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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO
2- ETAPA -1
2.1-ORIGEM DA CONTABILIDADE.
2.2-OS PRIMEIROS SINAIS QUE EVIDENCIAM A EXISTÊNCIA DA CONTABILIDADE
NA ANTIGUIDADE.
2.3-A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DESDE OS PRIMEIROS REGISTROS ATÉ AS
PARTIDAS DOBRADAS.
3- ETAPA - 2
3.1-QUAL O OBJETIVO DA CONTABILIDADE?
3.2-QUAIS SEUS PRINCIPAIS USUÁRIOS E SUAS NECESSIDADES?
3.3-QUAIS AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS?
4- ETAPA - 3
4.1- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
4.2- QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS PRINCÍPIOS E POSTULADOS
CONTÁBEIS
5- ETAPA - 4
5.1-ATIVO E SUAS FORMAS DE AVALIAÇÃO COM ÊNFASE NO ATIVO INTANGÍVEL
5.2- CONCEITUANDO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
5.3- CONCEITUANDO RECEITAS, DESPESAS, PERDAS E GANHOS.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
Nas etapas a seguir, que decorrem, neste trabalho, apresenta-se uma visão sistêmica e
teórica da origem e dos principais conceitos de Contabilidade, desde os primórdios a
atualidade.
São competências as quais visam o aprofundamento dos conhecimentos sobre
contabilidade, demonstrando seu papel fundamental para o desenvolvimento das empresas do
setor privado, público ou do terceiro setor.
RESUMO
A contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, representando-a de
forma sistemática para servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os
seus potenciais usuários.
Dentro deste contexto, estuda-se a teoria da contabilidade com a finalidade de se obter
subsídios suficientes para a aplicação do conhecimento prático no processo contábil.
Sem o embasamento teórico, a contabilidade perderia seu foco, principalmente porque
as demonstrações contábeis não atenderiam a padrões, tanto dos usuários quanto das normas
contábeis.
No Brasil, a estrutura da teoria contábil é definida por órgãos regulamentadores, como
o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e o CPC - Comitê de Pronunciamentos
Contábeis.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão responsável por buscar a
convergência da contabilidade brasileira às normas internacionais. Foi criado pela Resolução
CFC 1.055/05, sendo que fazem parte deste comitê várias entidades brasileiras como:
Bovespa, Ibracon e Fipecafi, além do próprio Conselho Federal de Contabilidade.
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC´s) têm por objetivo estabelecer regras
de conduta profissional e procedimentos técnicos, em consonância com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
2-ETAPA -1
1- ORIGEM DA CONTABILIDADE.
A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Está
ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de
perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem
sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como
herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se
patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não
tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há
indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não
era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento
das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços
eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos,
na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou
os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-
lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses;
tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo
registros.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras,
vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados
como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de
escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre
negócios.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por
governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras
civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Líber Abaci , da autoria
Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era
Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por
Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra
que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840,
com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e
Pubbliche”, da autoria de Francesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante
na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e
continua até os dias de hoje.
2- OS PRIMEIROS SINAIS QUE EVIDENCIAM A EXISTÊNCIA DA
CONTABILIDADE NA ANTIGUIDADE.
Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se em por volta de 8.000 a.C., em
Uruk, cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque. Uruk era um centro da
civilização sumeriana. Esses primeiros registros contábeis constituíam-se em fichas de barro,
guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio. Por
exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. Se esse boi fosse transferido para
outra pastagem, ou fosse mandado para ser tosquiado, ou fosse emprestado, a sua ficha seria
igualmente transferida para outro receptáculo de barro, registrando dessa forma a transação e
auxiliando o controle do patrimônio por parte do proprietário. Dessa forma, um único evento
contábil (por exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos de barro, um
que forneceria uma ficha e outro que receberia esta ficha.
Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de
tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização de pão, cerveja, materiais e trabalho
escravo, em Uruk e Ur, também na Suméria. Dessa forma, a invenção da escrita pelo homem
está intimamente ligada ao surgimento da Contabilidade.
Na antiga Grécia, a burocracia da cidade de Micenas mantinha arquivos que
registravam, em placas de barro, lançamentos de impostos, propriedade territorial, reservas
agrícolas, inventários de escravos, de cavalos, de carros de guerra e de peças desses carros. A
escrita utilizada era a Linear B.
Os antigos romanos se preocupavam em registrar cuidadosamente o seu patrimônio
pessoal, utilizando tábuas de cera gravadas com estiletes pontiagudos para rascunhos, que em
seguida eram transcritos para papiros ou pergaminhos.
3-A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DESDE OS PRIMEIROS REGISTROS ATÉ
AS PARTIDAS DOBRADAS.
As fichas de barro (de diferentes formatos) foram usadas abundantemente entre 8.000
e 3.000 a.C. como uma forma de representação de mercadorias. Antes de 3.250 a.C., as fichas
não eram armazenadas de forma adequada, sendo que após esta data, elas passaram a ser
preservadas em envelopes de barro, sendo que cada ficha representava uma unidade de
mercadoria, bem como uma dívida de uma pessoa com outra. Como os formatos das fichas,
foram aos poucos sendo padronizado, cada formato de ficha, possuía a mesma função
desempenhada pelas contas de mercadorias da Contabilidade de hoje.
Fica evidente que as transações comerciais eram representadas por transferências de fichas de
barro, refletindo a entrada ou saída física de ativos. Para muitos pensadores contábeis, este
sistema de partidas dobradas com fichas como superior ao sistema de registro de partidas
dobradas de hoje em dia, pois uma impressão sobre um envelope imediatamente revela-se
como equivalente a um crédito de entrada em uma conta de patrimônio líquido, enquanto a
transferência de uma ficha de envelope revela-se como um crédito de mercadoria ou alguma
conta similar de ativo. Na versão mais sofisticada do sistema contábil pré-histórico com o uso
ficha e envelope, fica evidente a dupla utilidade das fichas, pois sua impressão na superfície
do envelope de barro representava a realidade social da transação, ou seja, o direito do
proprietário em relação ao ativo transacionado, e sua colocação dentro do envelope
representavam a realidade física, ou seja, o registro da movimentação da mercadoria.
3 - ETAPA 2
3.1-QUAL O OBJETIVO DA CONTABILIDADE?
O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como o de fornecer informação
estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e
social aos usuários internos e externos à entidade objeto da contabilidade.
3.2-QUAIS SEUS PRINCIPAIS USUÁRIOS E SUAS NECESSIDADES?
Entre os usuários das demonstrações contábeis, incluem-se investidores atuais e
potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais,
clientes, governos e suas agências, e o público.
3.3-QUAIS AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS?
a. Investidores – os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam
com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz – eles necessitam
de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender
investimentos.
b. Empregados – Os empregados e seus representantes estão interessados em
informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.
c. Credores por empréstimos – Estão interessados em informações que lhes permitam
determinar a capacidade de a entidade pagar seus empréstimos e os
correspondentes juros no vencimento.
d. Fornecedores e outros credores comerciais – Estão interessados em informações
que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos
respectivos vencimentos.
e. Clientes – Têm interesses em informações sobre a continuidade operacional da
entidade, especialmente quando têm um relacionamento em longo prazo com ela,
ou dela dependem como fornecedor importante.
f. Governo e suas agências – Estão interessados na destinação de recursos e,
portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações a fim
de regulamentar as atividades das entidades, estabelecerem políticas fiscais e servir
de base para determinar a renda nacional e estatística semelhante.
g. Público – As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por
exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos,
inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais.
São quatro as principais características qualitativas obrigatoriamente presentes
nas demonstrações contábeis: Compreensibilidade, Relevância, Confiabilidade
e Comparabilidade.
h. A Comparabilidade – Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas
demonstrações é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para
esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável dos
negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as
informações com razoável diligência.
Todavia, informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas
demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de
tomada de decisão pelos usuários não devem ser excluídas em nenhuma hipótese,
inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários as entenderem.
i. A Relevância – Diz respeito à influência de uma informação contábil na tomada de
decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões
econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados,
presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores. A
Relevância depende da natureza e também da materialidade (tamanho) do item em
discussão.
j. A Confiabilidade – Exige que a informação seja apresentada da forma mais
apropriada possível, retratando adequadamente o que se pretende evidenciar
(faithful representation). Para a confiabilidade estar presente é fundamental que
seja sempre respeitada a Primazia da Essência Sobre a Farma, ou seja, que, no que
se espera sejam raros os casos de não conformidade dos documentos formais com
a realidade econômica, que esta última prevaleça nas Demonstrações Contábeis.
k. Quanto à Comparabilidade, trata-se de características que permite a melhor visão
da evolução da entidade medida sob os mesmos critérios e princípios ao longo do
tempo, mas sem que isso leve a não evolução das práticas contábeis; e a
comparabilidade também se aplica à adoção das mesmas práticas por empresas
semelhantes.
4 - ETAPA 3
4.1- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
Princípio da Entidade- Este princípio reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa,
um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou
sem fins lucrativos.
O Princípio da Continuidade – A continuidade influencia o valor econômico dos
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
O Princípio da Oportunidade - Refere-se simultaneamente, á tempestividade e á
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este feito de
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
O Princípio da Oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações
sofridas pelo patrimônio de uma Entidade, no momento em que elas ocorrerem.
O Princípio do Registro Pelo Valor Original - O componente do patrimônio deve ser
registrado pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais
posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da
Entidade:
Os elementos essenciais do Princípio
A expressão em moeda nacional
A manutenção dos valores originais nas variações internas
O Princípio da Atualização Monetária - “Art. 8º Os efetos da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registro contábeis através do
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais:
Aspectos conceituais
Dos Indicadores da atualização
O Princípio da Competência - O Princípio da Competência determina quando as
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da
observância do Princípio da Oportunidade.
As variacões patrimoniais e o Princípio da Competência
O Princípio da Prudência - Determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
O princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Aspectos conceituais
4.2 - QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS PRINCÍPIOS E POSTULADOS
CONTÁBEIS
5- ETAPA - 4
5.1-ATIVO E SUAS FORMAS DE AVALIAÇÃO COM ÊNFASE NO ATIVO INTANGÍVEL
O Ativo tem sido definido de várias maneiras, sendo a mais tradicional a do tipo “ativo
é conjunto de bens e direitos á disposição da administração...” ou variantes como “ativos são
os meio conferidos á administração para gerir a entidade” e similares.
Estas definições tradicionais, conquanto possam passar uma ideia aparentemente
singela e clara do que o ativo, num determinado momento, não caracterizam o que o ativo
representa, efetivamente, para a entidade.
As conceituações dos elementos do patrimônio de uma entidade precisam atentar:
a) Para a natureza do que está sendo definido;
b) Para a sua mensuração.
Princípios e PostuladoContábeis
CVM CFC CPC
Entidade
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial
Segundo o CFC entidade nada mais é do que o patrimônio da empresa.
Continuidade
Continuidade é o que determina Pressupõem que a entidade continuará em operação em um futuro previsível, não tendo a intenção nem a que a entidade é umempreendimento em andamento ou com tempo de duração indeterminada.
Necessita descontinuar.
Oportunidade
O principio da oportunidadeenfatiza a necessidade de apreensão,registro e relato de todas as variações no patrimônio de uma entidade, no momento em que elas ocorrem de forma integral.
É a integridade do registro do patrimônio e suas mutações, o contador não deve ignorar os fatos que poderão afetar asituação no futuro.
Registro pelo valor original
É quanto na verdade vale o produto\Serviço pelo valor original.
O valor original será emitido enquanto permanecer como parte de patrimônio.
Atualização monetáriaTodos os registros contábeis são efetuados na mesma moeda.
Ajustamento dos valores originais.
Competência
Determina quando as alteraçoes resultam no almento ou diminuição do patrimônio liquido.
As receitas e despesas devem ser registradas no período que ocorrem.
Prudência
Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para do passivo.
Em caso de divida registrar a receita pelo menor valor e a despesa pelo maior valor.
Não se deve misturar a conceituação com o problema da mensuração, pois a
conceituação deve ser necessariamente, rigorosa e pura, ao passo que a mensuração, às vezes,
tem de se ater ás limitações de quem avalia a mesura (o Contador) e de quem utiliza a
informação (o Usuário), além das restrições do meio ambiente.
ATIVO INTANGÍVEL
Pela nova lei das sociedades anônimas (lei nº 11.638/07), a Intangível passa fazer parte
do Ativo permanente no Balanço Patrimonial.
Até praticamente meados da década de 1980, a grande preocupação no mundo dos negócios
era avaliar o Ativo Tangível.
O Ativo Tangível ou Corpóreo constitui-se de bens físicos, materiais, que se podem
contar aquilo que os nossos olhos enxergam: estoques, veículos, terrenos, prédios, máquinas,
móveis de escritórios etc.
O Ativo Intangível ou Incorpóreo ou Ativo Invisível são bens que não se podem, tocar,
pegar, que passaram a ter grandes relevâncias a partir das ondas de fusões e incorporações na
Europa e nos Estados Unidos.
Um dos negócios marcantes que despertou principalmente o meio acadêmico, neste
assunto, foi quando a Philip Morris incorporou a indústria de alimento KRAFT (queijo,
sorvete etc.) por 10 bilhões de dólares. A surpresa é que o patrimônio físico de empresa
adquirida estava contabilizando em 1 bilhão de dólares, sendo que os 9 bilhões de dólares
adicionais referiam-se aos bens intangíveis (o poder da marca, imagem, posição comercial,...)
É necessário estudarmos separadamente cada um dos conceitos:
Bens: são capazes de satisfazer as necessidades das organizações que possam ser
avaliadas monetariamente. No ambiente contábil, é tudo aquilo de uso ou que pertence á
empresa, como exemplo: máquinas, equipamentos, veículos e terrenos. Os bens podem ser
tangíveis e intangíveis, exemplo de bens tangíveis que são a maioria dos bens aqueles que
possuem forma física e são palpáveis, e intangíveis são aqueles que não possuem forma física
nem matéria (Ex: marcas, patentes).
Direitos: È o segundo elemento do patrimônio, é comum as empresas efetuarem
vendas a prazo. Quando isto ocorre, as empresas ficam como o direito de receberem
futuramente, o valor da venda. Portanto, podemos afirmar que direito em contabilidade é tudo
aquilo que será transformado em dinheiro numa determinada data.
Podemos enfatizar ainda mais sobre o ativo intangível, que representado como uma
grande importância sendo fonte de valorização de uma empresa, com a lei 11.638, de 28 de
dezembro de 2007, que dispõem que a partir desta lei o ativo intangível estará presente nas
demonstrações contábeis. Esse grupo que esta representada no Balanço Patrimonial revela
grande geração de benefícios futuros para uma organização.
Existem também formas de avaliação do ativo, sendo que quando ocorre à atribuição
do valor do ativo devera ser destacado qual é o objetivo da empresa, que para o começo dessa
avaliação seriam quatro atribuições, se é necessário aquisição de algo, se ira manter a
atividade, se desfazer de algo que não será mais útil para empresa, saber realmente o valor
atual do patrimônio e dispor produtos e mercadorias aos clientes.
5.2- CONCEITUANDO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PASSIVO (EXIGIBILIDADE)
Uma característica essencial de uma exigibilidade é que a empresa tem uma obrigação
no momento da avaliação. Uma obrigação é o dever ou a responsabilidade de agir ou de
cumprir algo de certa forma. Obrigações (passivos e exigibilidades) também surgem como
consequência de práticas comerciais usuais, hábitos comerciais do desejo (e necessidade) de
manter boas relações comerciais e de agir de forma justa e equitativa. Por exemplo, uma
empresa decide como uma política da firma consertar defeitos de seus produtos mesmo que
estes apareçam após o período de garantia, os montantes que se espera gastar com relação a
bens já vendidos são exigibilidades a serem provisionadas no ato da venda, ou de acordo com
experiências estatísticas com tais defeitos, no final de cada mês ou período de avaliação
contábil. O passivo exigível poderá ser dividido em exigíveis onerosos e não onerosos.
Exigíveis onerosos são aqueles que estão custando à empresa mensalmente juros e encargos
bancários: financiamentos, empréstimos bancários etc. Obrigações com as quais a empresa
não paga encargos financeiros são denominadas “não onerosas’’ salários, fornecedores etc”...
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Numa grande empresa, por exemplo, os recursos conferidos pelos acionistas ou lucros
retidos, as reservas que representam apropriações de lucros retidos e as reservas que
representam os ajustem de capital podem ser demonstradas separadamente. Aliás, é
costumeiro fazer-se isso. Tais classificações podem ser relevantes para as necessidades
decisórias dos usuários das demonstrações contábeis quando elas indicarem restrições legais,
ou de outra natureza, sobre a habilidade ou liberdade de a empresa distribuir ou aplicar de
outra forma o seu patrimônio liquido. A criação de resevas é às vezes, requerida por
disposição estatuária ou legal a fim de dar à entidade e aos seus credores uma medida
adicional à proteção com relação ao efeito de possíveis perdas. A existência e o tamanho
dessas reservas é uma informação relevante para a tomada de decisão dos usuários.
Transferência para reservas (de lucros) são apropriações de lucros retidos e não de despesas.
O montante pelo qual o patrimônio liquida é demonstrado no balanço patrimonial depende da
avaliação e mensuração de ativos e passivos (exigibilidades) usualmente o montante agregado
representativo do patrimônio liquido contábil de uma empresa somente por coincidência será
igualao valor de mercado das ações da entidade ou a soma que seria possível levantar
vendendo os ativos líquidos gradualmente ou a empresa como um todo.
5.3- CONCEITUANDO RECEITAS, DESPESAS, PERDAS E GANHOS.
RECEITA
Pode ser definida de acordo com o estudo de IASC como o acréscimo de benefícios
econômicos durante o período contábil na forma de entrada de ativos ou decréscimos de
exigibilidade e que redunda num acréscimo do patrimônio liquido, outro que não o
relacionado a ajustesde capital. Em primeiro lugar, uma receita é resultante direta (no caso de
ser operacional como vendas) ou indireta (no caso de receitas não operacionais como juros
derivantes de manutenção de ativos) da atividade da empresa de gerar produtos ou serviços
que tenham utilidade para o mercado.
DESPESAS
De maneira geral pode-se conceituar despesa como o sacrifício de ativos realizado em
troca da obtenção de receitas (cujo montante, espera-se superar o das despesas).
PERDAS
As perdas incluem outros itens que também impactam ativos e patrimônio liquido da
mesma forma que as despesas é que podem ou não surgir no curso da atividade normal da
empresa. Normalmente as perdas incluem itens tais como os resultantes de desastres como
inundações, fogo, etc. bem como as derivantes da desincorporação de ativos não correntes
como equipamentos. Perdas incluem também as não realizadas como, por exemplo, os efeitos
de eventual acréscimo anormal na taxa de câmbio de uma moeda estrangeira quando temos
empréstimos naquela moeda.
GANHOS
Os ganhos representam itens não recorrentes (repetitivos) que tem o mesmo efeito
liquido no patrimônio, mas que podem ou não surgir na atividade normal de uma empresa, ao
passo que a receita sempre surge de atividades normais. Entretanto como o efeito no
patrimônio é o mesmo não se incluem os ganhos no tratamento desse item, embora, às vezes,
não estritamente operacionais (como no caso de uma aplicação financeira, que gera receita
financeira). Por exemplo, ganhos de venda: Isto ocorre em casos que existe demanda de venda
para um aumento de capacidade produtiva. A ressalva que deve ser feita é em relação a existir
demanda real para o volume adicional, informação que deve vir da área de marketing, vendas.
Nesses casos, o ganho contabilizado não é adicional de receita, mas a parcela referente à
margem de contribuição dos produtos adicionais (receita subtraída dos custos variáveis).
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que todos os conceitos abordados são relevantes para a tomada de
decisões de uma empresa, bem como o crescimento dela no mercado da qual esta inserida,
trazendo aspectos positivos e/ou negativos para a sociedade.
Ainda vemos que o Balanço Patrimonial é essência para os resultados das
organizações, com os seus grupos de contas como ativo, passivo e patrimônio líquido onde
demonstra todas as atividades realizadas dentro da empresa em curto prazo ou em longo
prazo.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BEUREN, I. M.; IGARASHI D. C. C. A Importância dos Intangíveis nas Empresas
e a sua Relação com a Contabilidade. Revista do Conselho Regional de
Contabilidade, Porto Alegre. nº 110, Nov. 2002.
OLIVEIRA, D. M.; BEUREN M. I. Revista Contabilidade e Finanças – USP, São
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SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. Avaliação de Ativos Intangíveis. São Paulo: Atlas,
2002.
MARION, josé Carlos. Teoria da contabilidade. São Paulo: Alinea , 2010
IUDÍCIBUS, Sérgio de. FIPECAPI. Manual de contabilidade das sociedades por ações:
aplicável às demais sociedades. 6 ed. São Paulo: Atlas.
MARION, José Carlos, Teoria da Contabilidade/José Carlos Marion. Campinas, SP: editora
Alínea, 2011. Edição especial.