1ªedição vozes… esta É a nossa! - portal do agrupamento de escolas de portela e...
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Joana Magalhães 8ºD
VOZES… ESTA É A NOSSA!
Pontos de interesse especiais:
Opiniões e pensamentos
Exercícios de escrita
Cartas
Desafios
Propostas
Concursos
E muito mais!
E
SC
OL
A
SE
CU
ND
ÁR
IA
D
A
PO
RT
EL
A
Ano II
1ªedição
Dezembro
2014
O clube Multimédia e os alunos de Artes Visuais tiveram
um desafio especial:
Transmitir através da imagem (na forma de fotografia e
logotipo) o título e o conceito desta revista! E aí está o
resultado! A VOZES agradece!
Obrigada pelo vosso empenho e talento! Mas o desafio
não acabou!!
Cartas, recados e recadinhos... Pág. 20-21
A nossa voz … a nossa Opinião! Pág. 2-5
Quantas histórias se vivem atrás das janelas? Pág. 6-7
A Filosofia de todos nós! Pág. 8-9
Ler… um desafio uma surpresa! Pág. 10-11
Ver… um desafio e uma surpresa! Pág. 12
Tantas sugestões… e todas disponíveis na Biblioteca! Pág. 13
Conhecer melhor os escritores portugueses... Pág. 14
Uma mensagem para o espaço Pág. 15
Clubes… o teu espaço! Pág. 16-18
PES… um projeto com inspiração poética! Pág. 19
Nesta edição:
Ilustração… desenho… rabisco... Pág. 22
The English corner! What do you want to say? Pág. 23
Paradoxos, Sofismas, Dilemas e Outros Pág. 24
Este desafio alarga-se agora para a cria-
ção de um logotipo original. O espaço
continua à espera de ser preenchido!
Entrega as tuas propostas na biblioteca
ou envia para:
Esta é a tua VOZ!
EDITORIAL
A nossa revista volta para
um reencontro com todos os
elementos desta comunidade
escolar.
Este é o segundo ano da
nossa existência e é muito
bom partilhar todo o tra-
balho que é desenvolvido
dentro e fora das aulas,
porque é aqui, neste espa-
ço escolar, que se apren-
de, que se constrói opi-
nião, que se cimenta o
talento e que se desenvol-
ve o saber.
Queremos continuar esta
partilha, para isso conta-
mos com Todos os elementos
desta nossa comunidade
escolar.
A nossa escola constrói-se
com as nossas VOZES!
Inês Gonçalves 10ºH
Lara Andrade 10ºH
?
João Leitão 10ºH
Hoje em dia, ouvimos muito falar em
ameaças, discriminação, ofensas físicas e psico-
lógicas, ou seja, em bullying.
Não só nas escolas, mas em quase todos os
lugares existe a discriminação, por sermos dife-
rentes ou até mesmo por não sermos aquilo que
os outros querem. Por sermos demasiados gor-
dos, magros, altos ou até mesmo baixos. A reali-
dade é que ninguém está cá para agradar aos
outros, ninguém tem de ser isto ou aquilo para
demonstrar ser melhor.
O que temos que perceber aqui é que é impor-
tante haver diversidade entre as pessoas para
existir um equilíbrio. Não estamos só a falar de
um equilíbrio social, mas também numa questão
de haver gosto em conhecer novas caras, novas
personalidades.
Qual seria a “ piada ” de fôssemos todos
iguais? Qual seria o sentido de tudo?
Todos nós temos de ser nós próprios, e não
tentarmos ser alguém que não somos, todos
somos diferentes e é isso que nos torna
únicos. Para além disso, todos nós temos
os nossos direitos como indivíduos, tais
como ter o direito de sermos ou podermos
ser nós próprios e agirmos como tal. Não é
justo, abusar e fazer troça de alguém que
está a tentar ser ele mesmo.
Porque aqui, os únicos que estão mal são
aqueles que fazem “ trinta por uma linha ”
para se integrarem na sociedade de hoje
em dia, e que na verdade estão a ser ou a
tentar ser alguém que não são; podemos
quase imaginar um cenário de teatro, em
que eles tentam fazer de tudo para cada
vez obterem mais “ público ” ou até mes-
mo “ audiência ” , ou seja, acabamos por
perceber que aqui quem está mal são
aqueles que rebaixam os outros por esta-
rem a tentar expressar-se.
Inês Soares 9ºF
Página 2
A nossa voz… a nossa Opinião! O banal quotidiano, os outros, os pormenores, as notícias levam-nos a sentir e a refletir sobre o mundo.
Filhos da Tecnologia
A tecnologia tem mudado a vida de muitas
pessoas e parece que o ser humano já não
pode viver sem um telemóvel ou um compu-
tador... mas consegue! O problema é que a
tecnologia entrou nas nossas vidas e não
tem intenções de deixá-las.
A tecnologia passou de uma forma de lazer
para uma coisa obrigatória nas nossas
vidas, quer na escola, quer no trabalho, quer
em casa, estamos sempre ligados à internet
ou aos jogos. É verdade que a tecnologia
faz muita falta, para comunicarmos, para
t rabalharmos,
para nos entre-
termos, mas
principalmente
nós, os jovens,
esquecemo-nos de que o uso da tec-
nologia tem que ser moderado e aca-
bamos por nos isolarmos do mundo.
Ainda nas férias de verão, eu estive
todos os dias “agarrada” ao computa-
dor, porque não me lembrava de mais
nada para fazer, eram pelo menos 9…
10 horas, mas eu sei que existem mais
pessoas assim, que passam
horas e até dias seguidos no com-
putador, o que é mau.
Resumindo, um bocadinho de
internet, de jogos e de redes
socias não faz mal a ninguém,
mas todos devemos perceber que
por muito tecnológica que a vida
actual seja, continua a ser funda-
mental conversar, conviver e pas-
sear com os amigos.
Patrícia Eiras 9ºF
O facto de sermos diferentes
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 3
sidera a vida na União Europeia uma vida de
fascistas e que é responsável pela morte de
centenas de ucranianos e russos. Mas sem-
pre haverão aquelas pessoas que irão dizer
que estou errada, dizendo que o presidente
da Rússia está a ajudar o seu povo e a
expandir a sua cultura, mas isto é tudo feito
através da propaganda e chantagem, sendo
os russos “ cegos ” os seus soldados de
brincar e Europa o seu alvo.
Um dos aspetos mais interessantes disto
tudo é o facto de todos saberem da situação
horrível em que Ucrânia está e do terror em
que a população tem vivido, no entanto resu-
mirem a sua preocupação a doações de
dinheiro, de armas e equipamento e não em
“Violentos combates em Donetsk
enquanto Rússia fala em diálogo e refor-
mas para a paz”
A cada semana que passa, é só deste
assunto que eu oiço falar: Rússia declara
guerra à Ucrânia, mata centenas de solda-
dos e civis todos os dias e de seguida,
como quem quer acalmar a situação, o
presidente da Rússia decide predispor-se a
dialogar acerca da paz, de que a Ucrânia
tanto espera, mas acaba apenas por criar
falsas esperanças e gastar mais o tempo.
Por um lado esta novidade não me
impressiona, isto tornou-se em algo que eu
oiço e vejo todos os dias. A guerra, a morte
de imensas pessoas e depois as reuniões
sobre a paz, que, na minha opinião, não
passam de uma perda de tempo quando
são feitas com pessoas como o Vladimir
Putin, que tenciona dominar o mundo,
quebrar todos os direitos internacionais,
que muito promete e nada cumpre , que
manipula os russos, afirmando que todas
as suas decisões estão corretas, que con-
ajuda no campo de guerra. E porquê? Por-
que ninguém tem vontade de perder solda-
dos, armas e o mais importante, o dinheiro,
que nos últimos anos tem sido basicamente
o único assunto tratado.
Todos os dias, a Ucrânia é levada ao
fundo com a enorme quantidade de solda-
dos e civis que morrem, a quantidade de
mães que choram e crianças que ficam sem
pais sem casa onde viver, com cada milíme-
tro retirado ao país e entregue a Rússia. E
tudo isto porquê? Por causa de um grupo de
pessoas que afirmavam, com toda a certeza
e consciência, que a Ucrânia devia ser um
território russo. Este foi um dos argumentos
que a Rússia usou para atacar Ucrânia .
E é este o “Toy Story” onde o país tem
vivido e onde apesar das dificuldades, os
ucranianos tem demonstrado uma grande
união e força, que a mim, como uma ucra-
niana, me traz muito orgulho e que tenho
como exemplo.
Anastasiya Voloshchuk, 9ºF
Paz Disfarçada de Guerra
Telefone estragado
Há duas semanas, lembrei-me que
o meu telemóvel ainda estava dentro de um
saco de arroz. Há três meses, tinha caído
numa piscina, e sempre que os telemóveis
metem água põem-se num saco de arroz
para tirar a humidade, mas pronto, não era
certo que o telemóvel voltasse a funcionar e
eu fiquei a sentir-me mal, mas não tanto
como eu pensava que iria ficar. Aliás, o facto
de o telemóvel ter ficado em standby durante
tanto tempo foi, exactamente, por eu não
necessitar realmente dele.
Não fiquei incontactável durante
esses três meses, claro! Estive
a usar um telemóvel antigo da
minha irmã, mas claro que tive
de ouvir várias pessoas a falar
sobre o quanto o meu telemó-
vel era extremamente “ avançado”.
Porquê ter um telemóvel
topo de gama se a única função que
vou utilizar são as chamadas e as
mensagens? Pelo preço que gasta-
mos nesse, podíamos comprar um
cinco vezes mais barato e usar o resto
do dinheiro em coisas mais úteis, ou
em nada e poupar.
Também começa a ser um
problema o dinheiro que se gasta não
só na compra do telemóvel, mas
enquanto o usamos. Antes era só
carregar uma quantia e pronto, mas o
número crescente de tarifários reple-
tos de asteriscos ameaça a confiança
que a população menos ingénua tem
nas companhias telefónicas e aumen-
ta as razões para desconfiar das tec-
nologias.
Mas muitas pessoas, quan-
do criticam a tecnologia, falam sobre a
forma como estragou a vida das pes-
soas e como as deixou anti-sociais.
Eu fui praticamente criado em harmo-
nia com as novas tecnologias, por isso
não tenho nada a dizer sobre como “o
antigamente é que era bom”, e tam-
bém não me posso queixar, não sinto
a minha vida afetada por causa disso,
mas esta experiência foi reveladora
sobre o facto de o meu telemóvel não
ser assim tão importante como isso.
Talvez hoje em dia todos
necessitemos de um telefone estraga-
do de vez em quando.
David Brás 10ºB
Página 4
A nossa Voz… a nossa Opinião!
O banal quotidiano, os outros, os pormenores, as notícias levam-nos a sentir e a refletir o mundo.
O Cuidado também voa pela ravina abaixo
Acompanho o meu pai até à papelaria
onde ele tanto gosta de comprar o jornal.
Enquanto ele entra, eu opto por esperar cá
fora para poder observar a montra, que
demonstra sempre objetos que eu não
preciso, mas que captam o meu interesse.
Perto da porta da entrada, encontra-se a
secção dos jornais estampados no vidro,
implorando às pessoas para serem lidos e
comprados. Não me interesso muito pelas
notícias e tudo o que pertença a esse gru-
po, mas por alguma razão, paro para
observar o título de um jornal em particular.
Em letras grandes e coloridas, que dão a
sensação que a notícia é de origem boa,
quando eu já sei que nada de bom pode vir
dali ( afinal, é um jornal, não uma revista
de crianças ) , lê-se “ Ferido grave em
queda de viatura da segunda circular para
a rotunda do relógio “ .
Pela primeira vez na vida, aquela sensa-
ção de desgosto pelas vítimas que se acti-
va dentro de mim devido a tal desgraça,
decide não aparecer. Porque é que esta
notícia não me afeta tanto como deveria?
Claro, acidentes acontecem todos os dias
e noites, a todas as horas e até possivel-
mente minutos, fazendo com que tudo
pareça até que um pouco normal, mas não
deveria ser assim.
É verdade o que dizem, que pensamos
que aquilo não nos acontecerá a nós, até
que um dia acontece. Sim, eu penso na
hipótese, mas lá no fundo, há uma voz que
me diz que eu estou livre de tal perigo.
É essa a mentalidade das pessoas, e é
esse o erro principal. Não nos vai acontecer a
nós, assegura-nos a tal vozinha, e ultrapassa
-se o tal carro que está a ir muito devagar de
forma perigosa, vai-se a uma velocidade
excessiva porque tem-se mesmo que chegar
àquele tal sítio, e ai, que custa pôr o cinto de
segurança. Mal o diabo pisca o olho, já está o
Ford, que custou mais do que devia, entalado
no fundo de uma ravina. Até parece que
antes de ir o carro, já há muito se foi o cuida-
do de que tantos falam, mas que pouco ou
nada têm.
Mal posso contar pelos dedos das mãos
quantas notícias já apareceram nas vias de
comunicação online, de carros que se despis-
taram, em que iam condutores sob a influên-
cia de álcool e não só. Mas ainda menos
posso imaginar o número de desastres rodo-
viários que estão para aí para vir, se estes
descuidados continuam assim.
E para quê? Porque não se prestou atenção
às regras de segurança? Porque a mensa-
gem no telemóvel podia ser aquela que já se
esperava à muito tempo? Ou porque há
demasiados acidentes relatados no jornal,
diminuindo a importância destes? Quando é
que vai ser a altura em que iremos perceber
que se calhar é melhor tomar cuidado nas
estradas, para podermos voltar para casa,
ver aquele sorriso nas pessoas que amamos
e continuar com as nossas tão preciosas
vidas?
Assusta-me, a ideia de aquilo poder a vir-me
acontecer. Até consigo imaginar. Estou eu, o
meu irmão e os meus pais a ir para o Algar-
ve, uma viagem como tantas outras. Do
nada, outro carro aparece e pronto, já nos
encontramos na primeira página do jornal:
“ F amília de quatro gravemente ferida num
acidente na estrada nacional ” .
A notícia já está a começar a formar-se aos
poucos e poucos dentro da minha cabeça,
quando o meu pai sai da papelaria, de jornal
na mão ( surpresa das surpresas, é idênti-
co àquele que observei ) , e nós continua-
mos a nossa viagem até ao supermercado,
deixando as minhas preocupações esque-
cidas em frente à montra da loja.
Marta André 9ºF
Solidão na selva de concreto
Leva-se uma vida plena durante a
juventude. Cheia de entusiasmo, pro-
jetos, sonhos, constroem-se castelos,
guerreia-se em batalhas, conquistam-
se espaços, desviam-se medos. Dia
após dia vive-se com os ecos das
gargalhadas e das palavras que
ecoam nas nossas vidas.
Chega a idade adulta e é uma corrida
contra o tempo. A família muda-se as
idades e as vontades…
E qual é o fim?
O isolamento .
Acabam-se os dias dentro de um
apartamento, ouvindo o ecoar dos
programas da tarde, entre risos, pal-
mas e lágrimas. A família ficou longe,
recebem-se notícias pelos novos
meios, os “móveis”, os tablets, enfim...
E dia após dia, se torna cada vez
maior a saudade dos risos dos amigos
da juventude… ficam apenas os
aplausos dos programas da TV
O que ficou? A solidão.
Kianu 10ºF
Solidão na selva de
cimento
Leva-se uma vida plena durante a
juventude. Cheia de entusiasmo, pro-
jetos, sonhos, constroem-se castelos,
guerreia-se em batalhas, conquistam-
se espaços, desviam-se medos. Dia
após dia vive-se com os ecos das
gargalhadas e das palavras que
ecoam nas nossas vidas.
Chega a idade adulta e é uma corri-
da contra o tempo. A família muda-se
as idades e as vontades…
E qual é o fim?
O isolamento .
Acabam-se os dias dentro de um
apartamento, ouvindo o ecoar dos
programas da tarde, entre risos, pal-
mas e lágrimas. A família ficou longe,
recebem-se notícias pelos novos
meios, os “móveis”, os tablets,
enfim...
E dia após dia, se torna cada vez
maior a saudade dos risos dos ami-
gos da juventude… ficam apenas os
aplausos dos programas da TV
O que ficou? A solidão.
Kianu 10ºF
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 5
A nossa voz e a nossa visão não ficam por aqui, portanto continua a observar o mundo e a pensar!!
A nossa Voz… a nossa Opinião!
O banal quotidiano, os outros, os pormenores, as notícias levam-nos a sentir e a refletir o mundo.
Em menos de 24 horas teve
mais de quatro milhões e
quinhentas mil visualizações,
é este o fenómeno do trailer
de “ Os Jogos da Fome ”
(The Hunger Games), cuja
primeira parte do terceiro e
último filme (Os Jogos da Fome: A Revolta ) chega às salas
de cinema em Portugal dia 20 de novembro, a ansiedade é
tanta que ainda “ devoro ” mais as minhas próprias unhas,
claro que o que fiz ( e o que recomendei a todos os meus com-
panheiros amantes do filme ) foi ler o livro, pois a curiosidade é
insuportável. A leitura do livro fez-me pensar ainda mais em
certos problemas da sociedade.
O livro relaciona-se com questões muito importantes como a
extrema pobreza, a fome, o poder, a violência, os efeitos da
guerra, entre outros. Os jogos da fome decorrem numa cidade
chamada Panem, durante um período futurístico não definido,
após a destruição da América do Norte. Panem é formada por
uma cidade central onde só vivem pessoas ricas e poderosas,
conhecida como "Capital", que controla doze distritos muitos
mais pobres. Para evitar novas revoltas nos distritos e lembrar
aos pobres o poder e autoridade, a Capital criou os Jogos em
que são escolhidos duas pessoas de cada distrito que são
enviadas para uma arena e precisam de lutar entre si até a
morte para que, no fim, reste apenas um sobrevivente, o vence-
dor.
Acredito que o filme nos diz muito sobre o que passamos hoje
em dia e, claro, numa visão muito pessimista ( admito que sou
um pouco pessimista, pois como toda a gente diz vejo sempre
um copo meio vazio e não
meio cheio ) acredito que
pode vir a ser o nosso futuro,
e, na minha opinião, não um
futuro muito distante.
Hoje em dia, quando ligamos
a televisão vemos mortes,
mais mortes e como se não
bastasse um pouco mais de morte, violência em todo o
lado. Acabo sempre, depois de desligar a televisão, por
me perguntar se sou de outro planeta, pois não com-
preendo como pode existir tanta pobreza, tanta violência
e como a vida pode ser tão injusta para pessoas que
merecem muito mais do que tantos outros que tudo têm e
como para muitos a vide é tão fácil.
Sempre pensei ou tive a esperança de que com a huma-
nidade a evoluir e a tecnologia a aumentar iríamos ficar
mais e mais unidos, mas pelo que vejo somos cada vez
mais violentos uns para os outros. Violamos, roubamos,
matamos, fazemos tudo por poder, mas para quê?
Somos cada vez mais controlados por governos que só
procuram poder e fazem-nos ver o que eles querem que
nós vejamos, sabemos o que os governos querem que
saibamos, vivemos numa ilusão, pois acho que não sabe-
mos tudo o que se passa no mundo ( lá estou eu com a
minha negatividade, estou outra vez a ver o copo vazio ) .
Acredito que podemos melhorar a situação em que esta-
mos e mudar a minha opinião em relação ao nosso futuro,
nós, jovens, devemos tentar ser mais justos e melhorar
tudo o que está mal agora e não ficar simplesmente para-
dos.
Somos o futuro e temos de pôr as mãos a obra para con-
seguirmos viver num mundo melhor com menos egoísmo,
com menos violência e com mais amor e compaixão, nós
podemos ver o copo meio cheio em vez do copo meio
vazio.
Mariana Macedo 10ºF
Copo meio cheio ou meio vazio?
Página 6
Quantas histórias se vivem atrás das janelas?
“Janela— s.f. Abertura praticada a meia altura das paredes exter-nas de um prédio e que, guarnecida por um caixilho envidraçado ou por persianas de madeira, alumínio etc., pode abrir-se para permi-tir a entrada de ar e claridade. “ Dic. On line de Português
Não basta abrir a janela
para ver os campos e o rio.
Não é o bastante não ser cego
para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro
Naquela casa vivia uma rapari-
ga bonita de cabelos longos e
louros, de pele clara e de olhos
azuis, chamada Mariana.
Mariana, antes de vir para esta
casa, vivia numa quinta, na
zona interior de Portugal. Ela
era simpática com toda a gente
e parecia feliz. Claro que ela
amava viver lá na quinta com a
sua família e amigos, mas tam-
bém gostava do facto de ter
viajado até Sintra, para poder
estudar e ter uma carreira. Em
Sintra conseguiu arrendar um
apartamento. Era pequeno e só
tinha uma janela, mas Mariana
gostava de viver ali.
O lugar preferido de Mariana era
junto à janela, gostava de se
sentar e ver quase toda a cidade;
regar as lindas flores que ela
tinha plantado no parapeito e
desenhar. Mariana desenhava
muito bem e passava horas a
pintar inspirada pela vista que
tinha daquela janela.
Daniela Bala 9ºF
Era uma noite calma, num
bairro esquecido pela popula-
ção mais favorecida de Lisboa.
A rua estava deserta e a chuva
caía num ritmo calmante, afo-
gando as mágoas que habita-
vam nos corações dos poucos
habitantes do local.
Apoiada naquela janela de
uma das casas, mais precisa-
mente na casa de paredes de
tijolo, uma rapariga de dezas-
seis anos pensava. Catarina
era uma jovem com cabelos
de um louro sujo e uns olhos
que ora faziam lembrar o azul
do mar ora o cinzento do céu.
Ela estava magra, sentia
fome e a sua figura era a
representação da pobreza.
Durante toda a vida, ela
tinha-se preocupado com os
que estavam à sua volta e o
que recebia agora em troca
eram olhares de nojo.
Marta André 9ºF
Rosaline, também conhecida por Rose,
era uma rapariga amorosa, carinhosa e
simples.
Rosaline tinha acabo de se mudar para a
antiga casa da família do lado da sua
querida mãe, que infelizmente já estava
muito velhinha e a viver num lar.
Quando ali chegou, os seus olhos pararam
a olhar a janelinha branca e elegante. Do
lado de dentro, viam-se os cortinados bran-
cos do antigo quarto de Rose. Rodou a
chave na fechadura já desgastada, empur-
rou a porta levemente e logo sentiu o chei-
ro familiar, um cheiro quente e intenso, mas
ao mesmo tempo suave e protetor.
Rose chegava agora com a sua família
àquela casa que lhe era tão querida. Os
seus olhos azuis, normalmente esverdea-
dos, tinham agora um brilho profundo, esta-
vam cheios de carinho, orgulho e saudade
de tudo o que passara naquele local.
Joana Geirinhas 9ºF
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 7
A janela pertencia a um hospital agora abando-
nado, mas tinha ainda muitos mistérios escon-
didos por detrás dela à espera de serem desco-
bertos.
Contaram-me, quando eu era mais nova, que
por detrás daquela janela vivia uma senhora,
que após um aborto, deu entrada no hospital
com uma intensa depressão. A senhora devia
ter os seus vinte e sete anos, quando foi inter-
nada. Ela começou a melhorar aos poucos.
Tomava a medicação, ia ao psicólogo e come-
çava a sorrir, mas foi então que a vida lhe trou-
xe mais uma tragédia… Um dos doentes pegou
fogo ao hospital, e os médicos conseguiram eva-
cuar todos os doentes com exceção da tal senhora.
Conta-se que morreu junto à janela.
Os anos passaram e tentaram pôr o hospital opera-
cional, mas foi impossível, pois naquela área
ouviam-se vozes, as máquinas desligavam-se sozi-
nhas, os doentes relatavam acontecimentos muitos
estranhos. O hospital fechou, mas, ainda hoje, as
pessoas contam que, de vez em quando, se ouve a
senhora que chora pelo bebé que perdeu.
Raquel Fernandes 10ºH
Aquela era a janela do povo,
velha rústica, mas humilde e
alegre. Daquela janela saía
música de dia e de noite.
Morava ali uma mulher negra
com o seu filho. Ela ficava o dia
em todo a fazer as tarefas
domésticas e o lanchinho da
tarde para todos os meninos
que brincavam na rua. As
crianças empoleiravam-se no
parapeito para desfrutar do
aroma quente das tartes de
maçã. E quando as crianças
não apareciam, era ela que
punha as tartes naquele para-
peito para arrefecerem e cha-
marem pelas crianças. Quando
Aquela janela estava cheia de
memórias felizes.
Naquela casa, tinha vivido a
Noémia com os pais e os qua-
tro irmãos, há mais de quaren-
ta anos.
Sendo a melhor janela da
casa, era constantemente
disputada pelas três irmãs:
Noémia, Belém e Alcina, pois
aquela janela tinha a melhor
vista e era também a mais
recatada. Por ali não passava
quase ninguém que pudesse
testemunhar uma possível
serenata dos namorados das
três irmãs.
Noémia era quem mais a utili-
zava, para grande inveja das
irmãs, pois o namorado de
Noémia, o Júlio, era um
romântico incurável e um gran-
de apaixonado por ela.
Idos os tempos da adolescên-
cia de Noémia e das suas
irmãs, cada um seguiu o seu
caminho para bem longe
daquela aldeia, onde era difícil
esperar por um futuro promis-
sor.
Passado o tempo, separados os
bens das heranças, após a morte
dos pais de Noémia, esta acabou
por ficar com a casa e, agora
que ali entra de novo e se põe
de novo à janela vem essa
memória dos tempos em que foi
tão feliz sem ter dado conta.
Beatriz Guerreiro 9ºF
elas apareciam para tentar
molhar o dedo no doce da
tarte, ela chamava-os para
dentro para comerem…
era assim todos os dias.
Era muito fácil encontrar
aquela casa e muito difícil
passar por ela e não olhar
de imediato. Era pequeni-
na, branca, com as pare-
des já sujas e rachadas,
mas muito encantadora.
As portas e a janela esta-
vam sempre abertas convi-
dando e desejando um
bom dia.
Viviana Costa 10ºH
Continua esta descoberta!
Observa as janelas do mundo, solta a tua imaginação, cria novas histórias, inventa novas personagens!
“O amor é grande e
cabe nesta janela sobre
o mar. O mar é grande
e cabe na cama e no
colchão de amar. O
amor é grande e cabe
no breve espaço de
beijar.”
Carlos Drummond de
Andrade
"Descobri uma lei sublime, a lei da equiva-
lência das janelas, e estabeleci que o
modo de compensar uma janela fechada
é abrir outra, a fim de que a moral possa
arejar continuamente a consciência."
Machado de Assis
Página 8
A Filosofia de todos nós!
No dia da Filosofia, dia
20 de novembro, as
palavras e os pensa-
mentos invadiram a escola e todos
foram levados a PENSAR!
Clonagem- Ética
Nos últimos anos, as descobertas científicas e as suas
aplicações a nível prático trouxeram benefícios inquestioná-
veis para o ser humano e transformaram profundamente o
modo de vida da sociedade. Porém, é importante também
relembrar que existem sempre alguns riscos associados e
prejuízos em virtude desse progresso. Com efeito, a questão
da clonagem encontra-se relacionada com os avanços científi-
cos e tecnológicos, pelo que importa discutir vantagens e
inconvenientes deste processo, bem como todas as questões
de ordem ética que se impõe.
Primeiramente, é de salientar a distinção entre dois tipos
de clonagem: a clonagem reprodutiva e a clonagem terapêuti-
ca. A clonagem reprodutiva tem como objetivo a produção de
um indivíduo completo, geneticamente igual a outro já existen-
te. Agora, pergunto: Qual é o sentido de criar um ser igual a
outro? De facto, não existe uma razão suficiente-
mente plausível que justifique tal prática, isto porque,
ao clonar um ser, o que se obtém em termos de apa-
rência e informação genética é igual, mas a essên-
cia, os conhecimentos, as aprendizagens, as expe-
riências e a identidade não se transmitem, fazem
parte de um outro património intrinsecamente ligado
ao ser. Portanto, o desejo de clonar um ser para
substituir outro não se concretiza. Por vezes, argu-
menta-se a favor da clonagem reprodutiva, afirman-
do que será favorável para as espécies em vias de
extinção. Mas, não será esta, mais uma forma pouco
digna de resolver problemas desencadeados pela
ação humana? Não será isto, o retirar da responsa-
bilidade humana, o de contribuir para a ausência de
consciencialização individual?
Para além disso, no que se refere à clonagem
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 9
reprodutiva humana
importa também
salientar todos os
problemas de identi-
dade que se iriam
impor ao clone.
Quem sou eu? E, se
sou, quantos? Com a clonagem reprodutiva, o homem
passa a ser um meio, um fim em si mesmo, atentando
contra a sua dignidade e integridade pessoal. Ao falar-
se da clonagem reprodutiva, é inevitável não pensar em
situações de manipulação genética, o que possibilitaria
a produção de seres humanos com características pre-
viamente selecionadas; tal ocorrência iria levar a situa-
ções de discriminação, conflito e supremacia de certos
grupos em relação a outros, podendo causar situações
extremistas. Por todas estas razões, defendo uma posi-
ção contra a clonagem reprodutiva.
Agora, interessa discutir a clonagem terapêutica.
Esta técnica, embora tenha um procedimento semelhan-
te à reprodutiva, possui uma finalidade bem distinta. Na
clonagem terapêutica, há apenas a produção de um
embrião com o objetivo de retirar algumas células que
se irão especializar, originando certos tecidos ou
órgãos. Desde logo se pensam nas inúmeras aplicações
médicas que podem surgir: utilização dos órgãos assim
produzidos para transplantes; produção de células e
tecidos para a reparação de outros que se encontrem
danificados no paciente; investigações para desenvolver
os conhecimentos na área oncológica, entre outras.
Esta técnica teria, de facto, potenciais benefícios para a
vida humana. Basta pensar, que com este tipo de clona-
gem, indivíduos paraplégicos poderão ter a sua vida de
volta ou que será evitada a morte de milhões de pes-
soas que esperam desesperadamente por um órgão
compatível. Todavia, a grande questão ética que se
prende com a clonagem terapêutica é a produção de
embriões que serão eliminados depois de retiradas as
células estaminais. Muitos argumentam que são destruí-
das inúmeras vidas humanas. Contudo, importa pensar
que um embrião, apesar de ser indiscutivelmente vida,
não é detentor de uma vida humana como aquela que
nós possuímos; existem outros tantos mamíferos que
apresentam consideráveis semelhanças com o ser
humano em certos momentos do desenvolvimento gestacional,
aquilo que faz do
humano o ser
complexo que é,
são as aprendiza-
gens, as experiên-
cias, as relações,
os sentimentos, os
valores, o conví-
vio, as capacida-
des cognitivas que
adquire após o nascimento. Portanto, criar embriões que pode-
rão salvar milhões de vidas humanas não me parece assim tão
pouco ético. Pouco ético são outros tantos problemas à escala
global, aos quais não se colocam grandes obstáculos: existem
várias guerras no mundo, conflitos que causam milhões de
mortos e refugiados, mas mesmo assim continuam, porque, de
facto, não é muito conveniente que certos governantes percam
o capital proveniente do armamento ou as alianças políticas
com certas nações mais influentes e poderosas; existe também
escravatura infantil em pleno
século XXI, algo bastante acei-
tável em determinados países.
Assim, com tantos problemas por
resolver no mundo será que a
criação de embriões que sal-
vam vidas será assim tão pou- c o
ético, ao ponto de não ser mais
apoiada e totalmente permitida? Não me parece, de acordo
com a minha perspetiva. Por todas as razões mencionadas,
defendo uma posição a favor da clonagem terapêutica, consi-
derando que se deve investir, de forma a torna- lá mais eficaz e
acessível.
Em suma, todas estas questões relacionadas com a clona-
gem, no geral, situam-se já no limiar da Ciência, pondo em
causa não só valores e princípios, como também a ordem natu-
ral dos fenómenos biológicos, com a manipulação de elemen-
tos da vida. Contudo, é certo que a ciência continuará a progre-
dir, mesmo que não seja do consenso de todos, uma vez que
há interesses que se sobrepõe; certo é que, tudo irá residir na
fronteira que se conseguir implementar entre o uso e o abuso.
Mariana 12ºC
Página 10
Ler… um desafio e uma surpresa!
“Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história,
escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?...”
José Saramago in A Flor Maior do Mundo
A Maior Flor do Mundo de José Saramago
A Maior Flor do Mundo é um breve conto escrito por José
Saramago e, nesta edição da Cami-
nho, ilustrado por João Caetano.
José Saramago foi um escritor por-
tuguês nascido a 16 de novembro
de 1922. Foi um dos maiores escri-
tores portugueses, sendo galardoa-
do com o Prémio Nobel da Literatu-
ra a 1998 e o Prémio Camões a
1995. Entre as suas obras encon-
tram-se Ensaio sobre a Cegueira,
1995 e Caim, 2009, entre outras.
No início deste livro, o autor esclarece o facto de não ser
capaz de escrever livros infantis, pois falta-lhe a paciência para usar
palavras simples e refere as expectativas que tinha se conseguisse
escrever da maneira que pretendia. A história passa-se numa
aldeia, num tempo não definido e tendo como personagem principal
um menino que se aventura nos arredores da sua aldeia. Num dia,
ele sai de casa para ir brincar, e numa encosta encontra uma flor
que está quase a murchar, então ele decide ir buscar água ao rio
com as suas próprias mãos para poder salvá-la. Enquanto isso, ele
é procurado pelos pais e pelas pessoas da aldeia que estavam
preocupados quanto ao paradeiro do menino, e encontram-no
coberto com uma pétala com as cores do arco-íris da flor que ele
salvara, e que agora havia crescido e ultrapassava a altura de qual-
quer pessoa. O menino é levado para casa e é tratado com respeito
como se tivesse executado um
milagre. No final, o autor desafia
os leitores a recontarem a histó-
ria com palavras simples mais
adequadas a crianças.
Este livro tem um
significado muito mais profundo
que vai para além da simples
história compreendida pelas
crianças. Na verdade, o esforço
com que a criança da história
trata a flor mostra a importância
que as crianças dão às pequenas
coisas que os rodeiam, dando-lhes
a oportunidade de vivenciar a bele-
za dessas coisas, algo que talvez
os adultos deixassem passar. Lem-
bro, relacionada com isto, uma
experiência que foi feita em que um
violinista, mundialmente famoso
(Joshua Bell), tocou numa estação
de metro de Nova Iorque uma das
peças de violino mais bonitas e
complexas já escrita, e foi ignorado pela maioria das pessoas
que passavam. A questão é que muitas crianças paravam para
ouvir, mas depois eram obrigadas a andar pelos pais. Este livro
quer também chamar os adultos à atenção para o facto de que
se, às vezes, parassem e observassem o que os rodeia, pode-
riam ver as coisas mais bonitas que antes lhes passariam des-
percebidas. A flor, naquele momento, podia não ser a maior flor
do mundo, mas era a coisa mais importante naquele momento
para a criança.
Apesar de o autor declarar no
início que não consegue escrever com
palavras simples, acaba com um texto
bastante bem conseguido, apenas com
algumas partes que poderiam ser mais
difíceis de entender pelo público mais
jovem. Porém, as partes mais complica-
das podem ser entendidas com a ajuda
das ilustrações, que são bastante ricas e
sugestivas. A ilustração desta edição é uma parte muito impor-
tante, pois são pinturas feitas em tela com algumas colagens,
tornando o livro numa obra de arte. Algumas das colagens são
folhas ou pedaços de jornal, evidenciando a beleza e simplicida-
des das coisas mais pequenas, uma das lições obtidas no livro.
Também é nítida, nas ilustrações, a proximidade do autor à his-
tória, mostrando as personagens como se estivessem a ser vis-
tas, vigiadas pelo autor.
Na minha opinião, é um livro muito interessante e bem
conseguido e apesar de algumas partes serem bastante comple-
xas, tem uma excelente lição a ser aprendida, e pode ser uma
boa leitura não só para os mais novos, mas também para os
adultos, e que nos motiva a prestar atenção às coisas belas que
nos rodeiam, mesmo que não sejam muito grandes.
Recensão crítica feita por David Brás 10ºB
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 11
Ler… um desafio e uma surpresa!
O Alienista
De Machado de Assis
O Alienista de Machado de Assis é um
conto dos finais do século XIX, que
incorpora 86 páginas de acontecimentos
concentrados, com um vocabulário e
enredo difíceis, mas que acaba por ser
bastante cativante.
Foi lançado em 1882 pela primeira vez e
é de origem brasileira, escrito por
Machado de Assis, um escritor conside-
rado dos maiores nomes da literatura
brasileira e grande comentador dos
eventos político-sociais da sua época.
Foi também publicado pela Porto Edito-
ra, edição que contém ilustrações de
Daniel Silvestre da Silva, e é recomen-
dado para a leitura no 9º ano.
Neste conto, entre outros, o autor ilustra
a fina linha que separa a sanidade da
loucura no cérebro humano, através do
protagonista e do seu estudo dos dese-
quilíbrios mentais.
A história passa-se em Itaguaí e relata a
história do Dr. Simão Bacamarte, uma
personagem que vive para a ciência,
mais centrada nos campos da loucura e
outras doenças mentais ("A ciência, é o
meu emprego único; Itaguaí é o meu
universo.”). Com a intenção de aprofun-
dar o seu estudo nos desequilíbrios
mentais, o alienista constrói a Casa Ver-
de, um hospício para ali alojar as pes-
soas loucas e as tratar. Bacamarte
começa a recolher pessoas que conside-
ra doidas, mas acaba por perder a noção
de loucura e prende quatro quintos da
população.
Esta ação provoca um descontentamen-
to nos itaguaienses, que mais tarde no
conto se vão aliar ao barbeiro Porfírio e
revoltar-se contra a Casa Verde e o
alienista. Com a ajuda dos “dragões”,
que acabam por juntar-se aos revolta-
dos em vez de restaurar a ordem,
como era a sua primeira intenção, os
Canjicas atingem a vitória e o barbeiro
é eleito o chefe da Câmara.
Mas as peripécias continuam ao longo
da ação, incluindo a recolha de loucos
falsos, a descrição de outra revolta do
povo e a libertação de todos os doen-
tes da Casa. Simão Bacamarte aper-
cebe-se, numa reviravolta inesperada,
de que afinal não existem loucos em
Itaguaí, com a exceção de si próprio.
Com a noção disto, tranca-se na tão
famosa Casa, e morre dezassete
meses depois, "no mesmo estado em
que entrou".
Penso que esta história ilustra muito
bem o assunto de que se trata, e gos-
to da forma suave com que Machado
de Assis trata o tema, incorporando
uma crítica indireta ao tiranismo da
sociedade e ciência do século XIX,
sendo que Simão Bacamarte repre-
senta a sociedade e os “loucos” repre-
sentam as pessoas vítimas das críti-
cas desta.
É, de fato, uma obra que leva uma
pessoa a refletir. Qual é realmente o
significado de loucura?
Marta André 9ºF
Sábado, 15 de Outubro de 1787,
Finalmente cheguei a Itaguaí, uma peque-na cidade aqui no Brasil, no Rio de Janeiro.
Agora, que já acabei os meus estudos em patologia cerebral, em Coimbra e em Pádua, posso começar uma nova etapa da minha vida: a análise, a observação e a prática.
Vou observar, analisar e estudar a popula-ção de Itaguaí. Decidi construir um abrigo, após pedir licença à Câmara, onde vou poder colocar todas as pessoas loucas, todas as pessoas com uma caracte-rística mental deficiente.
Ainda não decidi como vou intitular o abrigo, mas hei-de chegar a uma conclusão.
O abrigo vai ser construído na Rua Nova, a rua mais bela de Itaguaí. Consigo imaginá-la com muitas janelas de cor verde, um pátio lindo, cheio de flores, no centro, e “pequenos cubículos” para o aloja-mento dos pacientes. Este asilo tem de ter espaço suficiente para abrigar todos os pacientes aqui de Itaguaí “e das demais vilas e cidades”, não devem ser muitos os loucos nesta e nas outras cidades…acho eu.
O meu sonho está realmente, a realizar-se. É agora que vou poder pôr em prática tudo o que estudei sobre a patologia cerebral. Vou finalmente descobrir o verdadeiro significado de loucura, e a sua cura.
Se imaginássemos uma página do Diário da personagem
Principal, Simão Bacamarte, poderia ser assim…
Maria Inês Grácio 9ºF
Página 12
Neste filme, temos presentes alguns dos valores
mais valorizados por algumas famílias. Esses
valores são por exemplo a tradição, a honra, a
excelência e a disciplina. Um dos conceitos
essenciais deste filme é reflectir sobre a impor-
tância de seguirmos os nossos sonhos. Ou até a
maneira como aproveitamos ou desperdiçamos
o nosso dia.
Alguns destes valores, como a honra e a discipli-
na são expressos pelos pais (principalmente
pelo pai de Neil Perry). Os seus pais pretendiam
que este um dia se formasse em medicina,
enquanto este queria seguir a representação
teatral.
A questão que colocamos é: devemos seguir os
nossos sonhos, ou sermos o que alguém quer
para nós?
“Carpe Diem”, aproveita o dia, um ideal e um
conceito muito trabalhado ao longo do filme.
Devemos refletir sobre esta frase, tal como John
Keating (professor) incentiva os seus alunos a
fazer.
Na minha opinião, estes conceitos deveriam ser
mais vezes abordados no nosso dia-a-dia. Pes-
soalmente, nunca tinha refletido sobre eles, no
entanto este filme despertou em mim um senti-
mento de algo desconhecido, mas bastante inte-
ressante. Esta é uma situação que deve estar
presente na vida de muitas pessoas, e que tal-
vez por ser um assunto pouco falado não nos
apercebemos de que muitas pessoas apenas
aceitam a vida como ela é sem a porem em
causa.
Penso que, dito isto, a resposta à primeira per-
gunta, será que devemos seguir os nossos
sonhos.
Se é fácil? Não. O filme demonstra isso mesmo,
a dificuldade de irmos contra a ideia dos nossos
pais ou dos outros.
No filme, Neil Perry acaba por se suicidar por
não conseguir que os pais aceitem o seu sonho.
Para Neil, aproveitar o seu dia (Carpe Diem)
seria através da representação.
A meu ver, John Keating, o professor, desempenha um papel de “consciência” para
com estes alunos. Keating consegue que estes se libertem dos seus ideais fixos,
impostos pelos seus pais, e que pensem por si mesmos.
Gostei do tema do filme, da maneira como os vários temas são abordados e, infe-
lizmente, muitas vezes, um final trágico é necessário para que os outros não vivam
na mesma repressão.
Miguel Lourenço 11ºD
Ver… um desafio e uma surpresa!
Somos para viver a nossa liberdade indivi-
dual. A liberdade de querer mudar o mundo, de não
nos conformarmos, de nos deixarmos tocar por um
poema. A liberdade de sermos o que quisermos, e
de sentir que vivemos , e não nos limitámos a exis-
tir; Este é o abrir de olhos do professor Keating, um
dos protagonistas de Dead Poets Society, aos alu-
nos de um dos colégios privados mais conceituados
do país, cujos padrões defendidos assentam nos
ideiais de tradição, honra , disciplina e excelência.
Apesar de um pouco romanceada, o filme
não deixa de ser uma obra de arte , que nos envol-
ve e dá asas à imaginação, enquanto transmite
diversas mensagens que podem ou não tocar o
coração dos mais atentos. A primeira, que me tocou
a mim, foi no momento em que o professor subiu à
secretária e disse à turma “Estou em cima da minha
secretária para me relembrar que devemos sempre
olhar para tudo de perspectivas diferentes. E o mun-
do é diferente aqui de cima.”. Na verdade , a reali-
dade é algo relativo à experiencia de cada um, e de
modo a não nos tornarmos insensíveis aos outros,
devemos sempre estar atentos e questionarmo-nos
sobre o que aparentemente será obvio. Por exem-
plo, o valor dado à água num país Africano é com-
pletamente diferente ao valor dado no mundo oci-
dental; é uma questão de perspetiva.
O filme atinge o seu auge, porém, quando
após todo um período de cenas que aos poucos nos
vão libertando a mente e fazendo
cócegas na barriga com o seu
positivismo, o protagonista se
depara com os seus sentimentos
de sufoco, de incapacidade de
agir, de mudar o seu rumo , impo-
tência , que não o deixam respi-
rar, que se tornam insuportáveis,
e que o obrigam a cometer suicí-
dio. A tonalidade predominante
nas cenas finais é escura, carre-
gada, intensa, e o Outono soalhei-
ro que abraçava o colégio é subs-
tituído pelo Inverno. A experiên-
cia humana é dominada pelas
emoções, e a razão desaparece.
Finalmente, aconselho
este filme a todas as faixas etá-
rias, sendo um clássico que não
pode ser perdido. E que todas as
mensagens referidas no filme
nunca sejam esquecidas, porque
não interessa o que vos digam,
palavras e ideias podem mudar o
mundo.
Mariana Ferreira 11ºD
O Clube dos Poetas Mortos”
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 13
Ler é sonhar pela mão de
outrem. Ler mal e por alto é
libertarmo-nos da mão que
nos conduz.
Fernando Pessoa
Os meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão
livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão
incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
Breve História de Quase Tudo, Bill Bryson
Em linguagem não demasiado científica, sempre clara e com as devidas anotações, o
leitor é conduzido, por este autor extremamente divertido e bem informado, numa viagem
através do tempo e do espaço, cujo prato forte é também revelar-nos algumas ironias do
desenvolvimento científico. Esta é verdadeiramente uma obra que nos dá a sensação de
ter o mundo na palma da mão.
Pequeno Almoço com Sócrates, Rogeri Rowland Smith
Se organizássemos uma festa, que conselhos nos daria Maquiavel? Ou o infame Georges Bataille? O que diriam os
grandes pensadores sobre os gestos banais do nosso dia-a-dia? O autor imagina o que diriam os maiores pensadores
de todos os tempos sobre os momentos chave do dia, desde o momento que acordamos até à altura em que adorme-
cemos. Obra de uma rara inteligência, usa a filosofia, a literatura, a arte e a psicologia para nos revelar o extraordiná-
rio significado da rotina. Depois deste livro, nunca mais olharemos para uma simples passadeira de ginásio da mes-
ma maneira...
Breve Sentimento eterno, Nuno Júdice
Um novo livro de poesia de Nuno Júdice, um dos nossos mais importantes poetas contemporâneos. Um livro que tem a
singularidade de reproduzir, lado a lado, e datar, os textos manuscritos de todos os 41 poemas nele incluídos. Mostrando
assim, de certa maneira, o trabalho e a agilidade da sua escrita.
Sinopses adaptadas de www.fnac.pt
A Quinta dos Animais, George Orwell
Esta tradução de "Animal Farm" recupera o título original, contrariamente às edições anteriores, que adoptaram o mais
conhecido – "O Triunfo dos Porcos".
Orwell escreveu uma fábula. Mas há nesta fábula algo de inquietante. Classicamente, atribuir aos animais os defeitos e
os ridículos dos humanos, servia para censurar a sociedade, servia igualmente para nos tranquilizar, pois ficavam colo-
cados à distância, «no tempo em que os animais falavam», os vícios de todos nós e as suas funestas consequências. É
a fábula merecida por uma época - a nossa época - em que são os homens e as mulheres a comportar-se como ani-
mais.
Passeio Aleatório, Nuno Crato
Este é um livro para curiosos. Um livro sobre a ciência que atravessa o nosso dia-a-dia, a ciência em que não repara-
mos ou que temos dificuldade em perceber.
Com clareza e simplicidade, mas também com o rigor, o autor guia-nos pelo mundo fascinante da cultura científica,
num passeio tanto mais interessante quanto aparentemente aleatório.
Fica-se a saber como Tales mediu a altura da grande pirâmide. Fala-se da quadratura do círculo e das lentes dos
faróis. Discute-se de onde vem a tecnologia bluetooth. Explica-se o mito da maçã de Newton e a origem do sinal @....
Tantas sugestões… e todas disponíveis na Biblioteca!
Página 14
Conhecer melhor os escritores portugueses que estudamos!
ANTERO DE QUENTAL(1842-1891)
Antero de Quental foi um missionário do ideal, um revolucionário
crente na justiça e na razão, que tinha como preocupação o signi-
ficado do Universo.
Confrontado com as crenças tradicionais, Antero, um poeta que
se intitulava um “soldado do futuro”, inserido no grupo de intelec-
tuais, denominado Geração de 70, funda as Conferências Demo-
cráticas do Casino, lá, discute a “Questão Coimbrã”, a qual acaba
por ser apenas o bom senso e os gostos do grupo académico.
Ainda jovem e já lhe tinha sido atribuído este título de rebelde, de
revolucionário, o apóstolo social. Logo, esta rebeldia contra o tra-
dicional e o gosto pela revolução, pela mudança, pelo futuro,
refletiu-se em sonetos da sua fase “Apolínea”, onde a razão e a
luta dominavam, sendo apenas ele e o Mundo, como mostram os
poemas “A Um Poeta” e “Hino À Razão”.
No entanto, Antero perdeu a esperança e entrou numa fase pessi-
mista, “Noturna”, a mais romântica e obscura, uma interiorização
refletiva, um desassossego, uma desilusão e incredibilidade quan-
to à luta, criando quase que, nesta inquietação filosófica, um refú-
gio na desistência em, por exemplo “Mors Liberatrix”, no sonho e
na transcendência religiosa, sendo agora, apenas ele e Deus.
Assim, o “poeta filosófico” viveu o ardor revolucionário e a eleva-
ção moral ou as deceções e o desejo de evasão.
Mariana Palma 11ºG
Nocturno Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...
Como um canto longínquo - triste e lento-
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
A um Poeta
Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno...
Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
Antero de Quental, in "Sonetos"
Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Antero de Quental,
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 15
Sociedade- somos imensos, e temos tendência para crescer em ter-
mos populacionais. Vivemos a um ritmo alucinante, coexistimos uns
com os outros no mesmo espaço, sendo que solidões passam umas
pelas outras todos os dias.
UMA MENSAGEM PARA O ESPAÇO
A primeira tentativa séria de comunicar com inteligência extraterrestre ocorreu a 3 de Março de 1972 quando a Pioneer
10 foi lançada para se tornar o primeiro artefacto a ir além do sistema solar.
O cientista Carl Sagan, apercebendo-se da oportunidade, conseguiu persuadir a NASA a deixá-lo colocar uma mensagem a bordo da
nave.
Continua o desafio do cientista, que enviou para o espaço uma placa de alumínio anodizado a ouro de 15 por 20 cms e como
o grau de erosão no espaço interestelar é insignificante deverá permanecer intacto por centenas de milhões de anos.
Apresentamos aqui uma das muitas propostas possíveis.
“Os limites da minha linguagem
são os limites do meu mundo” Wittgenstein
“ P enso logo existo ”
Amar- A forma mais sensata de viver. O ser humano é um ser emocional, e o senti-
mento que mais impacto tem em cada um de nós é o amor. O amor é capaz de
enlouquecer Homens, e ainda assim, é o desejo que grita mais alto dentro de todos.
O corpo humano- Para que
todas as formas de vida , pos-
sam conhecer o nosso físico. É a
nossa máquina mais potente , e
cada um tem uma exclusiva.
A imagem representada é um fractal. A geometria fractal é o ramo da matemática que
estuda as propriedades e comportamento dos fractais. Basicamente, toda a natureza é
geométrica, e esta área tenta descodificar essa geometria. A figura retrata um fratal, que é
um determinado modelo geométrico para um determinado fenómeno da Natureza. - A
curiosidade do Homem levou-nos a descodificar o mais pequeno pormenor do mundo. E
encontrar beleza nos sítios mais escondidos.
Sê Criativo e no final de abril selecionaremos a melhor mensagem /postal e enviare-
mos para a NASA.
Envia para [email protected] ou entrega na BECRE. Continua este desafio!
Mariana Ferreira 11ºD
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Clubes… o teu espaço!
Entrevista em quatro questões:
Quatro perguntas dirigidas aos clubes:
Aos coordenadores perguntámos:
1. Como funciona o Clube? 2. Quantos elementos tem? 3. Que projetos desenvolve?
Aos alunos:
4. Por que razão estás neste clube?
Multimédia O coordenador, professor Joaquim
Duarte espondeu:
1. Como funciona o Clube? O clu-
be funciona todas as quartas-feiras
às 14h30 e neste primeiro período, o argumentista,
depois de ter avisado os restantes membros na
sessão anterior, apresenta o argumento com mais
detalhe e a encenadora começa a trabalhar o
ambiente. As maquilhadoras começam a tratar dos
modelos e o professor começa a explicar aos fotó-
grafos que tipo de fotografia pretende e com base
nisso que definições devem colocar nas máquinas;
30 a 40 minutos depois começa a sessão fotográfica
com grande entusiasmo ( por vezes, demasiado
: ) ) . Depois há o trabalho fora da escola, as
melhores imagens tendo em atenção o momento
são escolhidas e tratadas e depois são publicitadas
nas redes sociais com o objectivo de promover a
escola. Nos segundo e terceiro períodos o funciona-
mento será ligeiramente diferente, porque haverá
muitas equipas a trabalhar em simultâneo porque os
editores de imagem terão um enorme leque de ima-
gens para trabalhar.
2. Quantos elementos tem? Tem 22 elementos, 6
modelos, 3 maquilhadoras, 1 encenadora, 5 fotógra-
fos, 3 editores de imagem, 1 operador de câmara de
E tu, por que razão estás neste clube?
vídeo, 1 argumentista e 2 elementos
ajudantes. Ainda há vagas para ence-
nador, editor de vídeo, argumentista,
comerciais e marketeer.
3. Que projetos desenvolve?
Objetivos do clube: Permitir que os
alunos aprendam o essencial na cap-
tação de fotografia, vídeo e som; Per-
mitir que os alunos aprendam o
essencial na edição de imagem, vídeo
e som; Permitir que os alunos elabo-
rem trabalhos multimédia; Permitir que
os alunos colaborem de forma muito
ativa na divulgação dos eventos que
ocorrem na Escola Secundária da
Portela e se possível nas restantes
escolas do agrupamento; Permitir que
os alunos aprendam como comunicar
nas plataformas web 3.0; Através
destas aprendizagens será possível
criar uma equipa capaz de publicitar
nas diversas interfaces multimédia as
atividades desenvolvidas pelos nossos
alunos.
Atividades atuais e futuras: Aulas
expositivas para os alunos inscritos;
Atividades práticas na captura de
imagem, som e vídeo dentro do recin-
to escolar; atividades práticas na cap-
tura de imagem, som e vídeo, quando
possível, fora do recinto escolar; Dina-
mização de concursos internos e/ou
externos de fotografia, vídeo ou som;
Apoio a professores de outros Grupos
Pedagógicos que pretendam repre-
sentar a Escola; Organização de work-
shops e oficinas.
Andreia Gonçalves: “ No Clube de multimédia abro os meus horizontes no conhecimento de novas técnicas de edição e imagem fotográfica. ”
Flor Matos: “ Sempre tive uma paixão por fotografar, faz-me sentir livre, não sendo preciso ter apenas um único objectivo, mas sim vários,
pois onde quer que vá, para onde quer que olhe, poderia captar tudo, momentos, paisagens, objetos, etc.. No futuro era uma coisa que gosta-
va muito de fazer, como profissão ou passatempo. “
Sara Coelho: “ Gosto do clube multimédia porque aprendemos a melhorar os nossos conhecimentos sobre multimédia. O clube ajuda-nos a
ter mais responsabilidade e também nos ajuda para o nosso futuro.“
Inês Mesquita, vencedora do concurso de fotografia organizado pela associação de pais: "Aqui podemos fazer o que gostamos, sem tanta
pressão de estarmos numa aula... Acho que podemos explorar a nossa criatividade, seja por fotografia, gravação de vídeos ou a editar alguma
imagem, cada uma à sua maneira especial!"
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 17
Robótica: O Robot ajuda!
Teatro A coordenadora Paula Ângelo respondeu:
1. Como funciona o Clube? Neste momento o clube
tem muitos alunos inscritos, por isso a entrada de
novos elementos tem de ser sujeita a ponderação e
tem de ter em conta os projetos a desenvolver. De
qualquer forma basta falar com as professoras Paula
Ângelo ou Lurdes Augusto. Temos alunos do 8ºano
ao 12ºano e o Clube funciona às 6ªfeiras das
14h30 ’ às 16h30 ’ … mas a entrega é total, pois, às
vezes, temos de fazer ensaios fora do horário e até
ao fim-de-semana.
2. Quantos elementos tem? Neste momento temos
24 pessoas e temos sempre gente curiosa a querer
E tu, por que razão estás neste clube?
Clubes… o teu espaço!
Entrevista em quatro questões:
assistir aos ensaios e a desejar entrar para o elen-
co.
3. Que projetos desenvolve? Todos os anos desen-
volvemos projetos novos. Este ano temos a inten-
ção de apresentar uma peça de Natal, “ O Espírito
de Natal” da autoria da
Professora Paula Ângelo
e depois uma outra peça
que será apresentada no
dia do Agrupamento.
Esperamos que nos
venham ver e que se
divirtam tanto quanto nós
nos divertimos a ensaiar.
- “ Eu gosto de frequentar o Clube de teatro, porque dentro da escola, onde todos os alunos anseiam pelo fim de semana, nós ansia-
mos pela hora de almoço de sexta, para partilharmos em grupo aquilo que é uma experiência de que todos gostamos: encarnar uma
personagem, adotar uma personalidade diferente da nossa… E ver a evolução dos nossos projectos, que culmina com as nossas apre-
sentações é uma experiência fantástica. E depois, sim, ficamos ansiosos pelo fim de semana. ”
O coordenador, professor Paulo Trocato respondeu:
1. Como funciona o Clube? Utilizamos robôs ( no nosso caso, Lego Mindstorms ) , como material pedagógico, com o objeti-
vo de aproveitar a curiosidade dos alunos dirigindo-a para descoberta e apreensão de conceitos nas áreas da Física e da
Química, Matemática e Informática. Programação e apresentamos atividades experimentais, de alunos e para alunos, esti-
mulando os intervenientes e promovendo o gosto pela Ciência e a auto aprendizagem.
Se quiserem vir ter connosco o nosso horário é às 3ª e 5ª das 17h15 às 18h45.
2. Quantos elementos tem? Neste momento temos oito alunos da escola e quatro alunos que foram
nossos alunos, mas já estão na faculdade.
3. Que projetos desenvolve? Pariticipamos na First Lego League, dinamizamos workshops de" Robóti-
ca Educativa" em escolas e eventos, construímos protótipos e participamos em concursos e competi-
ções.
No ano letivo de 2013/2014, para além das atividades dinamizadas, vencemos os concursos de pro-
gramação "Topas Sul 2014" ( Universidade do Algarve ) e "FCUL Rally Pro 2014" ( Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa ) . Na First Lego League recebemos o prémio para o melhor proje-
to científico nacional e obtivemos o 2º lugar na categoria "Valores FLL e profissionalismo gracioso" . O
projeto "GuideBot" foi um dos 100 finalistas do Concurso Jovens Cientistas e Investigadores 2014,
tendo integrado a Mostra Nacional de Ciência . Os projetos "ProtectorBot" e "Estás com mau ar?"
foram finalistas no Concurso Ciência na Escola promovido pela Fundação Ilídio Pinho. E estamos
prontos para continuar a trabalhar.
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Ferre
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Clubes… o teu espaço!
Entrevista em quatro questões:
O coordenador professor Carlos Lopes espondeu:
1. Como funciona o Clube? O Clube do Desporto Escolar permite aos alunos a
possibilidade de representar o seu agrupamento, no calendário competitivo
com outras escolas, na modalidade desportiva que mais gostar, bem como
poder nas modalidades dinamizadas poder suprimir as dificuldades que tiver na
disciplina de Educação Física.
2. Quantos elementos tem? O Clube do Desporto Escolar no agrupamento tem nesta altura inscri-
tos cerca de 350 alunos nos diferentes grupos equipa.
3 . Que projetos desenvolve? Os grupos equipa existentes são: Canoagem, Vela, Natação, Surf, Futsal, Ginástica, Basquetebol,
Voleibol, Multiatividades e Dança. Os alunos devem consultar os horários no site da escola ou então informem-se junto dos professo-
res de Educação Física.
E tu, por que razão estás neste clube?
Guilherme Galante -" O Desporto Escolar permite-me o acesso à canoagem que de outra forma
teria dificuldade" ;
Pedro Batista - " No Desporto Escolar conheço amigos fora da minha turma" ;
Ana Guerreiro - " Com o Desporto Escolar tenho mais tempo de prática desportiva" ;
Inês Fernandes - " Com o Desporto Escolar represento a minha escola" .
Desporto Escolar
Ciências
3 . Que projetos desenvolve? Com o Clube de Ciências pretende-se ocupar os tempos livres dos alunos de uma forma salutar e produtiva,
desenvolvendo ações que promovam a literacia científica, a troca de experiências entre alunos de diferentes níveis etários e o desenvolvimento
de valores como a cooperação e a entreajuda. As atividades realizadas no Clube de Ciências são muito variadas. Entre as ações previstas para
este ano letivo destacam-se:
- a criação de animais; - o planeamento e execução de atividades experimentais na escola; - a realização de visitas de estudo: visita de estudo
ao Jardim Botânico, ao Borboletário e à Praia das Avencas; - a dinamização de jogos e shows de ciência; - a realização de atividades experi-
mentais junto dos alunos do 1º ciclo do agrupamento.
E tu, por que razão estás neste clube?
“ F requento o Clube de Ciências porque tenho interesse na área da Biologia principalmente gosto muito de realizar atividades experimentais
relacionadas com a matéria dada nas aulas. Acho que é uma forma de compreendermos melhor os conhecimentos, pois podemos vê-los a
acontecer. Gosto também de tratar dos animais e fazer visitas de estudo como, por exemplo, ir à escola primária ensinar os mais peque-
nos. ” Carolina Alves, 11º B
“ F requento o Clube de Ciências porque fazemos muitas atividades experimentais e porque é preferível estar com os colegas em vez de
estar em casa sozinho. Sentimo-nos mais adultos ao sermos nós a trabalhar devido à autonomia que nos dão. Realizamos ótimas atividades
extracurriculares – shows de ciência, “marés ” , peddy-papers, etc.” Francisco Xavier, 11º B
“ É divertido, podemos fazer experiências que não podemos fazer na sala de aula. Aprendemos coisas novas. Tratamos dos animais e
ganhamos responsabilidade. É bom fazer parte de um grupo e organizar coisas em conjunto. ” Ana Marta, 11ºA
A coordenadora professora Luísa Magalhães espondeu:
1. Como funciona o Clube? O Clube de Ciências funciona à 2ª feira das 14.35 às 18.05 na sala E2.
2. Quantos elementos tem? Este ano inclui alunos do 7º ano ao 11ºanos. Até à data estão inscritos no Clube 24 alunos.
Para além dos alunos associados, outros colaboram em algumas das iniciativas levadas a cabo pelo Clube apesar de não
estarem presentes regularmente nas sessões semanais.
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PES… um projeto com objetivos e com inspiração poética!
Aqui ficam alguns excertos de poemas realizados no contexto do Concurso Super Herói do Ambiente
( 2 013/2014 ) ; um rap de apresentação do Projeto Circulo Mágico 2013/2014 - 1º lugar; Um poema do Pro-
jeto Circulo Mágico 2011/2012 - 2º lugar… Porque a Poesia também dá saúde!
Era uma vez um Planeta animado,
cheio de cores e vida a fervilhar!
Era uma vez um lugar encantado
cheio de flores e cheiro a mar.
Foi neste mágico lugar,
cheio de ternura e amor
que, aprendi a admirar
a magia que existe numa flor.
Foi neste mágico lugar,
onde nasci e cresci,
que aprendi a contemplar
como a vida brota aqui.
Foi neste mágico lugar
Cheio de florestas, rios e esperança
Que vi os animais brincar
E o Homem criar a Mudança
Observo agora com temor...
que a magia tende a acabar!
Que o cinzento apagou a cor.
Que a vida se extingue num olhar.
Observo agora com temor
que a magia tende a acabar!
Que cessou a ternura e o amor
que morreu a vida numa flor.
Observo agora com temor...
que a magia tende a acabar!
Que o cinzento apagou a cor.
Que a vida se extingue num olhar.
(…)
O RAP do ar
O que vimos aqui contar/
Não é matéria para estudar
O que vimos aqui dizer
Não te podes esquecer
Olha para o AR
Tens de o preservar
O meio ambiente proteger
É o que devemos fazer (… )
O que vimos aqui dizer
Não te podes esquecer
Os transportes e as fábricas são a razão
De tanta POLUIÇÃO
Não te deixes enganar
Vamos lá REDUZIR, REUTILIZAR e RECI-
CLAR ( .. )
O que vimos aqui dizer
Não te podes esquecer
A pé ou de bicicleta deves andar
Deixa o carro descansar
Não deites papéis para o chão
Acaba com a POLUIÇÃO (… )
O que vimos aqui dizer
Não te podes esquecer
Poupa água e energia
Dá ao Ambiente uma alegria
Também não deves fumar
Pela Tua Saúde e do AR (… )
O que vimos aqui dizer
Não te podes esquecer
Ainda havia muito para contar
Mas temos de acabar
Para o ano vamos voltar
Ao Circulo Mágico, sempre a Bombar
O que viemos aqui contar
Não é matéria para estudar
O que viemos aqui dizer
Não te podes esquecer
O Circulo Mágico está a Terminar
Para o ano vamos voltar….
Sob um céu estrelado
Fechei os olhos e mergulhei
Num sonho inacabado
Onde sonhei ser um rei.
Sem coroa e sem riqueza,
Era eu quem salvava
A Mãe Natureza!
Neste meu sonho de encantar…
Fui rei… Super-Herói!
Era eu quem reduzia, reutilizava e reciclava
Aquilo que o Homem destrói!
Vestiram-me de embalagens,
Rede de batatas, garrafas e garrafões.
Mas eu refletia as imagens
De todas as vossas aflições.
Eu-Ambiente me chamaram,
Super-herói da Natureza.
De embalagens me forraram
Sem grande beleza.
A minha grande bondade
Era refletir qualquer um,
Desta imensa humanidade
Todos com algo em comum.
O desejo de ser herói
Num sonho inacabado
Adormecer quem destrói
E permanecer um herói acordado.
Turma 9ºA ( 2013/2014 )
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Cartas, recados e recadinhos...
Olá a todos!
Como já devem saber, a lista Alpha foi eleita este ano. Queríamos
agradecer a todos os alunos que votaram.
Fazemos intenção de cumprir tudo o que programámos (caso não
tenham tido oportunidade de ler os cartazes com o nosso programa,
deixamos em baixo algumas das propostas..
Temos tido algumas dificuldades no que diz respeito ao material para
a Rádio, mas estamos a resolver o problema para que possam, final-
mente, ouvir música em todos os intervalos.
Brevemente, iremos também realizar um torneio de futebol no pavilhão
da escola. As equipas serão compostas por cinco elementos e o preço
da inscrição é 5€ por equipa.
Por último, queremos voltar a
agradecer a todos os que
votaram ALPHA, pois sem
vocês nada disto seria possí-
vel.
Prometemos que não se arre-
penderão.
Lista ALPHA
Há sempre espaço para deixar um recado ou uma carta!
Aqui apresentamos uma carta da recém-eleita Associação de estudantes e ainda uma
carta de uma ex-aluna desta escola… muitos conhecem-na! Ela conta-nos um pouco da sua passagem por esta
escola e a descoberta do ensino superior.
Escuta, escuta: tenho ainda /uma coisa a dizer.
Não é importante, eu sei, não vai
salvar o mundo, não mudará
a vida de ninguém - mas quem
é hoje capaz de salvar o mundo
ou apenas mudar o sentido
da vida de alguém?
Escuta-me, não te demoro.
É coisa pouca, como a chuvinha
que vem vindo devagar.
São três, quatro palavras, pouco
mais. Palavras que te quero confiar,
para que não se extinga o seu lume,
Eugénio de Andrade
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014
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Por mais que tente, não me consigo lembrar do
momento exato em que entrei na Escola
Secundária da Portela - vá, Arco-Íris para os
amigos - pela primeira vez. Sei que na altura
estava nervosa, porque tudo parecia tão monu-
mental: o começar o sétimo ano, o mudar para
o terceiro ciclo, o começar a ter aulas de Fran-
cês! E, ainda assim, não vos consigo dizer se terei entrado com o
pé direito, ou quem foi a primeira pessoa que conheci.
Mas por cada um dos momentos dos quais já não me recordo, há
mil e um que foram inesquecíveis; momentos esses que compen-
sam as pequenas falhas de memória que seis anos a chamar a
esta escola a minha segunda casa acabam por causar: a rotina
do dia-a-dia que se entranha e que parece tornar um dia tão
semelhante ao próximo e tão igual ao anterior.
O meu percurso foi semelhante a centenas de tantos outros;
alunos que entram acabados de sair do sexto ano e vêm pas-
sar seis anos na Arco-Íris, intervalos divididos entre o descampa-
do e o bar de alunos, enregelando as mãos no Inverno nas frias
mesas de laboratório, perpetuando a tradição das infinitas voltas
aos pavilhões. E claro, a monumental mudança de pavilhão todos
os anos, sentindo que de alguma forma isso era a prova concreta
de que estava a crescer ( promoções não-oficiais do pavilhão B
para o C e do C para o D, era óbvio para mim que avançar no
abecedário era sinónimo de vitória) .
Tenho agora noção do quão foi, para mim, essencial passar
por esta escola. Muito desta certeza deve-se – sem dúvida – à
presença de professores que nos inspiram, que nos incentivam,
que nos levam a ser melhores, e o mais importante, que nos
levam a querer ser melhores. Professores que fazem o seu traba-
lho e ainda vão além do que lhes é pedido.
Mas escola não são só aulas, e daí a importância
dos colegas, que se vão tornando conhecidos, e uns tempos
depois somos amigos, subitamente melhores amigos algures
entre a fila da cantina e os sofás da biblioteca. Crescer implica
estudarmos, sim; implica mais responsabilidade, sem dúvida;
mas implica também percebermos que o crescermos como pes-
soa é fundamental.
Iniciei há pouco mais de dois meses uma nova fase da minha
vida, o tão desejado ( e temido! ) Ensino Superior. Assim sendo,
não sou mais do que uma caloira no que toca a assuntos de
“ g ente crescida ” , mas queria desde já tranquilizar-vos
para o facto de que a integração na faculdade não é
nenhum bicho-de-sete-cabeças. Garanto-vos que é diverti-
díssimo subitamente conhecer gente nova, diferente, fazer
amizades com alguém que tanto pode vir de Faro ou de
Vila Real, de Coimbra ou da Madeira ( com os melhores
sotaques! ) E em segundo lugar, gostava de vos falar de
algo que ouvi de colegas mais velhos e que na altura me
fez parar e pensar, tão repetida na minha faculdade que
atualmente já possível repeti-la em coro: "Estes sim, pes-
soal, vão ser os melhores anos da vossa vida".
Mas, claro, não sei se é verdade. Não sei se serão os
melhores anos da minha vida, porque o futuro ainda está
para vir. Mas sei que o mais importante é aproveitar cada
fase quando a estamos a viver, dar o máximo para que
todos os anos sejam os melhores da nossa vida.
Por isso divirtam-se, aproveitem o que vos é oferecido,
seja dando o vosso máximo para colecionarem boas notas
e para se superarem a vocês mesmos, seja fazendo algo
tão simples como sentarem-se nos intervalos a conviver
com os amigos – ou, melhor ainda, uma combinação das
duas. Olhem para o futuro com desejo de se tornarem cada
vez melhores, mas não se esqueçam de aproveitar o pre-
sente.
Telma Pais
Cartas, recados e recadinhos...
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Ilustração … desenho… rabisco...
Aqui fica um recanto cheio de desenhos. Desses que fizeste, enquanto o professor falava, desses que pintaste num momen-
to só teu e desses que construíste com este ou aquele objetivo.
Uns estão completos, outros ficaram incompletos. aqui há espaço para todos!
Carolina Oliveira 10ºH Monique Silva 8ºB
Anastasyia 9ºF
A NO II 1ªE DI ÇÃO DEZ EM BR O 2014 Página 23
My favourite film
My favourite
film is “ The
Fault in our
stars ” . In my
opinion, it is a
drama, a comedy and a romantic
film.
The film is about a girl ( she
has cancer ) who falls in love
with a boy named Augustus
Waters ( he has cancer, too ) .
In the middle of the film they
travel by plane to Amsterdam to
meet Hazel ’ s favourite writer,
Peter Van Houten. When they
come back they live a normal life
as boyfriend and girlfriend. At
the end of the film, Augustus
dies, and at his funeral, Peter
Van Houten shows up and tries
to apologize for his bad attitude
and he gives a letter written by
Augustus to Hazel. Hazel says
she loves Augustus.
I love this film because it ’ s
very romantic, sad and beautiful.
I recommend it to everyone who
enjoys watching tearjerkers!
By Inês Monteiro 8ºC, Nº14
My Favourite Photo
I took this photo on a Wednesday at
the mall. In this picture there is Ana
Isabel, Inês Azevedo, Inês Paraíba
and Inês Simões. We were there
( a t the mall ) because on
Wednesdays we usually go to the
mall on our lunch time. In the
foreground on the left side there ’ s
me, Ana and Inês Simões, and in
the background there is Inês Azevedo and Inês Paraíba. They
were leaving the mall but Ana and Inês Simões stayed with me
so I could take this picture.
I love this photo because there was a rainbow on the wall
and I think that it was so cute, so I took a photo of it. I also like
this photo because I was with my best friends and I love our
moments together.
By Ana Beatriz Monteiro, 8ºB
My Favourite TV show
My favourite TV show is
‘ H ow I Met Your
Mother ’ ( HIMYM ) . Although
that is over, I still love watching
old episodes of it, because it ’ s
really funny.
HIMYM is about five friends
( B arney, Ted, Marshall, Lilly and
Robin ) who hang out at McLar-
ent ’ s ( which is a bar/pub ) all
the time. Ted is telling his kids the
story about how he met their
mother, but
he does-
n ’ t seem
to end!
The
characters
in HIMYM are really funny. My
favourite one is Barney, because
he is funny, gives high-fives all the
time, plays lazertag, says awe-
some to everything and he has
these stupid rules like ‘ The Plati-
num Rule ’ *, or ‘ The Mermaid
Theory ’ **. I like Marshall and
Lilly too, because even though
they ’ re lame, they ’ re cute and
funny.
*never love your neighbor
**every woman has an expiration
date
By Inês Botica, 8ºA
The English corner! What do you want to say?
1 2
3
4 5 6
7 8
9
10
Across
1. Jingle _ _ _ _ _ .
4. Send a
Christmas _ _ _ _ .
5. Mr. Claus.
7. Stingy old man.
10. Animals
Down
2. Something to
put at the top of the tree.
3. It covers your window.
4. _ _ _ _ _ cane.
5. It hangs above the fireplace.
6. Egg _ _ _ . A Christmas drink.
8. Santa's helper.
9. The presents are under the _ _ _ _ . www.bogglesworldesl.com
Answers:Across:1.Bells /4. Card/
5.Santa /7. Scrooge/10.reindeer
Down:2.star/3.snow/4. candy/5.
Sê paciente
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
Eugénio de Andrade
Esta edição já terminou. Agora “Sê paciente; espera que a palavra ama-
dureça ” !
Começamos já a preparar uma nova edição e para isso contamos contigo! Envia
os teus trabalhos, as tuas sugestões, as tuas ideias mais criativas para:
Até já!
1. Paradoxo do teste surpresa
Esta é uma adaptação do paradoxo do enforcamento inesperado, publicado pela primeira vez por D. J. O’Connor, em 1948, na
revista Mind.
Um professor diz aos seus alunos que durante a próxima semana haverá um teste surpresa.
Um aluno que quisesse descobrir em que dia seria esse teste surpresa chegaria à conclusão que tal teste não poderia realizar-
se. E porquê? Não pode ser na sexta-feira, pois se fosse não seria surpresa – na quinta-feira já saberia que iria ter teste na
sexta. Não pode ser na quinta, porque se assim fosse saberia isso na quarta ( uma vez que já sabemos que não poderia ser
na sexta ) . E de modo análogo pode concluir que o teste surpresa não ocorrerá na terça nem na segunda.
Moral da história: não há testes surpresa a não ser que sejam absolutamente surpresa, isto é, sem qualquer espécie de aviso
prévio. Mas, por outro lado, imaginemos que todos os alunos raciocinam do modo acima descrito. O professor faz o teste na
quarta e… os alunos são completamente apanhados de surpresa!
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2. Um truelo é um duelo no qual intervêm três participantes em lugar de dois. Certo dia A, B e C resolvem disputar um truelo
com pistolas, até que apenas um sobreviva. A é o atirador mais fraco e em cada três tiros só acerta um, B acerta dois em cada
três tiros e C acerta sempre. Para tornar o truelo mais justo decidem que atira primeiro A, depois B ( s e ainda estiver vivo ) e,
finalmente, C (se ainda estiver vivo ) . A questão é: sobre quem deve A disparar primeiro?
A solução, de algum modo contra-intuitiva, é do domínio da teoria dos jogos.
Se A dispara sobre B e o mata, então a seguir dispara C, que nunca falha, e como terá A como único oponente é sobre este
que irá disparar, e A morrerá.
É mais sensato disparar sobre C. Se acertar, o próximo tiro será dado por B, que só acerta dois em três tiros, e assim A tem
uma probabilidade ( de um terço) de sobreviver e poder responder a B e, eventualmente, ganhar o truelo.
Mas existe uma estratégia melhor para A: disparar para o ar: a seguir dispara B, que apontará sobre C dado este ser o mais
perigoso. Se acertar B mata C e A volta a disparar. Se falhar, será a vez de C, que apontará a B por este ser mais perigoso
que A. Atirando para o ar faz com que B elimine C ou C elimine B. E com isto será ele a atirar para o sobrevivente. A manipu-
lou a situação de tal forma que em lugar de ser o primeiro a disparar num truelo, é agora o primeiro a disparar num duelo ( o
que é, naturalmente, mais vantajoso ) .
PARADOXOS, SOFISMAS, DILEMAS e OUTROS PROBLEMAS
...Porque o cérebro é um músculo que convém exercitar
3. Há um nenúfar num lago que todos os dias dobra de tamanho ( n o segundo dia tem duas vezes o tamanho que tem no
primeiro dia, no terceiro dia quatro vezes, no quarto oito vezes, e assim sucessivamente ) . Em 30 dias cobre o lago inteiro.
Quantos dias levam dois nenúfares ( que também dobram de tamanho a cada dia que passa ) para cobrir o lago todo?
A resposta ( de certo modo contra-intuitiva ) é 29 dias. Se um nenúfar leva 30 dias a cobrir todo o lago, ao 29º dia terá coberto meio lago ( ao
30º dobra de tamanho e cobre a outra metade ) , ao 28º um quarto do lago, ao 27º um oitavo e assim sucessivamente. Se um nenúfar cobre ao
28º dia um quarto do lago, dois nenúfares cobrirão dois quartos, isto é, metade, pelo que ao 29º dia dobram de tamanho e cobrem a outra meta-
de ( ou seja, o lago todo ) .
O problema só parece ser resolúvel se procedermos do fim para o princípio, e não do princípio para o fim.