123achei-feimafe 2013

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Revista 2013 - Feimafe

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Page 1: 123achei-feimafe 2013

Ano 8 - Edição nº 45 - Junho de 2013

Acesse o portal:

Publicação

TECNOLOGIA Brasileiros descobrem como diminuir atrito em rolamentos

PESQUISA Estudantes criam veículo que pode fazer 1 mil km por litro de gasolina

ECONOMIABaixo investimento público na economia preocupa a indústria

Especial FEIMAFE 2013D

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ão g

ratu

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Máquinas-ferraMenta: a expectativa é de recuperação eM 2013Máquinas-ferraMenta: a expectativa é de recuperação eM 2013

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Mercado Empresarial

Máquinas-fErraMEnta: a ExpEctativa é dE uMa razoávEl

rEcupEração EM 2013

omo não poderia deixar de ser, o setor de máquinas-

ferramenta acompanhou o quadro de estagnação que

caracterizou todo o transcurso de 2012 e acabou por

alastrar-se até o começo deste ano. Encerrou 2012 com um

declínio de 20,5% no faturamento nominal, na comparação com

2011, movimentando o valor de R$ 1,225 bilhão. Os maus ventos

tampouco pouparam o segmento de bens de capital importados:

em 2012, houve uma contração de 20% sobre o ano anterior.

A expectativa, entretanto, é de que haja uma razoável re-

cuperação no nível de atividades em 2013, em linha com uma

retomada mais consistente do crescimento do Brasil. As razões

desse otimismo são a esperada recuperação nos níveis de inves-

timentos, os efeitos mais concretos das medidas adotadas pelo

governo e o retorno da confiança dos empresários. Nesse cenário

destaca-se também o fato de que mesmo com a retração recente

da economia e dos negócios, o setor continua investindo em

tecnologias mais eficientes.

Este e outros assuntos relacionados estão sendo analisados

por nossos entrevistados na seção Panorama do Setor, e também

serão alvo de debates durante a 14ª edição da Feimafe - Feira

Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de

Manufatura, o maior evento latino-americano do setor, a realizar-

se em São Paulo de 3 a 8 deste mês de junho. Boa leitura!

C

editorial

expediente

Coordenação: Mariza Simão

Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP

contato: [email protected]

Colaboraram nesta edição: Irineu Uehara e

João Lopes

Diagramação: Rogério Silva

Arte: José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira,

Edmilson Mandiar, Ivanice Bovolenta, Fellipe Moreira,

Marilene Moreno, Hermínio Mirabete Junior, Ricardo

Satoshi Yamassaki, Danilo Barbosa Gomes

Distribuição: FEIMAFE - FEIRA InTERnACIonAL DE

MáqUInAS-FERRAMEnTA E SISTEMAS InTEGRADoS DE

MAnUFATURA

Matriz:

São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro

CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273

Filiais:

Araçatuba - Rua Campos Sales, 97 3º and.- sl 32

CEP 16010-230 - Tel.: (18) 3622-1569 - Fax: (18) 3622-1309

Piracicaba

Sisal Center - Rua Treze de Maio, 768

sl 53 - 5º and. CEP 13400-300 - Tel.: (19) 3432 - 1434

Fax.: (19) 3432-1524

Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes,

871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000

Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690

Ribeirão Preto - Rua álvares Cabral, 576 -9º and.

cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628

Fax: (16) 3625-9895

São José do Rio Preto - Rua XV de novembro, 3057 -

4º and. - cj 408 - CEP 15015-110

Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419

o editor não se responsabiliza pelas opiniões

expressas pelos entrevistados.

3mercado empresarialmercado empresarial

Page 4: 123achei-feimafe 2013

sumário

Máquinas-ferramenta:negócios recuam, mas devem recuperar-se ainda este ano

panorama do setor

vitrine

release

Mercado

Economia

Gestão

Evento

desenvolvimento

tecnologia

pesquisa

cases & cases

qualidade

FEIMAFE 2013 - Referência em negócios e tecnologia, acontece em clima de otimismo Carro sem motorista:

e se o computador travar?

Brasileiros descobrem como diminuir atrito em rolamentos

Estudantes criam veículo que pode fazer 1 mil km por litro de gasolina

dicas de leitura

A influência da competência de liderança e gestão de pessoas dos supervisores nos resultados da organização industrial

Setor de máquinas agrícolas teve desempenho histórico em 2012

Baixo investimento público na economia preocupa a indústria

ZF lança a primeira transmissão automática de 9 velocidades

LotusMetal - Destaque na distribuição de metais não-ferrosos

06

18 46

50

55

606472

23

28

20

32

35

Nesta edição:

Meio ambiente

Temperatura média do planeta subiu mais nos últimos 150 anos42

Fascículo Sustentabilidade - Vol.2 Indústria SustentávelNesta edição:

4

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As razões são a esperada recuperação nos níveis de investimentos, os efeitos mais concretos das medi-das adotadas pelo governo e o retorno da confiança

dos empresários

MáQUINAS-FErrAMENTA:nEGócios rEcuaM, Mas dEvEM

rEcupErar-sE ainda EstE ano

panorama do setor

Texto: Irineu Uehara*

6

Page 7: 123achei-feimafe 2013

panorama do setor

m que pesem todas as medidas ado-tadas pelo governo no sentido de incentivar a economia e, em particular, a indústria, o fato é que o desempenho

geral seguiu patinando, redundando em uma sucessão de resultados frustrantes. O setor de máquinas-ferramenta, como não poderia deixar de ser, acompanhou este quadro de estagnação que caracterizou todo o transcurso de 2012 e acabou por alastrar-se até o começo deste ano. Contudo, a expectativa colocada é de que haja uma razoável recuperação no nível de ativida-des em 2013, em linha com uma retomada mais consistente do crescimento do Brasil.

No ano passado, o recuo de 2,7% na produ-ção industrial foi um dos fatores que puxaram para baixo o PIB (Produto Interno Bruto) do País, que aumentou tão-somente 0,9%, um número bem inferior ao de 2011, em que houve avanço de 2,7%, nos cálculos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outro dado negativo de 2012, com impacto direto no ramo fabril, foi a redução de 4% nos investimentos, aferida pela FCBF (Formação Bruta de Capital Fixo).

A título de comparação, nos dois anos an-teriores os resultados da atividade nas fábricas haviam sido positivos: acréscimo de 0,4% em 2011 e de 10,5% em 2010. Em contraste, de acordo com o IBGE, o ano passado pautou-se por uma queda generalizada. A maior retração, de 13,5%, partiu dos veículos automotores, nicho que justamente costuma liderar os pe-didos de máquinas-ferramenta. Foi, de resto, detectado um dinamismo menor na área de bens de capital (-11,8%) e dos bens de consu-mo duráveis (-3,4%), por causa da refreada na produção de equipamentos para transporte, construção e de uso misto.

Foi em decorrência deste cenário adverso que, conforme os números da Abimaq (As-sociação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o segmento de máquinas-ferramenta encerrou 2012 com um declínio de 20,5% no faturamento nominal, na comparação com 2011, movimentando o valor de R$ 1,225

bilhão. Estimativa da empresa Ergomat também mostra que o ano passado se viu severamente comprometido, ten-do sido contabilizada uma redução de aproximadamente 30% nas receitas do setor vis-à-vis 2011.

No que concerne ao consumo aparente (dado resultan-te da soma da produção mais importações, subtraindo-se do total as exportações), houve uma diminuição de 11,7% frente a 2011, calculando-se um montante de R$ 3,576 bilhões. Fato notável é que a participação dos importados neste indicador obteve percentuais elevados, de no mínimo 74,7%, ao longo de cada mês de 2012.

Os maus ventos tampouco pouparam o segmento de bens de capital importados. Em 2012, houve uma contra-ção de 20% sobre o ano anterior, com uma movimentação de cerca de US$ 2 bilhões, cifra que colocou a atividade no mesmo nível registrado em 2007, segundo dados da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipa-mentos Industriais).

Ennio Crispino, presidente da entidade, nota que desde o final de 2011 vinha prevalecendo um clima de desânimo, em razão da conjunção de uma série de fatores, como a crise europeia, as indefinições da economia local e a reten-ção geral dos investimentos. “O Brasil continuou oscilando e, no ano passado, houve um desempenho tímido, com queda nas vendas de todos os tipos de máquinas”, atesta. Até fevereiro deste ano, adiciona ele, o segmento perma-necia em compasso de espera, esboçando, contudo, uma reação a partir de março.

presença em várias cadeias produtivasPresente nos mais variados nichos da manufatura, a

máquina-ferramenta é um dos mais versáteis e utilizados tipos de ativos, sendo difícil encontrar um artefato, seja de consumo, seja de produção, que não tenha passado, em uma de suas fases de fabricação, pelo contato com uma delas.

Para 2011, projeta-se um avanço próximo de 6%

“ O Brasil continuou oscilando e, no ano passado, houve um desempe-nho tímido, com queda nas vendas

de todos os tipos de máquinas “

Ennio Crispino, presidente da Abimei

E

panorama do setor 7mercado empresarialmercado empresarial

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Morosidade na concessão de alvarás e licenças

ambientais

Assim sendo, apesar de este segmento, no mundo todo, ter reduzida importância na economia em termos absolutos (no Brasil, por exemplo, o consumo aparente em 2012 representou não mais que 0,00086% do PIB), “ele é muito expressivo em termos relativos, pelo impacto que causa em todas as demais ramificações industriais, em vista da forte disseminação de tecnologia que promove”, como assevera André Luís Romi, presidente da CSMF (Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura) da Abimaq.

Globalmente e por aqui, os setores que, costumeira-mente, consomem estes equipamentos são: automotivo (montadoras, sestimistas e autopeças), bens de capital, energia (hidroelétricas, petróleo, gás e biocombustível), aeronáutico (produção de peças, turbinas), ferramentaria (moldes), máquinas e implementos agrícolas, hidráulica e pneumática, entre outros.

O ramo automotivo, no Brasil, normalmente despon-ta como o carro-chefe nas carteiras de clientes (calcula-se que ele responda por até 65% dos pedidos no caso de alguns fabricantes). Por isso, tiveram grande relevância os incentivos fiscais concedidos há algum tempo pelo governo para a aquisição de automóveis.

Embora ostente estas características únicas, a usina-gem também padece das mesmas mazelas que afligem as outras áreas da indústria de transformação. Nas avaliações feitas sobre os obstáculos existentes, sobressaem as ra-zões já sobejamente expostas no debate público sobre a desindustrialização, ou seja, a combinação dos efeitos da crise global com as injunções internas, de caráter estrutu-ral, que afetam diretamente nosso parque produtivo.

Inicialmente, reportando-se ao cenário externo, An-dré Romi observa que o mundo, genericamente falando, vivencia um impasse por conta das turbulências em

curso. Este estado de coisas, por si só, inibe as compras de nossas má-quinas e faz com que os fabricantes estrangeiros queiram descarregar em nossos portos seus estoques encalhados.

“Os EUA, com modesta recupe-ração, não atingiram, ainda, os níveis de expansão pré-crise imobiliária de 2008-2009. Na Europa, importantes economias vêm enfrentando dificuldades que, para serem equacionadas, requerem restrições orçamentárias – re-

dução dos gastos públicos principalmente –, o que retardará a retomada”, constata Romi. Ele lembra que a China está revendo suas projeções para baixo e a América Latina tem uma média de crescimento não muito motivadora.

Dentro de casa, o chamado “Custo Brasil” emerge, recorrentemente, como o grande vetor a entravar a performance e os investimentos do conjunto das empresas, o que vem alimentando a olhos vistos o processo de desindustrializa-ção. Deste modo, a sobrevalorização do real, os juros e a carga tributária desproporcionais, a precariedade da infraestrutura logística, o excesso de burocracia, os dispêndios elevados com mão de obra e energia, entre outros, são os óbices que vêm onerando a fabricação e o escoamento.

panorama do setor8

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Medidas de incentivo à produçãoPara fazer face a este emaranhado de fatores

desfavoráveis, o governo, nos últimos tempos, promoveu uma série de medidas buscando reaquecer a economia e a produção. Entre elas, destacam-se a diminuição gradual das taxas de juros – tanto da Selic (embora tenha havido uma elevação na última reunião do Copom, de 0,25 ponto percentual) quanto dos bancos públicos –, o aumento de impostos sobre itens importados, a desoneração da folha de pagamentos e do IPI (Imposto sobre Produ-tos Industrializados) e, mais recentemente, os cortes nas tarifas de energia.

Em um balanço geral, André Romi faz algumas ponderações sobre as providências implantadas. Em relação à política monetária, por exemplo, ele nota que a contenção dos

juros é importante para a indústria e o País lograrem níveis de crescimento mais robustos, apesar de ressalvar que a calibragem das taxas é um instrumento de combate à inflação.

Quanto à desoneração das folhas, o dirigente da Câmara a considera uma das soluções mais eficazes já baixadas. “Ela faz todo o sentido, dado que altera a base de cálculo da contribuição da folha (fixo) para o faturamento (variável). É a demonstração de como é necessário que o País invista fortemente em uma reforma tributária que racionalize e reduza custos para a sociedade, especialmente para o setor industrial”, afirma.

Por fim, Romi elogia os abatimentos nas tarifas de energia, dizendo que as despesas com serviços públicos têm subido acima da inflação nos últimos anos. “Sendo a eletricidade um

panorama do setor 9mercado empresarialmercado empresarial

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insumo essencial, ajudará a reduzir nossos custos. Por outro lado, a capacidade de investimento das empresas de energia tem que ser preservada, ficando aí um ponto de interrogação se políticas como essa afetarão esse aspecto”, comenta.

O tema mais controverso no momento é, sem dúvida, a elevação das alíquotas de importação sobre determinados equipamentos, contrapondo os interes-ses dos fabricantes nacionais aos dos importadores.

No texto “Proteção ou abertura do mercado?”, esta discussão específica é abordada em detalhes.

A verdade, no entanto, é que, a des-peito de todo este elenco de iniciativas, a movimentação nas fábricas, por ora, tem ficado aquém do desejado. Assim, por exemplo, em março último, o índice de produção, calculado pela CNI (Con-federação Nacional da Indústria), ficou apenas em 52,9 pontos, ante 46,1 pontos em fevereiro, de acordo com a pesquisa mensal "Sondagem Industrial".

Apesar desta alta, a CNI pondera que o resultado foi o menor para o mês desde o início da série mensal, em 2010, observando que a indústria ainda não encontrou sua trajetória de recuperação. Segundo a entidade, a expectativa era de que, com o fim dos estoques, a produção apresentasse avanço moderado, mas isso não se confirmou. O porcentual médio

de UCI (Utilização da Capacidade Instalada) continuou em 70% em março, mesmo patamar de fevereiro. No cotejo com março de 2012, quando a taxa foi de 72%, houve, portanto, retração.

Como real solução, volta à baila uma reivindicação permanente dos fabricantes: o delineamento e a implementação de uma po-lítica industrial de fôlego que supere as ações pontuais até agora predominantes. “Não temos dúvidas. As reformas estruturais são funda-mentais para que o País e, em especial, o nosso setor retomem as condições requeridas para o crescimento sustentável a longo prazo. Elas são bem conhecidas – tributária, trabalhista, administrativa, entre outras –, mas dependerão de um esforço político e da mobilização de toda a sociedade para sua concretização daqui para frente”, frisa André Romi.

a centralidade do câmbioEntretanto, um fato é inquestionável: a apre-

ciação do real segue galvanizando as atenções da indústria e gerando uma acerba polêmica, apesar de as distorções terem sido em parte mitigadas por meio das reduções das taxas de juros (diminuindo a entrada de capitais espe-culativos externos) e das seguidas intervenções oficiais no mercado de câmbio, impedindo uma excessiva valorização da nossa moeda.

“O problema cambial é muito sério, pois

Alfredo Ferrari, diretor de vendas da Ergomat

“O problema cambial é muito sério, pois além de incrementar as importa-ções, tanto de bens de

capital como de produtos manufaturados em geral,

ele desestimula as exporta-ções. As compras externas se ligam à perda de com-petitividade das indústrias

de manufatura, que são os clientes dos fabricantes de

máquinas-ferramenta”

panorama do setor10

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além de incrementar as importações, tanto de bens de capital como de produtos manufatu-rados em geral, ele desestimula as exportações. As compras externas se ligam à perda de com-petitividade das indústrias de manufatura, que são os clientes dos fabricantes de máquinas-ferramenta”, enfatiza Alfredo Ferrari, diretor de vendas da Ergomat.

A maior desvalorização do real, pondera ele, não trouxe os retornos aguardados, sobretudo no que se refere à diminuição das importações. “Esta situação se refletiu no primeiro trimestre deste ano, que contabilizou uma performance fraca. Imagina-se que a substituição dos im-portados por nacionais venha ocorrer gradati-vamente”, declara Ferrari.

Conforme as estatísticas da Abimaq, a balança comercial do setor de máquinas-ferramenta emplacou um déficit de R$ 2,5 bilhões em 2012. As exportações foram de R$ 404 milhões, o que assinalou um incremento de 55% sobre 2011, e as importações somaram R$ 2,9 bilhões, aumentando 8%. No entender de André Romi, é o real apreciado que, novamen-te, explica este resultado. “Quando o câmbio voltar a um patamar mais equilibrado, esse déficit tende a ser reduzido”, prognostica.

Os principais destinos das máquinas de usinagem foram, pela ordem, China, Argentina, Alemanha, EUA, México, França, Finlândia, Venezuela, Reino Unido e Paraguai. Por outro

lado, as principais origens das importações foram Itália, Alemanha, Japão, China, Formosa, EUA, Coréia do Sul, Suíça, Espanha e Áustria.

Os “players” desta seara, recapitula Romi, chega-ram a exportar aproximadamente 30% de sua produ-ção no passado, tendo até conseguido construir uma rede de distribuição para venda e assistência técnica nos mercados internacionais de ponta. “Atualmente, as exportações estão em torno de 15% devido, essen-cialmente, à taxa cambial”, lamenta.

O presidente da Câmara, todavia, ressalta que “o mercado externo é e continuará sendo estratégico para o setor para ganhar escala e escoar a produção, uma vez que a demanda doméstica é atendida também pelas máquinas importadas”. Nesse sentido, o regime do programa Reintegra, que é um incentivo dado pelo governo de até 3% do valor exportado, “é uma forma de compensação pelo câmbio desfavorável e, em nossa opinião, poderá se transformar em um instrumento permanente de longo prazo”.

Vocalizando a posição dos importadores, Ennio Crispino, da Abimei, sublinha que o problema de fundo não está no desembarque de bens de capital, mas sim na aquisição de manufaturados do Exterior, como no caso das autopeças. “Não existem estímulos claros para se produzir componentes no Brasil”, diz ele, citando a GM, que monta carros com 54% das partes vindo de fora.

“Este é o real entrave. Se as montadoras trazem autopeças de outros países, a produção doméstica encolhe e caem os investimentos em máquinas, tanto nacionais quanto importadas. Estas seriam as verdadei-ras ‘importações do mal’, como as qualificam setores do mercado”, complementa ele.

Crispino concorda com a tese de que devem ser da-das condições isonômicas às empresas locais, mediante a mitigação do Custo Brasil. “No entanto, a redução das tarifas de energia, por exemplo, não ocorreu na prática, em que pese a propaganda feita”, critica.

Outro ponto que o executivo levanta diz respeito à concessão de crédito, que não deveria ater-se somente à compra de máquinas nacionais, mas abranger igual-mente as estrangeiras. Finalmente, ele frisa que os bens de capital de fora são atraentes por contemplarem três requisitos básicos: quantidade, tecnologia/qualidade e prazos de entrega (leia também o texto “Proteção ou abertura do mercado?”, que procura aprofundar este assunto).

O mercado externo é e continuará sendo estratégico para o setor para ganhar escala e escoar a produção, uma vez que a demanda doméstica é atendida também pelas máquinas

importadas

panorama do setor 11mercado empresarialmercado empresarial

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á uma certa unanimidade, no ramo de máquinas-ferramenta, quanto à previsão de que o ambiente de negócios será mais propício no decorrer de 2013. Até porque a base de comparação, o ano

passado, foi muito frágil. As razões para este otimismo moderado são a esperada recuperação nos níveis de inves-timentos, os efeitos mais concretos das medidas adotadas pelo governo e o retorno da confiança dos empresários.

As estimativas da CNI (Confederação Nacional da Indústria) autorizam estas expectativas mais favoráveis. Em seu Informe Conjuntural do primeiro trimestre, a entidade prevê que, depois da queda de 4% registrada em 2012, os investimentos no País aumentarão 4% neste ano e serão a principal alavanca da indústria e da economia brasileira. Com isso, projeta-se que PIB (Produto Interno Bruto) crescerá 3,2% e o PIB Industrial, 2,6%, ficando o consumo das famílias com expansão de 3,5%.

Na mesma toada, a esperança é de que o incremento da produção nacional de manufaturados em geral vá estimu-

H

SETOr ESPErA rETOMAdA dOS INvESTIMENTOS

lar a demanda por implementos de usinagem. “Tendo em vista as medidas tomadas pelo Governo Federal, além da forte necessidade de as empresas investirem para modernizar os seus parques, a procura deve aumentar entre 8% a 10 % neste ano”, antecipa, por exemplo, Alfredo Ferrari, diretor de vendas da Ergomat.

De sua parte, André Luís Romi, presidente da CSMF (Câmara Setorial de Máquinas-Ferra-menta e Sistemas Integrados de Manufatura) da Abimaq, faz um cálculo simples. Considerando que o crescimento do PIB em 2012 ficou em apenas 0,9%, e que a previsão para o corrente ano esteja na casa dos 3,0%, o Brasil precisará investir mais em 2013 do que 2012.

“É sentimento do setor que isso significa-rá um avanço em torno de 5% no consumo aparente neste ano. Porém, ainda é prematura uma estimativa mais clara nesse momento”,

panorama do setor12

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panorama do setor

ressalva. Romi recorda, de qualquer modo, que há na indústria manufatureira nacional uma vigorosa demanda por máquinas-ferramenta mais produtivas, o que cria oportunidades para os fabricantes.

Por sua vez, os importadores, reunidos na Abimei (Associação Brasileira dos Importado-res de Máquinas e Equipamentos Industriais), antecipam uma expansão de 10% a 20% nos negócios, conforme o tipo de mercadoria de-sembarcada. O presidente da entidade, Ennio Crispino, nota que a partir de março surgiram indícios mais promissores.

Setor espera um avanço em torno de 5% no consumo aparente neste ano

“Percebemos um aquecimento maior, com mais investimentos sendo colocados em mar-cha a um ritmo mais acelerado”, diz ele. Com isso, espera-se voltar aos níveis de pedidos vigentes em 2011, puxados pela indústria auto-mobilística e de petróleo e gás. “Com o regime automotivo, montadoras passaram a cogitar de fabricar no Brasil. Isso traz perspectivas de compras de equipamentos”, assinala.

Além do mais, o PAC (Programa de Acele-ração do Crescimento) e as obras de infraestru-tura e logística anunciadas mais recentemente (enfocando a construção/modernização de ro-dovias, ferrovias, portos e aeroportos) poderão, indiretamente, impulsionar as encomendas, já que os implementos de usinagem são utilizados em diversas cadeias produtivas.

Independentemente da presente conjun-tura, Romi afirma que, a longo prazo, um indicador relevante a ser considerado é o consumo aparente de máquinas-ferramenta “per capita” no Brasil. Ele hoje se encontra em níveis modestos por aqui, cerca de US$ 10,00 por habitante, contra US$ 21,00 nos EUA, US$ 28,00 na China, US$ 50,00 na Itália, US$ 84,00 na Alemanha e US$ 105,00 na Coréia do Sul. “Isso nos mostra o quanto o consumo em nosso país tem condições de crescer nos próximos anos”, afiança ele.

Políticas de crédito do BNDESSeja como for, um fator “sine qua non” de

continuidade das vendas no segmento de bens de capital como um todo são as linhas de cré-dito ofertadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Está-se falando, em especial, do financiamento

bancado pelo programa Finame-PSI, que pratica taxas de juros de 3,0% ao ano para contratações no primeiro semestre de 2013 e de 3,5% para as efetivadas no segundo.

“Esta iniciativa é a grande responsável pelos negócios fechados nos últimos tempos. Atualmente, cerca de 80% das vendas de máquinas-ferramenta realizadas são via Finame-PSI. É fundamental que o go-verno brasileiro perenize esta condição para promover o aumento dos investimentos”, salienta Alfredo Ferrari. “Além de ter um custo bastante atrativo, o programa coloca em isonomia o bem de capital nacional na competição com o importado, visto que está alinhado com as taxas pra-ticadas internacionalmente”, adiciona André Romi.

O protagonismo assumido pelo BNDES pode ser aquilatado pelos números recém-divulgados. Nos primeiros três meses deste ano, a in-dústria respondeu por 36% dos desembolsos feitos pelo banco, com alta de 109%. Máquinas receberam R$ 16,3 bihões, dos quais R$ 4,8 bilhões se destinaram a bens diretamente vinculados à ampliação da capacidade produtiva e modernização, o que representou um avanço de 90% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Nessa categoria, segmen-tos basilares para a expansão industrial incrementaram as aquisições de maquinário de caldeiraria (596%), máquinas e ferramentas (135%) e equipamentos para movimentação de carga (115%).

Todavia, um obstáculo ao maior acesso do crédito vem das institui-ções privadas, que não são ágeis no repasse dos recursos. De acordo com Romi, “há uma grande dificuldade de se disseminar esses tipos de financiamento devido à seletividade do setor financeiro”. Pesam também as exigências burocráticas relacionadas aos tomadores (CND, cadastro, garantias, etc.). “Hoje em dia um gerente de banco tem metas para fi-nanciar as compras de bens de consumo, mas não de máquinas”, critica o presidente da Câmara.

“ Atualmente, cerca de 80% das vendas de máquinas-ferramenta realizadas são via Finame-PSI. É fundamental que o governo

brasileiro perenize esta condição para promo-ver o aumento dos investimentos” “

André Luís Romi, presidente da CSMF Abimaq

panorama do setor 13mercado empresarialmercado empresarial

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panorama do setor

ara conter o processo de desindustrialização e res-guardar a manufatura doméstica, o governo elevou o imposto incidente sobre alguns bens de capital importados. Com isso, deflagrou, como se pode-

ria esperar, uma acesa polêmica, opondo, de um lado, os fabricantes locais e, de outro, os importadores. Em debate, um tema recorrente: deve-se proteger o mercado ou abrir os portos para empresas e produtos de fora?

Recapitulando, as autoridades divulgaram, em setembro do ano passado, uma lista de exceção à TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul, que na prática aumenta o imposto de importação sobre 100 itens, entre os quais se encontram bens de capital como centros de usinagem, motores e gera-dores, além de pás-carregadoras e escavadoras hidráulicas usadas na construção. As alíquotas saltaram de 14% para 25%. E, segundo se comenta, prevê-se que mais 100 itens sofrerão reajustes.

A Abimaq, conforme explica André Luís Romi, presi-dente da CSMF (Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta

e Sistemas Integrados de Manufatura), tem defendido que o Brasil deve criar condições se-melhantes às dos demais países, de maneira que a concorrência seja mais equilibrada e justa. “A entidade não preconiza o protecionismo, senão condições isonômicas”, enfatiza ele.

Hoje, o empresário se pergunta se vale mais a pena fabricar ou importar

A principal preocupação vem do fato de que a indústria manufatureira está perdendo compe-titividade, ano após ano. “Hoje, o empresário se pergunta se vale mais a pena fabricar ou impor-tar. Se a decisão for pela importação, fatalmente não precisará investir localmente e, consequen-temente, não precisará de máquinas-ferramenta, sejam nacionais ou não”, detalha ele.

O País experimentou, nos últimos anos, re-memora Romi, uma drástica redução da produ-ção industrial, resultando no “desadensamento”

PrOTEçãO OU ABErTUrA

do MErcado nacional?

P

14

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panorama do setorpanorama do setor panorama do setor

das cadeias dos mais variados ramos. Persistin-do esse cenário de incremento dos custos e de real apreciado, o processo de desaceleração das atividades poderá se acentuar ainda mais. “O Governo Federal está ciente disso e tem feito ajustes, normalmente na forma de incentivos pontuais, sabendo, contudo, que as grandes reformas estruturais é que irão fazer a diferença e que não possível implementá-las no curto prazo”, assinala o presidente da Câmara.

Batendo na mesma tecla, Alfredo Ferrari, diretor de vendas da Ergomat, observa inicial-mente que a indústria nacional de máquinas-ferramenta abriga diversos fabricantes de ele-vado nível tecnológico que atendem, inclusive, mercados de exportação bastante exigentes. “O problema básico é que os custos gerados no País não são compatíveis com aqueles de bens de capital vindos no Exterior, principalmente os provenientes da Ásia”, aponta.

Por esse motivo, prossegue o diretor, é que “a defesa comercial é absolutamente ne-cessária para que haja uma equivalência nas condições para a formação de preços entre o produto nacional e o de fora”. Além do mais, ele salienta que máquinas importadas de alta tecnologia, que não têm similares aqui, contam com o "ex-tarifário", ou seja, uma alíquota de somente 2%.

Na outra ponta do debate, alguns econo-mistas e a Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) preconizam que a indústria domés-tica deveria se globalizar. Para tanto, propõem que sejam eliminadas as medidas protecio-nistas e que se abra o mercado. Argumentam que o “choque de competitividade” forçaria a modernização do parque instalado e haveria queda de preços.

De cara, Ennio Crispino, presidente da Abimei, critica o aumento das alíquotas im-posto sobre os bens de capital importados. “Essas máquinas são necessárias ao País. É um contrassenso que prejudica a concorrência, assustando o empresariado, que já enfrenta condições adversas como inflação e juros altos”, ressalta.

As empresas, raciocina ele, seguirão com-prando bens de fora, só que agora a preços mais altos, e este custo adicional será repassado

aos consumidores. “É um procedimento in-justificável, pois quem vai pagar a conta é o cidadão”, frisa o executivo, que lembra, aliás, que muitas companhias nacionais também importam para sobreviver. “Simplesmente não vale a pena fabricar no Brasil devido a fatores como custo e escala”, analisa.

Prosseguindo, Crispino afirma que, em vez de proteger a indústria local, o governo deveria incentivar a instalação de novas plantas de multinacionais, e não só no setor automotivo. “Esta iniciativa beneficiaria o País, geraria maior produção e mais empre-gos”, assegura.

Indo mais longe, ao examinar as naturais resistências a esta diretriz, ele diz que “o segmento industrial é formado por oligo-pólios, que não querem perder a primazia”. O líder da Abimei, em contraponto, advoga o desenho de uma política fundada em uma visão globalizada, prevendo a inserção do Brasil em cadeias produtivas mundiais, o que até poderia levá-lo a “invadir” outros mercados com manufaturados.

Crispino, não obstante, ressalva: “Não somos contra a indústria nacional, não queremos que ela desapareça, até porque ela precisa estar bem para comprar de nós. Mas não é correto que ela usufrua de um mercado fechado”. E retoma, a propósito, um velho lema: “Quem não tem competên-cia não se estabelece”.

Como exemplo de estratégia bem-sucedida, ele cita o México, que, segundo ele, apesar dos problemas sociais graves enfrentados, não se fechou comercialmente e estaria crescendo de modo excepcional. “Aquele país incentivou a manufatura, re-cebendo empresas americanas que não de-sejavam mais fabricar na China e passaram a usá-lo como uma região logisticamente mais favorável. Com isso, o consumo local de máquinas subiu muito”, garante ele.

"O México, arremata Crispino, agiu mo-vido por uma visão de futuro, avessa ao iso-lamento comercial. O Brasil, em contraste, a seu juízo, teria optado pelo protecionismo e pela celebração de parcerias inexpressivas, como as formalizadas com o Mercosul e a Venezuela."

Hoje, o empresário se pergunta se vale mais a pena fabricar

ou importar

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FABrICANTES IMPLANTAM

TECNOLOGIAS AvANçAdAS

Mesmo com a retração recente da economia e dos negócios,

o setor continua investindo em tecnologias mais eficientes

panorama do setor16

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m tempos de acirramento da competição, modernizar plantas e aumentar a produtividade se tornaram direti-vas incontornáveis para a indústria de transformação. Daí a exigência crescente de que as máquinas-ferra-

mentas adquiridas propiciem controle integral dos processos e ostentem características como maior velocidade e precisão, incorporando o estado-da-arte tecnológico.

“Há no país um enorme campo para se promover o consu-mo desses tipos de equipamentos mais sofisticados, na subs-tituição de um parque, a nosso ver, ainda modesto”, afiança André Luís Romi, presidente da CSMF (Câmara Setorial de Máquinas-ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura) da Abimaq. Ele acrescenta que a tendência de introduzir tec-nologias mais eficientes, consolidada há anos nos mercados mais maduros, como nos EUA, na Europa e em parte da Ásia, hoje também é realidade nas nações emergentes.

A tendência de introduzir tecnologias mais eficientes hoje também é realidade nas nações emergentes

Entre os recursos mais demandados atualmente, Romi cita os seguintes: menor tempo de preparação e programação, elevado grau de flexibilidade, controle absoluto das tolerâncias de posicionamento, operações múltiplas realizadas em uma mesma máquina, monitoramento de desgaste de ferramentas e automatização para carga e descarga das peças.

Por sua vez, Alfredo Ferrari, diretor de vendas da Ergomat, menciona que, cada vez mais, as empresas de manufatura em geral enfrentam a necessidade de confeccionar produtos diversificados em menores quantidades, além de precisarem inovar com maior frequência. Nesse sentido, “as máquinas-ferramenta modernas têm como objetivo elaborar peças, por mais complexas que sejam, por completo, eliminando opera-ções posteriores”, descreve o executivo.

Desse modo, tornos CNC, centros de usinagem e retifica-doras acionados por comandos numéricos, explica Ferrari, são equipamentos concebidos para contemplar esses requerimen-tos. Com esse atributo, as peças manufaturadas terão maior precisão, melhor acabamento e com custos bem menores. “Assim, as máquinas-ferramenta convencionais e as linhas de usinagem dedicadas à produção de um único item passam a ser substituídas por máquinas CNC, isoladas ou integradas em células automatizadas, trabalhando de forma flexível, atendendo diversos itens”, pormenoriza.

Estes avanços, complementa Romi, decorrem de níveis adequados de investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvol-vimento). “Mesmo com a retração recente da economia e dos negócios, nós não nos descuidamos. Anualmente são aplicados pelas empresas recursos entre 2% a 4% do faturamento, índice representativo se comparado com a média do setor industrial brasileiro”, conclui ele. ME

FABrICANTES IMPLANTAM

TECNOLOGIAS AvANçAdAS

Mesmo com a retração recente da economia e dos negócios,

o setor continua investindo em tecnologias mais eficientes

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panorama do setor

*irineu uehara é jornalista

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evento

com uma perspectiva otimista que acontece, de 3 a 8 de junho próximo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a 14ª edição da FEIMAFE - Feira Internacio-

nal de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, organizada e promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado com o apoio de entidades do setor.

O otimismo tem a ver com o fato da produção brasileira estar retomando o ritmo de crescimento, em diversas áreas do País. Até junho de 2012 a venda de máquinas e equipamentos cresceu 2,1% em rela-ção ao mesmo período de 2011. Apenas durante o primeiro semestre deste ano, o faturamento foi de R$ 39,93 milhões. Só em exportações, houve aumen-to de 11,6%, o que corresponde a US$ 5,9 bilhões – segundo a a Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, apoiadora oficial da Feimafe.

O aumento da produtividade industrial foi registrado também em pesquisa do IBGE, que

diagnosticou crescimento em nove estados brasileiros. O BNDES, por sua vez, também divulgou dados positivos – que devem garantir investimentos e geração de negócios em 2013 e nos anos seguintes.

A edição 2013 espera atrair 1300 marcas nacionais e importadas, e anuncia uma área de exposição de 85.000 m² de exposição, 5 mil m² a mais do que nas duas últimas edições. "Reali-zada a cada dois anos, a Feimafe soma quase 30 anos de existência, e o constante crescimento de expositores, visitantes/compradores e área de exposição comprovam que a feira é reco-nhecida como referência em negócios e tec-nologia para o setor de máquinas-ferramenta e de controle de qualidade, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina", explica Liliane Bertoluci, diretora da feira.

Para se ter uma ideia dessa história de sucesso, basta conferir os números da edição

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FEIMAFE 2013acontEcE EM cliMa dE otiMisMoEvEnto é rEfErência EM nEGócios E tEcnoloGia

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evento

As máquinas-ferramenta são um dos setores indus-triais que melhor conse-guem indicar aquecimen-to da produção nacional. São elas as encarregadas de produzir inúmeras pe-ças e componentes que, por sua vez, comporão os mais variados produtos industrializados.

de 2011. Foram mais de 71.800 visitantes/compradores, sendo 1.345 deles provenientes 59 países - entre empresários, engenheiros e técnicos de produção e manutenção, univer-sitários e outros. - que entraram em contato com máquinas, equipamentos e ferramentas de alta tecnologia, produzidos por expositores de 1.341 marcas do Brasil e do exterior. O alto perfil técnico dos visitantes também é uma característica do evento. Dos presentes na úl-tima edição, 79% tinham influência direta no processo de compra, 31% possuíam cargos de liderança em suas empresas, 49% pretendiam comprar produtos, máquinas e equipamentos

e 50% tinham intenção de networking com colegas e profissionais do mercado.

A Feimafe 2013 também recebe apoio institucional da CSMF, Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura; CSHPA, Câmara Setorial de Equipamentos Hidráulicos, Pneumáticos e de Automação Industrial; CSQI, Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Instrumentos para Controle de Qualidade, Ensaio e Medição e do Sinafer, Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral do Estado de São Paulo. ME

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gestão

A INFLUêNCIA dA COMPETêNCIA dE LIdErANçA

E GEstão dE pEssoas dos supErvisorEs

NOS rESULTAdOS dA OrGANIzAçãO INdUSTrIAL

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tualmente as mudanças no cenário econômico e social no setor industrial, em nível nacional e internacional,

acontecem cada vez em menor espaço de tempo e maior profundidade.

No Brasil, especificamente, o setor enfrenta o aumento de custos e a diminuição de receitas com minimização da margem de lucro, da ca-pacidade de investimento e da competitividade internacional.

Estudo de autoria de técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que se encontram carências mais disseminadas entre as ocupações que exigem menor nível de escolaridade, do que entre as profissões de nível superior.

Esse foco tende a identificar as carências específicas e, a partir daí, tentar reduzi-las, no curto prazo, com políticas que maximizem a capacitação, manutenção e educação profis-sional continuada da mão de obra. Que tal “cabeça de obra”?

Então a ação importante e prioritária deve ser como conseguir os resultados em qualida-de, produtividade e baixo custo, com os recur-sos disponíveis. Nesse contexto são relevantes os recursos humanos – as pessoas.

Sim, eles são recursos. Não os desqualifi-que. Dê a eles a ênfase que se dá aos outros recursos. Na verdade dê mais ênfase. Trabalhar com pessoas não é mais difícil que com os ou-tros recursos. Requer conhecimento, técnicas e métodos como qualquer outra área.

O nível de supervisão, gerentes “do chão de fábrica” nesse processo, é responsável

A direto por “fazer acontecer” os resultados estratégicos e táticos definidos, por meio e com pessoas. Mas na maioria das vezes os supervisores são promovidos com base na sua competência técnica e então são chama-dos a usar com eficácia a competência de liderança e gestão de pessoas.

Eles devem entender:• os processos de motivação, relaciona-mento interpessoal e trabalho em equpe;• a influência das crenças pessoais nocom-portamento dos indivíduos e grupos;• que o estilo participativo por resultados é diferente de ser autoritário ou “bonzinho”;• que o real gerente de recursos humanosé o próprio supervisor e a área de RH é sua consultora e assessora.

Isso faz com que se torne prioritário o desenvolvimento da competência de lideran-ça e gestão de pessoas dele, a fim de obter o comprometimento dos “cabeças de obra” e a mensuração dos resultados.

O interessante é que, há 3 anos, pesquisas apontam que planos de T&D da maioria das organizações dão ênfase ao desenvolvimento dessa competência – Liderança.

Organizações Industriais, usem sua re-siliência e continuem com esse foco! Vale a pena! E, se for o caso, avaliem os objetivos e a mensuração dos resultados, além da “avaliação de reação” feita após o final dos programas.ME

*EdUArdO rOChA

*Eduardo Rocha é diretor da dsg–Eduardo Rocha e Associados. (www.dsgconsult.com.br). Consultor de Gestão há 38 anos, é Certified Management Consultant by ICMCI, e especialista em Desenvolvimento Gerencial e Gestão de Pessoas. Ocupou cargos executivos em oito orga-nizações. É Conselheiro consultivo permanente do IBCO.

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mercado

om a alta de 6,2% nas vendas no mercado interno em 2012, para 69.374 unidades, o setor de máquinas agrícolas obteve um desempenho considerado "histórico"

pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e deve repetir o bom desempenho este ano. "Apenas na dé-cada de 70 tivemos um desempenho superior, quando as vendas recordes foram estimuladas por programa do governo para a ocupação agrícola do Centro-Oeste e do Norte do Bra-sil", explicou Milton Rego, diretor da área na Anfavea.

Segundo ele, alta nas vendas foi puxada pela disparada nos preços das commodities agrí-colas, após a quebra na safra norte-americana,

aGrícolas tEvE dEsEMpEnho histórico EM 2012

SETOr dE MáQUINAS

bem como pela redução para 2,5% nos juros de financiamentos das máquinas agrícolas dentro do Programa de Sustentação do In-vestimento (PSI).

Para 2013, a Anfavea espera uma alta de 4% a 5% nas vendas, para entre 72,7 mil e 72,9 mil unidades e de 3,1% na produção, para 86,2 mil veículos. Já a exportação deve ficar estável ante 2012, em 16,9 mil máquinas agrícolas. Fonte: Estadão ME

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segundo a anfavea, vendas no mercado interno registraram alta de 6,2%, com quase 70 mil unidades vendidas

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Romi está apostando na consolidação da sua participação no mercado mexi-cano de máquinas-ferramenta. Desde meados de 2012, vem realizando di-

versas ações, naquele país, que já resultaram em vendas – incluindo duas máquinas de sua linha de Tornos CNC Pesados para duas grandes empresas dos setores de siderurgia e de compo-nentes para a extração de petróleo. Desde março de 2013, a empresa conta com uma gerente comercial mexicana, responsável por fortalecer a marca e aumentar a rede de distribuição no país. A Romi é empresa líder brasileira no setor de máquinas para processamento de plásticos e máquinas-ferramenta ME.

nvestidores da empresa Quark, que reúne uma em-presa da Malásia (SCOMI) e duas do Brasil (Grupo MPE e Brasell), estão interessados na implantação de uma fábrica para produção de veículos elétricos de

alta capacidade, chamados POD-SIT. Utilizado para trans-portar milhares de pessoas, todos os anos, no aeroporto de Heathrow em Londres, o sistema está se tornando uma das soluções mundiais de mobilidade urbana.

De acordo com o dirigente do grupo, Halan Lemos Moreira, o Estado chama a atenção dos investidores pela referência na produção de fibra, metalmecânica e mão de obra qualificada. O grupo avalia os incentivos disponíveis pelo Estado, assim como a cadeia de fornecedores. Já há disponibilidade de terrenos para a construção da fábrica, em municípios que manifestaram interesse em atrair o in-

vestimento.Se confirmado o investimen-

to, a fábrica será responsável pelo fornecimento do produto para os estados brasileiros. São Paulo e Rio de Janeiro já realizam os estudos necessários para a im-plantação do sistema POD-SIT. Em Santa Catarina, o Consórcio

Floripa em Movimento participa de uma Manifestação Pú-blica de Interesse (PMI) e o apresenta como proposta para a solução de mobilidade urbana, integrado ao transporte marítimo e monotrilho.

Segundo Moreira, o POD-SIT deverá ser fabricado no Brasil, com tecnologia inglesa transferida para a Quark, e Santa Catarina representa a alternativa com maior potencial para isso no momento. ME

Investidores da empresa Quark estão interessados na implantação de uma fábrica para produção de

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mercado

unidade brasileira do grupo SKF, líder mundial na fabricação de rolamentos, equipamentos de monitoramento e ser-viços industriais, acaba de inaugurar sua

primeira unidade no Centro Oeste. O novo escritório em Três Lagoas (MS) faz parte de uma estratégia de regionalização dos negócios da companhia, que inclui proximidade com os clientes e aumento da demanda por produtos e serviços industriais. A SKF estima receita próxi-ma aos R$ 12 milhões para a unidade sul-mato-grossense a partir 2015, especialmente com a venda de produtos e serviços de manutenção industrial para os setores de Papel e Celulose e Alimentos e Bebidas.

“A região concentra grandes operações industriais de papel e celulose e de açúcar e álcool. Estamos de olho nesses segmentos e atentos às oportunidades na região. Vamos concentrar nossos esforços para ajudar essas empresas a melhorarem sua produtividade, a afastarem o risco de paradas não programadas e aumentar o desempenho produtivo”, explica Carlos Alberto Fernandes, diretor de serviços industriais da SKF do Brasil.

A partir de Três Lagoas, a SKF pretende expandir seus negócios na região Centro Oeste. Com a abertura dessa unidade, a companhia

pode atuar em duas frentes: suporte à rede de distribuidores autorizados e execução de ser-viços em manutenção industrial. Os produtos da empresa, como rolamentos, correias, polias, acoplamentos e correntes, ajudam a aumentar a eficiência operacional das indústrias e a reduzir os custos das operações com paradas não pro-gramadas em máquinas e equipamentos. Por meio da execução de serviços, a companhia faz manutenção preditiva e proativa em siste-mas rotativos e ajuda grandes conglomerados a obter mais eficiência na gestão de ativos. Fonte: Fator Brasil ME

SKF INAUGUrA TErCEIrA OPErAçãO

rEGIONAL EM TrêS LAGOAS

Companhia sueca pretende faturar R$ 12 milhões

a partir de 2015 com serviços

de manutenção industrial

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Grupo Bener amplia a linha de máquinas da divisão Bener High-tech, que passa a representar com exclusividade no Brasil o Grupo EMCO Industrial. A consagrada marca austríaca vem se

juntar ao portfólio da Bener High-tech, que conta com fabricantes reconhecidos pela qualidade tecnológica de suas máquinas, voltadas principalmente para a usinagem seriada e ferramentaria de altíssima precisão. A parceria segue uma trajetória de excelência iniciada com a repre-sentação exclusiva da Makino, feita pela Bener no início de 2012, em todo o território nacional.

A Bener irá representar toda linha EMCO, com foco inicialmente nos centros de torneamento multitarefa: máquinas completas, de alta tecnologia e elevada preci-

são. Os equipamentos incluem ferramentas acionadas na torre, podendo ser configurados com contra fuso, eixo C, dupla ou tripla torre, eixo Y, cabeçote fresador com eixo B, além de sistema de carga e descarga automáticos.

Robson Privitera, gerente da Bener High-Tech, afirma que a nova parceria agrega um diferencial importante ao portfólio da divisão: “A EMCO é reconhecida no mundo inteiro por fabricar uma linha muito grande de má-quinas que podem executar múltiplas tarefas, como, por exemplo, o centro de torneamento MT45-SM (linha MaxxTurn) que executa tor-

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A Bener High-Tech, divisão dedicada ao segmento de máquinas com alta tecnologia

embarcada, pas-sa a representar

com exclusividade no Brasil o Grupo EMCO Industrial

economia

GrUPO BENEr ASSINA rEPrESENTAçãO COM A EMCO

neamento, fresamento, furação e rosqueamento de peças complexas, em apenas uma fixação”.

Ele destaca as características construtivas da máquina, que está sendo apresentada pela primeira vez no Brasil no estande da Bener na Feimafe 2013. O equipamento possui uma base de elemento mineral, que não dilata e assegura grande absorção às vibrações geradas durante a usinagem. “Isso proporciona uma usinagem mais uniforme e um grau de acabamento super-ficial superior, garantindo excelente repetibilida-de das peças trabalhadas e isentas de vibração”, explica. De acordo com o gerente do Grupo Bener, os centros de torneamento da EMCO têm grande aplicação desde o setor automobilís-tico, aeroespacial, energia, óleo, gás, mineração e ferramentarias em geral, entre outros. ME

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GrUPO BENEr ASSINA rEPrESENTAçãO COM A EMCO

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Brasil necessita de um salto nos investimentos públicos para retomar a rota de crescimento econômico, em 2013. Segundo o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura

(Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas, a indústria está preocupada com o ritmo de desembolsos da União nos investimentos em infraestrutura e aumento da capacidade produtiva, sem os quais o país terá dificul-dades para reduzir custos e melhorar a competitividade dos produtos brasileiros.

Estudo da ONG Contas Abertas mostra estag-nação nos investimentos públicos nos últimos anos. Em 2012, quando a economia cresceu apenas 0,9%, os gastos da União com infraestrutura ficaram em 1,06% do PIB. A taxa é inferior à de 2010 (1,16%) e supera por pouco a registrada no ano passado (1,01%). “Países, como a Índia, têm 6% do PIB em investimen-tos públicos em infraestrutura e vemos ministérios importantes com ritmo de desembolso abaixo de anos anteriores”, observou Mascarenhas.

O principal foco das preocupações está no Minis-tério dos Transportes. Encarregada de executar obras de rodovias e ferrovias, a pasta desembolsou R$ 10,5

bilhões em 2012 na melhoria e ampliação das malhas do país. O valor representa uma queda de 23% em relação ao ano anterior. “É preciso recuperar a capacidade de investimento na área de transporte para evitar problemas com a taxa de investimentos, no contexto mais amplo”, ava-liou Gil Castelo Branco, consultor de economia da ONG Contas Abertas.

ENTRAVES – A eliminação dos princi-pais entraves para destravar os investimentos públicos é essencial para consolidar os planos de infraestrutura anunciados pelo governo fede-ral, na visão do presidente do Coinfra. Para os próximos anos, estão previstos R$ 133 bilhões em investimentos em ferrovias e rodovias, além de R$ 54,2 bilhões para ampliação da estrutura portuária e construção de novos terminais. Ain-da segundo Mascarenhas, para tirar as obras do papel é preciso reduzir a burocracia, aumentar a segurança e melhorar a gestão dos projetos no setor público. “O Brasil precisa de infraestrutura para termos uma indústria mais competitiva”, disse. Fonte: Portal da Indústria ME

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BAIxO INvESTIMENTO PúBLICOna EconoMia prEocupa a indústria

O principal foco das preocupa-ções está no

Ministério dos Transportes

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o admitir, em entrevista ao jornal Valor, que a política fiscal se subordinará ao desempenho da economia e que o superávit primário não será perseguido a qualquer custo, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, confirmou

o que muitos analistas já davam como certo: o tripé macroeconômico adotado no Brasil desde 1999 está, ao menos momentaneamente, suspenso. Para alguns, é uma péssima notícia. Para outros, é apenas fruto da conjuntura nacional (baixo crescimento) e internacional (grave crise).

"O câmbio não flutua mais faz tempo, a meta de inflação não é mais de 4,5% e a política fiscal passa a ter o papel de incentivar o crescimento da economia", disse o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa. "Essa política começa a prejudicar as conquistas dos últimos anos. A inflação está elevada, porque a taxa básica de juros vem sendo usada também para ajudar no crescimento, o setor externo está se desequilibrando, porque o governo não para de estimular a demanda, e, pela primeira vez nos últimos anos, a relação entre a dívida líquida e o PIB subirá na comparação de um ano com o anterior."

O economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria Integrada, vai na mesma linha. Para ele, o tripé econômico foi substituído por uma nova matriz. "No lado fiscal, as metas são secundárias e não têm mais tanta importância", afirmou. Em relação ao câmbio, Salto disse que o BC busca um nível para a cotação na faixa de R$ 2 por dólar, em tese para garantir um estímulo para a exportação de produtos manufatura-dos. "Mas ninguém viu nem a fumaça dessas exportações."

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gon-çalves, nota que houve mesmo mu-dança no tripé. "Mas isso é decorrência da conjuntura", diz. "Talvez ninguém tenha coragem de dizer isso abertamente, mas muitos, quando defendem o cumprimento do centro da meta de inflação a qualquer custo, querem, na verdade, provocar uma recessão no País." Ele diz ainda que Augustin acerta ao admitir publicamente aquilo que o governo, na prática, já vinha fazendo: uma política fiscal subordinada ao nível da atividade econômica.

Outro que relativiza o papel do tripé - e a maneira dogmática com a qual é tratado por parte dos analistas - é o professor da FGV Amir Khair. "Uma economia não se faz apenas com um tripé, se faz com equilíbrio interno (resultado fiscal), equilíbrio externo (conta corrente), crescimento econômico e distribuição de renda", afirmou. "Se tivéssemos de discutir metas, talvez a mais impor-tante seja a de crescimento, que até temos, mas não seguimos." Fonte: O Estado de S.Paulo ME

Secretário do Tesouro admite que política fiscal

do governo vai estar atrelada ao desempenho

da economia

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Banco Central elevou a previsão de infla-ção para 2013 e 2014 e estimou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deste

ano crescerá 3,1. O IPCA, índice de inflação oficial, ficará em 5,7% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,8%. No próximo ano, foi estimado em 5,3%, acima da previsão anterior, de 4,9%.

O BC estima ainda que a inflação em 12 meses vai estourar o teto da meta no segundo trimestre deste ano, chegando a 6,7%. Segundo o documen-to, os preços terminam o primeiro trimestre de 2013 no teto da meta, em 6,5%, e só começam a recuar a partir do terceiro trimestre.

As informações são do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em 28/3 último, um dia após a presidente Dilma Rousseff criar polêmica ao dizer que não concorda com políticas que reduzem o crescimento para combater a inflação.

Em relação ao PIB, a projeção anterior, que considerava os quatro trimestres encerrados no terceiro trimestre de 2013, previa alta de 3,3% dentro desse intervalo. Já o consumo das famílias deve mostrar elevação de 3,5% no ano --o rela-tório anterior projetava crescimento de 4%. Em 2012, apresentou alta de 3,1%. ME

OPIB deste ano crescerá 3,1%

PrEvISãO dE

INFLAçãOsobE para 5,7%

ANALISTAS CrITICAM 'ABANdONO' dO TrIPé MACrOECONôMICO

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PrOdUTO BrASILEIrOEstá 34% Mais caro, aponta fiEsp

"custo Brasil", aliado à valorização cambial, torna o produto brasileiro 34,2% mais caro em relação aos princi-pais países que exportam para o Brasil,

revela estudo do departamento de competitivi-dade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que levou em consideração os 15 países que mais fornecem manufaturados ao Brasil. O universo pesquisado representa 76% das importações de industrializados do país. O levantamento levou em consideração dados de 2012.

Um dos fatores mais destacados no estudo para a elevação do custo de produção brasileira é a carga tributária. O levantamento da Fiesp mediu de forma separada os efeitos dos tribu-tos indiretos e dos diretos. Segundo o estudo, o peso dos tributos diretos brasileiros torna o produto doméstico 6,7% mais caro que o dos países parceiros e 5,1% mais caro que o da China.

No cálculo, foi considerada a desoneração da folha de pagamentos que entrou em vigor

para algumas atividades da indústria de transfor-mação no ano passado. Isso, segundo o estudo, reduziu a participação da carga tributária no preço industrial em 0,5 ponto percentual.

Outro problema, porém, está nos tributos indiretos, que deveriam somente incidir sobre o valor adicionado. Dificuldades na forma de cál-culo desses tributos, porém, provocam perdas com créditos, o que torna irrecuperável parte do recolhimento. De acordo com o estudo da Fiesp, esses tributos irrecuperáveis elevam em 5,8% o preço do produto industrial na compa-ração com os países parceiros e em 6,1% em relação à China.

José Ricardo Roriz Coelho, diretor de com-petitividade da Fiesp, exemplifica como tributos irrecuperáveis o PIS e a Cofins recolhidos sobre receita pelas empresas e em estudo para reforma pelo governo federal. Atualmente o cálculo não cumulativo das duas contribuições não permite que as empresas usem como crédito o PIS e a Cofins pagos em todas as despesas. Somente os insumos empregados na fabricação e que

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o universo pesquisado repre-senta 76% das importações de industrializados do país

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são incorporados no produto dão direito a crédito.

O estudo mediu ainda o impacto da buro-cracia necessária para acompanhar as mudanças tributárias e o excesso de normas para diversos impostos. Os custos da burocracia brasileira trazem um adicional de 2,9% aos preços dos produtos brasileiros em relação ao dos parceiros e em 3% na comparação com a China.

O impacto do câmbio também foi analisado. Segundo o estudo, a moeda nacional ainda está valorizada em relação ao dólar, com apreciação de 29% calculada em janeiro. A valorização do real pode beneficiar parte da indústria ao ajudar a reduzir o custo de insumos importados.

A absorção dessa redução de custos, porém, está limitada, em média, a 40,2% do preço final do produto industrial. Isso faz com que uma valorização de 25% da moeda nacional ante o dólar, por exemplo, resulte em uma redução de máxima de 10% no preço final do produto industrial.

Os cálculos levam em consideração a matriz insumo-produto do Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE). O cálculo leva em conta que o custo de insumos, componentes, partes e peças correspondem a 40,2% do preço do bem industrial. O restante são despesas não afetadas pela variação cambial, como salários, tributos, lucros e demais custos operacionais.

O maior problema acontece quando o produto da indústria nacional concorre com o importado, que absorve de forma quase integral o efeito da valorização da moeda nacional. Para manter a competitividade nessas condições, diz Roriz, a indústria doméstica teria de corrigir a distorção por meio da redução da margem bruta. Alguns segmentos, porém, diz ele, já trabalham com margens apertadas.

A tributação na importação, segundo o es-tudo, é amena, o que acaba facilitando a entrada de produtos externos. Diferentemente do que se pensa, diz Roriz, a alíquota efetiva de impor-tação brasileira é bastante baixa em relação ao máximo de 35% permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O levantamento indica que a alíquota média praticada na im-portação é de 9,8% para o universo dos países de origem mais importantes. Para os produtos "made in China", a alíquota média é de 14,7%. Fonte: Valor Econômico ME

PArA FOrMULAdOr dO PLANO rEAL,

BrASIL dEvE rEPENSAr CrESCIMENTO

m palestra para economistas e estudantes no Insper, por ocasião do lançamento de seu livro "Os Limites do Possível" (Portfólio/Penguin), em 29 de abril último, um dos formu-ladores do Plano Real, o economista André Lara Resende,

afirmou que os brasileiros devem entender os problemas que estão na gênese da turbulência e buscar caminho alternativo.

Ele disse que, no passado, chegou a pensar que os problemas éticos da riqueza deveriam ser debatidos apenas quando o país alcançasse o desenvolvimento econômico. "Hoje, eu diria que não concordo [com essa afirmação]. Acho que o Brasil não deve percorrer o caminho que foi percorrido, deve procurar um caminho alternativo. Deve entender já esses problemas", afirmou.

ESGOTAMENTOPara Resende, a crise de 2008 "não é mais uma crise", pois revela

um esgotamento do próprio modelo de crescimento econômico. Os países desenvolvidos, diz ele, perderam seus motores de propulsão - o crescimento da população e a transformação tecnológica. Entretanto, concluíram que a estagnação é resultado da má gestão da economia.

"Isso leva a uma reação de desespero, do 'vamos crescer de qualquer forma'. Injetam na economia estímulos essencialmente de demanda, quando a demanda está esgotada, com riscos grandes de provocar todos os tipos de distorção e crises futuras muito graves", afirmou.

Tanto a saída via estímulos monetários (como adotado nos EUA e no Japão) quanto a dos incentivos patrocinados pelo Estado (como a tentativa brasileira de recuperar o crescimento) foram alvo de crí-ticas de Resende. Sem falar explicitamente do Brasil, o economista disse que os estímulos com gastos públicos têm força multiplicadora menor em economias abertas. "É altamente questionável. Gastam-se recursos públicos para estimular a demanda em países de quem se está importando", afirmou.

Desde 2010, quando o Brasil saiu da primeira fase da crise mundial, as importações crescem amparadas no aumento da renda interna e abocanham mercado da indústria local, que sofre com altos custos de produção. Fonte: Folhapress ME

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Para o economista André Lara Resende o Brasil não deve ficar alheio ao debate sobre os motivos que provocaram a crise nos países desen-volvidos e sobre as receitas contra a estagnação econômica

economia

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31mercado empresarialmercado empresarial

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ZF lançou a primeira transmissão automática de 9 velocidades (9HP) feita no mundo para automóveis com motores dianteiros transversais. Entre suas características, destaque para a eficiência nas trocas de marchas, devido ao escalonamento próximo entra as

9 velocidades, tornando as mudanças praticamente imperceptíveis, bem como um design compacto e sistemas modulares.

Estes benefícios convenceram a Land Rover, fabricante inglesa de automóveis Premium, a adotar a nova transmissão de 9 velocidades, que terá sua produção em escala iniciada no final de 2013 na moderna unidade industrial da ZF na cidade de Gray Court, no Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Na comparação com os padrões anteriores de transmissões auto-máticas de 6 velocidades em aplicações dianteiras tranversais, a 9HP da ZF consegue reduzir consideravelmente o consumo de combustível e as emissões de CO2. A alta eficiência da 9HP está ligada ao conceito técnico do produto, que realiza a escolha da melhor marcha valendo-se do grande número de opções de velocidades.

A empresa desenvolveu as várias velocidades da 9HP com o auxilio de quatro conjuntos de engrenagens individuais e seis elementos de engate. Foi um desafio especial colocar todos esses componentes na transmissão.

Durante o processo de construção, verificou-se que, por causa do prin-cípio de construção dos automóveis com motores dianteiros transversais, o espaço existente para a instalação da transmissão era muito limitado. Por conta disto, os conjuntos de engrenagens não foram colocados em linha um atrás do outro no eixo longitudinal da caixa – optou-se por aninhá-los dentro da transmissão. Este conceito foi possível operando hidraulicamente os elementos de contato constante, que foram integrados à transmissão sem impactarem em seu tamanho ou eficiência.

Um conversor de torque é utilizado como o elemento standard de partida da 9HP. No conversor, um sistema multi-estágios de amorteci-mento de torção minimiza as perdas hidráulicas, ao fechar rapidamente o conversor de torque durante as velocidades baixas. Com a sua conexão direta ao motor, a transmissão reduz o consumo de combustível e aumenta o conforto e a dinâmica de condução.

Sistema de construção flexívelA ZF concebeu a 9HP como um kit modular, de modo que ela pode

ser usada nos mais diversos tipos de aplicações em automóveis. Existem dois modelos da transmissão, que abrangem uma faixa de torque entre 200 e 480 Nm. Além disso, a função start-stop opera sem a necessidade de bomba de óleo adicional – e pode ser utilizada em sistemas híbridos. No caso de arquiteturas híbridas paralelas, o conversor de torque é subs-tituído por um motor elétrico.

Vale ressaltar que a 9HP possui uma estrutura de software e interface abertas e, também, uma poderosa unidade eletrônica, o que significa que é possível integrá-la de forma flexível a diferentes conceitos de veículos. ME

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Destaque para a eficiência nas trocas de marchas

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expressão "escrever a mão livre" nunca pareceu tão real. Christoph Amma, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na

Alemanha, criou um equipamento que permite substituir o teclado pela escrita direta, feita em pleno ar. Segundo ele, sua intenção era criar um dispositivo de interface que permita operar os chamados computadores de vestir, uma tecno-logia emergente que prevê que os computadores estarão em todos os lugares, acompanhando o usuário onde ele for.

"A luva de escrever no ar é usada para escrever letras a mão livre, como se estivés-semos usando um quadro invisível; [assim] a interação é incorporada de forma transparente na vida diária," diz ele. A luva possui sensores de aceleração e giroscópios para rastrear os movimentos da mão com muita precisão. "Ao contrário dos sistemas baseados em câmeras, esses sensores são muito pequenos, portáteis e robustos," afirma Amma.

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AdEUS TECLAdOS: ESCrEvA A MãO LIvrE NO Ar

O maior trabalho, contudo, é feito pelo software que recebe e interpreta os movimentos. Amma desenvolveu um algoritmo que descarta qualquer movimento que não se pareça com escrever em um quadro invisível à frente do usuário - coisas como comer, atender o celular ou coçar o nariz.

O programa possui um modelo estatístico para as caracte-rísticas de movimento equivalentes a cada letra, o que permite levar em conta as diferenças de escrita de pessoa para pessoa. Na versão atual, o programa reconhece frases completas escritas em letra de forma. "O sistema tem uma taxa de erro de 11%. Quando é adap-tado para o estilo individual de escrita, a taxa de erro cai para 3%," diz Amma.

Segundo ele, o sistema é ideal para uso em conjunto com óculos de realidade virtual, nos quais câmeras projetam as imagens à frente dos olhos da pessoa, simulando telas muito grandes. "Quando um sistema desses é combinado com a possibilidade de introduzir comandos de entrada e textos por meio de gestos, você nem mesmo precisa de um aparelho nas mãos," disse o pesquisador. Fonte: Inovação Tecnológica ME

Equipamento permi-te substituir o teclado

pela escrita direta, feita em pleno ar

cases & cases

A luva de escrever no ar é ideal para uso em conjunto com óculos de realidade virtual, nos quais câmeras projetam as imagens à frente dos olhos da pessoa, simulando telas muito grandes

Imagem: KIT

33mercado empresarialmercado empresarial

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tender às necessidades e expectati-vas específicas de cada cliente com competência, qualidade e rapidez: essa é a filosofia que norteia a traje-

tória da LotusMetal, empresa sediada na Vila Guilherme, na capital paulista, e que vem se destacando na área de distribuição de metais não-ferrosos, como alumínio, cobre, latão, bronze e estanho.

Para isso, a empresa conta com uma es-trutura moderna, ágil e eficiente. Na área de atendimento aos clientes, há uma equipe de profissionais altamente capacitados para suprir as mais diferenciadas exigências do mercado - oferecendo também suporte técnico e comer-cial para eventuais dúvidas sobre os produtos oferecidos. Em seu centro de distribuição dispõe não só de produtos semi acabados nos mais variados formatos, como também de processos de corte de materiais para atender às mais diferentes especificações. Na logística, conta com frota própria de caminhões para atendimento na grande São Paulo, possibilitan-do produtos de pronta entrega e os de entrega programada.

Flexibilidade nas negociações e constantes investimentos em treinamento de pessoal técnico e em inovações tecnológicas em seus processos de cortes são outras características da LotusMetal que vêm fidelizando o mercado.

PRODUTOSA LotusMetal trabalha com alumínio, bronze, cobre, estanho, latão, níquel e zinco.

Alumínio (Laminados/Extrudados) - Perfis Extrudados, Chapas, Bobinas finas, Vergalhões (Redondos • Quadrados • Sextavados), Barras Chatas • Tarugos, e Cantoneiras

Bronze - Ligas: TM 23 - TM 620 - SAE 40 - SAE 64 - SAE 65 - SAE 68B - SAE 68D - SAE 430B - SAE 660 - BZ AL – GRAFITADO.

Cobre - Cobre eletrolítico (Laminados • Extrudados), Chapas, Vergalhões (redondos e quadrados) e Barras chatas.

Estanho - Lingotes e Vergas.

Latão - Laminados e extrudados, Chapas (Ligas 268 - 464 - 465), Ver-galhões (Redondo, Quadrado, Sextavado) - (CLA 360), Barras Chatas (FM • CLA 360).

Níquel - Placas e Cátodo)

Zinco - Lingote • Placa

SERVIÇOS Cortes Sob Medida – a LotusMetal executa os serviços de cortes sob medida de alumínio, cobre, latão, bronze e ligas especiais, de forma perso-nalizada, de acordo com a necessidade do cliente, e utilizando tecnologias diversas, conforme as especificações do projeto.Peças Personalizadas – Desenvolve também peças sob medida de acordo com o projeto técnico. Compra de sucata - Compra, coleta e tranporta sucatas não-ferrosas dentro das normas legais e em conformidade com as leis ambientais e os órgãos competentes (Cetesb e Conama). ME

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LOTUSMETALdESTAQUE NA dISTrIBUIçãO

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qualidade 35mercado empresarialmercado empresarial

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2Fascículo

esponsável por grande parte da poluição do planeta, o setor da indústria tem procurado evoluir em suas es-tratégias de sustentabilidade e preservação do meio ambiente – seja racionalizando o uso de matérias-primas, água e energia, e tentando reduzir o impacto

ambiental causado pela emissão de gases e resíduos. Entre-tanto, é notório que ainda há muito o que fazer. O tema é complexo e envolve uma série de questões. Uma das perguntas centrais das discussões em torno do desenvolvimento sustentá-vel das indústrias é: como é possível torná-las ecologicamente éticas e ao mesmo tempo produtivas e geradoras do volume de lucros a que estão habituadas?

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ainda há muito o que fazer...

indústria sustentável:

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Sustentabilidade

uitas empresas estão dedicando tempo, pesquisa e dinheiro para minimizar os impactos negativos e catalisar os positivos. Certificações como a ISO 1400 (*), prêmios e selos comprovam a qualidade

desses trabalhos, mas essas práticas ainda são muito pouco para o problema socioambiental que estamos enfrentando.

A sustentabilidade industrial tem sido foco de muita discus-são, pois o tema envolve fatores não apenas ambientais, mas sócio-comunitários e a questão do lucro das empresas. Ter um projeto de sustentabilidade não significa que o negócio da em-presa é sustentável. Poucas ainda são as empresas que colocam suas metas e objetivos de sustentabilidade em um documento público – o que sinaliza que temem ter sua estratégia de susten-tabilidade questionada.

Uma das perguntas centrais das discussões em torno do desenvolvimento sustentável das indústrias é: como é possível torná-las ecologicamente éticas e ao mesmo tempo produtivas e geradoras dos lucros a que estão habituadas?

M A resposta, segundo especialistas, é ampla, contemplando não só o aspecto ambiental mas os fatores sociais e educacionais. Resumidamente, seria preciso não só adotar projetos sustentáveis com vistas à geração de energia limpa e renovável, mas aliá-los a medidas sócio ambientais (como, por exemplo, atitudes que permitam a geração de emprego sustentável nas comunidades que extraiam a matéria-prima utilizada pela indústria em questão), e, ainda, promover a reeducação dos funcionários e o treinamento destes para tornar a produção mais ecologicamente ética – além da adequação às resoluções de organismos e movimentos in-ternacionais.

Já em 2005 o físico e teórico de sistemas Fritjof Capra e o ambientalista Ernest Callenbach, estudiosos do assunto, afirma-vam através de artigo na revista Eco 21 que as novas indústrias sustentáveis teriam que estar mais descentralizadas, fomentando uma maior independência nas grandes cidades. “Os sistemas de valores que enfatizam a quantidade, a expansão, a competição e a dominação, darão lugar à qualidade, à conservação, à cooperação

Projetos sérios de sustentabilidade

já são uma realidade no Brasil.

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Vo l .Vo l .2

e à solidariedade. À medida que a acumulação de riqueza material perca sua fatigante importância, a brecha entre ricos e pobres se estreitará, eliminando muitas tensões sociais” – opinavam eles.

“Nas indústrias sustentáveis a reciclagem será a principal fonte de matéria prima. O desenho industrial se concentrará na durabi-lidade e no uso reiterado, em vez da vida curta e descartável dos produtos. O desejável será uma mentalidade baseada na ética da reciclagem” - complementavam Capra e Callenbach.

Como se vê, trata-se de uma questão de grande complexi-dade, mas já há empresas trabalhando avançando no caminho da sustentabilidade.

Conscientização, o começo de tudoSatisfeita com o grau de sustentabilidade alcançado em suas

operações, a fabricante de compressores de refrigeradores Em-braco começou a disseminar suas práticas para além das paredes das próprias fábricas. Desde 2008, os mais de 400 fornecedores espalhados por 12 países passam por um processo de conscienti-

zação dos princípios defendidos pela empresa nas áreas de gestão ambiental, reciclagem, reuso de materiais e relações trabalhistas. Trata-se de padrões e normas aceitos internacionalmente. Uma equipe de especialistas em áreas como qualidade e logística visitam os principais fornecedores, estuda os processos e propõe mudan-ças que possam contribuir para a sustentabilidade do negócio. O programa resultou em uma série de melhorias e, obviamente, de ganhos financeiros para toda a cadeia produtiva.

Diálogo com a comunidadePara a mineradora Anglo American, eleita a empresa sus-

tentável do ano de 2012 pelo Guia Exame de Sustentabilidade, estabelecer um diálogo com a comunidade nas regiões em que atua e reduzir o impacto ambiente tem sido estratégico para sua expansão no país. O Fórum Comunitário Intercâmbio, estabe-lecido pela unidade de níquel da empresa na cidade de Barro Alto, no interior de Goiás, reúne anualmente até 300 pessoas, entre comerciantes, trabalhadores, religiosos e representantes das entidades locais, para debater os planos que os executivos da Anglo apresentam para os meses seguintes - explicando o tipo de material que a empresa pretende comprar (para que os fornecedores da região possam se preparar), anunciando vagas de trabalho e detalhando os possíveis impactos da operação sobre o meio ambiente e as ações tomadas para diminuir os danos. No complexo de Barro Alto, a empresa processa 41 mil toneladas de níquel por ano. O empreendimento, de 2 bilhões de dólares, se destacou pelos altos investimentos em tecnologias para reduzir o impacto ambiental da operação e também pelo bem-sucedido programa de envolvimento da comunidade.

Menos poluiçãoO trabalho para reduzir as emissões de gases poluentes,

reforçado em 2011, é um capítulo importante na estratégia de sustentabilidade da Alcoa. Nessa época, a companhia deu início a seus dois principais investimentos relacionados ao tema no país e que vão garantir ar mais limpo nas regiões de Poços de Caldas, em Minas Gerais, e em São Luís, no Maranhão, onde estão duas das seis fábricas brasileiras da empresa. Em poços, os equipamen-tos que funcionavam à base de óleo combustível para fabricar a alumina, matéria-prima do alumínio, deram lugar aos movidos por gás natural que, embora tenha também origem fóssil, polui menos e possibilitará que a fábrica deixe de liberar mais de 80 mil toneladas de gás carbônico por ano na atmosfera (o equivalente a tirar de circulação 11.200 carros a gasolina). Além do benefício ambiental, houve um ganho econômico para a empresa, já que o gás natural custa até 1-% menos do que o óleo. Em São Luís, a alternativa foi o gás liquefeito de petróleo, já que o gás natural ainda não está disponível na região, entretanto a empresa já está trabalhando nesse sentido.

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Com a questão ambiental como preocupação, a ISO (Interna-tional Organization for Standardization – Organização Internacional de Padronização) criou o certificado ISO 14000, que estabelece normas sobre a área de gestão ambiental dentro das empresas. Para obter o certificado, a empresa precisa seguir uma série de diretrizes, entre elas comprometer-se com as normas, treinar coordenadores, divulgar a nova política ambiental, definir impactos causados pela mesma, dar palestras para os funcionários, elaborar manuais de gerenciamento ambiental, implantar ações corretivas etc. Após o sistema de gerenciamento ambiental da empresa ter sido aprovado, a empresa continua sendo auditada periodicamente. No Brasil o INMETRO é responsável pela certificação e fiscalização.

Cidadania empresarial

O Pacto Global é uma iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Esse pacto pretende promover um diálogo entre empresas, organizações das Nações Unidas, sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros, para o desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentável.

A ideia é conseguir dar uma dimensão social à globalização. Para que esse objetivo seja atendido, busca-se a mobilização da comunidade empresarial internacional por meio da adoção de dez princípios relacionados a direitos humanos, trabalho, meio ambiente e corrupção (veja no http://pactoglobal.org.br).

A iniciativa considera que as empresas são protagonistas funda-mentais no desenvolvimento social das nações e devem agir com responsabilidade na sociedade com a qual interagem. Na medida em que se envolvem nesse compromisso, contribuem para criar uma sociedade mais justa e compreendem mais profundamente as oportunidades existentes num contexto social complexo e dinâmico.

O Pacto Global é um instrumento de livre adesão pelas empresas, sindicatos e organizações da sociedade civil. A entidade que adere ao pacto assume voluntariamente o compromisso de implantar os dez princípios em suas atividades cotidianas e prestar contas à sociedade, com publicidade e transparência, dos progressos que está realizando no processo de implantação dos princípios mediante Comunicações de Progresso (COP). Essas comunicações devem ser feitas com o envio anual de um relatório elaborado pelas empresas. O Pacto Global tem atualmente mais de 5 200 organizações signatárias, articuladas por 150 redes ao redor do mundo.

Fontes: Portal Carreira & Sucesso; atitudeco.com.br; atitudessustentaveis.com.br; Globo.com; ambientes.ambien-tebrasil.com.br; revista Eco 21; Wikipédia; Greenstyle/Mariana Montenegro

Na próximaedição:

A SUSTENTABILIDADE

NO CAMPO

Ganhos com créditos de carbono Fábrica de cerâmica vermelha em Paraíso do Tocantins-TO, a

50 km de Palmas, liderada pelo empresário Esequiel Milhomem, utiliza um método mais sustentável para produzir telhas e tijolos. Segundo o Globo.com, o processo começa com caminhões que transportam terra a uma esteira onde pedras e pedaços de pau são separados e vendidos a empresas de construção civil. Em seguida, a terra é misturada a água até virar argila e colocada em moldes com óleo lubrificante para não grudar. Os moldes vão ao forno por 24 horas a temperatura de quase mil graus.

Ao invés da poluente lenha vegetal, o processo de queima emprega casca de arroz, uma espécie de palha não aproveitada após a colheita na região e que exalava o extremamente poluente gás metano durante o processo natural de decomposição, 12 vezes mais poluente do que o processo de queima no forno. Ou seja, reduziu-se o impacto ambiental.

Em uma espécie de ganha-ganha, além de ser menos poluente, ao substituir a lenha, a palha de arroz reduziu pela metade os cus-tos referentes à queima. E não é só: as cinzas ainda são vendidas para a indústria de produção de isolantes térmicos, um ganho extra. A empresa ainda verificou uma melhora na uniformidade de telhas e tijolos.

As áreas de trabalho contam com iluminação natural, gerando um pouco mais de economia. Por dois anos, a empresa recebeu certificação de prestígio por suas iniciativas ecológicas e passou a faturar um pouco mais com a venda de créditos de carbono, um bônus emitido por agências ambientais a empresas que reduzem a emissão de gases poluentes.

Contabilizando na boca do caixa o que significa eficácia de processos, apenas a venda dos créditos de carbono rendem 160 mil reais por ano à empresa.

Sustentabilidade

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desenvolvimento

ma nova pesquisa indica que a temperatura média do planeta esteve mais alta na última década do que na maior parte dos 11.300 anos anteriores. O estudo, publicado em março último pela revista

Science, oferece um contexto de longo prazo para as discussões sobre aquecimento global.

A pesquisa tem o objetivo de dar uma visão global das temperaturas da Terra nos últimos 11.300 anos - um período relati-vamente ameno, conhecido como Holoceno, que começou ao fim da última era glacial e cobre toda a civilização humana. O estudo mos-tra que uma variação de 1 grau na

U temperatura média do planeta, que demorou 11 mil anos para acontecer, foi replicada nos últimos 150 anos, desde o começo da Revo-lução Industrial.

Dentro desse cenário, a década entre 2000 e 2009 foi uma das mais quentes desde que esses dados começaram a ser coletados, mas as temperaturas médias não romperam os níveis do início do Holoceno. De acordo com a pesquisa, agora elas estão para chegar a esses níveis. E, se os cientistas estão certos, o planeta estará mais quente em 2100 do que nos últimos 11.300 anos.

Objetivo da pesquisa é dar uma visão global das temperaturas da Terra nos

últimos 11.300 anos

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meio ambiente42

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O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon e da Uni-versidade Harvard e financiado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA. Ele também tenta responder a uma questão crucial: o salto na temperatura planetária registrado nos últi-mos 150 anos pode ser explicado por variações naturais de longo prazo ou são resultado das emissões de gases causadores do efeito estufa feitas por atividade humana?

Os pesquisadores concluíram que a causa é a atividade humana, por causa do caráter repen-tino da mudança de temperatura, que parece destoar da tendência de longo prazo. "O que é diferente é o ritmo da mudança. O que vimos nos últimos 150 anos é muito maior do que vimos nos últimos 11 mil anos", disse o líder da equipe de pesquisa, o paleoclimatologista Shaun Marcott, da Universidade Estadual de

Oregon.

EstimativaO trabalho de estimar o clima

antigo da Terra se apoia em medi-ções indiretas, tomadas a partir de fósseis marinhos ou de amostras de gelo, que oferecem um registro físico das temperaturas. Por exem-plo, cientistas fazem organismos marinhos crescer a temperaturas variáveis e vinculam mudanças na "assinatura química" de suas conchas a diferentes tempera-turas da água. Esses dados, por sua vez, são usados para estudar fósseis marinhos. Para confirmar uma descoberta, os pesquisado-res verificam se os registros de temperaturas obtidas a partir de uma fonte, como a dos fósseis marinhos, estão de acordo com os dados obtidos de outras fontes, como o gelo escavado a diferentes profundidades.

A maioria dos cientistas acredita que as emissões de gases causadores do chamado efeito estufa, como o dióxido de carbono, é responsável pela elevação da temperatura da Terra. Outros discordam. O debate é importante porque orienta a formulação de políticas energéticas pelos governos e a regulamentação da atividade de várias in-dústrias.

As projeções baseadas na pesquisa indi-cam que a temperatura da atmosfera terrestre poderá subir de 2 graus a 5 graus Celsius até o ano 2100. "O relatório é conclusivo ao mostrar que a Terra está se aquecendo. Em 2100, ela estará bastante mais quente do que há 11 mil anos", disse David Anderson, que dirige o programa de paleoclimatologia da Administração Oceânica e Atmosférica Na-cional dos EUA (NOAA), e que não esteve envolvido com a pesquisa. As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado ME

meio ambiente 43mercado empresarialmercado empresarial

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m estudo publicado na revista "PNAS" in-dica que, na hora de evitar o desmatamento da Amazônia, áreas de proteção integral são mais eficazes do que as que permitem a ex-

ploração sustentável dos recursos naturais. Nas áreas de proteção, não é permitido retirar qualquer recurso natural. Nas de exploração, é possível extrair itens como castanhas e óleos de árvores, por exemplo.

Em determinados contextos, quando as pressões de desmatamento são grandes, as reservas indígenas demarcadas também têm um bom resultado em evitar que a floresta seja derrubada.

A discussão sobre a melhor maneira de proteger a floresta tropical há muito tempo divide os am-bientalistas. Agora, um grupo de cientistas, com a

participação de Britaldo Silveira Soares Filho, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), analisou dados de sensoriamento remoto de 292 áreas de preservação.

O estudo destaca que, embora todas as formas de proteção tenham contri-buído para diminuir o desmatamento na Amazônia - que atingiu no ano passado

sua menor taxa histórica -, a proteção integral ainda manteve mais floresta em pé. Fonte: Folha de SP ME

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MANTEr MAIS

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Nas áreas de proteção, não é permitido retirar qualquer recurso natural. Nas de ex-ploração, é possível extrair itens como castanhas e óle-os de árvores, por exemplo

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otoristas não vão mais precisar de uma car-teira de habilitação em 2040. Pelo menos é nisso que acredita o renomado Instituto

de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, IEEE na sigla em inglês. Os especialistas acreditam que os carros autônomos, capazes de dirigir por contra própria para qualquer destino, estão prestes a se tornar a norma no mercado.

Com a estimativa de que 90% dos acidentes de carro sejam causados por erro humano, tirar as pessoas fora da equação é algo que muitos fabricantes de automóvel acreditam ser um grande salto na segurança. "A maioria dos motoristas pensa que é melhor do que o motorista médio," explica o Dr. Graham Hole, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, especialista em psicologia da direção.

General Motors, Volkswagen, Volvo, BMW, Audi, Mercedes e outras montadoras e fabricantes de auto-peças – além do Google - estão fazendo testes com veículos autônomos. Mas quem é o melhor motorista,

o homem ou a máquina? E se há um vencedor, estariam os motoristas - ou mesmo os peritos técnicos - convencidos dos resultados? Ainda que os números expressem corretamente a realida-de, uma boa campanha de convencimento será necessária antes que o controle dos automóveis possa ser entregue aos computadores.

Existe a preocupação com a segurança. “Os ambientes de condução são muito complexos e envolvem todos os tipos de decisões a serem tomadas - de níveis estratégicos até o nível operacional da prevenção de colisões. Os seres humanos têm suas falhas, mas são processadores de informação extremamente eficientes, muito melhores do que qualquer máquina na prote-ção contra riscos” – argumenta o Dr. Graham Hole.

As empresas de engenharia e as montado-ras, por seu lado, esperam que seja apenas uma questão de tempo até que as pessoas absorvam

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CArrO SEM MOTOrISTA: E SE O COMPUTAdOr TrAvAr?

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a ideia. Os projetistas salientam a multiplicidade de mecanismos pelos quais a segurança é mantida mesmo quando ocorre uma falha técnica. No Projeto Sartre, por exemplo, o sistema monitora a si próprio e, se mesmo assim parece que algo poderia acontecer, as distâncias entre os carros são alongadas e os motoristas são avisados de que estão prestes a assumir o controle. Se alguma coisa continua dando errado, então os carros são levados para o acostamento e parados.

"É claro que as pessoas vão ter que se acos-tumar com esta nova tecnologia", sentencia Eric Chan, coordenador do projeto. "Ela muda de maneira fundamental sua relação pessoal com o seu carro. Quando os cintos de segurança foram introduzidos, quando os airbags foram introdu-zidos, os chamados pilotos automáticos, havia um monte de pessoas que se mostrou nervosa com relação a essas tecnologias. Com o tempo, as pessoas se acostumaram a elas e perceberam os benefícios de segurança," alega ele.

Quem é o melhor motorista, o homem

ou a máquina?

Além da tecnologiaContudo, apesar da esperança demonstrada

por Eric Schmidt, presidente do Google, de que "carros que se autodirigem devam tornar-se o modo predominante de transporte durante o nosso tempo vida," pode ser que mesmo um pequeno risco possa ser demais para que algumas pessoas sintam-se confortáveis em retirar o motorista completamente.

O que aconteceria se a tecnologia falhar e nenhuma pessoa no carro souber "dirigir manualmente"? "A sociedade vai achar isso muito difícil," diz Peter Rodger, especialista em regras de direção. "Estamos cada vez mais em uma cultura da culpa. Quando algo dá errado, procuramos alguém para culpar."

Ou seja, desfrutar do conforto de fazer uma viagem de carro sem precisar se preocu-par em "fazer o carro funcionar" não é algo que vai depender unicamente da tecnologia. Fonte: BBC ME

CArrO SEM MOTOrISTA: E SE O COMPUTAdOr TrAvAr?

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desenvolvimento

Imagem: Volvo Imagem: Fraunhofer IITB

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PArCErIA ENTrE UNICAMP E TECNOMETAL

BUSCA INOvAçãO EM ENErGIA SOLAr Fv

niversidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a empresa Tecnometal, fabricante brasileira de painéis solares, estão promovendo uma parceria em pesquisa e desenvolvimento do processo de

purificação do silício metalúrgico para transformá-lo em células de energia solar fotovoltaicas. A empresa mineira, que conta com uma fábrica de painéis fotovoltaicos (FV) em Campinas (SP) — a única companhia que fabrica esse produto no Brasil — quer verticalizar sua produção e para isso está apostando na pesquisa.

Um primeiro projeto já foi enviado para o Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec), no valor de R$ 12,860 milhões, e foi pré-selecionado pela instituição. Esse projeto, com previsão de duração de três anos, prevê a construção de um laboratório de 500 m2 na universidade e a compra de diversos equipamentos de pesquisa. Dentro do valor total, a Tecnometal Energia Solar deverá oferecer uma contrapartida de 10% do projeto.

Estão envolvidos na pesquisa o Laboratório de Fusão

por Feixe de Elétrons e Tratamentos Termome-cânicos, do Departamento de Engenharia de Ma-teriais da Faculdade de Engenharia Mecânica, e o Laboratório de Pesquisas Fotovoltaicas, do Insti-tuto de Física Gleb Wataghin, sob a coordenação dos professores Paulo Roberto Mei e Francisco das Chagas Marques, respectivamente.

O projeto está dividido em três etapas: o desenvolvimento do processo de purificação do silício grau metalúrgico (Si-GM), a fabricação de lâminas de silício grau solar (Si-GS) e a fabricação de células solares. Na universidade, as primeiras duas etapas estarão, majoritariamente, sob a responsabilidade da Faculdade de Engenharia Mecânica, enquanto a terceira fase será incum-bência do Instituto de Física. Independentemen-te da aprovação final do BNDES, a Unicamp e a Tecnometal pretendem dar prosseguimento à parceria com o desenvolvimento de projetos a partir de outras fontes de financiamento.ME

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projeto entre a universidade e a empresa, no valor total de r$ 12,860 milhões, já foi

pré-selecionado pelo bndEs

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ísicos brasileiros anunciaram uma descoberta que pode permitir desde a construção de equipamentos mecânicos mais robustos até o melhor balancea-

mento de cargas em redes de computadores.Virtualmente qualquer equipamento mecânico - de

um liquidificador aos gigantescos caminhões usados em mineração, de carros a navios e aviões - usam rolamentos e engrenagens. E rolamentos são baseados em esferas, enquanto rodas e engrenagens podem ser entendidas como uma esfera em 2D. Quando mais suave for o movimento das esferas e das engrenagens menor será o atrito. Por con-sequência, melhor será o funcionamento do equipamento, gerando menos calor, menos desgaste e menor consumo de combustível ou eletricidade.

O que os pesquisadores brasileiros descobriram é que redes de esferas rotativas podem se recuperar melhor de perturbações no seu movimento se as massas das esferas individuais forem proporcionais ao seu raio. A descoberta é de Nuno Machado de Araújo, atualmente no ETH de Zu-rique, e José Soares de Andrade Júnior, do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará.

Araújo e seus colegas desenvolveram um modelo mate-mático para um sistema de esferas rotativas bidimensionais no qual discos cada vez menores são usados para preencher todos os espaços entre os discos maiores. Cada disco gira no sentido oposto ao de qualquer outro disco que está em contato com ele, e a velocidade tangencial - a distância traçada por um ponto sobre a borda de um disco num

BrASILEIrOS dESCOBrEMCOMO dIMINUIr ATrITO EM rOLAMENTOS

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Siemens PLM Software anuncia a mais recente versão do software de modelamento geométrico 3D Parasolid. O programa é líder na indústria para desenho assistido por computador, manu-

fatura e análise de engenharia (CAD/CAM/CAE), além de contar com aplicativos de arquitetura, engenharia e construção (AeC).

O Parasolid versão 25.0 conta com avanços em diversas áreas, com foco especial no modelamento de superfícies e curvas, bem como na otimização da per-formance:

• Modelamento de superfícies – Inclui melhorias que oferecem ao usuário final um ótimo controle nessa operação. Por exemplo, ao corrigir um buraco na geo-metria - presente muitas vezes em modelos importados - é possível, agora, fornecer dados adicionais que atuam como uma estrutura de armação para a superfície repa-radora. O programa controla as operações de SWEEP que, através de múltiplos perfis, podem se ajustar mais suavemente com as faces adjacentes.

• Modelamento de curvas – Inclui uma nova fun-

cionalidade para proporcionar um controle apurado na manipulação de curvas. Uma curva única, suave e contínua, agora pode ser criada a partir de uma cadeia de arestas suavemente ligadas. Além disso, uma ou mais curvas podem ser projetadas em uma superfície ao longo da superfície normal, ou ao longo de um vetor fornecido pelo usuário.

• Otimização de performance – Foram feitos

aprimoramentos para melhorar a funcionalidade dos algoritmos visando endereçar novos fluxos de trabalho em aplicativos CAE. Estas melhorias foram alcançadas sem o comprometimento com o desempenho das mais sofisticadas operações nestas áreas ME.

indústria Ganha nova vErsão do KErnEl parasolid da siEMEns

dado momento - é igual para todos os discos, independentemente do seu tamanho. Isto significa que, em cada ponto de contato os discos giram juntos sem deslizar, e o sistema inteiro permanece em um estado estável e sincronizado.

Esfera, engrenagem ou rodaSegundo os pesquisadores, qualquer sistema mecânico - seja

de esferas, de engrenagens ou de rodas - pode se beneficiar dos novos resultados, já que sistemas rotativos desses tipos serão mais resistentes a falhas e desgastes quanto maior for a sincronização entre os diversos elementos individuais.

"Nessas redes, a sincronizabilidade é otimizada quando há uma força de acoplamento que está relacionada com o número de contatos. Na nossa rede, os discos grandes obviamente têm mais contatos, mas eles também têm mais inércia e isso [abranda] a força de interação entre os discos," disse Nuno. Esse sistema, conhecido como rede de escala livre, descreve um tipo de rede de alta complexidade que pode também ser usado para estudar fenômenos que vão das redes biológicas às redes de computa-dores.

Os pesquisadores afirmam que os discos de seu modelo são essencialmente "osciladores" - neste caso, osciladores rotativos. Mas o raciocínio é o mesmo para sistemas onde os elementos não estão girando, mas se relacionam uns com os outros, sempre em busca do menor "atrito" - é o caso, garantem eles, da internet. Fonte: Physical Review Letters ME

Sincronia contra o atrito

A

tecnologia 51mercado empresarialmercado empresarial

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de gás, que desaceleram o pistão e o mandam de volta. Esse movimento linear faz com que um ímã passe no interior de um conjunto de bobinas, gerando eletricidade.

Combustível líquido ou gasosoO sistema de controle criado pelos enge-

nheiros alemães controla o movimento do pistão com uma precisão na casa dos décimos de milímetro, permitindo ajustar a taxa de com-pressão, a velocidade do pistão e a capacidade cúbica da câmara de combustão. Isso significa que praticamente qualquer combustível pode ser utilizado, incluindo gasolina, diesel, etanol, gás natural ou hidrogênio. Outra vantagem é que o funcionamento do gerador - e o com-bustível que ele consome - pode ser ajustado continuamente, de acordo com o padrão de uso do carro elétrico.

A grande vantagem dos extensores de au-tonomia é que eles substituem os conjuntos motor/gerador dos veículos híbridos atuais, muito mais pesados, e permitem a constru-ção de veículos elétricos com conjuntos de baterias menores, mais leves e mais baratos. "Com nosso demonstrador funcional, mos-tramos pela primeira vez que nosso princípio de gerador linear de pistão livre pode ser im-plementado. No próximo passo, precisaremos trabalhar com a indústria para desenvolver essa tecnologia e construir um protótipo," disse Horst Friedrich, coordenador do projeto. Fonte: Inovação Tecnológica ME

GErAdOr dE PISTãO LIvrE dá Mais libErdadE a carros Elétricos

Extensor de autonomia

ngenheiros do Centro Espacial Alemão (DLR) criaram um tipo inteiramente novo de motorização capaz de aumentar a autonomia dos veículos elétri-cos. Trata-se de um gerador linear de pistão livre.

É essencialmente um motor a combustão dedicado a gerar eletricidade para alimentar carros elétricos quando as baterias ficam descarregadas. A diferença é que, com um pistão livre, o motor é muito mais simples, dispen-sando biela, virabrequim, comandos de válvulas e todos os outros componentes grandes e pesados dos motores tradicionais.

Ele se enquadra em uma categoria chamada "exten-sores de autonomia" dos veículos elétricos - a intenção é substituir os motores elétricos usados nos atuais carros híbridos, que misturam motores a combustão, geradores e motores elétricos.

A maior vantagem do motor de pistão livre é que ele aceita virtualmente qualquer tipo de combustível, líquido ou gasoso. O conceito não é novo, mas só agora ele se mostrou funcional, graças ao que os engenheiros da DLR chamam de "mola de gás" - o mecanismo que faz com que o pistão volte depois da explosão funciona com base em um gás.

O gerador linear de pistão livre retira a energia do combustível de forma similar a um motor de carro convencional. Contudo, em vez de converter o movimento linear dos pistões em movimento rotacional de um eixo, ele gera eletricidade direta-mente. A ignição detona a mistura ar-combustível dentro de uma câmara de combustão, que se expande e em-purra o pistão em direção às molas

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nquanto alguns jovens motoristas gostam de pisar fundo no acelerador, a turma chefiada por Rodrigo Magri,

20 anos, deixa a agilidade de lado. A equipe de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se dedica a um veículo que pode ser capaz de percorrer um trecho 67 vezes maior por litro de combustível do que carros populares no mercado.

Em abril último, eles testaram, nos Estados Unidos, as habilidades do carro na Shell Eco-Marathon Américas, em Houston. A disputa chama a atenção de centros de pesquisa e empresas automotivas de todo o mundo. Os estudantes da UFSC trabalharam oito meses no protótipo apelidado de Arara Azul, em referência à espécie típica do Brasil.

A expectativa é que, na competição, o veículo se aproxime à eficiência energética de 1 mil quilômetros por litro de gasolina. Para

atingir esse índice que supera o recorde do líder da competição de 2012, de 930 quilômetros por litro, o grupo de universitários teve que investir em quesitos como alinhamento e direção. “São detalhes no carro que diminuem o atrito e fazem ele ir mais longe”, explica Rodrigo, que lidera o time.

A equipe se mobilizou para angariar os R$ 80 mil necessários para aperfeiçoar o veículo e cus-tear a logística para o grupo participar da prova deste ano. Os estudantes trabalham por títulos nacionais e internacionais desde 2009, utilizando tecnologias que beiram os recursos da Fórmula 1 e obtendo desempenho de dar inveja aos ve-ículos que circulam nas ruas. Foram dois anos sem conseguir terminar os protótipos a tempo das disputas até se chegar ao desempenho de 412 quilômetros por litro no carro da competição do ano passado, o que garantiu o 7º lugar para o projeto. Fonte: Diário Catarinense ME

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imagem de Tom Cruise no filme "Minority Report: A Nova Lei" des-lizando os dedos no ar para controlar um computador é talvez uma das mais

emblemáticas do cinema quando o assunto é ficção científica. E, se depender da Honda, o que assistimos há alguns anos no cinema pode se tornar realidade em um futuro muito próximo.

A empresa realizou uma apresentação durante a GPU Technology Con-ference 2013, evento que aconte-ceu no final de março último, na cidade de San José, nos Estados Unidos. Victor Ng-Thow-Hing, do Instituto de Pesquisas da Hon-da, localizado no Vale do Silício,

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A ideia é utilizar os recursos de realidade aumentada para transformar a janela dianteira em uma espécie

de painel de controle

foi quem apresentou os planos da companhia para os próximos anos.

A ideia é utilizar os recursos de realidade aumentada para transformar a janela dianteira em uma espécie de painel de controle, com íco-nes que podem auxiliar o motorista na direção do veículo. Uma intersecção na estrada, por exemplo, poderia aparecer na cor verde diante do veículo, enquanto um caminho cujo tráfego é intenso seria revelado na cor vermelha.

Victor destacou ainda que uma equipe de quatro pessoas está utilizando displays com protótipos para garantir que tudo esteja segu-ro. A montadora está utilizando o NVIDIA UI Composer, que auxilia a empresa a entr-gar imagens 3D e animações mais realistas. Fonte: TecMundo ME

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FICçãO CIENTíFICA PArA OSvEíCULOS dO FUTUrO

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PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCO EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTA-LAÇÕES - 6ª EDIÇÃO

A obra nos mostra que por mais que tente negar, o ser huma-no é fascinado pela noção de risco.

O risco nos acompanha desde o momento do nascimen-to até a idade adulta. Ele nos torna prevenidos, mas é também o maior responsável pelo prazer que sentimos quando superamos com êxito um desafio. Este livro é um mergulho nas origens desse conceito ambíguo e faz uma importante análise sobre o gerenciamento do risco, ato de suma importância para governos, economias, empresas e todo e qualquer cidadão.

Autores: José da Cunha Tavares; Armando Campos e Valter Lima

Editora: Senac/2013

Número de páginas: 412

ENGENHARIA DE CONTROLE MODERNO

Esta edição atualiza e amplia as anteriores. Todos os conceitos são desenvolvidos por meio de exem-plos claros e concisos, e apoiados por exercícios que cobrem uma

variedade de aplicações. Completa o livro uma série de aplicações com o MATLAB© na análise e no projeto de sistemas de controle, de modo a ensinar também a utilizar o software como ferramenta de auxílio. Entre os temas abordados estão: transformada de Laplace; mo-delagem de sistemas dinâmicos, mecânicos, elétricos, fluídicos e térmicos; análise de respostas transitórias de sistemas dinâmicos; análise de erros estacionários de sistemas de controle; análise pelo método do lugar das raízes dos sistemas de controle; projeto de compensa-dores e técnicas de compensação; análise de resposta em frequência; controladores PID básico e modificado; sistemas de controle com dois graus de liberdade.

Autor: Katsuhiko Ogata

Editora: Pearson / Prentice Hall (Grupo Pearson)/2003

Número de páginas: 800

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MANUAL DA CONSTRU-ÇÃO DE MÁQUINAS (2 VOLUMES) 13º EDIÇÃO ALEMÃ, REVISTA E AMPLIADA

Um dos mais completos manuais dedicados à engenharia mecânica,

particularmente àqueles qee se ocupam de máquinas ope-ratrizes e de sua produção. Com inúmeras traduções no mundo inteiro, tem servido para a formação de gerações de engenheiros de alto nível e para o apoio de técnicos mecânicos que se vêem absorvidos pela prática sem tempo de atualizarem seus conhecimentos.

Autor: Heinrich Dubbel

Editora: Hemus/2004

Número de páginas: 2020

ANÁLISE DE FALHAS EM EQUI-PAMENTOS DE PROCESSOMECANISMOS DE DANOS E CASOS PRÁTICOS

Este livro nos mostra que o estu-do de análise de falhas tem recebido atenção especial nas últimas décadas

devido ao aumento da complexidade dos processos e às implicações decorrentes de eventuais falhas em equipamentos. Estas falhas implicam risco à segu-rança dos trabalhadores, possibilidade de impactos ambientais, perda de confiabilidade operacional e aumento de custos diretos e indiretos. Portanto, a análise de falhas é extremamente importante,visto que seu principal objetivo é evitar novas ocorrências, baseado no entendimento do mecanismo e da causa raiz que ocasionaram o dano.

Editora: Interciência/2012

Número de páginas: 406

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ATLAS DE CONSTRUÇÃO DE MÁQUINAS

No repertório bibliográfico de língua portuguesa esta é uma obra única, elaborada por numerosa equipe de especialistas. A forma em que são estudados e classificados os diferentes

elementos de máquinas e os numerosos exemplos de aplicação prática permitirão que o consultor possa resolver rapidamente os problemas de projeto que surgirem ou, pelo menos, obter valiosa informação para resolvê-los com segurança. Entre os dados indicados no livro figuram os de tolerâncias e ajustes para furos e eixos. Em alguns casos especiais nas mesmas folhas são incluídas as tabelas de valores correspondentes. No fim do livro foram incluídas tabelas que, apesar de não serem completas, são muito úteis por fornecerem os valores das tolerâncias utilizadas no Atlas. Há também uma tabela com as tolerâncias referentes a ranhuras de chavetas e outra com as equivalências aproximadas dos acabamentos superficiais.

Organizador: D.N. Reshetov

Editora: Hemus/2005

Número de páginas: 468

AS ESTAMPAS: A ELETROEROSÃO - OS MOLDES

Destinada ao ensino das esco-las técnicas, e em especial ao ensi-no dos mecânicos especializados em estampas, esta obra vem sendo

utilizada também por escritórios técnicos, oficinas de fa-bricação mecânicas e pelos mestres de oficina. Muito útil para todos que, de perto ou de longe, tratam do problema das estampas. A fabricação de peças por estampagem é o meio mais moderno e mais racional para a fabricação de peças em grandes séries. Estas peças podem ter um número infinito de formas, planas ou curvas, mesmo com formas muito complicadas. Encontram-se no livro, também, explicações sobre peças embutidas fluidas ou matrizadas.

Autor: R. Meroz M. Cuendet

Editora: Hemus/2004

Número de páginas: 300

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MÁQUINAS FERRAMENTA: ELEMENTOS BÁSICOS DE MÁQUINAS E TÉCNICAS

Livro destinado aos estu-dantes das áreas de Tecnologia e Engenharia Mecânica, como também aos alunos das escolas

técnicas em geral e todos aqueles que interessam-se na construção e fabricação das máquinas-ferrramentas. Aborda os princípios e elementos básicos na construção, funções, acionamento, hidráulica, pneumática, comandos e usinagens das respectivas máquinas-ferramentas, assim também como uma introdução à robótica e acionamentos copiadores através de modelos padronizados. Termina com uma explanação geral dos modelos e máquinas-ferramentas existentes no mercado. Exemplos práticos e exercícios resolvidos.

Editora: Hemus/1998

Tradução: Mário Ferreira de Brito

Número de páginas: 395

MANUAL PRÁTICO DE MÁQUINAS FERRAMENTATECNOLOGIA MECÂNICA

Trata-se de um manual con-tendo informações detaljadas sobre: Preparação das peças, Traçado, Máquinas de movimento

alternado, Limadora, Entalhadora, Plaina, Brochadeira, Ferramentas de torno, Fatores de corte, Montagem das peças, Rosqueamento, Cálculo de engrenagens, Execução das roscas no torno, Normas gerais de trabalho nas máqui-nas-ferramenta, Acessórios, Tornos especiais, Fresadora, Fresas: Trabalhos e acessórios, Mandril, Fresadoras espe-ciais, Máquinas de entalhar engrenagens, Procedimentos de construção de engrenagens cônicas, Máquinas de afiar e Retificadoras. Pranchas. Interessante para profissionais e estudantes.

Editora: Hemus/2006

Número de páginas: 276

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A nova gama de prensas dobradeiras elétri-cas E3 Salvagnini representa uma solução para as empresas sensíveis ao meio ambiente, que querem manter altos níveis de produtividade e eficiência juntamente com uma elevada pre-cisão: graças aos atuadores elétricos, E3 pode eliminar o tempo ocioso de forma e reduzir o tempo de dobramento até 30%. Além do mais, oferece alta dinâmica “no curso curto”, minimizando o risco bem como garantindo um aumento considerável de produtividade.

O opcional LSAC monitora o ângulo de dobra para garantir que as peças sempre sejam perfeitas. O dispositivo de controle do ângulo utiliza a tecnologia laser e pode ser integrado com a opção “Expert Database” que permite ao sistema entender e corrigir os parâmetros de dobramento de acordo com o material e ferramentas que estão sendo usadas.ME

linha dE ElEtroErosão a fio duo-sEriEs da MaKino

A Makino apresenta a máquina de eletroerosão a fio Duo 43, da linha DUO-Series, a mais avançada tecnologia em eletroerosão a fio. Adequadas para todos os tipos de aplicações, inclusive aeroespacial e médica, as máquinas desta série são projetadas visando facilidade de operação, manutenção reduzida e baixos custos operacionais e de investimento.

A série DUO integra tecnologias de usinagem incorporadas ao controle das máquinas, como BellyWizard, H.E.A.T. e SurfaceWizard, que possibilitam redução de até 55% nos custos de fio e a exclusiva opção de escolha do sistema bipartido em V ou o sistema PICO (guias redondas de precisão), de acordo com a necessidade específica da aplicação.

Todas as máquinas desta série utilizam bombas independentes para os jatos de líquido para as cabeças superior e inferior, com fluxo e pressão constantes em todas as condições de jato e ajuste. Os com-ponentes lineares são de alta qualidade, fixados à máquina nas duas extremidades e alinhados em relação às guias lineares através de laser. Os fusos de esferas dos eixos X e Y são garantidos por 10 anos ou 20.000 horas, e a estrutura construtiva robusta do equipamento faz das máquinas DUO as mais pesadas da classe, proporcionando maior estabilidade térmica e absorção de vibrações, eliminando possíveis causas que afetem negativamente a usinagem.ME

prEnsas dobra-dEiras Elétricas E3 salvaGnini: aGora na vErsão KinEtic

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Facilidade de operar, manutenção reduzida e

baixos custos operacionais e de investimento

Velocidade, dinâmica e precisão concentradas numa única máquina

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A Wutzl inova com a puncionadeira PPW-25, impres-sora por micropuncionamento, ou seja, grava através do impacto da ponta de sua cabeça impressora contra o objeto a ser gravado. A PPW-25 executa identificação ou codificação indeléveis em metais, plásticos rígidos, madeira, etc, resultando numa gravação uniforme e com ótimo aspecto.

Com acionamento eletro-pneumático, é equipada com moderno comando eletrônico, amplo display e teclado, o que permite fácil ajuste de dimensões e conteúdo do texto a ser gravado, executando inclusive gravações circulares. Dispõe de 8 teclas programáveis, facilitando o acesso às funções mais utilizadas pelo usu-ário, e memória para mais de 150 textos diferentes, com respectivos parâmetros de configuração, capacidade que pode ser ampliada para 300 textos quando equipada com expansão opcional de memória. Com área de impressão de até 130x130mm e ajuste de altura de até 220mm, a PPW-25 permite a gravação de peças nos mais diversos formatos. Para uma fixação precisa e segura da peça a ser gravada, a Wutzl desenvolve dispositivos de acordo com a necessidade do cliente.

A puncionadeira PPW-25 possibilita fazer Data Ma-trix, um sistema de codificação que substitui o código de barras em um espaço muito menor e com maior facilidade de leitura, uma matrix de pontos onde a mensagem se configura várias vezes, portanto pode ser decodificada mesmo com a perda de uma fatia de até 30% da região do código. ME

Desde o início deste mês de março o sistema de cabeça intercambiável para fresamento CoroMill 316 da Sandvik Coromant está disponível com furos para refrigeração interna. Trata-se de um sistema versátil para operações de fresamento, que pode ser aplicado para faceamento com altos avanços, fresamento de canais, interpolação helicoidal, fresamento de cantos a 90 graus, fresamento de perfis e de chanfros em peças em grupos de materiais ISO P a ISO S.

A usinagem de materiais como super ligas resisten-tes ao calor, titânio e aços inoxidáveis frequentemente requer o uso de controle da temperatura e escoamento dos cavacos durante o corte. Recorte de cavacos e en-tupimento dos mesmos frequentemente levam a uma qualidade superficial ruim, danos à aresta de corte e quebra da ferramenta. Ao oferecer uma solução de refrigeração, com posicionamento preciso dos olhais de refrigeração para otimizar o efeito do jato de refrige-ração, a CoroMill 316 se propõe a superar as soluções existentes com refrigeração externa, garantindo um escoamento superior de cavacos e um processo de corte seguro.

O sistema CoroMill 316 permite paradas de má-quinas para uma troca rápida, fácil e precisa entre as várias operações, tais como tipo de fresa, variação do raio, frequência dos dentes, geometria e classe. ME

PUNCIONAdEIrA

ppW-25 da Wutzl

alto desempenho e versatilidade em operações de fresamento

coroMill 316taMbéM para rEfri-GEração intErna

Identificação ou codifica-ção indeléveis em metais, plásticos rígidos e madeira

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A nova linha de pedaleiras de segurança T2FH 232 da ACE Sch-mersal, multinacional alemã especializada em sistemas de segurança, chega ao mercado brasileiro propondo mais robustez, ergonomia, segurança e versatilidade. Esta série possui dois pedais, cujo design permite utilizá-los com esforço reduzido e mais segurança.

O processo de acionamento das pedaleiras é realizado com facilidade mesmo quando o operador está usando sapatos de segu-rança, ou seja, o produto possui uma blindagem que protege contra a ativação acidental do comutador. Internamente, uma dobra facilita o posicionamento do comutador conscientemente pelo pé. O usu-ário pode configurar e personalizar a pedaleira de acordo com suas necessidades. Na versão padrão, pelo menos um dos dois pedais é concebido como de pedal de segurança. Esse tipo de dispositivo de segurança é usado quando o acionamento manual é impossível ou inviável.

Quando o pedal é acionado até ao ponto de pressão, o conta-to NA está fechado. Se, em caso de perigo, o pedal for acionado além do ponto de pressão, a ruptura positiva NF é aberta mecani-camente. A operação de reset é feita manualmente através de um botão de desbloqueio. Nas variantes correspondentes, uma função do processo pode ser ativada por meio de outro dos dois pedais. Neste caso, o usuário pode escolher entre diferentes comutações e variantes de contato.

Esses pedais de segurança são usados em prensas e em outras máquinas de conformação, de processamento de madeira, bem como em maquinários de embalagens. ME

novidadEs na faMília dE brocas croWnloc plus da sEco tools

A Seco Tools, fornecedora de soluções em usinagem para fresamento, torneamento, furação e sistemas de fixação, apresenta ao mercado a sua extensão da linha de brocas Crownloc Plus – agora com corpos de broca 8xD e diâmetros múltiplos na faixa de 12,0 a 19,90 milímetros.

A Crownloc Plus é uma inovadora geração de brocas com coroas intercambiáveis. Com uma nova geometria, cobertura e interface de fixação, ela melhora a evacuação de cavacos e a resistência ao desgaste em uma variedade de materiais. Dentre suas características, destaca-se o design robusto da broca, com uma interface de fixação de alta resistência, canais profundos e amplos e um corpo polido. Através da nova geometria otimizada, a Crownloc Plus garante uma formação de cavaco melhorada e maior capacidade de penetração.ME

inovadora GaMa dE pEdalEiras dE sEGurança da acE schMErsal

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Linha foi ampliada com corpos de broca 8xD e diâmetros

múltiplos na faixa de 12,0 a 19,90 milímetros

Com blindagem que protege contra a ativação acidental do comutador

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A fischer Brasil, empresa especializada em sistemas de fixação, acaba de lançar uma linha completa de ins-trumentos de medição, com inúmeros dife-renciais para atender

à demanda de operações inseridas na construção civil, engenharia, arquitetura e decoração:

Laser de Linha FED LX100 - Autonivelante, para medições horizontais e verticais. Prático, permite uso indi-vidual, com base ou tripé. Tem dispositivo de aviso visual e sonoro, quando fora de nível. Com rosca para tripé de ¼” e 5/8”, sistema de travamento para transporte que assegura o produto contra danos. A função autonivelante pode ser alterada para manual ou travada. Fornecido com base magnética, correia de fixação para base, baterias a pilha, bolsa e manual de instrução.

Laser Rotativo FED LR500 - Autonivelante com raio visível de 500 m. Tem duas velocidades de rotação, modo de scan variável, modo ponto, autonivelamento de aproximadamente 5 graus em X ou Y, raio de prumo permanente a 90º, função TILT e controle remoto. Tem estrutura robusta, oferecendo excelente proteção contra pó e água.

Medidor Laser FED LD80 - É a popular trena. Porém, o modelo lançado pela fischer Brasil tem alcance entre 0,05 m e 80 m. Com multifunção, oferecendo me-dição Tracking, Pitágoras, área quadrada, volume, soma e subtração. Com visor iluminado e ângulo eletrônico.

A linha completa inclui Tripé modelo FED LS10, com elevação ajustável de 116 até 255 cm, ajuste fino da elevação, rosca de 5/8”. Pesa apenas 5,7 quilos. Além do instrumento Escala Telescópica FED LN10, feita em alumínio, com altura máxima de 5 metros. Possui sistema de leitura para uso com lasers ou teodolitos. É totalmente ajustável, apresentada em bolsa de nylon. Seu peso atinge 1,65 quilos.ME

As novas classes de torneamento Widia Victory de elevado desempenho prometem um aumento da produ-tividade, com acabamentos de superfícies melhorados e uma vida útil da ferramenta prolongada em aço, aço inoxidável, ferros fundidos e ligas de especialidade. As novas soluções compreendem 10 classes e 14 ge-ometrias diferentes, incluindo cinco novos designs de quebra-aparas. Em determinados casos, mais do que melhorias marginais, os resultados chegam mesmo a criar a necessidade de duplicar o número de peças, quando comparado com outras pastilhas.

As pastilhas Widia Victory aplicam tecnologias de revestimento para melhorar a resistência ao desgaste e proporcionar o aumento da velocidade e/ou da capa-cidade de alimentação. O tratamento pós-revestimento adicional permite melhorar a resistência da aresta de corte e assim reduzir a profundidade do entalhe de corte e prolongar a vida da ferramenta. Para fomentar mais confiança, após o revestimento, as inovadoras pastilhas são lixadas para conseguir uma superfície de assentamento mais segura.ME

MOdErNA LINhA dE MEdição fischEr

aumento da produtividade, com acabamen-to de superfícies melhorados

novas classEsdE tornEaMEnto Widia victorY

Diferenciais para atender às demandas da cons-trução civil, engenharia, arquitetura e decoração

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A Cummins Power Generation traz para o mercado brasileiro o grupo gerador C20D6 de 20kW. O equipamento foi desenvolvido para operar em standby, mas também apresenta alta eficiência quando utilizado em horários de pon-ta. Além disso, o gerador tem alto rendimento aliado a um baixo consumo.

O C20 D6 está disponível nos modelos aberto e carenado, ambos projetados com ta-manho reduzido. O aberto, por exemplo, possui 1400 mm de comprimento por 680 de largura. Já o carenado tem 1850mmx900mm. Ambas as modalidade são ideais para serem utilizadas em estabelecimentos como pequenos comércios, clínicas, condomínios, entre outros.ME

Máquinas da oKuMa para opEraçÕEs dE alto dEsEMpEnho

A Okuma Latino Americana, tradicional fabricante de máqui-nas operatrizes de última geração tecnológica, traz ao mercado duas máquinas voltadas para operações de alto desempenho: o MB 5000 e o modelo Multus B300w.

O Centro de Usinagem Horizontal MB5000 é agil, compacto e produtivo. Com alta velocidade, e termicamente estável, pos-sui uma aceleração rápida, trocas de ferramentas rápidas e alta potência para melhorar a produtividade. A máquina, construída dentro do conceito Thermo-Friendly, que permite prever a deformação térmica, melhorando a precisão, conta com um Spindle (eixo árvore) de 15.000RPM, avanço rápido dos eixos X/Y/Z de 60 m/min, troca de ferramentas T-T 1.3, C-C 3.1 seg; e troca de pallet em 9 segundos.

Já a Multus B300w é uma multi-tarefa de grande flexibilidade e rigidez. Permite realizar torneamentos e fresagem na mesma operação, uma vez que a peça possa ser fixada no spindle es-querdo para primeira operação e transferida automaticamente para o spindle direito para segunda fixação, sem removê-la de dentro da área de trabalho. Tem um trocador de ferramentas automático semelhante a um centro de usinagem, permitindo a utilização de várias ferramentas durante o processo. ME

GErador coMpacto da cuMMins

Destaque é a versatilidade

Centro de usinagem horizontal MB5000 e máquina multi-tarefa Multus B300W

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A Rockwell Automation apresenta o controlador inteligente de motor Allen-Bradley SMC-50, a última geração de controladores de motor com componentes de estado sólido da empresa. A novidade inclui uma recém-projetada estrutura de potência trifásica, com retificadores SCR, totalmente em estado sólido.

O SMC-50 atende necessidades de controle de motores de OEMs e usuários finais que buscam uma alternativa mais econômica para acionadores e controle mais avançado do que chaves de partida convencionais. Projetado para oferecer flexibilidade, combina recursos avançados de monitoramento e de proteção, múltiplas opções de partida e parada, e entradas e saídas de con-trole expansíveis - recursos que aumentam a eficiência, reduzem tempo de parada e melhoram o controle.

Com capacidades nominais de 200 Vac a 690 Vac e de 90 a 520 ampères, o SMC-50 é indicado para controlar rotação e torque de motores em um gama de aplicações de trabalhos normais, como bombas, compressores e transportadores curtos, bem como em aplicações pesadas.

O projeto melhora a saída de tensão para maximizar a eficiência das partidas e paradas do motor. Para esca-labilidade da aplicação, o produto apresenta 9 modos de partida padrão, 6 modos de parada e diversas funções de baixa rotação. Independentemente do modo de partida selecionado, o SMC-50 armazena o tempo de partida real do motor e o valor da corrente de pico, para auxiliar a configuração e otimização do processo. ME

Representante exclusiva no Brasil da Yu Shine Precision (YSP), a Bener High-Tech, do Grupo Bener, traz para o mercado brasileiro o Torno Vertical de alta precisão CNC YS-VL-850HR, da linha VL-HR. A máquina pertence à linha de tornos verticais multi-tarefa que se destacam-se pela robustez da estrutura construtiva, em liga fundida Meehanite, o que assegura alta precisão e eficiência à usinagem, proporcionando tempos de ciclos mais rápidos. São certificadas pelas normas internacionais ISO 9001, TÜV e EMC e estão em total adequação às especificações brasileiras de segurança NR12.

O novo torno é dotado de trocador automático de ferramentas com magazine que pode ser configurado para até 90 ferramentas. O ajuste de altura no conjunto do carro vertical e o 4º eixo na placa - eixo “C” são outras características da linha. As máquinas podem ser equipadas com CNC Siemens, Fanuc ou ainda de outra marca, à escolha.

Outros diferenciais: cabeçote com sistema de re-frigeração eficiente para a remoção dos cavacos, fácil sistema de carregamento/ descarregamento adaptado para peças grandes, pesadas e irregulares, mesa de trabalho sólida para a manufatura de peças com alta rigidez e ausência de vibrações, e o menor tamanho da sua categoria, oferecendo o melhor fluxo de trabalho entre tornos multitarefas.ME

CONTrOLAdOr INTELIGENTE dE Motor allEn-bradlEY sMc-50

Alta precisão e eficiência ao trabalho de usinagem

torno vErticalYs-vl-850hr

Economia e flexibilidade

69mercado empresarialmercado empresarial

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release

fazEndo sua pEça coM rapidEz E qualidadE.Fundada em 1999, a Fernandes é uma empresa

no segmento de repuxo, pelo desenvolvimento de projetos especiais junto com seus clientes.

O Repuxo é uma técnica que traz benefícios devido ao seu baixo custo e sua rapidez, sendo possível a produção em diversas formas de ma-teriais como: Alumínio, Aço Carbono, Cobre, Latão e Inox.

Empresa que foi pioneira no desenvolvimen-to e fabricação de Squize de alumínio, garrafas utilizada no acondicionamento de líquidos para esportes.

Sempre investindo em novas tecnologias, neste ano foi adquirido um torno de repuxo alemão com a capacidade de utilizar disco de 5000 mm, que pode usar espessuras mais elevadas(grossas).

Para execução de peças repuxadas em torno

de repuxo são necessários modelos (moldes) que são rosqueados ao cabeçote do torno.

A Repuxação Fernandes possui centenas de moldes prontos, possuímos ferramentaria própria para execu-ção de moldes sob medida, conforme a necessidade do cliente.

rEpuxação fErnandEsTels: 11 49971210 • 44621178

www.fernandes.ind.br

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o EndErEço cErto do cabo dE açoEmpresa do ramo de cabos de aço, laços de

cabos de aço e acessórios para movimentação, elevação e amarração de cargas, a Cabos São José atende os segmentos de siderurgia, automobilismo, mineração, construção civil, off-shore e outros.

Sua sede, localizada no bairro de Pirituba, em São Paulo (SP), dispõe de 3 mil metros quadrados e conta com a colaboração de 30 funcionários, sempre empenhados em atender da melhor ma-neira possível seus clientes.

Com grande experiência na fabricação de laços, a empresa atua no mercado como fabricante de laços de cabo de aço conforme as normas NBR 11900 e NBR 13541 e revenda de Cabos de Aço, Cintas de Poliéster, Correntes - grau 8 e Acessórios para movimentação de carga.

Distribuidora autorizada dos cabos de aço marca CIMAF (ISO 9002), um dos maiores fabri-cantes da América Latina.

A Cabos de Aço São José fabrica os mais varia-dos tipos de laços, nos diâmetros de 1/4” (6,4mm)

a 3” (77mm), atendendo todo o território nacional.Para se destacar no mercado, a Cabos de Aço São

José investe no cumprimento dos prazos de forma rígida, contando sempre com a alta qualidade e confiabilidade dos produtos que produz e revende.

Com larga experiência no mercado e contando com profissionais altamente treinados e qualificados, a Cabos de Aço São José também oferece a seus clientes, assistên-cia técnica e apoio aos usuários de seus produtos.

Atualmente a empresa está direcionando seu foco no crescimento da industria naval e na abrangência do mercado de cabos e acessórios com grande capacidade de elevação.

É importante frisar que a Cabos de Aço São José possui também em seu estoque, as Cintas de Poliéster do tipo SLING nos mais diversos tamanhos, Correntes em grau 8 e galvanizadas

cabos de aço são JoséTel: (11) 3908-0515 • Fax: (11) 3904-2148

www.cabossaojose.com.br

release 73mercado empresarialmercado empresarial

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índice de anunciantes

Acerotec Produtos Siderúrgicos ...................................................59

Aços D2 ..........................................................................................61

Aços Lapefer ..................................................................................57

Acro Cabos de Aço ........................................................................53

Águamax .......................................................................................53

Aguiafix Comércio de Fixadores e Ferramentas Ltda ...............53

Air Cyclo Produtos Industriais ......................................................72

Alfa Perfilados ...............................................................................41

AM Cofres & Móveis .....................................................................73

Anéis São Cristovão ......................................................................60

Anuário das Indústrias ..................................................................71

Aplastec Plásticos Técnicos Ltda .................................................57

Axial Rolamentos e Mancais .......................................................62

Beerre Assessoria Empresarial ....................................................58

Bertel Indústria Metalúrgica Ltda ................................................58

Brooklin Perfuração e Fixação Ltda .............................................57

Cabos de Aço São José Ltda.........................................................73

Caldeiraria Caldlaser .....................................................................58

Cimin's Confecções .......................................................................61

Comercial Hitocom Produtos Industriais ......................... selo capa

De Carlo Usinagem e Componentes Ltda ...................4ª Capa/49

Demolidora Sacoman ...................................................................73

Detalhes Brindes ...........................................................................62

Dimas Graf .....................................................................................27

Extretec Indústria e Comércio de Trefilados Ltda ......................60

Fast-Bras Abrasivos e Equipamentos Vibratórios Ltda ..............63

Feital ..............................................................................................27

Felifer Embalagens Industriais.....................................................70

Feromac Comércio de Ferramentas e Rolamentos ...................70

Fesma Indústria e Comércio de Ferramentas Ltda ...................45

Fonseca Vedações Industriais .......................................3ª Capa/05

Geradores Jundiaí..........................................................................27

Anuncie Agora MesmoTel.: (11) 3124-6200

Getrat Mangueiras ........................................................................63

Hidraufort Comércio de Tubos e Conexões Ltda .......................60

Inco- Rubber Produtos de Borracha ............................................59

Industrat Tratamento Térmico .....................................................45

Injetamak Indústria e Comércio de Peças Ltda .........................57

Jamaica Indústria de Artefatos de Borracha Ltda .......... selo capa

Juntas Brasil Indústria e Comércio Ltda ......................................58

Lapefer Comércio e Indústria de Laminados Ltda .....................60

Liaços Inter Mundial .....................................................................45

Locadora de Veículos Mandacar ..................................................34

Lotus Metal Ltda ...........................................................................72

Metalmag Produtos Magnéticos Ltda .........................................70

Metalúrgica Lopes Ltda ................................................................54

Metalúrgica Repuchotec ..............................................................45

MHS - Indústria e Comércio Ltda ................................................61

Novoaço Especial ...........................................................2ª Capa/22

Omniconex Conectores e Montagens de Cabos e Chicotes .....70

Otimiza Soluções Corporativas ....................................................73

Parafusalia .....................................................................................36

Pekon Condutores Elétricos .........................................................59

Portal 123Achei ..................................................................... 19/70

Primordial Aço Inoxidável ............................................................72

Repuxação Fernandes ..................................................................72

Roscacorte Parafusos Especiais ...................................................72

SNE Ferramentaria e Injeção de Plásticos ..................................61

Tecno Term Resistências Elétricas Ltda ......................................54

Tekno S/A Indústria e Comércio .................................................57

Tercabo Cintas e Cabos de Aço ...................................................54

Varipar Parafusos ..........................................................................54

Vibramol Indústria e Comércio de Molas ...................................59

Wimaq Industrial Ltda ..................................................................54

Zara Transmissões Mecânicas .....................................................62

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