ano europeu de luta contra a pobreza - acção social - margarida neto
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O MEP e o Ano Europeu de
Luta contra a Pobreza
Os desafios do combate à
pobreza na Acção Social
Hotel Olissipo Marques de Sá – 29 de Maio de 2010 – Movimento Esperança Portugal
Pobreza
“... A pobreza pode ser definida como uma
condição humana caracterizada por privação
sustentada ou crónica de recursos,
capacidades, escolhas, segurança e poder
necessários para o gozo de um adequado
padrão de vida e outros direitos civis,
culturais, económicos, políticos e sociais.”
“Pobreza é uma situação de
privação, resultado da falta de
recursos”
“Pobreza é uma realidade
multidimensional”
“Pobreza representa uma forma de
exclusão social! Não existe pobreza sem
exclusão social
Portugal é o país da U.E. que apresenta maior
desigualdade na distribuição do rendimento
Portugal é um dos países europeus que apresenta taxas mais elevadas de
risco de pobreza
Essa taxa situa-se em 18% já após transferências
sociais enquanto a média europeia é 15,5%.
Situação Portuguesa
Dos quase 2 milhões de pobres:
300.000 são crianças
596.000 são reformados
586.000 são trabalhadores por conta de outrem
624.000 são desempregados (metade destes ou não recebem subsídio de desemprego ou recebe abaixo do limiar da pobreza
“A pobreza em Portugal é na sua maior expressão, a pobreza dos
salários baixos, das baixas reformas, do desemprego, das
reduzidas prestações sociais”
Painel dos Agregados Domésticos
PrivadosUE (1995-2000)
Passaram pela pobreza em pelo
menos um dos 6 anos
• Pessoas
46%
• Agregados 47%
Persistiram ao longo dos 6 anos
6,5%
Estruturas familiares mais frequentes
entre as famílias pobres
Casais com um ou mais filhos, c/ 16
anos ou mais
23%
2 adultos sem filhos, 1 com mais de
65 anos
14,6%
Pessoa isolada com 65 anos 14,2%
2 adultos com um ou dois filhos 11%
Outros agregados com crianças 10%
O conjunto das famílias pobres não é constituído maioritariamente por tipos de famílias instáveis ou em rupturas. Este dado revela o tipo de sociedade e o sistema económico nacional.
Grande Vulnerabilidade à pobreza por
tipo de agregado
Famílias numerosas
Famílias monoparentais
com filhos pequenos
Idosos sozinhos
Trabalho na população pobre
Trabalho por conta de outrem 30,8%
Trabalhadores por conta própria 18%
Domésticos 11%
Reformados 21,6%
Carta Social Europeia
“Toda a pessoa tem direito à
protecção contra a pobreza e a
exclusão social”
Artigo 30º
Programas de luta contra a pobreza nos
Planos nacionais de Acçao para a
Inclusão, desde 1989
Princípios
Orientadores
o Visão multidimensional e multidisciplinar de
pobreza
o Necessidade de parcerias consistentes entre os
actores públicos e privados
o Participação de todos os interessados,
designadamente os pobres
o Empowerment dos pobres
“Há cerca de 20 anos, que o país está neste
movimento a um tempo nacional e europeu.
E, todavia, a taxa de pobreza anual continua
persistente na ordem dos 18%”
ESTADO
Sistema de Protecção Social de Cidadania
Sistema Complement
ar
Sistema Previdencial
Sob o enquadramento da lei de bases do
sistema de segurança social o Estado
assegura:Acção Social
Solidariedade
Protecção
Familiar
ACÇÃO SOCIAL
OBJECTIVOS
o Prevenção e reparação de situações de carência
de desigualdade socio-económica
o Integração e promoção comunitárias das pessoas
o Desenvolvimento das respectivas capacidades
ACÇÃO SOCIAL
REALIZAÇÃO
o Prestações Pecuniárias de carácter eventual ou
excepcional
o Prestações em espécie
o Acesso à rede nacional de serviços e
equipamentos sociais
Apoio a programas de combate à probreza
ACÇÃO SOCIAL
DESTINO
o Assegurar a especial protecção aos grupos mais
vulneráveis Crianças
Jovens
Deficientes
Idosos
Marginalizad
os
SOLIDARIEDAE
o Rendimento Social de Inserção
o Complemento Social para Idosos
o Pensões Sociais
PROTECÇÃO FAMILIAR
o Abonos de família
o Encargos com deficientes e
dependentes
Rendimento Social de Inserção
Março de 2010
Beneficários do RSI – 404.694Valor médio da prestação por família
249,63€; por beneficiário 96,20€
Portugal
1997, Rendimento Minímo Garantido (António Guterres)
2003, Rendimento Social de Inserção (Bagão Félix)
Em 1992, a U.E. recomenda aos Estados-Membros o reconhecimento de “um direito fundamental dos individuos a recursos e prestações
suficientes para viver em conformidade com a dignidade humana”
Rendimento Social de Inserção
Formação Profissional
– 3%
Saúde – 27%
Emprego – 13%
Educação – 16%
Acção Social –
37%
Habitação – 4%
Programa de
Inserção
“Conjunto de acções
estabelecido por acordo com os
beneficiários, no sentido de criar
e desenvolver condições
facilitadoras de acesso à sua
autonomia económica”
Rendimento Social de Inserção
40% dos beneficários
• Idade menor ou igual a 18 anos
16% dos beneficiários
• Idade entre os 35 e os 44 anos
3% dos beneficiários
• Idade maior a 65 anos.
Complemento Social de Idosos
Noção
“Protecção para a população idosa que consiste num
apoio adicional aos recursos que o destinatário já
possua por forma a garantir rendimentos acima do
limiar da pobreza”Valor de
Referência
5,022€ anuais
(para 2010)
230.000
maiores de 65
anos
Desafios de Esperança
• Tempo de crise / tempo de oportunidade
• Menos recursos / melhor gestão
• Maior fiscalização / maior
acompanhamento
• Acção Social mais próxima / mais flexível
• Acção Social Preventiva
Desafios de Esperança –
Propostas MEP
• Cultura de Direitos e cultura de
responsabilidade / contratualização /
exemplo: contrato inserção social
• Visão famílio-cêntrica de solidariedade e
acção social
• Políticas Públicas de apoio à família
• Solidariedade será despesa social mas
investimento produtivo
Desafios de Esperança –
Propostas MEP
• Formação Profissional / Formação Cívica
• Formação Parental / Formação em
economia e vida doméstica
• Comunidade / envolvimento de todos/ rede
/ vizinhança / empresas / escolas