avaliaÇÃo institucional – um estudo de...

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – UM ESTUDO DE CASO DANIELLE F. ALBUQUERQUE FIC [email protected] CLÁUDIA LOPES FIC [email protected] Introdução A Avaliação Institucional é um processo imerso em aspectos ideológicos, políticos, econômicos, culturais, dentre outros. Conforme HUGUET[6], a Auto-Avaliação Institucional é um processo interno, configurado com padrões próprios da instituição, sem caráter público e sem propósito de comparação com outras instituições. RIBEIRO[7] evidencia a avaliação “como um instrumento fundamental para todo organismo social que busque desenvolvimento e qualidade. Para a universidade, instituição cuja razão de ser encontra-se na prestação de serviços de qualidade à sociedade, buscando sempre a excelência na produção, sistematização e democratização do saber. O propósito da Avaliação Institucional deve ser o de conduzir ao aperfeiçoamento constante dos empreendimentos humanos.”, conforme descrito em SUANNO[8]. De acordo com SUANNO [8], os princípios mais importantes da Auto-Avaliação Institucional são expressos pelos objetivos fundamentais de Auto-Referência, Auto-Análise e Auto- Desenvolvimento. Continua ele, a capacidade de Auto-Referência dos problemas e da realidade institucional é fundamental, pois todo processo genuíno de Auto-Avaliação institucional tem que levar em consideração os indicadores internos e externos, priorizando os indicadores internos que são relevantes para desenvolvimento da instituição.

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – UM ESTUDO DE CASO

DANIELLE F. ALBUQUERQUEFIC

[email protected]

CLÁUDIA LOPESFIC

[email protected]ção

A A va l i aç ão I n s t i t uc i ona l é um p r oce ss o imer s o em a s pec to s

i deo l óg i cos , po l í t i co s , e c onômic os , cu l t u r a i s , d e n t r e ou t r o s . C on f o r m e

H UG UE T[ 6 ] , a A u to - A va l i açã o I n s t i t uc iona l é um p r oce ss o i n t e r no ,

c on f igu r a do com pad r õe s p r óp r io s da i n s t i t u i ç ão , s em ca r á t e r púb l i co

e s em p r opós i t o de compa r ação c om ou t r a s i n s t i t u i ções . R I B EI R O [ 7 ]

e v ide nc i a a ava l i a çã o “como um in s t r ume n to f undam en ta l pa r a t odo

o r gan i s mo s oc i a l que bus que de se nvo lv im en to e qua l ida de . P a r a a

un ive r s ida de , i n s t i t u i çã o cu j a r azão de se r e ncon t r a - se na p r e s t açã o de

s e r v i ços de qua l idade à s oc i eda de , bus cando s empr e a exce l ênc i a na

p r odução , s i s t ema t i z ação e democr a t i z ação do s abe r . O p r opós i t o da

A va l i a ção I n s t i t uc iona l deve s e r o de conduz i r ao ape r f e i çoam en to

c ons t an t e dos empr ee nd ime n tos huma nos . ” , con f o r m e de sc r i t o em

S UA N NO [ 8] .

D e ac o r do com S U AN N O [ 8 ] , o s p r inc íp io s ma i s impor t an t e s da

A ut o - Ava l i a ção I n s t i t uc iona l s ão e xp r e s sos pe lo s ob j e t i vos

f undame n ta i s de A u to - R e f e r ênc i a , A u to - A ná l i se e Au t o -

D ese nvo lv im en to . C on t inua e l e , a c a pac i dade de A u to - R e f e r ênc i a dos

p r ob l em as e da r ea l i dade i n s t i t uc iona l é f undam en ta l , po i s t odo

p r oces s o genu íno de A u to - A va l i aç ão i n s t i t uc iona l t e m que l e va r em

c ons ide r a ção o s i nd i c ado r e s i n t e r nos e ex t e r nos , p r io r i zando o s

i nd i c ado r e s i n t e r nos que sã o r e l eva n t e s pa r a de se nvo lv im en to da

i ns t i t u i çã o .

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U ma das m e todo l og i a s u t i l i z ada s no p r oce ss o de A u to -

A va l i a ção I n s t i t uc iona l é a M e t odo log i a do Gr upo F oca l que

poss ib i l i t a i de n t i f i c a r , ana l i s a r e e n t ende r a r ea l i dade i n s t i t uc iona l

u t i l i z a ndo - se de i nd i c ado r e s i n t e r nos e ex t e r nos , com ên f a s e nos

i nd i c ado r e s i n t e r nos , c ons t r u ídos de f o r ma pa r t i c i pa t i va e va l o r i zando

a aná l i se h i s tó r i ca de ou t r o s mom en tos a va l i a t i vos v iv idos na

i ns t i t u i çã o .

É f undam en ta l e m um p r oc ess o de A va l i açã o oco r r e r à

pa r t i c ipa ção e f e t i va da comun i dade i n s t i t uc i ona l , po i s e s t a a s se gu r a a

A ut o - Aná l i s e : a i n s t i t u i çã o se pens a , r epens a e v i ab i l i z a p l anos de

a çã o que imp l iquem em m udança e de s envo lv im en to . A A va l i ação

I n s t i t uc iona l a pa r t i r da s con t r i bu i ções dos p r inc í p io s m e todo lóg i cos

da i n s t i t u i ç ão de ens ino s upe r i o r a s segu r a e p r iv i l eg i a o d i s cu r s o e a s

pe r ce pções dos a to r e s s oc i a i s da r ea l i da de e s t udada . A pa r t i c ipaç ão é

r ea l em um p r oce ss o de A u to - A ná l i se , co l e t a ndo , ana l i s ando e

e mi t i ndo pa r ec e r f r e n t e à s i n f o r m açõe s l eva n t ados e m e n t r ev i s t a s

c o l e t i va s em uma pe r spe c t i va sóc io - qua l i t a t i va .

O u t r o ob j e t i vo f undamen t a l da Ava l i aç ão I n s t i t uc iona l

e xp l i c i t a a na t u r eza do p r oc es so que é a nec ess ida de de po t enc i a l i z a r

e de s envo l ve r a s pe s soa s da i n s t i t u i ção e , conse qüen te men te a p r óp r i a

i ns t i t u i çã o . O G r upo F oca l po r se r um a t é cn i ca sóc io - qua l i t a t i va ,

c o l e t i va , d inâmi ca e que p r omove a s i ne r g i a e n t r e o s com ponen te s do

g r upo inves t i gado , va l o r i za a pa l av r a dos a to r e s s oc i a i s r e conhece ndo -

os c omo exper t d e sua p r óp r i a r ea l i dade o que p r op i c i a o A u to -

D ese nvo lv im en to .

O p r óp r i o a to de ava l i a r é um mome n to i n t enc iona lm en te

pedagóg i co e de po t enc i a l i z aç ão dos r ecu r s os huma nos , t oma ndo- se

c omo A u to - R e f e r ênc i a , e a l canç ando a A u to - A ná l i se pa r a a s s im s e

de s envo lve r e busc a r a exc e l ê nc i a . O A u to - D es envo lv i men to t r a z a s

d i r e t r i z e s pa r a mudanç as que con t r i buem pa r a o ape r f e i çoam en to ,

de s enhando po l í t i c a s e p l ane j amen t os , r ed i mens ionado r ecu r s os ,

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a co r dos de coope r ação i n t e r i n s t i t uc iona i s e ou t r a s ações que

i nc r e men t am a qua l ida de aca dêmic a .

U ma in s t i t u i ç ão que s e p r oponha v i ve r um p r oce ss o de A u to -

A va l i a ção I n s t i t uc iona l p r ec i sa r á p l ane j a r a s e t a pas de s t e p r oce ss o a

f im de a l c ança r suc es so , s e ndo e s t a s : p r epa r ação ; e l abo r aç ão do

p r o j e t o ; de o r ga n i zaç ão do p r oces s o ; de c ondução do p r oce ss o ;

r e s u l t a dos e i n f o r mes ; va l i da ção ; p l ano de a ções e t om ada de de c i s ões

e m um a lóg i ca pe r m anen t e .

O s ma io r e s p r ob l ema s da Ava l i aç ão I n s t i t uc i ona l , t a l com o e s t a

vem s endo i mp la n t ada e m d ive r so s con t e x to s un ive r s i t á r i o s , e s t ão

v incu l ados : à f a l t a de capac i t a ção e p r e pa r açã o adequada da equ ipe

a va l i ado r a ; à c e n t r a l i dade do p r oc ess o na f o r m u laç ão de um

d i agnós t i co que não s e r e ve r t e e m im p lem en taç ão de m udanças ; à

c renç a de que o s ques t i oná r io s sã o i n s t r ume n tos que a s se gu r am a

pa r t i c ipa ção ; r e su l t ados s em con t inu ida de , s em va l idaç ão de pa r e s

e x t e r nos .

A A va l i ação I n s t i t uc i ona l pode u t i l i z a r - s e de d i f e r en t e s

i ns t r ume n tos pa r a co l e t a e aná l i s e dos dados e i n f o r ma ções .

C ompr ee nde - s e a A va l i ação I n s t i t uc iona l com o m ecan i sm o de

p r odução , de s envo lv i men t o c i en t í f i co e de j u í zo de va lo r s ob r e a

un ive r s ida de , o p r oces s o ava l i a t i vo , a s r e l açõe s humana s

i ns t i t uc iona l i z adas , den t r e ou t r o s .

P o r se r uma t é cn i ca pa r t i c i pa t i va , d i nâmi ca , a t i va , de ade são

vo lun t á r i a e não pun i t i va f az com que e l a s e t o r ne a t r a en t e ,

c onv ida t i va , mo t i vando o s a to r e s s oc i a i s a e s t a r em pa r t i c ipa ndo .

F undamen t a l s e f az que s e j a f e i t o um p r oce ss o de s ens ib i l i z a ção da

c omun i dade ac adêm ica pa r a o p r oces s o ava l i a t i vo e com es t e a

opo r tun ida de de de s envo l v ime n to pe s s oa l e i n s t i t uc iona l .

A F ac u ldade I n t e g r ada do C ea r á – F I C t e m como ob j e t i vo

p r omove r a Educaç ão S upe r io r , e m todas a s moda l ida des , f o r m ando

p r o f i s s i ona i s c apaz es de con t r i bu i r pa r a o de s envo lv i men t o da r eg i ão

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e do pa í s , com a con t í nua m e lho r i a do ens ino , a v i ab i l i dade f i nanc e i r a

e a s a t i s f ação dos s eus a l unos . P a r a a l ca nça r o ob j e t i vo s up r ac i t ado , a

F I C c r iou , em Nove mbr o de 2004 , um a C omis s ão P r óp r i a de Ava l i aç ão

– C P A, pa r a r ea l i z a r a sua Ava l i aç ão I n s t i t uc iona l .

A A va l i ação I n s t i t uc i ona l a pa r t i r da s con t r i bu i ç ões da

M e todo log i a da F I C t em ca r á t e r pedagóg i co , f o r m a t i vo , po i s é um a

e xpe r i ênc i a s oc i a l s i gn i f i c a t i va que f o r ma va l o r e s e p r omove mudanç a

da cu l t u r a ava l i a t i va , po t e nc i a l i z a ndo o de s envo lv im en to humano e

i ns t i t uc iona l . A ên f a s e do p r oce ss o ava l i a t i vo é qua l i t a t i va , po i s a

F I C t e m po r p r opós i t o en t e nde r p r oc es sos de cons t r uç ão da r ea l i da de

de um g r upo s oc i a l m ed ian t e co l e t a e i n t e r p r e t aç ão em p r o f und i dade e

de t a lhada a f im de de t ec t a r c ompor t am en tos s oc i a i s e p r á t i c a s

c o t i d i ana s . A t éc n i ca qua l i t a t i va é com b inada à quan t i t a t i va a t r avés

da u t i l i z ação de dados sec undá r io s s ob r e a I n s t i t u i çã o e s eus

m em br os .

A M e t odo log i a im p lem en ta da pe l a F I C t r aba lha com

i nd i c ado r e s i n t e r nos e ex t e r nos , po i s no con t ex to c on t em por âneo não

dá pa r a nega r a po l í t i c a do s i s t em a na c iona l de ava l i a ção e s ua l óg i c a

i deo l óg i ca . Ao t r a t a r do t ema Ava l i aç ão I n s t i t uc iona l na s

un ive r s ida des , SU A NN O comen t a que : “ a A va l i ação I n s t i t uc i ona l de

uma un i ve r s idade t e r á que e s t a r s empr e r e l a t i v i z ando a s i n t e r - r e l a ções

e x i s t e n t e s nos p r oces sos acadê micos . No en t a n to , t e r á t am bém que

a va l i a r o a t end im en to à s expe c t a t i va s da s oc i edade na qua l e s t á

i ns e r ida , s e m pe r de r de v i s t a s ua s f unções de ens ino , pe squ i sa e

e x t e nsã o . ”

V a l e pon t ua r m a i s um a vez que , o s p r i nc íp i o s f undame n ta i s da

A va l i a ção I n s t i t uc iona l pa r a a boa i n s t r umen t a l i z açã o do p r oces so

s ão : g loba l ida de ; con t inu ida de ; ade sã o vo lun t á r i a ; l eg i t im i dade ;

c red i b i l i dade ; de n t r e ou t r o s . E ss e s p r inc í p io s sã o a t i ng idos em

pa r ce r i a com os ob j e t i vos f unda men ta i s de A u to - R e f e r ê nc i a , A u to -

A ná l i s e e Au t o - Des envo l v ime n to .

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E s t e t r aba l ho e s t á s egme n tado da s egu i n t e f o r ma : na p r im e i r a

s eção e s t ão o s t r aba lhos r e l ac i onados , de s c r eve ndo o s ó r gã os do

gove r no que de t e r mi nam a s d i r e t r i z e s da s Ava l i aç ões I n s t i t uc iona i s .

N a s egunda s eção ap r e s en t amos um e s tudo de ca s o da A va l i ação

I n s t i t uc iona l da F acu lda de I n t eg r ada do C ea r á – F I C , nos mo lde s do

S I NA ES – S i s t em a N ac iona l de A va l i açã o da Educa ção S upe r io r . N a

ú l t i ma s eç ão ap r e s en t amos a conc lu s ão e t r a ba lhos f u tu r o s .

Trabalhos Relacionados

O cená r io nac iona l e x ige da s I n s t i t u i çõe s de Ens ino S upe r io r -

I ES r e spos t a s que pos s ib i l i t e m a c apac i t a çã o de pe s s oas com pe r f i s

i novado r e s e i n t e i r ame n te o r ig ina i s . S endo a s s i m , o s p r oces sos

a va l i a t i vos , s e j a em âm b i to de po l í t i c a s , de i n s t i t u i ções , de cu r s os , ou

de qua lque r ou t r a d im ens ão do p r oces s o educ ac iona l , d e spon t am como

a çõe s da m a i s a l t a r e l evânc i a t endo em v i s t a s ua i mpor t â nc i a como

m ome n to de r e f l exão da s a t i v i dades educac iona i s r e a l i z adas e aná l i s e

d i agnós t i c a , bem como de f in i ção de a ções e a t i t ude s nece ss á r i a s ao

a pr im or ame n to e me lho r i a da qua l i dade do e ns i no e a t e nd ime n to ao

pe r f i l p r o f i s s i ona l r e que r ido pe l o mer c ado e a s oc i edade .

A F ac u ldade I n t e g r ada do C ea r á , e nvo lv ida na busc a dos

ob j e t i vos p r opos t o s , r e p r e s en t a um con jun t o de a t i v idade s que v i s a

poss ib i l i t a r o con t ínuo a j u s t e da s ações em cons onânc i a com a s

d i r e t r i z e s do s eu P r o j e to P edagóg ic o . D a í pode r - s e a f i r ma r que a

A va l i a ção r eves t e - s e de ca r á t e r d i a lóg i co , a o bus ca r a pa r t i c ipaç ão de

t odos o s m embr os da c omun idade , s e j a du r an t e o p r oce d imen t o de

a va l i a çã o p r op r i amen t e d i t a , s e j a na u t i l i z aç ão de s eus r e su l t ados de

m odo que o c on jun to de ava l i ado r e s - ava l i ados não s e ca r ac t e r i ze po r

pos i ções a n t agôn i ca s , m as f ac e t a s comuns a t oda e qua lque r pa r t e

i n t e g r an t e da o r gan i z ação .

N a FI C bus ca - s e o l eva n t am en to pa r t i c ipa t i vo de i n f o r maç ões ,

u t i l i z a ndo - se da con junç ão de mode lo s de ava l i a ç ão r e s pons i va , de

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m odo a be ne f i c i a r - s e não ape nas de r e s u l t a dos i n t enc iona lm en te

p r oduz idos , ma s t ambém aque l e s que , embor a ex t r em ame n te

s i gn i f i c a t i vos , i nvo lun t a r i ame n te s e f az em obs e r va r .

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Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAESA C omi ss ão N ac i ona l de Ava l i aç ão da Educ ação S upe r i o r –

C ON A ES é o ó r gão c o l eg i ado de coo r de nação e supe r v i sã o do S i s t ema

N ac iona l de A va l i ação da Educa ção S upe r io r S I N AE S , i n s t i t u ído pe l a

L e i n º 10 .861 , de 14 de A br i l de 2004 . A C ON A ES pos s u i a s se gu in t e s

a t r i bu i çõe s :

• P r opo r e ava l i a r a s d inâ mic as , p r oce d imen t os e mec an i s mos

da ava l i a ção i n s t i t uc i ona l , d e c u r sos e de de s empe nho dos

e s tudan t e s ;

• E s tabe l ece r d i r e t r i z e s pa r a o r gan i zaçã o e de s ignaç ão de

c omi ss ões de ava l i a ção , ana l i s a r r e l a tó r i o s , e l abo r a r

pa r ec e r e s e enca minha r r ecome ndações à s i n s t â nc i a s

c ompe ten t e s ;

• F or mu la r p r opos t a s pa r a o de s envo lv i men t o da s i n s t i t u i ções

de educaç ão s upe r i o r , com bas e na s aná l i s e s e

r ecom endaçõe s p r oduz idas nos p r oc es sos de ava l i a ção ;

• A rt i cu l a r - s e com os s i s t em as e s t adua i s de ens ino , v i s ando a

e s t abe l ece r a ções e c r i t é r i o s c omuns de ava l i a ç ão e

s upe r v i s ão da educ ação s upe r i o r ;

• S ubme te r anua lme n te à a p r ovação do M in i s t r o de Es t a do da

E duca ção a r e l açã o dos c u r sos a cu j o s e s tudan t e s s e r á

a p l i c ado o E xame N ac iona l de D es empe nho dos E s t udan t e s

E NAD E;

• E la bo r a r o s eu r e g ime n to , a s e r ap r ovado em a to do

M in i s t r o de E s t ado da E ducaçã o ;

• R ea l i za r r eun i ões o r d iná r i a s m ens a i s e ex t r ao r d iná r i a s ,

s empr e que convocada s pe lo Mi n i s t r o de E s t ado da

E duca ção .

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES

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I n s t i t u ído pe l a l e i no 10 .861 , de 14 de ab r i l d e 2004 , o

S I NA ES [ 3 ] f unda men t a - s e na nec ess ida de de p r om ove r a me lho r i a da

qua l i dade da e ducaçã o s upe r io r , a o r i en t ação da expans ão da s ua

o f e r t a , o aumen t o pe r ma nen te da sua e f i cá c i a i n s t i t uc iona l , d a s ua

e fe t i v ida de aca dêmic a e s oc i a l e , e spec i a l men t e , do ap r o f undam en to

dos s eus com pr omis s os e r e spons ab i l i da des s oc i a i s . P o r s e t r a t a r de

uma l e i f e de r a l o S I N AE S r ep r e sen t a ago r a uma po l í t i c a de Es t ado

pa r a a ava l i a ção da s i n s t i t u i ções de ens ino s upe r i o r b r a s i l e i r a s , a

o r i en t a r a s po l í t i c a s de gove r no pa r a t a l f i m . O s p r i nc íp i o s

f undame n ta i s do S I N AE S s ão :

• R e spons ab i l i dade soc i a l c om a qua l idade da educa ção s upe r io r ;

• R e conhec i men t o da d ive r s ida de do s i s t ema ;

• R e spe i to à i den t i dade , à m i s sã o e à h i s tó r i a da s i n s t i t u i ç ões ;

• G loba l idade , i s t o é , compr e ens ão de que a i n s t i t u i ção deve s e r

a va l i a da a pa r t i r de um con jun t o s i gn i f i c a t i vo de i nd i c ado r e s de

qua l idade , v i s to s em s ua r e l açã o o r gân i ca e não de f o r m a

i so l ada ;

• C on t inu ida de do p r oces s o ava l i a t i vo .

A C om is sã o P r óp r i a de Ava l i a ção – C P A , ne s s e c on t ex t o , v i s a

a te nde r à nec es s i dade da r e e s t r u tu r aç ão do s i s t ema de ava l i a ç ão do

e ns ino supe r i o r na c iona l , d en t r o da s novas d i r e t r i z e s do a tua l

G ove r no , o qua l e x t i ngu i u o E xam e N ac iona l de C ur s os ( P r ovã o ) , e

i mp l an tou o S i s t e ma N ac i ona l de Ava l i aç ão da E ducaçã o Supe r io r

( S I NA ES ) , com pos t o de t r ê s p i l a r e s :

• R e spe i to à i den t i dade , à m i s sã o e à h i s tó r i a da s i n s t i t u i ç ões ;

• G loba l idade , i s t o é , c ompr eens ão de que a i n s t i t u i ç ão deve s e r

a va l i a da a pa r t i r de um con jun t o s i gn i f i c a t i vo de i nd i c ado r e s de

qua l idade , v i s to s em s ua r e l açã o o r gân i ca e não de f o r m a

i so l ada ;

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• C on t inu ida de do p r oces s o ava l i a t i vo .

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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP

R e a l i z ada pe l o I NE P , a Ava l i a ção I n s t i t uc iona l t e m po r

ob j e t i vo ve r i f i c a r a s c ond ições ge r a i s de f unc iona men t o dos

e s t abe l ec i men t os de educaç ão supe r io r .

A A va l i aç ão I n s t i t uc i ona l apo i a - s e na aná l i se de t oda s a s

i n f o r ma ções r e l a t i va s à i n s t i t u i ção e na ve r i f i c aç ão , i n l oc o , r e a l i z ada

po r uma c omis s ão de ava l i a do r e s .

A s i n f o r ma ções apu r adas pe l a A va l i ação I n s t i t uc i ona l

s ubs id i am o M in i s t é r i o da Educaç ão na s dec i sõe s sob r e

c rede nc i am en to e r e - c r ede nc i am en to da s i n s t i t u i ções de educa ção

s upe r io r .

U m dos p r inc ipa i s ob j e t i vos da Ava l i a ção I n s t i t uc iona l é

ve r i f i c a r a e xecuçã o do P l ano de D es envo lv i men t o I n s t i t uc iona l

( P DI ) , que c on t em p la ob j e t i vos , me ta s e a ç ões da s o r gan i za ções .

O ut r o a spec to f undamen t a l é a ve r i f i c a ção da qua l i f i c açã o e da s

po l í t i c a s de va lo r i z ação dos p r o f e s s o r e s . A i n f r a - e s t r u tu r a do

e s t abe l ec i men t o de ens ino e a o r gan i zaçã o i n s t i t uc i ona l , como a

ge s t ão a cadêm ica e a s a t i v idades de e ns i no , pe squ i sa e ex t ensã o ,

t am bém e s t ão i nc l u ída s na a f e r i çã o .

Princípios da Avaliação Institucional

• S er con t í nua e o r gan i zada em c i c lo s anua i s ;

• C on ta r com a pa r t i c ipaç ão a mp la da comun i dade aca dêmic a

e m t odas a s e t apa s da ava l i a ção r e su l t ados ;

• F oca l i za r o p r oce ss o de a u to - ava l i aç ão nas d i r e t r i z e s do

P l ano de D es envo l v imen t o I n s t i t uc iona l e no P r o j e t o

P edagóg ic o I n s t i t uc iona l ;

• T er f oco nos p r oces s os co l e t i vos , e não na ava l i a çã o do

i nd iv í duo ;

• U t i l i z a r , com o m a io r g r au de i n t eg r aç ão pos s íve l , m é todos

qua l i t a t i vos e quan t i t a t i vos de ava l i a ç ão ;

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• S er cons t i t u ída de mé todos de s im p le s en t end ime n to e

a dmi n i s t r aç ão ;

• S er adap t áve l à s ne ces s i dades e c a r ac t e r í s t i c a s da F I C ao

l ongo de s ua e vo lução ;

• A ss i s t i r à i n s t i t u i çã o na ava l i a çã o e adequa ção dos

p r inc í p io s e mi s s ão da un i ve r s idade , bem com o se u P l ano de

D ese nvo lv im en to I n s t i t uc iona l ;

• C r ia r um a cu l tu r a de a va l i a ção e m toda a i n s t i t u i çã o ,

f oca l i z ada na cons t an t e me lho r i a e r e novação de suas

a t i v idade s ;

• F or nece r à ge s t ão i n s t i t uc i ona l , ao pode r púb l i c o e à

s oc i eda de uma a ná l i se c r í t i c a e c on t ínua da e f i c i ênc i a ,

e f i c ác i a e e f e t i v ida de aca dêmi ca da F I C .

Tipos de Avaliação

• A va l i a ção ex t e r na

• A va l i a ção i n t e r na

• A ut o - ava l i açã o do Di sc en t e

• A va l i a ção de C l ima Or ga n izac iona l

• A va l i a ção do D ocen t e

Faculdade Integrada do Ceará – Um estudo de caso

A Faculdade

A F acu l dade I n t e g r ada do C ea r á i n i c i ou a s s ua s a t i v ida des

a ca dêmic as no d i a 08 de agos to de 1998 com os cu r s os de g r adua ção

e m A dmin i s t r ação , com hab i l i t a ção em Adm in i s t r a ção Ho t e l e i r a ,

C i ênc i a s C on t ábe i s e T u r i s mo , f unc ionando no e nde r eço que se s i t ua o

C o lég i o B a t i s t a . Em 2000 , s e t r an s f e r iu pa r a a U n idade Mor e i r a

C ampos s i t ua da à R ua V ic en t e L inha r e s , n º 308 , o f e r ecendo novos

c ur s os de g r aduaçã o em : Adm in i s t r aç ão , na s hab i l i t a ções :

A dm in i s t r a ção G e r a l , C omér c io Ex t e r io r , M ar ke t ing , Educ ação F í s i c a ,

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F i s io t e r a p i a , e S i s t emas de I n f o r m ação . N o in í c io de 2001 , pa s sou a

o f e r t a r o s c u r so s de : C om un ica ção Soc i a l , n a s ha b i l i t a ç ões :

J o r na l i s mo e Pub l i c i dade e P r opaga nda . Em 2002 , deu i n í c io à s

a t i v idade s ac adêm icas do C ur s o de D i r e i t o , i n t eg r a l i z ando , de s s a

f o r ma , 12 c u r sos de g r adua ção .

A inda em 2002 , i nco r po r ou , a t r a vés de p r oces s o de

t r an s f e r ê nc i a de man t ença j un to ao ME C , v i n t e cu r s o s supe r io r e s de

f o r maç ão e spe c í f i c a m an t i da pe l a S oc i eda de de Ens ino S upe r io r

E s t ác io de S á , ag r egando uma nova un idade , a U n idade B en f i c a ,

pa s sa ndo , de s t a f o r ma , a o f e r ec e r o s se gu in t e s cu r s o s se qüenc i a i s ,

c om du r açã o de 2 a nos : A ná l i se de S i s t em as I n f o r ma t i za dos , P r o j e t o e

D ese nvo lv im en to de S o f t wa r e , P r o j e to e I mp l eme n taçã o de A mbie n t e s

de I n t e r ne t , P r o j e to e I mp l eme n taçã o de R edes de C om pu tado r e s ,

G es t ão E s t r a t é g i ca de Ne góc io s e m T e le comun i caçõe s , C on t r o l a do r i a

E mpr e sa r i a l , G es t ão de I n s t i t u i ç ões F inanc e i r a s , Ge s t ão de N egóc i o s e

A va l i a ção de R i sc os , G es t ão de Ne góc io s Tu r í s t i co s e H o te l e i r o s ,

G es t ão de O br a s C i v i s , G es t ão de Se gu r os , Ge s t ão de C omé r c io

E x te r io r , G es t ão e L og í s t i c a de T r anspo r t e de C a r ga , Ge s t ão

E s t r a t ég i c a de Em pr es a s , Ges t ã o Es t r a t ég i ca de V endas , Ge s t ão

E s t r a t ég i c a de R ec u r sos H uma nos , Ge s t ão H os p i t a l a r , Ge s t ão ,

O rga n i za ção e P r omoç ão de Eve n to s , T écn i c a s da I n f o r maç ão e

M ar ke t i ng Es t r a t ég i co , A mbi en t a ção e D es ign de I n t e r io r e s . As s im , a

F I C aumen t ou a s ua con t r i bu i çã o pa r a a de mocr a t i z a ção de a ce s so à

f o r maç ão s upe r io r e , c onse qüen tem en te , ao conhec imen t o , à p r á t i c a , à

qua l i f i c a ção pa r a o mer ca do de t r aba lho , l e vando em c on ta o pe r f i l , a s

pecu l i a r i dades e a cu l t u r a da r eg i ão . N es t e mes mo ano , o M in i s t é r i o

da Educaç ão r e conhece u o s c u r so s de A dmin i s t r açã o H o te l e i r a ,

C i ênc i a s C on tábe i s e Tu r i sm o .

E m 2002 , a F I C ina ugu r ou o campus Vi a C or pus , t r an s f e r indo

o s s egu in t e s cu r s o s de g r aduaç ão : Educaç ão F í s i ca , F i s i o t e r ap i a e

C omun ic ação S oc i a l , n a s ha b i l i t a çõe s : Jo r na l i s mo e P ub l i c ida de e

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P r opaganda pa r a me l ho r a t ende r a s nec es s i dades qua ndo do

des envo lv i men t o da s a t i v i dades a cadêm ica s dos cu r s os s up r ac i t ados .

E m 2003 , o s cu r s o s de A dmi n i s t r aç ão , na s hab i l i t a ções e m:

A dm in i s t r a ção G e r a l , C omér c io Ex t e r io r e M ar ke t ing , de E ducaç ão

F í s i ca , F i s io t e r ap i a e S i s t ema s de I n f o r m açã o f o r am r ec onhec idos pe lo

M in i s t é r i o de Educ ação e , em 2004 , o C u r s o de C omun i caçã o Soc i a l ,

n a s hab i l i t a ções : J o r na l i sm o e P ub l i c idade & Pr opa ganda .

A M is sã o da F acu lda de I n t eg r a da do C ea r á é " p r omove r a

E duca ção Supe r io r , e m todas a s moda l idades , f o r mando p r o f i s s i ona i s

c apa zes de con t r i bu i r pa r a o de s envo lv i men to da r eg i ã o e do pa í s ,

busc ando s em pr e a m e lho r i a do ens ino , a v i ab i l i dade f i nanc e i r a e a

s a t i s f aç ão dos s eus a lunos " e a V i sã o da F I C é " to r na r - s e um C en t r o

U ni ve r s i t á r i o , a t é o a no de 2007 , s endo r econhec ida como uma

i ns t i t u i çã o de r e f e r ê nc i a no c ená r i o educac iona l " .

A F ac u ldade I n t e g r ada do C ea r á o r i en t a s uas aç ões de aco r do

c om os pa r a d igmas que no r t ea r ão e s t e mi l ên i o : i novaç ão , an t ec ipa ção

e exc e l ênc i a .

I nova na med i da em que u t i l i z a e s t r a t é g i a s , p r oces s os ,

c on t r o l e s e ava l i a ç ões de aco r do com os mode r nos p r inc í p io s da

pedagog i a e da s o r gan i zaçõe s m ode r nas .

A n te c ipa - s e , quando o f e r ece , com bas e na aná l i se de cená r io s

f u tu r o s , c u r so s r e gu l a r e s , de e x t ens ão e p r og r a mas d i f e r enc i ados , que

s ão e s se nc i a i s pa r a a f o r ma ção de um novo p r o f i s s i ona l , que e s t e j a

a p to a compe t i r no me r cado de t r aba l ho , a t ua l e f u tu r o , c on t r i bu i ndo

des sa f o r ma pa r a o p r og r e s so de noss o Es t ado e do pa í s .

F ina lme n te , busc a a exc e l ênc i a do s eu p r oces so educa c iona l ,

a t r a vés de um p r o j e to peda góg ico mode r no , com a t i v i dades

pe r ma nen te s que e nvo lvem es tudo em b ib l i o t ec a , pe squ i sa na I n t e r ne t ,

a u l a s p r á t i c a s , v i s i t a s t é cn i ca s , pa l e s t r a s e s em iná r io s , co loca ndo em

p r ime i r o p l ano a qua l ida de dos s e r v i ços e , cons eqüen t emen t e , a

s a t i s f aç ão dos a lunos .

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A Comissão Própria de Avaliação - CPA

A C P A t em como f ina l i dade me lho r a r o de sem penho da

I n s t i t u i ção como um todo , nos a s pec to s e s t r u tu r a i s e a cadê mic os ,

t an t o no co r po de f unc i oná r io s com o no co r po docen t e da i n s t i t u i ção .

O ob j e t i vo a s e r a l c ançado t e m c omo m e ta o de s envo lv im en to

e duca c iona l da i n s t i t u i ç ão como um todo , e po r ba se a s a va l i a ções

pa r a me l ho r a r o cam po de f e r ido med i an t e e so l i c i t ado pe lo ó r gão que

a dmi n i s t r a a ge s t ão de s s a s i n s t i t u i ções . A C PA obede ce à s d i r e t r i z e s

do I NE P a se gu i r :

• C ons t i t u i ção po r a to do d i r i gen t e máx i mo da i n s t i t u i ção de

e ns ino s upe r io r , ou po r p r e v i s ão no se u p r óp r io e s t a tu to ou

r eg im en to , a s se gu r ada a pa r t i c ipaçã o de t odos o s segm en tos

da com un idade un i ve r s i t á r i a e da soc i edade c iv i l

o r gan i z ada , e ve dada a c ompos i ção que p r iv i l eg i e a ma i o r i a

a bs o lu t a de um dos s egmen t os ;

• A tuaçã o au t ônoma em r e l a ção a c onse lhos e dema i s ó r gãos

c o l e g i ados ex i s t e n t e s na i n s t i t u i ção de e ducaçã o supe r i o r .

A C P A na F acu l dade I n t eg r a da do C ea r á i n i c iou o s t r a ba lhos a pa r t i r do mês de N ovembr o de 2004 . A ba ixo e s t á de s c r i t a a a genda da C P A.

Tabela 1: Agenda de Ações da CPANovembro de 2004

Janeiro de2005

Fevereiro de 2005 Março de 2005 Abril de 2005

Constituição da Comissão Própria de Avaliação da FIC;

Apresentação de seminário à comunidade acadêmica sobre a estrutura do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior e da auto-avaliação institucional;

Elaboração e envio ao INEP do programa de avaliação institucional da CPA;

Reuniões setoriais para apresentação das ações da CPA;

Reuniões setoriais para apresentação das ações da CPA;

Maio de 2005 Maio a Junho de 2005

Agosto de 2005 Setembro aNovembro 2005

Dezembro 2005

Reformulação do programa de avaliação institucional;

Implementação do processo de coleta de dados quantitativos da instituição e elaboração das ferramentas computacionais para a aplicação e análise dos questionários à comunidade acadêmica;

Elaboração do primeiro relatório parcial da avaliação institucional;

Aplicação das demais metodologias de avaliação institucional e início da elaboração de análises de inferência sobre as dimensões previstas no projeto. Elaboração do segundo relatório parcial da avaliação institucional;

Finalização das análises sobre as dimensões previstas no projeto. Meta-avaliação do processo executado e elaboração do primeiro relatório final de avaliação institucional.

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A Avaliação

A A va l i aç ão I n s t i t uc i ona l s e f az nec ess á r i a e m qua lque r

s i t uaç ão e m que e f e t i va men t e há von ta de de ape r f e i çoa men t o e

c ompr om is so s oc i a l com a s oc i e dade .

V i sa ndo o ape r f e i çoam en to da F ac u ldade I n t e g r ada do C ea r á , o

p r oces s o de p r epa r a ção da a va l i a ção i n t e r na i n i c i ou no mês de m a io

de 2005 , com o des c r i t o na T abe l a 2 :

Tabela 2: Agenda de Preparação da Avaliação InternaData Ação25/05/2005 Reunião com membros da CPA para apresentação do instrumento de

avaliação26/05/2005 Reunião com fiscais da avaliação na unidade Moreira Campos27/05/2005 Reunião com fiscais da avaliação na unidade Via Corpus28/05/2005 Aviso aos professores sobre a Avaliação Institucional31/05/2005 Aplicação da Avaliação Institucional na unidade Moreira Campos03/06/2005 Aplicação da Avaliação Institucional na unidade Via Corpus

A logística de aplicação da avaliação está descrita na Tabela 3.

Tabela 3: Logística de Aplicação da AvaliaçãoAçãoReunião com membros da CPA para apresentação do instrumento de avaliaçãoReunião com fiscais da avaliação na unidade Moreira CamposReunião com fiscais da avaliação na unidade Via CorpusAviso aos professores sobre a Avaliação InstitucionalAplicação da Avaliação Institucional na unidade Moreira CamposAplicação da Avaliação Institucional na unidade Via Corpus

A a p l i c ação das a va l i a ções na s duas un i dades oco r r e u de f o r ma

e spon tâne a e s ec r e t a . Aos a lunos ou p r o f e s so r e s que nã o qu i s e r a m

a va l i a r a i n s t i t u i ção , nã o houve qua lque r t i po de pun ição ou

m ar c ação . P o r ca usa d i s s o , t r aba lhos o s dados de f o r ma cens i t á r i a ,

c om um a po r cen t agem mín i ma de 30% de ava l i a çõe s .

A lgum as das pe r gun ta s f e i t a s na s ava l i a ções pa r a o C o r po

D oc en te são :

• A s sa l a s de au l a ou amb i en t e s co r r e s pondem às

nece ss idade s ( i l umi nação , ve n t i l a ção , e spa ço mob i l i á r i o ,

a cús t i c a , r u ídos , e t c ) ?

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• O m a te r i a l de apo io d i dá t i co ( r e t r op r o j e to r e s , v í deo , e t c ) é

s u f i c i e n t e e e s t á d i s pon íve l pa r a a s d i sc ip l i na s do c u r so ?

• A b ib l i o t e ca poss u i a ce r vo adequa do e s u f i c i en t e pa r a a s

d i s c ip l i na s ?

• A s cond içõe s ma t e r i a i s pa r a a s a t i v i dades p r á t i c a s e / ou

pe s qu i s a ( l a bo r a tó r io , s a l a s , compu t ado r e s e ou t r o s ) s ão

s u f i c i e n t e s e ap r op r i ados pa r a o de s envo l v ime n to da s

d i s c ip l i na s ?

• A I ns t i t u i ç ão p r omove cu r sos de c apac i t a ç ão docen t e ?

A lgum as pe r gun ta s f e i t a s na s ava l i a çõe s pa r a o C o r po D i s cen t e s ão :

• O p r o f e s s o r cons egue t r a n sm i t i r s eus conhe c im en tos na

d i s c ip l i na ?

• O p r o f e s s o r p r opõe o a p r o f undamen t o de e s tudos i nd i cando

d i f e r e n t e s b ib l i og r a f i a s ?

• O p r o f e s s o r r e s s a l t a a im por t ânc i a da d i sc ip l i na na

f o r maç ão do a luno ?

• O p r o f e s s o r de s envo l ve t r aba lhos em con jun t o com ou t r a s

d i s c ip l i na s ?

• O p r o f e s s o r mi n i s t r a au l a s d inâm ica s u t i l i z a ndo

m et odo log i a s e t é cn i ca s va r i a das ?

• O p r o f e s s o r ap r e sen t a d i s pon ib i l i da de pa r a e sc l a r ec e r

dúv idas dos a lunos ?

• O p r o f e s s o r é a s s íduo ?

• O p r o f e s s o r é pon t ua l no i n í c io e no f i na l da s au l a s ?

• O p r o f e s s o r p r ocu r a ga r a n t i r um c l im a saudá ve l e p r odu t ivo

du r an t e a s au l a s ?

• O p r o f e s s o r e s t i mu la a l e i t u r a de l i v r o s , pe r iód i c os e

c ons u l t a s na i n t e r ne t ?

• O p r o f e s s o r r ea l i z a a s ava l i a çõe s compa t íve i s com os

ob j e t i vos e o s con t eúdos mi n i s t r ados ?

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• O p r o f e s s o r cons egue t r an s mi t i r s eu conhec ime n to na

d i s c ip l i na ?

• O p r o f e s s o r t r a ba lha s eu p r og r a ma com c l a r eza ,

ob j e t i v ida de , s egu r ança e coe r ê nc i a ?

A s poss íve i s r e spos t a s à s pe r gun ta s f e i t a s ao s docen t e s e

d i s cen t e s são : Exce l en t e , B om, R egu l a r , R u im e M ui to r u i m .

A lgum as pe r gun ta s f e i t a s na s ava l i a çõe s pa r a o C o r po Téc n ico

A dm in i s t r a t i vo s ão :

• S ão bons o s equ i pame n tos e l oca l de t r aba lho ?

• E u e s tou s a t i s f e i t o com as cond içõe s do l oca l onde

t r aba lho?

• C ons i go man t e r o r gan i zaçã o na minha á r ea de t r aba lho ?

• C ons i go man t e r o r gan i zaçã o no meu t r a ba lho ?

• M inha f am í l i a e am igos acham que eu t r aba lho e m uma boa

i ns t i t u i çã o ?

• S in to o r gu l ho em d i z e r que t r aba lho ne s t a i n s t i t u i çã o ?

• O s ob j e t i vos de s t a i n s t i t u i ção e s t ão c l a r o s pa r a mi m ?

• P r e t endo e s t a r ne s t a i n s t i t u i ção daqu i a 3 anos s ?

• E u s e i a s m e ta s que m eu s e to r deve a l c ança r ?

• V ejo um g r a nde f u tu r o t r aba lha ndo na F I C ?

• A F I C p r ocu r a sa be r o que s eus f unc ioná r io s pensa m ?

A s poss íve i s r e spos t a s à s pe r gun ta s f e i t a s ao s docen t e s e

d i s cen t e s s ão : C onco r do , conco r do pa r c i a lme n te , D i sc o r do e Di sc o r do

P a r c i a lme n te .

A pós a ap l i c aç ão da s ava l i a çõe s , f i z e mos uma con t agem pa r a

a fe r i r s e o pe r t enc ua l m ín im a f o r a a l cança do . Em s egu i da ,

c on t r a t am os um e s t ag i á r io pa r a e f e tua r a s d i g i t a ções no banco de

dados de ava l i a ç ão c r i a do e s pec i a lme n te pa r a a C P A.

O banco de dados c r i ado c on t ém a s i n f o r maç ões se gu in t e s

de s c r i t a s na T abe l a 4 :

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Tabela 4: Banco de Dados da AvaliaçãoCurso Disciplinas Perguntas Professor RespostasCódigo Código Código Matricula CódigoDescrição Nome Nome Nome RespostasTipo imagem

A pós popu la r o banco de da dos a lgum as cons u l t a s f o r am f e i t a s

pa r a a t e nde r à s nece ss idade s de ap r e s en t a ção de r e su l t ados a os

c oo r dena do r e s de cu r s os e d i r e to r i a a c adêmi ca e ge r a l da F I C . O s

t ipos de g r á f i co s ap r e s en t ados são :

• G rá f i co de P r o f e s s o r e s cons o l ida do

• G rá f i co de P r o f e s s o r po r d i s c ip l i na

• G rá f i co de C oor denaçõe s cons o l i dado

• G rá f i co de cada C oor de nação

• G rá f i co da Au t o - ava l i ação do D i s ce n t e

• G rá f i co da I n f r a - e s t r u tu r a

• G rá f i co dos S e r v i ç os

• G rá f i co do C ur s o

A s f i gu r a s I l u s t r aç ão 1 e I l u s t r ação 2 m os t r am a l guns dos

g r á f i c o s ge r ados c omo r e s u l t ado pa r a a ná l i se .

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Satisfação dos alunos com a Infra-estrutura FIC - Moreira Campos

50%

30%

14%4% 2%

ExcelenteBomRegularRuimMuito ruim

Ilustração 1: Gráfico de Infra-estrutura

Auto-avaliação do discenteFIC - Moreira Ramos

0 50 100 150 200 250

Expresso minhas idéias, participo e discuto o conteúdopara ampliar meus conhecimentos ?

Frequento a bilioteca e consulto a bibliografia indicada ououtros meios para ampliar meus conhecimentos ?

Realizo as atividades acadêmicas (leituras, trabalhos,experimentos, testes, pesquisa) preevistas na disciplina ?

Sou assíduo(a), pontualidade e cumpro integralmente ohorário das aulas ?

Excelente Bom Regular Ruim Muito ruim

Ilustração 2: Auto-avaliação do Aluno

Conclusões e trabalhos futurosA A va l i aç ão I n s t i t uc i ona l da s un ive r s i dades b r a s i l e i r a s é uma

f e r r am en ta pode r os a pa r a a s nec ess á r i a s muda nças na educ ação

s upe r io r , v i s ando à me lho r i a na qua l idade e ma io r ap r ox im açã o com a

s oc i eda de con t e mpor ânea .

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A va lo r i z ação e a a mp l i ação do c onhec im en to pos s i b i l i t a a

opo r tun ida de de novos s e r v i ços , f o r ça ndo o i nd iv í duo a busc a r o

a p r im or ame n to pe ss oa l e a a tua l i z a ção dos se us conhec imen t os . Ta n to

a s i n s t i t u i ções púb l i ca s quan to a s p r iva das ap r e sen t am uma f o r t e

t endê nc i a quan t i f i c a do r a , r e spons áve l pe l a f o r maç ão de r ec u r sos

humanos bem como pe l a s a t i v idades a r t í s t i c a s , e a s pe s qu i s a s de

e x t e nsã o . N es se con t ex to , a un i ve r s idade é v i s t a como uma

o r gan i z ação compl exa e mu l t i f i na l i s t a , con tudo a condução da

a va l i a çã o i n s t i t uc iona l é f e i t a m ed ian t e um e n f oque i n t e r d i s c ip l i na r ,

c u j a ab r angênc i a não e nvo lve , e xc lu s ivam en te , ao ens ino , à r e l açã o

p r o f e s so r ou a o cu r r í cu lo , mas t ambé m, a t odo um con j un to de

p r oces s os p s i co lóg i cos e s oc i a i s , que pe r pas sa m a i n s t i t u i ção em f oco ,

s e j a no s eu âmb i to a cadêm ico ou no admi n i s t r a t i vo , p r op r i ame n te

d i t o .

A A va l i aç ão I n s t i t uc i ona l é e n t end i da c omo um i n sum o do

p r oces s o ma i s am p lo de p l ane j amen t o da o r gan i zaçã o . E l a pe r mi t e

ob t e r o d i agnós t i c o de nece ss idade s e i den t i f i c a r a s a ções a s e r em

c on te mp la das na ge s t ão da o r ga n i za ção .

A s s i m , a A va l i açã o I n s t i t uc iona l c ons i s t e e m um p r oc ess o

pe r ma nen te de e l a bo r ação de conhec i men t o e de i n t e r ve nção p r á t i c a ,

que pe r m i t e r e t r o - a l ime n ta r a s ma i s d ive r s a s a t i v idade s da s

un ive r s ida des , du r an t e t odo o se u de s envo lv im en to .

C om o t r aba l hos f u t u r o s p r e t ende mos e f e tua r ava l i a çõe s

i ns t i t uc iona i s a c ada ano . C ada uma das a va l i a ções t em pe r íodo e

quan t i dade mín i ma de ava l i a ções po r ano l e t i vo , con f o r me v i s to na

T abe l a 5 :

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Tabela 5: Avaliações ao longo do ano letivoAvaliações Quantidade de avaliações por anoAvaliação Instituiconal 2 x (final de cada semestre)Avaliação de Clima Institucional 1 x (final de ano letivo)Avaliação externa 1 x (final de ano letivo)

Referências

MEC, http://portal.mec.gov.br/SINAES, http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/

CONAES, http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=79&Itemid=222

Faculdade Integrada do Ceará, http://www.fic.br

INEP, http://www.inep.gov.br/superior/avaliacao_institucional/

HUGUET, Antônio Gago. Calidad, Acreditacion y Evaluacion Institucional. Material do Mestrado em Ciências da Educação superior/ Universidade de Havana-Cuba, 2001.RIBEIRO, Célia Maria Ribeiro et al. Projeto de Avaliação Institucional da Universidade Federal de Goiás. 2000.

SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Auto-Avaliação Institucional: Princípios e Metodologia do Grupo Focal