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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Irmã Cipriana, orientadora dos serviços de socorro do grupo, chega a residência onde se encontravam André e Calderaro a fim de ajudar no processo de Pedro e Camilo.

• Ao ser felicitado por Cipriana por seu trabalho até então, Calderaro comenta que seu esforço foi quase nenhum, resumindo-se a meros preparativos.

• Cipriana sorri e observa que nunca atingimos o fim sem passar pelo princípio.

• Aproxima-se então de ambos os infelizes, postando-se em atitude de oração.

• Após alguns momentos, circundava-a refulgente halo, cuja santidade senti dever respeitar. Estava formosa, radiante.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Estendeu as mãos para os dois desventurados, atingindo-os com o seu amoroso magnetismo, e notei, assombrado, que o poder daquela mulher sublimada lhes modificava o campo vibratório.

• Sentiram-se ambos desfalecer, oprimidos por uma força que os compelia à quietação.

• Seus olhos espelhavam, no silêncio, angustiosa perquirição, quando a mensageira, avizinhando-se, os tocou de leve na região visual.

• Notei que o enfermo, parcialmente liberto do corpo, e o perseguidor implacável passaram a ver-nos com indescritível assombro.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Por julgar cada um de nós o que vê através do prisma de conhecimentos adquiridos, cuidaram fossem visitados pela excelsa Mãe de Jesus: definiam o ambiente em harmonia com as noções religiosas que o mundo lhes inculcara.

• O doente ajoelhou-se de súbito, dominado por incoercível comoção, e desfez-se em copioso pranto.

• Mãe dos Céus! – clamou o companheiro hospitalizado, chorando convulsivamente – como vos dignais de visitar o criminoso, que sou eu? Sinto vergonha de mim mesmo, sou imperdoável pecador, abatido pela minha própria miséria...

• Havia uma sinceridade imensa, aliada a imensa dor, naquelas palavras de angústia e de arrependimento.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Matei um homem!... Desabafou o enfermo.

• Porque destruíste, Pedro, a vida de teu irmão? Como te julgaste com forças e direito para quebrar a harmonia divina?

• Supunhas fazer justiça pelas próprias mãos, quando só fazias expandir a cólera aniquiladora.

• Por que razão pretendeste equilibrar a vida, provocando a morte? Como conciliar a justiça com o crime.

• Destruíste a paz de um companheiro e perdeste a tranquilidade própria; suprimiste-lhe o veículo físico, mas perambulas algemado ao teu, sentindo-o qual pesado fardo

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Buscaste refúgio no trabalho; conseguiste dinheiro que nunca te pacificou o ser; alcançaste posição social entre os homens, dentro da qual, contudo, te sentes cada vez mais triste e mais desamparado... Como não te ocorreu, Pedro, a oração santificante?

• Tentaste escapar ao tribunal íntimo, onde o poder espiritual te exprobrava o condenável procedimento!

• Mas, nunca é tarde para levantar o coração e curar a consciência ferida. Apelaste para a Misericórdia Divina e aqui estamos.

• Contudo, meu amigo, nossa voz não se ergue para fustigar-te o espírito, já de si mesmo tão castigado e tão infeliz! Vimos ao teu encontro para estimular-te à regeneração.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Muitos de nós, em outro tempo, penetramos também o sombrio recôncavo dos vales do assassínio, da injustiça e da morte.

• Entretanto, estacamos no caminho, renegamos o crime, ressoldamos com lágrimas os elos partidos pela nossa imprudência e, cultivando o perdão e a humildade, aprendemos que só o amor salva e constrói para sempre.

• O enfermo entao exclamou: Merecerei tamanha graça?• Como não, filho meu? O Pai não

nos responde às súplicas com palavras condenatórias.

• Via-se-lhe o alívio, através do semblante feliz.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Em seguida, a emissária avançou para o verdugo, sustentando Pedro nos braços. O perseguidor aguardou-a, ereto e altivo, revelando-se insensível às palavras que nos haviam dominado os corações.

• Cipriana entao perguntou: Que fazes tu, Camilo, cerrado à comiseração?

• O algoz retorquiu, cruel: Que pode fazer uma vítima como eu, senão odiar sem piedade?

• Quantos se valem desse título, para pôr de manifesto as monstruosidades que lhes povoam o ser!

• A condição de vítima não te confere santidade; vales-te dela para semear, na própria senda, ruína e miséria, treva e destroços.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Cipriana decide levar ambos à residência de Pedro. E ao chegar, uma senhora, tricotava junto de dois filhos pequeninos.

• O filho mais novo diz que gostaria de ter a família junta para que todos pudessem rezar pelo papai. E comenta: A senhora reparou, ontem à noite, como estava aflito e abatido?

• Efetivamente, nosso amigo subtraiu-te a vida física, noutro tempo, contraindo assim dolorosa divida; entretanto, a voz deste menino devotado à prece não te sensibiliza o espírito endurecido? Este é o lar que o Pedro criminoso instituiu para criar o Pedro renovado...

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Se cometeu falta grave, tem feito o possível por erguer-se, numa vida nobre e útil. Amparou devotada mulher no instituto do casamento, deu refúgio a cinco filhinhos.

• Quanto a ti, que fizeste? Faz precisamente vinte anos que não abrigas outro propósito senão o de extermínio, O desforço detestável tem sido o objeto exclusivo de teus intuitos destruidores.

• Contudo, Camilo, és, acima de tudo, nosso irmão, credor de nosso afeto, de nossa estima leal. Com o te visitar, nosso objetivo é ajudar-te.

• Somos todos irmãos, suscetíveis das mesmas quedas. Não te falamos, pois, como anjos, senão como seres humanos regenerados, em peregrinação aos Círculos Maiores!

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Havia tal inflexão de carinho naquelas ternas e sábias considerações, que o perseguidor, dantes frio e impassível, prorrompeu em pranto.

• Camilo então pergunta: Quero ser bom e, todavia, sofro! Confrangem-me atrozes padecimentos. Se Deus é compassivo, porque me deixou ao desamparo?!

• Indagas a razão por que permitiu o Senhor atravessasses tão dura prova. Não será o mesmo que interrogar o artista os propósitos que o levam a martelar a pedra bruta, para a obra-prima de estatuária?

• Muitos retiram do sofrimento o óleo da paciência, com que acendem a luz para vencer as próprias trevas, ao passo que outros dele extraem pedras e acúleos de revolta, com que se despenham na sombra dos precipícios.

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5 O Poder do Amor5 O Poder do Amor

• Não são vossas palavras que me convencem… senão o vosso sentimento que me transmuda!

• Cipriana então leva o ex-verdugo consigo e deixa o enfermo aos cuidados de Calderaro e André.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Calderaro e André encontram gentil irmã que os aguardava.

• Questionada pelo estado de Cândida, responde que ela passa bem e que deveria estar com eles em definitivo na noite seguinte. Irmã Cipriana recomendou que vigiasse Cândida para que o desenlace se realizasse com tranquilidade.

• Menciona também que Cândida já poderia ter ido; no entanto, ao que parece a filhinha que deixaria na Crosta, reclamava certas providências.

• Ao entrarem no modesto aposento, uma senhora prematuramente envelhecida, aguardava a morte.

• Cândida prendia-se ao corpo através de fios muitos frágeis.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Junto a ela, uma jovem de rosto pálido e corpo alquebrado, acaricia os cabelos grisalhos. Era sua filha.

• A mãe, no leito, preocupava-se em deixar a filha entregue aos embates do mundo, principalmente pelas dificuldades financeiras.

• Dizia a filha, que se morresse, não se deixasse arrastar pelas tentações. Que procurasse um trabalho digno e que não se impressionasse com as promessas de vida fácil.

• E pedia a filha que se conformasse com os desígnios divinos, no turbilhão das provas humanas.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Ao término da visita, Calderaro e André acompanham a filha.

• Calderaro então esclarece a história de Cândida: Ela enviuvara moça, com três filhos – dois rapazes e Julieta, cuja educação lhe impusera amarga renúncia aos bens da vida.

• Os dois filhos, a quem revoltava a pobreza do lar materno, abandonaram-na e a viúva perseverou na existência singela preparando o futuro da filha, a qual iniciou nos trabalhos da agulha.

• A genitora no entanto caiu doente e mesmo após várias intervenções, não conseguira resultados apreciáveis.

• As dificuldades financeiras foram se acumulando e Julieta tentou recorrer aos parentes e amigos, mas em vão.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Após várias tentativas sem sucesso e já desesperada com a situação, Julieta aceita insidioso convite e passa a trabalhar em uma casa noturna; cantaria e dançaria, melhorando a receita.

• Não demorou muito e atraída pelas proposta de um homem, Paulino, não teve forças para resistir e aceitou-lhe a proteção prematura.

• Abandonou então a máquina de costura, mudou-se para a casa de diversões noturnas, e comparecia a outros locais sempre acompanhada de Paulino.

• Julieta, no entanto, ocultava a realidade dos olhos maternos. E quando visitou a mãe acompanhado de Paulino pela primeira vez, apresentou-o como um simples amigo.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Julieta se encontrava extenuada e doente; experimentava perturbações conscienciais. O dinheiro abundante não lograva atenuar-lhe o desalento.

• E questionava-se: Porque não persistira na vida modesta? Como não se confessar à mãe? E ao mesmo tempo sentia-se desculpada pois precisava do dinheiro para socorrer a genitora e por várias vezes tentou fontes corretas que lhe fecharam a porta.

• No entanto não se encontrava só. As preces da mãe lhe acompanhavam e também era colaboradora fiel de muitos serviços, portanto credora de muitas bençãos.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Ao analisar a jovem em prantos, André notou que:

• Torturantes pensamentos se lhe entrechocavam no cérebro enfermo. Vibra- ções pesadas caracterizando-se pela cor muito escura, desciam-lhe da fronte e fixavam-se no aparelho respiratório. Represavam-se na pleura, invadiam os alvéolos e dai passavam ao coração, influenciando as trocas sanguíneas, momento em que a substância fluídica das emissões mentais se esvanecia, absorvida pelas artérias. Porém, que esse material oriundo da mente perturbada, imprimindo-se no mecanismo fisiológico, era assimilado pelo sangue, que, a seu turno, o restituía ao cérebro físico.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Calderaro comentou que a mente desvairada emite forças destrutivas, que, se podem atingir os outros, alcançam, em primeiro lugar, o cosmo orgânico do emissor.

• Decidindo-se Julieta por um gênero de vida que lhe provoca violentos e contínuos conflitos na mente, passou a despedir energias fatais para ela mesma.

• Nesse atrito incessante, agravado pelas péssimas emissões fluídicas do ambiente de que se tornou frequentadora habitual, sua mente desce à região dos impulsos instintivos, experimentando extrema dificuldade em subir ao castelo das noções superiores, de onde a luz da consciência lhe dirige vigorosos apelos para que retorne à simplicidade e à harmonia.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Somente quando mergulhamos no total eclipse do amor e da razão, deliberadamente fugindo aos processos do socorro divino, mantendo-nos nas trevas completas do ódio e da negação, defrontamos com absoluta dificuldade de receber influências salvadoras; então, deveremos esperar os atritos cruéis do tempo, aliados às forças, de caráter compulsivo, das leis universais.

• Calderaro remove parcialmente a massa cinzenta para que Julieta não tenha forças de sair à noite.

• Em plena madrugada, Calderaro e André regressaram ao modesto aposento de Cândida; esta, fora do mirrado invólucro material, repousava nos braços de Cipriana. E ao vê-los, saudou-os.

• Em seguida, Julieta e Paulino eram trazidos por dois irmãos do plano espiritual.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Cipriana dirigi-se a Paulino e pede que não partilhe do ingrato labor dos nossos irmãos menos esclarecidos, que pretendem converter a mulher numa cobaia infeliz para o jogo dos sentidos. Dignifica a tua existência de homem, honrando o sacerdócio feminino.

• Paulino, que chorava emocionado, pensava que não hesitaria quanto ao casamento; todavia, encontrara Julieta fora do santuário doméstico. Conhecera-a num círculo de pessoas menos responsáveis, em clima de sugestões que não convidavam à elevação espiritual.

• O amor e a confiança não constituem obras de improviso: nascem sob a bênção divina, crescem com a luta e consolidam-se nos séculos. A simpatia, no mais das vezes, é a realização de milênios. Não te aproximarias de Julieta, com tamanho apego, se ela já não figurasse em teu pretérito espiritual.

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6 Amparo Fraternal6 Amparo Fraternal

• Na manhã seguinte, o médico prognosticou a morte próxima de Cândida e portanto, Julieta foi chamada ao aposento. Paulino compareceu em seguida.

• Ao retornarem ao quarto em que se reuniram na noite anterior encontram a idosa quase sem energias. Paulino de joelhos, diz a Cândida para não se preocupar pois havia acordado com o firme propósito de legalizar o compromisso e se casar com Julieta.

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7 Processo Redentor7 Processo Redentor

• André Luiz e Calderaro visitam um menino de 8 anos paralítico de nascença, não anda, não senta, vê muito mal, quase não ouve.

• Há dois séculos, decretou a morte de muitos compatriotas, semeando ódio e ruinas.

• Viveu nas esferas inferiores, por muito tempo. Inúmeras vitimas já o perdoaram, muitas contudo seguiram-no, obstinadas.

• Com o tempo reduziu a dois últimos inimigos, hoje em processo final de transformação na sua reencarnação, com o proposito de completar a cura efetiva.

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7 Processo Redentor7 Processo Redentor

• André Luiz observa, ao ver o corpo mal formado, que mais se assemelhava a um descendente de símios aperfeiçoados.

• Calderaro explica que o espírito não retrocede em hipótese alguma, todavia as formas de manifestações podem sofrer degenerescência, de modo a facilitar os processos regenerativos.

• Os pensamentos de revolta e de vingança, emitidos por todos aqueles aos quais deliberadamente ofendeu, vergastaram-lhe o corpo perispiritual por mais de cem anos consecutivos, como choques de desintegração da personalidade.

• Espiritualmente ele não regrediu, mas o processo de evolução, que constitui o serviço do espírito divino, foi por ele mesmo retardado.

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• Um dos verdugos desencarnados se moveu e tocou com a destra o cérebro do doentinho.

• Extrema palidez e enorme angústia transpareceram no semblante do paralítico. A infeliz entidade emitia, através das mãos, estrias negras de substância semelhante ao piche, as quais atingiam o encéfalo do pequenino, acentuando-lhe as impressões de pavor.

• Se o amor emite raios de luz, o ódio arremessa estiletes de treva.

• Os raios destrutivos alcançam-lhe a região de serviços do presente, atingindo a zona motora, provocando a paralisação dos centros da fala, dos movimentos, da audição, da visão e do governo de todos os departamentos glandulares.

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7 Processo Redentor7 Processo Redentor

• Tal situação, derivante da culpa, compele-o a descer mentalmente para a zona de reminiscências do passado, onde o seu comportamento é inferior, raiando pela semi-inconsciência dos estados evolucionários primitivos.

• Com a aproximação da mãe, Calderaro aproveitou para transferir fluidos sadios reparando-lhe as forças nervosas.

• Logo após, colocou as mãos sobre os lobos frontais dela, como atraindo a mente materna para a região mais elevada do ser, e passou a irradiar-lhe tocantes apelos como se fora desvelado pai falando ao coração.

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7 Processo Redentor7 Processo Redentor

• Examinando essa criança sofredora como enigma sem solução, alguns médicos insensatos da Terra se lembrarão talvez da “morte suave”; ignoram que, entre as paredes deste lar modesto, o Médico Divino, utilizando um corpo incurável e o amor, até o sacrifício, de um coração materno, restitui o equilíbrio a espíritos eternos, a fim de que sobre as ruínas do passado possam irmanar- se para gloriosos destinos.

• Em breve, André, consoante o programa redentor já delineado, os dois verdugos ingressarão neste mesmo lar na qualidade de irmãos do antigo adversário. e quando entrelaçarem as mãos sobre ele, consumindo energias por ajudá-lo, assistidos pela ternura de abnegada mãe, amorosa e justa, beijarão o velho inimigo com imenso afeto.

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8 No Santuário da Alma8 No Santuário da Alma

• Marcelo tem um passado, como quase todos nós, intensamente vivido nas paixões e excessos de autoridade.

• Exerceu enorme poder, mas não soube usar de modo construtivo. Inúmeras vítimas o esperavam além do sepulcro, e arremeteram contra ele.

• Sua libertação demorou muitíssimo, porque o remorso é sempre o ponto de sintonia entre o devedor e o credor, e Marcelo trazia a consciência fustigada de remorsos cruéis.

• Se o mal demanda tempo para fixar- se, é óbvio que a restauração do bem não pode ser instantânea. Assim ocorre com a doença e a saúde, com o desvio e o restabelecimento do equilíbrio.

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8 No Santuário da Alma8 No Santuário da Alma

• Hoje, o problema de perturbação essencial já está resolvido e com novas esperanças, retorna à carne; mas ainda permanece as recordações dos dramas vividos no passado.

• Essas recordações afloram sob forma de fenômenos epileptóides.

• Ele encontrou na prece e na atividade espiritual o suprimento de energias que necessita.

• Marcelo comenta que à proporção que se esforça no conhecimento das verdades divinas, cooperando com a própria vontade no terreno da aplicação prática das lições recebidas, se reforça intimamente, recuperando a saúde perdida. E que ao se desinteressar da edificação espiritual, voltam as perturbações com intensidade.

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8 No Santuário da Alma8 No Santuário da Alma

• Calderaro explica que o fenômeno epileptóide geralmente é enfermidade da alma, independente do corpo físico, que apenas registra as ações reflexas.

• Marcelo então se recolhe e desdobrado, se encontra com Calderaro e André.

• Dois vultos então se aproximam e Marcelo perde a calma, já não conseguia ouví-los com tranquilidade e correu desabalado de volta ao corpo, entrando em convulsão.

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8 No Santuário da Alma8 No Santuário da Alma

• Calderaro explica que Marcelo reagiu de acordo com as experiências de Pavlov ( reflexos condicionados ) logo quando da aproximação dos antigos inimigos, os quais por longos anos o abalaram com tremendas convulsões, através de choques e padecimentos inenarráveis.

• Experiência de Pavlov:

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• A confirmação da teoria dos reflexos condicionados não se aplica exclusivamente a este caso. Milhões de pessoas que, pelo hábito de se encolerizarem facilmente, viciam os centros nervosos fundamentais pelos excessos da mente sem disciplina.

• Após reequilibrar-se, Marcelo se reergue e é convidado a se juntar novamente a Calderaro e André.

• Marcelo então questiona se deveria optar pelo uso de hipnóticos. E obtém a resposta negativa, pois os hipnóticos são úteis só na áspera fase de absoluta ignorância mental, quando é preciso neutralizar as células nervosas ante os prováveis atritos da organização perispirítica.

• Calderaro comenta que o remédio mais eficaz consiste na fé positiva, na autoconfiança, no trabalho digno, em pensamentos enobrecedores.

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