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A PRODUÇÃO ENXUTA CONTRIBUINDO PARA OS CUSTOS NA PRODUÇÃO DE LEVEDURACONTRIBUTING TO A LEAN MANUFACTURING COSTS IN THE PRODUCTION OF YEAST

Adaiane Ernesto Brito– [email protected]átia Fernanda Ferreira da Silva – [email protected]

Robson Sabino de Oliveira–[email protected] Siqueira Bordignon–[email protected]

Graduandos do Unisalesiano Profº Me. Francisco Cesar Vendrame – Unisalesiano –[email protected]

Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva –[email protected]

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 5., n.11, jul/dez de 2014

mailto:[email protected]

RESUMO

Atualmente, as empresas precisam ser enxutas para resistirem no mercado e atingirem lucros. Outro pré-requisito para a sobrevivência das mesmas são os custos os quais devem ser sempre bem planejados através de uma gestão eficaz para o desenvolvimento do negócio. O sistema de Produção Enxuta, desenvolvido no Japão, na fábrica de automóveis Toyota Motor Corporation, surge como ferramenta capaz de auxiliar no processo de melhor gestão de recursos e minimização das perdas, e, conseqüentemente, também está apto a minimizar os custos de produção. Este artigo teve por finalidade analisar o processo produtivo da levedura em uma empresa do setor de açúcar e álcool e verificar se a Produção Enxuta adotada pela empresa pesquisada é aplicada de maneira eficaz de forma a contribuir para a qualidade e minimização dos custos no processo produtivo da levedura tornando-se competitivo no mercado. A pesquisa foi realizada em uma Usina de açúcar e álcool responsável pela plantação da matéria-prima de cana-de-açúcar e pela extração do álcool, fabricação de açúcar e pela produção da levedura, que é um subproduto da cana. Através da pesquisa realizada foram coletados dados por meio de pesquisa de campo e revisão bibliográfica. A partir destes dados coletados foram feitas várias análises confirmando que a Usina aplica a Produção Enxuta apenas em algumas etapas do seu processo produtivo e ao mesmo tempo, tem grande preocupação com a qualidade, produzindo de forma eficiente para atender cada vez melhor seu cliente .

Palavras-chave: Produção Enxuta. Processo.Produtivo. Levedura.

ABSTRACT

Currently, companies need to be dried to resist the market and achieve

profits, another prerequisite for survival, as well as the costs which should always be

well planned through effective management for the business development. The lean

system Production, developed in Japan in the Toyota Motor Corporation factory,

emerges as a tool able to assist in the process of a better management of resources

and minimization of process losses, and it is consequently also able to minimize

production costs. This paper aims to analyze the processes of dried yeast production

in a sugar and alcohol mill sector and verify if the lean production adopted by the

company studied is applied effectively to contribute to the quality, minimizing costs in

the yeast production process, becoming it competitive in the market. The survey was

conducted in the real company, also responsible for the planting of sugar cane raw

for the extraction of alcohol, sugar production, and the production of yeast, which is a

byproduct of sugarcane. Through survey done it were collected data from field

research and literature review. From the data collected several analysis were


performed, confirming plant applies the lean production only at some stages of its

production process and, at the same time, has great concern for quality, producing

efficiently to better serve its client.

Key Words: Lean Production. Yeast. production .process.

INTRODUÇÃO

Com a globalização e com o mercado cada vez mais competitivo as

organizações tem buscado modificações e recursos para uma melhor

competitividade, adaptando rapidamente as mudanças e desenvolvendo novos

métodos de gestão , redefinindo processos de trabalho, investindo em tecnologia e

pessoas.

O Sistema Toyota de Produção, conhecido também como Produção Enxuta

teve seu início na Toyota Motor Company logo após a Segunda Guerra Mundial.

Esse sistema foi criado com o objetivo de produzir carros com melhor qualidade, o

menor custo e o lead time mais curto pela eliminação sistemática de desperdícios e

constante busca de melhorias. (LIKER, 2005).

O sistema de produção enxuta tem se destacado como diferencial

competitivo, pois se relaciona à capacidade que as empresas possuem de planejar

estrategicamente suas operações produtivas.

Liker (2005) enfatiza que a maioria das empresas aproveita as ferramentas da

Produção Enxuta, mas não compreendem a filosofia que as faz funcionarem juntas

em um sistema. A cultura da melhoria contínua e a eliminação sistemática de

desperdícios são necessárias para sustentar os princípios do modelo Toyota.

Os princípios ligados ao sistema de Produção Enxuta propõem a eliminação

dos desperdícios que ocorrem no processo produtivo. A minimização dos custos no

processo de uma forma concreta beneficia-se dessa metodologia, pois através de

ferramentas exclusivas da origem do Sistema Toyota de Produção, o processo

consegue tornar-se evidente.

Muitas são as razões pelas quais as empresas adotam o STP, no entanto, o

fator que apresentou maior impacto está relacionado à redução de custos. Os

gestores argumentam que a redução dos custos no processo produtivo é o principal

fator motivador, que se deve principalmente à eliminação dos desperdícios de


materiais no processo produtivo, possibilitados pela maior capacidade produtiva

alcançada no planejamento estratégico.

O objetivo da Usina é fornecer um produto de qualidade preocupando-se com

seu cliente e tudo que envolve no processo, desde a preparação até o produto final.

E o Sistema Toyota de Produção é uma ferramenta que auxilia na

minimização dos custos bem como contribui na eliminação de perdas e na redução

de processos, minimizando os custos produtivos causados no processo produtivo.

Percebe-se que o simples controle dos custos não é mais suficiente para o

gerenciamento de uma empresa (independente do seu tamanho), mostrando que a

análise auxiliando a tomada de decisão do administrador é fundamental para a

saúde financeira da empresa e a sua permanência no mercado.

Martins (2008) ressalta ainda que “o conhecimento dos custos é vital para

saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se não rentável, se é possível

reluzí-los (os custos).”

Em qualquer empresa os custos altos de produção representam um grave

problema. Diante disso, uma análise de custos deve ser tratado como assunto de

primeira necessidade nas empresas. Sendo assim, a Produção Enxuta auxilia na

minimização dos custos, pois ajuda a empresa a desenvolver uma estratégia através

das ferramentas de produção enxuta , no caso da Usina, novos equipamentos e

novas práticas de produção enxuta são significativas , pois reduzem os custos com

manutenção e aumento dos lucros.

Para a constituição deste artigo foi realizada uma pesquisa de campo na

Usina de açúcar e álcool. O objetivo deste estudo foi verificar a importância da

Produção Enxuta no tocante aos custos.

Durante a pesquisa exploratória chegou-se a questão: As ações de

produção enxuta praticadas na Usina no processo produtivo da levedura garantem

custos significantes para precificação do produto tornando-o competitivo no

mercado?

Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese: A busca pela

melhoria contínua no processo de produção enxuta visa viabilizar e agregar valor ao

produto utilizando de técnicas como controle para eliminação de perdas e

desperdícios durante o processo produtivo da levedura, disponibilizando um produto

mais competitivo no mercado.


1 PRODUÇÃO ENXUTA

Conforme Slack, Chambers e Johnston (2002), a filosofia da Produção Enxuta

está fundamentada em fazer bem as coisas simples, em fazê-las cada vez melhor

e em eliminar todos os desperdícios em cada passo da produção. No que diz

respeito à redução dos custos de produção a conscientização dos setores no

processo produtivo geram fatores importantes para qualidade e minimização dos

custos no produto final.

De acordo com Magee (2008), na Toyota, a eliminação dos

desperdícios,assim como muitos dos pontos centrais, iniciou-se na linha de

produção, mas posteriormente se estendeu por todos os níveis da empresa. “O

ponto principal na Toyota: Se um processo ou uma atividade não agrega valor, livre-

se deles.” (MAGEE, 2008, p. 48)

2 CUSTOS

De acordo com Martins e Laugeni (2006), qualquer que seja o modelo de

apuração de custos adotado, a qualidade e o comprometimento do recurso humano

envolvido na sua implantação, serão fatores preponderantes no sucesso da

implantação e operacionalidade de qualquer sistema.

Segundo Shingo (1996), o único método aceitável para reduzir custos é a

eliminação total das perdas, e como a Produção Enxuta na sua essência prevê o

combate sistemático aos desperdícios, pode-se admitir que a adoção de seus

princípios constitui uma estratégia adequada na busca da competitividade.

3 UMA VISÃO GERAL SOBRE PRODUÇÃO ENXUTA E OS CUSTOS

O mercado cada vez mais competitivo exige das empresas custos cada vez

menores ,maior qualidade, maior rapidez e flexibilidade, criando a necessidade de

técnicas que possibilitam as empresas alcançar seus objetivos.


O Sistema de Produção Enxuta é uma cultura que se adapta bem a um

contexto de competitividade e as novas exigências do consumidor, pois suas

técnicas visam a eliminação dos desperdícios minimizando os custos no processo

produtivo da levedura.

Conforme Santos (2005), os custos de produção são compostos das

matérias-primas, da mão-de-obra direta e dos custos indiretos de produção, assim

detalhadas:

a) matérias-primas: correspondem aos materiais diretamente aplicados para

obtenção de um produto final;

b) mão-de-obra: elemento utilizado para transformação dos materiais diretos

em produto. A mão-de-obra , bem como os respectivos encargos sociais,

pode ser claramente identificada com o volume operacional de atividade

(unidades produzidas,horas-máquina ou homens-hora);

c) custos indiretos de produção: são os custos que complementam uma

atividade e são incorridos de forma indireta ou geral,beneficiando, dessa

meneira, todos os bens ou serviços produzidos ou serviços prestados;

Ainda segundo o mesmo autor, além dos custos de produção, a empresa

incorre em custos de períodos, que são suas despesas de natureza não industrial.

Essas despesas são absorvidas totalmente na apuração do resultado, à medida que

vão acontecendo e sendo classificadas quanto cada função

O sistema dos custos dentro de qualquer sistema de produção é muito

importante pois trás grandes benefícios que levam à produção a usar métodos que

o mesmo utilizará para que seus custos sejam rateados com precisão para cada

aréa diferente , desde seus custos variáveis , fixos, ou seja, qualquer que sejam

mensurados com precisão obterá sucesso em sua produção.

Para Crepaldi (2001), o sistema de custo é um conjunto de procedimentos

administrativos que registra, de forma sistemática e contínua a efetiva remuneração

dos fatores de produção empregados no processo.

4 LEVEDURA

A levedura de cana de açúcar é um micro-organismo e tem a capacidade de

transformar o caldo de cana em etanol, por ser um ser vivo, ela se multiplica e é

vista como um subproduto deste processo.


De acordo com Baptista (2001), o Brasil, sendo um grande produtor de açúcar

e de álcool, possui um alto potencial de produção de levedura que pode ser

recuperada em destilarias e beneficiada em melaço ou caldo de cana para

enriquecimento de diversas dietas, através de rações específicas de animais e

peixes e também utilizadas em biorremediação e bioproteção.

Cada litro de etanol produzido é deixado como resíduo 30 gramas de levedura

seca, uma estratégia inteligente e rentável para evitar um acúmulo excessivo da

massa celular gerada durante a produção de etanol a qual é chamada de sangria.

A sangria trás benefícios, pois ajuda a manter a concentração de células em

processo estável no valor desejado e permite o controle sobre a idade média das

células de levedura em processo e mantém a população jovem .Industrializando a

levedura é possível obter um produto de alto valor nutritivo podendo chegar à mais

de 45% de proteínas e vitaminas do complexo B, manganês, magnésio, zinco e

ferro,além disso, a farinha de levedura é uma das fontes mais seguras de proteína

nas rações para animais.

O volume de sangria depende da condução do processo fermentativo e do

acréscimo que se obtém na fermentação de cada unidade, em função de seu nível

tecnológico. As leveduras lavadas necessitam ser novamente concentradas a teores

compatíveis com os processos de secagem.

Como o Brasil produz, anualmente, mais de 15 bilhões de litros de etanol, a

produção estimada de levedura seria de 450 mil toneladas e existe uma demanda

expressiva e crescente para a comercialização da levedura seca principalmente no

mercado internacional.

A remoção da massa excedente é uma prática necessária. O destino que se

dá pode variar em função da política da unidade, sendo o mais adequado tanto

técnico quanto economicamente, a secagem da mesma após a recuperação do

álcool presente nesta massa. Para Leone (1998), o controle das operações é o

principal objetivo de se estabelecer os custos, já que grande parte dos meios de

controle de um administrador vem de dados de custos.

Segundo Martins (2009), uma contabilidade de custos bem organizada é fator

primordial para que este faça a verificação entre o que foi planejado e o que está

sendo realizado na produção. O controle significa conhecer com aprofundamento as

informações dentro das organizações, estar ciente das divergências e procurar


corrigí-las o mais rápido possível. Assim, o sistema de custos é fundamental para se

obter o controle.

Quadro 1: Características Físico-Químicas e Organolépticas da levedura

AspectoPó fino de cor bege isenta de empedramento e

não é organismo geneticamente modificado

Cor Bege de padrões interno tipo 1,2,3,e 4

Cheiro Característico sem odor desagradável

Sabor Boa palatabilidade

g/Kg de Proteína(mínimo) 250, 330, 370, 400 ou 470

pH Mínimo 4,5

Umidade máximo60g/Kg

Cinzas máximo 80g/Kg

Fibra bruta máximo

30g/Kg

Dioxina máxima 500 pg/Kg (Especificação Técnica da Cal Virgem)

Fonte:Elaborado pelos autores,2014.

5 PESQUISA DE CAMPO

A Usina é um dos 10 maiores grupos sucroalcooleiros do Brasil, em atividade

há mais de 30 anos. Com capacidade instalada de moagem de mais de 10 milhões

de toneladas divide-se entre três Usinas, ambas as cidades localizadas no estado de

São Paulo, a maior região produtora de cana-de-açúcar do mundo.Entre os seus

principais produtos estão: açúcar, etanol, bioeletricidade e levedura. A Usina tem

uma estrutura amplamente verticalizada, controlando não só todos os processos


industriais, mas também todos os agrícolas, tais como o plantio, cultivo, colheita e

transporte da cana.

A Usina é totalmente focada no negócio sucroalcooleiro, dividindo a produção

entre açúcar e etanol. Utilizando o conhecimento do mercado internacional de

açúcar, a empresa utiliza cautelosamente as oportunidades do mercado futuro para

fixação e compra de opções, otimizando os preços, protegendo-se de exposições

perigosas às chamadas de margens, mas ao mesmo tempo, evitando derivativos

complexos.

O processo produtivo da levedura demanda de algumas etapas necessárias

antes da secagem.

Primeiramente, realiza-se a sangria do creme de levedura na saída das

centrífugas de fermento para o tanque de sangria, com concentração de 60%

seguindo o parâmetro descrito no procedimento operacional padrão e lição ponto a

ponto.

Após, o creme de levedura deve ser bombeado para as caixas de

maturação 1,2 e 3, registrando no FR ( Formulário de Registro) do POP

(Procedimento Operacional Padrão). O responsável por essa operação é o

controlador de separadora de centrífuga fermentador.

Nas caixas de maturação 1,2 e 3 o creme de levedura é submetido a um

processo chamado de fermentação endógena. Neste processo a levedura é

colocada em situação de stress, o que faz com que ela consuma suas próprias

reservas de carboidratos até a exaustão de todos esses açúcares. A conseqüência

desse fenômeno se traduz em aumento da quantidade de proteína celular. As

informações são registradas no FR.0492 - Registro de Sangria e Bombeamento.

Nesta etapa, o creme de levedura fica maturando por 20 a 24 horas.

Em seguida, a levedura ainda em estado líquido ,é enviada para o tanque

de diluição nº 1, onde se faz a diluição do creme, utilizando água e mantendo a

concentração do creme em 20 % v/v. Na seqüência, é enviado para a primeira

centrifugação para extrair álcool elevando a concentração de 20 % para 60% v/v.

Durante este processo, a levedura automaticamente vai sendo escoada por

gravidade para o tanque de diluição nº 2, onde novamente é diluído de 60% para

20% v/v utilizando água tratada.


http://www.intranet.netagro/Qualidade/Documentos/POP.320.A004.pdf

O acompanhamento qualitativo é realizado pela seção de Controle de

qualidade em cada etapa do processo conforme POP.303 (Procedimento

Operacional padrão).

Após este processo, a levedura é bombeada para o trocador de calor à

placas onde-se troca calor com vapor, elevando a temperatura para 80º à 90º C e

enviando para o tanque de fleche amento nº 3 para eliminar as bolhas de ar, e

seqüencialmente, para a segunda e última centrífuga, elevando a concentração do

creme de levedura de 20% para 80% efetuando novamente a extração de álcool.

Esta levedura com 80% de concentração e 80°C. novamente é escoada para o

tanque pulmão nº 4 e, posteriormente, bombeada para a câmara de secagem.

Durante todo estes processos são coletados amostras da levedura e da

vinhaça, e enviada ao Departamento de Garantia da Qualidade para analisar o

percentual de levedo na vinhaça ,o percentual de levedo no creme e o percentual

de álcool no creme para auxiliar no controle da produção e medir a eficiência do

processo produtivo, conforme os parâmetros descritos na LPP.POP.320.002. Os

registros são realizados no FR.0497 e o responsável desta operação é o Controlador

de Separadora Centrífuga e Controlador de Secador .

Tabela 1: Resultados analíticos de laboratório indicando a eficiência da fábrica.

Fonte :Usina de açúcar e álcool, 2014

Slack, Chambers e Johnston (2002) afirmam que o Just-in-Time (JIT) é uma

abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade e eliminar os

desperdícios, onde possibilita a produção eficaz em termos de custo, utilizando o

mínimo de instalações, equipamentos, materiais e recursos humanos.

Pode-se observar na tabela 1, que os dados apresentados onde o percentual

de eficiência de recuperação do levedo se manteve favorável no processo da


http://www.intranet.netagro/Qualidade/Documentos/POP.320.A005.pdf

http://www.intranet.netagro/Qualidade/Documentos/LPP.POP.320.002.pdf

http://www.intranet.netagro/Qualidade/Documentos/POP.303.pdf

levedura, evidencia que as técnicas de produção enxuta contribuem para a mitigação

do desperdício e qualidade sem perdas de produto no processo na etapa descrita.

O elemento básico do Sistema Toyota de Produção segundo Maximiano

(2008) é a eliminação de desperdícios, que consiste em fabricar com o máximo de

economia de recursos. Atualmente ,todas as áreas da empresa podem se beneficiar

da aplicação de princípios enxutos possibilitando a redução de custos, serviços de

alta qualidade e maior índice de entrega dentro dos prazos e condições desejados

pelo cliente.

A secagem da levedura é constituída pelo bombeamento do leite de levedura

em uma câmara de secagem, passando por um cabeçote atomizador que girando a

3500 RPM atomiza o creme de levedura em pequenas gotículas e combinado com

um fluxo de ar quente a 200 °C seca instantâneamente transformando o creme em

pó.

Na sequência ,este pó ( levedura seca) é retirada da câmara de secagem

por um sistema de exaustão por ciclones e enviado por roscas transportadoras ao

sistema de peneiração.

Neste ponto, é feito coletas de amostras compostas e analisada a

qualidade da levedura pelo setor de qualidade.

Segundo Ghinato (1996), o controle de qualidade determina a fabricação de

produtos livres de defeitos, por meio de um sistema capaz de conduzir uma postura

preventiva para qualidade do produto.

Após o processo de peneiração da levedura, a mesma é transportada para

o silo, ensacada em conteiner flexíveis e armazenada. O responsável pela operação

de secagem é um colaborador (operador de fabricação de levedura) e no ensaque

outro colaborador (operador de fabricação de levedura JR).

Figura 1 : Vista do processo de secagem levedura


Fonte: Usina de açúcar e álcool ,2014

Tabela 2: Custos etapa do processo

Fonte: Usina de açúcar e álcool , 2014

Os custos gerados no processo de fabricação estão diretamente ligados a sua

produtividade, a principal é a criação de uma seqüência definida das atividades para

um melhor acompanhamento dos custos em cada etapa do processo produtivo.


No Sistema Toyota de Produção (STP), a redução dos custos é uma das

técnicas, onde está associada à redução de perdas no sistema produtivo. Com isso,

a empresa que não consegue reduzir seus custos acaba sendo pouco competitiva

no mercado em relação a uma concorrente que aplica os conceitos do STP.

Pode-se evidenciar na Tabela 2, o demonstrativo dos custos diretos da

produção de levedura produzida no período da safra atual 2014, onde mostra os

custos planejados e os custos realizados na etapa do processo de secagem da

levedura.

Observa-se que o realizado da empresa foi maior que o orçado no período

devido aos gastos elevados com a manutenção, pois a vida útil dos equipamentos

no setor encontra-se com vários desgastes, sendo necessários reparos ou trocas

ocasionando aumento nos custos e produção ociosa.Evidenciando que a produção

enxuta contribuiu em algumas etapas do processo , contudo, não foi aplicada nesse

processo em virtude da avançada vida útil dos equipamentos não minimizando os

custos.

Segundo Padoveze (2004), orçamento pode ser entendido como a expressão

monetária e quantitativa de um plano, cujo objetivo, é atingir um resultado final,

anteriormente traçado pelos responsáveis pela sua elaboração, com a participação

de todos os setores da empresa.

CONCLUSÃO

Atualmente, as empresas buscam constantemente um diferencial competitivo

para se destacar no mercado, a Produção Enxuta torna-se uma excelente

ferramenta no auxílio da gestão de produção nas empresas, minimizando custos,

eliminando perdas e otimizando a produção.

Abordou-se na Usina, em atividade há mais de trinta anos de história, tendo

como objetivo fornecer ao cliente o melhor produto, visando sempre a qualidade e

preocupando-se com tudo o que está envolvido no processo desde a preparação até

o destino final do produto.

A Usina busca aplicar as técnicas de Produção Enxuta em algumas etapas de

seu processo produtivo, eliminando quaisquer tipos de perdas possíveis produzindo

com qualidade, contudo, a minimizando dos custos que possam ocorrer não foi


evidenciada na etapa do processo em virtude da avançada vida útil dos

equipamentos.

Para o futuro, almeja automatizar o processo da levedura, aproveitando ainda

mais seus lucros, qualidade e aumentando sua produtividade, o que mostra que a

empresa está em crescimento e tem visão de futuro.

REFERÊNCIAS

BAPTISTA, A.S. Saccharomyces cerevisiase em milho armazenado e o efeito na redução de aflatoxicoses. Piracicaba. Dissertação ( mestrado) – Escola superior de agrícultura Luiz de Queiroz, USP, 2001.

GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção: mais do que simplesmente Just-in-time. Caxias do Sul: EDUCS, 1996.

LIKER, J.K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.

MAGEE. D. O segredo da Toyota: Como a Toyota se tornou a n°1. Lições de Liderança da maior fabricante de automóveis do mundo. Tradução Bruno Alexander. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. 4 reimpr.São Paulo: Atlas, 2008

PADOVEZE, Clóvis Luiz. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 2004.

SLACK, N. CHAMBERS, S. JOHNSTON, R.Administração da produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção: do ponto de vista de engenharia de produção. Porto Alegre: Bookman, 1996


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