65% dos metalúrgicos de canoas e nova santa rita já tem os...

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65% dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita já tem os 8% na folha de pagamento Campanha Salarial 2014 Ano XXI nº 293 Agosto / 2014 Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita 65% dos metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita já tem os 8% na folha de pagamento 14ª Plenária da CUT define plebiscito como prioridade Leia mais nas outras páginas Chapa 1, da CUT, eleita com 75% dos votos válidos Página 2 Festa de posse será no dia 13 de setembro Página 3 Metalúrgicos garantem direito de manifestação Página 4 Nossa campanha salarial começou em abril, quando a categoria aprovou em assembleia geral reivindicar a reposição da inflação (5,82%) e um aumento real de 4%. Infelizmente, em maio, o sindicato patronal ofereceu um reajuste de apenas 6% e, antes mesmo de o nosso sindicato consultar a categoria numa assembleia geral, rompeu com as negociações, correu pra baixo da toga da Justiça do Trabalho e ajuizou o dissídio. De lá para cá, respeitando a decisão da assembleia geral do dia 27 de maio, a direção do nosso sindicato promoveu mobilizações em inúmeras fábricas. Muitas empresas ignoraram a decisão inconsequente do seu próprio sindicato e mostraram- se dispostas a conceder ou a negociar reajustes maiores para seus funcionários, com reposição da inflação e um aumento real digno. O parâmetro utilizado foi os reajustes conquistados pelos trabalhadores dos setores de Máquinas Agrícolas e de Reparação de Veículos, que fecharam acordos com reajuste de 8%. Até o fechamento desta edição, cerca de 5.350 trabalhadores e trabalhadoras de 26 empresas já tinham garantido nas folhas de junho ou julho o reajuste de 8% retroativo a 1° de maio, sendo 5,82% referentes à perda inflacionária e 2,06% de aumento real. Esse número de trabalhadores/as pode ser bem maior, pois muitas empresas também reajustaram os salários em 8% e não foram citadas no processo do dissídio registrado no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, sob o número 0020663-46.2014.5.04.0000. A LUTA CONTINUA! Companheiros e companheiras, a luta continua! Se os patrões de suas empresas ainda não concederam os 8%, entre em contato com o sindicato para combinar reuniões e mobilizações para a busca do reajuste. A entidade conta com a participação do maior número possível de trabalhadores/as. Somente com muita luta e organização vamos conquistar um reajuste salarial digno. Na solenidade comemorativa aos 75 anos de emancipação política de Canoas, a Prefeitura Municipal homenageou com a Medalha Pinto Bandeira 11 personalidades que prestaram relevantes serviços à cidade e se destacaram em suas áreas de atuação, contribuindo para o desenvolvimento local. Entre os homenageados estava o ex-diretor de nosso sindicato e metalúrgico aposentado, Francisco Emílio Teixeira, mais conhecido como Chico. Durante a entrega da Medalha Pinto Bandeira - criada pelo Decreto 159, de 1981 - o prefeito Jairo Jorge salientou que os homenageados inspiraram suas comunidades, liderando, educando e motivando. "Estas pessoas são exemplo de dedicação, empenho, conhecimento e esperança", destacou. Quem é Seu Chico Francisco Emílio Teixeira, 71 anos, natural de Novo Hamburgo, é metalúrgico aposentado. Foi militante da Juventude Operária Católica, da Pastoral Operária, de oposições e sindicatos cutistas na região. Foi simpatizante do PCdoB e contribuiu na fundação do PT e da CUT. Trabalhador da Micheletto, foi dirigente sindical metalúrgico de Canoas durante três mandatos. Ao todo, Chico completa este ano 50 anos de luta em favor da classe trabalhadora. Metalúrgico aposentado é homenageado em Canoas

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  • 65% dos metalúrgicos de Canoase Nova Santa Rita já tem os8% na folha de pagamento

    Campanha Salarial 2014

    Ano XXI nº 293 Agosto / 2014

    Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita

    65% dos metalúrgicos de Canoase Nova Santa Rita já tem os8% na folha de pagamento

    14ª Plenária da CUT define plebiscito como prioridadeLeia mais nas outras páginas

    Chapa 1, da CUT,eleita com 75%

    dos votos válidos

    Página 2

    Festa de posseserá no dia

    13 de setembro

    Página 3

    Metalúrgicosgarantem direitode manifestação

    Página 4

    Nossa campanha salarial começou em abril, quando a categoria aprovou em assembleia geral reivindicar a reposição da inflação (5,82%) e um aumento real de 4%. Infelizmente, em maio, o sindicato patronal ofereceu um reajuste de apenas 6% e, antes mesmo de o nosso sindicato consultar a categoria numa assembleia geral, rompeu com as negociações, correu pra baixo da toga da Justiça do Trabalho e ajuizou o dissídio. De lá para cá, respeitando a decisão da assembleia geral do dia 27 de maio, a direção do nosso sindicato promoveu mobilizações em inúmeras fábricas. Muitas empresas ignoraram a decisão inconsequente do seu próprio sindicato e mostraram-se dispostas a conceder ou a negociar reajustes maiores para seus funcionários, com reposição da inflação e um aumento real digno. O parâmetro utilizado foi os reajustes conquistados pelos trabalhadores dos setores de Máquinas Agrícolas e de Reparação de Veículos, que fecharam acordos com reajuste de 8%. Até o fechamento desta edição, cerca de 5.350 trabalhadores e trabalhadoras de 26 empresas já tinham garantido nas folhas de junho ou julho o reajuste de 8% retroativo a 1° de maio, sendo 5,82% referentes à perda inflacionária e 2,06% de aumento real. Esse número de trabalhadores/as pode ser bem maior, pois muitas empresas também reajustaram os salários em 8% e não foram citadas no processo do dissídio registrado no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, sob o número 0020663-46.2014.5.04.0000.

    A LUTA CONTINUA! Companheiros e companheiras, a luta continua! Se os patrões de suas empresas ainda não concederam os 8%, entre em contato com o sindicato para combinar reuniões e mobilizações para a busca do reajuste. A entidade conta com a participação do maior número possível de trabalhadores/as. Somente com muita luta e organização vamos conquistar um reajuste salarial digno.

    Na solenidade comemorativa aos 75 anos de emancipação política de Canoas, a Prefeitura Municipal homenageou com a Medalha Pinto Bandeira 11 personalidades que prestaram relevantes serviços à cidade e se destacaram em suas áreas de atuação, contribuindo para o desenvolvimento local. Entre os homenageados estava o ex-diretor de nosso sindicato e metalúrgico aposentado, Francisco Emílio Teixeira, mais conhecido como Chico. Durante a entrega da Medalha Pinto Bandeira - criada pelo Decreto 159, de 1981 - o prefeito Jairo Jorge salientou que os homenageados inspiraram suas comunidades, liderando, educando e motivando.

    "Estas pessoas são exemplo de dedicação, empenho, conhecimento e esperança", destacou.

    Quem é Seu Chico Francisco Emílio Teixeira, 71 anos, natural de Novo Hamburgo, é metalúrgico aposentado. Foi militante da Juventude Operária Católica, da Pastoral Operária, de oposições e sindicatos cutistas na região. Foi simpatizante do PCdoB e contribuiu na fundação do PT e da CUT. Trabalhador da Micheletto, foi dirigente sindical metalúrgico de Canoas durante três mandatos. Ao todo, Chico completa este ano 50 anos de luta em favor da classe trabalhadora.

    Metalúrgico aposentado é homenageado em Canoas

  • www.sindimetalcanoas.org.br2 Jornal A Vez e a Voz do Peão - Agosto de 2014

    A Chapa 1, CUTista, encabeçada pelo atual presidente Paulo Chitolina, venceu as eleições do nosso sindicato e reelegeu-se para o mandato no triênio 2014/2017. A chapa obteve 75% dos votos válidos, ampliando a vantagem conquistada há três anos, quando fez 66% dos votos válidos. Já a Chapa 2, de oposição, fez os 25% dos votos válidos restantes na eleição deste ano e diminuiu sua força em relação à eleição passada, quando fez 34% dos votos. As eleições foram realizadas nos dias 23 e 24 de julho e surpreenderam pela grande participação dos associados, que garantiram no primeiro dia de votação o quórum mínimo para validar o pleito. "É o reconhecimento dos metalúrgicos ao trabalho desenvolvido nos últimos anos por nossa diretoria. Conquistamos bons acordos coletivos, com reajustes salariais acima da inflação e várias cláusulas que garantiram benefícios e direitos não previstos na legislação trabalhista", resumiu Silvio Bica, reeleito vice-presidente do sindicato.

    TRANSPARÊNCIA " F i z e m o s u m a e l e i ç ã o l i m p a , c o m responsabilidade, propostas e compromissos. E, durante o processo eleitoral, priorizamos a campanha salarial que vem garantindo reajuste de 8% em várias fábricas da categoria”, ressaltou Paulo Chitolina, presidente reeleito. “Vencemos não só a eleição, mas os ataques, as mentiras, as acusações levianas e as falsas promessas de algumas pessoas que, infelizmente, afrontaram o bom-senso e sempre esconderam da categoria os reais motivos que os fizeram romper com a direção cutista e se bandear para o lado de uma oposição composta por quem já teve a chance de lutar pela categoria, mas vendeu a estabilidade ou não teve capacidade e competência para

    representar com dignidade a categoria. De positivo, essa oposição contribuiu para unificar e fortalecer ainda mais a direção cutista, e mostrar que é preciso investirmos ainda mais na luta e na formação polít ica dos militantes", avaliou o presidente reeleito, Paulo Chitolina.

    UNIDADE Segundo Chitolina, a Chapa 1, CUTista, por mais mot ivos t ivesse para se defender dos ataques e inverdades ditas pela chapa de oposição, preferiu fazer uma campanha ética e limpa porque sempre fez questão de valorizar um dos maiores patrimônios de nossa base metalúrgica, que é a unidade da categoria. "Sempre tivemos claro que os nossos verdadeiros adversários estão entre aqueles que querem explorar, demitir e retirar direitos. Por isso, passado esse processo eleitoral, queremos dialogar com os metalúrgicos que votaram na chapa de oposição para esclarecer uma série de questões, lembrar que a nossa direção terá uma renovação de mais de 30% a partir de setembro e dizer que estamos contando com eles para nos ajudar na luta por bons acordos coletivos, lutar por melhores salários, melhores condições de trabalho nas fábricas, respeito aos direitos trabalhistas e previdenciários, lutar contra o banco de horas, o excesso de jornada e a precarização da mão-de-obra, lutar pela redução da jornada e por aposentadorias justas, entre

    outras lutas importantes", declarou.

    AGRADECIMENTOS A direção do sindicato e outros componentes da Chapa 1 vitoriosa agradecem a todos os 2.650 associados/as que compareceram para votar. No total, 74% dos companheiros e companheiras aptos a votar se deslocaram para uma das 18 urnas fixas ou itinerantes para participar da eleição. A chapa vencedora também fez questão de agradecer o apoio de dezenas de militantes de sindicatos metalúrgicos e de outras categorias que se deslocaram de suas cidades da região metropolitana de Porto Alegre, do interior do RS e de outros Estados, contribuindo para o trabalho de divulgação, de coleta de votos e de outras tarefas importantes da campanha eleitoral vitoriosa.

    Chapa 1, da CUT, eleita com 75% dos votos válidosELEIÇÃO NO SINDICATO

    Categoria esclarecida repudiou mentiras e baixarias

    CAMPANHA SALARIAL A chapa derrotada acusava a diretoria do sindicato de ter fechado acordo de 6% com os patrões. MENTIRA! A chapa derrotada mentia descaradamente, tentava confundir os trabalhadores e trabalhadoras das fábricas menores, tentava fazer eles acreditarem que a diretoria tinha se apelegado, traído a confiança deles. Escondia que quem ajuizou o dissídio foi o sindicato patronal e que a direção do sindicato estava lutando e conquistando reajuste de 8% em negociações por fábricas. E que, na ocasião, mais de cinco mil trabalhadores/as de nossa base já tinham garantido o reajuste reivindicado.

    VALORIZAÇÃO DAS MULHERES A chapa derrotada acusava a chapa CUTista de não valorizar as trabalhadoras. MENTIRA! Por decisão dos últimos congressos, as chapas CUTistas tentam cumprir os índices de representação

    estabelecidos ou número proporcional à quantidade de companheiras nas fábricas. O s indicato sempre incent ivou a participação das companheiras nos coletivos de mulheres, criou um espaço para a Associação de mulheres se reunir e se organizar, deu toda a assistência possível para uma dirigente sindical representar as mulheres na direção da Confederação Nacional dos Metalúrgicos e vem incentivando a participação das mulheres nas cipas e comissões de fábrica e de negociação das PLRs.

    VALORIZAÇÃO DOS APOSENTADOS A chapa derrotada acusava a chapa CUTista de não valorizar os aposentados. MENTIRA! O que a chapa vencedora da CUT questionou junto à comissão eleitoral foi o grande número de candidatos aposentados fora das fábricas (inativos). Eles iam representar quem? Para representar os inativos, a direção do sindicato criou no ano passado o

    Departamento dos Aposentados Metalúrgicos, dando toda a estrutura para a organização funcionar e lutar pelo segmento. Só isso já prova o quanto a direção CUTista valoriza os a p o s e n t a d o s . E e l e s reconheceram o es fo rço , comparecendo em peso para votar na CHAPA 1, que teve 90% do total dos votos, uma fragorosa e acachapante derrota da chapa opositora.

    EXPULSÃO DE COMPANHEIRA A chapa derrotada acusava a chapa CUTista de ter expulsado uma diretora da entidade. MENTIRA! A verdade é que a empresa dela praticamente faliu e ela ingenuamente assinou o aviso prévio. A direção do sindicato conseguiu reverter a demissão, continuou dando assistência jurídica para mantê-la na função e deu espaço para ela trabalhar como liberada, mas ela não soube

    aproveitar a oportunidade. Por causa disso e da impossibilidade de representar companheiros/as nas fábricas, ela ficou de fora da chapa CUTista, motivo pelo qual c o m p ô s a c h a p a d e o p o s i ç ã o . Recentemente, ela foi demitida novamente por culpa da própria chapa de oposição, que se precipitou e anunciou no boletim que sua candidatura estava impugnada, sendo que a comissão eleitoral nem havia analisado o caso. Oportunista, a empresa não aceitou sua condição de candidata e novamente a demitiu.

    Durante o período eleitoral que reelegeu a CHAPA 1 CUTista, várias informações ditas e escritas pelos derrotados da chapa de oposição feriram a dignidade e a ética da entidade e da maioria dos companheiros que estão na direção do sindicato. Felizmente a chapa vencedora não entrou na baixaria e priorizou a campanha salarial porque era preciso continuar a luta por um

    reajuste digno para os metalúrgicos. E a maioria da categoria, esclarecida e ciente de que a chapa de oposição não tinha propostas concretas, apenas mentia e acusava, repudiou as baixarias e impôs uma derrota in-contestável aos componentes da oposição. Para o bem da verdade, nesta edição a direção cutista do sindicato esclarece algumas questões:

    Continua na página seguinte

  • [email protected] Jornal A Vez e a Voz do Peão - Agosto de 2014 3

    BALCÃO DE NEGÓCIO A chapa derrotada acusava a chapa CUTista de se pelega, do patrão. MENTIRA! Ao contrár io da chapa derrotada, que tinha três candidatos que, no passado, venderam para o patrão as estabilidades que a categoria concedeu a eles, transformando os respectivos mandatos em negócios de ocasião, a chapa CUTista era formada por companheiros que nunca se dobraram ao patrão, nunca venderam a estabilidade e nunca fecharam acordos sem consultar a categoria.

    REPRESENTAÇÃO PÍFIA A chapa derrotada dizia ser do “chão das fábricas”. MENTIRA! A chapa derrotada, além de não ter inscrito nominata completa de 40 candidatos (inscreveu oito a menos), incluiu gente que nem sabia porque estava na chapa, gente que nunca militou em movimentos sociais, cipas e outras comissões, incluiu nove aposentados inativos (sem fábrica), sete afastados pelo INSS e dois desempregados. Além disso, apresentou entre os 10 candidatos para a direção Executiva seis de uma mesma fábrica (Agco). Enquanto apresentou nove candidatos desta empresa no total, não

    apresentou nenhum de outras importantes empresas, como a MWM International, a Siemens e a Edlo, por exemplo.

    SEM PRESSÃO A chapa derrotada dizia que alguns dirigentes foram pressionados a sair do sindicato. MENTIRA! Ninguém saiu do sindicato, a não ser os que venderam a estabilidade para o patrão. O mandato dos dirigentes que não entraram na Chapa 1 ainda perdura até 31 de agosto. Até lá eles deveriam estar nas fábricas, honrando seus mandatos, lutando pela categoria e por um reajuste digno, coisa que não fizeram e continuam não fazendo. É por este e outros motivos que não entraram na chapa CUTista, que a cada três anos faz um processo de renovação. Saem aqueles que abrem mão de concorrer para dar oportunidade para outras lideranças. Mas também saem aqueles que pouco ou nada fizeram pela categoria durante o mandato ou que quiseram usar o sindicato para fins e interesses particulares, como é o caso deles.

    OPOSIÇÃO SEM LUTAS A chapa derrotada dizia ser da central “Conlutas”. MENTIRA! O que os membros daquela

    chapa menos tinham era vontade de lutar. Portanto, em vez de “Conlutas”, eram “Semlutas”. Eles ficaram só no discurso de que o reajuste reivindicado tinha de ser maior e que era preciso fazer greve. Porém, em nenhum m o m e n t o d u r a n t e a campanha eleitoral eles foram vistos participando d a s m o b i l i z a ç õ e s , o r g a n i z a n d o g r e v e s , pressionando os patrões, se dispondo a ir na audiência do dissídio ajuizado pelo sindicato patronal, ajudando a distribuir material impresso da campanha salarial etc. O que se viu é eles falando mal da chapa CUTsta com caminhão de som em frente às fábricas, eles distribuindo um jornaleco que nada tem a ver com a categoria, eles mentindo ao dizer que o sindicato já tinha fechado acordinho de 6% com os patrões, entre outras barbaridades mais.

    VINCULAÇÃO PARTIDÁRIA A chapa derrotada acusava a chapa CUTista e a diretoria do sindicato de ser atrelada ao PT. MENTIRA! Não há vinculação. O que há é o

    apoio político a alguns ex-dirigentes do sindicato e que hoje lutam pela classe trabalhadora no parlamento e em outros poderes, como o senador Paulo Paim, o deputado federal Marco Maia e o deputado estadual Nelsinho Metalúrgico, entre outros. Isso é de conhecimento da categoria. Além do mais, a chapa de oposição dizia que teria “independência dos políticos”, mas andava à tiracolo com candidatos do PV, Pstu, PTB e Psol, além de declarar apoio ao PP e ao PSDB, partidos notadamente patronais e d e f e n s o r e s d a p r i v a t i z a ç ã o , d a terceirização, do agronegócio e do fim da política de valorização do salário mínimo e do piso regional. E mais: escondia que um dos membros da chapa derrotada é candidato a deputado estadual pelo PV.

    14ª PLENÁRIA NACIONAL DA CUT

    Trabalhadores/as definem prioridades de luta Cerca de 600 delegados vindos de todos os cantos do país, representantes de todas as categorias, reuniram-se em São Paulo para realizar a 14ª Plenária Nacional da CUT. Um dos objetivos principais do encontro era definir as prioridades de luta da Classe Trabalhadora para os próximos períodos. A 14ª Plenária iniciou na terça, 29 de julho. Na

    abertura, o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, destacaram as eleições deste ano e o plebiscito da reforma política como prioridades. “O que está em jogo nas próximas eleições é decidir se vamos subir mais um degrau ou descer outros”, alertou Lula. Vagner foi mais enfático e lembrou que melhora ou mesmo a implantação

    recente de políticas públicas como a valorização do salário mínimo nasceu da experiência e da formulação de propostas da CUT e dos movimentos sociais. “Precisamos ficar alertas. Não podemos permitir retrocessos nessas eleições. Aqui neste plenário estão aqueles que podem continuar mudando o Brasil. Todos os sindicatos, dirigentes e militantes devem contribuir para a divulgação do plebiscito popular pela reforma política e ajudar na coleta de votos durante a Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. O conjunto do Congresso não representa o povo. Parte importante dos deputados e senadores está hegemonizada pelo poder econômico. Se isso não mudar, vamos continuar sempre tendo de correr até Brasília para brigar com eles e impedir que eles aprovem medidas contrárias aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse, citando o projeto que libera as terceirizações como exemplo. Ciente de sua responsabilidade, a CUT assumiu o compromisso de colocar a militância em defesa da consulta popular e disponibilizar uma urna em cada local de trabalho. Para o presidente da Central, os trabalhadores chegaram ao governo, mas estão longe de ter o poder. Outro entendimento comum a todos que trataram do tema foi a ideia de que mudar o sistema político é o primeiro passo para fazer outras reformas essenciais, como a tributária, agrária e da comunicação.

    Manter todos os direitos trabalhistas existentes, impedir a retirada de qualquer avanço conquistado no mercado de trabalho nos últimos anos e continuar o processo de conquista de aumentos reais de salários, a partir da promessa de preservar a atual política de valorização do salário mínimo, instrumento que alavanca todos os rendimentos trabalhistas do país, foram os compromissos assumidos pela presidenta Dilma aos 600 delegados que, no final da tarde da quinta, 31, se deslocaram em passeata da 14ª Plenária Nacional da CUT até o local onde a presidenta realizava ato público de campanha, em Guarulhos (SP). Na ocasião, Dilma recebeu a Plataforma CUT da Classe Trabalhadora, um documento com propostas elaboradas pela Central para que a candidata adote como programa de governo. O presidente da CUT Vagner

    Freitas foi enfático ao defender o apoio e pedir mais mudanças à candidata. “Queremos mais crescimento com distribuição de renda”. Reivindicou a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, a regulamentação da convenção 151 da OIT, reforma agrária, valorização da agricultura familiar e igualdade de direitos para mulheres. “Estamos tomando todas as medidas para preservar o que há de mais importante: o emprego. E, se for para mexer nos direitos trabalhistas, tem de ser para ampliar, mudar no bom sentido. Nesta eleição, a verdade vai vencer o pessimismo e a mentira”, disse Dilma, lembrando que a oposição e setores da imprensa profetizaram que o Brasil sofreria vários problemas como o fracasso da Copa, apagão elétrico ou descontrole da inflação, nenhum confirmado no mundo real.

    SALÁRIOS E DIREITOS TRABALHISTAS

    Festa de posse no dia 13 de setembro Embora a posse oficial da nova diretoria aconteça automaticamente a partir do 1º dia de setembro, o sindicato fará uma posse festiva no dia 13 de setembro, sábado, para marcar o início da Gestão 2014/2017. O evento será realizado a partir das 22 horas, no Ginásio de Esportes. A programação prevê a apresentação e ato de posse dos 40 dirigentes sindicais que vão tocar a luta da categoria nos próximos três anos e um coquetel seguido de baile de chopp, que será animado até a madrugada de domingo pela banda Fama

    Festa Show. ATENÇÃO: Os ingressos são limitados e podem ser adquiridos na sede ou com os dirigentes sindicais nas fábricas. Associados e dependentes pagam apenas R$ 15,00 pelo ingresso individual. Todos os participantes deverão apresentar carteirinha de associado/dependente e documento com foto na entrada da festa. Mais informações, ligue para o fone 0800.6024955 e fale com os coordenadores da festa, Joe e André Índio.

  • www.sindimetalcanoas.org.br4 Jornal A Vez e a Voz do Peão - Agosto de 2014

    EXPEDIENTEO jornal A Vez e a Voz do Peão é uma publicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita - STIMMMEC

    Endereço: Rua Caramuru, 330 - Centro - Canoas/RS - Fone DDG: 0800.6024955 - Site: www.sindimetalcanoas.org.br - Email: [email protected] - Facebook: /sindicato.metalurgicodecanoas - Colônia de Férias: (51) 3683.1819 - Presidente: Paulo Chitolina - Vice-presidente: Silvio Roberto Lopes Bica - Secretário de Imprensa: André Severo Soares (Índio) - Assessoria de Imprensa: Geraldo Muzykant (Reg. Prof. n° 8658) e Rita Correa Garrido - OBS.: A reprodução total ou parcial do conteúdo deste jornal é permitida desde que citada a fonte.

    FÁBRICAS

    Metalúrgicos garantem na Justiçadireito de greve e manifestação

    O nosso sindicato, por meio de liminar concedida em Mandado de Segurança, assegurou o direito de rea l izar assemble ia com os trabalhadores em frente à sede da empresa Harman do Brasil. Assim, foi cassada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região a liminar que a empresa havia conquistado na 1ª Vara do Trabalho de Canoas, em Interdito Proibitório, proibindo o Sindicato e qualquer pessoa de ingressar ou permanecer no local sem a sua autorização. Tal decisão violava frontalmente os direitos de manifestação e de reunião dos trabalhadores, pois coibia as manifestações legítimas dos trabalhadores realizadas dentro dos limites legais. O Interdito Proibitório concedido à empresa até o julgamento definitivo do Mandado de Segurança foi considerado um instrumento para prática de conduta antissindical. A empresa o havia conquistado após o Sindicato ter realizado assembleia com os trabalhadores em frente à sede da empresa, para tratar da campanha salarial e de um eventual acordo com a empresa visando a conquista do reajuste de 8%. Segundo a assessoria jurídica do sindicato, feita pelo escritório Woida Magnago Skresbky Colla & Advogados Associados, a liminar concedida pelo Tribunal do Trabalho considerou que, na manifestação realizada pelo sindicato com a participação dos trabalhadores, não houve abuso que pudesse intimidar

    a empresa, seus funcionários, fornece-dores, clientes e visitantes. As manifestações foram pacíficas, ordeiras e legítimas, sendo que os registros fotográficos produzidos pela própria empresa demonstram a inexistência de correntes ou cadeados trancando os portões ou impedindo o acesso às dependências. Não foi verificado qualquer tumulto, desrespeito ou invasão da propriedade da autora. Tampouco, sua posse foi ameaçada. Assim, a intenção da empresa de impedir o movimento reivindicatório dos empregados fere os direitos dos trabalhadores, por inibir o direito de reunião, reivindicação e greve, legitimando virtual conduta antissindical do empregador. Com a decisão, o Sindicato garante, assim, o direito de exercer livremente, nos limites da lei, o seu direito de greve e de manifestação.

    Trabalhadores denunciampressão na Maxiforja

    Os trabalhadores da produção da Maxiforja denunciaram algumas chefias – inclusive do turno da noite – que estariam constrangendo e intimidando o pessoal por mais produção e qualidade. Se a produção atrasa, a meta não é atingida ou acontece qualquer outro problema, a culpa é sempre dos trabalhadores. Recentemente, uma chefia colidiu com uma máquina e tirou o dele da

    reta, deixando a entender que a culpa era dos funcionários. Os trabalhadores também se queixam do atendimento de algumas pessoas do RH, que também erram, não assumem e tratam o pessoal da produção com arrogância. Os dirigentes sindicais estão atentos e, se essa situação perdurar, vão denunciar os casos de assédio moral.

    Na Harman, aumentosó de trabalho

    Os trabalhadores e trabalhadoras da produção da Harman estão indignados com a direção da empresa porque ela exige que o/a próprio/a funcionário/a faça um controle da sua produtividade para marcar nos gráficos os dados da produção. Ou seja, impõe mais tarefas, mais controle da produção, mais pressão. Salário que é bom, nada! Como se não bastasse a frustração com o anúncio da empresa de que não iria conceder o reivindicado reajuste de 8%, os/as trabalhadores/as estão frustrados com a política salarial adotada, que não valoriza os trabalhadores mais antigos e experientes. Há tempo a empresa ficou de elaborar um novo plano de cargos e salários para corrigir disparidades, mas só enrola seus “colaboradores”. Há casos, por exemplo, de novatos que entram na empresa ganhando o mesmo que um trabalhador antigo ganha.

    Mais assistência médicae saúde na Siemens

    A Siemens inaugurou na quarta-feira, 23 de julho, as novas instalações de seu ambulatório médico, que terá novas salas de fisioterapia e atendimento médico e de segurança no trabalho. Na ocasião, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, descerrou a fita d e i n a u g u r a ç ã o d e s t e ambulatório de 51m², que terá capacidade de atender cerca de 80 funcionários por dia, e as fitas de duas novas máquinas injetoras, que transformam material plástico em peças. “Nós, que sempre lutamos por saúde, prevenção e assistência, ficamos muito satisfeitos com o investimento da empresa. Agora é só fiscalizar para que a nova estrutura cumpra seu papel de ajudar na melhoria da saúde dos trabalhadores e

    trabalhadoras da Siemens”, disse o dirigente sindical Márcio Bonotto. Durante a solenidade que reuniu cerca de 150 funcionários, o prefeito entregou ao dirigente sindical e outros colegas alguns exemplares do livro “A Cidade se Revela”, comemorativo aos 75 anos de Canoas, que teve a colaboração editorial da empresa.

    Mais duas vítimasde acidentes na Agco Há tempo, sem sucesso, os dirigentes sindicais e cipeiros tentam reunir-se com as chefias e os profissionais de Segurança da Agco para falar e acabar de vez com as condições inseguras que vem vitimando com acidentes e doenças os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Não é à toa que a Agco está sendo conhecida também como uma fábrica de doentes e acidentados. Frequentemente, os acidentes acontecem sem que mudanças estruturais sejam tomadas para prevenir, evitar que as ocorrências aconteçam. Um exemplo é o acidente que vitimou na sexta-feira, 1º de agosto, dois trabalhadores da Agco. A fim de economizar combustível, a empresa permitiu que um trabalhador terceirizado adaptasse um sistema de gás no veículo conhecido como “rebocador”. Essa adaptação teria sido muito mal feita e nenhuma chefia da empresa impediu que o veículo transitasse com a gambiarra instalada. A consequência não poderia ser outra: o veículo acabou explodindo. Felizmente, o acidente não foi fatal, mas as duas v í t i m a s f o r a m hospitalizadas e, até o fechamento deste jornal, continuavam a f a s t a d a s d o trabalho.

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