOR 0f?GANKAÇA'0 00 BRASIL65-RUA DA CARIOCA-67

RIO

— 38 —

O uso das PASTILHAS MINORATIVASrestituru-me o olegrio e bem estor.Esse produto é um loxotivo suaveporo Iodos os idades.Sigo o meu conselho e tome

^ . J — y

II

n

MOACYR ESCALOU OS MUNDOS...

NA

tese de doutorando de meu Pai, repleta de de-dlcatórias, segundo os usos do tempo, li muitasvezes, em menino, estas palavras : " A meusalunos do Externato Jaspes". «Soube, muito

mais tarde, quem fora Jasper Harben o Diretor doestabelecimento em que meu saudoso velho trabalhara,para pagar um curso de estudante pobre.

Fora um provecto educador americano, de origemirlandeza, que consagrou ao Brasil e à cultura os esíor-cos de toda uma vida, uma longa vida, e morrera háainda pouco. Fora mais: um vivo espírito de erudito e-humanista e um pensador que se exprimia elegante-mente em prosa e verso.

Vim a conhecer, um dia, dois netos ilustres do pe-dagôgo e dois líricos muito notáveis: Moacyr de Almel-da e Pádua de Almeida.

A origem Irlandesa explicaria a alta imaginação doautor de "Gritos Bárbaros". E os traços de ascendên-*cia americana repontam na grandiloqüência de amplarespiração de sua poética. Os yankees são pródigos comaa sua natureza: e a expressão de sua alma é ampla comosua bolsa e o seu coração.

Xa produção desse magnifíco artista, morto preço-cemente aos vinte e três anos, o caráter que salta aoaolhos inicialmente é o da visão dilatada. A cada passaali planejam panoramas soberbos. Essa circunstanciao aproxima dos românticos, principalmente do MestraHugo. Mas a expressão nesse é diluída e em Moacyr elaBe condensa pletórlco. Não é simples extensão artificial,com prolixa permanência nas idéias.

Os dois esplêndidos prefaciadores das "Poesias Com-pletas de Moacyr de Almeida", editadas por Zello Vai-verde, apontaram logo as grandes dimensões dessas té-Ias. Ele "representa" — definiu com justeza Pádua deAlmeida — "no sentido da amplitude o que Augusto dosAnjos representa no sentido da profundidade". E AtílioMilano observa que "o seu espírito vai e vem do céu àterra, vai a fim de saclar-se da pureza, da beleza, evem com o fim de saturar-nos de grandeza, de grandeza ! "

Essa arte de grandes massas é uma arte de esforçosvitoriosos. E seu autor deu aos contemporâneos a su-«estão clássica dos titans escalando serras. Um grupode poetas se agrupou mesmo em torno desse arrojadoimaginoso e se intitulou "titanista". E entre esses dis-cípulos, que lhe faziam honra, se incluiu Luiz Carlos,nome conhecido e aplaudido já em todo o País.

Para as creações de proporções audaciosas tomouMoacyr, de preferência, dois temas imensos: o Mundoe o Homem. Foi um poeta de visões universais e de pre-'ocupações sociais. Uma perspectiva de largos horlzon-tes convulsos; uma sensibilidade sintonizada com todostumultos enormes da natureza. Poude exclamar:"... Escutando os sons violentosDa tempestade, grito nos teus gritos,

Arquejos nos relâmpagos aflitos,Cravando sobre a cruz dos quatro ventos!"

O Pássaro alpestre se embriagou dehorizontes:

"Minhalma ardente a asa do sonho espalmaE com a asa do sonho enche o Infinito..."

it

Mas volta à terra para sofrer com oHomem. E escutava sombrio,

MURILO ARAÚJO

... "as multidõesDesvairadas,Caóticas, estranhas,Rolando em sonhos no trevor profundoDos subtrràneos trágicos do mundo ! "

Ou sentia, desesperado, nos silêncios branqueantesda Sibéria, "a turba colossal de espectros sofredores".

E os via "contorcendo, em súplica, os* braços, só-bre os quais arde a espada e a chibata se agita", en-quanto a caminhar

... "arqueja a multidão maldita,Que, entre algemas, cruzando os ermos agoureiros,Deixa constelações de sangue nos geleiros..."

E ainda quando o Titan se humanizava pela graçado Amor, até nos madrlgais buscava motivos cósmicos.Murmurava à bem-amada:

"Soltas, sobre os teus ombros de alvos lírios,Os teus cabelos úmidos de estrelas,Como um pendão dourado, aberto pelasMarinhas solidões dos meus delírios".

Ou, então, verá universos mortos num olhar queque o fita indiferente:"Há tão frio esplendor nos teus olhos profundos,Que, ante essa fria luz de outros céus e outros mundos,Gela no meu silêncio o clamor dos martírios,E as lavas da paixão desabrocham em lírios"...

E as suas imagens têm a sugestão das distâncias:Tu — prisão de ti mesma — olhaste o espaço triste,Onde as estrelas são estátuas de diamantes".

Nas delicadas pupilas da mulher punha o espaço:"... nos seus olhos o céu vinha se ajoelhar". E no crâ-neo do homem, visionava, ampliando-o, um "sepulcro,onde o sol do martírio se abismou como uma águia en-tre a espuma do oceano"...

Mas a grandeza das metáforas nâo excluía, muitasvezes, sua delicada íinura:

... e o fulgor dos seus olhos celestesatravessa-lhe a noite angustlosa da vidacomo um luar através a rama dos ciprestes".Quase sempre o Poeta visiona o que vê: Para êle —

"Sobre os ombros de Deus o estelário fuzila como umroxo colar de crâneos abrazados..." e visiona mesmoo que ouve. E nas notas de um acorde sente "chamasnos mares ! As escalas subindo e descendo na treva !Maremotos de som nas praias estelares!"

Nem falta a essa bela poesia o símbolo que univer-saliza as emoções estéticas. Para prova aí estão compo-sições como o belo soneto em que o artista fere a mulherque se opunha à creação, e "eleva, em rútilas cente-tlhas, entre a amante Que morre e a estátua que fui-

gura, o clnzel gotejando em pérolasvermelhas..."Assim era Moacyr de Almeida, esse

coração de alvorada aberto a todas asesplendênclas da vida e batido de todasas tormentas do horror, Moacyr, que, co-mo a gota dágua de Verhaeren, "espelhouo mundo", e que lutando em vão contraas forças imlsericordes da terra, em vãasempre ergueu os braços "hirtos como lan-ças, contra os astros sonâmbulos e frios"...

O MALHO 39 — V I I — 1 9 52

CRIAÇÕES DO "EU" ILUMINADAS PELO ENTENDIMENTO DA VIDA88 horas na MORADA

'O amor é sempre novo, não se renova". — Krishnamurti

"SHÂNGRI-LÁ"

BERLAMÍNO VIANA

Depois de sessenta e sete anos

realizei uma vileglatura daoitenta e oito horas, ou três

dias e quatro noites passados na"Morada "Shângri-Lá", cerca detrinta quilômetros de minha resl-dência em Niterói, nos terrenos daantiga fazenda "Restaurada".

Dia vinte e três, às quatro horaada tarde, véspera do carnaval, meufilho Antônio e seu amigo Ralphconduziram-me de carro àquele lu-gar. Chovia e havia lama na es-trada. Quase ao termo da viagemhouve uma parada para reparos nocarro. Faltavam dez minutos paraas seis da tarde quando chegamos.A zeladora da morada, dona Eusi-ra, ofereceu-nos café; a seguir cadaum de nós tomou de um cigarropara distrair da viagem em péssi-mo tempo.

A morada •¦Shâhgri-Lá" é intei-ramente nova para nós, que nãohavíamos tido um sítio afastado dacidade onde descançar por algumtempo. A casa está reformada, eseus legítimos donos, meus genros,Osmany e Magalhães, e minhas fi-lhas, Raymunda e Tereza, a prepa-raram para com sua mãe passarem)as férias quando possível.

Fui eu o primeiro da família autilizar-me da morada. "Shângrl-Lá", onde passei oitenta e oito ho-ras meditando, lendo e escrevendo»de uma maneira particularmenteminha.

Habituado que estou ou antes,forçado que sou, por mais de meloBéculo, a um ritmo de trabalho íí-sico e mental Ininterrupto, com oqual correspondo aos deveres assu-mldos na família e nas relaçõesmútuas desta existência, entendifazer uma experiência sobre o meuprocesso de pensar, dentro das oi-tenta e oito horas da minha vlle-glatura.

Queria sentir as variações das ro-tas mentais que estou habituado a

Belarmino Viana

i_r

percorrer em busca dos ilimitadoshorizontes do espírito.

Conhecendo por estudo e experi-ência. própria a minha naturezapsicológica, ou seja, a minha alma,o meu "eu", as minhas memórias ecomplexos acumulados, desejei sen-tir se num isolamento físico é men-'tal consciente, depois de cinqüentae sete anos de trabalho inlnterrup-to, poderia haver alteração nas ro-tas dos pensamentos que se dirigempara o horizonte onde passa o Rioda Vida Inteligente ou Sabedoria.

Depois que meu filho Antônio eseu amigo deixavam a morada" Shan.gri-Lá" de volta à cidade.omecei a verificar o esperado Iso-lamento da personalidade física emental, do parente físico e mental;e porque não dizer também espí-ritual ?... Tenho elementos paraidentificar no filho um parente es-piritual.

Estou só... Sáo sete horas da noi-te. Funcionam Ininterruptas as li-gações psicológicas da família e dosamigos com quem estou em maisestreita ligação espiritual. Não es-tou sendo nem querendo ser senti-mental por saudade ou apego; aocontrário, sinto-me Identificado pe-Io entendimento das realidades es-pendais com todos eles. Estou ten-tando descrever o porte e o movi-ínento do meu velho "eu", quandosubmetido a uma mudança pensadae realizada para determinado fim.

Não quiz ler, escrever, nem jan-tar. Sentel-me e deixei correrem asmemórias antigas e as atuais de tó-das as naturezas. E elas correramcomo se fosse um filme dos maisvariados assuntos, no sentido e notempo. No tumulto da passagemdas memórias acumuladas não_ ha-via coerência nem coordenação, eeu estava Justamente acompanhan-do o murmúrio das suas íormas e.sentidos, tanto nas do passado comonas do presente. Desfilaram todasas que foram utilizadas nos sessen-ta e sete anos da minha existênciade operário e pensador. Recostadonuma cadeira de lona, estava com amente disperta licalizando todo omovimento da minha vida de ho-mem, felizmente sem classe e sempoder na sociedade contemporânea,mas livre para entender. Perdi anoção do tempo. Não notei quandoJá estava em plena noite escura.Senti, porém, haver sumbetido o cé-rebro a um grande esforço e quedevia Ir para a cama. Não haviamais o que passar em revista. Es-perava dormir tranqüilamente e so-nhar. Deitel-me às nove' horas danoite.

Como é natural, a subconciênclanão dorme, e coisas curiosas paramim se passaram. Entre' elas tive;um sonho absolut-amente sem rela-çio com as memórias que haviapassado em revista quando meditei

acordado. Um deles foi este: numafcstrada aberta na direção dumamontanha, que se ergue tem emfrente ao lugar oude estou, um gru-po de rapazes e moças dançando ecantando com as frontes Ornadasde flores, subia montanha acima.Fiquei admirado de terem eles pre-ferido aquele lugar ermo e distanteda cidade para se divertirem. Es-tava assistindo a esse cortejo alegreda Janela do meu quarto. Aindaouvia o som das vozes se distan-ciando, quando deixei a janela efui sentar-me numa poltrona debraços, o mais importante para mimé que estava certo também de estardormindo, sonhando. Sentado nacadeira, via chegar junto a mimum jovem, muito formoso, que m«cumprimentava colando seu rostodireito no meu. Dizia ser meu ami-go e que lhe haviam Informadoacharme-me eu sozinho naquelacasa.

Sem_ acordar, tive outros sonhosque não ficaram gravados na ml-nha consciência. Consciência do "eu"Dentre eles, porém, ficou este: es-tava deitado na cama, acordado, ten-do a janela aberta. Via então chegarminha filha Ruth e lncllnar-se como rosto tão próximo ao meu que po-dia ver os menores detalhes da suafisionomia. Sorridente dlzla-me: —pensei que o senhor estivesse dor-mindo. A seguir retirou-se.

Acordei, olhei o relógio, eram trêshoras da manhã. Sentia-me peslco-logicamente bem disposto e com océrebro descançado.

A este sono das nove horas às trêsda manhã, seguiram-se duas horasde meditação acordado, sobre a ca-ma, onde passei em revista as per-sonalldades amigas, conhecidas, in-clusive do meus filhos. Olhei o reló-glo, eram cinco da manhã. Adormecinovamente acordei às sete e mela.Dormi, portanto, mais duas horas emela.

Assim passei a primeira noite d«isolamento no campo, distante do«meus hábitos da cidade.

Os sonhos desta noite forneceram-me elementos para novas e futurasmeditações sobre o movimento do"eu" e do espírito nas relações mú-tuas, nas de afeto como na percep-ção da sabedoria da vida.

A confirmação que tive desta pri-meira noite e dos sonhos foi a se-*guinte: nossa vida Interna é parteiIntegrante da grandeza e conteúdodo universo. Nossa existência realquando dormimos não decorre tão 11-mitadamente e sem sentido, comojulgamos e exteriorizamos no estadode vigília.

AI^o lncomensurável contém o nos-so espirito, para manifestar conti-nuamente através dos nossos aspe-ctos físicos e psicológicos.

"Sh&ngrl-Lá" 26-2-1W2

BALAS DEESTALOLULU SÊNIOR

FOI uni escândalo. Saíram os donos da

Bala, um sujeito grande, gordo e bar-rigudo, e uma mocinha, que teima em

náo querer ter mais de 20 anos, alta, more-na, de buço. Atravessaram o corredor, e en-traram na sala de jantar.

A -mocinha de buço tinha dito ao mailuanjúo gordo, que estava com uma fome rlt

palmo, porque tinha jantado já arrocha-da no colete, e sabe Deus o que lhe custoua engulir algumas colheres de sopa.

O marmanjo deu-lhe um doce, que ela de-vorou, e, em paga, a mocinha, sem maÍ6 tir-

te nem guar-te, ali, à vista de toda a gente,deu-lhe um beijo.

O pai estava num gabinete a jogar o écartt,e a passar, sem vergonha nenhuma, dez oudoze partidas, virando o rei a cada momento.

Ao receber o beijo, o marmanjo, que í

gordo mas boa pessoa, ficou da côr de umaberingela madura. Sem saber o que dizer,

receando mostrar-se mai» timido que a moçaque lhe fizera o precioso mimo, balbucioualgumas palavras, e, cheio de confusão, pe-diu um copo de gelo com água, para o aju-dar a engulir o beijo. Vendo, porém, quealgumas pessoas estavam estranhando o de-

sembaraço da moça, principiou a dizer àdona da casa que tinha conhecido a moçadesde pequenina, e que vinha de então ohábito que esta conservava, de lhe dar bei-

jos à vista de Deus e de todo o mundo. Depois percebeu que a emenda lhe estava sain-do peor que o soneto, quis tornam a remen-«lar, e disse à moça que achava convenientevoltarem para a sala, e que lá êle diria atoda a gente:

Fulana deu-me um beijo.Chegou então a vez de a moça protestar.

Que ali na sala de jantar ela não se tinhaescondido para fazer o que fez; que, assimcomo havia dado um beijo, era capaz de daroutro, uma porção deles, à vista de todos,inclusive à vista do papá, que continuava, bemvergonha nenhuma, a passar partidas d«icarlé; mas que, apesar disso, achava demau gosto chegar um homem à porta dasala, e dizer:

Fulana deu-me um beijo.

Que o menos que podia acontecer era le-Yantarem-se todos o» rapazes e dizerem quetambém queriam, e que ela não podia estar

a dar beijos a meio mundo. Que os -dava aogordo e que talvez mesmo o» desse a outrapessoa de sua simpatia; mas não estava re-

-olvida a dar a qualquer sujeito o direito delhe pedir beijos.

Então, o gordo, por generosidade, resol-veu náo apregoar o que se tinha passado, e

apenas contou o caso a mim, que sou discre-to, e náo o conto a ninguém.

Ah 1 esquecia-me dizer que os beijos deque tenbo falado são uns docinhos de ovo*,metidos em cartuchos de papel de côr.

N. R. — "Lulu Sênior" era o pseudônimodo saudoso jornalista Ferreira de Araujo,fundador da "Gazela de Noticia*" e autor dafolhetins que ficaram famosos.

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MULHER!... sempre a MULHER!..IVETA RIBEIRO

V I I 19 5 2

COM o evoluir dos tempos, as-

sim como os aspectos materiaisdo mundo vão mudando, transfor-mando-se, com a ampliação de cida-des a interferência de audaciosa in-teligencia do Homem a quem a Ci-ência empresta capacidade para ar-rasar montanhas, lançar pontes, mu-dar o curso dos rios, corrigir, a seugeito, os contornos naturais de en-ceiadas, varrer as entranhas da terrapara abrir caminhos, levantar monu-mentos e arranha-céus que preden-dem tocar o ceu em que já pouco seacredita, n'um desafio a Deus quemuitos negam, tambem os sentimen-tos humanos vêm sofrendo as conse-quencias das inovações, e vão, hápouco e pouco, perdendo seus cara-cterísticos mais apreciáveis e toman-do direções deturpadoras.

Não pairamos si procurar n'umpassado remoto argumentos segurospara firmar esse conceito, aqui ex-posto de maneira superficialissima.

Basta reportar-mo-nos ao tempoem que viveram nossos avós nasci-dos há menos de um século. Nessaépoca, embora a natureza humanafosse a mesma do de nossos dias, ascreaturas possuíam virtudues hojeraras, para não dizer rarissimas, eseus sentimentos de honra, de fé, debondade, de justiça, de amor e derespeito eram muito mais sólidos ecomuns, enquanto que agora essesmesmos sentimentos se estão a diluirno caminho perigoso das idéias e doscostumes novíssimos, idéias e costu-mes que estão, devagarinho, muitodevagarinho mesmo, mas sem pararnunca, para o abismo de uma tristematerialidade ávida e fria.

Este assunto, evidentemente, nãopode ser tratado na levesa de umasimples croniqueta, porém, veio-meà pena ao pensar íocalisar algumacoisa de raro e de belo que aqui cabemuito bem.

• E' que, nesse verdadeiro caos deidéias e praticas çm que nos debate-

— 41 —

mos, para quem queira observar umpouco, alguma coisa há que está sos-sobrando assustadoramente e essa"coisa" que a mais nobre e maissagrada no mundo, chama-se —- aGloria de ser Mãe!

E' verdade que ninguém pôde ne-gar que, embuída das errôneas e des-truídoras teorias modernas, a Mulherestá lançando mão de todos os pre-testos para fugir ao dever natural deser Mãe, principalmente, quando per-tence às camadas sociais mais eleva-das e mais cultas, dando assim o tris-te exemplo às classes menos favore-cidas.

"Deveres usuais",: dificuldades devida", "atividade íóra do lar" "lm-

possibilidade de educar os filhos",tudo isso e o egoismo também, levaquase todas as mulheres a evitar ouanular criminosa e friamente, o de-ver de ser Mãe, e, quando muito alimitar a vinda dos frutos de seu pro-prio ser.

Ora, quando surge aos olhos como-vidos de toda a gente, um exemploao contrario dessas tristes praticasmodernas, deve-se dar graças a Deus,e exultar aquele que, inteligente ehumanamente, nos dá esse exemplo.

Está nesse caso a nossa grandeatriz, teatrologa e emprezaria RenataFronzi, esposa do popular e queri-dissimo César Ladeira.

RENATA FRONZI, a esculturalvedeta de revistas, a linda e gracio-sa artista dona de tanto "it", jovem,formosa, com um lugar marcado hacena brasileira, assoberbada de afa-zeres intelectuais e com a responsa-bilidade de um "nome"-, - passa porcima de tudo isso, que para tantosseria uma série de "motivos justos"para fugir à gloria da maternidade,para dar ao mundo o magnifico exem-pio de que, Esposa e Artista, sabe,dignamente, ser MULHER ! SEMPREA MULHER na sua mais alta e subli-me expressão — a de já ser Mãe dedois filhinhos lindos, jóias mais ca-ras, de seu tesouro de carinhos e de

vitorias.

.

O MALHO

MOACIR DE ALMEIDA

VISTO POR DOIS POETAS

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• - . J»9^mw

^®££. * ,;

MOACIR DE ALMEIDA

p3 M Moacir de Almeida ardia a chama

~~ Z)as a/ías emoções e -pensamentos.

Foi-lhe a existência, no seu grande drama,

Um batei sob o látego dos ventos.

Seu estro, em Gritos Bárbaros, derrama,

No impulso dos mais líricos momentos,

A onda de luz de estrofes que rebrama,

Cheia de imprecações e de lamentos.

Teve a vida fugaz de um passarinho

Que, cantando ao raiar do sol de um dia,

Entre as estréias foi fazer seu ninho...

Mas, o poeta deixou sua memória

Ungida pelas bênçãos da Poesia,

Na predestinação da sua glória !

MOACIR DE ALMEIDA

COMO a um jovem Davi, no anfrato de um pia-

[neta,Vejo-te a desfolhar as auroras dos poemasE ora um meteorolito atiras de um cometa,Ora é um tropo solar que descravas das gemas.

Com os olhos a beber assombros eversores,Lanças de estréia a estréia e do zénit ao nadir"Gritos bárbaros" — toda a gana dos clamores —No estrúpito tropel das paixões a estrugir.

Na caça zodical, cujas flechas dos raiosRoubas do Sagitário e no espaço despedes,Ê Zeus que, feito uma águia, em febrentos desmaios,Ao Olimpo te arrebata, o novo Ganimedes !

Montas num salto heróico ao Pégaso fulmineoE tua inspiração na procela galopa.i4s Valquirias em bando, ao teu grito apolíneo,Vão seguindo o teu rastro em marulhante tropa.

Cascos cravam trovões longos nas cordilheiras;Asas em vendavais turbilhonam nos céus:São ritmos maestrais orquestrando cachoeiras,São músicas febris constelando escarcéus !

E os gênios da amragura os dardos lacerantesLançam contra o invasor dos sonhos e ilusões...Este é o reino do amôr, onde os seres flamantesQueimam, para viver, os próprios corações.

Mas em outra amplidão prossegue a cavalgada !Céu de febre e delírio, avatares supernos,O céu de Prometeu, onde a chama sagradaAs almas nirvaniza em símbolos eternos!

E do árdego corcel a Vertigem te arranca,O delíquio te vence e te arrasta aos abismos...Teu corpo tomba envolto em uma nuvem branca— Despôjo de um condor a arder dos cataclismos !

E levantando o olhar do fundo da cratera,Valquirias, Querubins se puseram a sorrir:Viram mais uma estréia a cintilar na esferaE ao gênio que a acendeu clamam todos — Moacir!

MÁRIO LINHARES D. MARTINS DE OLIVEIRA

V I I — 1 9 5 2 — 42 — O MALHO

Sonetos de Hormino LvraFILOSOFANDO" CONSAGRADO ARTISTA

x isiologicamente estou bem certode porque e como vim à Luz, ao Mundo.Sobre para que vim não me aprofundomas quisera sabê-lo a peito aberto.

Gozo toda esperança e enfim confundocom os desenganos que me rondam perto;mas esperança vã de um bem incerto,cheio de crença, goza o moribundo.

O Homem nasce a mercê da su asorte.Para que... não lhe inspiro idéia vagacom a consciência da marcha para a morte.

Neste vale de lágrimas, tão triste,consola o Amor que os corações afaga:cousa mais bela que no Mundo existe.

"DUAS ESTRILAS"

H A no Céu uma estréia matutina,cujo esplendor é natural de Venus.A luminosidade diamantinaatrai por certo olhares muito amenos.

HA na Terra outra estrela peregrina,cujo esplendor talvez não seja menos.De nobreza de linhas, que fascina,atrai olhares cheios de venenos.

Se uma é planeta e na amplidão comovepelo deslumbramento que perdura,porquanto em torno do Astro Rei se move;

a outra é deusa e comove pela graça:de elegância suprema e formosura,ajoelham corações quando ela passa.

V^ONCLUE-SE o recital do seu trabalho.Todos lhe aplaudem o mimoso estudo.Como os atangarás de galho em galho,giram-lhe em volta olhares de veludo.

Brilha lágrima, qual gota de orvalho.E êle agradece quase tartamudo:— Obrigado por mim, que nada valho;e pela arte imortal, que vale tudo.

Muito obrigado pelo grande exemplo

que estaes dando num gesto que contemplo;

pois a imortalidade se conquista

pelo sufrágio só dos corações. —

E em vários termos um sentido põesmuito discreto, ó Consagrado Artista !

A VIDA E O HOMEM

O EMPRE se dão definições d ávida,Fá-lo a filosofia no seu fadode definira cousa indefinida,enquanto a ciência tudo quer provado.

O primeiro homem, numa simples lida,veio há milhão de séculos, coitado !Dizem surgiu do Mar; e, na saida,com a luz do Sol ficara deslumbrado.

Definições da vida humana, certo,não são de fantasias um deserto,pois nunca lembram o que causa dó.

Pela Gênesis, foi o primeiro homem,cujo passado os séculos consomem,feito de barro... para volta ao pó.

v i i 19 5 2 43 V I I — 1 9 52

aHíã*S)CBr> PEDRO LUIZUEDRO Luis Pe-

•t reira de Sou-za pertenceu a umigloriosa geração deintelectuais e poli-ticos brasileiros, naqual fulgera Fren-cisco Otaviano. Ma-chado de Assis.

^f- José Bonifácio, La-. —t> -'.';-- faiele Pereira, Sa-

-""*'¦> j . raiva, M a r t i mPedro Luiz.. yIíncÍK0> Marli-

nho Campos, Sou-iã Dantas, JoaquimSerra, Bernardo

Guimarães e tantos outros nome», ilustres.Poeta, jornalista, orador, diplomata, poli-

tico, Pedro Luiz não viveu, o bastante paradar ao Brasil tudo o que poderia tirar do seutalento vigoroso e do sen caráter magnífico.Teve uma existência de quarenta e quatroanos, "curta como as auroras e esplêndidacomo elas".

Nasceu Pedro Luiz aos 13 de dezembro dt1839, na Fazenda do Çajú, em Cabo Frio, an-tiga Província do Rio de Janeiro. Seus r>ii-meiros estudos foram feitos cm Nova Fribur-go, sendo companheiro de Casimiro de Abreu,o sempre glorioso vate das "Primavera^

sobre êle, 'escreveu mais tarde um belíssimotrabalho. Matriculou-se na Faculdade de Di-reito de São Paulo em 1856 e recebeu o graude bacharel em 1860. Na Faculdade, PedroLuiz já dava mostras notáveis do seu talento

peregrino, esse talento que, anos depois, ha-veria de se afirmar na vida pública e consa-

grar o homem como uma das mais altas ex-

preaeões mentais da nossa terra.

Sua Província natal elegeu-o deputado ge-ral em 1864. O jovem fluminense apresenta-va-se ao público brasileiro com as límpidasroupagens de liberal de primeira ordem. Suaestreia na tribuna parlamentar foi um sucessoretumbante, em meio da famosa questão reli-giosa, na qual estiveram envolvidos Frei Vital e d. Antônio de Macedo Costa, respectiva-mente bispos de Pernambuco e do Pará.

Desde logo, a Câmara conheceu a temperadesse lutador, desse polemista exuberante,desse homem de qualidades excepcionais queiria juntar aos anais do Parlamento brasilei-ro páginas memoráveis e luminosas. Foideputado até 1878. Dois anos depois, era no-meado ministro dos Negócios Estrangeiros noGabinete Saraiva, cabendo-lhe assinar o reco-nherimento da Rumânia que se libertara dojugo turo :<-smo Ministério, acumu-lou a pasta da Agricultura, vaga pela mortedo conselheiro Buarque de Macedo. Em 1822presidiu a Província da Bahia, "por cuja ad-ministração — diz o sr. Afranio Peixoto —alta, generosa, progressista, recebeu ao par-tir verdadeira consagração do povo baiano,

intento qu** foi até às lá-grimas, consagração essa solenemente ronfn-mada após a sua prematura morte".

O "Diário da Bahia", noticiando a suamorte, teve estas palavras: "Todas as gran-des manifestações de talento e de caráter, êleas soube sempre aliar; e é da harmonia dês-te conjunto que decorreu a sua vida glorio-sa, enobrecida por tantos atos de patriotls-mo, aureolada por tantas provas de dedica-ção ao partido e à pátria, repleta de tantostriunfos e a que, para ser completa, faltouapenas ser mais longa..."

"Os relevantes serviços que Pedro Luizprestou na adminisaraçáo desta Província sãode data tão recente e a memória deles estátão viva no espirito público, que seria super-fluo insistir nesta fase da vida pública donotável cidadão."

Poeta, Pedro Luiz pode ser considerado oprecursor da escola condoreira, da poesia lia-goana, "que teve sua expressão triunfal deCastro Alves". Ele e José Bonifácio foram,sem dúvida, os primeiros que versejaram na-quêle estilo opulento de imagens e de colo-ridos. José Veríssimo diz que Pedro Luiz "foi

o precursor da inspiração política e social eque depois se chamou condoreirismo na nossapoesia." Entretanto, o poeta também foi umlírico cheio de sensibilidade, "sabia murmu-rar com a suavidade de um Petrarca". na ffa-se de João Ribeiro.

Os seus poemas épicos são conhecidos portodo o Brasil "A Vitor Hugo, datado de 1858,quando o genial autor de "Os Miseráveis" es-tava exilado na ilha de Jersey, foi escrito pelopoeta aos 19 anos. "Nunes Machado" é a evo-cação do chefe liberar pernambucano, mortona Revolução Praieira, em 1849. "A Sombrade Tiradentes", admirável página de inspira-ção e de patriotismo, foi um protesto contrao monumento a Pedro I, "a mentira de bron-ze", erguido em 1862, no largo do Rocio, "um

bronze vil que a Corte levantou." "Os Volun-tários da Morte", é um hino à Polônia glo-riosa e mártir das ambições imperialistas deduas grandes potências, poema que parece es-rrito para hoje. Essa poesia foi traduzida parao francês, o alemão, o russo, o polonês, e teveintensa repercussão na Europa. "Terribilis

Dea", talvez a mais conhecida e popular pro-dução de Pedro Luiz, e que mereceu de Cas-tro Alves a antítese "Deusa Incruenta" éuma arrebatada concepção, cheia de retum-bâncias e de arrojos de imagens, lapidadadiante da visão da batalha de Riachuelo.

As poesias líricas de Pedro Luiz tiveram.na época, grande aceitação, sendo mesmo n>citadas em salões e festas de família, comoaconteceu com "Lágrimas do Passado", "O

Leque de Marfim" e muitas outras que re-velavam a feição multiforme do seu talentopoético. Ainda escreveu Pedro Luiz versos sa-tíricos e fez várias traduções, como "O Lago",de Lamartine; "A Volta", de Th. Ruerkert ealgumas outras. '

A Academia Brasileira de Letras reuniu emvolume, sob a denominação de "DISPER-

AMÉRICO PALHA

SOS", a obra literária de Pedro Luiz, de quese encarregou o sr. Afranio Peixoto. Nessevolume, além da produção poética, encontra-se o que escreveu o notável brasileiro emprosa. Ali está a sua formidável página "Voz

do Deserto", sobre a guerra com o Paraguai.Aprecia a vida daquela nação e traça um per-fil de Solano Lopez que "subindo ao poderrevelou-se um monstro". Entra depois numacrítica severa ao governo brasileiro e i lutados partidos que se degladiavara em face doperigo. E diz: "Desde aquele dia fora decre-tada a humilhação ao Império". Ainda mais:"O gabinete de 3 de agosto perfidamentedera a entender com o seu procedimento quesó podia encontrar defensores da honra na-cional recorrendo a perseguições desabridase que, ainda assim, apesar dos seus esforçoshercúleos para não deixar a bandeira ao de-samparo, se vira obrigado a pedir o auxíliode escravos da véspera e até dos próprios ga-lés". Essa página de Pedro Luiz é um libelotremendo à política dos gabinetes. Nela aindacombate a escravidão e desfralda a bandeirada revolução que "deve e há de se operarum dia." Termina Pedro Luiz, num apelo aoImperador, vasado numa tão alta linguagemde desassombro que deveria ter espantado osáulicos do trono: "Há uma coisa que meenche de indignação e me atordoa: é seme-lhante política. Há outra que me enche deindignação e de nojo: a baixeza dos vossosministros,.. Não abusei do servilismo doshomens que vos rodeiam".

Há ainda uma completa apreciação do li-vro de Casimiro de Abreu e várias cartas aJosé bonifácio e a Machado de Assis.

•A obra literária de Pedro Luiz náo é gran-

de. Mas é pura e nobre. Puro e nobre foi o••eu caráter. E daí a grande expressãoque teve o seu nome na vida brasileira, pro-ietando-se até nós. Morreu Pedro Luiz a 16He julho de 1884, na Fazenda das Três Bar-ras, município de Bananal. Contava 41 anos.

"Nunca foi senador — diz Carlos de Laet— nunca foi velho. Sim, moço, eternamentemoço, èle viverá na memória dos amigos edos pósteros: moço e imortal como a poe si sque o bafejou e como a liberdade cujo can-tor foi."

A posteridade náo consagrou* em PedroLuiz, o político, o ministro de Estado. Con-sagrou-lhe o espírito altíssimo, o poeta ilu-minado, o gladiador que amava a liben:acima de tudo, homem que repudiava as dita-duras fossem quais fossem os ditadores, otalento que fez da pena do jornalista e dapoesia arrojada dos fortes instrumentos deluta, que outros apanharam depois da suamorte, para continuar a campanha de solida-riedade humana pela Abolição e pela digni-dade do Brasil.

MALHO — 44 — V I I — 1 9 52

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em singular corrida maratonense, a população e os prédios vieramcorrendo por aí fora, dentro do espaço e tangido pelo tempo. Porqudnacesse gente demais ou porque se fizessem casas de menos, agora em

plena corrida armamentlsta mundial, o Sr. Juiz da singular carreira assi-nalou desclassificação para os cavalheiros e damas, firmando vitória paxá oprédio no sentido da valorização ultramáxima e da escassês.

Bravos ! Multo bem ! Gente à farta, sobrando mesmo, e casa de menosA essa altura, com economias dirigidas em maneira massiça. ou em variantes,tipo Comissões de Preço, fixam-se alugueis do casario, fixação feita na cer-teza do respeito porque, é inconteste, porque há candidato de mais para ca-cas de menos. A essa altura, já se sabe que o desrespeito é a iuva ou entãoo dinheiro por fora. Sim ! Não tem dúvida, todo o mês ou talvez toda asemana as vilas se inauguram e cada vez a apertura aumenta mais; coisas,do século com o seu "super avlt" de gente.

A divisão de uma sala ou quarto para dele ou dela fazer-se uma casaInteira, impoz-se, e o cidadão moderno entrou a subdividir. Chegando nesseSetor de apertura. já a. parede tradicional era impossível e o celotex aparec»como salvador divisório, o celotex é uma substância resultante da polpada madeira e do bagaço da cana de açúcar.

Mas o que tem tudo Isso, o casario de menos, a gente de mais e ainda porcima o celotex com o buriti ? Ora, meu caro, tem multa coisa, e o redatorde "O Malho" falharia o seu propósito profissional, se anunciasse buriti <•»acabasse em polpa de amdelra com bagaço. O buriti é palmeira ntlva denosso extremo Norte, também vicejando no Nordeste, no Baixo Norte e notica, tipo celotex de primeira ordem sem a. adução de mais nada. Sendo ocelotex comercialissimo em nossos dias, já estamos vendo uma aplicaçãoeconômica do buriti. Há mais! Com essa palmeira, e multo especialmentecom os seus peciolos, obtem-se uma matéria isolante da mais alta qualidade,resistência e durabilidade. Eis outra aplicação sem limites nos dias da ele-tricidade.

Seus recursos forrageiros são grandes. Tudo isso, entretanto, ainda nãdfez o buriti merecer atenção de quem quer arranjar dinheiro sem construirprédios ou emprestando dinheiro.

Mas um dia o buriti será descoberto como agora também o foi a ca-choelra de Paulo Afonso.

Excelente leitura"Cenas da vida indigena", de Ma-

nuer Rodrigues Ferreira, mostra, emfotos e em explicações, os indios doXingu; na "Criação prática de pei-xes", Ciriio E. de Maíra Machado en-sina a piscicultura dentro de casa.tanques e aquários; Renato SénecaFleury dá-nos maravilhosa biografiade "Francisco Adolfo de Vernha-rem,visconde de Porto Seguro", o nossohistoriador máximo; "Vida e educa-cao", de John Dewey, traduzido eprefaciado otimamente pelo prof.Anísio Teixeira. Além de tão nota-veis livros das Edições Melhoramentosa grande editora publica "Na batalhado humanismo" erudita obra deFernando Azevedo. De Francisco deBarros Junior é "Caçando e pes-cando por todo o Brasil" fascinantepelas aventuras e pelos enslnamen-tos; a 5.» série, agora mostra "Puruse Acre".

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V I I — 19 6 2 — 47 — O MALHO

d 0D / r o ç a o3.° TORNEIO — Junho - Julho, 1952 ''

C h

23

CHARADAS NOVÍSSIMAS

16

2-2 — Diante de fatos concretos, admite-*e que não seja amor ardente, mas simplespreconceito.

Bandeirante — São Paulo

17

2-2 — És um frouxo muito vulgar, incapazmesmo de uma patuscada.

3 — Nunca vi rolha com êsse feitio. — 2

Zytho — H. C. — Rio

24

3 — Não Jevemos dar mostras de tristezanem lamentar os nossos destinos. — 2

18Alexis — Rio

1-2 — Minha felicidade consiste em po-der realizar obras de caridade.

19Fatima — Rio

1-1-1 — Igual ainda não encontrei; po-rém é o único que se assemelha à modernaantologia.

lir. Lin — Rio

20

1-1-1 — O resto que aqui ficou para mim,são jóias de ouro falso.ENIGMA FIGURADO

21

CHARADAS SINCOPADAS

22Ao Big Boy

3 — Eu gosto dêsse aconchego,Mas não vivo de chamegoPor temer qualquer embrulho.Não sou homem para briga.Evito qualquer intrigaPor não gostar de barulho. — 2

Campina Grande — Euclides Vilar

O MALHO

Matsuk — Rio

25

3 — Só dava peixe-espada em todos oslances, como se fora praga. 2

Fusinho — C. E. C. — Rio

26

3 — O recem-nascido jazia inerte. 2

Ueniri — Rio

CHARADA EM TEMPO (por letras)

27

Se a palavra não alcançaO desejo de vingançaQue o homem às vezes tem,É porque, para seu castigo,Só encontra no inimigoPessoa que não faz bem.

Campina Grande — Apolonia Vilar

LOCOCRIFO EM PROSA

28

Admiro a delicada (3-7-4-6-7) e expontâ*nea (1-8-3-9-7) "cultura" (1-10-3-9-5) da tu-lha (3-7-6-9-2) camponesa.

Raivo Uvas — C. E. C. — Rio

CHARADA EM VERSO

29

Eis um lance doloroso, — 2De caráter desastrado, — 1Mas que não pude evitar. "Preferi ficar calado,Embora prejudicado,Para não te angustiar

Campinha Grande — F.uclides Vilar

AGUA DE TOILETTERAINHA DA HUNGRIA

D« Mim. Campo*Lr\f PA B FECHA 03 PÓROSX VENDA EM TODA A PARTE

m C h òLOGOGRIFO EM VERSO

30

Um caixeiro de armazém,Que era mau trabalhador.Zangado, não se contem,E protesta com rancor.

Diz êle a um seu colega,Que era "homem" sensato: 4-1-3-8-2-10

Eu saio desta bodega,Pois estou cheio de fato !

-çíEu respeito o meu patrão, 7-10-6-4-10Embora estrangeiro seja, 3-4-8-6-3-10Mas faço toda questãoDe vencer nesta peleja 1

. 0Mesmo sendo rabugice,

De voltar não faço empenho...Não retirando o que disse.

Amanhã, aqui, uão venho.

O que te fez desgostoso?Chamou-te, acaso, burrego?Disse que sou preguiçoso,

E que procurasse outro emprego...

João Fogaça (Mendes)

As crianças adoram "Tlqulnho"

a revista Infantil diferente.Dê também, hoje, ao seu garotinho,a revista dos tlquinhos de gente.

JOGOS E PASSATEMPOS

.Capão de IntcriçSo.

Nome

Pseudônimo

Aniversário - Dia .... Mêi

Residência

Cidade Eitado

— 48 — V I I — 1 9 52

PALAVRAS CRUZADAS

Problema N.° 3 — Fusinho — C. E. C.Rio

.. _____ il1_K-.II' — .

'Vi

fl 12 TO^ ,3LJLt «sn*

2§ —

19 *

fiUS/H/iO -/J/O

Horizontais: 1 — Sem nome do autor.7 — Pacote, fardo, 8 — Igual. 9 — Alado.

11 — Guri. 13 — Casal. 14 — Obrigação dc

cumprir penitência dada pelo confessor. 16— Piedade, pena. 17 — Borboleta liuina.19 — Tumor composto de tecido ósseo.

Verticais: 1 — Contrário à razão. 2 —

Nada. 3 — Árvore da família das Legumino-sas. 4 — Cont. da prep. em com o art. def.

pi. as. 5 — Fato, roupa. 6 — Preguiça, imi;--

posição para o trabalho. 10 — Problema di-fícil de resolver. 12 — Culpados. 15 — Nomecomum a vários pássaros da fam. dos Tana-

grideos. 18 — Sufixo nom. que designa di-minuição.

PROBLEMA N. 4 — Chô-Chó — Rio

Aos confrades de Santos — S. Paulo

çados. 16 — Nome próprio feminino. 18 —

Duração ordinária da vida. 21 — Sabedoria.24 _ Clima. 25 — Vertical. 26 — Bazófia,

presunção, 27 — Felicidade. 28 — Argolas.29 — Esconde.

Verticais: 1 — Ladrão. 2 — O que re-

presenta em teatros ou estúdio de cinema.3 _ Fiquenique. 5 — Personagem mitoló-

gica de cem olhos. 6 — Cabeça. 7 — Frutoda amoreira. 11 — Aéreos, desvairados. 12

Fmpacad.or. 14 — Bonecas. 17 — Acari-

cia. 18 — Incólume. 19 — Homem moço. 20— Nome próprio masculino. 22 — Irritar.

23 — Da mesma forma.

NOTICIAS

9 O simpático vespertino carioca "O Globo",

vem apresentando diariamente, sob a crite-

roisa direção do confrade "Otancr", interes-

sante seção de "Palavras Cruzadas", com

problemas que agradam plenamente aos apre-

ciador- - dêsae gênero de passatempos.

• VOCABULÁRIO ANTROPONIMICO -

Considerando que a maioria dos nossos co-

laboradores Ji po»tte essa «celente coleção

de nomes próprios pessoais, organizada pelo

distinto confrade Ten. Cel. Leandro José da

.1 Júnior (Lidaci), adotá-la-emos nesta

,. a partir do próximo torneio.

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W~Vt 2J

ZZZd r^ZZ"28 Ui

P/vrr-prt/r' JtttrJ-''Horizontais: 1 — Potentado indiano. 4 —

Hacanéla. 8 — Ainda; Também. 9 — Espé-

cie de aguardente que se obtém da destila-

ção do melaço. 10 — Abelha social da fam.

dos Meliponideos. 12 — Câmbio de letras.

13 — Encurralar. 15 —Hesitantes, embara-

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V I I 19 5 2

Importância da primeiradentição

Há duas dentições: a primeira,apresenta 20 dentes — denominadosde leite — e, a segunda, 32. E' gra-ve erro, de conseqüências funestas,pensarem os pais que os dentes deleite estarem condenados a cair. Dobom estado dos dentes de leite de-

pende uma perfeita dentição per-manente.

Não se descuide dos dentes dc JSleite de seu filhinho. — SN ES. BB

— 49 —

HOLLYWOODBOULEVARD

(Conclusão) ,

Acho que a ilha faz parte do gru-po Pitcairn, mas não posso jurarIflorque há muitos anos deixei deestudar Geografia. Que o Dr. Ma-fra de Laet me perdoe ! Tenho cer-teza de que êle nos ensinou tudoisso, mas os meus dias do São Bentajá lá vão...

E, afinal de contas, nada dissotem a ver com Alan Ladd e o seu}cabelo comprido.

James Mason trabalhou com êleno mesmo filme. Dizem que, todoaos dias levava para o estúdio oj|seus gatos siameses. Causou grandeatrapalação, queixa e reclamações,mas os que adoram ga.tos siamesessão pessoas teimosas. Discutem comquem não gosta de gatos de espéciealguma e juram que os siameses sãoadoráveis, inteligentes e que che-gam até a falar. Pelo menos, aíir-onam que os podem compreenderperfeitamente...

Pensei na Lassie. Alan Ladd tam-bém deve ter pensado nela, pois osgatos deveriam ter ficado em casacom a Pamela, esposa de James...

Gatos no estúdio da Paramountfazem lembrar os dias de Pola Ne-gri que os adorava e das suas bri-gas com Glória Swanson que os de-testava, o que vem a provar que ahistória se repete, mesmo no estú-dio da Paramount.

"Botany Bay" é o último filme deAlan Ladd para o velho estúdio qualhe deu fama. Agora, vai brilharno céu dos irmãos Warner, ganhan-<do dólares que, desta vez, sobem acasa dos milhares, bem diferentesdos dias em que fora empregadaipelos mesmos cavalheiros, mas;quando recebia apenas o suficientspara comprar um terno novo daseis em seis meses.

De operário a astro, no espaço dopoucos anos. Hollywood é assim.Destrói muita gente e eleva outrosaos pincáros da fama. Mata algunade fome e a outros dá caviar. Per-dão, Hollywood anda tão alarmadaque só come salgadinhos de baconpuramente americano. Caviar, hojepm dia, só é servido por trás da cor-»tina de ferro.

E, assim meus caros leitores, aqutvai um pouco sobre Alan Ladd. Osgatos de James Wtison entraram,nesta crônica por descuido...

Hollywood, Junho de 1952

O MALHO

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DEUSA DAS ESTREBARIAS

Entre os romanos, a divindade pro-tetora das estrebarias era Epona.cuja Imagem se via multas vezespintada à porta dos estábulos, soba forma de uma mulher acarician-do cavalos ou jumentos.

Parece ter sido de origem gaule-za, n&o sendo conhecida em Romaantes do Império.

DIFERENÇA nrjOs irmãos Frederico e Maria Pe-

tltjean de Ia Roslère são desconhe-cldos na literatura.

No entanto, seus livros, assinadospor Delly, com o sentimentalismotão ao gosto da época, difundiram-pe entre as jovens leitoras domundo Inteiro, proporclonando-lhesuma noçào toda especial da vida.Mas, quando alguém os '.felicitara

pelo êxito dum de seus livros, ob-servavam. "Todos dizem que escre-vemos livros bons, nunca, "porém,que somos bons escritores".

SAPATOS - FLUTUADORESi

Sapatos para caminhar sobre aágua é uma das novidades norte-americanas deste fim de ano.

Medem um metro e oitenta cen-tlmetros de largura; feitos de ma-delra terçada, compostos de com-partimentos hermetlcamente fecha-dos para que a água nào possa pe-netrar, possuem duas pequenas bar-batanas que lhes garantem a esta-bllidade.

Nas primeiras experiências aapessoas que usam esse sapato aquá-tico ílrmam-se com duas bengalaa(semelhantes j as doa esquiadores;logo, porém, habltuam-se e man-tém eqllibrio perfeito.

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AS NOSSASDISTINTAS LEITORAS"Al oda e Bordado", a mais antiga revista feminina editada

IVI no Brasil, entra numa nova fase da sua existência, apre-sentando essenciais melhoramentos, tanto no aspecto gráficocomo na apresentação dos mais recentes modelos da moda fe-mi nina.

Para organizar e coordenar a matéria que "Moda e Bor-dado" doravante apresentará as suas distintas leitoras, envia-mos o nosso diretor ao centro da elegância: Paris. Entramosem contacto com os mais famosos creadores da moda femini-na, para a exclusiva publicação das suas creações, contrata-mos os melhores desenhistas deste gênero, como André e Mo-reau orientados pelos famosos mágicos desta arte difícil, que é"vestir a mulher" como Sambo, Deneco, Horokses, a famosaMaria Knal, o célebre studio Kiene-Mers e outros. Todos es-tes, um verdadeiro estado maior dos ditadores da elegância fe-minina colaborando, creando e desenhando, para "Moda e Bor-dado", para você, nossa prezada leitora.

Mas não paramos aí a nossa tarefa de melhorar cada vezmais, de oferecer as nossas leitoras o melhor do melhor, equi-para a revista nacional "Moda e Bordado" as melhores domundo, nos anima a desenvolver e aperfeiçoar cada vez maisesta publicação. Por isso o nosso diretor, partirá em breve no-¦vãmente para Paris, de onde em estadia prolongada conti-nusrá mandando o que há de chie, mais em voga e o que háUe mais moderno para a elegância da mulher brasileira."Moda e Bordado" é uma revista brasileira, mas traduz aelegância parisiense.

Como obra gráfica, tão perfeita como qualquer das suascongêneres estrangeiras.Por isso, confiamos em que "Moda e Bordado" nesta novafase, alcançará pleno êxito, e o reconhecimento pelas suas lei-toras de um esforço, que nos animará a melhorar cada vezmais, para também agradar cada vez mais as nossas gentis lei-toras. Mas, para isso necessitamos de sua ajuda, e de seusaplausos. Precizamos que você transmita as suasamigas ossuas impressões sobre nossa "Moda e Bordado", que você sejaa nassa maior propagandista, a nossa colaboradora, o nosso

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