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A Ética na Prática Científica Como acontece em todas as áreas, a ÉTICA é também de importância fundamental nas atividades de pesquisa científica e tecnológica. Por desconhecimento, muitas vezes, o aluno ou profissional da ciência descumprem os princípios éticos inerentes a esta atividade, incorrendo mesmo em ações consideradas criminosas, como o plágio. Assim como damos atenção às boas práticas no desempenho de qualquer atividade profissional, também na ciência devemos buscar excelência neste aspecto. A FAPESP disponibiliza um excelente “Código de Boas Práticas Científicas” (http://www.fapesp.br/boaspraticas ), cuja leitura é altamente recomendada para todos que os que, por um período mais curto ou mais longo, desenvolvem atividades científicas, e principalmente para aqueles que fazem disto sua carreira definitiva. Este texto apresenta de modo amplo os pontos que devem ser considerados, nesta busca pela ética na prática científica. Entre estes vários aspectos importantes, gostaríamos de salientar dois, para os quais temos visto problemas mais freqüentemente, muitos deles derivados da desatenção ou mesmo desconhecimento. Para cada um, apenas os principais pontos são salientados. (1) Sobre a comunicação dos resultados da pesquisa e a autoria. Devem constar como autores apenas pessoas que tenham efetivamente contribuído para o planejamento ou realização da pesquisa. Todos os autores devem ter aprovado o formato final do texto, seja ele um resumo para congresso ou um trabalho completo, antes da submissão do mesmo. (2) Sobre a má conduta científica. Duas más condutas são mais freqüentemente praticadas, e devem ser evitadas com muita atenção: Fabricação ou falsificação de resultados. São duas variações de um mesmo comportamento - criação direta de resultados, ou modificação dos resultados para que se adéqüem mais fortemente aos interesses do pesquisador. Plágio. Nesta época de fácil acesso a material disponibilizado através da internet, tem se tornado cada vez mais freqüente o “copiar e colar” de textos produzidos por outras pessoas. Qualquer cópia é plágio, e como tal deve ser evitada. A publicação “Ponderações e Dicas para se Evitar o Plágio” (Prof. Marcelo Krokoscz - www.plagio.net.br) estende o assunto, classificando o plágio em vários tipos: a) Plágio direto: pia literal. b) Plágio indireto: interpretação de um texto original sem indicação da fonte. c) Plágio de fontes: quando um trabalho é feito com a reprodução de citações de outros trabalhos. d) Plágio consentido: apresentação de trabalhos feitos por colegas ou comprados. e) Autoplágio: quando o estudante entrega o mesmo trabalho para disciplinas diferentes, sem informar que o conteúdo foi apresentado anteriormente. O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde da ULBRA salienta a importância da manutenção das boas práticas científicas por parte de todos os seus integrantes.

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A Ética na Prática Científica Como acontece em todas as áreas, a ÉTICA é também de importância fundamental nas atividades de pesquisa científica e tecnológica. Por desconhecimento, muitas vezes, o aluno ou profissional da ciência descumprem os princípios éticos inerentes a esta atividade, incorrendo mesmo em ações consideradas criminosas, como o plágio. Assim como damos atenção às boas práticas no desempenho de qualquer atividade profissional, também na ciência devemos buscar excelência neste aspecto. A FAPESP disponibiliza um excelente “Código de Boas Práticas Científicas” (http://www.fapesp.br/boaspraticas), cuja leitura é altamente recomendada para todos que os que, por um período mais curto ou mais longo, desenvolvem atividades científicas, e principalmente para aqueles que fazem disto sua carreira definitiva. Este texto apresenta de modo amplo os pontos que devem ser considerados, nesta busca pela ética na prática científica. Entre estes vários aspectos importantes, gostaríamos de salientar dois, para os quais temos visto problemas mais freqüentemente, muitos deles derivados da desatenção ou mesmo desconhecimento. Para cada um, apenas os principais pontos são salientados. (1) Sobre a comunicação dos resultados da pesquisa e a autoria. • Devem constar como autores apenas pessoas que tenham efetivamente

contribuído para o planejamento ou realização da pesquisa. • Todos os autores devem ter aprovado o formato final do texto, seja ele um

resumo para congresso ou um trabalho completo, antes da submissão do mesmo.

(2) Sobre a má conduta científica. Duas más condutas são mais freqüentemente praticadas, e devem ser evitadas com muita atenção: • Fabricação ou falsificação de resultados. São duas variações de um mesmo

comportamento - criação direta de resultados, ou modificação dos resultados para que se adéqüem mais fortemente aos interesses do pesquisador.

• Plágio. Nesta época de fácil acesso a material disponibilizado através da internet, tem se tornado cada vez mais freqüente o “copiar e colar” de textos produzidos por outras pessoas. Qualquer cópia é plágio, e como tal deve ser evitada.

A publicação “Ponderações e Dicas para se Evitar o Plágio” (Prof. Marcelo Krokoscz - www.plagio.net.br) estende o assunto, classificando o plágio em vários tipos: a) Plágio direto: cópia literal. b) Plágio indireto: interpretação de um texto original sem indicação da fonte. c) Plágio de fontes: quando um trabalho é feito com a reprodução de citações de outros trabalhos. d) Plágio consentido: apresentação de trabalhos feitos por colegas ou comprados. e) Autoplágio: quando o estudante entrega o mesmo trabalho para disciplinas diferentes, sem informar que o conteúdo já foi apresentado anteriormente. O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde da ULBRA salienta a importância da manutenção das boas práticas científicas por parte de todos os seus integrantes.