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    Didatismo e Conhecimento

    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    O moderno Estado de Rondnia, cuja capital PortoVelho, surgiu da ciso de terras que, no passado, pertenciamaos seguintes Estados: Mato Grosso e Amazonas. Ao sercriado, em 1943, foi denominado de territrio de Guapor.Em 17 de fevereiro de 1956, passou a ser chamado deRondnia, mas s foi integrado Federao em 1981. Seunome uma homenagem ao explorador dos sertes doAmazonas e do Mato Grosso, Cndido Mariano da SilvaRondon, o conhecido marechal Rondon.

    Em busca de novas terras e riquezas, franceses, ingleses,

    portugueses, holandeses e espanhis entraram no Estadodo Amazonas, por volta do sculo 17, perodo em que teveincio a ocupao europia em terras amazonenses. Masessa invaso passou a ser controlada, especialmente, peloTratado de Tordesilhas (importante documento que reguloua expanso e descobertas de Portugal e Espanha por meiode medidas limtrofes) e pelo Tratado de Madri (documentoque gerou novas denies de limites, concedendo a Portugalo direito de proteger e de se apropriar denitivamente daregio).

    Seu povoamento foi efetivado com a explorao dosseringais, no sculo 19, por ocasio da etapa do ciclo da

    borracha. Nesse perodo, a construo da Estrada de FerroMadeira-Mamor (EFMM) foi importantssima.

    Bacias hidrogrfcas

    As trs bacias principais:

    Bacia do Rio MadeiraO principal rio dessa bacia se chama Madeira. muito

    importante, pois converge do rio Amazonas (margem direita),juntamente com seus auentes. As expedies estrangeirasnavegaram muito por suas guas e os jesutas estabeleceram

    uma base missionria em sua foz.

    As propores do rio Madeira so interessantes. Suaprofundidade pode ir alm dos 13 metros e sua larguravaria entre 440 e 9.900 metros. Por causa disso, naturalque grandes navios naveguem por suas guas. Segundo aEnciclopdia Britnica, o rio Madeira, apesar de ser extenso:3.370 km, s pode ser navegado num percurso total de1.500 km. Devido ao seu tamanho, percorre os Estados doAmazonas e Rondnia.

    Bacia dos rios Guapor e MamorO rio Guapor est situado entre o Brasil e a Bolvia. Seu

    percurso total de 1.716 km. Nasce a 1.800 m de altitude na

    Chapada dos Parecis, em Mato Grosso. Ao entrar em rearondoniense, encontra-se com o rio Mamor, cuja larguravaria entre 150 e 710 metros, com cerca de 2 a 10 metros de

    profundidade.

    O rio Guapor presenciou grandes lutas, travadas entreos portugueses e os espanhis.

    O rio Mamor, por sua vez, proveniente da Cordilheirados Andes (na Bolvia), onde conhecido pelo nome deGrande de La Plata. Ao receber as guas do rio Guapor,que se unem ao rio Beni (tambm na Bolvia), passa a serdesignado de Mamor, formando a nascente do rio Madeira.

    Bacia do rio Ji-ParanO rio Ji-Paran o mais destacado auente do rio

    Madeira, em Rondnia, devido longa extenso do seu

    curso, que cruza todo o Estado no sentido Sudeste/Nordeste.Sua complexidade hidrogrca atinge uma superfcie de92.500 km, aproximadamente.

    Os principais rios que formam estas Baciashidrogrfcas:

    Rio Guapor Nasce na serra dos Parecis, regio de MatoGrosso. Ao alcanar a cidade de Vila Bela, toma a direonorte-oeste entrando em terras rondonienses na cidade dePimenteiras do Oeste, passando por Cabixi, Cerejeiras, SoMiguel do Guapor at Costa Marques. A 12o de latitudesul recebe as guas do rio Mamor. Seu trecho navegvel de 1.500 quilmetros e se constitui em fronteira naturalentre o Brasil e a Bolvia. Seus auentes brasileiros so osrios Cabixi, Corumbiara, Mequns, Colorado, So Miguel,Cautrio e Cautarinho, todos com nascentes na Chapadados Parecis; Rio Mamor Nasce na Cordilheira dos Andes,em territrio boliviano com o nome Grande de La Plata,

    passando a ser designado Mamor quando alcana a Serrados Pacas Novos, regio de Guajar-Mirim. Constituindo-se em fronteira natural entre o Brasil e a Bolvia, recebeas guas do rio Guapor e, ao juntar-se ao Beni, outro rio

    boliviano, recebe a designao Mamor e passa a formara nascente do rio Madeira. Seu curso possui uma extenso

    de 1.100 quilmetros e totalmente navegvel. Tem comoprincipais auentes brasileiros os rios Sotrio, pacas Novos,Bananeiras e Ribeiro ou Lajes. Seus acidentes hidrogrcosso as corredeiras Lages, Bananeiras, Guajar-Acu e Guajar-Mirim; Rio Ji-Paran ou Machado Nasce da juno dos riosBaro de Melgao, tambm chamado de Comemoraode Floriano, e Apedi, chamado de Pimenta Bueno, nachapada dos Parecis. Seu curso tem uma extenso de 800quilmetros, atravessando a regio central do Estado atdesembocar no rio Madeira, regio de Calama, no municpiode Porto Velho. Tem como auentes pela margem direita os

    rios Riozinho, Lourdes, So Joo e Tarum. Pela margemesquerda os auentes so os rios Luiz de Albuquerque, Rolim

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    de Moura, Ricardo Franco, Preto, Jaru, Boa Vista, Urup eMachadinho. Seu principal acidente hidrogrco, dentre osvrios existentes e que dicultam a navegao, a cachoeira02 de Novembro, localizada no municpio de Machadinho doOeste. Rio Madeira ou Caiary Nasce na juno dos rios Benie Mamor, sendo o maior auente do rio Amazonas pelamargem direita. Sua extenso de 3.240 quilmetros, sendo1.700 em territrio brasileiro. Mas, devido aos diversosacidentes hidrogrcos, seu curso navegvel de 1.116quilmetros, a partir da cachoeira de Santo Antonio, em PortoVelho at Itacoatiara,AM. Seus auentes pela margem direitaso os rios Ribeiro, Mutum-Paran, Jacy-Paran, Jamari eMachado. Pela margem esquerda os auentes so os riosAbun, Ferreiros, Jos Alves, So Simo e o igarap Cuni.- Os acidentes hidrogrcos existentes no rio Madeira so os

    seguintes: (trecho Porto Velho/Guajar-Mirim) Corredeiras:Periquitos, Trs Irmos, Macaco, Morrinhos, Pederneiras,Chocolatal, Araras e Lages. Guajar-Au e Guajar-Mirim;Cachoeiras: Santo Antonio, Caldeiro do Inferno, Paredo,Misericrdia, Madeira, Pau Grande e Bananeiras; Saltos:Teotnio, Girau e Ribeiro. As principais Ilhas do Estado:

    No Rio Madeira, Santana, Jacy-Paran, Trs Irmos, 7 deSetembro, Misericrdia, 15 de Novembro, Marina e Ans ouda Conuncia: No Rrio Mamor, Soares e Saldanha: No RioGuapor, Comprida.

    PLANCIE AMAZNICA (vale do Madeira), serrados Parecis e serra dos Pacas Novos (vale do Guapor).

    Nesta serra localiza-se o ponto mais elevado de Rondnia, oPico do Tracu. Principais rios Rios Machado ou Ji-Paran;Guapor, Mamor, Madeira, Jacy-Paran, Mutum-Paran,Aripuan ou Roosevelt, e Jamary.

    A plancie Amaznica situada nos estados de Rondnia,apresenta a altitude de 90 a 200 metros acima do nvel domar, estende-se desde o extremo norte nos limites destecom o Estado do Amazonas, se prolongando nas direessul e sudeste at encontrar as primeiras ramicaes dachapada dos Parecis e da Encosta Setentrional.Esta Plancie

    se constitui em sua superfcie aplainada morfoclimticatpica de oresta, resultante das oscilaes climticas do

    perodo quaternrio com climas mais secos sucedidospor climas mais midos, atuando para o seu aplainamentoe compartimentao da superfcie revestida por seixos,laterito, sedimentos areno-argilosos nas reas de terra rme,de acumulao areno-argilosos recentes nas reas de vrzea ede constituio argilo-ferruginosa nos barrancos.

    ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTOBRASILEIRO

    Este acidente do relevo do Estado correspondente auma faixa de terreno arqueano, constituda de restos de uma

    superfcie de aplainamento rebaixada pelas sucessivas faseserosivas, subdivididas em patamares de altitude entre maisde 100 metros e menos de 600 metros formando detritosresiduais espersas, colinas de topos plainados, colinas com

    inselbergs, pontes, alamentos de granitos, lateritos emataces de tamanhos variados, morros isolados e esporesde cristas agudas.

    Sobre as superfcies plainadas surgem rochassedimentares (pleistocenas) e depsitos em conseqnciada eroso provocada por violentas enxurradas, ocorridas em

    perodos remotos, em decorrncia do clima mais seco e porfalta da cobertura orestal.

    CHAPADA DOS PARECIS - PACAS NOVOS

    A chapada dos Parecis-Pacas Novos constitui a

    superfcie cimeira do Estado, desenvolvendo-se na direoNoroeste - Sudeste pertencente ao sistema mato-grossensedo Macio Central Brasileiro com altitude acima de 300, eentre 600 a 900 metros, com pontos culminantes acima de1.000 m.

    A Chapada originria de uma antiga rea de deposio,soerguida e entalhada pela eroso por intenso processo demovimentos diastrcos de carter epirogentico, originandofalhamento e diaclasamento do relevo, como: superfciecimeira entalhada de rochas correspondentes s partes maiselevadas; restos de antigas superfcies deformadas pordesdobramentos de grandes raios de curvaturas bastantedissecada e delimitadas por falhas; e patamares de eroso

    antiga glacial escalonadas.Vrios rios nascem em suas encostas Sul e Oeste

    descendo na direo do rio Guapor. A Chapada serve dedivisria de guas entre as bacias do rio Jaci - Paran e dosrios Guapor - Mamor, do rio J-Paran e do Roosevelt.

    VALE DO GUAPOR-MAMOR

    Vale do Guapor-Mamor uma vasta planciedissimtrica de forma tabular, formada por terrenossedimentares recentes, cuja altitude mdia ca entre 100a 200 metros. Estende-se desde o sop das chapadas dosParecis e Pacas Novos no Estado de Rondnia, at atingir os

    primeiros contrafortes dos Andes, na Repblica da Bolvia;na direo Sudeste se prolonga pelo Estado de Mato Grosso.A poro pertencente ao Estado restrita, ca limitada nadireo Leste - Oeste entre a Chapada dos Parecis e riosGuapor e Mamor, ambos linhas de limite entre o Brasil e aBolvia; na direo Norte - Sul, entre a Encosta Setentrional erio Cabixi, nos limites com o Estado de Mato Grosso.

    Esta regio constituda por terrenos alagadios,associados a plats mais elevados. drenada pelas guas dosrios Guapor, Mamor e pelos baixos cursos de seus auentes.As enchentes dos rios inundam dezenas de quilmetros das

    reas mais baixas, formando lagos temporrios e amplosmeandros divagantes de escoamento bastante complexo.

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    ASPECTOS GEOGRFICOSrea Geogrca: 238.512,8 km2, representando 6,19%

    da regio Norte e 2,80% do Pas. Rondnia 3 Estado emextenso territorial da regio Norte. No contexto nacional,

    constitui-se o 15 em extenso territorial e o 23 em termospopulacionais. Limites: ao Norte e Nordeste, estado doAmazonas; ao Sul e Oeste, Repblica da Bolvia; a Leste eSudeste, estado de Mato Grosso; a Noroeste, os estados doAcre e do Amazonas. A extenso da fronteira do Estado deRondnia com a repblica da Bolvia de 1.342 quilmetros.

    Setor Primrio do Estado Agricultura, pecuria, piscicultura, apicultura,

    extrativismo vegetal e mineral. - O extrativismo mineraldestaca-se pela ocorrncia de ouro, cassiterita, diamante,nibio, quartzo, granito e gua mineral. - O extrativismo

    vegetal destaca-se pela produo de cacau, madeira emtoras, castanha-do-par e borracha silvestre. - O setoragrcola destaca-se nacionalmente por produzir cereais,caf, soja, milho, banana, mandioca e algodo, alm dehortifrutigranjeiros. - O efetivo pecurio composto,

    principalmente, de rebanhos bovinos de corte e de leite, commais de cinco milhes de cabeas e uma Bacia leiteira emfranca expanso, notadamente nas regies de Porto Velho,Jaru e Ouro Preto do Oeste.

    Setor secundrioPrevalece a agroindstria, notadamente na produo

    de laticnios, na regio central do Estado. Mas crescem as

    indstrias de transformao destinadas aos setores moveleiro,de confeces, couro e calados.Setor tercirioEnvolve comrcio e servios, o que mais cresce no

    Estado, tendo em vista a evoluo urbana, a exemplo demunicpios como Vilhena, Pimenta Bueno, Rolim de Moura,Cacoal, Ji-Paran, Jaru, Ouro Preto e Ariquemes.

    Principais grupos indgenas existentes Suru, Gavio, Cinta Larga, Karipuna, Pakaas Nova,

    Arara, Kaxarari, Eu-Uru-Uau-Uau, Nhanbiquara e Karitiana.

    Clima Predominante: - Equatorial quente-mido ou

    tropical mido, variando de acordo com a altitude, com atemperatura variando entre 18o e 33o centgrados. A variaomnima ocorre no municpio de Vilhena e regio, e a mximano de Porto Velho e regio. A estao chuvosa vai de outubroa maro e o perodo de seca, de maio a setembro. LocalizaoGeogrca: Regio Norte, ao sul da Amaznia Ocidental.A regio amaznica abrange os seguintes pases: Bolvia,Colmbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru, Venezuela eBrasil. No Brasil, onde ca localizada a Amaznia Ocidental,a Amaznia corresponde a 50% do territrio nacional eabrange os estados do Par, Amazonas, Acre, Amap,Roraima, Rondnia, Tocantins, parte do Maranho e do Mato

    Grosso.

    Poder Poltico A representao poltica do Estado deRondnia constituda por trs senadores e oito deputadosfederais que atuam no Congresso Nacional. Em nvel estadual,a Assemblia Legislativa composta por 24 deputados

    estaduais. No plano municipal, existem 537 vereadores, 52prefeitos e 52 vice-prefeitos. O Poder Executivo Estadual exercido pelo governador e, nos seus impedimentos, pelovice-governador.

    Formao tnica semelhante ao restante do pas,formada por brancos, negros e ndios. Mas em virtude dasfases de atrao imigratria e migratria ocorrentes duranteos ciclos de produo econmica, diversos povos dessas raasderam sua contribuio para o elemento humano rondoniense,cuja identidade regional ainda est em formao.

    Ocupao humana O processo de povoamento doespao fsico que constitui o estado de Rondnia comea nosculo XVIII, durante o ciclo do Ouro, quando mineradores,comercializadores, militares e padres jesutas fundam os

    primeiros arraiais e vilas nos vales Guapor-Madeira. Adecadncia desse ciclo de produo aurfera causa a involuo

    populacional desses arraiais, vilas e cidades surgidas noauge do ciclo do Ouro, com o xodo dos portugueses e

    paulistas que formavam o topo da sociedade da poca. Mascam os negros remanescentes do escravismo, os mulatose os ndios j aculturados. No sculo XIX, o primeiro cicloda Borracha, em sua fase primria, atraiu basicamente

    nordestinos e bolivianos para o trabalho nos seringais, masno gerou ncleos de povoamento nesse espao geogrcotendo em vista o conceito econmico, que no produziariquezas locais, por tratar-se de uma economia de exportao,cujos principais ncleos localizavam-se Manaus e Belm.

    No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrncia daconstruo e funcionamento da Ferrovia Madeira-Mamor,o Ferrovirio, e das Estaes Telegrcas da ComissoRondon, o do Telgrafo, atraram povoadores para as terrasrondonienses originrios de vrias regies brasileiras e deoutros pases, que se xaram e formaram ncleos urbanos.As estaes telegrcas da Comisso Rondon atraram,

    principalmente, matogrossenses, paulistas e nordestinos,

    que trabalhavam nos servios de telegraa, e acomodavam-se em suas cercanias gerando pequenos ncleos urbanos,como Ariquemes, Presidente Pena ou Urup, Pimenta Buenoe Vilhena. A Madeira-Mamor atraiu vrios contingentesimigratrios destinados ao trabalho nas obras da ferrovia,nos setores tcnicos e administrativos da empresa comseus diversos ramos de explorao, comercializao eservios, e ao comrcio que se formava ao redor. Nestafase de imigraes instalaram-se em terras rondonienses,notadamente nos ncleos urbanos de Porto Velho, Jacy-Paran, Mutum-Paran, Abun, Guajar-Mirim e CostaMarques, imigrantes turcos, srios, judeus, gregos, libaneses,

    italianos, bolivianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-

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    riquenhos, italianos, barbadianos, tobaguenses, jamaicanos ebolivianos. A migrao ocorreu com a xao de nordestinosprocedentes dos estados do Cear, Bahia, Rio Grandedo Norte e Paraba, alm de amazonenses, paraenses e

    matogrossenses. O segundo ciclo da Borracha, iniciado em1942, funcionou completamente diferenciado do primeiroe encontrou a regio com sua infra-estrutura em fase deconsolidao. Os povoadores dos seringais eram nordestinos,mas divididos em duas categorias, os seringueiros civis e ossoldados da borracha, estes, incorporados ao Batalho daBorracha. Os ncleos urbanos desenvolveram-se. O sistemade sade pblica melhorou consideravelmente e as aes degoverno estenderam-se para o interior. A geopoltica regional

    passa por total transformao tendo em vista a criao doTerritrio Federal do Guapor em terras desmembradas dosestados de Mato Grosso e do Amazonas. Nesse perodo, asestaes telegrcas da Comisso Rondon funcionavamcomo receptores de uma ocupao humana rural-rural,

    procedente do Mato Grosso, destinada pecuria, formandograndes latifndios onde funcionavam antigos seringais.O ciclo do Diamante promoveu mudanas substanciaisna ocupao humana e desenvolvimento dos povoados deRondnia (hoje Ji-Paran) e Pimenta Bueno, enquanto ociclo da Cassiterita expandiu a ocupao humana no espaofsico que compreende as microrregies de Porto Velho eAriquemes. O ciclo da Agricultura, cuja atrao migratriacomeou desordenadamente em 1964, xou em Rondniacontingentes migratrios procedentes do Mato Grosso,Gois, Paran, So Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais,Rio Grande do Sul, Amazonas, Par, Acre e do Nordeste,destacando-se os estados do Cear, Bahia, Piau, Parabae Sergipe. As microrregies formadas pelos municpiosde Vilhena, Pimenta Bueno e Rolim de Moura, receberammigrantes mato-grossenses, gachos e paranaenses, em suamaioria. As microrregies formadas pelos municpios deCacoal, Presidente Mdice e Ji-Paran, recebem gachos,

    paranaenses, paulistas, e nordestinos, em sua maioria.Migrantes capixabas, paranaenses, mineiros e baianosformam a maioria dos que se xaram nas microrregies deOuro Preto, Jaru e Ariquemes. As regies de Porto Velho eGuajar-Mirim receberam povoadores, mas em menor escalae de categorias diferentes, considerando-se que o ciclo daAgricultura atraiu, em princpio, uma migrao rural-rural,

    para, em seguida, xarem-se migrantes de caractersticasrural-urbana

    - Os municpios rondonienses localizados na faixada fronteira boliviana so: Guajar-Mirim, Nova Mamor,Costa Marques, Alta Floresta do Oeste, So Francisco doGuapor, Alto Alegre dos Parecis, , Pimenteiras do Oeste eCabixi.

    Diviso geopoltica: o estado de Rondnia formadopor 52 municpios e 57 distritos.

    Municpios Rondonienses Guajar-Mirim, NovaMamor, Porto Velho, Candeias do Jamary, Itapu doOeste, Alto Paraso, Monte Negro, Buritis, Campo Novo deRondnia, Rio Crespo, Cujubim, Ariquemes, Cacaulndia,

    Machadinho do Oeste, Vale do Anari, Theobroma,Governador Jorge Teixeira, Jaru, Vale do Paraso, NovaUnio, Mirante da Serra, Teixeirpolis, Ouro Preto do Oeste,Ji-Paran, Presidente Mdice, Urup, Alvorada do Oeste, So

    Miguel do Guapor, Seringueiras, So Francisco do Guapor,Costa Marques, Nova Brasilndia do Oeste, Novo Horizontedo Oeste, Castanheiras, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegredos Parecis, Santa Luzia do Oeste, Rolim de Moura,Ministro Andreazza, Cacoal, Espigo do Oeste, Primaverade Rondnia, So Felipe dOeste, Parecis, Pimenta Bueno,Chupinguaia, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras,Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Vilhena.

    Dois municpios rondonienses esto entre os 15municpios brasileiros que obtiveram as maiores taxasnacionais de mdias de crescimento populacional. Buritis,com 29,09% e Campo Novo de Rondnia com 23,20%.

    CRIAO DO ESTADO DE RONDNIA EPROCESSOS DE POVOAMENTO. NCLEOS DEPOVOAMENTO

    Entre as fases de desenvolvimento do estado de Rondniapodemos destacar a descoberta de ouro no rio Corumbiara,no sculo XVIII; a conquista e o povoamento dos vales doGuapor, Mamor e Madeira; a construo do Real Fortedo Prncipe da Beira, no perodo colonial; o Primeiro eo Segundo Ciclos da Extrao de Ltex; a construo daEstrada de Ferro Madeira-Mamor e a descoberta de minriode estanho (cassiterita) em 1952. O perodo mais expressivo

    do desenvolvimento regional ocorreu a partir da abertura daBR 364, e com implantao de projetos de colonizao, peloGoverno Federal, atravs do INCRA.

    Buscamos, de forma simples, apresentar como ocorreu aocupao do espao regional, que tem incio no sculo XVIII,com a fundao da aldeia de Santo Antnio, pelo padre

    jesuta Joo Sampaio, na primeira cachoeira do rio Madeira,sentido foz-nascente. Posteriormente as descobertas de ouronos auentes da margem direita do rio Guapor despertaraminteresses na Coroa Portuguesa pela posse da terra, portanto,em 1748, funda a capitania de Mato Grosso, cujos limitesabrangiam a maior parte das terras do atual estado deRondnia.

    Dom Antnio Rolim de Moura Tavares, considerado oprimeiro governador da capitania de Mato Grosso (1751-1764), iniciou uma poltica de povoamento e fundao defeitorias ao longo dos rios Guapor e Madeira e construiuo Forte de Conceio que foi substitudo pelo Real Fortedo Prncipe da Beira. Nesse mesmo perodo, iniciou-se aexplorao uvial do rio Madeira e seus auentes Mamor eGuapor, pela Companhia Geral do Comrcio do Gro-Pare Maranho, que utilizava essa rota uvial com exclusividade

    para o abastecimento das minas de ouro dos auentes do rioGuapor e da capital da capitania de Mato Grosso (Vila Belada Santssima Trindade).

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    Com a decadncia da minerao, no vale guaporeano,no nal do sculo XVIII, a regio foi abandonada por um

    perodo aproximado de 100 anos. A partir de 1877, com odesenvolvimento da indstria de produtos derivados de ltex

    o vale do Madeira e seus auentes foram ocupados pelosseringueiros que, na sua maioria, eram retirantes que fugiamda seca que assolava o nordeste Brasileiro.

    A construo da Ferrovia Madeira Mamor marcouum mportante ponto nas relaes diplomticas entre Brasile Bolvia. Constitui-se tambm num elemento denidorda ao Imperialista de potncias estrangeiras na regioamaznica. A Madeira Mamor representa um dos marcosda modernidade capitalista liberal nos conns da selva doMadeira.

    A construo da EFMM objetivava atender asnecessidades de transporte de mercadorias e cargas pelo

    trecho encachoeirado do Madeira e Mamor. Deveria facilitaro escoamento da produo de borracha e das exportaesbolivianas. A construo da ferrovia atende tambm aoque foi previsto pelo Tratado de Petrpolis e constituiu-seem um dos elementos decisivos para o impulso do recente

    processo de migrao para a regio desencadeada a partir dosculo XX. Ao longo da ferrovia surgiram diversos ncleosde povoamento e dois muncipios; Porto Velho e Guaiar-Mirim.

    Trabalharam em suas obras mais de 20.000 operrios dediversas nacionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadorestenham morrido vitimas das doenas tropicais. A obra custouo equivalente a vinte e oito toneladas de ouro pelo cmbio

    de 1912.A construo da ferrovia deu a Companhia Madeira

    Mamor o ireito de explorao das terras que lhe eramadjacentes. Com a crise da borracha e a retrao da economiaamaznica EFMM entrou em decadncia. Foi nacionalizadaem 1931 e desativada pelo 5 BEC por ordem do Ministriodo Interior, em 10 de julho de 1972. Alguns pequenos trechos,no entanto, foram reativados no incio da dcada de 80 parans tursticos em Porto Velho e Guajar-Mirim durante ogoverno do Coronel Jorge Teixeira.

    1861: Quentin Quevedo a servio do governo bolivianofaz estudos sobre a viabilizao. de transportes nos trechos

    encachoeirados do Madeira e do Mamor, a Bolvia precisavacriar condies satisfatrias para a exportao atravsdo Atlntico, das mercadorias produzidas no Altiplano enas reas da Planicie Amaznica. O governo do Amazonasenvia Joo Marns da Silva Coutinho para efetuar estudossemelhantes na regio. Ambos os relatrios apresentamconcluses semelhantes apontando-se para a necessidade deconstruo de uma ferrovia na regio encachoeirada.

    Entre 1877 e 1915, surgiram os povoados de Urup(origem da atual cidade de Ji-Paran), Pimenta Bueno, Jaru,Papagaios (atual cidade de Ariquemes) e diversos outrosque surgiram e desapareceram como Santo Antnio doRio Madeira, que chegou a ser uma cidade e o povoado de

    Samuel, no rio Jamari.

    Com a desvalorizao do preo do ltex no mercadointernacional a regio cou estagnada, a partir de 1912, porum perodo de aproximadamente 30 anos, e ocorreu o retornode seringueiros a suas regies de origem.

    Em 13 de setembro de 1943, no auge do Segundo Cicloda Borracha, o presidente Getlio Vargas assinou o Decreto-Lei 5.812, criando o Territrio Federal do Guapor, com reasdesmembradas dos estados de Mato Grosso e Amazonas.Em 1956, o Territrio passa a ser denominado de TerritrioFederal de Rondnia.

    Desta poca data a ltima grande leva de migrantes paraa regio, composta quase que exclusivamente de nordestinosvinculados explorao de seringueira, e denominadosSoldados da Borracha. Neste mesmo ano, o PresidenteGetlio Vargas criou os territrios federais, entre eles o

    Territrio Federal do Guapor, posteriormente Territriode Rondnia, desmembrado de terras do Amazonas e MatoGrosso.

    Em 1945 foram criados os municpios de Guajar-Mirim, que ocupava toda a regio do Vale do Guapor, e,Porto Velho, abrangendo toda a regio de inuncias da atualBR - 364. Contudo, apesar do desaquecimento do mercadointernacional da borracha, a regio no se despovoou comono Primeiro Ciclo, mantendo alguns seringais ativos e

    prosseguindo o extrativismo da castanha e de algumas outrasessncias para atender o mercado europeu. Parte dos ex-soldados da borracha deixaram os seringais e xaram-se naColnia Agrcola IATA, em Guajar- Mirim, criada em 1945,

    e na Colnia Agrcola do Candeias, em Porto Velho, criadaem 1948. Tanto assim que os primeiros dados demogrcosdisponveis registram no nal da dcada de 40 uma populaode 36.935 habitantes em Rondnia, sendo 13.816 na reaurbana e 23.119 na rea rural, tendo a cidade de Porto Velhocerca de 60% da populao total da poca. Alm disso, otraado telegrco estabelecido por Rondon deu incio, a

    partir de 1943, os primeiros passos para a construo da BR-29, posteriormente denominada BR-364.

    Na dcada de 50 do sculo XX descoberta a existnciado minrio de estanho (cassiterita), na regio de Ariquemes.

    No incio dos anos de 1960, foi aberta a BR 364, e partir de1970, o Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria- INCRA deu incio implantao de projetos integrados decolonizao, gerando um intenso uxo migratrio de colo-nos, procedentes, principalmente, das regies Sul e Sudestedo pas.

    O fruto do processo de colonizao foi o desenvolvimentodas vilas e povoados remanescentes do perodo dosseringueiros e o surgimento de todas as cidades do estadode Rondnia, exceto Porto Velho e Guajar-Mirim. Porm,o desmatamento para xar o homem no campo gerou o

    desaparecimento de vrias espcies vegetais, principalmentede madeiras nobres, alm da destruio da fauna.

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    Didatismo e Conhecimento

    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    Pela Lei Complementar n 41, de 22 de dezembrode 1981, sancionada pelo presidente Joo Baptista deFigueiredo, foi criado o estado de Rondnia, e, no dia 4 de

    janeiro de 1982, ocorreu a cerimnia de sua instalao.

    Na dcada de setenta e incio da dcada de oitentado sculo XX o uxo migratrio era intenso e os rgosgovernamentais, na poca, pouco se preocupavam com a

    preservao do meio ambiente, gerando como conseqnciaum desmatamento desordenado.

    Durante as ltimas dcadas, a ao humana transformouas condies naturais da regio e modernizou a economiaregional, sem observar as questes ambientais e asdisparidades regionais dos vales e da regio ao longo daBR 364, onde ocorreu a maior transformao regional.

    Assim como a alterao da qualidade de vida da populaoribeirinha que vive s margens dos rios e sobrevive daextrao vegetal. Atualmente essas contradies, cada vezmais evidentes, fazem parte do espao rondoniense e devemser observadas. Os rgos pblicos a partir da implantaodo Plano Agropecurio e Florestal de Rondnia, iniciado em1988, no governo de Jernimo Santana, tem se preocupadocom as questes ambientais.

    Atravs do PLANAFLORO ocorreu um delineamentoefetivado pelo Zoneamento Socioeconmico e Ecolgico,foi envolvido pela crena de que a divulgao de um estudosrio viesse contribuir para uma mudana de cultura das

    nossas futuras geraes.Contedo de Histria de Rondnia no livro HistriaDesenvolvimento e Colonizao do Estado de Rondnia,obra do escritor Ovdio Amlio de Oliveira.

    ASPECTOS POLTICOS, ECONMICOS ESOCIAIS, AGRICULTURA E PECURIA

    Turismo - Rondnia tem um grande potencial tursticopouco explorado. Com 1,7 mil km de extenso, o rio Madeira o maior auente da margem direita do Amazonas e margeiaPorto Velho. Passear por suas guas signica navegar nomeio da oresta Amaznica, observando rvores centenrias,

    aves exticas e trechos de corredeiras. tambm pelo rioMadeira que se chega ao lago do Cuni, a 120 km da capital,uma reserva biolgica com criadouro natural de peixes degua doce, sobre a qual h freqentes revoadas de pssaros.

    Para atrair turistas, o governo criou uma zona de livrecomrcio em Guajar-Mirim, municpio localizado a 333 kmde Porto Velho, beira do rio Madeira, na divisa com a Bolvia.Cada visitante pode comprar at 2 mil reais em produtosimportados, entre os quais se destacam os eletroeletrnicos.Do outro lado do rio, na cidade boliviana de Guayaramern, acota de apenas 150 dlares e a oferta de produtos limita-se

    a roupas e calados.

    CULTURAO Estado apenas um mosaico de diversas culturas,

    sem ter ainda uma cultura prpria, devido ao grandenmero de imigrantes, oriundos principalmente de So

    Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paran, Bolviae Japo(japoneses em Rondnia, no entanto, na maioriadas vezes so adolescentes e jovens que migraram para oBrasil ainda crianas, e que por isso a maioria das pessoas

    pensa que so apenas descendentes, pela falta de sotaque epelo claro jeitinho brasileiro) . Na culinria, so bastanteconsumidos os peixes amaznicos, o po-de-queijo e afarinha mineira, a polenta paranaense, o churrasco gacho.Do Rio Grande do Sul tambm veio o chimarro. Quanto aovocabulrio, as inuncias tambm so diversas: em algumascidades bastante comum o uso do guri sulista, e em outraso pi nordestino. Na zona rural, entre os mais velhos,

    bem usado o tch gacho. Nas cidades, entre os jovens, atpoucos anos era usado o piseiro, gria local com o sentidode festa, baguna. Ainda hoje, os jovens usam o termo localpocar, que na maioria das vezes passou de pai para lho, eque pode ter dois sentidos: sair, ir embora (amanh eu vou

    pocar para o Amazonas) ou, quando dito pocado, podesignicar quebrado (o carro j est todo pocado). Esse uso mais incomum, e pocar no pode signicar quebrar; apenaspocado quebrado.

    Outra palavra local data, no sentido de terreno.No dicionrio, essa palavra tem como um dos seus vriosignicados um terreno doado pelo Governo. Em Rondnia,

    no entanto, data se refere a todos os terrenos. H tambmo caar, que quer dizer procurar (eu estava caando vocontem, ele estava mesmo caando encrenca).

    ECONOMIAA composio econmica e a participao nacional no

    processo produtivo.

    Participao na formao do PIB (Produto Interno Bruto)nacional: 0,6%.

    Composio do PIB estadual:

    - Atividade agropecuria: 15,3%.- Atividade industrial: 30,6%.- Prestao de servios: 54,1%.- PIB per capita: 6.468 reais.- Volume de exportao: 202,7 milhes de dlares.

    Principais produtos de exportao com seus respectivospercentuais:

    - Madeira: 83,6%.- Caf em gro: 8,7%.- Granito: 3,2%.- Carne congelada: 3,1%.

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    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    Na dcada de 90 dois importantes acontecimentosestruturais favoreceram o crescimento econmico deRondnia. Em 1995 ocorreu a construo de um PortoGraneleiro, em Porto Velho, e dois anos depois houve a

    abertura da hidrovia do rio Madeira.

    Esse desenvolvimento no transporte provocou umaumento nos lucros, pois houve uma diminuio nos custoscom transporte. Rondnia fornece Regio Nordeste feijo emilho, alm de ocupar um lugar de destaque na produo decacau, caf, arroz e soja.

    Nas dcadas de 60, 70 e 80 o Governo Federal realizouum programa de povoamento, esse visava distribuio deterras para atrair pessoas dispostas a se instalar e a contribuir

    para o controle administrativo e desenvolvimento scio-

    econmico do territrio, fato que provocou a entrada devrios imigrantes vindo da Regio Sul do Brasil.

    Rondnia caracterizada pela atividade extrativista,principalmente vegetal, mais especicamente, na retirada demadeira e borracha. O Estado possui uma das maiores jazidasde cassiterita do mundo, e responde por 40% da produonacional.

    No seguimento industrial o Estado caminha paralelamentecom as atividades agrcolas e a extrao mineral, se instalandonas proximidades das fontes de matria-prima.

    Com a construo da Usina Hidreltrica de Samuel,que ocorreu nos anos 80, houve um incremento nossetores madeireiro, indstria alimentcia, construo civil eminerao.

    Educao

    De acordo com o PISA, a educao pblica de Rondnia a 10 melhor do pas, a frente do estado de So Paulo, masatrs de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, porexemplo. O estado est entre Gois (nona melhor) e Paraba(11 melhor) na lista. No ENEM, Rondnia tem a 15 maior

    nota na prova objetiva (empatado com a Bahia) e a 19 maiornota na redao. A cidade que teve a maior mdia do ENEMem 2007 do Estado foi Vilhena, com nota 54,17. O melhorcolgio pblico foi a Escola Estadual de Ensino Fundamentale Mdio Tiradentes, localizada em Porto Velho, com nota56,19. O melhor colgio particular foi o Centro de EducaoIntegrada Ltda., em Vilhena, com mdia 70,20.

    O nvel de alfabetizao no estado melhorou muito naltima dcada, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.Em 2001, o estado era o 13 na lista de estados brasileiros

    pelo ndice de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas,com 13% de sua populao analfabeta.[7]Em 2008, o estado

    permaneceu na mesma posio, mas agora apenas 9,7%

    dos indivduos de 15 anos ou mais so analfabetos, o querepresenta uma queda de 3,3% em menos de oito anos. Entreos analfabetos funcionais, encontra-se 25% da populao doestado nessa faixa etria.

    Resultados no ENEMAno Portugus Redao

    2006Mdia

    32,68 (20)36,90

    49,18 (20)52,08

    2007Mdia

    46,22 (17)51,52

    52,45 (25)55,99

    2008Mdia

    37,44 (15)41,69

    56,47 (24)59,35

    AGRICULTURA E PECURIA

    Agroecologia em RondniaEm Rondnia, a ocupao desordenada aliada s prticas

    inadequadas de manejo dos solos e associada a uma polticaequivocada de utilizao da terra estimulou o desmatamento.Essa situao gerou ao estado de Rondnia uma posio dedestaque no cenrio nacional com alta taxa de desmatamentoe alto percentual desmatado entre os estados da regio

    Amaznica. Esse processo gerou enormes reas degradadas,tornando as pequenas propriedades onde se pratica aagricultura familiar inviveis do ponto de vista econmico,social e ambiental.

    Os pequenos agricultores familiares representam umaimportante parcela do meio rural no estado de Rondnia.Entretanto, estes agricultores tm encontrado inmerasdiculdades para se manterem em suas terras, produzindo oscultivos alimentares que abastecem a maioria da populao.Essas diculdades passam por problemas na infra-estrutura,como estradas decientes e inexistncia de centrais deabastecimento, bem como pela perda da capacidade produtiva

    dos solos ocasionada pela no observncia de estratgiasadequadas de manejo dos recursos naturais e, pelos altoscustos dos insumos e equipamentos recomendados para a

    prtica do cultivo agrcola visando o agronegcio.Observa-se que atividades como a explorao madeireira

    sem manejo orestal, a pecuria extensiva, a agriculturamecanizada em grande escala e a prpria sucesso familiartm congurado um quadro no s de concentrao fundiria,mas tambm de escassez e elevao do preo da terra, queimpem riscos produo familiar, havendo a necessidade dese pensar em mudanas qualitativas, baseadas em formas maisadequadas de uso e manejo de recursos naturais, obedecendoa uma alternativa de aproveitamento social e econmicoda terra com baixos riscos de degradao ambiental. Uma

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    vez que a principal conseqncia da aplicao do modeloprodutivista nas pequenas propriedades rurais tem sido oempobrecimento das famlias, que acabam cedendo suasterras aos grandes fazendeiros da regio ou, ainda pior, sendo

    executados pelas instituies nanceiras por inadimplncia.Embora haja uma forte presso econmica contrria,

    muitos agricultores familiares convencionais esto preferindofazer a transio para as prticas que so mais consistentesambientalmente e tm o potencial de contribuir com asustentabilidade da agricultura em longo prazo. A opo pelaagricultura sustentvel congura-se como uma alternativavivel para o pequeno agricultor, em virtude dos produtosobtidos possurem atributos de qualidade que so valorizados

    pelos consumidores, como ausncia de resduos qumicos ede externalidades negativas ao meio ambiente decorrentes do

    processo produtivo. Outro aspecto positivo a ser destacado

    que este sistema de cultivo se adapta bem s caractersticas daagricultura familiar, uma vez que valoriza os saberes locaisherdados por geraes, fruto da vivncia e experimentaodas prprias famlias de agricultores.

    PecuriaRondnia um dos principais Estados da regio norte do

    Brasil. O Estado se destaca pela fora da sua economia, partedela proveniente da atividade pecuria.

    Essa atividade desenvolvida sobre um pano de fundonatural, representado com toda a sua intensidade pelas

    belezas naturais manifestadas pela fauna e ora.

    Ncleo de Produo AnimalO Ncleo de Produo Animal rene essencialmente

    prossionais das reas de medicina veterinria e zootecnia.So realizadas atividades de pesquisa voltadas sanidadeanimal, com foco em bovinos e bubalinos, como controle eerradicao de brucelose, tuberculose, mosca-dos-chifres eoutros ectoparasitos e endoparasitos. Na rea de pastagensso realizados experimentos com espcies forrageirasadaptadas s condies edafoclimticas do Estado deRondnia, avaliaes nutricionais e modelos silvipastoris,com destaque para a integrao Lavoura-Pecuria-Florestae a recomendao de espcies nativas para arborizao.

    Importante atividade econmica para o Estado, a pecurialeiteira tambm recebe tratamento especial, com tecnologiase aes com foco na qualidade do leite e na produtividade,tanto do gado bovino quanto bubalino.

    Ncleo de Produo VegetalNcleo que abrange uma variada quantidade de pesquisas

    e culturas estudadas. Deste ncleo fazem parte pesquisadoresque trabalham com avaliao de cultivares e melhoramentogentico de arroz, feijo, milho, cenoura, algodo, girassol,mandioca, frutas e ores tropicais, entre outros. A EmbrapaRondnia desenvolve tambm um trabalho de domesticao

    e determinao do potencial do pinho-manso, uma espcie

    oleaginosa, para a produo de biocombustvel. Alternativasagroecolgicas, modelos de integrao Lavoura-Pecuria-Floresta, plantio direto e tossanidade tambm so temas de

    pesquisas do Ncleo de Produo Vegetal.

    Ncleo de CafDevido grande importncia do caf, principal cultura

    agrcola do Estado, a Embrapa Rondnia organizou umncleo de pesquisa exclusivo para o tema. Pesquisadoresda rea h mais de trinta anos estudam o comportamento dediferentes materiais genticos de caf em funo do solo, doclima e de tratos culturais. Resultados desse esforo podemser vistos no Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste,localizado em uma importante regio cafeeira do Estado, eque rene os principais trabalhos de melhoramento genticoe tecnologia de manejo. L podem ser encontradas matrizes

    superiores de alta produtividade, com potencial para a criaode cultivares comerciais. Tambm so estudadas, em outras

    partes do Estado, cultivo de caf em consrcio com espciesorestais e desenvolvidas pesquisas para controle de pragas edoenas, com destaque para controle biolgico da broca-do-caf e uso de leos essenciais de plantas nativas para controleda ferrugem do cafeeiro e do bicho mineiro.

    Ncleo de FlorestaPesquisadores do Ncleo de Floresta trabalham

    essencialmente com orestas nativas, silvicultura e sistemasagroorestais. Localizado inteiramente na Amaznia Legal,

    o Estado de Rondnia enfrenta atualmente novos desaosrelacionados sustentabilidade das atividades econmicas,

    principalmente no que diz respeito conservao da orestaamaznica. Neste contexto, a Embrapa Rondnia avalia odesempenho de espcies nativas para recuperao ambientale para a recomposio da cobertura orestal. Uso sustentvelde recursos orestais no-madeireiros e manejo orestaltambm fazem parte dos estudos ligados s orestas nativas.Em silvicultura, merecem destaque os trabalhos com a espcienativa conhecida por bandarra (Schizolobium parahybavar. amazonicum) e a extica conhecida por teca (Tectonagrandis), como tecnologias para quebra de dormncia das

    sementes e de manejo de orestas plantadas.

    ESTRADA DE FERRO MADEIRA-MAMOR(A ferrovia do Diabo)

    A Estrada de Ferro Madeira-Mamor uma ferroviaconstruda entre 1907 e 1912 para ligar Porto Velho aGuajar-Mirim, no atual estado de Rondnia.

    Ficou conhecida poca como a Ferrovia do Diabodevido s milhares de mortes de trabalhadores ocorridasdurante a sua construo devido s doenas tropicais,complementar lenda de que sob cada um de seus dormentes

    existia um cadver.

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    HISTORIA

    A primeira tentativa de construo de uma ferrovia naregio foi datada em 1872, sem sucesso devido s grandesdiculdades da execuo da obra civil, como vrias mortes

    por doenas tropicais, principalmente a malria, endmica naregio.

    A Madeira-Mamor Railway Co.

    Posteriormente, no contexto do ciclo da borracha e daQuesto do Acre, por efeito da assinatura do Tratado dePetrpolis (1903), com a Bolvia, que conferiu ao Brasil a

    posse deste ltimo, iniciou-se a implantao da Madeira-Mamor Railway. O seu objetivo principal era vencer o trechoencachoeirado do rio Madeira para facilitar o escoamento da

    borracha boliviana e brasileira, alm de outras mercadorias,

    para um trecho onde a mesma pudesse ser embarcada paraexportao, no caso em Porto Velho, de onde as mercadoriasseguiam por via uvial at ao rio Amazonas. Anteriormente,esses produtos eram transportados com precariedade emcanoas indgenas, sendo obrigatria a transposio dascachoeiras no percurso.

    Em agosto de 1907 a ferrovia em construo foiencampada pelo magnata estadunidense Percival Farquhar.

    A histria desta ferrovia faz parte do PatrimnioHistrico Nacional Brasileiro e tambm a Histriae Patrimnio dos construtores Americanos, Ingleses,Chineses, Espanhis, Dinamarqueses, Caribenhos, Italianos

    e Alemes entre outras nacionalidades. Aproximadamente6.000 destes trabalhadores morreram de forma trgica nasfrentes de trabalhos da Madeira-Mamor: naufrgios, mortes

    por echadas de ndios, afogamentos, picadas de animaissilvestres, e outras doenas como: malaria, febre amarela,febre tifide, tuberculose, beribri, e outras que ocasionaramestas perdas.

    A Madeira-Mamor representa tambm a memriaviva para esses trabalhadores e seus descendentes queainda residem principalmente nas cidades de Porto Velho eGuajar-Mirim no Estado de Rondnia.

    A Estrada de Ferro Madeira-Mamor uma das ltimas

    linhas de trem a vapor no Brasil e a nica na Amaznia.O ltimo trecho da ferrovia foi nalmente inaugurado em

    30 de abril de 1912, ocasio em que se registrou a chegadada primeira composio cidade de Guajar-Mirim, fundadanessa mesma data.

    O SCULO XX: DECADNCIA E CRISE

    Na dcada de 1930, a Estrada de Ferro Madeira-Mamorfoi parcialmente desativada, voltando a operar plenamentealguns anos depois, vindo a ser devolvida ao GovernoFederal. Em 1957, quando ainda registrava um intenso

    trfego de passageiros e cargas, a ferrovia integrava asdezoito empresas constituintes da Rede Ferroviria Federal.

    Em 1966, depois de 54 anos de atividades, praticamenteacumulando prejuzos durante todo esse tempo, o Presidenteda Repblica, Humberto de Alencar Castelo Branco, em 25de maio de 1966, determina a erradicao da Estrada de Ferro

    Madeira-Mamor que seria substituda por uma rodovia,atual rodovia BR-364 que liga Porto Velho Guajar-Mirim.Em 1972 a Estrada de Ferro Madeira-Mamor foi desativadaat que em 10 de julho de 1972, as mquinas apitaram pelaltima vez e, a partir da, o abandono foi total at, que em1979, o acervo comeou a ser vendido como sucata para umasiderrgica de Mogi das Cruzes, em So Paulo.

    Voltou a operar em 1981 num trecho de apenas 7quilmetros dos 366 km do percurso original, apenas parans tursticos, sendo novamente paralisada por completoem 2000. Atualmente est totalmente abandonada pelos

    poderes constitudos, sendo que ultimamente serve de abrigoa pedintes

    CICLO DA BORRACHA (1 FASE E 2 FASE)O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da

    histria econmica e social do Brasil, estando relacionadocom a extrao e comercializao da borracha. Este cicloteve o seu centro na regio amaznica, proporcionandogrande expanso na colonizao, atraindo riqueza e causandotransformaes culturais e sociais, alm de dar grandeimpulso cidade de Manaus, at hoje maior centro e capitaldo Estado do Amazonas. O ciclo da borracha viveu seuauge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado umasobrevida entre 1942 a 1945.

    O PRIMEIRO CICLO DA BORRACHA - 1879/1912Durante os primeiros quatro sculos e meio do

    descobrimento, como no foram encontradas riquezas deouro ou minerais preciosos na Amaznia, as populaes dahilia brasileira viviam praticamente em isolamento, porquenem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o imprio

    brasileiro demonstraram interesse em desenvolver aesgovernamentais que incentivassem o progresso na regio.Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regionalse desenvolveu por ciclos, acompanhando o interesse domercado nos diversos recursos naturais da regio.

    BORRACHA: LUCRO CERTOO desenvolvimento tecnolgico e a revoluo industrial,

    na Europa, foram o estopim que zeram da borracha natural,at ento um produto exclusivo da Amaznia, um produto demuita procura, valorizado e de preo elevado, gerando lucrose dividendos a quem quer que se aventurasse neste comrcio.

    Desde o incio da segunda metade do sculo XIX, aborracha passou a exercer forte atrao sobre empreendedoresvisionrios. A atividade extrativista do ltex na Amazniarevelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha naturallogo conquistou um lugar de destaque nas indstrias daEuropa e da Amrica do Norte, alcanando elevado preo.Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil nainteno de conhecer a seringueira e os mtodos e processosde extrao, a m de tentar tambm lucrar de alguma forma

    com esta riqueza.

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    Atravs da extrao da borracha, surgiram as cidadesde Manaus, Belm e outros povoados, depois tambmtransformados em cidades.

    Projetos de uma ferrovia para escoar a produo daborracha

    A idia de construir uma ferrovia nas margens dosrios Madeira e Mamor surgiu na Bolvia, em 1846. Comoo pas no tinha como escoar a produo de borracha porseu territrio, era necessrio criar alguma alternativaque possibilitasse exportar a borracha atravs do OceanoAtlntico.

    A idia inicial optava pela via da navegao uvial,subindo o rio Mamor em territrio boliviano e depois pelorio Madeira, no Brasil. Mas percurso uvial tinha grandesobstculos: vinte cachoeiras impediam a navegao. E foi

    a que cogitou-se a construo de uma estrada de ferro quecobrisse por terra o trecho problemtico.

    Em 1867, no Brasil, tambm visando encontrar algummeio que favorecesse o transporte da borracha, os engenheirosJos e Francisco Keller organizaram uma grande expedio,explorando a regio das cachoeiras do Rio Madeira paradelimitar o melhor traado, visando tambm a instalao deuma ferrovia.

    Embora a idia da navegao uvial fosse complicada,em 1869, o engenheiro norte-americano George Earl Churchobteve do governo da Bolvia a concesso para criar eexplorar uma empresa de navegao que ligasse os rios

    Mamor e Madeira. Mas, no muito tempo depois, vendoas diculdades reais desta empreitada, os planos foramdenitivamente mudados para a construo de uma ferrovia.

    As negociaes avanam e, ainda em 1870, o mesmoChurch recebe do governo brasileiro a permisso paraconstruir ento uma ferrovia ao longo das cachoeiras do RioMadeira.

    A Questo do AcreMas o exagero do extrativismo descontrolado da borracha

    estava em vias de provocar um conito internacional.Os trabalhadores brasileiros cada vez mais adentravamnas orestas do territrio da Bolvia em busca de novas

    seringueiras para extrair o precioso ltex, gerando conitose lutas por questes fronteirias no nal do sculo XIX, queexigiram inclusive a presena do exrcito, liderado pelomilitar Plcido de Castro.

    A repblica brasileira, recm proclamada, tirava omximo proveito das riquezas obtidas com a venda da

    borracha, mas a Questo do Acre (como estavam sendoconhecidos os conitos fronteirios por conta do extrativismoda borracha) preocupava.

    Foi ento a providencial e inteligente interveno dodiplomata Baro do Rio Branco e do embaixador AssisBrasil, em parte nanciados pelos bares da borracha, que

    culminou na assinatura do Tratado de Petrpolis, assinado 17

    de novembro de 1903 no governo do presidente RodriguesAlves. Este tratado ps m contenda com a Bolvia,garantindo o efetivo controle e a posse das terras e orestasdo Acre por parte do Brasil.

    O Brasil recebeu a posse denitiva da regio em trocade terras de Mato Grosso, do pagamento de 2 milhes delibras esterlinas e do compromisso de construir uma ferroviaque superasse o trecho encachoeirado do rio Madeira e que

    possibilitasse o acesso das mercadorias bolivianas (sendoa borracha o principal), aos portos brasileiros do Atlntico(inicialmente Belm do Par, na foz do rio Amazonas).

    Devido a este episdio histrico, resolvido pacicamente,a capital do Acre recebeu o nome de Rio Branco e doismunicpios deste Estado receberam nomes de outras duasimportantes personagens: Assis Brasil e Plcido de Castro.

    Madeira-Mamor, fnalmente pronta. Mas para qu?A ferrovia Madeira-Mamor, tambm conhecida como

    Ferrovia do Diabo por ter causado a morte de cerca de seismil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhadormorto para cada dormente xado nos trilhos), foi encampada

    pelo megaempresrio estadunidense Percival Farquhar. Aconstruo da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o governode Affonso Penna e foi um dos episdios mais signicativosda histria da ocupao da Amaznia, revelando a claratentativa de integr-la ao mercado mundial atravs dacomercializao da borracha.

    Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o ltimo trecho

    da estrada de ferro Madeira-Mamor. Tal ocasio registra achegada do primeiro comboio cidade de Guajar-Mirim,fundada nessa mesma data.

    Mas o destino da ferrovia que foi construda com opropsito principal de escoar a borracha e outros produtosda regio amaznica, tanto da Bolvia quanto do Brasil, paraos portos do Atlntico, e que dizimara milhares de vidas foio pior possvel.

    Primeiro, porque o preo do ltex caiu vertiginosamenteno mercado mundial, inviabilizando o comrcio da borrachada Amaznia. Depois, devido ao fato de que o transporte deoutros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamorfoi deslocado para outras duas estradas de ferro (uma delas

    construda no Chile e outra na Argentina) e para o Canal doPanam, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914.

    Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a prpriaoresta amaznica, com seu alto ndice de precipitao

    pluviomtrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dostrilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande

    parte do trajeto que o homem insistira em abrir para construira Madeira-Mamor.

    A ferrovia foi desativada parcialmente na dcada de1930 e totalmente em 1972, ano em que foi inaugurada aRodovia Transamaznica (BR-230). Atualmente, de um totalde 364 quilmetros de extenso, restam apenas 7 quilmetros

    ativos, que so utilizados para ns tursticos.

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    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    Apogeu, requinte e luxoManaus, capital do Estado do Amazonas, era na poca

    considerada a cidade brasileira mais desenvolvida e uma dasmais prsperas do mundo. nica cidade do pas a possuir

    luz eltrica e sistema de gua encanada e esgotos, Manausviveu seu apogeu entre 1890 e 1920, gozando de tecnologiasque outras cidades do sul do Brasil ainda no possuam, taiscomo bondes eltricos, avenidas construdas sobre pntanosaterrados, alm de edifcios imponentes e luxuosos, comoo requintado Teatro Amazonas, o Palcio do Governo, oMercado Municipal e o prdio da Alfndega.

    A inuncia europia logo se fez notar em Manaus, naarquitetura da construes, no modo de viver, fazendo dosculo XIX a melhor fase econmica vivida pela cidade.A Amaznia era responsvel, nesta poca, por quase 40%de toda a exportao brasileira. Os novos ricos de Manaus

    tornaram a cidade a capital mundial da venda de diamantes.Graas borracha, a renda per capita de Manaus era duasvezes superior da regio produtora de caf (So Paulo, Riode Janeiro e Esprito Santo).

    O fm do monoplio amaznico da borracha

    Mas a ferrovia Madeira-Mamor, terminada em1912, j chegava tarde. A Amaznia j estava perdendoa primazia do monoplio de produo da borracha porqueos seringais plantados pelos ingleses na Malsia, no Ceiloe na frica tropical, com sementes oriundas da prpriaAmaznia, passaram a produzir ltex com maior ecincia

    e produtividade. Conseqentemente, com custos menorese preo nal menor, o que os fez assumir o controle docomrcio mundial do produto.

    A borracha natural da Amaznia passou a ter um preoproibitivo no mercado mundial, tendo como reexo imediatoa estagnao da economia regional. A crise da borrachatornou-se ainda maior porque a falta de viso empresariale governamental resultou na ausncia de alternativas que

    possibilitassem o desenvolvimento regional, tendo comoconseqncia imediata a estagnao tambm das cidades.A falta no pode ser atribuda apenas aos empresrios tidos

    como bares da borracha e classe dominante em geral,mas tambm ao governo e polticos que no incentivarama criao de projetos administrativos que gerassem um

    planejamento e um desenvolvimento sustentado da atividadede extrao do ltex.

    Embora restando a ferrovia Madeira-Mamor e ascidades de Porto Velho e Guajar-Mirim como heranadeste apogeu, a crise econmica provocada pelo trminodo ciclo da borracha deixou marcas profundas em toda aregio amaznica: queda na receita dos Estados, alto ndicede desemprego, xodo rural e urbano, sobrados e mansescompletamente abandonados, e, principalmente, completafalta de expectativas em relao ao futuro para os queinsistiram em permanecer na regio.

    Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidosda renda da extrao, xaram-se na periferia de Manausem busca de melhores condies de vida. A, por falta dehabitao, iniciaram, a partir de 1920, a contruo da cidade

    utuante, gnero de moradia que se consolidaria na dcadade 1960.

    O governo central do Brasil at criou um rgo com oobjetivo de contornar a crise, chamado Superintendncia deDefesa da Borracha, mas esta superintendncia foi inecientee no conseguiu garantir ganhos reais, sendo, por esta razo,desativada no muito tempo depois de sua criao.

    Nos anos 1930, Henry Ford, o pioneiro da indstriaamericana de automveis, empreendeu o cultivo de seringaisna Amaznia, com tcnicas de cultivo e cuidados especiais,mas a iniciativa no logrou xito j que a plantao foiatacada por uma praga na folhagem.

    O SEGUNDO CICLO DA BORRACHA - 1942/1945A Amaznia viveria outra vez o ciclo da borracha durante

    a Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo. Comoforas japonesas dominaram militarmente o Pacco Sul nos

    primeiros meses de 1942 e invadiram tambm a Malsia, ocontrole dos seringais passou a estar nas mos dos nipnicos,o que culminou na queda de 97% da produo da borrachaasitica.

    A batalha da borrachaNa nsia de encontrar um caminho que resolvesse

    esse impasse e, mesmo, para suprir as Foras Aliadas da

    borracha ento necessria para o material blico, o governobrasileiro fez um acordo com o governo americano (Acordode Washington), que desencadeou uma operao em largaescala de extrao de ltex na Amaznia - operao que couconhecida como a Batalha da Borracha.

    Como os seringais estavam abandonados e no maisde 35 mil trabalhadores permaneciam na regio, o grandedesao de Getlio Vargas, ento presidente do Brasil, eraaumentar a produo anual de ltex de 18 mil para 45 miltoneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessria afora braal de 100 mil homens.

    O alistamento de quem tivesse interesse em trabalharnos seringais em 1943 era feito pelo Servio Especial de

    Mobilizao de Trabalhadores para a Amaznia (SEMTA),com sede no nordeste, em Fortaleza, criado pelo entoEstado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-seessencialmente como resposta a uma seca devastadora naregio e crise sem precedentes que os camponeses da regioenfrentavam.

    Alm do SEMTA, foram criados pelo governo nestapoca, visando a dar suporte Batalha da borracha, aSuperintendncia para o Abastecimento do Vale da Amaznia(Sava), o Servio Especial de Sade Pblica (Sesp) e oServio de Navegao da Amaznia e de Administrao doPorto do Par (Snapp). Criou-se ainda a instituio chamada

    Banco de Crdito da Borracha, que seria transformada, em1950, no Banco de Crdito da Amaznia.

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    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    O rgo internacional Rubber Development Corporation(RDC), nanciado com capital dos industriais americanos,custeava as despesas do deslocamento dos migrantes(conhecidos poca como brabos). O governo dos Estados

    Unidos pagava ao governo brasileiro cem dlares por cadatrabalhador entregue na Amaznia.

    Milhares de trabalhadores de vrias regies do Brasilatenderam ao apelo do presidente e lanaram-se na extraodo cobiado ltex. S do nordeste foram para a Amaznia54 mil trabalhadores, sendo a maioria do Cear. Dos 800mil habitantes do Cear 120 mil rumaram ao Rio Amazonas,

    porm metade morreu no caminho da fome e doenas daselva. Os nordestinos receberam, por consequncia, a alcunhade soldados da borracha.

    Manaus tinha em 1849, 5 mil habitantes em meio sculocresceu para 70 mil. Novamente a regio experimentou a

    sensao de riqueza e de pujana. O dinheiro voltou a circularem Manaus, em Belm, em cidades e povoados vizinhos e aeconomia regional fortaleceu-se.

    Entretanto, para muitos trabalhadores, este foi umcaminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros morreramabandonados na Amaznia, depois de terem exaurido suasforas extraindo o ouro branco. Morriam de malria, febreamarela, hepatite e atacados por animais como onas,serpentes e escorpies. O governo brasileiro tambm nocumpriu a promessa de reconduzir os soldados da borracha devolta sua terra no nal da guerra, reconhecidos como herise com aposentadoria equiparada dos militares. Calcula-se

    que conseguiram voltar ao seu local de origem (a duras penase por seus prprios meios) cerca de seis mil homens.

    Apontamentos fnais

    Os nais abruptos do primeiro e do segundo ciclo daborracha demonstraram a incapacidade empresarial e faltade viso da classe dominante e dos polticos da regio. Onal da guerra conduziu, pela segunda vez, perda da chancede fazer vingar esta atividade econmica. No se fomentouqualquer plano de efetivo desenvolvimento sustentado naregio, o que gerou reexos imediatos: assim que terminoua segunda guerra mundial, tanto as economias de vencedorescomo de vencidos se reorganizaram na Europa e na sia,

    fazendo cessar novamente as atividades nos velhos einecientes seringais da Amaznia.

    Fonte: pt.wikipedia.org

    CIDADES DE RONDNIA

    PORTO VELHOCapital de RONDNIAHabitante: porto-velhense.Pop.: 334.661 (2000).Malha pavimentada: 30% (1999).Vias urbanas iluminadas: 60% (1999).rea geogrca: 34.068,50 km (2000)

    Lei de criao: Ato de criao n 757, de 02. 10. 1914Zoneamento socioeconmico e ecolgicoA demanda de recursos naturais, as restries e ofertas

    ambientais e as aes antrpicas encerram um grande

    desao: materializar o processo de compatibilizao entredesenvolvimento, conservao e preservao do meioambiente, como forma de propiciar o desenvolvimentosustentvel na regio Amaznica, a partir dos Estadosque a integram. O eixo central dessa nova estratgia ozoneamento.

    O Brasil j avanou consideravelmente na rea dozoneamento. A regio Amaznica, pela sua projeointernacional, foi uma espcie de campo de provas paraa evoluo do processo, uma vez que, em passado nomuito remoto, apresentava certa ambigidade e vises

    parciais. Em uma delas, havia uma concepo biofsica de

    zoneamento, entendido como instrumento para transformar aAmaznia num santurio; em outra, liberava reas para usodescontrolado; numa terceira, conferia excessiva nfase nozoneamento agrcola.

    Modernamente, o zoneamento constitui instrumentopoltico e tcnico de planejamento, cuja nalidade ltima otimizar o uso do espao e orientar as polticas pblicas.

    Esta otimizao alcanada pelas vantagens que eleoferece, sendo, simultaneamente, um instrumento:

    a) tcnico de informao sobre o territrio, necessrio aoplanejamento de sua ocupao racional e ao uso sustentveldos recursos naturais, fornecendo informaes integradas emuma base cartogrca e classicando o territrio segundo

    suas potencialidades e vulnerabilidades;b) poltico de regulao do uso do territrio, permitindo

    integrar as polticas pblicas em uma base geogrca,descartando o tradicional tratamento setorial de modo aaumentar a eccia das decises polticas.

    Permite, tambm, acelerar o tempo de execuo e ampliara escala de abrangncia das aes, isto , aumentando aeccia da interveno pblica da gesto do territrio.

    Ademais, constitui instrumento de negociao entre asvrias esferas de governo e, entre estas, o setor privado e asociedade civil, ou seja, um instrumento para construo de

    parcerias; e

    c) de planejamento e gesto territorial para odesenvolvimento regional sustentvel, signicando queno deve ser entendido como instrumento de cunhoapenas corretivo, mas tambm ativo e estimulador dodesenvolvimento.

    Em sntese, o zoneamento um instrumento tcnicoe poltico do planejamento das diferenas, segundocritrios de sustentabilidade, de absoro de conitos, e detemporalidade, que lhe atribui carter de processo dinmico,que deve ser periodicamente revisto e atualizado, capaz deagilizar a passagem para o novo padro de desenvolvimento.O zoneamento, portanto, no um m em si, nem meradiviso fsica, e tampouco visa criar zonas homogneas e

    estticas cristalizadas em mapas.

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    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    Para se analisar de forma adequada esse instrumento, necessrio fazer um breve histrico do processo de ocupaode Rondnia, examinar aspectos togeogrcos e suaestrutura fundiria e caracterizar o processo de ordenamento

    territorial do Estado. O exame, ainda que sumrio, dasreservas indgenas, unidades de conservao e de scalizaodo IBAMA em Rondnia so tambm importantes para umaabordagem mais abrangente da matria.

    ARIQUEMESO vale do Jamari onde localiza-se hoje, o Municpio

    de Ariquemes era conhecido desde o sculo XVIII, pelaabundncia de cacaueiros nativos de suas orestas. Em 1749o sargento-Mor Luiz Fagundes Machado auxiliado pelo

    piloto Antnio Nunes de Souza e o sertanista Joo de SouzaAzevedo, cheando uma expedio de cento e cinqenta

    homens, explorou a bacia do rio Jamari, por ordem dogovernador da Capitania do Gro Par.

    No incio do Sc. XX quando a Comisso de LinhasTelegrca Mato Grosso/Amazonas, cheada pelo TenenteCoronel Cndido Mariano da Silva Rondon, alcanou o rioJamari no local onde localiza-se Ariquemes, encontrou a sededo seringal Papagaios de propriedade do Coronel Borges S.do Carmo, a instalou um posto telegrco, denominando-oAriquemes, em homenagem nao indgena dos Ahopvoa qual os Urups seus inimigos apelidavam de Arikemes. Onome da estao telegrco Ariquemes estendeu-se a todalocalidade.

    Criado em 1943, o Territrio Federal do Guapor passoua fazer parte do municpio de Porto Velho, como distrito deAriquemes.

    O progresso e o desenvolvimento de Ariquemesocorreu a partir de 1958 com a descoberta a explorao dacassiterita (minrio de estanho, e da implantao dos ProjetosIntegrados de Colonizao do INCRA em 1970), atraindo

    para sua rea o uxo migratrio de colonos oriundos dasregies Centro-Sul do Pas, dedicando-se agricultura e

    pecuria. Sua expanso induziu o Prefeito Municipal dePorto Velho, Antnio Carlos Cabral Carpintero, a determinara mudana da sede do Distrito, da antiga vila para outro local,

    onde iniciou a instalao de uma cidade planejada divididaem quatro setores, o institucional, o comercial, o industriale residencial, surgindo a Nova Ariquemes que passou a sersede do Municpio de Ariquemes, criado pela Lei n. 6448 de11 de outubro de 1977.

    MACHADINHO DO OESTEA cidade de Machadinho, sede do Municpio do mesmo,

    surgiu de um dos Projetos de Colonizao do INCRAno Municpio de Ariquemes, do qual foi desmembrado.Situava-se no vale do rio Ji-Paran, tendo todo o seuterritrio atravessado de Sul para o Norte pelo rio Ji-Paran,

    tendo todo o seu territrio atravessado de Sul para o Nortepelo rio Ji-Paran. Seu rpido crescimento populacional

    e desenvolvimento econmico decorrente das atividadesagrcolas, exigiu a sua autonomia poltica e administrativa.A rea do Projeto Integrado de Colonizao Machadinho,foi elevado a categoria de Municpio, com sede no povoado

    do mesmo nome com status de cidade. O seu nome emhomenagem do rio Machadinho, auente da margemesquerda do rio Ji-Paran.

    JAR

    A cidade de Jeru, sede do Municpio do mesmo nome,situada no vale do rio Jar, surgiu em torno de um dos

    postos telegrcos instalado em 1912 pela Comisso daLinha Telegrca Estratgica Mato Grosso/Amazonas,cheada pelo ento Cel. Cndido Mariano da Silva Rondon.Porm o vale do rio Jaru era ocupado pelos pelos seringaise seringueiros desde o sculo XIX, apesar da resistncia

    imposta pela nao dos Jarus, que a tinham sob seu domnio,ocupando uma extensa rea que se estendia desde o rio Jaruauente da margem esquerda do rio Ji-Paran, at s margensdo alto curso do rio Madeira. Em 1950 a Comisso Rondon

    procedeu a explorao de estudos do rio Madeira. Em 1915a Comisso Rondon procedeu a explorao de estudosdo rio Jaru, mantendo este nome em homenagem aos seus

    primitivos habitantes os Jarus.

    A ocupao atual do vale do Jaru, ocorreu a partir de1975, com a instalao do Projeto Integrado de ColonizaoPadre Adolpho Rohl pelo INCRA, para assentamentosde colonos oriundos principalmente das regies Centro Sul

    do Pas. O seu esenvolvimento demogrco e econmico,resultou na elevao da rea do Projeto, a categoria deMunicpio tendo a localidade de Jaru, como sede municipalelevada e categoria de cidade.

    O municpio criado pela Lei n. 6.921, de 16 de junhode 1981, recebeu o nome de Jaru, em homenagem ao rio e nao indgena dos Jarus.

    OURO PRETO DO OESTE

    Ouro Preto do Oeste, teve origem do primeiro ProjetoIntegrado de Colonizao, implantado em 1970, peloINCRA para assentamento de colonos migrados das regiesCentro-Sudestes-Sul, do Pas. Porm desde o sculo XIXos seringueiros do rio Urup extraiam borracha e colhiamcastanha em suas orestas BR 364, distante 40 Km da Vilade Rondnia, hoje cidade de Ji-Paran, sendo denominadaOuro Preto, em

    homenagem a serra e seringal com esse nome, situadosna rea delimitada pelo Projeto de Colonizao.

    O ncleo inicial e suas adjacncias desenvolveramserapidamente, aumentando a sua populao, a produoagropastoril, o comrcio e a indstria, atingindo expressivaimportncia social e econmica, sendo elevada a categoriade municpio pela Lei n. 6.921, de 16 de julho de 1981,desmembrado do municpio de Ji-Paran.

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    JI-PARANLocalizado no vale do rio Ji-Paran, sua sede a cidade do

    mesmo nome situada na conuncia do citado rio com o rioUrup. A rea hoje limitada pelo municpio comeou a ser

    ocupada pelos nordestinos transmudados em seringueiros, apartir do sculo XIX. Que enfrentando a oposio aguerridados Muras (Parintins), Urups e Jarus penetraram no rioJi-Paran a partir de sua foz no rio Madeira, em Calama,na explorao e produo de borracha, alcanaram osseus mdio e alto curso, estabelecendo-se em seringais.Ao lugarejo em torno dos barraces sede dos seringais doVale do Urup, o denominaram com este nome, pelo qualcou conhecido nas transaes comercias dos centrosabastecedores (casas aviadoras) desses seringais, em Manause Belm. Em 1909 a Comisso Rondon ao atingir a foz do riourup, no lugarejo existente, o Tenente Coronel Mariano daSilva Rondon, instalou um posto telegrco, denominando-o

    Presidente Afonso Pena em homenagem ao ento Presidenteda Repblica Afonso Augusto Moreira Pena. Nome quegradativamente se impe, substituindo o de Urup.

    O estgio de desenvolvimento atingido pela Vila e suarea de inuncia e fez ser elevada a categoria de Municpio,atravs da Lei n. 6.448, de 11 de outubro de 1977 com adenominao de Ji-Paran, em homenagem ao caudalosorio Ji-Paran que atravessa toda sua rea de Sul para o

    Norte dividindo a cidade de Ji-Paran sua sede poltico-administrativa em dois setores urbanos.

    PRESIDENTE MDICIA cidade de Presidente Mdici e o municpio de igual

    denominao do qual sede poltico-administrativa, foi dadapelos migrantes oriundos das regies Centro-Sul do pas,que a se estabeleceram a partir de 1970, contra a vontadedo senhor Milton de Andrade Rios que os tinha comogrileiros, invasores das terras que considerava serem de sua

    propriedade, visto t-las adquiridas do senhor Luiz MrioPereira de Almeida, como parte integrante do Sr. PresidenteHermes, situados entre os igaraps Preto e Leito denominadoFazenda Presidente Hermes, pelo seu novo proprietrio.

    Os primeiros colonos chegaram ao local na margem daA sede do Projeto foi localizada a margem da rodovia BR

    364, na dcada de sessenta, instalaram-se em apenas quatrobarracas no meio do lamaal, dando-lhe o nome de Trinta

    e Trs, por distar 33 Km da Vila de Rondnia, atual cidadede Ji-Paran. Seus moradores todos agricultores, socorriamde alguma forma os motoristas e passageiros das viaturasque cavam retidas em um imenso atoleiro conhecido porMuqui, nas proximidades do rio com este nome. O lugarejocrescia em nmero de habitantes e casas com a chegada denovos colonos que nele se estabeleciam a apesar da situaolitigiosa. No primeiro semestre de 1972, sua populao atingiamais de 800 habitantes e os nibus que ligavam Cuiab-MT aPorto Velho-RO, faziam ponto de parada no local, agora comaspecto de Vila e com dois nomes Nova Jerusalm e NovaCana, ostentados em placas distintas colocadas pelos lderesde cada grupo de agricultores em frente de suas respectivas

    casas.

    Ainda nesse ano, os colonos realizaram eleio paraescolher a um nico nome para localidade, sendo posta emvotao os dois supracitados e mais Getlio Vargas, Ftimado Norte, Cruzeiro do Sul e Presidente Mdici, havendo sido

    escolhido esse ltimo. O qual foi ocializado em 1973, aoser o local elevado a categoria de Sub-Distrito, pelo Coroneldo Exrcito Theotorico Gauva, na poca governador deRondnia.

    Em decorrncia de seu desenvolvimento scioeconmico,foi o Distrito de Presidente Mdici, elevado a municpio em1981, mantendo este nome, em homenagem ao Presidente daRepblica Emlio Garrastuzu Mdici.

    CACOAL

    O nome Cacoal originou-se dessa denominao dada ao

    local pelo senhor Ansio Serro de Carvalho, guarda os daComisso Rondon, que acatando as recomendaes de seuchefe, o Tenente Coronel Cndido Mariano da Silva Rondon,ali se instalou em 1912, construindo uma casa e requerendode Mato Grosso, as terras adjacentes para sua posse. Adenominao data a localidade, deveuse abundncia decacaueiros nativos existentes em sua oresta.

    Por este nome cou conhecido o local pelos seringueirosque ali moravam e pelos garimpeiros de diamante que por eles

    passam, rumo aos Rios Comemorao de Floriano e Apidi(Pimenta Bueno), tendo sido ocializado ao ser a localidadeelevada a categoria de municpio, pela Lei n. 6448 de 11 de

    outubro de 1977, com a denominao de Cacoal

    ROLIM DE MOURA

    Originou-se do Projeto de Colonizao Rolim de Mouraimplantado na rea pelo INCRA, destinado ao assentamentode colonos excedentes do Projeto Ji-Paran,

    O nome do Projeto, derivou-se do nome do rio Rolimde Moura, denominao dada pelo Tenente Coronel CndidoMariano da Silva Rondon, chefe da Comisso das LinhasTelegrcas. Mato Grosso/Amazonas, ao descobri-lo em1909, em homenagem ao Visconde de Azambuja Dom

    Antnio Rolim de Moura Tavares, Capito General, primeiroGovernador da Capitania de Mato Grosso, no perodo de1748 1763. Entre seus feitos, destacam-se a construode Vila Bela da Santssima Trindade, sede da Capitania(1 cidade articial, planejada do Brasil) construo dofortim de conceio do rio Guapor, nas proximidades dasatuais runas do Real Forte Prncipe da Beira, destruio da

    povoao espanhola de So Miguel, na margem esquerdado rio Guapor e expulso de sua guarnio militar para ointerior da Bolvia, ento Vice-Reino do Peru.

    Nome mantido ao ser a regio elevada a categoria deMunicpio, atravs do Decreto Lei Estadual n. 071, de 05 de

    agosto de 1983.

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    NOVA BRASILNDIACidade e municpio do mesmo nome, surgiu da expanso

    das frentes migratrias das regies Centro-Sul do Pas,expandindo-se de Presidente Mdici, no eixo da rodovia BR

    364, na direo do oeste, rumo ao vale do Guapor, em buscade terras frteis propcias agricultura.

    Seu nome em homenagem Braslia, cidade tambmpioneira interiorizada no Planalto Central Brasileiro, damesma forma que Nova Brasilndia, Ncleo PopulacionalUrbano, interiorizado na Chapada dos Parecis, implantado

    pela coragem e trabalho dos novos pioneiros, desbravadoresda Amaznia Ocidental.

    O rpido desenvolvimento scio-econmico alcanadopelo ncleo populacional resultou em sua elevao a categoriade municpio.

    ALVORADA DO OESTEAlvorada do Oeste surgiu da interiorizao dos colonos

    dos municpios de Ouro Preto do Oeste e Presidente Mdici,expandindo-se na direo do Oeste, em busca de terrasagricultveis, localizando se- na Chapada dos Parecis. Oncleo urbano surgido teve rpido crescimento econmicoe populacional, sendo por tal, elevado a categoria demunicpio.

    PIMENTA BUENOA cidade de Pimenta Bueno, sede do municpio do

    mesmo nome, originou-se do aglomerado de barracas de

    seringueiros construdas em torno do posto telegrco,instalado em 1909, pelo Tenente Coronel Cndido Marianoda Silva Rondon, na conuncia dos rios Comemoraode Floriano e Pimenta Bueno (este ltimo, o Apidi dosindgenas), ambos descobertos por esse sertanista, chefe daComisso das Linhas Telegrcas Estratgicas Mato Grosso-Amazonas. O nome de Pimenta Bueno dado ao rio Apidi

    por Rondon, foi em homenagem a Jos Antnio PimentaBueno, Visconde e Marqus de So Vicente.

    O insignicante povoado perdido na oreste, teve umsurto de progresso na dcada de cinqenta, quando ali osgarimpeiros instalaram um arraial de apoio a garimpagemde diamante nos rios Comemorao, Pimenta Bueno e seus

    auentes. Sendo construdo campo de pouso para pequenosavies escolas e instaladas casas comerciais.

    Porm seu desenvolvimento ocorre a partir da construoda rodovia BR 364, tendo um rpido crescimento demogrco,econmico e urbano sendo a regio elevada a categoria doMunicpio, mantendo o nome de Pimenta Bueno.

    ESPIGO DO OESTESurgiu na dcada de setenta, no Projeto de Colonizao

    organizado pelos paulistas irmos Melhorana, dividido emlotes rurais distribudos aos colonos por eles recrutados nasregies Sul-Sudeste do Pas. A sede administrativa da empresa

    colonizadora, denominava-se inicialmente, Itaporanga,passou posteriormente a chamar-se Espigo do Oeste,

    certamente em aluso ao avano dos migrantes centro-sulistada direo da Amaznia Ocidental. A populao de Espigodo Oeste, Ncleo pioneiro, afastado do eixo da rodovia BR364, sofreu toda espcie de presso, at violncia policial,

    com o propsito de for-la a se retirar da regio consideradacomo reserva dos ndios Surus. Resistiu mantendo-se emsuas glebas, transformando-se em centros de produoagrcola e pecuria e o incipiente aglomerado populacionalem progressista e importante ncleo urbano, sendo elevado acategoria de municpio em 1981.

    SANTA LUZIA DO OESTECidade sedo do municpio do mesmo nome, surgiu da

    expanso de colonos de Rolim de Moura em direo ao Valedo Guapor. O povoado teve rpido crescimento demogrcoe econmico, transformando em importante centro de

    produo agrcola, sendo elevado a categoria de Municpioem 1986.

    VILHENAA rea hoje delimitada pelo municpio de Vilhena,

    foi alcanado pelo Tenente Coronel Cndido Marianoda Silva Rondon, Chefe da Comisso de Construo daLinha Telegrca de Mato Grosso-Amazonas, em 1909,comandando uma expedio de quarenta e duas pessoas.

    Estabeleceu acompanhamento na regio para estudarseu ecossistema e seus habitantes indgenas. Implantouuma estao telegrca, s margens do rio Piraculino, porele descoberto e assim denominado, distante uns 5 Km daatual cidade de Vilhena. Os campos Gerais ou Chapado doReino dos Parecis, como lhe denominava os bandeirantes,como Antnio Pires, Paz de Barro e outros que desde 1718,o perlustraram na cata ouro e preando ndios, passou a serconhecido como ilhena, o nome dado a estao telegrca,

    por Rondon, em homenagem a lvaro Coutinho de MeloVilhena, maranhense que em 1890 foi nomeado engenheirochefe da organizao da Carta Telegrca da Repblica. Eem 1900, Diretor Geral dos Telgrafos, cargo no qual seaposentou em 1902. Faleceu em 1904, na cidade de Fortaleza,Capital do Cear.

    A estao telegrca foi transferida em 12 de outubro de

    1910, para novas instalaes, na casa atualmente conhecidapor Casa de Rondon.

    O pequeno povoado que comeou a se formar a partir dosprimeiros anos da dcada de sessenta, nas proximidades doigarap Pires de S, em decorrncia da construo da rodoviaBR 29, atual BR 364 e de um campo de aviao com pistaasfltica, para receber o Presidente da Repblica JuscelinoKubitschek de Oliveira, quando pessoalmente veio ao localinaugurar a rodovia Braslia- Acre (em 29.09.1960).

    Em Vilhena o campo de aviao construda pela empresaCamargo Correia uma das empreiteiras da construo darodovia, alm de servir aos seus avies, tornou-se pontode apoio aos avies do Correio Areo Nacional, da ViaoArea So Paulo/VASP e do Cruzeiro do Sul. Passou a sediar

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    um destacamente da Fora Area Brasileira e o Governodo Territrio construiu na localidade um hospital. Vilhena

    passou a se desenvolver rapidamente transformando-se emimportante polo comercial e industrial, sendo elevado a

    categoria de municpio em 1977.

    ALTA FLORESTA DO OESTEMunicpio com sede na cidade do mesmo nome, foi

    criada em 1986. Sua origem foi em conseqncia do avanoda frente migratria rumo ao Oeste em demanda ao Vale doGuapor.

    O pequeno ncleo populacional evoluiu rapidamentetransformando-se em importante polo agrcola e comercialexigindo uma organizao poltico-administrativa, sendoatendida com a elevao da regio a categoria de Municpio.

    COLORADO DO OESTEA cidade de Colorado do Oeste, teve origem da sede do

    Projeto Integrado de Colonizao Paulo Assis Ribeiro, nomedado a este, em memria ao piloto de helicptero morto emacidente areo, em servio no Vale de Colorado.

    Este Projeto de Colonizao implantado pelo INCRAtinha por nalidade assentar os migrantes que chegavam Vilhena.

    A sede administrativa do Projeto transformou seem polo comercial com grande raio de inuncia eimportncia econmica, sendo o centro de comercializaoe abastecimento das propriedades agropastoris de uma vasta

    rea rural.Pelo desenvolvimento scio-econmico alcanado,

    foi elevado a regio, em 1981 a categoria de municpio,com a denominao de Colorado do oeste, tendo por sedeadministrativa a cidade do mesmo nome. Denominao dadaa cidade e ao municpio em homenagem ao rio Colorado, novale do qual cam suas bases geogrcas.

    CEREJEIRASO municpio e cidade do mesmo nome tiveram origem

    do Distrito de Cerejeiras, que por seu desenvolvimentoeconmico, crescimento demogrco e social, foi elevado

    a categoria de municpio, desmembrando-se de Coloradodo Oeste, em 1983.O se nome em homenagem a essa importante espcie

    vegetal de alto valor comercial, abundante nas orestas darea do Municpio.

    CABIXIO municpio de Cabixi teve origem ao distrito do mesmo

    nome desmembrado do municpio de Colorado do Oeste,em 1988, pela importncia social e econmica, alcanada

    pela rea por ele limitada. Sua base demogrca integra osvales dos rios Cabixi e Guapor. Seus primitivos habitantes

    os ndios Cabixis, foram ali encontrados pelos bandeirantespaulistas no sculo XVII e pela Comisso Rondon em 1909.

    O nome da cidade de Cabixi e do municpio do qual sede, em homenagem aos primitivos habitantes, dos quais orio emprestou o nome SO MIGUEL DO GUAPOR

    Surgiu do povoado assentado nas proximidades dorio So Miguel, por colonos vindo principalmente dosmunicpios de Rolim de Moura e Presidente Mdici.

    O ncleo populacional desenvolveu-se rapidamentecomo polo agrcola e pecurio, localizado na chapada dosParecis entre as reas de inuncia da BR 364 e do vale doGuapor. Por seu crescimento demogrco e econmico, foiem 1988, elevado a categoria de municpio, desmembrando-se do municpio de Costa Marques, com o nome de SoMiguel. Denominado assim, em homenagem ao rio SoMiguel o mais importante na rea siogrca do municpio.

    COSTA MARQUESSurgiu da elevao do distrito de Costa Marques a

    categoria de municpio em 1981, desmembrando-se domunicpio de Guajar-Mirim. Sua base geogrca ca novale do rio Guapor, sendo sua sede administrativa a cidademais importante na margem desse rio. A regio limitada pelomunicpio comeou a ser ocupada a partir do m do sculoXVII, intensicando-se no sculo XVIII, inicialmente nelase estabeleceram os espanhis fundando as misses de SoSimo, na foz do rio Corumbiara, e de So Miguel na fozdesse rio e de Santa Rosa, a uns 4 Km abaixo da atual cidadede Costa marques.

    A denominao de Costa Marques localidade, foi dada

    pelo Governador do Estado de Mato Grosso, em homenagemao homem pblico Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques,sexto presidente desse Estado no perodo de 1911 1915.

    Ao ser elevado o distrito de Costa Marques a municpio,manteve esta denominao.

    GUAJAR-MIRIMO nome do municpio de Guajar-Mirim de origem

    indgena signicando Cachoeira (Guajar) pequena (Mirim),assim j era conhecida o local desde o sculo XVIII, comoum dos pontos de referncia geogrca na rota Santa MariaBelm-do Par/Vila Bela da Santssima Trindade em MatoGrosso. No incio do sculo XX tornou se mais conhecidaao ser o local escolhido para o ponto terminal da Estrada deFerro Madeira-Mamor. (Concluda em 30 de abril de 1912e inaugurada ocialmente em 1 de agosto deste mesmo ano).

    No dia 12 de junho de 1928, o povoado de Guajar-Mirim era elevado a categoria de cidade, passando a ser asede do municpio do mesmo nome, atravs da Lei n. 991,do Governo do Estado do mato Grosso. A instalao domunicpio ocorreu em 10 de abril de 1929.

    Em 1943, passou a constituir-se parte integrante doTerritrio Federal do Guapor (Rondnia), nas condiesde Municpio, ostentando o seu nome original de Guajar-

    Mirim.

  • 5/26/2018 63070995 Geografia e Historia de Rondonia

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    Didatismo e Conhecimento

    GEOGRAFIA E HISTRIA DE RONDNIA

    NOVA MAMORO municpio de Nova Mamor, seu nome teve origem

    do fato circunstancial dos moradores de Vila Murtinho,por necessidade de fugir do isolamento a que foram

    relegados com a desativao da ferrovia Madeira- Mamor,mudaram-se para outro local a margem a rodovia BR 425(Guajar-Mirim/Abun), o qual denominaram de Vila Nova,

    provavelmente em aluso a vida nova que iniciavam no localescolhido para fazerem ressurgir a antiga morada que porcircunstncias adversas foram induzidos a abandon-la.

    O povoado expandiu-se rapidamente, tornando-sedistrito do Municpio de Guajar-Mirim, para em seguidaser elevado a categoria de Municpio, mantendo o nome deVila Nova acrescido da localizao geogrca, cando suadenominao ocial, Vila Nova do Mamor.

    ALTO PARASO

    Originou-se do NUAR (Ncleo Urbano de Apoio Rural)Marechal Dutra um dos projetos de assentamento de colonosdo INCRA. O nome Alto Paraso deve-se ao deslumbramentodos colonos ante a beleza da pujante oresta descortinada dotopo de uma elevao de relevo do terreno, associando essa

    paisagem idia do que teria sido o Edem dos primrdiosda humanidade. Denominando o ncleo ali surgido de AltoParaso, e com o qual foi criado o municpio pela Lei n. 375,de 13 de fevereiro de 1992.

    NOVO HORIZONTECriado pela Lei n. 365, de 13 de fevereiro de 1992,

    originou o NUAR dessa mesma denominao, integrante

    do projeto de colonizao Rolim de Moura. O pequenoncleo inicial teve rpido desenvolvimento scioeconmicograas a dedicao ao trabalho na agricultura e pecuria

    principalmente, pelos pioneiros seus fundadores.O destaque alcanado como centro de alta produtividade

    de agropecurio, foi fator decisivo para sua transformaoem municpio.

    CACAULNDIATeve sua origem do NUAR (Ncleo Urbano de Apoio

    Rural) com essa denominao, integrante do projeto MarechalRondon de assentamento de colonos do INCRA. Situado nazona cacaueira o ncleo desenvolveu-se rapidamente tendo

    por sustentao exonmica a produoe comercializao de cacau. Foi elevado a municpio

    com o nome de Cacaulndia, pela Lei n. 374, de 13 defevereiro de 1992.

    CAMPO NOVO DE RONDNIASurgiu de um ncleo de garimpagem, no qual foi

    construdo um campo de pouso para pequenos avies. Olugar passou a ter como referencial a nova pista de pouso,as pessoas denominavam o lugar para eles se dirigirem aoenviar correspondncia, com o nome de Campo Novo.Por sua evoluo scio-econmico foi transformado emmunicpio pela Lei n. 379 de 13 de fevereiro de 1992, com a

    denominao de Campo Novo de Rondnia.

    CANDEIAS DO JAMARITem sua origem ocial a ser instalado no local pertencente

    ao municpio de Alto Madeira com sede em Santo Antnio,pelo Governo do Estado de mato Grosso, um Distrito Policial

    criado pelo Ato n. 2.213, de 14 de novembro de 1939. Oinsignicante lugarejo margem direita do rio Candeiasservia de ponto de estacionamento de quem se dirija paraos seringais do alto rio Candeias, bem como de depsito de

    borracha que desciam o rio, pois o lugarejo ca no pontode cruzamento da rodovia mato Grosso-Amazonas nesse rio,facilitando o transporte de produo para Porto Velho ou paraCachoeira de Samuel onde aportavam as gaiolas e as outrasembarcaes de menor porte vindos de Manaus e para onderetornavam.

    Somente no nal da dcada de setenta, foi que o Candeiascomeou a expandir o seu ncleo urbano, a agricultura,

    o comrcio e o turismo que proporcionam as praias do rioCandeias. O seu rpido desenvolvimento permitiu a suaelevao a municpio pela Lei n. 363, de 13 de fevereiro de1992.

    CASTANHEIRASSurgiu do NUAR Unio da Vitria integrante do Projeto

    de colonizao Rolim de Moura. Que tornou-se destacadopela agropecuria, sendo elevada a municpio pela Lei n.366, de 13 de fevereiro de 1992, com o nome de Castanheiras,escolhido pelo Deputado Amizael Gomes da silva, relatorda constituio do Estado, por ser o espao demogrco domunicpio abundante dessas belas e importantes rvores daHilea Amaznica.

    CORUMBIARAOriginou do NUAR Nova Esperana, integra