corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: revisão sistemática e metanálise...

63
rioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosant Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO – ESCS INTERNATO – ESCS APRESENTAÇÃO: AMANDA COSTA CAMPOS; APRESENTAÇÃO: AMANDA COSTA CAMPOS; DAVID TRONCOSO COSTA CHAVES; DAVID TRONCOSO COSTA CHAVES; KAROLINE DOMINGOS CHIARI; KAROLINE DOMINGOS CHIARI; TÚLIO ASSUNÇÃO BARCELLOS TÚLIO ASSUNÇÃO BARCELLOS COORDENAÇÃO: PAULO R. MARGOTTO COORDENAÇÃO: PAULO R. MARGOTTO HRAS/HMIB HRAS/HMIB www.paulomargotto.com.br Brasília 09/02/2013 Brasília 09/02/2013 Jasper V. Been, Sanne Lievense, Luc J. I. Zimmermann et al

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

106 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante:Revisão sistemática e metanálise

J Pediatr 2013;162:236-42).(february 2013)

INTERNATO – ESCSINTERNATO – ESCS

APRESENTAÇÃO: AMANDA COSTA CAMPOS;APRESENTAÇÃO: AMANDA COSTA CAMPOS;DAVID TRONCOSO COSTA CHAVES;DAVID TRONCOSO COSTA CHAVES;

KAROLINE DOMINGOS CHIARI;KAROLINE DOMINGOS CHIARI;TÚLIO ASSUNÇÃO BARCELLOSTÚLIO ASSUNÇÃO BARCELLOS

COORDENAÇÃO: PAULO R. MARGOTTOCOORDENAÇÃO: PAULO R. MARGOTTO

HRAS/HMIBHRAS/HMIBwww.paulomargotto.com.br

Brasília 09/02/2013Brasília 09/02/2013

Jasper V. Been, Sanne Lievense, Luc J. I. Zimmermann et al

Page 2: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Ddos Karoline, Amanda, Túlio e David

Page 3: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Introdução

A prematuridade é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal.

A maioria dos pré-termos extremos está associada a corioamnionite (inflamação da placenta e das membranas fetais).

Frequentemente, esse processo de inflamação neonatal é assintomático, sendo detectado através de exame histológico da placenta após o nascimento.

Page 4: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite (CA) é classicamente reconhecida por seus efeitos moduladores sobre o pulmão.

No entanto, estudos recentes fornecem evidências de que pode ser considerada uma doença multissistêmica do feto, envolvendo também outros órgãos, como o intestino, por exemplo.

Enterocolite necrosante (NEC) é a mais grave complicação intestinal relacionada ao parto prematuro.

Atinge entre 5% e 10% das crianças de muito baixo peso.

Está associada à taxa de mortalidade de 20% a 30% e a uma morbidade considerável entre os sobreviventes.

Page 5: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Inflamação gastrointestinal (IGastro) é uma das características principais da NEC, e processos inflamatórios pós-natais, incluindo sepse, estão altamente associados com seu desenvolvimento.

Ainda não está clara a contribuição da corioamnionite como um processo pró-inflamatório pré-natal.

Vários estudos têm relatado uma associação entre corioamnionite e NEC, enquanto outros não conseguiram fazer essa associação.

Page 6: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Objetivos

Este estudo busca acumular evidências disponíveis sobre a associação entre

indicadores de corioamnionite ou outros indicadores de inflamações pré-natais e NEC.

Page 7: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Metodologia

Foi realizada uma pesquisa literária sistemática de acordo com Meta-Analysis of Observational Studies in Epidemiology como critério para meta-análise de estudos observacionais(referência 18)

Bancos de dados de literatura médica ((Medline,

Embase e Cochrane Database of Systematic Reviews) foram pesquisados de forma independente por dois pesquisadores (JB e SL) em abril de 2012.

Page 8: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Termos utilizados na pesquisa de artigos relevantes:

chorioamnionitis OR intrauterine infection OR

intrauterine inflammation OR prenatal infection OR prenatal inflammation OR antenatal infection OR antenatal inflammation

AND gut OR necrotizing enterocolitis OR NEC OR

gastrointestinal OR intestine OR ileum OR jejunum OR stomach OR colon.

Page 9: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Foram realizadas pesquisas adicionais por uma triagem de listas de referência de artigos de interesse, bem como citações de artigos de interesse, utilizando o ISI Web of Knowledge.

Foram elegíveis para a inclusão, artigos escritos em inglês que relataram associações entre corioamnionite ou outros indicadores de inflamação pré-natal e NEC em humanos.

Foram realizadas metanálises para a associação entre corioamnionite e NEC.

Page 10: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Foi usada a análise de Mantel-Haenszel para calcular Odds Ratio (OR) e Intervalo de Confiança (IC) de 95%.

(método para verificar a associação global das variáveis de interesse, controlando (ou ajustando) para o fator de

estratificação [1953])A qualidade do estudo foi avaliada de forma

independente por dois pesquisadores (JB e SL), utilizando a Escala de Newcastle-Ottawa para estudos observacionais, e quaisquer divergêngias foram resolvidas por consenso.

Aplicou-se um alfa de 0,05 em todas as análises e realizou todos os cálculos usando Rev-Men software 5.1(Cochrane Library; ims.cochrane.org/ RevMan)

Page 11: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO
Page 12: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Resultados

Pesquisa identificou 33 estudos relevantes Associação entre corioamnionite histológica (HC) e

NEC:13 estudos (Coorte) Associação entre enterocolite e coriamnionite

histológico com envolvimento fetal:3 estudos (Coorte)

Coriamnionite clínica e enterocolite necrosante : 9 estudos de Coorte e 3 estudos caso-controle

Esses estudos foram agrupados em diferentes metanálisesMuitos desses estudos relataram associação

entre NEC e outros indicadores de inflamação pré natal excluindo a corioamnionite

Page 13: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Tabela 1: Características clínicas dos 33 estudos relevantes, associando inflamação pré-natal e enterocolite necrosante

Page 14: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO
Page 15: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Tabela 1-Continuação

Page 16: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite histológica e NEC

Esses estudos foram heterogêneosNão revelaram associação estatisticamente

significativaEstudos retrospectivos e prospectivos

tiveram resultados semelhantes (OR, 1.38; 95% CI, 0.81-2.36 vs OR, 1.39;95% CI, 0.76-2.54)

Page 17: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Fig.2.A. Forest plots para a associações entre Corioamnionite histológica (HC)e Enterocolite necrosante (NEC)

(observem o I2 (se aproxima de 50%): estudos mais heterogêneos)

Page 18: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Três estudos de HC compararam a incidência de NEC entre crianças com Corioamnionite com envolvimento fetal e crianças sem corioamnionite

Todos demonstraram significado estatístico entre HC com envolvimento fetal e NEC

Casos graves de corioamnionite podem apresentar sinais de envolvimento fetal

Or:3,29 (IC a 95%:1,87-5,78)

Corioamnionite histológica com envolvimento fetal e NEC

Page 19: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Fig.2.B. Forest plots para a associações entre Corioamnionite histológica (HC)Com envolvimento fetal e Enterocolite necrosante (NEC)

(observem o I2 (bem abaixo de 50%): estudos mais homogêneos)

Page 20: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite clínica e NEC

Estudos revelaram associação positivaEstimativa foi menor nos estudos casos

controles comparada com estudo de Coorte (OR, 1.13;95% CI, 0.60-2.13 vs OR, 1.29; 95% CI, 1.02-1.63)

Estimativa também foi menor nos retrospectivos em relação aos prospectivos (OR, 1.21; 95% CI, 0.91-1.61 vs OR, 1.38; 95%CI, 0.99-1.93)

Page 21: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Fig.2.C. Forest plots para a associações entre Corioamnionite Clínica (CC)e Enterocolite necrosante (NEC)

(observem o I2 (bem abaixo de 50%): estudos mais homogêneos)

Page 22: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Outros indicadores de inflamação pré natal e NEC

Quinze estudos associaram NEC com um ou mais indicadores de inflamação pré-natal excluindo a corioamnionite (Tabela 1 e III)

Esses encontraram:-Relação positiva entre NEC e infiltração de

polimorfonucleares no cordão umbilical-Relação entre NEC e PCR + em líquido

amniótico

Page 23: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

-Relação entre NEC e colonização por Ureaplasma urealyticum-Relação entre NEC e aumento de interleucinas (IL 8,IL 6) no sangue do cordão umbilicalVárias dessas variáveis permaneceram significativas após análises. Porém outros estudos tem sido incapazes de detectar associações entre: gravidade corioamnionite, vasculites fetais, colonização por Ureaplasma urealyticum ou níveis de IL-6 no cordão umbilical

Page 24: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Tabela III-Associação de indicadores de inflamação pré-natais além da corioamnionite com enterocolite necrosante

Page 25: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Estudos adicionais

Interpretação de resultados em estudos adicionais pequenos é complexo pois faltam controles normais

Um dos estudos relatou não haver diferença de incidência de NEC entre crianças com funisite necrosante X funisite aguda(22% X 7%)

Um segundo estudo falhou em mostrar a diferença estatística entre incidência de corioamnionite nos casos de recém-nascidos pré-termos com NEC X recém-nascidos a termos com NEC (17% X 6%)

Page 26: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

HC c/ envolvimento fetal: aumento de 3x do risco de Enterocolite Necrosante.

Corioamnionite Clínica: modesto aumento desse risco.

NEC e HC não foi significativo

NEC x Outros Marcadores Inflamatórios: vários estudos tem evidenciado associação entre NEC e outros marcadores inflamatórios pré-natais

DISCUSSÃO

Page 27: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Análise dos aspectos metodológicos:-Corioamnionite e NEC x Idade Gestacional:

Relação de causa ou consequência?-Outro fator confusional: baixa taxa de

amamentação em mães com corioamnionite .-Há diferenças consideráveis da incidência de

NEC e corioamnionite entre os estudos (diferenças entre critérios de exclusão, diferentes padrões de cuidados entre os Centros, critérios diagnósticos).

-Muitos estudos por procura manual (podem ter deixados artigos importantes de fora da análise).

Page 28: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

• Outros marcadores de atividade inflamatória (não relacionados a corioamnionite ) estão sendo associados a NEC (presença microbiana na interface materno-fetal, e marcadores inflamatórios no sangue do cordão umbilical)

• Foi observada relação entre corioamnionite e outros distúrbio do trato gastrintestinal como perfuração intestinal espontânea em pré-termos (referência 40).

• Aumento intestinal de neutrófilos e IL-6 mostram estado pró-inflamatório do intestino nos pré-termos expostos a corioamnionite (referência 41).

Page 29: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

• Presença de microorganismos no intestino (reflexo do líquido amniótico quando a corioamnionite está presente - referência 42)+ disfunção de barreira: pode aumentar susceptibilidade do intestino a processos secundários como sepse e choque, com aumento da incidência de NEC.

• Cori0mnionite x Displasia broncopulmonar ( a CA sozinha pode ser fator protetor; no entanto adicional inflamação pós-natal causada pela ventilação mecânica e sepse aumenta significativamente o risco de displasia broncopulmonar nos RN expostos a corioamnionite-(referencias 43-45).

• Como a Displasia broncopulmonar, a patogênese da NEC é complexa e multifatorial com a inflamação desempenhando papel central (Neu J-referência 4). Parece haver também interações com fatores de risco adicionais e a associação entre NEC e corioamnionite.Dada a baixa incidência de NEC, um grande estudo de coorte multicêntrico torna-se necessário para a análise destas interações.

Page 30: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

• Em ratas grávidas: injeções de lipopolissácarídeos intraperitoneal ocasionou adelgaçamento da mucosa ileal, aumento da permeabilidade da mucosa e indução da expressão da sintetase do óxido nítrico na prole. Este efeito poderia ser parcialmente reduzido com aminoguadine.

• Em ovinos: exposição intra-amniótica de lipopolissacarídeo ou Ureaplasma (o mais isolado em em corioamnionite) também resultou em inflamação do intestino fetal, mediada pela IL-1 e resultando em lesão da mucosa intestinal e prejuízo do seu desenvolvimento.

Page 31: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Concluindo: A corioamnionite (CA) é associada ao aumento

do risco de NEC.Necessita-se de mais estudos para definir o real

papel da CA na natureza multifatorial da NEC.Existem outros fatores pró-inflamatórios que

necessitam de mais estudo possivelmente relacionados à NEC.

A associação NEC x CA, mostra que é importante estudar os efeitos deletérios de alterações uterinas visando identificar intervenções para reduzir o comprometimento intestinal pós-natal.

Page 32: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

ABSTRACT

Page 33: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

REFERÊNCIAS

1. Goldenberg RL, Hauth JC, Andrews WW. Intrauterine infection and preterm delivery. N Engl J Med 2000;342:1500-7. 2. Been JV, Zimmermann LJ. Histological chorioamnionitis and

respiratory outcome in preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2009;94:F218-25. 3. Gantert M, Been JV, Gavilanes AW, Garnier Y, Zimmermann LJ, Kramer BW. Chorioamnionitis: a multiorgan disease of the fetus? J

Perinatol 2010;30(Suppl):S21-30. 4. Neu J, Walker WA. Necrotizing enterocolitis. N Engl J Med

2011;364: 255-64. 5. Been JV, Rours IG, Kornelisse RF, Lima Passos V, Kramer BW, Schneider TA, et al. Histologic chorioamnionitis, fetal involvement, and antenatal steroids: effects on neonatal outcome in preterm infants. Am J Obstet Gynecol 2009;201:587e1-e8..

Page 34: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

6. Elimian A, Verma U, Beneck D, Cipriano R, Visintainer P, Tejani N. Histologic

chorioamnionitis, antenatal steroids, and perinatal outcomes. Obstet Gynecol 2000;96:333-6. 7. Lau J, Magee F, Qiu Z, Hoube J, Von Dadelszen P, Lee SK.

Chorioamnionitis with a fetal inflammatory response is associated with higher neonatal mortality, morbidity, and resource use than chorioamnionitis displaying a maternal inflammatory response only. Am J Obstet Gynecol 2005;193:708-13. 8. Dempsey E, Chen MF, Kokottis T, Vallerand D, Usher R. Outcome of neonates less than 30 weeks gestation with histologic chorioamnionitis. Am J Perinatol 2005;22:155-9. 9. Fung G, Bawden K, Chow P, Yu V. Chorioamnionitis and outcome in extremely preterm infants. Ann Acad Med Singapore 2003;32:305-10. 10. Goldenberg RL, Andrews WW, Faye-Petersen OM, Cliver SP, Goepfert AR, Hauth JC. The Alabama Preterm Birth study:

corticosteroids and neonatal outcomes in 23- to 32-week newborns with various markers of intrauterine infection.Am J Obstet Gynecol 2006;195:1020-4.

Page 35: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

11. Holcroft CJ, Askin FB, Patra A, AllenMC, Blakemore KJ, GrahamEM. Are

histopathologic chorioamnionitis and funisitis associated with metabolic acidosis in the preterm fetus? Am J Obstet Gynecol 2004;191:2010-5. 12. Ogunyemi D, Murillo M, Jackson U, Hunter N, Alperson B. The

relationship between placental histopathology findings and perinatal outcome in preterm infants. J Matern Fetal Neonatal Med 2003;13:102-9. 13. Perrone S, Toti P, Toti MS, Badii S, Becucci E, Gatti MG, et al.

Perinatal outcome and placental histological characteristics: a single-center study. J Matern Fetal Neonatal Med 2012;25(Suppl 1):110-3. 14. Sato M, Nishimaki S, Yokota S, Seki K, Horiguchi H, An H, et al.

Severity of chorioamnionitis and neonatal outcome. J Obstet Gynaecol Res 2011; 37:1313-9. 15. Soraisham AS, Singhal N, McMillan DD, Sauve RS, Lee SK. A

multicenter study on the clinical outcome of chorioamnionitis in preterm infants. Am J Obstet Gynecol 2009;200:372e1-e6. 16. Thompson A, Bizzarro M, Yu S, Diefenbach K, Simpson BJ, Moss RL. Risk factors for necrotizing enterocolitis totalis: a case-control study. J Perinatol 2011;31:730-8.

Page 36: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

17. Yee WH, Soraisham AS, Shah VS, Aziz K, Yoon W, Lee SK. Incidence and timing of presentation of necrotizing enterocolitis in preterm infants. Pediatrics 2012;129:e298-304. 18. Stroup DF, Berlin JA, Morton SC, Olkin I, Williamson GD, Rennie D, et al., Meta-Analysis of Observational Studies in Epidemiology (MOOSE) Group. Meta-analysis of observational studies in epidemiology: a proposal for reporting. JAMA 2000;283:2008-12. 19. Chau V, Poskitt KJ, McFadden DE, Bowen-Roberts T, Synnes A, Brant R, et al. Effect of chorioamnionitis on brain development and injury in premature newborns. Ann Neurol 2009;66:155-64. 20. MuSC, LinCH, Chen YL, MaHJ, Lee JS, Lin MI, et al. Impact on neonatal outcome and anthropometric growth in very low birth weight infants with histological chorioamnionitis. J Formos Med Assoc 2008;107:304-10. 21. Okogbule-Wonodi AC, Gross GW, Sun CC, Agthe AG, Xiao L, Waites KB, et al. Necrotizing enterocolitis is associated with ureaplasma colonization in preterm infants. Pediatr Res 2011;69:442-7. 22. Aziz N, Cheng YW, Caughey AB. Neonatal outcomes in the setting of preterm premature rupture of membranes complicated by chorioamnionitis. J Matern Fetal Neonatal Med 2009;22:780-4.

Page 37: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

23. Desfrere L, de Oliveira I, Goffinet F, El Ayoubi M, Firtion G, Bavoux F, et al. Increased incidence of necrotizing enterocolitis in premature infants born to HIV-positive mothers. AIDS 2005;19:1487-93. 24. Gray PH, Hurley TM, Rogers YM, O’Callaghan MJ, Tudehope DI, Burns YR, et al. Survival and neonatal and neurodevelopmental outcome of 24-29 week gestation infants according to primary cause of preterm delivery. Aust NZ J Obstet Gynaecol 1997;37:161-8. 25. Martinez-Tallo E, Claure N, Bancalari E. Necrotizing enterocolitis in full-term or near-term infants: risk factors. Biol Neonate 1997;71:292-8. 26. Osmanagaoglu MA, Unal S, Bozkaya H. Chorioamnionitis risk and

neonatal outcome in preterm premature rupture of membranes. Arch Gynecol Obstet 2005;271:33-9. 27. Andrews WW, Goldenberg RL, Faye-Petersen O, Cliver S, Goepfert AR, Hauth JC. The Alabama Preterm Birth study: polymorphonuclear and mononuclear cell placental infiltrations, other markers of inflammation, and outcomes in 23- to 32-week preterm newborn infants. Am J Obstet Gynecol 2006;195:803-8. 28. DiGiulio DB, Romero R, Kusanovic JP, Gomez R, Kim CJ, Seok KS, et al. Prevalence and diversity of microbes in the amniotic fluid, the fetal

inflammatory response, and pregnancy outcome in women with preterm pre-labor rupture of membranes. Am J Reprod Immunol 2010;64:38-57.

Page 38: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

29. Hitti J, Tarczy-Hornoch P, Murphy J, Hillier SL, Aura J, Eschenbach DA. Amniotic fluid infection, cytokines, and adverse outcome among infants at 34 weeks’ gestation or less. Obstet Gynecol 2001;98:1080-8. 30. Ozdemir R, Erdeve O, Yurttutan S, Dilmen U. Letter to the editor Re: Okogbule-Wonodi et al. Pediatr Res 69:442-447. Pediatr Res 2011;70:423-4. 31. Goepfert AR, Andrews WW, Carlo W, Ramsey PS, Cliver SP, Goldenberg RL, et al. Umbilical cord plasma interleukin-6 concentrations in preterm infants and risk of neonatal morbidity. Am J Obstet Gynecol 2004;191:1375-81. 32. Satar M, Turhan E, Yapicioglu H, Narli N, Ozgunen FT, Cetiner S. Cord blood cytokine levels in neonates born to mothers with prolonged premature rupture of membranes and its relationship with morbidity and mortality. Eur Cytokine Netw 2008;19:37-41. 33. Ohyama M, Itani Y, Yamanaka M, Goto A, Kato K, Ijiri R, et al. Re-

evaluation of chorioamnionitis and funisitis with a special reference to subacute chorioamnionitis. Hum Pathol 2002;33:183-90. 34. Kasper DC, Mechtler TP, Bohm J, Petricevic L, Gleiss A, Spergser J, et al. In utero exposure to Ureaplasma spp. is associated with increased rate of bronchopulmonary dysplasia and intraventricular hemorrhage in preterm infants. J Perinat Med 2011;39:331-6

Page 39: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

35. Perzigian RW, Adams JT, Weiner GM, Dipietro MA, Blythe LK, Pierson CL, et al. Ureaplasma urealyticum and chronic lung disease in very low birth weight infants during the exogenous surfactant era. Pediatr Infect Dis J 1998;17:620-5. 36. Gomez R,RomeroR, Ghezzi F,YoonBH,MazorM,Berry SM. The fetal

inflammatory response syndrome. Am J Obstet Gynecol 1998;179:194-202. 37. Craver RD, Baldwin VJ. Necrotizing funisitis. Obstet Gynecol 1992;79: 64-70. 38. Ruangtrakool R, Laohapensang M, Sathornkich C, Talalak P. Necrotizing enterocolitis: a comparison between full-term and pre-term neonates. J Med Assoc Thai 2001;84:323-31. 39. Lahra MM, Jeffery HE. A fetal response to chorioamnionitis is associated with early survival after preterm birth. Am J Obstet Gynecol 2004;190: 147-51. 40. Ragouilliaux CJ, Keeney SE, Hawkins HK, Rowen JL. Maternal factors in extremely low birth weight infants who develop spontaneous intestinal perforation. Pediatrics 2007;120:e1458-64. 41. Arnon S, Grigg J, Silverman M. Association between pulmonary and

gastric inflammatory cells on the first day of life in preterm infants. Pediatr Pulmonol 1993;16:59-61.

Page 40: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

42. Miralles R, Hodge R, McParland PC, Field DJ, Bell SC, Taylor DJ, et al. Relationship between antenatal inflammation and antenatal infection identified by detection of microbial genes by polymerase chain reaction. Pediatr Res 2005;57:570-7. 43. Been JV, Rours IG, Kornelisse RF, Jonkers F, de Krijger RR, Zimmermann LJ. Chorioamnionitis alters the response to surfactant in preterm infants. J Pediatr 2010;156:10-5. 44. Van Marter LJ, Dammann O, Allred EN, Leviton A, Pagano M, Moore M, et al. Chorioamnionitis, mechanical ventilation, and postnatal sepsis as modulators of chronic lung disease in preterm infants. J Pediatr 2002;140:171-6. 45. Lahra MM, Beeby PJ, Jeffery HE. Intrauterine inflammation, neonatal sepsis, and chronic lung disease: a 13-year hospital cohort study. Pediatrics 2009;123:1314-9. 46. Giannone PJ, Schanbacher BL, Bauer JA, Reber KM. Effects of prenatal lipopolysaccharide exposure on epithelial development and function in newborn rat intestine. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2006;43:284-90. 47. Giannone PJ, Nankervis CA, Richter JM, Schanbacher BL, Reber KM. Prenatal lipopolysaccharide increases postnatal intestinal injury in a rat model of necrotizing enterocolitis. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2009;48:276-82. 48. Wolfs TG, Buurman WA, Zoer B, Moonen RM, Derikx JP, Thuijls G, et al. Endotoxin-induced chorioamnionitis prevents intestinal development during gestation in fetal sheep. PLoS ONE 2009;4:e5837. 49. Wolfs TG, Kallapur SG, Polglase GR, Pillow JJ, Nitsos I, Newnham JP, et al. IL-1a–mediated chorioamnionitis induces depletion of FoxP3+ cells and ileal inflammation in the ovine fetal gut. PLoS ONE 2011;6:e18355

Page 41: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Consultem também!Dr. Paulo R. Margotto

ESTUDANDO JUNTOS!

Page 42: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Ragouilliaux C (2007): 15 casos de PIE (média de 9,5±3,5 dias-4-14 dias)) X 33 controles

Corioamnionite e perfuração intestinal espontânea (PIE) em RN Corioamnionite e perfuração intestinal espontânea (PIE) em RN de extremo baixo peso (<1000g)de extremo baixo peso (<1000g)

Achados placentários

PIE:15(%) Controles:33 (%)

Artigo Integral

Page 43: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite e perfuração intestinal espontânea (PIE) em RN Corioamnionite e perfuração intestinal espontânea (PIE) em RN de extremo baixo peso (<1000g)de extremo baixo peso (<1000g)

Dados de doença infecciosa

PIE:16(%) Controles:33 (%)

Patogênese:lesão da mucosa intestinal pela aumento da produção de linterleucina 1-ß pela corioamnionite translocação de Candida e

Staphylococcus para circulação sistêmica

Corioamnionite candidal

Page 44: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Nos recém-nascidos não intubados, a corioamnionite materna foi associada a um aumento do tempo de duração em CPAP nasal, o que pode ser devido ao dano causado por mediadores inflamatórios para os pulmões imaturos, predispondo-os a desenvolver doença pulmonar crônica

Efeitos de fatores pré-natais na idade gestacional para o sucesso do desmame do CPAP nasal

Factors Affecting the Weaning from Nasal CPAP in Preterm Neonates.Rastogi S, Rajasekhar H, Gupta A, Bhutada A, Rastogi D, Wung JT.

Int J Pediatr. 2012;2012:416073

FATORES AFETANDO O DESMAME DO CPAP NASAL EM PRÉ-TERMOS

Artigo Integral

Page 45: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Estudos recentes em geral parecem confirmar o efeito da incidência de corioamnionite na Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), enquanto nenhum efeito sobre displasia broncopulmonar (DBP) tem sido visto. Dados recentes sugerem maior suscetibilidade para a asma subsequente no seguimento (média de 2,2 ). Pesquisa adicional sobre este campo é necessário. Susceptibilidade genética para DBP é uma envolvente área de pesquisa e vários estudos tem relacionado diretamente o risco de DBP a variantes genômicas.

Chorioamnionitis and lung injury in preterm newborns.Rocha G.

Crit Care Res Pract. 2013;2013:890987

Corioamnionite e lesão pulmonar nos recém-nascidos pré-termos

Artigo Integral

Page 46: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

A exposição a citocinas pró-inflamatórias ou a infecção intraútero pode predispor o pulmão fetal a uma inflamação não controlada após a exposição a mínimo evento pós-natal que afeta a alveolarização normal, assim como o desenvolvimento vascular pulmonar.

O conceito de diminuição da eficácia do surfactante em um ambiente pré-natal inflamatório pode explicar a maior incidência de DISPLASIA BRONCOPULMONAR.

No presente estudo a incidência de SDR diminuiu nos grupos expostos a corioamnionite quando se controlou a idade gestacional

No entanto, a diminuição da eficácia do surfactante foi maior nos grupos CH+F+ (corioamnionite com envolvimento fetal) versus CH+F- (corioamnionite sem envolvimento fetal) ou CH-F- (sem corioamnionite e sem envolvimento fetal), sugerindo diminuição da eficácia do surfactante (dados não mostrados). Parece que o aumento dos mediadores inflamatórios ou a infecção intraútero estão relacionados com a deficiência ou inativação do surfactante

Corioamnionite, Síndrome do desconforto respiratório (SDR)) e Displasia broncopulmonar (DBP) em recém-

nascidos de extremo baixo pesoAutor(es): Hyun Ju Lee, Ee-Kyung Kim, Han-Suk Kim, Chang

Won Choi, Beyong II Kim, and Jung-Hwan Choi. Apresentação:Wilson Sandoval Junior ,Thayse S. F. Sandoval,

Paulo R. Margotto

Page 47: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite altera a resposta ao surfactante em lactentes pré-termos (chorioamnionitis alters the response to surfactant

in preterm infants)Autor(es): Jasper V. Been, Ingrid G. Rours, Rene´F. Kornelisse, Femke Jonkers,

Ronald R. de Krijger, and Luc J. Zimmermann. Apresentação: Eveline Rodrigues, Adriana De Paula, Valéria Di Ferreira, Kelle Regina Ribeiro, Paulo R. Margotto

      

Neste estudo foi evidenciado que a exposição pré-natal à inflamação alterou a resposta à administração de surfactante pós-natal.

A corioamnionite histopatológica com envolvimento fetal foi associada com maior exigência de FiO2 após surfactante (um padrão semelhante nas crianças que morreram ou desenvolveram DBP)

O risco de extubação nas primeiras 48 horas pós surfactante diminuiu com o ↑ da gravidade da corioamnionite (o que pode ser explicado parcialmente pela menor idade gestacional nestas crianças).

Dados do estudo sugerem que uma resposta alterada ao surfactante exógeno possa aumentar a necessidade de

ventilação mecânica.

Page 48: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Abordagens alternativas podem aumentar a eficácia do surfactante em RN com

corioamnionite histológica com envolvimento fetal

administração de maiores doses de surfactante;

métodos de administração de surfactante em recém-nascidos não intubados (evita-se assim a ventilação mecânica, importante modulador do prognóstico ruim pulmonar após a corioamnionite!)

enriquecimento do surfactante com aditivos com capacidade de reduzir a sua inativação (inibidores de fator nuclear kB) mostrou melhor função do surfactante nos pulmões expostos a corioamnionite

Page 49: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Displasia broncopulmonar: o papel das citocinas pró-inflamatórias

Autor(es): Paulo R. Margotto      

As citocinas pró-inflamatórias promovem o amadurecimento pulmonar por um efeito direto no trato respiratório em

desenvolvimento, atuando como sinalizadoras durante o desenvolvimento pulmonar. A corioamnionite modifica o perfil da resposta do pulmão do pré-termo quando este receber um segundo estímulo, principalmente a ventilação mecânica, O2 e sepse pós-natal. Estas respostas são acompanhadas de um aumento da expressão de citocinas pró-inflamatórias (IL-6, IL-

8, IL-1-beta) O pulmão inflamado pode liberar mediadores inflamatórios para a circulação sistêmica. A infecção pré-

natal ou a inflamação reduz o risco de displasia broncopulmonar, mas somente se o recém-nascido não for

ventilado por vários dias ou não apresentar sepse. O conhecimento dos eventos pré-natais é importante para que se possa minimizar a agressão pulmonar na fase inicial da vida destes recém-nascidos pré-termos extremos, evitando

assim a ocorrência da displasia broncopulmonar.

Page 50: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

INFECÇÃO MATERNA NA GENESE DA LEUCOMALÁCIA PERIVENTRICULAR

Autor(es): Endla Anday       

Estudos epidemiológicos mostram que infecções perinatais, corioamnionite e sepse precoce são associadas com um aumento de risco de leucomalácia periventricular (LPV): este estudo provê evidências que as reações infecciosas e inflamatórias desempenham papel na patogênese da LPV. Nelson e cl demonstraram altos níveis de citocinas neonatais, principalmente o TNF-, a IL-1 e IL-6 no sangue de crianças que desenvolveram paralisa cerebral espástica. A administração de corticosteróide pré-natal, um potente inibidor da síntese de citocinas pró-inflamatórias, associa-se

com a diminuição do risco de LPV. Comparando os cérebros com LPV e cérebro com anoxia sem LPV os

autores relataram maior síntese de TNF- e IL-1 nos cérebros com LPV, sugerindo a presença de fatores adicionais (infecção) na patogênese da LPV, além da anoxia. Nos cérebros com LPV, os níveis de citocinas foram significativamente maiores no subgrupo com infecções bacterianas em relação aos RN sem infecção. Nós preocupamos muito quando sabemos que os métodos que usamos para diagnosticar infecção não nos permitem excluir infecções sutis, especialmente no contexto da evolução rápida para a morte.

Page 51: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Infecção materna e o risco de paralisia cerebral nos recém-nascidos a termo e pré-termos

Autor(es): Michael D Neufeld e cl       

O risco de desenvolver PC é três vezes maior na presença de qualquer infecção materna (OR 3,1 (95% CI: 2.3 a 4.2) Termo – OR 1.8 (95% CI: 1.1 a 2.8 )(neste grupo de RN, a corioamnionite ou infecção

urinária materna foram associadas com o aumento de PC, no entanto, não significativo

Prematuro – OR 2.3, 95% CI: 1.3 a 4.2)(neste grupo a corioamnionite e a infecção urinária

materna foram associadas significativamente com o aumento da PC)

Page 52: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite histológica e o risco de hemorragia intraventricular precoce em neonatos com 28 semanas ou

menosAutor(es): Sarkar S, Kaplan C, et al. Apresentação: Carina Lassance,

Eline R.Ferreira Barbosa, Débora Fernandes Oliveira, Paulo R. Margotto

Os autores do presente estudo não evidenciaram associação de corioamnionite e hemorragia intraventricular, provavelmente devido ao fato de que 90% das pacientes receberam esteróide pré-natal. O corticosteróide pré-natal é um potente inibidor da síntese de citocinas

pró-inflamatórias.

Page 53: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

A relação de Edema Vilositário e Vasculite Coriônica A relação de Edema Vilositário e Vasculite Coriônica com o desenvolvimento de afecções neurológicas no com o desenvolvimento de afecções neurológicas no RN, observada no estudo, já havia sido previamente RN, observada no estudo, já havia sido previamente descrita em outros trabalhos.descrita em outros trabalhos.

Certamente citocinas pró-inflamatórias que vão para Certamente citocinas pró-inflamatórias que vão para circulação fetal em resposta à infecção circulação fetal em resposta à infecção in uteroin utero, têm , têm a capacidade de a capacidade de atravessar a barreira hemato-atravessar a barreira hemato-encefálica e causar dano cerebral ao RN.encefálica e causar dano cerebral ao RN.

Edema vilositário e vasculite coriônica são fatores Edema vilositário e vasculite coriônica são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de de risco significativos para o desenvolvimento de Hemorragia Intraventricular em RN com Idade Hemorragia Intraventricular em RN com Idade

Gestacional < 34 semanas.Gestacional < 34 semanas.

Morbidade neonatal e patologia placentáriaAutor(es): Mehta R, Nanjundaswamy S, Shen-Schwarz S and

Petrova A. Apresentação: Fernando Bisinoto Maluf, Marco Antônio Rios Lima, Paulo R. Margotto

    

Page 54: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

ALTERAÇÕES PLACENTÁRIAS COMO FATOR DE RISCO PARA LESÃO CEREBRAL EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM

PESO DE NASCIMENTO ABAIXO DE 1500gAutor(es): Lídia de Souza Galvão/Paulo R. Margotto

      

A corioamnionite e hemorragia ventricular : OR=5,63 (95% IC 1,25-27,44). Em estudo de De Felice et al. (2001), o mesmo encontrou resultados fortemente preditivos para hemorragia peri/intraventricular grau maior ou igual a III (OR=3,5 IC 95%: 2,4-4,52).

The Development Epidemiology Network Investigators relataram um risco 3 vezes maior de hemorragia peri/intraventricular nos RN <1500g cujas placentas exibiam pelo menos um componente de inflamação do saco amniótico. O estudo de Elimian e cl (2000), evidenciou que nos RN cujas placentas apresentavam corioamnionite histológica, houve redução significativa da doença da membrana hialina, da hemorragia peri/intraventricular e leucomalácia periventricular, além de menor mortalidade neonatal quando as mães destes RN foram expostas a corticoterapia pré-natal em relação aos RN com corioamnionite histológica cujas mães não foram expostas a corticoterapia pré-natal.

O esteróide pré-natal protege o RN da lesão cerebral (é um importante inibidor da síntese de citocinas pró-

inflamatórias).

Page 55: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Os autores mostraram que níveis elevados de citocinas (TNF-alfa, IL-1 e IL-6) no soro e Líquido céfaloraquidiano (LCR) estavam associadas com severa corioamnionite e vasculite fetal (p=0,023;0,034; 0,0037 no soro e p=0,01; 0,036 e 0,045 no LCR). Os níveis de citocinas no RN e não na mãe estava correlacionado com a presença e a severidade da corioamnionite e a vasculite umbilical, reforçando a hipótese de que a citocina que leva a inflamação fetal é de origem fetal. Doze RN (3,8%) tiveram Leucomalácia Periventricular (O R= 3,58. IC a 95%: 1,55-8,29). INF-Y e IL-1 estiveram significativamente aumentado n LCR dos bebes com leucomalácia periventricular (p= 0,037; p= 0,02, respectivamente).

INFLAMAÇÃO, CITOCINAS E INJÚRIA CEREBRAL PERINATALAutor(es): E. Saliba, C. Rausset, S. Cantagrel, A. Henrot, S. Chalon, C.

Andres      

Page 56: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

A infecção materna leva a produção do TNF-alfa, altera a síntese de prostaglandinas, permitindo que o canal arterial fique aberto. A infecção intrauterina pode levar a produção de endotoxinas, principalmente por organismos gram-negativos; o TNF-alfa tem um efeito direto no cérebro, causando lesão na substância branca. É um dos modelos mais antigos, ligando a infecção materna e lesão na substância branca, via citocinas

Como vimos, as citocinas podem estar envolvidas de alguma forma. Como então prevenir as lesões cerebrais? Há associação entre hipotiroxinemia neonatal(T4 baixo nas primeiras semanas de vida) e lesão cerebral ? O T4 estimula a diferenciação de oligodendrócitos para as a formas oligodendrogliais mais diferenciadas e assim, são mais resistentes à lesão pelas citocinas e a estímulos excitatórios. Os esteróides produzidos endogenamente ou administrados a mãe podem ser protetores. O uso da betametasona como esteróide pré-natal está associado com menor risco de lesão na substância branca (o esteróide aumenta o desenvolvimento de oligodendrócitos, assim como o hormônio tireoidiano e inibe as citocina inflamatótrias).

INTERLEUCINAS E LEUCOMALÁCIA PERIVENTRICULAR

Autor(es): Michael O´Shea (EUA)

      

Page 57: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

O envolvimento das citocinas na patogênese da LPV implica, no futuro, em prevenção desta lesão através do uso de drogas mais especificamente anti-inflamatórias ou outras moléculas imunomoduladoras tais como anticorpos monoclonais. O uso deve ser bem precoce e estender-se até a estágio adiantado da lesão, que é o estágio de formação de cistos, uma vez que os autores detectaram a expressão de citocinas neste estágio avançado da doença. Portanto, um processo inflamatório imune-mediado pode desempenhar papel na LPV. O TNF-, o fator mielotóxico, pode ser o maior mediador.

CITOCINAS INFLAMATÓRIAS NA PATOGÊNESE DA LEUCOMALÁCIA PERIVENTRICULAR (LPV)

Autor(es): Kadhim H, Tabarki B, Verellen G, De Prez C, Rona AM, Selure G Realizado por Paulo R. Margotto

      

Page 58: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

Corioamnionite e lesão cerebral no pré-termo

A associação, ajustada ao peso de nascimento e a idade gestacional, entre corioamnionite e: (1) hemorragia intraventricular graus III e IV foi OR 0,94 (IC 95% 0,39-2,28), (2) ;a leucomalácia periventricular cística foi OR 1,94 (IC 95% 1,03 -4,61).

Este estudo confirma a associação entre corioamnionite histológica leucomalácia

periventricular cística

Chorioamnionitis and brain damage in the preterm newborn.Rocha G, Proença E, Quintas C, Rodrigues T, Guimarães H.

J Matern Fetal Neonatal Med. 2007 Oct;20(10):745-9

O estudo incluiu 452 recém-nascidos (235 masculinos/217 femininos, peso ao nascer 1440 (515-2620) gramas, idade

gestacional 31 (23-33) semanas), 125 de mães cujas placenta mostraram sinais de corioamnionite e 327 de mães sem a

condição.

Page 59: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

E agora?O corticosteróide pré-natal

protege?

Page 60: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO
Page 61: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

:: Avaliação do Impacto da Corticoterapia Pré-Natal em Maternidade-Escola de ReferênciaAutor(es): Paulo R. Margotto, Marta D.R. Moura, Juliana T.M. Alves, Roberta T. Tallarico e Danielli F. Pereira

    

(clicar aqui!)

E agora? Corticosteróide pré-natal protege?

Brasília Med 2011;48(2):148-157

Avaliação do Impacto da Corticoterapia Pré-Natal em Maternidade-Escola de Referência (20 perguntas ao Autor, Dr. Paulo R. Margotto))Autor(es): Paulo R. Margotto, Marta D.R. Moura, Juliana T.M. Alves, Roberta T. Tallarico e Danielli F. Pereira

     

Page 62: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

RESULTADOSCom o corticosteróide pré-natal houve aumento da enterocolite necrosante, porémsem significação estatística

Page 63: Corioamnionite como fator de risco para enterocolite necrosante: Revisão sistemática e metanálise J Pediatr 2013;162:236-42). (february 2013) INTERNATO

OBRIGADO!

Dr. Paulo R. Margotto, Ddos Túlio, David, Karoline e Amanda