a montanha prateada - prólogo

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A S A V E N T U R A S D E J A C K B R E N I N A MONTANHA PRATEADA Livro TRÊS 6a prova - A MONTANHA PRATEADA.indd 1 5/3/2013 15:24:28

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Após A Noz de Ouro e O Portal de Glasruhen, Catherine Cooper, autora vencedora do Brit Writers Awards, apresenta o volume mais esperado da série As Aventuras de Jack Brenin: A montanha prateada. Presente nas principais listas de mais vendidos da Inglaterra, a série já vendeu mais de 500 mil exemplares no Reino Unido.

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Page 1: A montanha prateada - Prólogo

as aventuras de jack brenin

A MONTANHAPRATEADA

livro três

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Page 2: A montanha prateada - Prólogo

Série As Aventuras de Jack Brenin

A Noz de Ouro(vol. 1)

O Portal de Glasruhen(vol. 2)

A Montanha Prateada(vol. 3)

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Page 3: A montanha prateada - Prólogo

A MONTANHA PRATEADA

CATHERINE COOPERILUSTRAÇÕES DE

RON COOPER e CATHERINE COOPER

Tradução Maria de Fátima Oliva Do Coutto

as aventuras de jack brenin livro três

Rio de Janeiro | 2013

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Page 4: A montanha prateada - Prólogo

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PRÓLOGO

Jack apontou a varinha para seu dedão do pé e leu de novo o feitiço. Acrescentou um efeito sonoro quando a faísca azul saiu da ponta.

— Kerpow!Pelos brancos e compridos cresceram do nada. O dedão inteiro logo

ficou coberto deles.— Olha só, Orin! Gosta do meu dedão peludo?Orin desceu da gaiola e examinou o pé de Jack.— Da próxima vez, que tal tentar pelo verde? — guinchou

animada.— Primeiro é melhor ver se consigo fazer sumir esse monte de

pelos.Jack deu uma última espiada no dedo cheio de cabelos antes de

tentar reverter o feitiço. Quando duas faíscas azuis atingiram seu dedo, os tufos brancos sumiram. Jack respirou fundo, folheando as páginas do Livro de Sombras.

— Esse capítulo ensina a mudar o formato do nariz e das ore lhas, fazer verrugas aparecerem e desaparecerem, crescer cabelos

Loçãocalamina

Curiosidades

sobreDragões

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Page 5: A montanha prateada - Prólogo

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CATHERINE C O OPER

em dife rentes partes do corpo, mas não explica como me ver livre dessas pintas.

Foi até o espelho e examinou o rosto. Há sete dias, tinha bolhas, mas agora parecia uma criatura esquisita de pele manchada e pálida. Nora insistira para que usasse a loção calamina, e ele se besuntara da cabeça aos pés. Cada ponto que coçava tinha sido coberto por uma pitada da loção cor-de-rosa, que felizmente se tornara branca ao secar. Nora havia jurado que, com o remédio, a coceira iria parar. Ela acertara em cheio, mas isso não apressava sua recuperação. Recusara-se a usar qualquer tipo de mágica para livrá-lo da catapora. Quando Camelin soube que a doença era altamente contagiosa, decidiu não visitá-lo. A única men-sagem que mandara para Jack em seu Livro de Sombras dizia...

... Esse último contato fora feito havia uma semana, e, desde então, o amigo nem aparecera na janela de Jack.

Nos primeiros dias, ele passara tão mal que nem conseguia se mexer, mas agora começava a ficar inquieto. Não era nada fácil manter-se tran-cado no quarto esperando as bolhas sumirem. O bom é que assim tinha bastante tempo para explorar os diferentes capítulos de seu Livro de Sombras e escrever para Elan. Contou-lhe sobre a plantação dos brotos de hamadríade, sobre o seu rápido crescimento e sobre como as Gnarles na Floresta de Newton Gill ficaram animadas quando ele trouxe Allana

Xami

quando

a pintadinha

for enbora

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Page 6: A montanha prateada - Prólogo

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A Montanha Prateada

de volta. Havia cantado uma música para elas, aquela que cantaria na apresentação de fim de ano — isso se já estivesse melhor. Jack olhou o calendário e contou os dias que faltavam para o fim do ano letivo. Precisava melhorar logo. Sorriu ao ver o grande círculo vermelho ao redor do dia anterior, o dia em que visitaria a nova escola secundária. Andava muito preocupado com isso nas últimas semanas e, no entanto, conseguira escapar. A catapora fora a melhor desculpa do mundo para não ir, mas ficar doente o impedia de ir a qualquer outro lugar também.

Não se sentia exatamente entediado, mas os dias pareciam vazios e intermináveis. Depois de toda animação e aventura recentes, era duro ter de se comportar como um garoto comum o tempo todo. Queria voar de novo, e sentia saudades de Elan e de Camelin. Elan escrevera perguntando como ele estava, mas não lhe contara nenhuma novidade. Ele passara horas revivendo as aventuras em Annwn, mas, quanto mais pensava nisso, mais sentia vontade de voltar para lá. Uma forte batida na porta do quarto o sobressaltou.

— Olha só quem veio visitar você — disse o avô, entreabrindo a porta.

Não foi difícil adivinhar, pois Jack só recebia uma visita. Sorriu quando Nora entrou e acomodou uma cesta em sua cama.

— Como está se sentindo hoje?— Acho que já estou bom para sair — respondeu Jack, espe-

rançoso.Nora examinou as manchas de Jack e balançou a cabeça.— Talvez consiga nos visitar daqui a alguns dias, mas só vai poder

voltar à escola na semana que vem.— Quando vou poder voltar a voar? Prometi a Charkle que o

aju daria a procurar a família.— Voar? Nem pensar nisso. Primeiro precisa estar completamente

curado.Jack suspirou e afundou na cama. A cesta de Nora quase caiu. Ela a

ajeitou e sorriu ao abrir a tampa.

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Page 7: A montanha prateada - Prólogo

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CATHERINE C O OPER

— Trouxe uma surpresa. Um livro que pode ser muito útil no dia em que você for caçar dragões.

Jack observou Nora desembrulhar com cuidado um pacote retan-gular. Entregou-lhe um de seus livros feitos à mão. Era vermelho, com um fecho enfeitado e os cantos decorados. A capa parecia dura e meio escamosa.

— É o meu livro Curiosidades sobre dragões. Levei anos para juntar todas essas informações e mais tempo ainda para encontrar uma pele de dragão para encapar o livro.

— Pele de dragão?— Isso, pele de dragão de verdade. Tome muito cuidado com ele e

aprenda o máximo possível. Algo me diz que, se Charkle for procurar a família, vai precisar de toda ajuda que estiver ao nosso alcance.

— Depois vou dar uma olhada, prometo.— Agora vou deixar você sozinho para estudar o livro. Pode devolver

na sexta-feira. Até lá, suas bolhas já devem ter desaparecido.Tão logo Nora fechou a porta, Jack abriu o livro e começou a leitura.

Sentiu um frio na espinha ao virar as páginas. Teve a sensação de que uma nova aventura estava prestes a começar.

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