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    eGesta- Revista Eletrnica de Gesto de Negcios - ISSN 1809-0079Mestrado em Gesto de Negcios - Universidade Catlica de Santos

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    O PLANEJAMENTO ESTRATGICO DE MARKETING

    E O PLANO DE NEGCIOS

    Helgo Max SeitzPontifcia Universidade Catlica de So Paulo

    Resumo

    A dinmica das variveis controlveis e incontrolveis que afetam as relaes de troca entre asempresas com e sem fins lucrativos e seus respectivos mercados, sugere pela velocidade e constnciade suas transformaes, um monitoramento contnuo das ameaas e oportunidades da resultantes.O presente estudo prope uma consolidao de conceitos extrados dos campos de estudo da

    Administrao Estratgica e do Marketing, que podero contribuir para o aperfeioamento daspropostas de Plano de Negcios, reforando seus vnculos com seus respectivos mercados, arenafinal do embate que premiar os vencedores com sua conquista e fidelizao.

    Palavras chave

    Planejamento Estratgico de Marketing, Estratgias Competitivas, Estratgias de Marketing.

    Abstract

    The controllable and uncontrollable marked dynamics that affect the exchange relations ofcompanies with and without lucrative ends, suggests for the speed and constancy of thosetransformations, a continuous look to the new threats and opportunities resulting from there. The

    present study proposes an integrate view from the Business and Marketing Strategies, which will beable to contribute for the perfectioning of the immediate business-oriented proposals, strengtheningits bonds with its respective markets.

    Key Words

    Strategic Marketing Planning, Competitive Strategies, Marketing Strategies.

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    O PLANEJAMENTO ESTRATGICO DE MARKETINGE O PLANO DE NEGCIOS

    Helgo Max Seitz

    Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo

    Introduo

    A elaborao de planos de negcios, sejam novos negcios, ou atividades j em andamento em

    seus processos de reavaliao peridica, para potencializarem suas perspectivas de sucesso, devem

    necessariamente reforar seu comprometimento com os mercados que pretendem atingir, de forma

    assertiva e competitiva. A dinmica das variveis controlveis e incontrolveis que afetam as relaes

    de troca entre as empresas com e sem fins lucrativos e seus respectivos mercados, sugere pela velocidade e constncia de suas transformaes, um monitoramento contnuo das ameaas e

    oportunidades da resultantes.

    O presente estudo prope uma consolidao de conceitos extrados dos campos de estudo da

    Administrao Estratgica e do Marketing, que podero contribuir para o aperfeioamento das

    propostas de Plano de Negcios, reforando seus vnculos com seus respectivos mercados, arena

    final do embate que premiar os vencedores com sua conquista e fidelizao.

    O Planejamento Estratgico de Marketing, Planejamento Estratgico orientado para o

    Mercado, Plano de Marketing, Estratgias Competitivas, Estratgias de Marketing, representam

    algumas das nomenclaturas que sero consideradas neste estudo. So muitos os autores e obras que

    tratam destes conceitos, e entre outros foram consultados: KOTLER (2000); CZINKOTA e outros

    (2002); DIAS e outros (2003); PERREAULT e McCARTHY (1997 e 2002); CHURCHILL e PETER

    (2000); ETZEL, WALKER e STANTON (2001) HOOLEY, SAUNDERS e PIERCY (2001);

    PORTER (1986 e 1991); LAMBIN (2000); JAIN, (1997); TAVARES (2000); FERRELL,

    HARTLINE, LUCAS e LUCK (2000).

    A diversidade de obras, autores, e nomenclaturas utilizadas, no correspondem

    necessariamente a diferenas significativas nos conceitos e na construo dos processos de

    planejamento estratgico de marketing, plano de marketing e suas estratgias, e tambm, no opropsito deste trabalho discutir as possveis diferenas de abordagem existentes entre os diversos

    autores.

    Por outro lado, torna-se necessrio o estabelecimento claro e preciso dos conceitos e processos

    que sero escolhidos neste estudo, a fim de se cumprir com os objetivos deste artigo.

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    Conceitos compreendidos no Marketing Estratgico

    A origem do termo estratgia remonta ao grego, stratega, aplicada ao planejamento e

    execuo de operaes militares, com vista a alcanar determinados objetivos. Na administrao, de

    forma idntica, a palavra empregada para definir um curso de ao que possibilite s organizaes

    atingirem seus objetivos de acordo com o dicionrio AURLIO, 2 edio (1986),. Cabe, entretanto,

    ressaltar uma controvrsia quanto etimologia da palavra. Alguns autores identificam a origem grega

    da palavra com o significado de cargo do comandante de uma armada, ou a dignidade de um posto

    equivalente a ministro da guerra na antiga Atenas, de conformidade com o dicionrio HOUAISS,

    1 edio, (2001).

    TAVARES (2000), apresenta um conjunto de conceitos que incorporam o termo acima, e so

    aplicados na gesto estratgica das organizaes:

    Planejamento Estratgico_tcnica administrativa que objetiva manter uma organizao como

    um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente, identificando oportunidades e

    ameaas, pontos fortes e fracos para o cumprimento de sua misso.

    Administrao Estratgica_processo contnuo e iterativo que visa capacitar a organizao de

    forma a permitir que as tomadas de decises estejam de acordo com as decises estratgicas.

    DecisoEstratgica_ toda aquela que resulta numa nova maneira de distribuir ou utilizar os

    recursos bsicos da empresa; nem toda deciso estratgica de longo prazo, embora seja,necessariamente, de longo alcance. Envolve, portanto, os escales superiores da organizao.

    Outro aspecto a ser considerado, diz respeito s atribuies de responsabilidade entre os

    diversos nveis organizacionais:

    Estratgico: Orienta o foco e a direo a ser seguida pela organizao, adaptando-a ao

    ambiente de Marketing, geralmente conduzido pela alta administrao (Presidncia, Conselho

    de Administrao e Direo).

    Ttico Administrativo: Atribuio dos escales intermedirios (Gerncias), compreende a

    coordenao, planejamento, implementao e controle dos planos formulados em cada uma

    das reas de competncia, com vista ao cumprimento do direcionamento estratgico proposto

    no nvel anterior.

    Operacional: Implementao das aes necessrias ao cumprimento das decises estratgicas

    definidas nos nveis anteriores.

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    McCARTHY e PERREAULT (1997, p.43) definem oplanejamento estratgico como um processo

    administrativo destinado a manter o equilbrio entre os recursos de uma organizao e suasoportunidades de mercado.

    um trabalho da alta administrao que inclui no apenas o planejamento dasatividades do marketing, mas tambm produo pesquisa e desenvolvimento eoutras reas funcionais. [...] os planos do departamento de marketing no so osplanos de toda a empresa, por outro lado, os planos da empresa devem serorientados para marketing. Os planos do gerente de marketing podem dar otom e a direo para toda a empresa. Assim usaremosplanejamento estratgicoeplanejamento estratgico de marketing com o mesmo significado.

    Planejamento estratgico de marketing, concluem os autores acima, significa encontrar

    oportunidades atraentes e desenvolver estratgias de marketing rentveis.

    O planejamento de marketing compreende:

    Fixao de objetivos

    Avaliao de oportunidades

    Planejamento de estratgias de marketing

    Desenvolvimento dos planos de marketing

    Desenvolvimento do programa de marketing

    O Plano de Marketing, portanto, integra o planejamento estratgico de marketing, que por sua

    vez, ao ser formulado, deve considerar no apenas as variveis controlveis da empresa (variveis do

    ambiente interno da organizao ou micro ambiente de marketing), mas tambm as variveis externas

    (incontrolveis) que dizem respeito aos ambientes competitivo, econmico, tecnolgico, poltico e

    legal, scio-cultural, alm, e com os recursos e objetivos da empresa.

    McCarthy tambm emprega o conceito de planejamento estratgico orientado para o mercado

    como sinnimo do planejamento estratgico de marketing, reforando sua importncia por dar a

    direo para todo o negcio.FERRELL e outros, (2000, p.20) em sua obra dedicada administrao de marketing

    estratgico, enfatizam a necessidade da perfeita integrao das estratgias e planos de marketing com

    a misso e as metas da organizao, e os planos das outras reas funcionais. Desenvolver uma estratgia

    de marketing impossvel sem que as metas e os objetivos organizacionais e de marketing estabeleam os resultados

    especficos que devem ser atingidos por meio do plano de marketing.

    O processo de planejamento estratgico de mercado descrito por Ferrell (2000) integra a gesto

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    estratgica da organizao, e contempla as seguintes etapas:

    Anlise dos ambientes interno, externo e dos consumidores. SWOT_ Anlise das foras e fraquezas internas e das oportunidades e ameaas

    externas.

    Misso, metas e objetivos organizacionais.

    Estratgia corporativa ou estratgia das unidades de negcio. (afetam todas as reas

    funcionais da organizao, marketing, finanas, produo recursos humanos, etc.).

    Metas e objetivos de marketing

    o Estratgia de marketing

    o Implementao

    o Avaliao e controle

    o Plano de marketing

    Quanto ao plano de marketing, FERRELL (2000, p.26) descreve cinco propsitos essenciais

    que o mesmo dever conter:

    1. Explica as situaes atuais e futuras da organizao, incluindo anlise ambiental, SWOT e

    anlise do desempenho anterior da empresa;

    2. Especifica os resultados esperados (metas e objetivos), de maneira que a organizao possa

    antecipar sua situao no final do perodo de planejamento;

    3. Descreve as aes especficas que devem ser adotadas, de maneira que possa ser atribuda a

    responsabilidade por cada ao, o que ajuda a assegurar a implementao das estratgias de

    marketing;

    4. Identifica os recursos que sero necessrios para a execuo das aes planejadas;

    5. Permite o monitoramento de cada ao e seus resultados, facilitando assim a implementao

    dos controles. A avaliao dos resultados alcanados fornece as informaes para o reincio

    do ciclo de planejamento no perodo seguinte.

    Alm dos conceitos centrais acima, na dinmica das organizaes, pode-se observar a

    elaborao de planos de marketing efetivamente funcionais, convivendo com outros que so

    apresentados somente para cumprirem um ritual, contendo falhas estruturais, que os tornam inteis

    para as finalidades a que se propem.

    A anlise da situao de um plano fantasia, feita para apoiar um ponto de vista particular,

    provavelmente com a inteno de demonstrar que as estratgias subseqentes fazem sentido, ao

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    contrario do plano funcional, onde a anlise aprofundada, expondo informaes bsicas para a

    tomada de deciso, independente das estratgias que sero seguidas.Um plano inadequado tem objetivos imprecisos como, por exemplo, no prximo ano a

    empresa assumir uma posio de liderana.

    Os objetivos em um bom plano de marketing so especficos e mensurveis, sua redao

    assertiva e comprometida com indicadores de performance como a participao da empresa no seu

    segmento de mercado e o volume de vendas definido por perodos.

    Planos de fantasia costumam apresentar estratgias infalveis e solues definitivas. Planos

    funcionais indicam estratgias, mas devem mostrar que h mais de uma forma para se resolver um

    problema, indicando aquela que faz mais sentido naquele momento. Um plano de fantasia utiliza uma

    linguagem cifrada, volumoso, contm pginas de quadros, grficos e nmeros que no tem ligao

    direta com os problemas estudados, onde a nfase, esta na forma e no no contedo.

    No pano funcional a linguagem simples e direta, e a apresentao clara contendo

    informaes objetivas e relevantes.

    O plano funcional apresenta idias novas em relao ao anterior, os problemas principais e as

    formas de resolv-los esto identificados e relacionados ao pessoal responsvel por sua

    implementao. Como conseqncia, constri-se um sistema de compromissos e uma administrao

    por objetivos, com prazos definidos.

    Uma das maneiras eficazes para que o plano tenha efetividade e comprometimento pessoalcom seus resultados, o envolvimento de toda a equipe funcional em sua elaborao. As revises

    so sempre necessrias, durante a fase de preparao e depois dela, mantendo-se assim a atualizao

    permanente. (cf. CAMPOMAR, 1983).

    TAVARES (2000, p.156) em sua obra Gesto Estratgica, enuncia

    A definio de um processo de gesto estratgica deve seguir as caractersticasprprias de cada organizao. Sua natureza, porte, estilo de gesto, cultura e clima,certamente iro influenciar a maneira como esse tipo de atividade serdesenvolvida. As etapas necessrias ao cumprimento deste processo seguem com

    pequenas variaes, a mesma seqncia apresentada na figura abaixo

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    Figura 1 - Etapas do Processo de Administrao Estratgica

    Fonte: TAVARES (2000, p.156)

    O processo de gesto estratgica de marketing, por integrar, o planejamento estratgico

    corporativo, pode seguir em suas linhas gerais as etapas apresentadas na figura 1 acima, e o

    correspondente fluxo das aes necessrias sua implementao.

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    Figura 2 - Prisma da Administrao Estratgica

    Fonte: adaptado de CERTO e PETER, (1993, p. 59)

    Quaisquer que sejam as etapas, seu ordenamento e os nveis de detalhamento do processo

    escolhido, freqentemente iro requerer modificaes medida que as condies ambientais ou

    organizacionais se modificam. Conseqentemente, uma estratgia pretendida (original) pode ser

    implementada de uma forma modificada, chamada de estratgia realizada (real). A figura 2 enfatiza

    a necessidade do gerenciamento contnuo do processo, com a contribuio das pessoas e das

    ferramentas de gesto, para que a organizao mantenha sua vantagem competitiva como meio para

    alcanar sua viso de futuro. O propsito da administrao estratgica corporativa, com os

    instrumentos proporcionados pela gesto estratgica de marketing, o de criar riqueza para os

    acionistas da empresa por meio da satisfao das necessidades e expectativas dos stakeholders

    (clientes, fornecedores, empregados, etc.).

    Definio de um modelo de Planejamento Estratgico e Plano de Marketing

    Como j mencionado no tpico anterior, para que se possa levar a bom termo os objetivos

    deste estudo, torna-se necessria a escolha e definio do processo de Planejamento Estratgico de

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    Marketing, suas respectivas etapas, e as caractersticas bsicas do Plano de Marketing que sero

    utilizados como modelo no desenvolvimento de um plano de negcios.Para ETZEL, WALKER e STANTON, (2001, p.56), Aps concluir o planejamento estratgico para

    a organizao como um todo, a administrao precisa estabelecer planos para cada rea funcional importante, como

    marketing[...]. Certamente, o planejamento para cada funo deve ser guiado pela misso ampla da organizao e pelos

    objetivos.

    CHURCHILL e PETER (2000, p.93), demonstram o processo de planejamento estratgico

    organizacional, iniciando com a misso, objetivos, escolha das estratgias baseadas na Matriz Produto

    / Mercado e SWOT, introduz o conceito dejanela estratgicadefinida como o perodo de tempo em que

    os pontos fortes de uma organizao combinam com uma oportunidade de mercado, concluindo a seqncia com

    anlises de portflio apoiadas nas matrizes do Boston Consulting Group (matriz de crescimento e

    participao de mercado) e GE-McKinsey (matriz de atratividade e fora do negcio), para ento

    introduzir o plano de marketing.

    O plano de marketing sugerido, inicia com a analise ambiental, retoma a anlise das foras e

    fraquezas, ameaas e oportunidades, objetivos e estratgias de marketing.

    CZINKOTA e outros (2002) seguem a mesma linha utilizando os mesmos elementos de

    anlise, com pequenas variaes, como a especificao das UENs (unidades estratgicas de negcio).

    KOTLER (2000, p.111) ao abordar o planejamento estratgico orientado para o mercado

    introduz os nveis corporativo e de diviso, UENs e produto, inclui os elementos de anlise jmencionados acima, discute o processo de marketing e a entrega de valor, encerrando com os tpicos

    que devem necessariamente compor o plano de marketing:

    1. Resumo executivo e sumrio

    2. Situao atual de marketing

    3. Anlise SWOT

    4. Objetivos

    5. Estratgia de marketing

    6. Programas de ao

    7. Demonstrativos de resultados projetados

    8. Controles

    Este estudo prope a investigao do processo gerencial do marketing tanto no

    desenvolvimento de novos negcios, como na elaborao de planos para negcios j implantados.

    Cabe aqui, portanto, optar entre um dos modelos de planejamento consultados, ou, conforme

    sugerido pelos prprios autores, combinar as diversas etapas e elementos que constituem estes

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    modelos, construindo um caminho crtico que considere as caractersticas especficas de cada projeto.

    O caminho definido neste trabalho corresponde segunda opo, entre as duas possibilidadesacima discutidas.

    No desenvolvimento deste modelo prprio, foram consideradas as quatro funes clssicas

    da administrao, distribudas em dois blocos respectivamente:

    I - O Planejamento Estratgico de Marketing envolvendo as funes de anlise e

    planejamento.

    II - O Plano de Marketing, incorporando as funes de implementao e Controle.

    A combinao resultante implicar na definio dos objetivos estratgicos do negcio como

    resultante do processo de planejamento, e a elaborao do plano de marketing definindo as etapas

    e passos necessrios para a implementao dos objetivos estratgicos planejados.

    Planejamento Estratgico de Marketing

    TAVARES (2000), coloca em discusso a questo de qual seria a etapa inicial deste processo,

    anlise ambiental ou definio da viso, valores e misso?O posicionamento em favor de um ou de outro ponto de vista deve ser apoiado em alguns

    pressupostos, que podem orientar melhor esta deciso (TAVARES, 2000, p.153).

    Estes pressupostos esto correlacionados ao incio e natureza do negcio, e a experincia da

    organizao em planejamento ou gesto. As empresas de pequeno porte com finalidade lucrativa tm

    seu incio vinculado a uma habilidade especfica de seu fundador ou fundadores que decidiram iniciar

    seu prprio negcio. Assim, de maneira intuitiva, a organizao, acaba personificando a misso de

    seus empreendedores. Mais adiante em sua reflexo, Tavares (2000, p.155), recomenda: Nas

    organizaes sem experincia em planejamento convm inici-lo a partir da definio de seu espao de negcio, a viso

    e a misso.

    O autor atribui sua recomendao nestes casos, que espelham a situao de anlise deste

    trabalho, s seguintes vantagens:

    Proporciona indicaes do sentido segundo o qual a anlise ambiental deve ser

    conduzida;

    Permite a reformulao ou refinamento dos parmetros inicialmente propostos

    (viso, valores e misso) a partir da anlise ambiental interna e externa, segundo o

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    prprio ciclo do processo de planejamento.

    Favorece a implementao do ciclo de planejamento, uma vez que a relao entrea misso e o ambiente dinmica. Enquanto a definio da misso orienta e

    delimita o sentido da anlise ambiental, esta fornecer os parmetros para a

    redefinio da primeira. Desta forma, caracteriza-se o ciclo de planejamento como

    uma relao circular, na qual cada dimenso acaba por influenciar a outra. (Figura

    1)

    Considerados os critrios acima discutidos, este trabalho prope iniciar o planejamento

    estratgico de marketing, com a anlise e definio do pensamento da empresa quanto aos seguintes

    fatores:

    Viso:

    Qual a perspectiva divisada pela empresa quanto ao seu futuro? Que propsito

    pretende atingir, o que pretende ser, como imagina ser reconhecida nos prximos 5

    a 10 anos?

    Valores:

    Quais so as crenas e valores que a empresa associa (ou pretende associar) ao

    cumprimento de seus propsitos junto aos seus clientes (mercado), fornecedores,intermedirios, colaboradores internos ou externos, tica dos negcios, etc.

    Misso:

    Qual o escopo e a abrangncia do seu negcio quanto a produtos e mercados? (Foco

    da empresa).

    Definidos os parmetros iniciais do processo, a prxima parte compreende as anlises

    ambientais da empresa, abrangendo a situao interna (ambiente organizacional) e externa (micro e

    macro ambientes de marketing), conduzidas de modo a avaliar as condies da organizao para

    cumprir com seus propsitosestratgicos.

    O micro ambiente de marketing ou ambiente tarefa representado pelos fornecedores,

    intermedirios, concorrentes e o mercado da empresa, e o macro ambiente, composto pelo

    conjunto dos ambientes demogrfico, econmico, natural, tecnolgico, poltico legal e sociocultural.

    (cf. KOTLER, 2000).

    O produto destas anlises a identificao dos pontos fortes da empresa na anlise interna,

    e das situaes favorveis na anlise externa, como sendo aqueles que podem contribuir

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    positivamente para o cumprimento de sua misso, manuteno dos seus valores, e, alcanar sua

    viso de futuro. J os pontos fracos e situaes desfavorveis, sero aqueles cuja contribuio percebida como sendo negativa para satisfazerem as mesmas condies (misso, valores e viso).

    Anlise da Situao

    O detalhamento do processo de anlise da situao compreende o diagnstico do que est

    acontecendo e prognstico de situaes futuras. Esta anlise conforme enunciado acima deve ser

    feita com base em informaes internas e externas organizao, as quais devem ser obtidas atravs

    de um Sistema de Informaes de Marketing eficiente, devendo ser a mais completa possvel.

    A anlise interna envolve as variveis crticas controlveis e avalia as capacitaes

    mercadolgicas e competitivas da organizao, destacando-se:

    Produto ou servio: descrio, finalidades, qualidade, apoio complementar, vantagens que

    oferece, inovao.

    Polticas de Marketing vigentes: produto, preo, promoo (comunicao integrada de

    marketing), distribuio e logstica.

    Resultados alcanados: evoluo das vendas, reputao da empresa, participao de mercado,

    satisfao e reteno de clientes.

    Fatores referentes a custo, lucro e indicadores de desempenho: margem de contribuio,

    anlise do ponto de equilbrio, indicadores de relao entre recursos empregados e retorno.

    A definio dospontos fortes ou fracos resultante da anlise destas variveis internas, que

    mostram em situao absoluta ou relativa, como se encontra a organizao quanto a cada um dos

    itens verificados e sua capacidade competitiva frente ao ambiente, no cumprimento de sua

    Misso e Valores, rumo Viso definida em seu planejamento estratgico

    A anlise da situao pode tambm ser precedida ou complementada com instrumentos de

    anlise de portflio. A literatura apresenta alguns modelos de anlise devidamente comentados em

    relao aos seus prs e contras. Um aspecto comum a estes modelos, o fato de combinarem

    variveis externas (incontrolveis) do ambiente de marketing, para posicionarem produtos ou UENs

    (unidades estratgicas de negcio), possibilitando assim qualific-las, identificar suas foras e

    fraquezas, propor aes especficas de marketing, agregando valor e podendo contribuir para o

    melhor entendimento da gesto e competitividade do negcio.

    Para ilustrar um possvel mtodo de qualificao de produtos ou negcios HOOLEY (2001,

    p.48) citando Drucker, enuncia sete tipos de negcios que podem ser encontrados em muitos

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    portflios:

    1. Os ganhapes de hoje _ representam produtos e servios que geram lucros substanciais,contribuindo positivamente para o fluxo de caixa e os lucros da empresa. (pontos fortes).

    2. Os ganha-pes de amanh _ representam investimentos no futuro, esto em crescimento

    ou em mercados atraentes, e espera-se que possam vir a substituir os atuais ganha-

    pes.(possveis pontos fortes)

    3. Os ganha-pes de ontem _ representam produtos e servios que tendo tido relevncia no

    passado, no contribuem mais significativamente para o fluxo de caixa ou lucro da empresa.

    Indica uma possvel imobilidade na gesto do negcio. (possveis pontos fracos)

    4. Desenvolvimentos _ produtos ou servios desenvolvidos recentemente que parecem

    promissores, mas que ainda necessitam de um maior investimento para concretizao de suas

    expectativas futuras. (possveis pontos fortes)

    5. Dorminhocos _ representam investimentos em produtos ou servios j realizados h algum

    tempo, que ainda no cumpriram com as expectativas inicialmente formuladas. (pontos

    fracos)

    6. Investimentos no ego gerencial _ so mantidos no portflio da empresa apoiados e

    protegidos por gerencias influentes, na expectativa que venham a produzir resultados no

    futuro. (pontos fracos)

    7. Fracassos _ mantidos no portflio da empresa por inrcia da administrao,que talvez temareconhecer seu fracasso. (pontos fracos)

    As anlises de portflio esto amplamente documentadas pelos autores de obras de marketing

    e estratgia, KOTLER (2000), CHURCHILL (2000), STANTON (2001), etc. Dentre vrios modelos,

    destaca-se a matriz do BCG (Boston Consulting Group), tambm conhecida como matriz de

    crescimento e de participao de mercado, identificando seus dois eixos de posicionamento, que

    permite avaliar e qualificar o portflio de produtos em quatro categorias distintas, diagnosticar a

    situao presente e traar tendncias futuras, orientar os investimentos da empresa em seu portflio,

    combinando interpretaes do comportamento do fluxo de caixa com competitividade e taxas de

    crescimento de mercado dos produtos. A matriz de posio do negcio atratividade do mercado,

    tambm conhecida como GE-McKinsey, posiciona os produtos em uma matriz 3x3, que dividida

    em trs reas de atratividade geral: alta, mdia e baixa. Sua operacionalizao mais complexa, bem

    como o grau de subjetividade envolvido. Enquanto a matriz do BCG utiliza o critrio de fluxo de

    caixa para avaliar a oportunidade de investimento, a GE privilegia o ROI (retorno do investimento).

    A anlise externa enfoca as variveis crticas incontrolveis do ambiente de marketing,

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    concentrando-se naquelas de maior impacto para os resultados do seu negcio. Entre outras podem

    ser destacadas:1 - Clientes ou usurios: O comportamento de compra e de consumo segue metodologia prpria abordada por

    diversos autores, (GIGLIO, ENGEL, SCHIFFMAN, SHETH) entre outros, podendo ser analisado,

    por exemplo, respondendo a questes como: Qual o objetodesejado pelo mercado; com queobjetivo desejado;

    como estorganizado para definir sua aquisio (processo de tomada de deciso de compras); como sua

    operao de compra (procedimentos para implementar a compra). (cf. KARSAKLIAN, 2000).

    2 - Tomadores de deciso (Estabelece a diferena entre cliente e consumidor), comportamento

    (atitudes), opinies.

    3 - Levantamento dos setores mais promissores de mercado: Identificao dos segmentos em

    relao s classificaes do produto, da aplicao, dos clientes, da localizao, etc; tamanho

    destes segmentos em unidades ou valores.

    4 - Participao dos concorrentes: Evoluo dos mercados e da participao dos seus

    integrantes (fatia de mercado da empresa e de seus principais concorrentes).

    5 - Condies ambientais do mercado e possveis mudanas (cenrios): Situao econmica,

    poltico social, legislao, cultural, evoluo tecnolgica e tendncias, aspectos demogrficos

    e sua evoluo.

    6 - Estratgias e atividades de marketing dos concorrentes:Procurar identificar quais so as

    principais estratgias dos concorrentes,suas abordagens com relao ao mercado,a imagemque detm frente ao pblico alvo definido,caractersticas dos seus programas de ao e que

    resultados vem obtendo.

    Estas anlises proporcionam empresa definir quais so suas situaes favorveis e

    desfavorveis para competir no ambiente externo, e atingir as diretrizes estratgicas propostas.

    As situaes desfavorveis devem ser enunciadas de maneira to correta e especfica quanto

    possvel, distinguindo-se as causas dos sintomas. Podem ser testadas perguntando-se o que na

    anlise da situao prova que esta uma situao do ambiente realmente desfavorvel

    organizao? (Varivel Crtica). As situaes desfavorveis devem ser analisadas tanto no estado

    atual do ambiente, como em suas possveis variaes futuras.

    As situaes favorveis do ambiente de marketing so aquelas que podem trazer benefcios

    organizao, desde que sejam aproveitadas. Situaes favorveis atuais ou futuras so, na maioria das

    vezes, extremamente volteis e sua correta identificao fundamental na obteno de vantagens

    competitivas, desde que sejam apropriadas a tempo. (cf. CAMPOMAR, 1983)

    Campomar (1983) apresenta em artigo da revista Marketing, uma alternativa anlise SWOT.

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    O modelo desenvolvido possibilita aprofundar as anlises ambientais, uma vez que combina as

    avaliaes das anlises interna e externa em uma matriz 2x2, para ento definir quatro perspectivasdistintas deAmeaas e Oportunidades. Esta matriz ser designada como Matriz Estratgica

    neste trabalho.(Figura 3)

    A juno das situaes favorveis do ambiente com os pontos fortes da organizao

    possibilitam visualizar as oportunidades de mercado, que podero vir a beneficiar a empresa, caso

    se desenvolvam aes de marketing combinando as variveis controlveis no sentido de aproveit-las.

    O encontro das situaes desfavorveis com os pontos fracos da organizao identifica as

    ameaas de mercado, portanto os problemas que devero ser resolvidos para que no se

    comprometa o desempenho futuro da empresa. A identificao objetiva destas situaes muito

    importante, na medida em que um problema bem definido conduz s solues mais adequadas.

    As outras combinaes possveis apontam as oportunidades relativas (juno das situaes

    favorveis com os pontos fracos sugerem uma oportunidade na hiptese da empresa conseguir

    contornar ou resolver a fragilidade interna observada), e as ameaas relativas (resultado do

    encontro de situaes desfavorveis com pontos fortes, teis para explicar como circunstncias

    pontuais de mercado podem ser enfrentadas com as foras da empresa). Estas duas novas alternativas

    de diagnstico ambiental tambm devem ser examinadas no sentido de serem maximizadas as

    possibilidades de aproveitamento de possveis oportunidades, ou minimizadas as possveis ameaas

    (problemas).

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    Figura 3 - Matriz Estratgica

    Fonte: CAMPOMAR (1983)

    Os objetivos de marketing devem ser compatveis com os objetivos estratgicos da

    organizao, contribuir decisivamente para o cumprimento da misso e valores e possibilitar atingir

    a viso; sendo estabelecidos em um processo de negociao de comum acordo entre a administrao

    e os responsveis por seu cumprimento.

    Aps a anlise da situao e conhecendo-se as ameaas e oportunidades que a organizao tem

    ou ter no futuro, pode-se determinar seus limites e desta forma, fixar objetivos especficos,

    mensurveis, realsticos, e desafiadores, abrangendo todos os aspectos controlveis da atividade de

    marketing.

    Objetivos resultantes de um processo analtico como o descrito, tem por finalidade neutralizar

    as ameaas e aproveitar as oportunidades, o que os caracteriza como objetivos estratgicos de

    marketing. Sua apresentao deve ser quantificada quanto aos resultados pretendidos no futuro,

    item a item, de forma bem especfica, em nmeros relativos e absolutos: Por exemplo: obter um

    incremento de x % na penetrao dos produtos em determinado territrio, com custos, receitas,

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    margem de contribuio, lucro e prazos de realizao claramente definidos por rea, departamento

    ou elemento-chave responsvel.A atribuio de metas por reas de atuao segmenta os objetivos gerando responsabilidade

    e comprometimento por parte da estrutura organizacional responsvel por sua implementao,

    facilitando seu controle e avaliao. Enquanto estas aes (metas) no forem cumpridas, os objetivos

    principais tambm no o sero.

    O Plano de Marketing o instrumento que ira orientar a implementao dos objetivos

    estratgicos planejados

    Plano de Marketing

    DIAS (2003, p.475), no captulo 17, apresentado por JONES, Victria, propem a

    apresentao de um plano de marketing como ferramenta de persuaso, descrevendo tambm os

    passos necessrios para ao seu desenvolvimento, e a estrutura de sua organizao.

    Em seu texto, reala a importncia deste instrumento como parte essencial do plano de

    negcios global da organizao, posicionando o plano de marketing entre o objetivo amplo de um

    plano de negcios e o restrito de cada ferramenta de marketing.

    O plano de marketing apresenta um roteiro de ao til na justificativa de investimentos, rene

    todas as ferramentas e princpios de marketing, e, seu valor e contribuio sero to bons quantoforem as informaes e anlises em que se fundamentou.

    Neste sentido, enfatiza que seu processo de redao e a qualidade de suas informaes so mais

    importantes do que o formato utilizado, recomendando ainda cuidados quanto a:

    Organizao (seqncia lgica)

    Clareza (facilidade de leitura e entendimento)

    Abrangncia (nvel de anlise e detalhe apropriado empresa)

    Coerncia (com polticas da empresa e informaes de mercado)

    Honestidade (citao de fontes e premissas explicitas)

    Racionalidade (anlises com concluses e recomendaes)

    Persuaso (recomendaes apoiadas em bases slidas)

    Atualizao (Revises permanentes acompanhando a dinmica do mercado)

    Apoiada nas recomendaes acima, a empresa passa a desenvolver o plano de marketing que

    dever conter os aspectos descritos passo a passo mais frente deste texto.

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    Como h vrias formas de se apresentar um plano de marketing, cabe ao profissional

    responsvel, selecionar o modelo mais adequado s suas necessidades especficas. Dentre as diversasalternativas possveis, buscou-se apresentar neste trabalho um modelo suficientemente abrangente

    e genrico, a fim de otimizar seu aproveitamento no estudo de caso.

    Uma vez encontrados os objetivos, o prximo passo implica em definir as estratgias

    competitivas de marketing que permitiro empresa alcan-los.

    O tpico das estratgias apresentado em dois momentos distintos quando tratamos de

    combinar o planejamento estratgico corporativo, com o plano de marketing, conforme j abordado

    anteriormente neste texto. A primeira abordagem diz respeito s estratgias corporativas, que so

    designadas para viabilizar os objetivos estratgicos corporativos, afetando, portanto, todas as reas

    funcionais da organizao. O segundo momento ocorre quando da elaborao do plano de

    marketing, depois de se ajustarem os objetivos especficos da rea, para os quais tambm sero

    designadas estratgias especficas de marketing.

    O presente estudo contempla um projeto universal de uma empresa, o que implica em se

    fazerem as adaptaes necessrias a cada situao especfica, no momento em se apropriarem os

    conceitos aqui discutidos. Cabe aqui analisar e definir uma cesta de estratgias que individualmente

    ou em conjunto possibilite demarcar com o maior grau de assertividade possvel o caminho crtico

    que leve um projeto ao encontro de seus objetivos. A seleo apresentada a seguir incorpora um

    elenco de conceitos que podem contribuir nesta direo.

    Competncias Essenciais

    Pode ser definida como um conjunto de habilidades, tecnologias e capacidades da empresa,

    essenciais conduo do seu negcio, de forma harmnica e integrada. Representa a soma do

    aprendizado de todos os conjuntos de habilidades tanto no nvel pessoal quanto da unidade

    organizacional. Possibilita estabelecer diferenciao entre concorrentes, exigindo uma contribuio

    desproporcional frente percepo de valor a ser estabelecida por seu pblico alvo. HAMEL e

    PRAHALAD, (1995).

    Foco Competitivo

    Quando todos os departamentos da empresa trabalham em conjunto para atender aos

    interesses dos clientes, o resultado o marketing integrado(KOTLER, 2000).

    O autor apresenta em sua obra, duas situaes de organograma, descrevendo na primeira uma

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    pirmide que inclui os clientes em sua base, e no sentido ascendente, os demais nveis, operacionais;

    tticos, correspondendo s gerncias mdias; e no topo, a alta administrao. Esta situao representao organograma tradicional. Na segunda hiptese, a pirmide invertida, ficando a base com os

    clientes no alto, e a seqncia anterior mantida, agora no sentido descendente. Esta pirmide

    invertida representa a empresa moderna, com foco no mercado. HOOLEY (2001) discute a questo

    da orientao para o mercado, valendo-se da representao de um triangulo indicando em cada uma

    de suas pontas os componentes da orientao para o mercado. A figura 4 abaixo uma adaptao

    deste modelo.

    Figura 4 - Orientao competitiva para o mercado

    A figura 4 prope como foco da empresa a mutua satisfao e valor para os relacionamentos

    de troca pertencentes cadeia de entrega de valor da empresa, construdos a partir do

    monitoramento permanente das expectativas do mercado, e das aes dos concorrentes.

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    Posicionamento Estratgico corporativo

    O posicionamento estratgico corporativo, descrito por TAVARES (2000, p.343) refere-se s

    estratgias internas da organizao. A estratgia de desenvolvimento abordada pelo autor, traando um

    paralelo com o ser humano: O crescimento fsico do ser humano deve ser concomitante ao seu desenvolvimento

    emocional, intelectual e moral. Tambm, a organizao tem que se desenvolver para apoiar seu crescimento, e neste caso,

    a idia aplicada ao capital intelectual e aos recursos tecnolgicos.A estratgia de desenvolvimento tambm

    pode ser observada na matriz de posicionamento estratgico corporativo (figura 5), quando so

    correlacionadas as foras e fraquezas de uma empresa, com cenrios favorveis ou desfavorveis. O

    4 quadrante, combinando as foras da empresa com cenrios favorveis, sugere a estratgia de

    desenvolvimento, adequada, por exemplo, s situaes de novos negcios.

    Figura 5:

    Fonte: OLIVEIRA (1999, p.130)

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    Estratgias de crescimento

    A figura 6 apresenta quatro possveis estratgias de crescimento, desenvolvidas por ANSOFF

    (1977), demonstradas na matriz Produto-Mercado, a seguir definidas.

    Penetrao:Aumentar as vendas nos mercados atuais com os mesmos produtos.

    Desenvolvimento de mercado:Expandir para novos mercados, mantendo os mesmos produtos.

    Desenvolvimento de produtos:Desenvolver novos produtos, para os mesmos mercados.

    Diversificao:Expandir para novos mercados com a oferta de novos produtos.

    Figura 6 - Estratgias de Crescimento

    Fonte: ANSOFF (1977)

    LAMBIN (2000) acrescenta s estratgias acima, a integrada.A integrao pode ocorrer por

    incorporao de fornecedores, distribuidores ou concorrentes, na cadeia de entrega de valor.

    Para cada uma destas estratgias, cabe um conjunto de aes prprias sua correta

    implementao, permitindo s empresas novas ou no, traarem seus caminhos no mercado com

    maior assertividade.

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    Estratgias Competitivas

    Figura 7 - Estratgias Competitivas

    Fonte: PORTER (1986, p.53)

    Diferenciao: Oferta com caractersticas distintas quanto aos concorrentes.

    Liderana Total de Custos: Controle e reduo total de custos.

    Enfoque: Foco em Target e segmentos especficos de mercado (Nichos de Mercado).

    As estratgias competitivas discutidas por ROCHA (1992), citando Alderson, podem ter duas

    caractersticas bsicas, a concorrncia em preos e a diferenciao de produtos. Na primeira busca-se

    oferecer a mesma satisfao ou risco ao consumidor por menor custo, colocando a disputa domercado na concorrncia de preos. Sua implementao pressupe que a empresa desfrute de alguma

    vantagem diferencial de custo em relao concorrncia. Na segunda hiptese, a diferenciao de

    produtos significa oferecer maior satisfao ou reduo de risco, sem contudo onerar o custo do

    consumidor. Neste caso a concorrncia se da na oferta. As variveis que contribuem para a

    diferenciao das ofertas sero apresentadas no tpico fatores de diferenciaomais adiante neste texto.

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    A matriz de Porter demonstrada na figura 7 acima apresenta trs estratgias genricas para estabelecer

    a competio de mercado pelas empresas. A diferenciao e a liderana total de custos mantmidentidade com aquelas desenvolvidas por Alderson destacando-se, portanto, o enfoque. A

    concentrao de recursos em um nico grupo de compradores, segmento ou mercado geogrfico,

    visa a obteno da liderana da empresa neste espao.

    Fatores Crticos de Sucesso

    Os Fatores Crticos de Sucesso(FCS) so aqueles considerados cruciais ou vitais para conduzir

    o negcio e geralmente so representados por um pequeno nmero de elementos decisivos para o

    desempenho da organizao.

    Os FCS so identificados atravs da anlise comparativa entre os vencedores e os perdedores

    de determinado mercado, ou entre os lderes e as demais empresas que compem o setor. Quase

    sempre representam fatores passveis de maior alavancagem, ou seja, suscetveis de produzir o

    melhor resultado para uma dada quantidade de esforo. Contemporaneamente, os FCS so

    determinados com base nas competncias distintas que a organizao possui ou tm condies de

    desenvolver para superar a concorrncia.

    No universo empresarial no se esperam estratgias perfeitas, valendo mais o desempenho

    relativo que o absoluto na comparao com os concorrentes mais prximos.

    A boa estratgia empresarial de acordo com HOOLEY (2001) e OHMAE (1985), ser aquela

    que permita empresa conquistar alguma vantagem expressiva sobre seus concorrentes a um custo

    aceitvel.

    Segmentao e Pblico Alvo

    Os critrios de segmentao e definio do pblico alvo podem ser de quatro naturezas

    distintas, quando direcionados para os consumidores pessoas fsicas:

    Geogrfico: Refere-se aos dados geo-econmicos e de identificao pessoal.

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    Demogrfico: No Brasil temos os dados estatsticos levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica) quanto a estratificao da populao por sexo, renda familiar, idade,educao, moradia, etc.

    Psicogrfico: Corresponde aos dados de identificao comportamental, e busca agrupar indivduos

    com culturas, hbitos de consumo e interesses comuns. Um exemplo caracterstico so as tribos

    constitudas por grupos de jovens.

    Benefcios: Necessidades, desejos e aspiraes comuns constituem o ncleo deste critrio.

    O principal objetivo da estratgia de segmentao o de otimizar os resultados dos esforos

    de marketing. Os requisitos necessrios para este processo, implicam em que os segmentos

    identificados sejam mutuamente excludentes (homens e mulheres, por exemplo), possam ser

    quantificados, existam informaes disponveis para ao seletiva em cada segmento e que se possa

    avaliar a elasticidade das respostas ao esforo de marketing. KOTLER (2000).

    A segmentao industrial, ou empresarial (pessoas jurdicas) obedece a critrios distintos,

    mantendo sua importncia no processo estratgico de marketing. SIQUEIRA (2000) apresenta

    diversas abordagens a este respeito, citando entre outros autores, Simon e Freiner; Gardner e

    Thomas; Ames etc, que atribuem segmentao o papel de estratgia de marketing, e,

    competitiva, entre outras razes, pelo equilbrio almejado entre a atratividade e a habilidade de se

    conseguir uma vantagem competitiva em dado segmento alvo, pela concentrao de recursos na

    elaborao do marketing mix destinado a um pblico especfico, e finalmente nos dizeres de

    Biggadike, a segmentao de mercado e o posicionamento so as contribuies mais importantes do

    marketing para a administrao estratgica.

    Siqueira relaciona em sua pesquisa cerca de nove modelos diferentes de segmentao, entre

    os quais, as bases mais usadas so: Geogrfica_ critrio de regionalizao para vendas e logstica

    Setores Industriais_ critrio da categoria de negcio

    Tamanho do comprador_ critrio de volume de compras

    Aplicao do produto_ critrio da finalidade de uso da oferta

    Benefcio_ critrio da deciso de compra por atr ibuto da oferta (preo,

    qualidade, prazo de entrega, servios de ps-venda, etc.).

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    Posicionamento da Oferta

    O posicionamento da oferta a imagem obtida por um dado produto ou servio na mente do

    consumidor ou comprador, considerando-se trs vetores determinantes: A oferta, o grupo alvo e os

    concorrentes com quem competem diretamente, alternativamente ou de forma substitutiva.

    Posicionar, portanto, o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de maneira que

    ocupe uma posio competitiva distinta e significativa nas mentes dos consumidores alvo.

    O posicionamento pode ocorrer de vrias maneiras: por qualidade, preo, marca, categorias

    de produto, atributos, benefcios, etc. KOTLER (2000). O prximo passo depois de definido o

    posicionamento que se deseja obter, ser o de determinar os fatores de diferenciao que iro

    possibilitar atingir o posicionamento desejado.

    Fatores de Diferenciao

    A diferenciao ocorre quando existe uma base significativa de fatores que permitam distinguir

    as ofertas de diversas empresas entre si. Esta base pode ser real ou imaginria, devendo ser de real

    importncia para o cliente, estabelecendo sua preferncia no processo de tomada de deciso de

    compra. As variveis de diferenciao podem ser atribudas aos produtos e servios, quanto forma,

    estilo, qualidade, embalagem, tecnologia, marca, imagem do produto ou fabricante, servios que

    acompanham a oferta (decises de produto ampliado), atendimento prestado, pessoal empregado,

    acessibilidade dos canais de venda, entre outros. A comunicao de marketing tem um importante

    papel a cumprir na percepo do comprador quanto aos fatores de diferenciao, podendo ela

    prpria ser um deles. (cf. ROCHA, 1992).

    HOOLEY (2001, p.41) introduz o conceito de vantagem diferencial: A vantagem diferencial pode sercriada com base em qualquer ponto forte ou nas competncias especficas da empresa em relao concorrncia O

    fator determinante da vantagem reside no fato dela ser um valor para o cliente (preo menor, melhor

    qualidade ou atendimento, por exemplo).

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    Estratgias de Preo

    As estratgias de preo, que combinadas com as de diferenciao constituem os elementos

    bsicos da vantagem competitiva, PORTER (1986), e de posicionamento, KOTLER (2000), situam-

    se entre os extremos da Penetrao, e do Skimming, representando a primeira os preos baixos, e a

    segunda, originada da palavra skim(nata que fica sobre a parte superior do leite recm extrado),

    identificando preos altos para a nata do mercado (cf. JAIN, 1997).

    Ambas as estratgias podem gerar impactos importantes tanto no mercado, como nos

    resultados econmico-financeiros das empresas, estando geralmente associadas a aspectos intangveis

    das ofertas, como a qualidade e a imagem dos produtos e servios (cf. ROCHA, 1992). Jain (1997)

    atribui a aplicao destas estratgias ao lanamento de novos produtos no mercado, identificando na

    penetrao elementos para barrar a entrada de competidores no mercado, e associando ao skimming,

    atributos de segmentao do mercado, que poder ser massificado posteriormente com redues de

    preo.

    Para produtos j consagrados no mercado, Jain apresenta trs estratgias conhecidas, a

    manuteno, a reduo e o aumento dos preos. A reduo de preos pode ser explicada em

    situaes de estratgia defensiva com a entrada de novos competidores; de ataque com o objetivo

    de conquistar uma fatia maior de mercado; ou ainda como resposta s necessidades dos clientes.

    O aumento de preos pode ser uma resposta perda de margem de contribuio por impactos

    inflacionrios; reduo de embalagens com manuteno do preo de etiqueta, prtica que vem

    colecionando adeptos no mercado brasileiro atual (2003/2004); aumento do lucro em produtos e

    marcas de grande aceitao; reposicionamento da oferta para segmentos de categoria scio-

    econmica mais elevada.

    Ambas as estratgias (reduo ou aumento de preos), podem ocasionar efeitos desejveis ouno no volume de vendas dos produtos ou servios, em funo da elasticidade-preo da demanda,

    o que sugere desenvolver experincias prvias para adquirir a sensibilidade necessria a estes

    procedimentos.

    A manuteno dos preos em longo prazo pode ser atribuda a polticas de negcio de

    empresas socialmente responsveis, alinhamento com esforos governamentais de controle

    inflacionrio, ou ainda a falta de previsibilidade quanto reao dos consumidores e concorrentes.

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    O conceito de Curva de Experincia, tambm denominada Curva de Aprendizado, (cf.

    DOLAN, 1998), atribui uma reduo nos custos totaisem determinada percentagem constante, sempreque o volume acumulado de produo duplica. No deve ser confundido com a economia de escala,

    que proporciona redues no custo fixo, que com o aumento da produo, passa a ser dividido por

    um nmero maior de unidades. O conceito de curva de experincia, tambm associado s situaes

    de competitividade de empresas lideres de mercado. O fato destas produzirem e colocarem uma

    quantidade maior de produtos no mercado em relao a seus competidores, permite operarem com

    margens de contribuio superiores de seus concorrentes, o que as torna lideres em custo, e

    portanto numa posio privilegiada para impor seus preos.

    Uma vez escolhidas e definidas as estratgias compatveis com os objetivos planejados, o passo

    seguinte ser implement-las, estruturando e detalhando osprogramasde ao necessrios, com

    as melhores combinaes possveis de composto de marketing (marketing mix integrado) para cada

    oferta e respectivo pblico alvo.

    Como orientao geral o programa de ao deve conter as especificaes das providncias,

    prioridades e respectivas aes a serem empreendidas, sendo indispensvel a indicao dos

    responsveis pelas mesmas no formato de quem vai fazer o que, quando, a que custo, e com que

    resultados (margem de contribuio e lucro entre outros).

    O conjunto de aes que compem estes programas deve considerar:

    Definio do Composto de Marketing

    Consideradas as estratgias mercadolgicas competitivasdefinidas anteriormente, constroem-se as

    ofertas especficas para cada pblico alvo escolhido,de modo a estabelecer um programa de

    Marketing Mix Integrado.As decises de produtos ou servios podem seguir os parmetros propostos por

    KOTLER (2000, p.416): Ao planejar sua oferta ao mercado, o profissional de marketing precisa pensar em

    cinco nveis de produto. Cada nvel agrega mais valor, e os cincos constituem uma hierarquia de valor para o

    cliente.

    Esta hierarquia tem incio com o b e n e f c io c e n tra l, que representa a soluo proposta para

    a necessidade do cliente. Como exemplo, a oferta de seguros de automvel significa a compra de

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    proteo para o patrimnio do segurado. No segundo nvel, o benefcio central transformado

    emp r od u t o b s ic o . Nesta etapa so definidos todos os componentes tangveis da oferta. Aseguir, no terceiro passo elabora-se op r o d u t o e s p e ra d o , assegurando que o cliente receber o

    produto com os atributos compatveis com suas expectativas. No quarto nvel, p rodu t o

    amp l i ad o , procura-se meios para superar as expectativas do comprador, agregando novos

    atributos e benefcios, geralmente na forma de servios que acompanham a oferta, como por

    exemplo, no varejo, embalagens para presentes; empresa de transportes areas e administradoras

    de cartes de compra, salas vip nos aeroportos; seguradoras de autos, servios mecnicos de

    urgncia, carros guincho e carros de reserva; indstria de alimentos, consultoria culinria; etc. Por

    ltimo, no quinto nvel, op r od u t o p o te n c ia l. Esta etapa deve refletir as tendncias futuras, na

    busca para manter e aprofundar a diferenciao e a competitividade da oferta. Kotler aborda

    tambm o encantamento do cliente, representando o ato de surpreend-lo, excedendo suas

    expectativas.

    As ofertas de prestao de servios envolvem variveis prprias, que exigem mais cuidados

    alm dos j especificados acima, conforme demonstrado por LAS CASAS (1991), LOVELOCK

    (2001) e HOFFMAN (2003).

    Os servios so

    Intangveis: Sua oferta representa uma promessa. No podem ser percebidos por nossos

    sentidos. O comprador poder avaliar sua escolha somente depois de ter utilizado o servio.

    Neste caso, devem-se procurar os meios adequados para assegurar aos clientes a credibilidade

    quanto ao atendimento de suas expectativas.

    Inseparveis: A produo e consumo ocorrem simultaneamente. Este fenmeno podeprovocar gargalos no atendimento em determinados perodos. Cabe encontrar solues

    preventivas para no perder clientes.

    Heterogneos: Dificuldade para estabelecer padronizao, por serem operados por

    indivduos. Formas de auto-atendimento, manuais de prestao de servios, e treinamento so

    algumas das solues propostas neste caso.

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    Perecveis: No podem ser estocados, o que acarreta perda de receita em caso de

    ociosidade ou quando a demanda ultrapassa a capacidade de atendimento. Uma soluo possvel a flexibilizao do atendimento, procedimento comum em restaurantes, hotis e servios

    bancrios que tem demanda sazonal bem definida.

    As decises de preo envolvem a definio do nvel adequado para competir no mercado;

    polticas de descontos e redues; bonificaes; formas e condies de pagamento; sazonalidade,

    peridiocidade e caractersticas das promoes; polticas de escambo; etc. DOLAN (1998).

    As decises de promoo ou comunicao integrada de marketing podem seguir um

    roteiro prprio, conforme sugerido na figura 13. O processo tem incio com a fixao dos

    objetivos de comunicao (imagem corporativa, posicionamento de marcas, lembrana,

    persuaso, informao, etc.), compatveis com os objetivos e metas de marketing e as estratgias

    anteriormente definidas. Em seguida aprofunda-se a anlise do perfil do pblico alvo interno e

    externo para ajustar a mensagem a ser divulgada.

    No quarto passo, so discutidas as estratgias de comunicao ( push or pull, por exemplo), e

    a seguir os instrumentos necessrios boa recepo e absoro da mensagem (propaganda,

    publicidade, venda pessoal, promoo de vendas, etc.);

    No sexto passo, definio da mdia e plano (eletrnica, impressa, etc); na stima etapa do

    processo so tomadas as decises de cobertura geogrfica da campanha; no oitavo, o perodo de

    exposio; no nono so preparados os oramentos de comunicao; e finalmente. a 10 etapa

    compreende os instrumentos de avaliao e controle dos resultados pretendidos. SAMPAIO

    (1999), PEREZ E BAIRON (2002).

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    Figura 8 - Decises da Comunicao Integrada

    As decises de distribuio e logstica (praa ou ponto de venda) conferem acessibilidade

    oferta e seria desejvel constru-la sob a tica do comprador. H diversos processos envolvidos

    nestas decises, e a logstica interna e externa esta subordinada a definies prvias quanto aos canais

    de distribuio (prprios, geridos por intermedirios, virtuais, parcerias estabelecidas por franquias,

    etc.); sua a cobertura; a localizao da transferncia da posse ou da propriedade; zonas de vendas;

    nveis de estoque para atendimento; transporte; etc. Entre as estratgias de acessibilidade definidas

    na literatura, a exclusivaprope que o ponto de venda oferea unicamente produtos ou servios deum mesmo fabricante (Montadoras de automvel, distribuidoras de combustvel, etc.), a seletiva,

    distingue e qualifica a oferta segmentando o pblico alvo (por regio, tipo de intermedirio, etc.); e

    por ltimo a intensivabusca disseminar a oferta no maior nmero de pontos de venda possvel

    (produtos de consumo em massa como bebidas, cigarros, etc.). COBRA (1991).

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    Definio ou redefinio da Estrutura de Marketing

    Envolve as alteraes de pessoal, atribuies de tarefas, cronograma de aes e

    responsabilidades pela implementao dos itens constantes do plano de marketing.

    Atribuies e Programao de Recursos

    Corresponde a elaborao de todos os oramentos contendo custos e despesas de marketing;

    receitas, margem de contribuio e a situao de lucros e perdas projetada; cronograma de aes,

    resultados de vendas e participao de mercado; demais Indicadores de performance.

    Avaliao e Controle

    A estrutura do plano de marketing deve conter as condies necessrias ao seu controle,

    indicando as projees com que foi elaborado, possibilitando a comparao com o realizado;

    informando a base de dados e as fontes de consulta; indicando a freqncia de acompanhamento

    (diria, semanal, mensal, semestral); definindo o formato dos relatrios; apresentando as datas crticas

    de ateno; elaborando os processos de alimentao, disseminao e deciso que integraro o Sistema

    de Informaes de Marketing (SIM).

    O detalhamento destes procedimentos deve incluir que espcie de informaes e feedback

    devem ser prestados periodicamente a cada responsvel, permitido a comparao dos resultados reais

    com os planejados por rea de atuao,

    Dever haver um cuidado quanto ao formato da apresentao das informaes de controle,

    para que se possa compreend-los facilmente, destacando os aspectos relevantes, poupando tempode leitura, atribuindo foco anlise e assertividade nas eventuais decises de correo de rumos.

    Deve ser fixada a data em que ser feita a anlise geral dos resultados em confronto com os

    parmetros iniciais do plano.

    Podem ser estabelecidos controles independentes para o acompanhamento das estratgias e

    dos oramentos.

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    O controle estratgico implica em um perodo de tempo longo (alguns anos), mensuraes

    qualitativas e quantitativas, concentrao interna e externa, e a ao corretiva contnua.Os passos envolvidos no controle estratgico envolvem: determinar o que deve ser

    monitorado, avaliado e controlado; estabelecer padres; mensurar o desempenho; comparar o

    desempenho com os padres; tomar medidas corretivas se houverem desvios.

    Como padres de controle estratgico, podem-se adotar tcnicas de benchmarking

    competitivo; integrar o conjunto de empresas que participam do PIMS (Profit Impact of Market

    Strategies), um banco de dados qualitativo e quantitativo; o sistema Fortune (Dimenses: qualidade

    de produtos ou servios; qualidade da administrao; grau de inovao, valor do investimento a longo

    prazo, solidez financeira; responsabilidade ambiental e social na comunidade, utilizao dos ativos

    da empresa, habilidade em atrair, desenvolver e manter talentos); participao relativa de mercado

    O controle oramentrio tem como caractersticas um perodo de tempo curto (um ano ou

    menos); mensuraes quantitativas; controle interno; e a ao corretiva pode ser tomada aps o

    perodo do oramento.

    Entre outros, ainda podem ser considerados como indicadores importantes na avaliao da

    empresa, o retorno sobre investimentos (ROI); o valor de mercado da empresa; a durao mdia do

    relacionamento com o cliente; atribuio de metas de qualidade; ndices de produtividade; o

    investimento em anlise estratgica de mercado e concorrncia; e o investimento no desenvolvimento

    de competncias;

    Os padrese osindicadorescrticos do processo de avaliao e controle do negcio, as anlises

    e os resultados obtidos, devem alimentar o Sistema de Informaes de Marketing como j

    mencionado anteriormente, proporcionando feedback e desenvolvendo a cultura do aprendizado na

    organizao (PERREAULT e McCARTHY, 2002).

    No s e p o d e m e l h o r ar aq u ilo q u e n o s e p o d e m e d ir.

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    Concluso

    Um modelo de planejamento e plano estratgico de marketing voltado ao desenvolvimento

    e implantao de novos projetos, ou integrando o plano de negcios de empresas e ofertas j

    implantadas, poder, portanto, ser constitudo dos seguintes tpicos:

    - Histrico da empresa

    Processo de Planejamento Estratgico

    (Etapas de anlise e planejamento)

    Viso

    Valores

    Misso

    Anlise da Situao

    Interna (Capacitao): pontos fortes e fracos

    Externa (Cenrios): situaes favorveis e desfavorveis

    Matriz estratgica (Ameaas & oportunidades)

    Objetivos Estratgicos

    Processo de Plano de Marketing e Ao

    (Etapas de implementao e controle)

    Estratgias competitivas de mercado

    Competncias Essenciais

    Foco Competitivo

    Posicionamento Estratgico CorporativoEstratgias de Crescimento

    Estratgias Competitivas

    Fatores Crticos de Sucesso

    Instrumentos de Ao Mercadolgica Competitiva

    Segmentao Pblico Alvo

    Posicionamento

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    Diferenciao

    Estratgias de PreoProgramas de Ao: Composto de Marketing (Marketing Mix) e oramentos

    Decises de produto e servios

    Decises de preo

    Decises de promoo (comunicao integrada de marketing)

    Decises de ponto de venda (distribuio e logstica)

    Definio da estrutura de marketing

    Atribuio e programao de recursos (oramentos)

    Controle e Avaliao

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