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Maria Helena Muniz Fernando Sguario Sandro Saldanha Flávia Lima CUBISMO Prof. Máira Nunes FACINTER

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Cubism oLena Muniz

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Maria Helena MunizFernando SguarioSandro SaldanhaFlvia Lima

cubismo

Prof. Mira NunesFACINTER

"Tudo depende do cristal com que se mira" Bunnuel____________________________________________________________________Partilha da fricaO capitalismo industrial teve diversas fases. Em sua expanso, teremos o neocolonialismo no continente africano. A indstria possibilita que novas naes entrem na luta como potncias econmicas e todos possuem sede de territrios de onde possam extrair minrios para sua alavancada industrial. A Alemanha, Itlia e Blgica so algumas destas naes. Para impedir que a frica virasse uma disputa pela ocupao, foi feita a Conferncia de Berlim (1884). Ali a frica foi ocupada sem que seus grupos tnicos fossem levados em conta. A cultura local, esmagada em nome da civilizao, representada pelo homem branco. As atrocidades cometidas ali ainda esto sendo sentidas. Os europeus incitaram guerras entre tribos para poder dominar com amis facilidade. A extrao de pedras preciosas ainda hoje feita por trabalhadores escravos. Diversos tiranos, assassinos, eram deixados no poder para que os europeus pudessem tirar dali suas riquezas. Somente a partir da segunda metade do sculo XX que alguns pases comeam a se tornar independentes. Mas ainda hoje o continente que tem mais problemas em seu territrio sem que o mundo perceba e sinta.

ApresentaoO Cubismo foi um movimento artstico que teve incio em 1907 e que durou at 1914. Seu principal mentor foi Pablo Picasso. O Cubismo revolucionou a arte, que at ento, ainda ensaiava na base do Art Noveaux e sua influncia oriental e delicada. O cubismo quebra todas as regras que mesmo os expressionistas no chegaram perto. A partir do Cubismo, a forma de representar ser muito mais importante que a coisa representada.O nome do movimento foi dado pelo crtico de arte Louis Vauxcelles. Vamos descrever o esprito do tempo, ou seja, o que rondava o pensamento da poca, assim como a Partilha da frica possibilitou este movimento.

ZEITGEISTO sculo XIX teve grandes e surpeendentes mudanas tanto na infraestrutura quanto na superestrutua. O avano industrial possibilitou a criao de diversas foras. Uma fora que atuava fortemente era o pensamento de Auguste Comte, que adaptou o criticismo de Kant para o Positivismo, baseado nas ideias de evoluo de Darwin. Fora esta que justificava o neo-colonialismo, onde de um lado estava o homem branco que se colocava no topo da hierarquia social, por ser civilizado culturalmente e de outro como a necessidade de colonizar e explorar outros territrios para que os prprios homens brancos possam usufruir desta civilizao e conforto. A Partilha da frica, em 1885 foi um acontecimento importante. Os pases pretendiam estabelecer uma ao conjunta na frica e ocuparam seu territrio, levando muitas famlias a se mudarem para l e era constante a troca cultural na poca. O esprito aventureiro presente nos artistas do fim do sculo XIX, fica muito mais acirrado com este contato com a frica.

Obra cubista Principal

Les Deimoselles Dvignon1907Pablo PicassoPintura leo sobre tela

AnlisePorm, a histria uma grande movimentao onde uma ao gera reao. Hegel surge com a dialtica que descreve exatamente este movimento frentico onde as foras se cruzam e provocam outras foras. De Hegel, Marx extrai o que pode e escreve manifestos que so verdadeiras bombas ideolgicas por seu alto teor de empolgao urbana, um manifesto para mover massas em um embate onde as classes sociais entram em choque.Alm de Marx, outro pensador, do mesmo nvel de argumentao contaminadora surge: Nietzsche. O que ele dizia ia contra o pensamento racional e darwinista. Destrua o predomnio da razo ao mostrar que a emoo, atravs da arte, a melhor forma de viver pois possibilita novas formas de ver. Podemos citar Freud, com a criao da psicanlise, que mostra que o conhecimento tambm pode vir de nosso inconsciente.Einstein em 1905, lana a Teoria da Relatividade, e mostra que o espao no uma entidade isolada e sim um "continuum quadrimensional", que no podemos falar de tempo sem falar de espao. Para ele no existe um ngulo de viso finito, acabado. Por fim, podemos citar Cezanne neste diagrama impressionante. Artista que no necessitava do mercado de arte para sobreviver, preferiu usar seus prprios recursos (era rico) para desenvolver uma tcnica/mtodo prprios. Czanne, em uma carta, dizia para o jovem Picasso, que a natureza era formada por formas geomtricas.

Pablo Picasso um artista espanhol que vai morar em Paris pronto para ser incorporado na vanguarda e propenso a absorver todas as foras atuantes ali. Os anos anteriores no foram bons pra ele, pois gostava da companhia das mulheres e sem dinheiro e prestgio, no podia usufruir delas como desejava. Ambicioso, Picasso percebe que entre todas as ideias revolucionrias, h pontos onde ainda no houvera desdobramentos, como por exemplo, no mercado de arte. Anos antes, o Japo havia sido aberto, em 1856. Pouco tempo depois comea a circular na Europa as gravuras japonesas e estas causam um estardalhao no mercado artstico europeu, influenciando artistas como Van Gogh, Toulouse Lautrec, entre outros, e possibilitando o surgimento de vrios movimentos, como Art Nouveaux. Em 1905, alguns colecionadores j podem usufruir de objetos africanos, como mscaras e utenslios. Carregados de material simblico, estes objetos so mais um elemento formador deste zeitgeist. Toda a contaminao deste universo africano e primitivo, de no olhar para uma cultura como inferior mas como detentora de outro tipo de conhecimento, causa uma srie de ideias em Picasso e em muitas pessoas comuns tambm. O esprito aventureiro era presente no imaginrio da poca. Picasso ento percebe que muita coisa havia mudado e se apropria da esttica das mscaras africanas para desenvolver o Cubismo. Freud, Nietzsche, Marx, Einstein e as mudanas sociais possibilitadas pela Revoluo Industrial e o neo-colonialismo, produzem um diagrama de foras que atuam sobre nossa viso de mundo e que mostrava essa viso fragmentada, sob vrios aspectos. O Cubismo isso, essa relao dialtica, mltipla e moderna. Depois de Picasso, a arte nunca mais foi a mesma, pois o sujeito est em constante mudana. Isso Modernismo: vanguarda ao estabelecer que o sujeito deve perceber a obra de arte a partir de sua prpria carga referencial e a prpria obra de arte uma representao dessa relao.