rochas sedimentares€¦ · formaÇÃo das rochas sedimentares duas etapas fundamentais…...

Post on 20-Jun-2020

53 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

ROCHAS SEDIMENTARES

Minerais e Formação – Parte I

O QUE SÃO MINERAIS?

ametista

e

calcite

água marinha

e

muscovite

barite

2

MINERAIS - INORGÂNICOS

âmbar (exclui-se porque é orgânico – resina fóssil)

3

MINERAIS - INORGÂNICOS

pérolas (excluem-se porque são de natureza orgânica)

4

MINERAIS

Ocorrem sem a intervenção do Homem.

Apresentam estrutura cristalina – as suas partículas

apresentam uma distribuição regular no espaço.

mineralóides: apesar de sólidos, naturais e inorgânicos, as

suas particulas não apresentam distribuição regular – ex. opala

e limonite).

opala limonite

limonite

5

MINERAIS Excluem-se os líquidos e os gases (a água e o mercúrio nas condições

normais de pressão e temperatura).

O mercúrio não possui estrutura cristalina nem plano de clivagem à temperatura e

pressão normais, mas quando congelado e submetido a baixas pressões, o mercúrio

forma cristais no sistema romboédrico e no sistema tetragonal se submetido a altas

pressões.

Glaciares – gelo é considerado um mineral

6

MINERAIS - IDENTIFICAÇÃO

Propriedades químicas: os minerais têm composição química fixa ou

variável dentro de certos parâmetros – representada por fórmula química

(resultado de análises quantitativas e qualitativas) – Classificação de

Dana e Hurlbut (1960).

No entanto dados os elevados custos de alguns ensaios químicos entre outros, em geral

não é tão recomendada

7

Calcite e Aragonite são quimicamente CaCO3.

MINERAIS – ALGUNS TESTES QUÍMICOS

Teste do sabor salgado (Halite).

Efervescência produzida por ação de um ácido (na presença de

carbonato de cálcio).

Mais exemplos:

Minerais

Reação com solução concentrada de nitrato de

cobalto

Após fervida

Calcite Fica branca, mudando para azul após alguns tempo

Aragonite Toma a cor lilás

8

MINERAIS - IDENTIFICAÇÃO

Propriedades físicas: reconhecidas à vista desarmada ou com recurso a

técnicas simples.

Propriedades Físicas

Propriedades

Mecânicas

Propriedades

Ópticas

Densidade

Clivagem Dureza Fratura Cor Brilho Traço/Risca

9

FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES

Duas etapas fundamentais…

Sedimentogénese

• Elaboração dos materiais que as vão constituir até à sua deposição

Diagénese

• Evolução posterior dos sedimentos, conduzindo à formação de rochas consolidadas

10

SEDIMENTOGÉNESE

Categorias dos materiais que vão entrar na constituição das r. sedimentares

detríticos

Origem química

Origem biológica

• Dimensões variadas desde pequeniníssimas dimensões até grandes blocos

• Resultantes dos afloramentos rochosos

• Resultam da precipitação de substâncias

transportadas dissolvidas na água

• Restos de seres vivos, como por exemplo: conchas, peças esqueléticas, fragmentos de plantas, pólenes.

11

FORMAÇÃO SEDIMENTOS DETRÍTICOS

Meteorização das rochas e erosão

• As rochas são o

resultado do ambiente

físico e químico em

que foram geradas.

• Alterações neste

ambiente provocam

alterações nas rochas.

12

METEORIZAÇÃO

Alterações (físicas e/ou químicas) provocadas pelo vento, água,

variações de temperatura, pelos próprios seres vivos… numa

rocha.

13

Granito sujeito a:

Descompressão

Menor temperatura ambiente

Exposição a grande amplitudes térmicas

METEORIZAÇÃO - GRANITO

Compara as condições de

Pressão e Temperatura na

sua génese com as atuais,

à superfície.

14

METEORIZAÇÃO - GRANITO

diaclases

Os minerais primários, que constituem o granito, ficam em

desequilíbrio nas novas condições, sofrendo alterações profundas.

As rochas expostas à superfície vão sendo alteradas e desagregadas

15

METEORIZAÇÃO - GRANITO

Arenização

desagregação devido à perda de

coesão dos minerais – conversão

em areia.

Areia removida pelas águas de

escorrência.

Arestas dos blocos desaparecem e

suavizam.

Os blocos tornam-se arredondados –

caos de blocos

16

METEORIZAÇÃO - GRANITO

17

COMO SE ALTERA O GRANITO?

18

Atividade biológica

Crioclastia - gelo

METEORIZAÇÃO FÍSICA

“A Esteva… Que, a pouco e pouco, perseverante, com

uma vontade inquebrável, nascendo às vezes nos

intervalos das rochas, rasgando chão por entre as

fendas dos xistos, consegue sobreviver.”

19

Ação mecânica da água e do vento

METEORIZAÇÃO FÍSICA

A partir da acção erosiva das águas fortes em

terrenos detríticos heterogéneos, formam-se

colunas naturais em forma cónica que sustêm

no seu topo um bloco de rocha maior, que

funciona como protector da erosão

Separação da rocha originada por diaclases

paralelas à superfície, devidas à decompressão

pelo alivio do peso das camadas

suprajacentes.

20

Esfoliação

METEORIZAÇÃO FÍSICA

Dilatações e contrações

alternadas dos materiais

que têm diferentes

coeficientes de dilatação.

Ocorre preferencialmente

em zonas com grande

amplitude térmica (ex.:

desertos e zonas de

incêndio)

21

Termoclastia

METEORIZAÇÃO FÍSICA

Precipitação de sais dissolvidos

na água que circula nas

fraturas, cujo crescimento

provoca uma força expansiva

que leva ao desagregar da

rocha. Frequente nas zonas

costeiras.

22

Haloclastia

Transparências Porto Editora

23

IL

20

12

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

Pode ocorrer de duas formas:

- Os minerais são dissolvidos completamente, podendo

posteriormente precipitar formando os mesmos minerais (exemplos:

calcite ou a halite)

- Os minerais são alterados, formando posteriormente novos

minerais (exemplo: os feldspatos originam minerais de argila)

24

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

Acidificação da água (H2O) devido ao carbono atmosférico (CO2) Ácido

carbónico (H2CO3)

…Que se dissocia

25

Hidrólise

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

Assim, a alteração do feldspato* em caulinite (mineral de argila), pode

traduzir-se:

*Um dos minerais do granito

26

Hidrólise

Definição: substituição dos catiões da estrutura de um mineral pelos

iões de hidrogénio. Estes iões têm origem na água ou num ácido e

pode originar:

- Formação de novos minerais: feldspato minerais de

argila e sílica dissolvida

- Completa desintegração do mineral original: Olivinas e

piroxenas

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

27

Hidrólise

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

O oxigénio também é

responsável pela meteorização

química, provocando oxidações*:

Hematite – novo mineral rico em

óxidos de ferro

*Atingem particularmente minerais

ricos em ferro, como as olivinas e as

piroxenas

28

Oxidação

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

Os processos de oxidação e de redução estão associados, uma vez

que um não ocorre sem o outro.

- A oxidação é o processo pelo qual um átomo ou ião

perde eletrões.

- A redução é o processo pelo qual um átomo ou ião

ganha eletrões.

• A formação da ferrugem (cor vermelha alaranjada), resulta da

transformação do Fe2+ em Fe3+

• Pirite Hematite

29

Oxidação

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

- A hidratação é o processo pelo qual ocorre uma combinação

química de minerais com a água, o que provoca o aumento do

volume, o que facilita a desintegração das rochas por hidrólise.

- Ex: Hematite Limonite

- A desidratação é o processo pelo qual ocorre a remoção

química de água.

- Ex: Gesso Anidrite

30

Mais exemplos

Carbonatação

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

As águas acidificadas podem reagir, por

exemplo com minerais formados por

carbonato de cálcio (exemplo: Calcite)

que fazem parte dos calcários…

formando produtos solúveis: O cálcio e o

hidrogenocarbonato.

Ficam as impurezas insolúveis.

Estas reações podem provocar o

alargamento de fissuras onde a água se

infiltra e circula - originar rede de

galerias e grutas.

31

METEORIZAÇÃO QUÍMICA

Depende das condições ambientais.

Mais intensa em regiões de clima quente e húmido.

32

EROSÃO

Processo pelo qual os

agentes erosivos,

nomeadamente a água

e o vento, arrancam e

separam fragmentos da

rocha mãe.

33

EROSÃO

Águas da chuva

• Sulcos ou Ravinas (quando os

solos não apresentam cobertura

vegetal)

34

Água

EROSÃO

Águas da chuva

• Chaminés de fada

35

Água

EROSÃO

Baseada em 2 processos:

Remoção das partículas sedimentares,

deixando descoberta a rocha sã (que passa

a estar sujeita à meteorização).

Desgaste provocado pelo vento

juntamente com as partículas que

transporta nas rochas (em geral

diferenciado ao nível do solo). Pode

originar estruturas pedunculadas.

36

Vento

Depósitos residuais: detritos acumulados no local de origem, ou seja não sofrem transporte

TRANSPORTE

37

Agentes

TRANSPORTE

Os agentes de transporte (dos materiais resultantes da

meteorização e erosão) mais importantes são:

Gravidade

Vento (suspensão, saltação ou deslizamento)

Água

IL 2012 38

TRANSPORTE

Vento (intensidade e tamanho das partículas)

suspensão, saltação ou deslizamento

39

Vento

TRANSPORTE

No estado sólido (gelo dos glaciares) e líquido (águas

torrentes, rios, lagos, águas subterrâneas)

selvagens,

40

Água

TRANSPORTE

Ocorrem em geral modificações nos sedimentos durante o transporte:

• ARREDONDAMENTO (O grau de arredondamento pode permitir

deduzir a duração do transporte).

• GRANOSSELEÇÃO (Calibragem de acordo com o tamanho,

forma e densidade)

41

Água e vento

TRANSPORTE

42

Distância

TRANSPORTE

43

Granosseleção

Quando a ação dos agentes de erosão e transporte se anula ou é de expressão

reduzida, ocorre a deposição ou sedimentação.

A Sedimentação é principalmente importante quando ocorre em meio aquático

(cursos de água, rios ou mares) e ocorre após precipitação dos materiais

transportados em solução.

DEPOSIÇÃO

44

TRANSPORTE

Indica a letra onde se

verifica:

a) Uma partícula de 3mm

inicia o transporte.

b) Ocorre exclusivamente a

sedimentação

c) Uma partícula é

deslocada

R: a)A; b) B e C; c) D

45

Exercício 1

TRANSPORTE

Indica o valor aproximado

da corrente para que:

a) Uma partícula de 1mm

inicie o transporte.

b) Uma partícula de 10mm

seja erodida.

R.: a) 20 cm/s

b) 100 cm/s

46

Exercício 2

TRANSPORTE

Para uma velocidade

constante de 50 cm/s,

indica o tamanho da

partícula para que:

a) Esta sedimente.

b) Sofra transporte.

R.: a) 10mm

b) < 0,01mm

47

Exercício 3

TRANSPORTE

48

Diferenciam-se:

• Cor

• Composição e

• Granulometria

DEPOSIÇÃO

49

Estratos

Superfícies de estratificação

• Tecto

• Muro

DEPOSIÇÃO

Tecto

referência

Muro

Datação relativa

50

Estratos

DEPOSIÇÃO

Homogeneidade de cada estrato

• Processo sedimentar regular e contínuo:

• Características ambientais constantes

• Mesmo material depositado

Perturbações

• Assinaladas na superfície que marca a separação entre dois

estratos:

• Modificações nas características ambientais

• Diferente material depositado

51

Estratos

Estratificação entrecruzada

• Variação na intensidade e/ou na direção do agente de transporte

DEPOSIÇÃO

52

Estratos

DEPOSIÇÃO OU SEDIMENTAÇÃO

53

DIAGÉNESE

• Diminui a quantidade de agua entre as

partículas/Aumenta o contacto/Diminuem

os poros.

• Aumento da profundidade/Diminuição da

porosidade

• Diminuição do volume /Aumento da

densidade

Cimento: resultado (em geral) da precipitação de carbonato cálcio ou sílica - dissolvidos na água de circulação.

54

DIAGÉNESE

55

DIAGÉNESE

Imagem de: http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=157:rochas-arquivos-da-terra&catid=25:a-geologia-os-geologos-e-os-seus-metodos&Itemid=87

56

RECURSOS

Ambientes de formação rochas sedimentares:

http://fossil.uc.pt/pags/sedime.dwt

57

top related