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MAIS PRÓXIMO DAS REGIÕES LEIRIA www.maisproximodasregioes.negocios.pt A força de Leiria está na indústria Oportunidades Os caminhos apontados pelos líderes Socem A empresa de moldes Google minded A Box Santander Advance Empresas esteve em Leiria. Conheça os pontos fortes da região e as áreas onde se pode desenvolver Ricardo Ponte ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº 14 528 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE www.cmjornal.pt

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MAIS PRÓXIMO DAS REGIÕESLEIRIA

www.maisproximodasregioes.negocios.pt

Este suplemento fazparte integrante do Jornal deNegócios n.o 3965,de 1 de abril de 2019, e não pode ser vendido separadamente.

A força de Leiriaestá na indústria

OportunidadesOs caminhos apontados pelos líderesSocemA empresa de moldes Google minded

ABox SantanderAdvance Empresas esteveem Leiria. Conheça os pontos fortes daregião e as áreas onde se pode desenvolver

Ricardo Ponte

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO Nº 14 528 DO CORREIO DA MANHÃ E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

www.cmjornal.pt

Page 2: A forçade Leiriacofinaeventos.pt/wp-content/uploads/2019/04/SUPLEMENTO... · 2019. 4. 3. · 04IESPECIAL TERÇA-FEIRA 02ABRIL2019 evia-secriarumdesí-gnionacionaleaca-barcomoRH.Osjo-venssentem-seofendidosaosertra-tados

02 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA02ABRIL2019

aterceiravezqueaBoxestáemLei-ria, o quemostracomo o banco

olhaparaLeiria,quesetemdestaca-do indústria, quepesa36%noPIBdaregião,quecomparacomos22%emtermosnacionais”,referiuPedroCastroeAlmeida,presidenteexecu-tivodoSantander. “Segundoosda-dosdoINE,62%dasempresas sãocompetitivasno seusetor, quando,emPortugal, o indicadoréde40%.Entre2011até2018,verifica-sequehouveumagrandeevoluçãodasex-portaçõesportuguesas, crescerammaisde50%,masnocasodeLeiriaduplicaram,oquetemavercomestefatorcompetitivo”.

Oolharparaoexteriorporpar-tedasempresasportuguesaséumaoportunidade para o Santander,que está presente em várias geo-grafias nomundo. “Pode ajudar afazerapontecomessaseconomiasexternas,poisobancotememcada

país um international desk, que éum centro que faz as ligações.Qualquerempresaportuguesaquese queira internacionalizar paraumpaís, poderecorreraoSantan-der para obter informações sobreas tarifas, a fiscalidade, o negócio,a concorrência e, quando chega aessepaís,oempresário jánãoéumestranho,porqueoSantandernes-se país já sabe quem, já temo en-quadramentoefaztodooacompa-nhamento”, sublinha IldaCosta,diretoracomercialdeempresasdoSantanderLeiria.

Alémdosespecialistasdodeskinternacional, emLeiriapodemteroapoiodecincogestoresdedicadose, além dos balcões que fazem oacompanhamento das empresascomfaturaçõesabaixodos3milhõesdeeuros.Obancotemumconjuntode linhasdeapoioaonegócio inter-nacional,comtodososinstrumentosde crédito e de transacionalidade,“emqueajudamososclientesnestesprodutosmaisespecíficos”, salientaIldaCosta.

Trade e formaçãoO banco tem um portal Trade, e,qualquerempresaclientedoSantan-der,comoseucódigopautal,podefa-

zerumapesquisamundial ounummercado e saberquemsãoos seusconcorrentes, que feiras existem.NesteportalexisteumclubeSantan-derondeestão inscritosos clientesdobanco,que,emprincípio,sãoem-presasdebomriscoecomquempo-demestabelecercontactos comer-ciaiseoutros.“Pelofeedbackquete-mos, temajudadomuitoasempre-sas na sua internacionalização. OmaiorutilizadoremPortugaldopor-talTradeéumaempresadaMarinhaGrande,que temumapessoadedi-cadaatempointeiroafazerpesqui-sasnoportalparaoportunidadesdenegócio”,disseIldaCosta.

“Há tendência de ver o bancocomoumfinanciador,mas temou-trosserviços”,afirmouIldaCosta.Obancotambémtemumaofertanãofinanceiraaoníveldaformação,comformaçãoonlineepresencial.Aem-presapodeterumestagiárioduran-

tetrêsmeses,escolhidopelaempre-sasemqualquercusto.“Éumaajudaparaaaproximaçãoentreasuniver-sidades e as empresas eparaopri-meiroemprego”,concluiuadiretoracomercial deempresasdoSantan-derLeiria.

PedroCastroeAlmeidafaloudaculturadaformiganoSantander,queem“temposdeeuforiaseresguardaparaseprepararparaostemposmaisdifíceis,pois,comooutrossetores,onegócio financeiro é cíclico”.ComestaestratégiaoSantanderpassou,emtermosdeproduçãodecrédito,deumaquotademercadoem2007de5%para20a25%osúltimosanos.“Obancotemumaposturademer-cadomaisdemédioelongoprazo,oquenospermitiuchegaraumaposi-çãode sermoshoje emdiaomaiorbancoprivadoemtermosdecréditoederentabilidade”, concluiuPedroCastroeAlmeida. �

FILIPE S. FERNANDESTextosRICARDO PONTEFotografia

“É

Leiria, tem-se destacado na indústria, “quepesa 36% no PIB da região, que comparacom os 22% em termos nacionais”, referiuPedro Castro e Almeida, presidente executivodo Santander. Acrescentou que 2011 até 2018,as exportações de Leiria duplicaram.

O peso da indústriae das exportações

NEGÓCIOS INICIATIVAS Box Santander Advance Empresas - Leiria

Ilda Costa, diretora comercial de empresas do Santander em Leiria, Raul Castro, presidente da CâmaraMunicipal, e Pedro Machado,

As“ConversasSoltas”, tendocomotemaLeiriaemPerspetiva, decorre-ram naBoxSantanderAdvance, a 20 deMarço em Leiria, no âmbito dainiciativaMaisPróximodasRegiões.ParticiparamnaconversaAnaSar-gento, vice-presidentedo InstitutoPolitécnicodeLeiria, AntónioPoças,presidentedoNERLEI,LuísFebra,presidentedaSocem,PedroMachado,presidente daDireção-geral TurismoCentro, Raul Castro, presidente daCâmaraMunicipaldeLeiriae IldaCosta,diretoracomercialdeempresasemLeiria, tendocontadocomamoderaçãodajornalistaAndreiaVale.

Conversa à solta em Leiria

Emjunhode2018osdadosapontavamparaumataxadeempregabilidadede94,6%,queemalgunscursoscomoin-formática, engenharia industrial, en-genhariamecânica, educação básicaatingiaos100%.Ligeiramenteabaixode 90%está a licenciatura de comu-nicaçãoemedia.

Instituto Politécnico

OInstitutoPolitécnico de Leiriaofere-ce nas suas cinco escolas distribuídasporLeiria,CaldasdaRainhaePeniche,49 licenciaturas e 72 cursos de pós-li-cenciatura que envolvemmestrados,pós-graduações e os Cursos TécnicosSuperiores Profissionais (CTeSP), ten-docercade12mil alunos.ComoreferiuAnaSargento,vice-presi-dentedoInstitutoPolitécnicodeLeiria,osCTeSP, inserem-se“nanossamissãode escola politécnica de ter umaofer-

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ESPECIAL I 03TERÇA-FEIRA02ABRIL2019

Dois projetos estruturantes são oprocessodecandidaturadeLeiriaaCapital EuropeiadaCultura, quevai envolver26municípios e a ins-talação em Leiria do cluster dasTICE(TecnologiasdeInformação,ComunicaçãoeEletrónica).

“Osetorprivadotemsidoogran-deobreiro, o fatormais importantedeLeiria,porquequandofalamosdepessoas, falamos empostosde tra-balho, emempresas, é aqualidadedosnossosempresáriosqueestáemcausa.EmLeiriatemostidoafelici-dadede terempresáriosdealtoga-baritoque têmgarantidoasusten-tabilidade daeconomia local”, sa-lientouRaulCastro, presidentedaCâmaraMunicipaldeLeiria.

“Omercado, sobretudo inter-nacional, não é constante, por ve-zes, temas suas oscilações. Entre2017e2018asexportaçõesaumen-taram, o que quer dizer que o po-tencial existente estáaserdevida-menteaproveitado,mas,porvezes,fatores exógenos, como o Brexit,poderãoterrepercussões”,afirmouRaulCastro.

Oautarcasublinhouqueexis-temoutrosfatoresdepesonodes-envolvimentodeLeiria,paraalémda“imaginaçãodosempresários”edopapeldasassociaçõesempre-sariais comoaNerlei. É o casodoInstituto Politécnico de Leiria,querepresentamaisconhecimen-to,edotalentoqueexistenasmaisdiversas atividades e vertentescomoasartes.

Cultura e TecnologiasReferiu que o papel da CâmaraMunicipal é fazer com que tudofuncione e garantirqueháquali-dadedevida.Sublinhouque“adi-nâmicaempresarial do concelho,queédaresponsabilidadeosnos-sos empresários, foi de tal ordemquehojenãohápraticamente ca-sas para comprar, o que traz umproblema.Umdosdesafioséasus-tentabilidadedestadinâmicaem-presarial e que a Câmara possaacompanharnoquedizrespeitoaoespaçopúblico”.

RaulCastrofalouaindadedoisprojetos estruturantes. Por um

lado,oprocessodecandidaturadeLeiriaaCapitalEuropeiadaCul-tura, que vai envolver26municí-pios num território contíguo,“para tentar unir as pessoas emproldosinteressesdaregião”edizqueembreve“vãocomeçarades-envolver-separatodoesteterritó-rio. Vai fazer-se sentiràs pessoasquevaleapenaassumiradefesadoseu território”. Hoje, Leiria temcercade600eventosporano.

UmdosobjetivosaconcretizaréainstalaçãoemLeiriadoclusterdasTICE (Tecnologias de Infor-mação, Comunicação eEletróni-ca), as empresasdasnovas tecno-logiasnumaparceriacomoNerleiparaatrair empresas nacionais einternacionaisdetecnologia.

OIPLtemumaofertaformati-vavariada,maséreconhecidoaní-velnacionaloscursosdeinformá-tica, nomeadamente na área daprogramação enaáreadas redes,eéporissoqueaPoliciaJudiciariatemumprotocolocomoIPLparaterumapós-graduaçãoemCiber-segurança.�

Leiria, a vantagemde ter bons empresários

Entre 2014 e 2018, as dormidaspassaramde370milpara600mil.Estáacrescer a 15%ao ano, que éumcrescimento significativo, en-quantoPortugal cresce a6/7%. “Apromoçãotemdeserfeitacontinua-mente, e tem sido numa parceriacomaCâmaraMunicipaldeLeiria,mas tambémcomos agentes eco-nómicos como o NERLEI, entreoutrosque contamnestaconstela-ção que é o turismo, como dizia oprofessorErnâniLopes”,referiuPe-droMachado, presidente daDire-ção-GeralTurismoCentro.

Entre2014e2018,asdormidaspassaramde370milpara600mil.Estáa crescer a 15%ao ano, que éumcrescimento significativo, en-quantoPortugalcrescea6/7%.Emjaneiro de 2019, Portugal cresce a4%,aregiãoCentroa7%.“Querdi-zerquetemosprodutoeLeiriatempatrimónio,cultura,praia, temumconjunto diversificado do que nósconsideramosseremrecursos,quenos ajudam a promover e a criarprodutoturístico,temumageogra-

fiaextraordináriado ponto de vis-ta do seu posicionamento”, expli-couPedroMachado.

O pivô do crescimento é, se-gundoRaulCastro,oturismoreli-gioso, comFátima, o turismo ju-daico, e o caminho de Santiago, aque se juntam “vários segmentosdeturismocomooturismodason-das, do património classificadopelaUnesco comoAlcobaça, Ba-talha, Convento deCristo emTo-mareaUniversidadedeCoimbra,os castelos, oMuseu da Indústriavai ser uma realidade em Leiria,etc.”.Oautarcaconsideraque “te-mosdesenvolvidoobrapúblicavi-radaparao turismoe temosaindaalguma falta de resposta em ter-mosdehotelaria”.

ADireção-geralTurismoCen-tro lançouumobservatório de tu-rismocomo InstitutoPolitécnicode Leiria “paramedir e perceberquemnosvisita,quaissãoasmoti-vações, as expectativas e como éque gere este crescimento”, reve-louPedroMachado.�

A importância do turismo religioso

presidente da Direção-geral Turismo Centro.

UmadasreivindicaçõesdaregiãodeLeiriaéautilizaçãocivil dabaseaé-readeMonteReal.“Sealguémtives-sedúvidastécnicas,avindadoPaparesolveu esseproblema”, afirmouRaul Castro. “Se isto seconcretizarvãoaumentarosvisitantes, osho-téis”. ComodissePedroMachado,“95%dofluxoturísticodePortugaléporavião”,salientandoqueaRya-nair lançou emFátimaanovarotaLurdes-Lisboa. “O que quer dizerqueháumativofortíssimonosenti-dodacapacitaçãoparagerarumain-fra-estruturaaeroportuáriarentávelnanossaregiãoeque seriaMonteReal”,acrescentou.RecordouaindaumestudodaRolandBerger, apre-sentado em Leiria há cercade umano,emquesediziaqueacadênciade600a700mil passageiros/ano,comuminvestimentode30milhõesdeeuros, seriapossível colocardepéestainfra-estrutura.

O aeroportode Monte Real

de Leiria com pleno empregota muito interessante para criarprofissionais aptos a curto prazoparatrabalharnasorganizações”.Observou queas licenciaturaseosmestradosestãoconsolidados,easactualizaçõestemsidofeitastantonos CTeSP, “que sãomais novos eportanto temos feitomais ofertastodos os anos”, e, sobretudo, “naformaçãoparaexecutivos,pós-gra-duações em que tentamos corres-ponderàsnecessidadesdasempre-sas,comumtipodeofertamaisfle-xíveleatualizável”.Noentanto,queestá na forja umanova licenciatu-ra, InovaçãoeEmpreendedorismoSocial, que vai funcionarem tornodeprojectosenãodedisciplinas.Hojeosalunosestrangeiros repre-sentammaisde10%dapopulaçãoestudantildoIPL, jácontamcom70

nacionalidades,eéumaapostafun-damental por causa dos factoresdemográficos. “Estamos todos osanosapesquisarnovosmercados.Temos também em conta a quali-dade,nãonosinteressasóterestu-dantes em número”, referiu AnaSargento, que adiantou que “ de-pois há o fator de retenção, demodoaquefiquemnaregião.Esseéumoutroaspeto”.AnaSargentodeuexemplosdafor-te ligaçãoentreaescola, osalunoseasempresasdaregiãoeacompa-nha ao longo da sua formação. Ocontacto com as empresas faz-secom os estágios deVerão, que nosestágiosfinaisintegradosdaslicen-ciaturas, CTeSP e mestrados. Emmédiaporanorealizam-semaisde3mil estágios.

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04 I ESPECIAL TERÇA-FEIRA02ABRIL2019

evia-secriarumdesí-gnio nacional e aca-barcomoRH.Osjo-

venssentem-seofendidosaosertra-tados como recursos, eu tambémporque não sou um recurso, vivoparaserfeliz, osmeus funcionáriosvivemparaser felizes, e, jáque têmdetrabalharque,pelomenos,nãoosconsideremosrecursos,porqueelessãohumanos, não são recursoshu-manos”, enunciouLuísFebra, pre-sidentedaSocem,gruponaáreadosmoldes.

Em2000decidiramque“erade-preciativo falaremrecursoshuma-nos, criamosumdepartamentodegestãodepessoas, nãoéumadesi-gnaçãointeressantemaspelomenoséumsaltopositivonosentidodeen-cararascoisasdeumaformadiferen-te”,assinalaLuísFebra.

Poroutrolado,pegaramnosca-

sosexemplaresemtermosinterna-cionais e têmvindoa implantarnaempresa, o que chamamomodeloGoogleminded. “Estamosatentaracabarcomfunções,comooperáriodebancada,quepassouatécnicodemontagem. Os polidores, que sãopessoasque têmumtrabalhomaishumilde, trabalhamnumlaborató-rio.Entrarnonossodepartamentodepolimento é comoentrarnumasala de cirurgia de umhospital, ascondiçõessãosimilares”,esclareceuLuísFebra.

China é estratégicaConsideraqueestaideiadecriares-paçosmais agradáveis para traba-lharedarmaisvaloràspessoas“aju-douao crescimento, baixouarota-tividade,aumentouacapacidadedeatração, aumentouaprodutivida-de”e,acrescentaLuísFebra, “esta-

mosaassistiraumfenómenomui-to interessante, équeaspessoasnanossaorganizaçãonãoenvelhecem,têmsempreumsemblante jovem”.

Éumadinâmicaqueestáacon-tagiaroutrasempresasdosetor,“atéporqueoscolaboradoresdofuturoserão necessariamente diferentesdosatuais,porqueatransformaçãodigitalestáamudarasnecessidadesdasempresas”.

ASoceméumgrupodeempre-sasnaáreadosmoldesequeestáins-talada,atravésdeparcerias,noBra-sil,México eChina. “Onosso cres-cimentoestádependentedaecono-mia internacional. No se refere ànossaestratégiadecrescimentofo-camo-nos sobretudonovalor, pro-curandomercadocomumnível dedificuldademaior, ondeas compe-tênciasdosnossosengenheirosedos

nossosprofissionais,queemmuitoscasosestãoanívelsuperiordoqueéomercadocliente, transferindova-loreconhecimento,envolvendo-nosemprojetosdemaiorcomplexida-de”, salientouLuísFebra.

ConsideraaChinaestratégica,onde estão desde 2006, eLuísFe-braacreditaque“aChinavaidomi-nar o mercado internacional dosveículoselétricos”. �

Empresade moldesGoogle mindedCriar espaços mais agradáveis para trabalhar e darmais valor às pessoas “ajudou ao crescimento e àprodutividade, baixou a rotatividade, aumentou acapacidade de atração”, diz Luís Febra da Socem.

NEGÓCIOS INICIATIVAS Box Santander Advance Empresas - Leiria

“D

António Poças, presidente do NERLEI, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander, e Luís Febra, presidente da Socem.

Ricardo Ponte

“Ataxadeempregoéde3,2%,e te-mosumproblemaassociadoa issoque se chamademografia, ou seja,há faltade pessoas para trabalhar,tantoindiferenciadoscomoqualifi-cados,queéumproblematransver-salaopaís”,referiuRaulCastro,pre-sidente da CâmaraMunicipal deLeiria.Acrescentouque “Hojenãohácapacidade,emtermosderecur-soshumanos,parasubstituiraspes-soas que se reformam, paraas em-presasampliaremassuasatividadeseasnovasempresastêmalgumadi-ficuldade emgarantir todos os re-cursos humanos necessários à suaatividade.Esteéoproblemanúme-roumdanossaregião,masseiqueétransversalaopaís”.

PedroMachado, presidentedaDireção-geralTurismoCentro,deuo exemplo do turismo que está acresceraumritmode 15%aoano,emqueafaltaderecursoshumanoscolocaproblemasnoquedizrespei-toaoserviço.“Atéagoradiscutíamosa qualidade, agora é o número depessoas.ÉumproblemacríticoquetemosnaRegiãoCentroequetemosnopaís”,concluiuPedroMachado.

Este invernodemográfico, im-plica, segundo umestudo daUni-versidadedeAveirocitadoporLuísFebra,presidentedaSocem, “aen-tradadenovosimigrantes,queteráquenecessariamente rondaros60milporano”.Nasuaopinião,épre-cisoquehaja“umapolíticaconcer-

tada das entidades competentesparaqualificarosnovosimigrantesque vêmparaPortugal, não haverpolíticasavulsas.Éimportanteiraospaísesdeorigemeatrairqualidade,se isso não for feito, amédio longoprazo, teremos necessariamenteproblemasnasnossasempresas”.

Solução procura-seHámuitasempresasqueestãoafa-zereste caminho sozinhas, tentan-doresolveroproblema. “TemosnadireçãodoNERLEIumaempresadaMarinhaGrande que tem 140trabalhadores,tem40indianos,fru-to do trabalho daquela empresa”,exemplificouAntónioPoças,presi-dentedoNERLEI.

Masoesforçodeumaempresanãochega, e, poroutro lado, as em-presastêmsolicitadoapoioàCâma-raMunicipal deLeiriapara tentarajudar a mitigar esse problema.ComodisseRaulCastro,“sugerimosque fosse criadaumacomissãoprobono,queteriadeterumrepresen-tantedoministériodosNegóciosEs-trangeiros,paraacredibilizar juntodasembaixadas,comquemestamosemcontacto, umrepresentantedoMinistériodaAdministraçãoInter-na para as questões do Serviço deEstrangeiroseFronteiras,represen-tante doMinistério daEducação,paraasquestões daeducaçãoparaas famíliasquevenham,MinistériodaSaúde,ehaveráumacomponen-

tedasegurançaparaqueaspessoasquevenhamsejamsolução emvezdetrazernovosproblemas”.

Por suavez, PedroCastro eAl-meida,presidenteexecutivodoSan-tander, alertouparaoutro desafioadicionalàdificuldadeemarranjarmão-de-obraque é aformação e aqualificaçãodaspessoas.“Estamosnummundoemgrandetransforma-ção digital, o grande desafio não émudarcompletamente os quadrosdasempresasearranjarpessoasdasnovas tecnologias, émuitomais decapacitar e dar formação paraacompanhar estes tempos demu-dança, e é umdesafio aque oSan-tandertambémtemderesponder”,concluiu.�

A urgência de encontrar mão-de-obraA Câmara Municipal de Leiria está a impulsionar uma solução nacional para resolver osproblemas das empresas com a falta de recursos humanos. “Este é o problema número umda nossa região, mas sei que é transversal ao país”, diz Raul Castro, presidente da autarquia.