a rede de bibliotecas escolares do porto como comunidade de prÁtica e a identidade dos professores...

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A REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DO PORTO COMO COMUNIDADE DE PRÁTICA E A IDENTIDADE DOS PROFESSORES BIBLIOTECÁRIOS : UM ESTUDO DE CASO Orientadores: Professora Doutora Maria Amélia da Costa Lopes e Professor Doutor Belmiro Tavares da Silva Rego Tese de Doutoramento Maria Natividade da Rocha Santos 26 / 10 / 2010

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A REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DO PORTO COMO COMUNIDADE DE PRÁTICA E A IDENTIDADE DOS PROFESSORES BIBLIOTECÁRIOS : UM ESTUDO DE CASO

Orientadores: Professora Doutora Maria Amélia da Costa Lopes e Professor Doutor Belmiro Tavares da Silva Rego

Tese de Doutoramento

Maria Natividade da Rocha Santos 26 / 10 / 2010

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Plano

1. Justificação da investigação

2. Objectivos do estudo

3. Quadro conceptual

4. Metodologia

5. Resultados

6. Conclusões

7. Futuras investigações

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1. Justificação da investigação

Interesse pessoal pelas bibliotecas escolares.

Mudanças no actual panorama educativo no que concerne as bibliotecas escolares e a emergência do trabalho colaborativo em rede.

As comunidades de prática de professores e a identidade dos professores bibliotecários são domínios por explorar.

Lacuna existente actualmente a nível da pesquisa sobre comunidades virtuais.

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2. Objectivos do estudo

Objectivos gerais

• Caracterizar a estrutura e a dinâmica da RBEP em função do conceito de comunidade de prática (Wenger, 1998).

• Analisar o seu impacto na construção da identidade dos professores bibliotecários.

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2. Objectivos do estudo

Objectivos específicos

Contextualizar e caracterizar a RBEP em termos estruturais e dinâmicos.

Conhecer as perspectivas dos professores bibliotecários sobre a RBEP e sobre a sua participação nela.

Identificar as mudanças ocorridas na identidade dos professores bibliotecários em função da sua pertença à RBEP.

Reflectir sobre os ambientes digitais e as literacias para o século XXI a partir do uso que os professores bibliotecários fazem das novas ferramentas.

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3. Quadro conceptual

Capítulo I

• redes de aprendizagens (na Internet);

• tipologia das comunidades virtuais (Henri e Pudelko, 2006);

• características das comunidades de prática por comparação com outras comunidades;

• conceitos de domínio, de comunidade e de prática;

• o ciclo de vida de uma comunidade de prática;

• vantagens da pertença a uma comunidade;

• o conceito de identidade numa comunidade;

• o uso de tecnologias numa comunidade.

Redes de aprendizagem

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3. Quadro conceptual

uma combinação de três elementos fundamentais:

um domínio;

uma comunidade;

uma prática.

Wenger (1998) e Wenger, McDermott e Snyder (2002)

Comunidade de prática

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3. Quadro conceptual

A Teoria da Actividade(Leontiev)

O paradigma construtivista: zona de desenvolvimento proximal(Vygostky)

A Teoria da Cognição Situada: aprendizagem situada

(Lave e Wenger)

O conectivismo: aprendizagem na era digital (Siemens)

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3. Quadro conceptual

Capítulo II

• O conceito de identidade;

• a construção da identidade profissional como dupla transacção (Dubar, 1997);

• a identidade profissional docente:

o conceito de profissão; as representações da docência; as culturas profissionais; o docente e as identidades plurais; os ciclos de vida dos docentes e as condições de trabalho.

Identidade profissional docente

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3. Quadro conceptual

Capítulo II

• A construção da identidade profissional docente (Lopes, 2001):

• a profissão docente entre a dependência e a autonomia;

• o desenvolvimento profissional e a formação de professores;

• os saberes docentes;

• ser professor na pós-modernidade.

Identidade profissional docente

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3. Quadro conceptual

Capítulo III

• A identidade profissional do profissional de Informação-Documentação;

• a missão do professor bibliotecário;

• a terminologia para designar o professor bibliotecário;

• a importância do papel do professor bibliotecário;

• a taxomomia das acções do professor bibliotecário versus do docente;

• competências do professor bibliotecário (de liderança, pedagógica e de gestão).

Identidade profissional do professor bibliotecário

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3. Quadro conceptual

Capítulo III

• competências do professor bibliotecário português (modelo de auto-avaliação das BE e legislação sobre a função de professor bibliotecário);

• a identidade profissional do professor bibliotecário no contexto internacional (casos francês, canadiano, australiano; americano; espanhol);

• padrões de excelência do professor bibliotecário a nível internacional;

• a formação do professor bibliotecário.

Identidade profissional do professor bibliotecário

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3. Quadro conceptual

Capítulo IV

• as bibliotecas: perspectiva histórica;

• a biblioteca e a biblioteconomia;

• as primeiras bibliotecas escolares;

• a importância das bibliotecas escolares;

• as bibliotecas escolares 2.0;

• as bibliotecas e a qualidade (investigações sobre o impacto da biblioteca escolar na aprendizagem dos alunos e o currículo).

• levantamento de uma década de investigações em bibliotecas escolares.

As bibliotecas escolares e os professores bibliotecários

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4. Metodologia

Tipo de estudo: paradigma interpretativo (Erickson, 1986)

Modo de investigação

O estudo de caso é:

uma investigação sobre o real; uma melhor compreensão dos fenómenos e das pessoas em particular; uma descrição rica e profunda do fenómeno a ser estudado; uma abordagem do campo investigado a partir do interior; a recolha de informações numerosas e detalhadas com vista à apreensão da totalidade do caso a investigar; uma participação activa na vida dos actores sociais que investiga.

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4. Metodologia

Recolha de dados

A pesquisa documental;

A plataforma;

A observação participante;

Os inquéritos por questionário (Q1, Q2 e outro por telefone ou

e-mail);

As entrevistas semi-estruturadas aos professores

bibliotecários;

As entrevistas semi-estruturadas aos coordenadores da RBEP.

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Análise documental

Análise de notas de terreno

Análise de questionários

4. Metodologia

ENCONTROS DE FORMAÇÃO

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE

Caracterizar a RBEP enquanto comunidade de prática (Q1).

Caracterizar a prática do professor bibliotecário na comunidade educativa (Q2).

Caracterizar o contexto.

PLATAFORMA Q 1 E Q2 E OUTRO

Conhecer a prática dos PB

Conhecer o funcionamento da comunidade, a sua linguagem e a sua dinâmica de trabalho.

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Análise das entrevistas

Caracterizar a comunidade.

Caracterizar a percepção dos coordenadores sobre o impacto da plataforma RBEP nas Bibliotecas Escolares.

Conhecer a identidade profissional dos coordenadores da RBEP.

Caracterizar a comunidade RBEP.

Caracterizar a percepção dos seus professores bibliotecários sobre o impacto da rede e da sua plataforma nas bibliotecas escolares, e conhecer o impacto na sua identidade profissional.

4. Metodologia

Aos PBAos

Coordenadores

Entrevistas

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4. Metodologia

Questionários

56 professores bibliotecários da RBEP inquiridos (Q1 e Q2) e por e-mail ou telefone para obter os seguintes dados:

distribuição por género e por concelho; formação de base; concurso para o cargo; formação; opção ou não por uma turma.

8 professores bibliotecários entrevistados:

3 coordenadores da RBEP entrevistados.

Entrevistas

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4. Metodologia

Tratamento dos dados

Utilização de ferramentas informáticas (NVivo 8; Encuesta fácil);

Análise de conteúdo baseada em L’Écuyer (1988) e Lopes

(1993): Três etapas: leituras preliminares e estabelecimento de uma lista de enunciados (consiste numa pré-análise); escolha de definição das unidades de classificação; processo de categorização e de classificação.

Triangulação dos dados:

fontes diversificadas; sessão de apresentação dos resultados preliminares num Encontro de Formação.

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5.1 Resultados - contexto da RBEP

- 34 agrupamentos;- 22 escolas secundárias não agrupadas;- a Direcção Regional de Educação do Norte;- a Câmara Municipal do Porto;- o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares;- o Centro de Recursos e Investigação para a Literatura Infantil e Juvenil (CRILIJ);- a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral – APPC; - a Biblioteca Municipal Almeida Garrett; - o centro de Formação Guilhermina Suggia;- duas associações de Pais: a Federação Regional das Associações de Pais do Porto (FRAPP) e a Federação Concelhia das Associações de Pais do Porto (FECAP).

A dimensão da Rede de Bibliotecas Escolares do Porto

(Dezembro 2009)

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5.1 Resultados - contexto da RBEP

A dimensão da Rede de Bibliotecas Escolares do Porto

Figura 1. Mapa dos concelhos do distrito do Porto com escolas aderentes à RBEP

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Figura 2. Estrutura da RBEP

5.1 Resultados - contexto da RBEP

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Objectivos da RBEP  Normalizar procedimentos biblioteconómicos; monitorizar e racionalizar recursos documentais da Rede; criar um catálogo colectivo que se pretende exemplar, aberto e partilhável, sempre actualizado e que seja uma imagem dos acervos da Rede; disponibilizar uma biblioteca virtual online com documentos específicos para a Rede; normalizar a linguagem documental escolar de forma a permitir a uniformização da indexação nas bibliotecas escolares; facilitar os empréstimos inter-bibliotecas; divulgar notícias e eventos de interesse para a Rede.

5.1 Resultados - contexto da RBEP

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http://194.79.88.139/rbep/

Pretende-se que o portal seja um “instrumento de formação e informação para todas as faixas etárias da comunidade de leitores” (Carvalho, 2006).

Figura 3: Portal da RBEP

5.1 Resultados - contexto da RBEP

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5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

O domínio de referência - as bibliotecas escolares e as literacias.

Os PB têm uma linguagem especializada (biblioteconomia) e enfrentam as mesmas dificuldades.

São desenvolvidas as seguintes temáticas: actividades de bibliotecas escolares; sugestões de leitura; ferramentas para fazer referenciação bibliográfica; notícias actuais relacionadas com bibliotecas; catálogos colectivos; recursos biblioteconómicos.

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A RBEP – uma comunidade de prática

A comunidade - o empenhamento mútuo

A comunidade de prática resulta do empenhamento mútuo dos PB no domínio.

Participação nos encontros presenciais semanais.

Participação na plataforma (blogue, fórum, wiki, e-mail instantâneo, chat, Twitter e agenda).

Existe uma representação comum do trabalho desenvolvido na RBEP.

A entreajuda é uma modalidade do empenhamento mútuo na comunidade. A maioria solicita a partilha de informações (técnicas).

5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

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A RBEP – uma comunidade de prática

A comunidade - o empreendimento comum

Os dados do Q1 e das entrevistas permitem verificar a existência de um empreendimento comum entre os membros (negoceiam tarefas e temáticas, planificam actividades).

Balanço regular das actividades desenvolvidas.

Organização de actividades a serem desenvolvidas nas bibliotecas escolares.

O empreendimento comum dos membros traduz-se no trabalho colaborativo na comunidade e na discussão que se desenvolve sobre o domínio de referência.

5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

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A RBEP – uma comunidade de prática

A comunidade - o repertório partilhado

Repertório de recursos na plataforma da RBEP.

Ferramentas adicionais como a referenciação bibliográfica.

“Currículo vivo” da comunidade (Wenger, 1998, 2005).

A participação activa dos membros na plataforma da RBEP faz viver a comunidade ao mesmo tempo que vai construindo o repertório.

A plataforma foi vista pela maioria dos inquiridos como de grande utilidade, nas ferramentas de apoio e nos conteúdos actualizados, sempre disponíveis.

5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

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A RBEP – uma comunidade de prática

A prática

Nos encontros presenciais / na plataforma e nas escolas.

As mesmas dúvidas e necessidade de adquirir saberes similares (Q1).

Plataforma – consultada pela maioria mais de duas vezes por semana.

As acções mais frequentes são a leitura de notícias e de documentos de apoio à prática profissional; leitura de convocatórias para os encontros de formação; disponibilização do catálogo da sua escola e consulta do correio da RBEP (Q1).

Prática dos PB nas suas escolas (Q2 e entrevistas).

5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

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A RBEP – uma comunidade de prática

A prática

Colaboração com os Coordenadores de Departamento (entrevistas);

Constrangimentos à colaboração entre o PB e os docentes: o excesso de trabalho o cumprimento de programas extensos; falta de tempo; visão ainda negativa da BE; falta de valorização desse espaço por parte das direcções de algumas escolas.

Muitas tarefas administrativas (dificultam o trabalho do professor bibliotecário).

Muitas vezes desenvolvem tarefas de atendimento ao público quando estas poderiam ser desenvolvidas por outros elementos.

5.2 Resultados A RBEP uma comunidade de prática

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As características da(s) identidade(s) profissional (profissionais) dos PB da RBEP

Identidade híbrida (consideram-se mais professores do que bibliotecários).

Procura de formação especializada para reforçar saberes teóricos e práticos.

A construção da identidade do professor bibliotecário da RBEP resulta de uma articulação entre duas transacções, uma interna ou biográfica e outra externa ou relacional.

5.3 Resultados A(s) identidade(s) dos PB da RBEP

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As características da(s) identidade(s) profissional (profissionais) dos PB da RBEP

Transacção subjectiva

A transacção subjectiva (biográfica) do PB ou identidade para si é positiva (entrevistas); vontade de investimento pessoal nas BE; vontade de dar continuidade ao cargo, paixão pelas BE devido ao seu carácter criativo.

5.3 Resultados A(s) identidade(s) dos PB da RBEP

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As características da(s) identidade(s) profissional (profissionais) dos PB da RBEP

Transacção objectiva

A transacção objectiva (externa) dos PB está dependente da política de gestão da escola.

A maioria dos entrevistados salienta uma mudança para um reconhecimento da actividade do PB e considera que os docentes e as Direcções Executivas compreendem e apoiam a sua acção na escola.

A legislação para o cargo do PB veio reforçar o papel deste docente e dar-lhe dignidade.

Os PB trabalham para serem reconhecidos usando técnicas de marketing.

5.3 Resultados A(s) identidade(s) dos PB da RBEP

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Representações da RBEP e importância atribuída

Um desafio: ter o catálogo online.

Aumento de responsabilidade.

Evita o isolamento (trabalho em rede).

Aumenta o nível de exigência dos PB.

Aumenta a satisfação profissional.

5.3 Resultados A(s) identidade(s) dos PB da RBEP

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5.4 Resultados O impacto da RBEP nas escolas

O impacto da RBEP nas escolas e nos professores

Vontade de aderir à rede e formalização da adesão.

Planeamento de actividades em conjunto.

Conhecimento e adaptação de boas práticas.

Elaboração dos catálogos (conhecimentos técnicos).

Incentivo ao trabalho colaborativo.

Resolução de problemas junto dos directores (entrevistas).

Melhoria do sucesso educativo (Q2 e entrevistas): desenvolvimento das competências dos alunos a nível das literacias,

da pesquisa da informação e do espírito crítico; formação de utilizadores.

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Utiliza as ferramentas da plataforma da RBEP; participa nos encontros presenciais; comunica na plataforma; partilha recursos na plataforma; partilha recursos nos Encontros de Formação; divulga prática / actividades desenvolvidas na sua biblioteca; mantém actualizado o catálogo da sua biblioteca; procura formação contínua e especializada e sobretudo nas TIC.

O professor bibliotecário tipo considera a comunidade RBEP como uma comunidade de sucesso, inovadora e que marca a sua identidade, aumentando a sua responsabilidade na escola.

5.5 Resultados – perfil do professor bibliotecário da RBEP

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Perfil tipo do professor bibliotecário da RBEP

De acordo com os coordenadores da RBEP, um professor bibliotecário tipo tem: formação científica na área da biblioteconomia; competências de gestão e organização da biblioteca; formação técnica de informática, de animação da leitura e das bibliotecas; conhecimento da realidade escolar e do currículo.

Um professor bibliotecário tipo, em geral, valoriza o trabalho colaborativo na escola e nas redes, com profissionalismo.

5.5 Resultados – perfil do professor bibliotecário da RBEP

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Apoio do Director;

Trabalho colaborativo com os diversos departamentos;

Equipa com competências diversificadas nos domínios: pedagógico; gestão de projectos; gestão da informação; ciências documentais; tecnologias de informação e comunicação (Portaria 756/2009

de 14 de Julho. Artigo 4) e o apoio da assistente operacional.

5.6 Resultados – contextos necessários ao bom desempenho do PB

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Impacto que profissionais qualificados podem ter na promoção das diversas literacias

5.7 Resultados A promoção das literacias

sucesso educativo;

desenvolvimento das diversas literacias;

formação na pesquisa e no tratamento da informação;

desenvolvimento do espírito crítico dos alunos;

apoio ao currículo;

apoio no desenvolvimento de projectos;

apoio nas tecnologias da informação e comunicação.

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6. Conclusões

Redes de aprendizagem em expansão.

As tecnologias são essenciais enquanto facilitadoras dessas comunidades (os “habitats digitais”).

A conexão entre os membros da rede aumenta o sentido de responsabilidade em relação à biblioteca escolar e evita o isolamento dos seus profissionais, reforçando o elo social.

Papel fundamental da plataforma para dar sustentabilidade à rede.

As ferramentas disponíveis reforçam o empenhamento mútuo e o empreendimento comum na comunidade e contribuem para a criação de um repertório partilhado de recursos.

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A RBEP: uma Comunidade de Prática

Apresenta as três características evidenciadas por Wenger (1998): um domínio de referência, uma comunidade e uma prática.

A RBEP atingiu a fase da sustentabilidade (ciclo de vida) conseguida graças à acção dos coordenadores, à existência de uma plataforma e ao clima de confiança que contribui para o empenhamento dos membros.

6. Conclusões

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A identidade profissional dos PB da RBEP

Identidade profissional híbrida: professores e bibliotecários.

Identidade profissional em contínua construção:• Resultado de sucessivas socializações profissionais.• Necessidade de provar continuamente a sua identidade

enquanto professor bibliotecário.

Os PB vêem interesse em continuar na RBEP: Desenvolvem competências nas bibliotecas escolares. Vêem na RBEP a resposta à identidade profissional pretendida.

A acção do professor bibliotecário “rbepiano” enquadra-se numa cultura profissional que valoriza a colaboração e a partilha.

6. Conclusões

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A identidade profissional dos PB da RBEP

As competências diversificadas do PB abrangem áreas como:

a Biblioteconomia;

a Economia;

a Sociologia;

a Psicologia;

a Ética;

a Gestão;

as TIC (maiores dificuldades sentidas).

6. Conclusões

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Benefícios da pertença à comunidade RBEP

Contributo fundamental para a profissionalidade dos PB. Para a escola (criação de um catálogo colectivo)

Com a pertença à RBEP o professor bibliotecário ganha reconhecimento na escola.

Adopção de um novo modelo de biblioteca escolar como centro nevrálgico do ensino / aprendizagem com vista ao sucesso educativo.

6. Conclusões

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A RBEP fomenta uma cidadania participativa.

Papel essencial dos coordenadores para o bom funcionamento da RBEP, sem os quais a comunidade não existiria.

Quanto ao futuro, vislumbra-se uma passagem para redes concelhias com um envolvimento maior das câmaras municipais.

6. Conclusões

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A RBEP – um modelo de comunidade de prática a seguir

Importância de uma equipa coordenadora a tempo inteiro;

equipa multidisciplinar a coordenar a rede para criar o “habitat digital”;

clima de confiança;

abertura à inovação, às funcionalidades da web social: bookmarking social, Twitter e facebook.

7. Perspectivas para o futuro

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Futuras investigações

Investigações sobre o trabalho em rede nas bibliotecas escolares.

Estudos longitudinais sobre comunidades de prática de professores bibliotecários.

Investigações sobre redes concelhias e o apoio às literacias e ao currículo (estudo em larga escala).

Investigações sobre temas específicos da lista de difusão da RBE.

7. Perspectivas para o futuro

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A REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DO PORTO COMO COMUNIDADE DE PRÁTICA E A IDENTIDADE DOS PROFESSORES BIBLIOTECÁRIOS : UM ESTUDO DE CASO

Maria Natividade da Rocha Santos 26 / 10 / 2010

Tese de Doutoramento