13364652 biologia do pessegueiro
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Monografia do Pessegueiro
Por Marisa Marques
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Prunus persica
Monografia do Pessegueiro
Por Marisa Marques
ÍNDICE
PÁGINA
Introdução 3
Chave dicotómica 4
Sistemática 6
Anatomia 6
Morfologia 8
Interesse económico e distribuição
geográfica
10
Interesse ornamental 11
Conclusão e discussão de resultados 12
Bibliografia 13
Monografia do Pessegueiro
Por Marisa Marques
INTRODUÇÃO
No primeiro ano do curso de biologia, aqui, no instituto superior de agronomia, nós
alunos abordamos o domínio da botânica e foi exactamente nesta disciplina que nos
foi proposto este trabalho.
Este trabalho consiste na monografia de uma planta por nós escolhida. Dela apenas
sei o seu nome vulgar: pessegueiro. Mas através de muitos processos poderei chegar
ao fim deste trabalho e saber tudo sobre ela.
Esta monografia vai abordar a sistemática, anatomia, morfologia, distribuição
geográfica e importância económica e ambiental e através de uma chave dicotómica
conseguirei chegar à sua espécie.
Mas para que possa introduzir um pouco o meu tema, o pessegueiro é uma árvore
nativa da china que apresenta flores rosas.
O pêssego é a seu fruto apresenta baixo teor calórico. Mas, em contrapartida, é rico em fibras importantes para o bom funcionamento do intestino. Em menores quantidades aparecem a vitamina B5 (Niacina) e o mineral Ferro. A Niacina é uma das vitaminas do Complexo B e tem por função evitar problemas de pele, do aparelho digestivo e do sistema nervoso. Combate também o reumatismo e o Ferro faz parte da formação do sangue.
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CHAVE DICOTÓMICA
A chave dicotómica é um método muito utilizado para a classificação das plantas, que
apresenta a cada nível duas alternativas mutuamente exclusivas, podendo chegar por
vezes à espécie.
Não é objectivo das chaves dicotómicas incluir todas as espécies existentes, mas
apenas um grupo restrito, como, por exemplo, as espécies que se podem encontrar
numa determinada região.
A chave dicotómica que vou utilizar pertence à Nova Flora de Portugal e é respectiva à
fauna do continente e açores.
A seguir apresento todos os passos que dei ao trabalhar com este tipo de suporte.
CHAVE DICOTÓMICA DO PESSEGUEIRO:
CHAVES DOS TÁXONES PRINCIPAIS
1.b) Plantas reproduzindo-se por sementes, lenhosas ou herbáceas;
2.b) Óvulos completamente encerrados num ovário; perianto frequentemente presente;
plantas lenhosas ou herbáceas; Angiospermae
CHAVES DAS ANGIOSPERMAE
1.b) Plantas sem esta combinação de caracteres - (Estaminódios corados 2 a 4
fendidos presentes adentro das sépalas; folhas frequentemente fasciculadas);
2.a) Perianto de 2 (raramente mais) verticilos, as peças de cada um bem distintas das
do outro pela forma, dimensões ou cor (raramente bractéolas sepaloides e tépalas
semelhando um conjunto cálice e corola);
3.a) Pétalas nunca todas unidas na base em tubo, muito raramente coerentes no ápice
ou só levemente concrescentes na base;
4.a) Ovário súpero;
5.a) Carpelos 2 ou mais, livres ou só unidos na base;
6.b) Sépalas e pétalas mais de 3;
7.b) Flores actinomórficas; pétalas inteiras;
8.a) Estames mais do dobro das pétalas;
9.a) Arbustos ou ervas, frequentemente com folhas estipuladas; flores perigínicas;
Rosaceae (LXX)
LXX. ROSACEAE – Árvores, arbustos ou ervas. Folhas geralmente alternas e
estipuladas. Flores actinomórficas, geralmente hermafroditas, perigínicas ou
epigínicas. Hipanto plano, côncavo ou tubulodo. Sépalas geralmente 5; epicálice por
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vezes presente; pétalas geralmente 5, livres, por vezes nulas. Estames em número
duplo, triplo ou quadruplo das sépalas, por vezes só 1-5 ou nulos. Carpelos 1-∞, livres
ou concrescentes, por vezes aderentes ao hipanto. Óvulos geralmente 2, por vezes 1
ou mais, anatrópicos. Estiletes livres, raramente unidos. Um ou mais aquénios, drupas
ou folículos, ou um pomo, o hipanto tornando-se por vezes corado e carnudo. Albúmen
geralmente nulo.
É conveniente, nesta família, usar o termo “hipanto” para designar a parte da flor que
apresenta as sépalas, as pétalas e os estames na sua margem externa ou superior, e
sobre a qual estão implantados os carpelos. O hipanto é frequentemente, pelo menos
em parte, de natureza receptacular, mas está por vezes fundido, em extensão variável,
com as paredes dos carpelos, sendo difícil definir a linha exacta de demarcação.
Esta família é notável pelo grande número de géneros que contêm espécies cultivadas
tanto para ornamento como para alimentação. A apomixia, quer facultativa quer
obrigatória, é uma característica de modo de reprodução de vários géneros das duas
maiores subfamílias europeias: Rosoideae e Maloideae, e nestas principalmente dos
géneros Rubus, Alchemilla e Sorbus .
CHAVE DAS ROSACEAE
1.a) Árvores ou arbustos, estes por vezes escandentes;
2.b) Folhas simples;
5.a) Carpelos não aderentes ao hipanto; fruto múltiplo ou drupa;
6.b) Carpelo único; fruto uma drupa; Prunus (20)
20. Prunus L. - Arbustos ou árvores. Folhas simples, geralmente crenadas ou
serradas, pecioladas. Estipulas livres, estreitas, mais ou menos escariosas. Flores
solitárias, geminadas, em cimeiras umbeliformes ou corimbiformes, ou em cachos.
Pétalas brancas ou rosadas; carpelo 1; óvulos 2. Drupa monospérmica.
CHAVE DOS PRUNUS
1.a) Ovário e drupa aveludados ou tomentosos;
2.b) Folhas com comprimento pelo menos duplo de largura, condupliplicadas na
prefolheação; Persica (1)
1. P. pérsica (L.) Batsch, Beytr. Entw. Pragm. Gesch. Nat. Reiche 30 (1801).
Microfanerófito até 6 m, com raminhos rígidos, glabros, avermelhados e angulosos;
folhas com 5-15 x 2-4 cm, oblongo-lanceoladas, serrilhadas, glabrescentes; pétalas
com 10-20mm; drupa com 40-80 mm, globosa, aveludada (glabra na var. nucipersica
(Borkh.) C. K. Schneider), amarela ou verde-pálida, tinta de vermelho; mesocarpo
suculento, verde-pálido ou alaranjado. Extensivamente cultivado pelos seus frutos
(pêssegos), ocasionalmente casual. [Lu] (China).
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SISTEMÁTICA
A sistemática é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e
compreender as relações filogenéticas entre os organismos.
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Prunus
Subgénero: Amygdalus
Espécie
Prunus persica
ANATOMIA
A anatomia é o ramo da biologia no qual se estuda a organização e estrutura dos
seres vivos, tanto externa como internamente.
O pessegueiro é uma planta dicotiledónea porque no interior da sua semente existem
dois cotilédones. Deste modo a anatomia que vou aqui expor pertence ao grupo de
todas as dicotiledóneas.
Nota: Chamamos de eustélica (eu=verdadeiro + stele= cilindro central) a estrutura dos caules de
dicotiledóneas
Estrutura eustélica primária de um caule de dicotiledónea
Casca Epiderme Uma única camada, com estômatos e cutícula
Parênquima cortical Tecido de preenchimento que fica abaixo da epiderme na região
que é denominada de cortex. Junto com esse parênquima,
geralmente é encontrado o colênquima.
Endoderme
(desconsiderar)
É a camada mais interna da casca não pode ser visualizada
facilmente por não possuir "estrias de Caspary", como na raiz.
Acumula amido.
Cilíndro
central
Periciclo Também não aparente como na raiz (desconsiderar)
Feixes condutores Xilema e floema formando feixes colaterais abertos, com o xilema
por dentro e o floema por fora, separados pelo câmbio
Medula Parênquima interno que acumula substâncias de reserva
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Estrutura eustélica secundária de caule de dicotiledóneas
Casca Súber Tecido de reserva secundário, pluriestratificado
Felogênio Meristema secundário que faz com que a casca engrosse
Feloderme Parênquima secundário formado pelo felogênio
Cuilíndro central
Floema secundário
Floema secundário formado pelo câmbio
Câmbio Meristema secundário que faz o cilindro central engrossar Xilema
secundário
Xilema secundário formado pelo câmbio, juntamente com fibras de esclerênquima forma a madeira.
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MORFOLOGIA
A Morfologia é o estudo da forma dos seres vivos. Como tal vamos abordar os
seguintes temas:
Raiz
Caule
Folhas
Flores
Fruto
Raiz
Subterrânea
Fasciculada
Raízes não muito profundas - plagiotróficas
Consistência Lenhosa
Caule
Tipo Aéreo
Unicaule
Direcção Anual
Erecto
Forma Cilíndrica
Sem endumento
Consistência lenhosa
Apresenta ramificação secundária
Casca é fina e facilmente danificada a partir de impacto mecânico
Folhas
Aéreas
Simples
Forma elíptica
Folhas lanceoladas
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Recorte profundo fendido
Recorte marginal serrilhado
Base acunheada
Duas a quatro folhas por nó
Nervação peninérvia
Verde-escuras durante a fase vegetativa e amarelo-esverdeadas no Outono
Flores
Cíclicas
Pentamera
Dialipétalas actinomórfica de 5 peças de unhacurta
Heteroclamidea
Hermafroditas
Nº de estames indefinidos
Monodolfos
Fruto
Redondo
Carnudo
Amarelo, laranja, verde
Pericarpo fino, mesocarpo carnoso e suculento
(polpa) e endocarpo lenhoso (caroço)
O endocarpo (caroço), comumente ovoidal,
pode ser preso, meio preso ou solto, e contém,
no interior, uma amêndoa dicotiledónea do
mesmo formato de seu invólucro; alguns
cultivares possuem duas amêndoas em cerca
de 20% dos caroços.
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IMPORTÂNCIA ECONÓMICA E DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
Estes dois itens não poderiam deixar de estar relacionados, uma vez que a
distribuição geográfica influencia muito o interesse económico.
O pêssego e a nectarina são frutas muito apreciadas no mundo, pelo sabor, pela
aparência e pelo seu valor económico no âmbito da cadeia produtiva.
A importância económica de Prunus persica está intimamente relacionada com a
alimentação e como tal iremos abordar a distribuição geográfica no âmbito da
produção mundial de pêssegos e nectarinas.
País China Itália E.U.A. Espanha Grécia França Turquia Chile Argentina África do Sul
Fig. Países produtores de pêssegos e nectarinas por ordem decrescente
A produção mundial de pêssegos e nectarinas está em torno de 12 milhões de
toneladas, crescendo ao redor de 20% a cada 10 anos. A China é o maior produtor
mundial, seguida da Itália e dos Estados Unidos.
China, Itália, Estados Unidos e Espanha juntos produzem 60% da oferta mundial, o
que caracteriza uma forte concentração da produção.
Mas em 1998 a União Europeia produziu 30% da fruta consumida no mundo.
Ou seja poderemos dizer que o Prunus persica se encontra um pouco por todo o
mundo e tem um grande interesse económico.
Podemos abordar a distribuição do pessegueiro não directamente a ver com a
importância económica mas com a questão do clima, assim O pessegueiro Prunus
persica (L.) Batsch é uma das espécies frutíferas que se localiza em climas
temperados e que mais tem sido pesquisada e adaptada às condições de clima
temperado quente ou substropical.
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INTERESSE ORNAMENTAL
Em relação a este tema pouco se pode dizer em relação a esta árvore, ela encontra-se
geralmente ao sol ou parcialmente à chuva e floresce perto de Abril, tem umas flores
lindíssimas o que é extremamente importante para decorar avenidas, margens de
estradas e lindos jardins.
No inverno o interesse por esta planta não é tanto, uma vez que ela não apresenta
qualquer tipo de folhagem nem de flores.
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CONCLUSÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Depois de realizada a monografia, tornou-se muito mais simples falar sobre a planta
que escolhi para estudar.
Sei agora qual a sua espécie e as suas características, como se pode ver ao longo
deste trabalho o pessegueiro tem como nome científico Prunus persica, pertence à
família Rosaceae, é uma dicotiledónea e apresenta um conjunto de características
morfológicas muito próprias como descrevi neste deste documento.
Este trabalho é suportado por partes da planta já secas que podem dar muito mais
credibilidade a todo este processo de reconhecimento.
A maior dificuldade por mim encontrada foi a secagem da planta, tal situação talvez
tenha ocorrido por ela se encontrar num local muito húmido, o que certamente
dificultou o processo.
Em género de conclusão gostaria de referir que o estuda de plantas não é nada
simplificado, uma vez que estas tendem a variar bastante e isso torna complicado uma
observação tão geral como por vezes é feita.
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BIBLIOGRAFIA
Livros: FRANCO, joão do amaral; Nova Flora de Portugal (Continente e Açores),
volume I, Lisboa, 1984
LIDON, fernando josé cebola; GOMES hélio parreira; ABRANTES antónio
campos s; Anatomia e Morfologia Externa das Plantas Superiores, Lisboa, Porto,
Coimbra, 2001
Internet: http://hort.ufl.edu/trees/PRUPERA.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessegueiro
http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/catalogo/tipo/sistemas/pessego
/cap10.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/caule/anatomia-do-caule.php