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Por: Sonia Maria Teixeira Fevereiro de 2009

Para meus professores e colegas do Curso de Especialização em Informática na Educação - PUC RS

Às vezes, as boas oportunidades se apresentam para nós de forma inesperada, abrindo-

nos novos horizontes, foi assim no início do mês de maio de 2003, quando recebi um convite muito

especial, que mudaria por completo toda a minha vida.

Ainda me lembro do entusiasmo da Diretora Leany Maria De Conti falando em reunião

aos professores, que a nossa escola iria se tornar uma Escola Aberta para a Cidadania, um Projeto de

Governo que pretendia abrir as escolas aos fins de semana, oferecendo para crianças, jovens e

adultos, atividades diferenciadas em esporte, formação e entretenimento, como forma de combater

a violência e o perigo das drogas.

Modestamente me engajei neste projeto oferecendo-me para dar aulas de Informática

Básica numa oficina realizada aos sábados pela manhã, das 9 ás 11:30 horas. Trabalhei neste Projeto

nos anos de 2003, 2004, 2005, 2006. Em 2007 e 2008, infelizmente, por motivo de doença, não pude

continuar, mas pretendo neste ano de 2009, voltar com minha oficina de Informática Básica.

Só posso dizer que o trabalho voluntário é muito gratificante. Com estes alunos de fim

de semana, aprendi o valor da amizade, da solidariedade, de como é bom compartilhar o que

sabemos, pelo simples prazer, sem almejar nada em troca.

Com meu trabalho de oficineira pude auxiliar pessoas a arrumar o primeiro emprego e

ajudei a abrir algumas portas, melhorando a auto estima e a confiança num futuro melhor.

Nas próximas telas vou mostrar um pouco de como eu fui feliz com meus amigos-

alunos.

TRABALHO VOLUNTÁRIO – CAMINHO PARA UMA VIDA FELIZ!

Ao todo eram 30 alunos divididos em duas turmas, sendo que as idades variavam dos 14 aos 55 anos de idade, o que facilitava a troca de experiências.

Este simpático casal noivou durante o curso e em 2004 casaram-se. Os dois conseguiram emprego com o certificado do curso de Informática da Escola Aberta.

Muitas vezes tive alunos encaminhados pelo Conselho Tutelar e deste convívio brotaram sólidas amizades.

Em 2006 tive um aluno índio que falava uma mistura de Português com Tupi-Guarani, a peleia foi braba, mas conseguimos nos entender.Este grupo era formado por alunos de

outras escolas, que vinham para a oficina de Informática aos sábados.

Em 2005 tive uma aluna carequinha que estava com leucemia, infelizmente em 2006 ela partiu, mas nunca vou esquecer seu rosto.

Queridos, as histórias são tantas, que eu poderia escrever um livro, para finalizar, limito-me a mostrar esta última foto.

Olha eu aí, toda feliz com o avental do Projeto Escola Aberta.

FIM.