13/01/2016 - jornal semanário - edição 3.197
DESCRIPTION
13/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.197 - Bento Gonçalves/RSTRANSCRIPT
CRISTIANO MIGON
BENTO GONÇALVESQuarta-feira13 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3197
R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br
Congresso define caminhos para o tradicionalismo
Vendas de final de ano do comércio atingiram metas
Página 6 Páginas 8 e 9
Balanço de 2015
Crescimento dos casos de roubos a residência e comércio comprovam a ousadia dos bandidos Página 15
BM registra recorde de crimes
Quarta-feira, 13 de janeiro de 20162 Opinião
SEDEWolsir A. Antonini, 451
Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS
ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501
DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA
DIRETORES ANA INÊS FACCHIN
HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO
FALE COM A GENTE
Telefones:Central/Fax: 3455.4500
Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530
Rádio - Coordenação: 3455.4535Noi - 3455.4513 ou 9923.1411
Atendimento ao assinante: 3055.3073 ou 9971.6364
E-mails:[email protected]
[email protected]@radiorainha.fm.br
Sites:www.jornalsemanario.com.br
www.radiorainha.fm.brwww.revistanoi.com.br
JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA
Registro Prof. DRT 3321
CirculaçãoQuartas-feiras e sábados
Somos filiados à ADJORI / RSEste jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve
originais que não foram publicados.
EXPEDIENTE
Siga-nos no Twitter:@jsemanario
Curta a fan page:fb.com/jornalsemanario
Leia também no nosso site:www.jornalsemanario.com.br
Semanário na Internet
REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários
Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595
e-mail: [email protected]
Um país tomado por piadistas!Sim, e não é necessário pensar, analisar ou pesquisar muito
para se chegar a essa conclusão. O Brasil está se tornando um país tomado pelo maior número de piadistas do planeta. O pior é que esses piadistas de plantão estão fazendo piadas com coisas sérias e, recrudescendo esse “pior”, percebe-se que há uma boa parte da população acreditando nessas pia-das e tomando-as como verdades axiomáticas. Não satisfeita, essa “boa parte” chega ao cúmulo de, sem qualquer pesqui-sa ou busca de confirmação, falarem dessas notórias piadas (para quem tem algum resquício de cultura e conhecimentos, claro), repassando-as e dando “abalizadas” opiniões a respei-to sem se darem conta do ridículo a que estão se expondo. As mais recentes piadas estão estampadas na mídia de forma escancarada. As denúncias dos bandidos, ladrões e corruptos flagrados na Operação Lava Jato são interpretadas ao ‘gosto do freguês’, senão, vejamos. Se a denúncia é feita envolven-do petralhas, os simpatizantes da petralhada se insurgem e fazem o diabo a quatro para desqualificar tais denúncias e, obviamente, os envolvidos “negam peremptoriamente” chegando, inclusive, a dizer que “não sabiam de nada e não conhecem o ou os denunciantes”. Se a denúncia envolve de-motucanalhas, os simpatizantes da demotucanalhada tem fa-niquitos, surtam, debocham e os envolvidos agem exatamen-te como a petralhada. E todos eles, denunciantes, envolvidos e simpatizantes encontram quem os apoiem ou demonizem. É um País de piadistas, sem dúvidas. Há, também, os que che-
gam ao despautério de pronunciarem frases ridículas como “nunca antes se viu tanta corrupção”, “é a maior corrupção da história do Brasil” e coisas do gênero, colocando tamanho ou prazo nas roubalheiras que nos assolam desde que Cabral aqui aportou, mas que foi recrudescendo com a Proclama-ção da República. Sim, porque se não falarmos jocosamen-te, levarmos o assunto com a seriedade que ele merece, e o diálogo for com pessoas de mediana inteligência e cultura, mesmo relativa, ninguém fixará “volume” ou “desde quando” a corrupção, a ladroagem está inserida na sociedade, seja no meio de políticos, de partidos, de médicos, de advogados, da imprensa, de empresários, funcionários públicos ou priva-dos ou qualquer outro. Desde que inventaram o dinheiro, o valor dos bens e serviços, existe a corrupção e, com certeza absoluta, corruptos e corruptores, já que um gira em torno do outro movidos pelo mesmo interesse: levar vantagem fá-cil, indevida, imoral, indecente, desonesta. Todavia, o ser humano é “tão criativo” que inventou outros tipos de cor-rupção, tais como estacionar em vagas e idosos ou deficien-tes; furar filas; mentir sobre a idoneidade de terceiros, etc. Portanto, senhores piadistas político-partidários, deixem de ser ridículos defendendo os “seus próprios corruptos” ou “seus partidos de simpatia”. Já temos piadistas em número suficiente, com dois seus dois neurônios em conflito. Todos os 35 partidos têm corruptos e ladrões no seu seio. Não crie inimizades por eles.
FAZ PARTE DA SUA VIDA
Reféns do futuroNossa vida se dirige para o futuro, disso todos sabe-
mos e o melhor se conseguirmos manter essa direção, mas é importante lembrar que ainda não chegamos lá. E quando confundimos, perdemos o presente, o real. Po-demos dizer, sem receios, que a famigerada ansiedade é o grande algoz do homem moderno e do próprio vi-ver. Ela faz concessões o tempo todo, mas sua moeda de troca não tem valor algum. Apenas uma promessa de dividendos, que não dá garantia alguma, e na maioria das vezes não entrega.
A ansiedade é uma dama extremamente sedutora, suas estratégias são pautadas em nossos desejos, vonta-des, nossos medos, angústias. Quanto mais conhecemos alguém, mais seremos capazes de seduzir. Sendo este sentimento um produto nosso, por certo nos conhece bem e usa esse conhecimento para nos envolver em sua miríade de promessas. Na medida em que a sedução só mostra o que não é, vende o que não tem. Aquele que cede aos seus encantos está fadado à decepção, e porque não dizer à destruição. Isso feito com crueldade, requin-te, sutileza e lentamente.
A ânsia chega sorrateira, estuda o ambiente, estuda a personalidade. Chega a pedir licença, esbanja polidez, mas não se iludam. Logo estará ordenando, pressionan-do, tirando o seu sono, alterando seu humor, embara-
lhando seus pensamentos, roubando-lhe o real e breve-mente você se tornará refém do futuro. Não se deixe seduzir. Não sacrifique o presente em prol de incerte-zas. Esteja aonde a vida realmente acontece. O amanhã é uma bolha de sabão, só é possível colher o dia e tocar o que está a sua frente. Porque quando você cria o hábito de flertar com o provir, se desloca do agora e começa a viver uma fantasia. Sofre porque o ideal da mente, não condiz com o real da vida.
O futuro te faz bem ou mal? É seu carrasco ou seu sal-vador, seu mestre, seu senhor, lhe dá ou tira a vida? Se queres viajar no tempo, tenha consciência de que é ape-nas uma viagem fantástica. Use-a para se divertir, não para se martirizar, sofrer ou se machucar. O futuro vive de promessas e é o melhor que ele pode fazer, e se você acha que pode viver de juras, então precisa rever seus conceitos. O presente nem sempre é um mar de rosas, disso sabemos todos, mas é verdadeiro, é o que é. Não há vida no abismo, e quando você tenta dar o segundo passo sem ter dado o primeiro, ele te engole. Liberte-se do futuro e aprenda a lidar com o real de forma saudável.
Artigo
ODAIR COMIN Psicólogo clínico e escritor
PainelQuarta-feira, 13 de janeiro de 2016 3Opinião
Neste dia 15 de janeiro, sexta-feira, ocorre a solenidade de passagem de co-mando do 6º Batalhão de Comunicações do Coronel Alexander Eduardo Vicente Ferreira para o Tenente-Coronel Lúcio Mauro Villote Moreira Guerra, além da assunção dos comandos da 8ª Companhia de Comunicações, pelo capitão Leandro Silva Nery e da 15ª Companhia de Comu-nicações Mecanizada pelo capitão Bruno
Fernandes de Magalhães. O evento inicia às 10h30min, no 6º Batalhão de Comuni-cações, com a inauguração do retrato no Clube dos Subtenentes e Sargentos. Às 11h ocorre a solenidade de passagem e assun-ção de comando no pátio de formatura e às 11h30min o coquetel no refeitório de oficiais, sargentos, cabos e soldados. O batalhão fica na avenida São Roque, sem número, bairro São Roque.
Até amanhã, estão abertas as inscrições para a primeira edição de 2016 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições são feitas exclusiva-mente pela internet, no site do Sisu. Nesta edição, o progra-ma vai oferecer 228 mil vagas em 131 instituições públicas de educação superior. Pode se inscrever o estudante que participou da edição de 2015 do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) e obteve nota acima de zero na prova de Re-dação. É necessário informar o número de inscrição e a senha usados no Enem de 2015. O resultado da chamada regular será divulgado no dia 18 de janeiro. Os selecionados deve-rão fazer a matrícula na insti-tuição nos dias 22, 25 e 26 de janeiro. Assim como na edição anterior, só haverá uma cha-mada regular.
O Sindmóveis lançou na segunda-feira, 11, o portal So-mos Móveis, um resgate em imagens das 20 edições da Movelsul Brasil, a maior feira de móveis e complementos da América Latina. A história do evento é retratada em formato de linha do tempo a partir dos
arquivos da entidade, que se transformam em uma rede so-cial colaborativa e informativa. O site é interativo e conta com as contribuições do usuário.
O projeto Somos Móveis é um convite à reflexão sobre a importância que a indústria moveleira tem para o municí-
Os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram reajustados em 11,28%, de acordo com portaria dos ministérios do Trabalho e Previdência Social e da Fazenda, publicada na edição de segunda-feira, 11, do Diá-rio Oficial da União. O reajuste, válido a partir deste mês, é para benefícios superiores ao sa-lário mínimo (R$ 880). O teto do benefício do INSS foi estabelecido em R$ 5.189,82. Em 2015, esse limite era R$ 4.663,75.
A portaria também define as alíquotas de contribuição de segurados empregados, em-pregados domésticos e trabalhadores avulsos. Se o salário for de até 1.556,94, a alíquota de recolhimento ao INSS é 8%. Acima desse va-lor até 2.594,92, a alíquota sobe para 9%. De 2.594,93 até 5.189,82, a contribuição é de 11%. A portaria também define regras para benefí-cios concedidos a pescador, seringueiros, auxí-lio-reclusão e salário família.
6ºBCom tem troca de comando nesta sexta
Inscrições ao Sisu encerram amanhã
Benefícios do INSS acima do mínimo são reajustados
Portal de memórias da Movelsul Brasil já está no ar
Escola pública localizada no Borgo. Na hora de apanhar as crianças, carrões estacionados. Vagas na escola não têm mais. Na escola pública os menos favorecidos não deveriam ter prioridade? E os mais aquinhoados não deveriam estar pagando os R$ 600 mensais de uma escola particular? Ou, quem pode mais chora menos?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]
A pergunta que não quer calar
Semáforo
PARE!
ATENÇÃO
SIGA!
A sensação de insegurança que tem preocupado os moradores da região.
As obras de recuperação da BR-470, entre os quilômetros 210 e 232,6, que devem durar dois meses. Os motoristas devem ficar atentos , pois o trânsito ficará em meia pista das 7h às 17h.
Mais uma edição do Bento em Vindima começa amanhã e pros-segue até 13 de março.
pio de Bento Gonçalves, onde a feira é realizada desde 1977. Além do site, a Movelsul Brasil percorrerá praças do municí-pio com um evento itinerante de janeiro a março. Além dis-so, a feira quer deixar um le-gado para a comunidade sob a perspectiva do design: a revita-lização do playground da praça Achyles Mincarone, no bairro São Bento, com inauguração no dia 23 de janeiro.
O público está convidado a compartilhar momentos com a #SomosMóveis. Para pos-tar uma imagem, basta fazer o upload no portal Somos Mó-veis. A 20ª edição da Movel-sul Brasil ocorre de 14 a 18 de março de 2016, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Para mais informações, acesse www.somosmoveis.com.br e www.movelsul.com.br.
Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco
A leitora Vivi Betiollo coloriu a paisagem com balões. Ela utilizou a frase de Mário Quintana para registrar o momento: “A maior dor do vento é não ser
colorido”.
Foto do Leitor
Quarta-feira, 13 de janeiro de 20164 Geral
O pêssego é uma das fru-tas mais presentes nas mesas dos brasileiros, ainda mais nesta época, pois o calen-dário de plantio da cultura coincide com as festas de fim de ano, ocasionando o cresci-mento da demanda da fruta. E apesar da queda de 30% na produção do pêssego, a safra de 2015 teve um saldo positi-vo, pois a qualidade da fruta compensou a perda do volu-me da mesma.
De acordo com o secretário de Agricultura de Pinto Ban-deira, Lóris Franseschini, a produção teve momentos difíceis por causa do excesso de chuvas, geadas e o calor na floração, no entanto quando a árvore tem poucos frutos eles são melhores. “Outro fator que ajudou a equiparar esta safra foi o fato de que não só aqui na nossa região o clima castigou as plantações, em outros estados como Santa Catarina, produtores também sofreram, logo o preço da fru-ta subiu”, explica.
A produção de pêssego pode
Excesso de chuvas e geadas causaram a redução do volume da fruta
Frutas maiores, com mais cor e sabor compensaram a produção
Qualidade da fruta compensa queda de 30% na produção
Pêssego
Paulo Vicente Caleffi
Crônica
Caiu lá do céu e devia ser coisa de bicho grande ou descarga do sanitário de um avião. Não locali-ze o irresponsável por aquela cagada branca que deixou o para brisa e o capô dianteiro pintados.
Foi bem assim: PLAFT e o pé no freio “GRIN-CHHHHHH”.
Foi trinta pila para lavar o carro no Kiko pois ficou uma vergonha.
Lembro de um caso semelhante que aconteceu quando estacionamos o carro na parte aberta do Aeroporto Salgado Filho.
Parecia especial de primeira e que estávamos com sorte: uma vaga bem juntinho de uma árvo-re, com a refrescante sombra da tarde.
Voltamos de São Paulo no voo do dia seguinte, bem cedinho, e não localizávamos o carro. Fo-mos pelas árvores e era ele mesmo: o carro todo cagado pelos pássaros que pernoitavam na árvo-re.
Ainda por cima, tivemos que pagar o estacio-namento.
Quando tomamos a BR 116 já com destino a Bento, um espertinho lascou da janela de um ônibus da CAXIENSE:
- “Aí pessoal! Participando de rally no barro de bosta?”
Tivemos que parar no posto do HOFF e fazer um lanche enquanto desgrudavam aquela fétida sujeira. Deu até para fazer dois lanches e meio no restaurante de tanto tempo que a lavagem de-morou.
Na hora de pagar pediram um adicional e dei-xaram o carro perfumado, na cor original.
Outro fato triste foi quando viajei com um em-presário do setor mobiliário e antes de embar-carmos no avião uma pomba, ou um avestruz vo-ante, lascou um PLAFT no impecável terno azul marinho deixando uma manga branca e o resto no fundo do bolso do paletó.
Viagem cancelada, mas com um consolo: CA-GADA DE PASSARINHO É SINAL DE DINHEI-RO À VISTA.
O empresário, de fato, ficou muito rico e eu fe-liz com isto.
No caso desta última ocorrência, por enquanto apenas o Kiko teve lucro com os trinta pilas da lavagem do carro.
PLAFTCaiani Martins
ser dividida em precoce, onde a colheita é feita até dezembro, e tardia, quando ocorre em ja-neiro/fevereiro. Segundo o se-cretário, a fruta precoce foi a que sofreu um prejuízo maior. “O fruto que chamamos de precoce tem sua maturação em outubro, época que ocorreram muitas chuvas, ocasionando um apodrecimento da mesma. No entanto a colheita tardia realizada em janeiro não so-freu com os fatores climáticos, compensando a colheita ante-rior, tanto em qualidade quan-
to em quantidade”, salienta.Segundo o produtor Ivan-
dro José Lerin não é só o fa-tor climático que interfere na boa safra, muitas plantações estão velhas, com a idade mé-dia entre 20 e 25 anos. “Elas já estão no seu limite, acar-retando mais estresse e mais doenças, resultando em uma diminuição da sua capacidade produtiva. Não adianta espe-rar que ela produza 30 quilos, se a planta está com pouco po-tencial, se o limite dela já foi extraído”, esclarece.
Resultado positivo não é consenso Como a região da Serra é
montanhosa, cheia de altos e baixos, existem vários micro-climas. Assim, o efeito da ge-ada varia muito de sítio para outro. Segundo o Engenhei-ro Agrônomo da Emater de Bento Gonçalves, Thompson Didoné, em Pinto Bandei-ra praticamente não houve muito problemas climáticos, até porque a produção de lá é muito maior do que a de Ben-to, sendo assim, mesmo que haja uma perda, ela não é tão significativa. “Porém em São Pedro é tradicional ter geadas e granizo, que interferiram em um momento onde as flores se transformavam em frutos, e isso determinou a perda de volume na produção”, explica.
O engenheiro afirma, ain-da, que há uma estimativa de 22 milhões de quilos para
Pinto Bandeira e de dois mi-lhões para Bento.
Contrariando estimativas
O produtor de Pinto Bandei-ra Roberto Rubbo sofreu com o clima e afirma que esta sa-fra não foi boa. “Tive perda de 50% na colheita das variedades tardias. Mesmo com um fruto melhor e o preço sendo mais elevado não há como compen-sar o fato de perder metade da produção”, lamenta.
Sobre a safra precoce, Rubbo explica que realmente o prejuí-zo foi menor do que a de janei-ro, porém, não foi o suficiente para recuperação. “Na cidade, quando perdemos o emprego, há o seguro-desemprego, aqui no campo, não. Quando per-demos uma safra, perdemos
tudo”, salienta. Além dos fatores climáti-
cos que variam de uma região para outra, o produtor afirma que a fruta que sobrou no pé, por ser pouca e de qualidade elevada, atrai mais pragas e insetos. “A mosca é a maior vilã dos produtores de pêsse-go, quando há pouca floração e frutos ela acaba buscando o melhor fruto para atacar. Além disso, os melhores insu-mos para controle das pragas foram proibidos”, conta.
Rubbo, além de produzir, tem uma câmara fria e recebe as colheitas de outros produ-tores da região. “Não foi só para mim que a safra foi ruim, conheço produtores que não colheram nada em 2015 e ga-ranto que em fevereiro não haverá mais frutas nos merca-dos”, sentencia.
CAIA
NI M
ARTIN
S
GeralQuarta-feira, 13 de janeiro de 2016 5
A produção do pêssego varia de um produtor para outro e nem todos sofreram grandes perdas com as oscilações do clima. Aqueles que não pude-ram contar com a sorte de ter o pomar bem localizado, onde a chuva e a geada não atinjam de maneira tão brusca, procura-ram outra saída para garantir boas safras.
É o caso do produtor de São Pedro, Ivandro José Lerin, que realizou um planejamento de cinco anos na sua plantação para renovar os pomares. “O caso do pêssego não é como a uva, onde o clima difere bas-tante na qualidade, então nem sempre você perdendo em ge-mas (flores) perde na qualida-de da fruta. Eu não reduzi esses 30% da produção porque eu fiz um planejamento na minha plantação então, consequen-temente, ano após ano a pro-dução tende a aumentar, pela renovação, pois se eu estivesse trabalhando com pomares ain-da do ano passado, a perda do volume de frutas ia ser consi-derável”, explica.
Outro fator que contribuiu para a excelente safra de Le-
“Planejamento e troca de mudas ajudaram nesta safra”
O produtor de São Pedro, Ivandro José Lerin, comemora a boa produção e colheita nesta safra
CAIA
NI M
ARTIN
S
rin foi a grande disposição de cultivares de pêssego, pois ao mesmo tempo em que o cli-ma interfere na produção de um tipo de fruta acaba com-pensando na outra. “Por isso
tivemos uma boa safra, antiga-mente se produzia só duas ou três, agora temos mais de vinte variações”, conta.
Sobre os fatores climáticos que afetam as plantações, Le-
rin afirma que uma solução seria a cobertura com telas antigranizo, mesmo oneran-do mais a produção. “A minha plantação não é coberta, mas penso em cobrir aos poucos,
pois o financiamento e a bu-rocracia para acessar crédito é grande”, declara.
Com esta solução o produtor acaba reduzindo o uso de pro-dutos e insumos para o con-trole de praga e insetos, assim como alguns fatores climáti-cos não afetariam a produção. “Uma das maiores causas que resultam em doenças nos pês-segos é o vento, sendo assim, a cobertura barraria ele”, afirma.
O produtor salienta, ainda, que diminuiu consideravel-mente o período da colheita, não precisando contratar sa-fristas. “Iniciamos a colheita em 5 de outubro, então, em 100 dias colhemos pratica-mente tudo. Foram cerca de 800 quilos por dia, por causa da grande variedade de frutas, colhidas”, enumera.
Lerin exalta que a sua pro-dução deverá ser recorde ul-trapassando a marca de 80 toneladas. “Esta safra foi muito superior do que a do ano passado, pelo fato de ter planejado a renovação dos pomares e cultivares novas e espero que nas próximas con-tinue assim”, comemora.
Quarta-feira, 13 de janeiro de 20166 Geral
Diretoria do MTG
Presidente: Nairo Calle-garo, 1ªRT;
Vice-presidente de Ad-ministração e Finanças: Nilton Otton, 1ªRT;
Vice-presidente de Cul-tura: Elenir de Fátima Diel Winck, 9ªRT;
Vice-presidente Artis-tico: José Roberto Fisch-born, 22ªRT;
Vice-presidente Campei-ro: José Alvoni Araújo Sil-va, 27ªRT;
Vice-presidente de Es-portes Campeiros: Martim Guterres Damasco, 12ªRT;
Os caminhos para o tradicionalismoDebate
Congresso em Bento Gonçalves traça o plano de trabalho a ser seguido por todos os CTGs do estado ao longo de 2016
Juliana [email protected]
A 64ª edição do Congresso Tradicionalista Gaúcho, que aconteceu de 8 a 10 de janeiro, no CTG Laço Velho, em Bento Gonçalves, foi considerada um sucesso pelos organizadores do evento. A novidade é que o município pode passar a se-diar o congresso anualmente, incluindo-o em seu Calendá-rio de Eventos Oficial. Segun-do o presidente da Comissão Executiva, Adiles de Freitas, nenhum outro município apre-sentou interesse, mas a defi-nição deve sair até maio. “A probabilidade de ser em Bento Gonçalves é grande e não há nenhum entrave que impeça a realização do evento novamen-te aqui”, diz.
Nos três dias, cerca de três mil pessoas participaram das ações para definir o plano de trabalho ao longo deste ano em todos os CTGs do estado. Além de palco de proposição e votação de propostas para o tradicionalismo ao longo de 2016, o encontro teve como ponto alto a eleição e posse da nova diretoria. No total, vota-ram 473 tradicionalistas, sen-do 440 ‘sim’, cinco nulos, três em branco e 25 votos ‘não’ para a chapa única, presidida por Nairo Callegaro, em sucessão a Manoelito Savaris, que foi pre-sidente do Movimento Tradi-cionalista Gaúcho (MTG) nos
CARO
LINE PA
ND
OLFO
anos de 2014 e 2015. A solenidade de posse acon-
teceu na manhã de domingo, 10, quando assumiram tam-bém os novos coordenadores regionais, conselheiros e a jun-ta fiscal do MTG. Em seu pro-nunciamento, Nairo Callega-ro reforçou seu compromisso com a tradição e os propósitos do MTG. Já Manoelito Savaris enfatizou seu sentimento de gratidão aos tradicionalistas e em especial à família. A atual diretoria permanece no cargo pelo período de um ano e as próximas eleições acontecerão no 65º Congresso Tradiciona-lista Gaúcho.
Durante o evento também foi definido o tema dos festejos Farroupilha 2016 “República das Carretas”, em homenagem aos 180 anos da Proclamação da República Riograndense, e apresentado o projeto do livro dos 50 anos do MTG, além do programa de festejos para o cinquentenário a ser realizado em Porto Alegre.
O congresso foi realizado em conjunto com a Prefeitura de Bento Gonçalves e 11ª Região Tradicionalista.
Histórico
Nairo Callegaro, 49 anos, é Engenheiro Civil. Aos 18 anos foi fundador e primeiro patrão do CTG Chimangos, na capital. Aos 20 anos foi convidado para ser secretário geral do MTG,
na gestão do presidente Do-mingos Albea. Foi vice-coor-denador da 1ªRT por quatro gestões, coordenador em 2011 e 2012, período da aquisição da sede da RT, tesoureiro da AATF em 2007 e 2008, presi-dente em 2009 e 2010.
Entre os planos de Callegaro na sua gestão está dar conti-nuidade a um projeto de uma equipe. “A colocação de meu nome à disposição do movi-mento, foi uma decisão toma-
da em diretoria com o aval e apoio do atual presidente, bem como de inúmeros conselhei-ros e coordenadores. Temos o compromisso de dar continui-dade a esta proposta, a este trabalho, mas com avanços que o momento requer”, explica.
Para ele, todo o planejamen-to passa pela compreensão de tradicionalistas, coordenado-res, conselheiros e sociedade. “Acredito que estamos pas-sando um período de grandes
desafios, ajustes, enfrenta-mentos, o meio social sugere e impõe questões a serem discu-tidas. O MTG deve continuar modernizando sua administra-ção, implementando ações que facilitem esta relação de enten-dimento com a sociedade com clareza e eficácia, passando pela construção de um grande diálogo, mas nunca abando-nando nossos princípios, nossa ideologia e filosofia”, concluiu o novo presidente do MTG.
Evento contou com a participação de aproximadamente três mil pessoas durante o final de semana
Na ocasião foi empossada a nova diretoria que permanece no cargo por um ano, além dos coordenadores regionais e conselheiros
CRISTIAN
E MO
RO, DIVU
LGA
ÇÃO
7GeralQuarta-feira, 13 de janeiro de 2016
destacado em Libras. O Hand Talk, desenvolvido em 2013 por três jovens empreende-dores alagoanos, foi premiado
pela Organização das Nações Unidas (ONU) no mesmo ano e pode ser melhor conhecido por meio do site da ferramen-
ta. Segundo o mesmo, “cerca de 70% dos surdos têm difi-culdade em ler e escrever a língua escrita de seu país, pois a experiência de comunicação dessas pessoas é extremamen-te visual, dessa forma a maio-ria das pessoas surdas depen-de exclusivamente da língua de sinais para se comunicar e obter acesso a informação”. A Câmara Municipal de Bento Gonçalves é um dos primei-ros órgãos públicos gaúchos a adotar a solução em seu site, somando-se ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), que tomou a mesma medida na úl-tima sexta-feira, 8.
Além de auxiliar na inclusão social de deficientes auditivos da comunidade bento-gonçal-
vense, o uso do Hand Talk permite à Câmara cumprir de forma ainda mais eficaz a Lei Federal nº 10.436/2002 e o Decreto Legislativo nº 186/2008, os quais deter-minam que órgãos públicos e empresas privadas devem oferecer versões acessíveis em Libras de seu conteúdo.
Como a versão do Hand Talk adotada pelo portal do Legislativo municipal é a gra-tuita, o número máximo de traduções mensais feitas pela aplicação é limitado. Por isso, é importante que o visitan-te utilize o recurso somente quando necessário, já que, uma vez atingida a cota indi-vidual de palavras traduzidas no mês, a ferramenta é blo-queada até o mês seguinte.
O site da Câmara Municipal de Bento Gonçalves disponi-biliza a seus visitantes, desde segunda-feira 11, mais uma ferramenta de acessibilidade online. A solução, chamada de Hand Talk, permite a tradu-ção automática de qualquer texto disponível no portal do português para a Língua Bra-sileira de Sinais (Libras).
Para acessar a aplicação, o usuário deve clicar no ícone azul com o desenho de duas mãos que aparece na late-ral direita da página. Feito isso, uma pequena janela se abrirá após alguns instan-tes, trazendo o personagem Hugo. Basta apenas um cli-que em qualquer texto da página para que Hugo co-meça a interpretar o trecho
-administrativo da instituição, Lídio Bassani. O pagamento de médicos que têm contrato de prestação de serviço com CNPJ, que tinha prazo até o dia 10, tem previsão de ser de-positado até hoje. Ao todos são 332 trabalhadores com vínculo empregatício pela CLT, que re-cebem até o quinto dia útil do mês, e outros 390 com contra-tos de prestação de serviço.
Com o fracionamento dos pagamentos a greve deve con-tinuar. De acordo com dos Santos, na última semana o acordo entre as partes seria de pagamento integral de todos os profissionais até o dia 7 de janeiro. O sindicalista afirma que a verba não foi deposita-da e, ao solicitar explicações tanto à prefeitura quanto a Fundação Araucária sobre o
descumprimento do contrato previamente estipulado, não recebeu justificativa. A ins-tauração de ação na Justiça contra a Prefeitura e a Funda-ção, caso o pagamento de de-zembro não ocorra, não está descartada por dos Santos.
A greve se mantém e o mu-nícipe é quem sofre. De acor-do com dados do coordenador da secretaria de Saúde, Marco
Antônio Ebert, a paralisação provoca uma diminuição de 40% dos horários disponíveis para consultas na rede de saú-de, estando garantidos apenas os atendimentos de urgência e emergência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O coordenador ressalta que uma das soluções que a prefeitura está buscando é o financiamen-to junto à instituições financei-ras para honrar o compromis-so, e que em similaridade ao sindicato, o Governo Munici-pal não descarta a busca da via judicial para obter os repasses devidos pelo Estado.
Segundo informações da Fundação Araucária, foram gastos mais de R$ 800 mil para quitar metade do salá-rio dos funcionários do regi-me CLT nesta segunda, dos quais R$ 617 mil vieram da prefeitura. O contrato entre a prefeitura e a fundação está estimado em cerca de R$ 2,2 milhões por mês. De acordo com o Bassani, a expectativa é que a situação tenha desfe-cho ainda esta semana, res-saltando que o montante só não foi repassado em virtude de burocracias bancárias.
O clima de incertezas perdu-ra no setor de Saúde Pública municipal. Após mais de duas semanas de tratativas entre a Prefeitura, Fundação Araucá-ria e Sindicato dos Médicos sem resultado, a categoria ainda se mantém em greve, visto que as exigências não foram atendidas. Os profissio-nais reivindicam o pagamento integral do salário referente ao mês de dezembro, além da elaboração de um documento legal que garanta o pagamento dos próximos salários dentro do prazo limite e dê diretrizes sobre como compensar o tem-po em que a greve perdurou. Na tentativa de minimizar as consequências da ação, na segunda-feira, 11, a Funda-ção garantiu o pagamento de 50% dos salários em atraso de profissionais celetistas (CLT), contudo, de acordo com o pre-sidente do sindicato, Marlonei Silveira dos Santos, o repas-se da parcela não é suficiente para findar o protesto.
A informação do repasse aos profissionais parte do diretor-
Governo Municipal, Fundação Araucária e Sindicato dos Médicos não chegam a consenso em tratativas sobre pagamentos
Portal do Legislativo disponibiliza tradutor para Libras
Terceirizados aderiram ao protesto em dezembro após reincidência de atraso nos salários da categoria
Ferramenta Hand Talk permite tradução automática de qualquer texto
Paralisação completa duas semanas
Acessibilidade
Greve dos médicos
Cristiano [email protected]
FOTO
S CRISTIAN
O M
IGO
N
Quarta-feira, 13 de janeiro de 20168 Geral
Com o início de um novo ano, as estratégias para dimi-nuir estoques remanescentes adotadas pelos comerciantes são diversas. Este ano, além dos tradicionais horários di-ferenciados, atendimento per-sonalizado, variedade e quali-dade nos produtos oferecidos, os lojistas também apostaram em grandes liquidações que chegam a até 70% de descon-to. Com as dificuldades fi-nanceiras e incertezas sobre a economia em 2016, os consu-midores estão mais exigentes e escolhendo melhor antes de comprar, e sabendo das costu-meiras promoções de janeiro,
muitos optaram por esperar o final de ano passar para reali-zar as aquisições.
De acordo com Amadio, as promoções já se tornaram roti-na na cidade no período, visto que as lojas precisam ampliar seu capital de giro e renovar seus estoques. Com descontos que chegam a diminuir em dois terços o valor total do produto, a hora não poderia ser melhor para o consumidor aproveitar as promoções. E a prática tem dado resultado, ao menos para Magali Cesca, gerente de uma loja de utilidades localizada no centro da cidade. Segundo ela, a saída de produtos no fi-
nal do ano não atingiu a meta esperada, entretanto, após o início da promoção de queima de estoque, que dá até 50% de desconto, as contas voltaram a ficar no azul. “Tínhamos pro-moções em dezembro, porém este mês o movimento de pes-soas dobrou”, afirma.
O cenário também é entu-siasmante para clientela. Mes-mo quem não tinha planos de comprar em janeiro, como a dona de casa Marcia Signiga-li, acaba parando e analisando as ofertas. “Os descontos estão realmente significativos, tenho que pensar duas vezes antes de entrar nas lojas”, diz.
Momento oportuno para compra
Descontos de janeiro chegam a 70% nas lojas da área central da cidade
Comércio mantém equilíbrio nas vendas
Escândalos políticos, eco-nomia em recessão, protestos, crise de confiança, o ano de 2015 não facilitou a vida de quem depende do comércio para seu sustento. Com mer-cado em baixa e o consumidor comprando menos, a grande aposta dos empresários na ten-tativa de não fechar o ano no vermelho eram os feriados de final de ano. Promoções, liqui-dações e formas facilitadas de pagamento pintaram as vitri-nes dos estabelecimentos cen-trais da cidade, visando atrair o consumidor. Entretanto, mesmo com todos incentivos apresentados pelos comerciá-rios, a prática não surtiu o efei-to esperado e a grande parte do mercado municipal terminou o ano com equilíbrio nas contas.
De acordo com o indicador Serasa Experian, de 18 a 24 de dezembro, as vendas caí-ram 6,4% em todo o país em comparação ao mesmo perío-do de 2014. No mesmo perío-do, a compra à prazo nas lojas também apresentaram queda de 15,8%, segundo dados da Confederação Nacional de Di-rigentes Lojistas (CNDL). No cenário estadual a situação é similar. De acordo com o le-vantamento realizado pela Fe-deração das Câmaras de Diri-gentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) houve que-
da de 9,5% nas vendas de Natal em 2015, na comparação com o ano passado.
Entretanto, em Bento Gon-çalves a situação diverge um pouco ao cenário. Apresentan-do estabilidade e conclusão de metas previstas, o comércio da cidade manteve equilíbrio nas vendas de final de ano. A infor-mação parte do presidente do Sindicato do Comércio Varejis-ta de Bento Gonçalves, Daniel Amadio, que revela que embo-
ra ainda não existam números oficiais, o resultado alcançado foi satisfatório. “Os números praticamente se igualaram com os de 2014, fazendo assim com que diversos lojistas alcanças-sem suas metas particulares”, afirma.
De acordo com o presidente, o principal entrave nas vendas de final de ano foi a inflação alta durante período reces-sivo. “A soma desses fatores obriga o comerciante a buscar
alternativas para manter suas vendas. Buscar recursos mais baratos e negociar com os fa-bricantes, tornando esse um parceiro e não simplesmente um fornecedor, pois também a indústria passa por dificul-dades e essa é a hora de unir esforços”, ressalta.
Para Marcos Carbone, presi-dente da Câmara de Dirigentes Lojistas, houve crescimento nas vendas em comparação ao último ano. “Em relação
ao mesmo período de 2014 foi registrado 6% de aumento nas vendas. No entanto, foi possí-vel verificar que alguns lojistas superaram a marca de 10% de crescimento de vendas” revela.
Um ano de adversidades
Embora as vendas de final de ano no comércio tenham mantido estabilidade em com-paração à 2014, a perspectiva de Amadio para o decorrer do ano é pessimista. Isto porque a previsão do Governo Central quanto à alta de juros, con-trole da inflação e projeções de queda para o setor afetam diretamente os resultados do mercado. “Nos próximos seis meses a tendência das ven-das é de queda, o que obriga-rá o comerciante, como já está acontecendo, a liquidar o esto-que remanescente para reposi-ção, sempre com uma compra muito criteriosa e sem abusos” acredita.
A alternativa proposta pelo líder da CDL para superar as adversidades em 2016 é a pre-paração. “É preciso conhecer o mercado em que atuam para terem mais segurança na hora de planejar o futuro de for-ma realista, sem esquecer da qualidade de atendimento. O gestor precisará estar cada vez mais atento às tendências, fo-cando seus investimentos em inovação, promoções e qualifi-cação”, ressalta Carbone.
Saída de mercadorias em dezembro atinge metas estipuladas por empresários e se equipara ao registrado em 2014
Cidade diverge ao cenário nacional, onde estabelecimentos registraram quedas de até 15% no comparativo
Economia
Cristiano [email protected]
CRISTIAN
O M
IGO
N
Como comprar sem ficar no vermelho
Eu preciso disso? Essa deve ser a primeira coisa a se per-guntar antes de comprar algo. O fato de estar em desconto não significa que o gasto agregue valor. Isso acontece muito com pessoasque compram uma roupa, por exemplo, e se arrepen-dem depois.
Não vai fazer falta? Outra questão importante a se pensar antes da compra é se o dinheiro não irá fazer falta no futuro. O início do ano é o período onde mais se acumulam contas, com o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Im-posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com-pra de material escolar, entre outros. Vale lembrar que uma deci-são errada pode comprometer o orçamento de três a seis meses.
Comparar: Procure comparar os preços para ver se não en-contra o mesmo item por um valor mais baixo. O consumidor também pode pedir um desconto maior por uma mercadoria, caso ele ache necessário.
Pague em dinheiro: Procure não utilizar o cartão de crédi-to ou cheque especial para pagar compras de itens em promo-ção, pois junto com os juros cobrados após a aquisição, o valor pode chegar a ser o mesmo do produto sem redução do preço.
Cuidado com os cartões fidelidade: Muitas lojas ofere-cem cartões fidelidade, algo que para o educador pode ser po-sitivo, pois oferecem bônus e mais descontos. Porém, o limite de crédito destes costuma ser muito superior ao que a pessoa recebe de salário, o que pode ser prejudicial na hora de hon-rar as parcelas.
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016 9Geral
Em similaridade ao comér-cio central da cidade, a rede mercadista também apresen-tou estabilidade nas vendas de final de ano. De acordo com o presidente da Asso-ciação Gaúcha de Supermer-cados (Agas), Antônio Cesar Longo, a explicação para a paridade está na baixa influ-ência das nuances financeiras da economia nacional nos su-permercados. “Em momentos de crise registramos menos quedas que outros setores, como os da indústria, assim como em períodos de grande euforia econômica não apre-sentamos crescimentos tão significativos”, destaca.
O presidente faz menção ao tímido, mas, significante au-mento de 1% nas vendas du-rante o período, ressaltando a expressividade de resultados positivos em momentos de estagnação econômica. Para 2016, Longo estima um ano de adversidade, em virtude do crescimento da atenção e exi-gência dos consumidores na compra de produtos. “O varejo precisa ser ágil e criativo, vis-to que as crises sempre trazem oportunidades. É isto que bus-
caremos”, frisa.Conforme Longo, uma mi-
gração recorde de gaúchos para a região litorânea tam-bém alavancou as vendas de
itens como cadeiras de praia, que tiveram incremento de 15% nas vendas, e de isopores e caixas térmicas, com cres-cimento de 12%. “Foi o Ano-
-Novo das festas de rua, quan-do as pessoas abriram mão de viajar para fora do Estado, de frequentar festividades mais caras, e priorizaram família e
amigos”, resume. A baixa procura por filtra-
dos, em preferência a espu-mantes de maior qualidade, são um exemplo desta busca por uma festa mais qualifi-cada. “As famílias e amigos reuniram-se em maior nú-mero cotizando as compras. Enquanto em outros anos a tendência foi de compras em volume, neste ano percebemos que cada consumidor compra-va parte da ceia”, explica o di-rigente. Segundo Longo, 95% dos espumantes vendidos pe-los supermercados do Estado em dezembro foram produzi-dos na Serra Gaúcha.
Outra novidade apontada pelo levantamento em 2015 pelo supermercadista foi que, pela primeira vez, a lentilha su-perou o espumante como o pro-duto considerado indispensá-vel pelos consumidores em sua ceia de Réveillon. “Percebemos uma preocupação da clientela com a qualidade da ceia, en-quanto em anos anteriores a quantidade era indispensável. Entretanto, o consumidor não abriu mão de pesquisar pre-ços e eventualmente migrar de marcas”, pontua Longo.
“O varejo precisa ser ágil e criativo em momentos de crise”
Presidente da Agas, Antônio Longo, estima crescimento de 1% nas vendas referente ao final do ano
CRISTIAN
O M
IGO
N, A
RQU
IVO
Quarta-feira, 13 de janeiro de 201610 Geral
Ministério lança edital de reposição de profissionais
A nova sede terá quatro pavimentos, incluindo área administrativa, salas e espaços extras para demais entidades interessadas em fazer parte Centro
Começam obras do Centro de Eventos
Mais Médicos
Entidades
Espaço deve levar três anos para ser concluído e abrigará CIC/BG, Sindmóveis e Movergs no bairro Fenavinho
Cristiane Grohe [email protected]
DIVU
LGA
ÇÃO
A construção da sede do Cen-tro de Eventos e Serviços, que irá abrigar o Centro da Indús-tria e Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e a Associação das Indústrias de Móveis do Es-tado do Rio Grande do Sul (Mo-vergs), já estão em andamento. Em dezembro iniciou a fase de escavação do terreno. Dentro de um prazo de 36 meses as en-tidades estarão na sede própria, localizada no prolongamento da rua Domingos Rubechini, no bairro Fenavinho.
O Centro de Eventos e Ser-viços abrigará a sede das três entidades em um espaço de 5,2 mil metros quadrados de área construída e custo previsto de R$ 10,645 milhões. O edital da carta-convite 001/2015 foi lançado em setembro com a escolha da Construtora Polet-to, por meio da modalidade de Empreitada por Preço Global, incluindo o fornecimento dos materiais, da mão de obra e dos equipamentos.
A nova sede contará com quatro pavimentos, incluindo área administrativa, salas e es-paços extras para demais enti-dades interessadas em compor o centro empresarial, garagem coberta e elevadores, auditório para 700 pessoas, com a possi-bilidade de modulação. O aces-so ao Centro de Eventos será independente com a possibili-dade de integração ao parque.
Para o presidente do CIC/BG, Laudir Miguel Piccoli,
ter uma sede própria significa para a entidade a realização de um sonho centenário. “Ela será muito mais do que uma sede, onde poderemos não somente colocar em prática nossa ro-tina de produtos e serviços à disposição dos associados, mas também servir como um cen-tro de eventos capaz de reunir a classe empresarial que repre-senta todos os setores produti-vos da nossa cidade”, destaca. Para Piccoli, o perfil da cidade, reconhecida como um polo de desenvolvimento, carecia de um centro como este.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sind-móveis), Henrique Tecchio, diz que a grandeza econômica de Bento Gonçalves terá uma nova casa, onde lá estará tam-bém representado o principal polo moveleiro do país. “Em 2008, assim que entrei pela primeira vez no CIC/BG para ser diretor da área internacio-nal da entidade, fique sabendo da vontade semeada há alguns anos para a construção de uma nova sede, que poderia abrigar um centro empresarial. Em
2014, quando assumi o Sind-móveis, a primeira decisão foi a de utilizar a participação que a entidade possuía em um ter-reno. Agradeço ao conselho su-perior do CIC/BG, Sindmóveis e Movergs por toda compreen-são, por ter acreditado e, prin-cipalmente, por ter avalizado o projeto dessa construção”.
Para o presidente da Mo-vergs, Volnei Benini, a constru-ção é sem dúvida a realização e consolidação de um anseio do setor e de um dos principais e mais representativos polos industriais moveleiros do país.
“É importante lembrar que a nova sede vem ao encontro das necessidades da Movergs cujo trabalho ao longo de 28 anos de história tão bem representa a indústria gaúcha e do país”, comenta. Segundo Benini, a parceria entre as três entida-des, reforça a capacidade e a força de união da liderança em-presarial de Bento Gonçalves. “Representa também o com-promisso com a renovação, no sentido de buscar diferenciais aos serviços oferecidos aos as-sociados e, em decorrência, ao setor moveleiro do Estado”.
Os médicos brasileiros in-teressados em participar do Programa Mais Médicos têm uma nova oportunidade. O Ministério da Saúde publi-cou na segunda-feira, 11, edi-tal para reposição das vagas desocupadas desde o último processo de seleção, além dos postos que serão abertos pe-
los profissionais que poderão deixar o Programa após con-cluir o prazo de um ano de participação. Os médicos po-dem se inscrever na seleção até o próximo dia 15.
“O edital de reposição tem uma especificidade compa-rado aos demais, pois está sendo concluído o tempo de
atuação de vários médicos que optaram pela modali-dade da bonificação de 10% no ano passado. Como esses médicos tinham a intenção de passar um ano no Progra-ma, e agora é o período de eles apresentarem essa boni-ficação nos concursos de re-sidência médica, essas vagas
devem ficar ociosas e serão abertas para reposição. De-veremos ter uma quantidade maior de vagas neste edital do que nos três anteriores”, explica o secretário de Ges-tão do Trabalho e Educação em Saúde, Hêider Pinto.
As informações, o formulá-rio de adesão e o edital com
os critérios de participação podem ser acessados pelo en-dereço: maismedicos.gov.br/. Caso todas as vagas não sejam preenchidas nas duas chama-das para os médicos com CRM Brasil, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos pro-fissionais estrangeiros.
Geral
Casa do Artesão será nobairro Cidade Alta
Encontro reúne contadores amanhã
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016 11
Feito à mão Sala do Empreendedor
Desvio de dinheiro
Multas da Biblioteca sob investigaçãoMinistério Público recebeu denúncia e instaurou inquérito, porém, Prefeitura aponta para ação caluniosa em ano eleitoral
Leonardo [email protected]
Uma denúncia ao Ministério Público (MP), sobre desvio do dinheiro público na Biblioteca Pública Castro Alves, repercutiu nas redes sociais na semana que passou. A cópia do e-mail remeti-do ao promotor Alécio Nogueira foi disponibilizada por um perfil falso. Representantes da Prefei-tura afirmam se tratar de uma ação de má fé e caluniosa. É res-saltado que tal denúncia é antiga e, desde outubro do ano passado, há uma sindicância investigativa sobre o caso. Como o Ministério Público trabalha com denúncias anônimas, o promotor abriu um inquérito civil sobre o caso.
De acordo com a denúncia, duas funcionárias públicas esta-riam utilizando, para uso parti-cular, o dinheiro pago nas mul-tas por atraso na devolução de livros. O secretário municipal de Cultura, Jovino Nolasco, recha-ça esta possibilidade e cita que a movimentação de dinheiro no órgão é irrisório. “Não existe desvio de dinheiro. A Biblioteca, tradicionalmente, aplica esta multa simbólica de R$ 0,50 por dia. Se (a pessoa em atraso) não tiver o dinheiro (para pagar), tem a opção de doar um livro
CRISTIAN
O M
IGO
N, A
RQU
IVO
Acusação contra duas funcionárias públicas repercutiu nas redes sociais durante a semana que passou
(pelo abono). Não é o objetivo arrecadar dinheiro”, aponta.
O secretário relata que, após o pagamento, é feito um recibo por funcionários da Biblioteca e o dinheiro das multas é deposi-tado em uma conta da Funda-ção Casa das Artes, da qual faz parte. A Secretaria de Finanças participa do processo com a contabilização do recurso.
Nolasco reforça que o perfil denunciante no Facebook é fal-so e que não existe uma funcio-
nária da Prefeitura com o nome referido. Inclusive, ressalta que o perfil foi deletado dias depois. “Não existe nenhuma finalidade de arrecadação financeira por parte da Biblioteca Municipal. A pessoa que fez isso foi por mal-dade, por questões partidárias ou problemas particulares com as pessoas que lá estão”, opina.
Uma das funcionárias referi-das buscou a Polícia Civil na tar-de de sexta-feira, 8 de janeiro, e registrou uma ocorrência por
calúnia. Procurada pelo Sema-nário, ela afirmou que não tem nada a declarar no momento e só irá se pronunciar sobre o caso após consultar um advogado.
O promotor Alécio Nogueira confirmou o recebimento do e--mail e afirma que abriu um in-quérito civil sobre o caso. Sobre o perfil falso na rede social e as acusações de calúnia, o repre-sentante do MP afirma que estas questões não são de sua compe-tência. “Eu não posso partir des-
te pressuposto. Eu preciso abrir uma investigação. Nossa orienta-ção é esta, pois trabalhamos com denúncias anônima. E há ele-mentos concretos, como pessoas, cargos, um relato consistente, por isso precisa ser investigada. Neste momento, não posso afir-mar nada”, resume o promotor.
Sindicância apura questão desde outubro
Por se tratar de um perfil fal-so em uma rede social, os repre-sentantes da Prefeitura tratam esta denúncia como uma ação negativa típica de ano eleitoral. Porém, este suposto desvio de dinheiro na Biblioteca Pública Castro Alves não é uma novida-de. Desde 20 de outubro do ano passado há uma sindicância in-terna que apura a questão.
Conforme o secretário de Ad-ministração, Ivan Toniazzi, a portaria 72.622 instaurou uma comissão para averiguação pre-sidida por Giovanna Polleto Dall’agnol (que está atualmente de férias). Algumas testemunhas já foram ouvidas pelo controle interno. A expectativa é que o processo adquira um ritmo mais acelerado a partir deste mês e os primeiros resultados sejam apre-sentados em fevereiro.
Os artesãos do município contarão com um espaço mais qualificado para comercia-lização de seus produtos. A prefeitura está trabalhando na construção da Casa do Ar-tesão, localizada entre as ruas Silva Paes e Duque de Caxias, na Cidade Alta. A conclusão está prevista para o primeiro semestre deste ano.
O secretário municipal de Turismo, Gilberto Durante, ex-plica que essa é uma demanda antiga dos artesãos. “Um local como esse valoriza o produto comercializado no município. Ao turista, possibilita encontrar grande variedade de artigos em um único ponto”, justifica.
Durante acrescenta que a Casa do Artesão deverá estar aberta para todas as associa-ções de artesãos do município e poderá, também, sediar expo-sições. “Futuramente, a ideia é transformar o local em espaço onde é possível comprar, mas também admirar, conhecer a história da região por meio do segmento”, complementa.
A Casa do Artesão terá dois pavimentos e totaliza 307 metros quadrados. A empresa licitada para o serviço é a Construmolde Empreiteira. O investimento é de R$ 539.774,39, com verba prove-niente do Ministério do Turismo (MTUR) e contrapartida munici-pal, por meio do Fundo ATAR.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) realiza amanhã, um encontro com os contadores do município. O evento irá apre-sentar o funcionamento da Sala do Empreendedor, bus-cando sanar dúvidas e ampliar o acesso de empresários e par-ceiros ao local.
O secretário da SMDE, Sil-vio Bertolini Pasin, explica a importância do encontro. “O contador é um profissio-nal fundamental na gestão das empresas, por ser quem leva ao empresário as in-formações que permitirão a tomada de decisões. Por en-tenderem as demandas dos empresários, contribuirão também para a melhora dos
serviços prestados”.O evento será realizado
das 8h30min às 11h30min, no auditório da SMDE – rua Marechal Floriano, nº 85, 9º andar. O conteúdo programá-tico abordará a desburocra-tização na abertura de novas empresas com o Redesim; a horientalização das informa-ções disseminadas aos empre-sários contábeis; a divulgação dos números de atendimen-tos gerados pela Sala do Em-preendedor; divulgação dos números de atendimento da Jucergs em 2015.
A Sala do Empreendedor é um departamento da SMDE, com auxílio do Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae/RS), da
Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul (Jucergs), secretarias municipais de Saú-de, Finanças e Meio Ambiente, Instituto de Pesquisa e Plane-jamento Urbano (Ipurb), além do Corpo de Bombeiros.
A sala é um local de asses-soria desburocratizante gra-tuita para pequenos, médios e grandes empresários e visa agilizar o processo de cons-tituição de novas empresas, por meio do atendimento in-dividual e personalizado. A Sala do Empreendedor opera a Redesim, que é o sistema de cadastro e alteração de dados das empresas de to-dos os portes, que desejam se instalar ou que já funcionem no município.
Quarta-feira, 13 de janeiro de 201612 Esporte
Desenvolvimento
Mais uma Academia da Saúde instalada em Bento
Divisão de Acesso
Esportivo anuncia retorno de dupla prata da casaRay Guilherme Schmidt e Thiago Steffen passam a integrar a equipe
Cleunice [email protected]
O Esportivo anunciou na segunda-feira, 11, o retorno de dois atletas que vestiram a ca-misa do alvi-azul na Divisão de Acesso 2015. Um dos reforços confirmados é o volante Ray Guilherme Bach Schmidt. O outro é o zagueiro Thiago Stef-fen. Os dois atletas se juntam a outros já contratados pelo Clu-be desde o final do ano de 2015 para a disputa da Divisão de Acesso do Campeonato Gaú-cho em 2016.
O atleta Ray Guilherme Bach Schmidt, de 19 anos, já tem passagens pelo Juventus Seara de Santa Catarina (onde ini-ciou sua carreira em 2013) e pelo Esportivo em 2015. Atuou ainda pelo Santo Ângelo no segundo semestre do ano pas-sado, quando disputou a Copi-nha da Federação.
O defensor Thiago Steffen, de 23 anos, iniciou a carreira no Novo Hamburgo em 2013.
O jogador também atuou na Sapucaiense (2013), Aimoré (2014), Esportivo (2015) e seu último clube foi o Cruzeiro de Porto Alegre, no segundo se-mestre do ano passado.
Os dois atletas se juntam aos outros 12 reforços já anuncia-dos pelo clube bento-gonçal-
vense. Os demais jogadores anunciados pelo Esportivo para a Temporada 2016 são: Roger Bastos; Roiter Rangel; Douglas T-Rex; Douglas Tu-chê; Luan; Júlio César Car-doso; Kleber; Pedro Júnior; Ilson; Samuel Brickes; Natan Araújo e Márcio Garroni.
Litoral recebe Copa Beach SoccerMaster
A 11ª Copa Beach Soccer de Futebol de Areia, em Capão da Canoa, reúne as melhores equipes do estado em uma competição realizada na Praia do Farol, no litoral gaúcho. O clube Esportivo participa da competição na categoria aci-ma de 50 anos e estreou no domingo, 10. A equipe iniciou o campeonato com vitória por 3 a 1 sobre o Xangri-lá. Fer-reto marcou duas vezes e Tiro aumentou o placar.
A Copa movimenta as catego-rias Livre, Quarentão, Master, Sênior e de Base no masculino e mais a categoria feminina, uma grande festa do Beach Soccer gaúcho na Copa Verão 2016. Os jogos ocorrem durante os me-ses de janeiro e fevereiro.
Jogam pelo Esportivo Mas-ter os ex-atletas Iedo, Jânio, Raquete, Nairo, Sperotto, Ferreto, Alfredo, Tiro, Ruaro, Mauri, Rui Tosi e Celso Freitas
além dos técnicos Donizete e Kide. Segundo o ex-atleta Nai-ro Pivatto esta é uma oportu-nidade única para conhecer de perto os ex-profissionais que jogaram pelo clube, além de conhecer os novos talentos que aparecem no torneio. Ainda,
segundo ele, esta é uma ótima opção de diversão para quem está na praia.
A próxima partida dos ben-to-gonçalvenses é no domingo, dia 17, contra o São José. O jogo inicia às 10h15min.
Seleção Brasileira M19
A Confederação Brasileira de Rugby divulgou, na última se-mana, a primeira lista de con-vocação para o primeiro Camp de 2016 da Seleção Brasileira M19. Entre os convocados es-tão três juvenis do Farrapos Rugby Clube. Cristiano Primel, Mateus Gallon Rizzi e Emanuel Silva estão na lista. O camp dos Tupis acontece de 3 a 7 de feve-reiro, no Centro de Treinamen-to da Seleção em São José dos Campos, em São Paulo.
Para o presidente do Clube, Tito Flores, convocações já fo-ram realizadas outras vezes, mas é a primeira vez que três jogado-res estão na lista. “Isso demons-tra o fortalecimento das nossas categorias de base”, relata.
Além disso, ele reforça a de-dicação também dos atletas. “Esses garotos têm entre 17 e 18 anos. A gente fez um esforço
para qualificar esta categoria e estamos colhendo os resul-tados do nosso investimento”, complementa.
Um dos atletas convocados é o jovem Mateus Gallon Rizzi. O atleta diz que ficou muito feliz com a convocação. Rizzi ini-cia o curso de Educação Física neste ano. “Eu quero trabalhar com rúgbi, e elevar o nome do meu clube e do meu estado ou país que seja, já que o esporte é pouco conhecido e não temos uma tradição”, comenta. Ele ainda esclarece que o Brasil é visto apenas como o país do futebol e ele optou pelo rúgbi. “Não sou tão ligado ao futebol, então decidi dar uma chance a ao rúgbi. Ele me tirou do mun-do das festas, das bebidas e das supostas drogas e me deu esta oportunidade de ser convoca-do”, finaliza.
Atletas juvenis do Farrapos convocados para Seleção
Nome: Ray Guilherme SchmidtNascimento: 21/02/1997Posição: VolantePé: Direito
Nome: Thiago SteffenNascimento: 17/07/1992Posição: ZagueiroPé: Direito
O secretário de Juventude Esporte e Lazer (Semjel), Gus-tavo Sperotto, o sub-reitor do Campus Universitário da Re-gião dos Vinhedos (UCS-CAR-VI), e o presidente do Darvin UCS, Thiago Fabris, estiveram reunidos na última semana e confirmaram, em reunião, a colocação dos equipamentos da Academia de Saúde no Campus.
Proporcionar espaços para prática de exercícios físicos e la-zer, com segurança e qualidade. É com este objetivo que as aca-demias de saúde estão sendo instaladas em diversos bairros do Município. Desde 2013, já foram inauguradas 12 na cidade e uma em Faria Lemos.
Conforme o secretário da Se-mjel, a academia é um pedido antigo da comunidade. “O pro-jeto das academias foi sendo ampliado e hoje muitos bairros já contam com os equipamen-tos. Neste ano pretendemos instalar mais 11. O espaço do Campus é utilizado por muitas pessoas da comunidade, que praticam exercícios ou até mes-mo para lazer”, conclui.
A colocação será realizada através de uma parceria com a Universidade, que construirá a base para os equipamentos. O projeto das academias de saúde conta com o apoio das secreta-rias de Meio Ambiente e Viação e Obras Públicas e Saúde.
Reunião foi realizada na última semana para tomada de decisões
FOTO
S DIVU
LGA
ÇÃO
JULIA
NA
GIRELLI/SEM
JEL DIVU
LGA
ÇÃO
Primeiro jogo do time foi realizado no domingo, 10, contra o Xangri-lá
DIVU
LGA
ÇÃO
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016 13Esporte
Superliga
Próximo jogo é sábado, 16, às 18h, em solo mineiro contra o Juiz de Fora
Bento Vôlei é derrotado pelo Sada Cruzeiro em Minas
Pelo primeiro jogo da Su-perliga em 2016, o Bento Vôlei foi até Contagem, em Minas Gerais, enfrentar o líder Sada Cruzeiro. O time acabou derro-tado por 3 sets a 0. O confronto ocorreu na noite de sábado, 9.
Com o Ginásio Riachão cheio, o time da casa saiu na frente no primeiro set, im-pondo o seu ritmo de jogo e abriu 10/4. Os seis pontos de diferença se mantiveram até o fim do set, com os cruzei-
renses fechando em 25/19.O segundo set começou muito
mais equilibrado do que o an-terior. Os dois lados trocavam pontos até o sétimo, quando os mineiros abriram uma margem de três. O técnico Paulão pe-diu tempo e colocou Temponi no lugar de Reffatti. Depois da volta, os bento-gonçalvenses conseguiram igualar a etapa em 12/12. O empate persistiu até o 19º ponto, quando a equipe da casa fez valer o mando de quadra, se distanciou e cravou 25/21 no placar.
Ainda mais igual do que o
anterior, o terceiro set pare-cia que teria final diferente. O time da Capital do Vinho chegou a abrir três pontos no placar, depois de ótima pas-sagem de Temponi no saque. Os cruzeirenses empataram. Depois do pedido de tempo, os visitantes voltaram a abrir, com 16/13. Mas o Sada Cru-zeiro conseguiu virar o placar para fechar o set em 25/19.
O próximo desafio da equi-pe bento-gonçalvense também será em solo mineiro. O time enfrenta o Juiz de Fora, no sá-bado, 16 de janeiro, às 18h.
Em confronto realizado no sábado, 9, em Contagem, a equipe bento-gonçalvense perdeu por 3 sets a 0Gaúcho
Bento Snakes anuncia dois reforços para campeonato
O Bento Gonçalves Snakes apresenta dois novos reforços para a disputa do Campeona-to Gaúcho de Futebol Ameri-cano. Trata-se do Running--Back Jailson, de 32 anos, e do Defensive-Back Alex, mais conhecido como Show Time. Ambos atletas foram campeões gaúchos de Futebol Americano na temporada anterior defen-dendo o Juventude FA.
Para Jailson, a expectativa em atuar no novo clube é de-mostrar o seu potencial e aju-dar a equipe nas competições que irá jogar. “Quero ver o time crescer devido a sua força de vontade em aprender cada vez
Jailson e Alex foram campeões gaúchos de Futebol Americano em 2015
mais. Amo futebol americano e quero vencer junto com essa equipe que a cada dia mais se torna uma família”, destacou.
Segundo Alex, a expectativa é crescer no esporte, evoluir como pessoa e atleta, ajudar os companheiros de time a defen-der e elevar o Snakes , além de ser uma equipe de referência no estado e no Brasil.
O grupo de atletas retomou as atividades no domingo, 10, sob o comando do Head Coach Gustavo Rech. A estreia no Campeonato Gaúcho ocorre no dia 13 de março, às 15h, no es-tádio da Montanha, em Bento, contra o Santa Cruz Chacais.
Santa Tereza
Tradicional Torneio de Verão inicia disputado
O 41° Torneio de Verão de Santa Tereza iniciou domingo, 10, com a participação de 32 equipes. O tradicional Torneio é promovido pelo Clube Santa Tereza e as disputas são realiza-
Cleunice [email protected]
DIVU
LGA
ÇÃO
VICTOR G
IRON
, DIVU
LGA
ÇÃO
ResultadosRemos Rede Forte 1 x 0 Fron-
teiraUnião do Vale 5 x 1 GlóriaBangu 0 X 0 Rosário de P.
Bandeira (Pênaltis 4 X 5)Barrense 0 x 0 Real Madrid
A (Pênaltis 3 X 5)Cidade Nova 1 x 0 Arran-
ca TocoGlória B 0 x 2 Amigos do Ne-
go e do BalacaPSG 1 x 0 Triches
Os Tochas 0 x 1 Real Ma-drid B
Sexta Livre 1 x 0 ParanaguáDe Rossi 0 x 1 LajeadenseLion 1 x 0 IndependenteAraras 1 x 3 PrimaveraGuarani/Blecaute 1 x 0 Tan-
deraOlimpiacos 0 x 1 Grande Fa-
míliaFoppa 2 x 0 Exporta PragaCruzeiro 1 x 0 Destroyer
das no Estádio Colosso do Vale. Os próximos confrontos serão realizados no domingo, 17, no qual disputam os perdedores do primeiro jogo. Já no dia 24, os vencedores se enfrentam.
Quarta-feira, 13 de janeiro de 201614
Segurança
BM reforça: não reaja!
Roubo a residência
Reféns sequestrados
Roubo com feridos
Casal de idosos e sua filha foram baleados durante roubo a residência. Assaltantes fugiram levando um vizinho de refém
Leonardo [email protected]
Parece um roteiro de filme de terror, mas ocorreu a cerca de 28 quilômetros de Bento Gonçalves. Bandidos invadi-ram uma residência no inte-rior de Santa Tereza, amar-raram as vítimas, roubaram pertences e balearam um ca-sal de idosos e sua filha. Para fugir, os criminosos ainda atacaram uma segunda casa da Linha Pederneira, rouba-ram um veículo e fizeram um rapaz de refém. Sob ameaça de morte, o jovem foi obri-gado a auxiliar em um roubo em Caxias do Sul. O refém se-ria liberado quase oito horas mais tarde, em Farroupilha.
Conforme as informações da Brigada Militar (BM), a ação criminosa teve início por vol-ta das 9h de segunda-feira, 11, quando três indivíduos invadi-ram a residência da família Gi-rotto. Eles amarraram as três vítimas e exigiam dinheiro, en-quanto vasculhavam os cômo-dos. Ainda não foi esclarecido quando a família foi baleada e por qual motivo.
Por volta do meio-dia, um dos criminosos invadiu uma resi-dência vizinha para roubar um veículo. Um jovem de 27 anos foi feito refém e levado junto na fuga em um Celta de cor branca.
A Brigada Militar foi informa-da do acontecido às 12h45min, quando a idosa, mesmo ferida por diversos tiros, conseguiu pedir socorro a um outro vizi-nho, distante cerca de 400 me-
AN
TÔN
IO SÉRG
IO D
E OLIVEIRA
/DIFU
SORA
, DIVU
LGA
ÇÃO
Vítimas moram na localidade de Linha Pederneira, interior do município
tros. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi chamado e conduziu as três ví-timas para o Pronto Socorro do Hospital Tacchini.
Kátia Girotto, 29 anos, teve lesões no ombro direito e nas costas. Ela perdeu muito san-gue e irá passar por exame de tomografia. A mãe Navelina Gi-rotto, 60, foi atingida por cinco tiros no abdômen, um na mama e outro no braço esquerdo.
Seu esposo, Antônio Girotto, 65, sofreu um corte profundo na testa (resultado de uma coro-nhada) e foi baleado no ombro direito. A família segue interna-da no hospital e seu estado de saúde é considerado regular.
Refém participa de assalto em Caxias
O veículo Celta utilizado na fuga seria encontrado pela
Brigada Militar no município de São Marcos. Ele foi aban-donado após ser utilizado em um roubo a residência na localidade de Linha Marme-leiro, em Caxias do Sul, por volta das 18h. Foram leva-dos um Corolla de cor prata, dois revólveres e uma espin-garda calibre .12. Nesta ação criminosa, uma mulher de 37 anos foi feita refém. Ela seria liberada próximo ao Posto do Avião, em Garibaldi.
Giovanni Dallé, 27, levado pelos criminosos em Santa Tereza, relatou que participou do roubo em São Marcos. Com ameaças, o bandido o teria uti-lizado como motorista e escu-do humano. O rapaz acabou liberado e fez contato por tele-fone com sua família por volta das 20h. Ele foi encontrado próximo a um posto de com-bustíveis na Linha Buratti.
Diante de um crime desta proporção, o pensamento na-tural é a reivindicação por mais policiamento. Santa Tereza conta com apenas com dois policiais militares. O comando do do 3º Batalhão de Policia-mento de Áreas Turísticas (3º BPAT) admite que o efetivo é menor que o ideal (mais um reflexo da defasagem de efeti-vo que assola o Rio Grande do Sul), porém acredita que este crime é uma exceção.
No ano passado, a comunida-de de Santa Tereza se mobilizou diante de uma série de furtos com arrombamentos. Uma au-diência pública foi marcada e discutiu a questão com a Bri-gada Militar. “Acredito que não tenha nenhuma relação. Era outro tipo de crime e foram fei-tas averiguações e investigações pela Polícia Civil, com identifi-cação de suspeitos”, aponta o subcomandante 3º BPAT, o capitão Reni Onírio Zdruikoski.
Para o representante da Bri-gada Militar, o crime desta semana foi pontual. “São de-linquentes que deveriam ter uma informação que naquela casa deveria ter algo especí-fico. Porém, o crime não teve êxito. Após, houve algum des-controle. Uma ocorrência com três vítimas baleadas não é considerada natural na ação
Momentos de terror em Santa Tereza
Crime reacende debate sobre policiais no interior
Pelo menos um dos sus-peitos de participarem dos assaltos com reféns nos mu-nicípios de Santa Tereza e Caxias do Sul foi identifica-do durante uma perseguição em Esteio. O veículo Corolla e uma acusada foram detidos na BR-116, porém o motorista conseguiu fugir.
A abordagem ocorreu por volta das 5h30min, duran-te patrulhamento pelo bairro Novo Esteio, quando foi visua-lizado um veículo em atitude suspeita. Após consulta, foi constatado que o Corolla havia
Ação da BM recuperou Corolla roubado e prendeu uma suspeita
BRIGA
DA M
ILITAR, D
IVULG
AÇÃ
O
deste tipo de delinquente (as-saltantes)”, questiona.
Crimes violentosnão são comuns
O capitão Zdruikoski admite que o número de policiais mi-litares é baixo nos municípios menores, porém afirma que não há muito o que possa ser feito neste momento. “É uma realidade complicada que todo o estado vive. Principalmente o 3º BPAT, porque nossa área abrange 25 municípios e cerca de 15 são do porte de Santa Te-reza, com menos de três mil ha-bitantes. Geralmente são um ou dois policiais militares. O que fazemos são consórcios entre municípios para que exista uma patrulha que faça determina-dos horários. Porém, não temos condições de um policiamento 24 horas”, lamenta.
Por outro lado, o oficial do 3º BPAT ressalta que crimes com este potencial de violência não são uma tendência nestas loca-lidades. “Não é algo que tenha se apresentado, exceto sobre a ação de quadrilhas contra esta-belecimentos bancários. Estes roubos a residência e estabe-lecimentos comerciais não tem esta características de incidên-cia em cidade menores. Este é um caso atípico”, afirma.
Suspeito é identificado em Esteiosido roubado em Caxias do Sul.
O motorista desobedeceu or-dem de parada e houve perse-guição pelo acesso da BR-116. O Corolla acabou colidindo contra uma das viaturas que realizavam o cerco na Avenida Celina Chaves Kroeff. O acusa-do conseguiu fugir a pé.
Durantes as buscas no inte-rior do veículo, foi encontrada uma espingarda calibre .12, diversas munições e documen-tos de R.C, 32 anos. A mulher detida, que estava na carona, confirmou que os documentos eram do motorista que fugiu.
“Que a vítima se mantenha, dentro do possível, calmo e tentar não provocar este delinquente. Tentar preservar o bem mais pre-cioso, que é a vida. As outras dicas são antes da ação delituosa, como não guardar valores ou armas em casa, evitar passar infor-mações sobre seus bens e cuidar quem entra ou trabalha em sua propriedade”
Diante de uma criminalidade cada vez mais ousada e violenta, o capitão Reni Onírio Zdruikoski reforça a orientação para que as vítimas não reajam e evitem movimentos bruscos.
“Neste casos, normalmente os reféns são utilizados como uma garantia, para que as vítimas restantes tenham esta preocupação e não acionem uma autoridade policial. Nestes casos de enfoque de roubo, geralmente os reféns acabam sendo liberados”
Segurança
Quarta-feira, 13 de janeiro de 2016 15Segurança
Violência em 2015
Roubos a residência quase dobramEstatísticas do 3º BPAT também apontam aumento de 66% nos assaltos ao comércio em comparação com o ano anterior
Leonardo [email protected]
Infelizmente, a crise na se-gurança pública alcança níveis extremos por todo o Rio Gran-de do Sul. Bento Gonçalves não foge a regra e registrou um au-mento em todos os principais indicadores criminais no ano passado. Os casos de roubos a residência, por exemplo, cres-ceram 66% em comparação com 2014. Por outro lado, o número de prisões em flagran-te feitas pela Brigada Militar (BM) bateu recorde e seria su-ficiente para encher quase oito vezes o presídio do município.
As causas do aumento crescen-te da criminalidade não são uma novidade, a falta de investimento em segurança pública e a defasa-gem de efetivo policial. O proble-ma é que, diante da crise finan-ceira do Governo Estadual, não há providência prevista. “Diante da atual conjuntura, os nossos indicadores não são alarmantes. Infelizmente, o aumento da cri-minalidade é uma tendência. As estatísticas aumentaram e, se-guramente, iremos fechar 2016 com novos recordes negativos. Basta olhar quais investimen-tos (em segurança) foram feitos pelo Governo Estadual. Até o momento, nenhum. Apenas con-tenção de recursos, com o corte das horas extras e a retenção da inclusão de novos policiais. Não estou avaliando se o governo está certo ou errado. São informações públicas e notórias. Porém, uma providência reflete em outra”, lamenta o capitão Reni Onírio Zdruikoski, subcomandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT).
Outros problemas apontados são a situação do sistema carce-rário e um sistema penal consi-derado moroso, seja pelo acú-mulo de trabalho ou o número de recursos possíveis. Fatores que influenciam diretamente na sensação de impunidade e reincidência criminal. “Acredi-to que, destas mais de duas mil pessoas, o número de indivíduos envolvidos deve ser de 30%. O resto é reflexo da reincidência. Se conseguissemos, de fato, re-tirar estes indivíduos do meio social, o número de crimes e pri-sões em um ano seria bem redu-zido”, opina o capitão.
Roubos a residência Roubos a estabelecimento comercial
Roubos a pedestre Roubos de veículo
Recuperação de veículo
Prisões realizadas
Prisão por tráfico de entorpecente
Fonte: 3° BPAT 2014 2015
17
30
104
173
209
262
91
103
Prisão de foragido
131
174
326 364
11131224
Armas apreendidas
21
26
55
79
Furto de veículo
369392
Números da Brigada Militar entre 2014 e 2015
“Basicamente, existem dois destinos para os veículos rou-bados. O primeiro a utilização em outros crimes, geralmente são automóveis com um pouco mais de potência. Os outros são para clonagens, que costumam ser modelos novos. Aque-les roubados para o uso em outros crimes, invariavelmente são encontrados abandonados algum tempo depois. Os que são produtos de furtos, geralmente encontramos com alguma pe-ça faltando, como pneus e rodas”
“As farmácias são o principal alvo. Costumam ser pratica-dos por um indivíduo que utiliza apenas uma faca ou a sim-ples menção de estar armado. Esta característica ocorre por-que, normalmente, são mulheres que atendem em farmácias e o criminoso se sente mais confortável. Nestes roubos é levada uma quantia muito pequena, geralmente menos de R$ 200”
Roubos de veículos
Roubos ao comércio
“Os outros alvos preferenciais são os postos de combustíveis e os mercados. Nos assaltos a mercados, normalmente são de dois a quatro delinquentes envolvidos. Pelo menos um fica de vigia e outra preparado com o veículo de fuga. Contra os postos de combustíveis, geralmente é uma ação rápida feita por dois indivíduos em uma motocicleta”
Média é de um assalto ao comércio a cada dois dias
“São crimes planejados, em que o delinquente possui alguma informação privilegiada ou conta com a participação de alguém que conhece a rotina da casa. A maioria tem estas características e são feitos por pessoas preparadas para manter a família sob vigilância. Geralmente buscam por valores e armas guardadas. São crimes que ocorrem tanto na área urbana como no interior”
Roubos a residência
Neste crime, o aumento registrado foi de 43%
Crescimento em relação à 2014 foi de 66%
Mais de 70% dos veículos roubados ou furtados foram recuperados pela Brigada Militar
Ano também estabeleceu recorde de prisões em flagrante, com 1.224
CRISTIAN
O M
IGO
N, A
RQU
IVO
Características dos crimes
Quarta-feira, 13 janeiro de 201616