11.05.2013 agÊncia facos 1 ano 41 nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de...

11
Agência Facos Universidade Católica de Santos Ano 41 Nº 10 11.05.2013 Ao lado da sua idealizadora, a professora doutora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, e de alunos do curso de História, o Agência Facos participou do roteiro que inclui visita monitorada a equipamentos, praças, igrejas e ruas que contam a história de Santos. Na “viagem ao passado”, visita ao Outeiro de Santa Catarina, Casa do Trem Bélico, Praça Antônio Telles, Praça da República, Praça Barão do Rio Branco, Bolsa Oficial do Café, Praça Rui Barbosa, Praça dos Andradas e Valongo. Roteiro histórico de Santos comemora 50 anos Luciana Araújo

Upload: haxuyen

Post on 10-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 1AGÊNCIA FACOS

Agên

cia

Faco

sUn

iver

sida

deCa

tólic

ade

San

tos

Ano

41

Nº 1

011

.05.

2013

Ao lado da sua idealizadora, a professora doutora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, e de alunos

do curso de História, o Agência Facos participou do roteiroque inclui visita monitorada a equipamentos, praças,

igrejas e ruas que contam a história de Santos. Na“viagem ao passado”, visita ao Outeiro de Santa Catarina,

Casa do Trem Bélico, Praça Antônio Telles, Praça da República, Praça Barão do Rio Branco,

Bolsa Oficial do Café, Praça Rui Barbosa, Praça dos Andradas e Valongo.

Roteiro históricode Santos

comemora 50 anosLuciana Araújo

Page 2: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

2 AGÊNCIA FACOS 11.05.2013

AGÊNCIA FACOS - Órgão Laboratorial do 3º semestre do Curso de Jornalismo do Centro de Ciências Exatas, Artes e Humanidades da Universidade Católica de Santos - UniSantos.Diretor: Prof. Me. Fábio Maimone. Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Paulo Bornsen. Professores: Tereza Cristina Tesser e Robnaldo Salgado (texto). - Claudio Lemos (gráfico-visual). EX

PED

IEN

TE

Os alunos chegaram com antecedência ao passeio, que teve início às 8h40

em frente ao Outeiro de Santa Catarina na Rua Visconde do Rio Branco, que normalmente não tem muito trânsito de automóveis, mas estava bastante movimentada por ônibus por causa da obra na Avenida Senador Feijó. Devido a reformas, o Outeiro não pôde ser visitado. Este é um dos principais pontos da História santista, pois foi uma das primeiras constru-ções da antiga Vila de São Vicen-te. Apesar de não ser o prédio original, alguns alunos estavam bastante interessados e faziam muitas perguntas, o que aconteceu durante todo o percurso.

O segundo ponto estava si-tua do ao lado do Outeiro, era a Villa Isaura, que é um pequeno conjunto habitacional composto

anos de amor à história de Santos

por seis casas. Como foi dito pela instrutora, esta foi uma das primeiras tentativas de aca bar com os problemas de défi cit de moradias na Cidade. O pró ximo ponto foi a Casa do Trem Bélico, que era uma casa de munições para os seis fortes que pro tegiam o Porto de Santos. A profes sora explicava a linguagem arqui tetô-ni ca com bastante deta lhe, assim como fez em todas as constru-ções históricas do roteiro. No mes mo logradouro, foi cons-truí do o primeiro pelourinho de Santos. A proximidade do porto foi o motivo para ser o local onde o povo recebia as notícias que geralmente vinham de Portugal.

MUAR - Chegando à Pra ça Antonio Telles é possível depa-rar-se com o último vestígio ma te rial da época do muar em

San tos, que é uma pilastra que anteriormente tinha uma bacia ao seu redor para hidratar os animais. Atravessando a rua, encontra-se a Praça da República, onde encontra-se uma grande variedade de monumentos e histórias. Iniciando pela esquina com a Rua Brás Cubas, que era o início da trilha para a barra, que é a praia. Como a maior parte da cidade era vegetação nativa, ali iniciava-se o caminho que saía na praia do Boqueirão.

Na mesma praça, havia a Igreja Matriz de Santos, a primeira Santa Casa de Misericórdia do Brasil em um prédio que hoje per tence à Polícia Federal. O pré-dio da Alfândega que foi bas-tante detalhado ealvo de mui-tas questões dos estudantes; e o monumento dedicado a Brás

O centro de Santos tem tanta história que seria necessário um livro exclusivo para ele. Mas, quem conhece a professora doutora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade,

“uma enciclopédia viva da história de Santos”, sabe que o passado pode ser melhor conhecido sem utilizar uma folha de papel. Há 50 anos ela teve uma ideia

que se mantem viva até hoje, que é o roteiro histórico do centro de Santos. No dia 11 (sábado), os alunos do curso de História da UniSantos fizeram

o percurso, acompanhados pela equipe do Agência Facos.

Continua na pág. 3

50

Page 3: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 3AGÊNCIA FACOS

Cu bas. Havia grande tráfego de caminhões no local causado pela safra de grãos, porém nem isso foi capaz de dispersar a maioria dos alunos da suave voz da professora Wilma. Cada vez que os ruídos cobriam a voz dela, os interessados esforçavam-se para chegar mais próximos para que pudessem entender o que ela falava.

Atravessando para a Praça Barão do Rio Branco, ficamos de frente para as igrejas da Primeira e Terceira Ordem do Carmo. Neste momento, pudemos observar pe la primeira vez no percurso que ela demonstrou sentimento de revolta, pois os azulejos da fachada foram retirados há cerca de 10 anos e não há previsão para serem recolocados. As igrejas fo ra m os primeiros locais da rota a serem visitados na parte interior. Antes mesmo de que a professora levasse os alunos para dentro, al guns já adentraram, seja por per ten cerem à religião católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da igreja. Os alunos passaram a ob-ser var os detalhes com maior ri gor e comentavam entre si. Saindo das Igrejas, houve um mo-men to que um dos alunos falou para que a professora descansasse por causa do sol e calor que fazia perto das 11 horas, contudo, ela resolveu prosseguir, apesar do clima quente.

No percurso pela Rua XV de Novembro, ela foi contando fatos

interessantes e a história de alguns edifícios que estão de pé há mais de um século ali. Em um certo momento, houve uma lembrança de uma famosa cantiga infantil, quando ela citou a fonte do Ito-roró. Houve um rápido coro a capella. Na mesma rua há um dos pontos históricos mais conhecidos de Santos e um dos que mais teve importância para o crescimento econômico na Cidade: A Bolsa do Café. Havia pessoas visitando o Museu, porém, na lanchonete, havia bastante movimento em busca do tradicional café espres-so e até do sorvete de café. Em frente à Bolsa, só que na Rua Frei Gaspar, encontra-se o prédio particular mais antigo da Cidade, que mantinha a filial santista do Banco Mauá. Hoje, ele dá espaço a uma casa noturna.

TESSELA - Na Praça Rui Barbosa, há um monumento que exalta dois grandes inventores de veículos náuticos, que homena-geia o Padre Bartolomeu de Gus-mão (inventor do balão) e Santos Du mont (inventor do avião). Neste espaço, a professora Wilma deu ênfase, pela segunda vez, ao modelo de calçada que era bastante utilizado no Centro Histórico, que é um mosaico romano chamado “tessela”, que tem origem no século II. Por todo roteiro, ela fazia questão de que os alunos prestassem atenção ao que a arquitetura nos passava. Próximo ao fim do passeio, che­

ga mos à Rua do Comércio, onde havia um evento em um dos prin-cipais pontos dessa rua, a Casa de Frontaria Azulejada. O evento contava com esportes radicais, música e cultura.

O fim do roteiro foi no Largo Marquês de Monte Alegre, on de nos deparamos com três perío dos da Cidade. O primeiro é o passa-do, vendo o Santuário de Santo Antônio do Valongo. Está de pé desde o ano de 1640. Um dos mo-men tos de maior reflexão foi no momento no qual a professora explicou a arte Barroca, que ela disse que a simplicidade externa e a riqueza interior demonstram como o ser humano deve ser. A segunda, é a fase da evolução, olhando para a Estação São Paulo Railway. Mesmo que desativada, ela continua em excelente estado de conservação externa e mostra um momento de crescimento eco-nô mico da região. A terceira é o Casarão do Valongo, que está em reforma e dará espaço para o futuro Museu Rei Pelé.

Após o término do passeio, a professora recebeu bastante cari-nho dos alunos presentes, que agra deciam repetidas vezes pela opor tu nidade que eles tiveram de esta rem presentes naquele roteiro, que certamente será lembrado por todos os alunos que tiveram uma oportunidade ímpar de conhecê-la e de extrair um mínimo de seu conhecimento.

Hector Basile

Continuação da pág. 2

Page 4: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

4 AGÊNCIA FACOS 11.05.2013

Inaugurada em 1922, a Bolsa do Café teve como objetivo centralizar, organizar e controlar as operações do mercado do café. Dentro da bolsa, é possível encontrar o museu, o pregão, e a cafeteria da Bolsa. Um fato curioso é que somente há pinturas de Benedito Calixto, e em uma delas, entregue junto à bolsa em 1922. Na pintura “Porto de Santos em 1922 – Vista do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja da Catedral, que foi pintada depois que obra ficou pronta.

O pregão da bolsa representa a história do desenvolvimento da cidade de Santos, na época da exportação do café, portanto não é a toa que já foi considerado um dos maiores centros econômi cos na época dos grandes cafeicul-tores. Localizada no Largo do Café, mais precisamente na rua XV de Novembro, antiga Rua Direita, quatro andares e um pi-so todo de mármore. No centro se encontra o Salão do Pregão, onde era anunciado o preço das sacas de café. Compunham a mesa o presidente, secretário e os comissários. Acima do salão po de se observar em um vitral, “A visão de Anhanguera”, cujas referências levam ao ouro, e a lenda da mistura do folclore português com os indígenas.

Em torno pode-se observar as grandes obras de Calixto, como

Bolsa do Café desvenda seus segredos

por exemplo, “A fundação da Villa de Santos – 1545”, que conta a história da fundação da Cidade, e sua emancipação a categoria de “villa”. Podem-se notar padres Franciscanos, o tabelião, Luiz de Góes, sua esposa Catarina e seu filho, soldados e índios também estão presentes, assim como a gravura da Bandeira Cruz da Ordem de Cristo, a Santa Casa e a casa da Câmara. No total são 153 figuras pintadas.

Guia turístico, Sérgio Leite Toledo, que estava com uma família indiana no local, contou que costuma levar famílias, gru-pos de turistas e escolas ao lo-cal para fazer um roteiro mais histó rico. “Eles gostam muito da parte do pregão, para tirar fotos e fazer compras na loja do museu”. Leite também afirmou que eles costumam gostar, pois é diferente.

“De maio a novembro vem muito brasileiro, mas na época de cruzeiros, de dezembro a fevereiro vêm muitos turistas estrangei ros, isso aqui enche”, afirmou a recep­cio nista do local, Suellen Pimenta. Em anexo ao pregão funcionam o Museu Oficial da Bolsa do Café e a cafetaria do museu, onde se pode degustar o verdadeiro café brasileiro, drinks feito com a bebida ou até mesmo o sorvete produzido a partir do grão.

FUNCIONAMENTO - A Bolsa do Café fica localizada na rua XV de Novembro, 95. O museu e a cafeteria funcionam de terça-feira a sábado, das 9 às 18 horas, e aos domingos, das 10 às 18 horas. Segunda-feira está fechada. O telefone para outras informações é o (13) 3213-1750.

Victória Simonato

Grupo conheceu parte da história na Bolsa por meio das obras de Benedito Calixto

Page 5: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 5AGÊNCIA FACOS

Localizado no Centro Histórico de Santos, na Rua Visconde do Rio Branco, 48, o Outeiro de Santa Catarina representa os vestígios de uma história que teve o seu início em 1502.

Um dos 32 homens que foram trazidos por Martin Afonso, Brás Cubas mudou os rumos do por-to da Cidade. Pensando na segu-rança das cargas que chega vam do mundo inteiro, para não se rem roubadas por piratas, ele conven-ceu a todos que o porto de São Vicente, que ficava na Ponta da Praia, em Santos, estaria menos exposto no Centro.

Santos tem endereço de fundaçãoComo Brás Cubas morava

próximo de Luiz Gois, que era casado com Catarina. O nome do Outeiro foi uma homenagem a sua esposa, já que na época foi cons truída uma capela com o seu nome.

Atualmente, apenas duas casas estão de pé. Elas pertenciam ao italiano João Etilo, que contatou uma pessoa para fazer o projeto arquitetônico. Em uma das partes que restaram, existe um mirante que é voltado ao Porto, no estilo medieval, como se fosse um cas-telado. Porém, a outra casa é con-si de rada estilo eclético, que é uma

saída que os arquitetos encon-traram para a nova estrutura mo-der na e inovadora.

Em 1867, o morro foi arrasado para que a Rua da Constituição fosse aberta. Somente em 1902, foi colocada uma placa da Câmara Municipal com os escritos “Fun-da ção de Santos e da Santa Casa”. Nos dias de hoje, funciona uma biblioteca com o nome “Catarina de Aguiar Andrade”. Tem um acer vo de fotografias sobre a his­tória da Cidade e é a sede da pri-mei ra Fundação Arquivo e Me-mó ria de Santos.

Bianca Passos

Palácio Municipal José Bonifácio é um monumento da Cidade que além de colaborar para o desenvolvimento público, agrega em sua obra valor artístico, histórico, social, político e econômico para os santistas.

No Centro de Documentação da Baixada Santista (CDBS), que fica no Campus Dom David Picão da UniSantos, há alguns relató-rios de alunos da Faculdade de Filosofia, sobre a história do Paço Municipal. E na descrição dos então estudantes de História, Maria de Lourdes Martins, Regi-na Cecília Fernandes e Alícia Friijo Rodriguez, estão reveladas as características da Prefeitura Muni cipal em 1971.

Os estudantes mostram que a Prefeitura era instalada no Largo Monte Alegre, no Valongo, mas surgiu a necessidade de mudança, pois seu espaço não era suficiente

para o corpo administrativo, e seus departamentos andavam espalha-dos em edifícios particulares. Daí a ideia da construção do Palácio, que teve início em 19 de dezembro de 1936, sendo inaugurado no dia da comemoração do 1º centenário da elevação de Santos como cidade, em 26 de janeiro de 1939, pelo prefeito Cyro de Atayde Carneyro.

Autorizadas por lei, para edificação do Paço, foram feitas quatro desapropriações de prédios e terrenos, vendidas por seus moradores à Câmara Municipal. Houve ainda a compra de um terreno da Companhia Central de Armazéns Gerais e uma casa e seu respectivo terreno, de Abel Villela e sua mulher Maria de Jesus Villela, em 1912.

A estrutura do Paço possui mais de 400 toneladas de ferro, sendo inteiramente de concreto armado, alcançando o volume de

3.180 m³ Também foram usados 2.050.000 unidades de tijolos e 248 estacas de 65 toneladas com profundidade média de 16 m.

Segundo a professora Wilma Terezinha Fernandes de Andrade, a arquitetura da obra foi inspirada no Palácio de Versalhes da França, que o rei Luíz XIV mandou construir. “A Praça Mauá lembra bem os jardins de Versalhes, ape-sar de hoje estar cercada com o trânsito dos carros e das pessoas, além dos ônibus que param nos pontos ao seu redor”.

De acordo com a professora, o estilo arquitetônico da construção é o neoclássico, composto por qua tro colunas, três arcos e a esca-daria que dá acesso à entrada, dando a ideia de poder. Para que a arte seja preservada, o Paço é um prédio tombado pelo patrimônio histórico.

Isadora de Moraes

Há 74 anos, Palácio abrigaa administração da Cidade

Page 6: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

6 AGÊNCIA FACOS 11.05.2013

Somente visitando os pontos turísticos da cidade de Santos que percebemos a real im por-tância que a Cidade tem para a história do Brasil. Isso pode ser comprovado ao entrar no Pantheon dos Andradas, home-na gem ao santista José Bonifácio de Andrada e Silva, uma das personalidades mais importantes na história do País.

Segundo a professora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, o Pantheon foi inaugurado em 7 de setembro de 1923, um ano após a comemoração do 1º centenário da Independência.O local é o jazi-go das cinzas do ‘Patriarca da Inde pendência’ e de seus irmãos, o padre Patrício Manuel de Andra-da, Antonio Carlos Ribeiro de An-dra da e Martim Francisco Ribeiro de Andrada.

O templo com referências

A morada do Patriarcaguarda a história do País

arquitetônicas à maçonaria conta com monumento projetado pelo escultor Rodolpho Bernardelli, além de quadros em bronze que descrevem cenas da história do Brasil. Possui também inscrições das seguintes frases dos irmãos Andradas: “Eu desta glória só fico contente, que minha terra amei, e a minha gente.”, gravada em uma pedra tosca, como pedido em testa-mento. É encontrado aos pés do túmulo de José Bonifácio. “Ser-vidão! Fonte de todas as baixezas”, no túmulo de Martim Francisco. “Aos fracos tão somente a morte é dura” está inscrito no túmulo de Antonio Carlos. Também há placas em homenagem ao José Bonifácio e algumas obras literárias que estão expostas no local.

Foi José Bonifácio quem con-ven ceu D. Pedro I a separar o Bra-sil de Portugal. Porém, queria que

isso acontecesse em Santos. Só que um mal estar fez com que o prín cipe antecipasse a volta para São Paulo, fazendo com que a Independência fosse proclamada às margens do Riacho do Ipiranga. O patriarca morreu em Niterói (RJ) em 1838, aos 75 anos. Seu corpo foi embalsamado e trasladado para San tos, onde foi sepultado no Con vento do Carmo. Em 1923, foi transferido para o Pantheon.

O local faz parte do itinerário da linha Conheça Santos e do Bonde Turístico. O Pantheon dos Andradas fica na Praça Barão do Rio Branco, s/nº. O horário para vi si tação é de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados e domingos, das 10 às 17 horas. A entrada é gratuita. Ou tras infor-mações pelo telefone (13) 3221-8595.

Carolina Vidal

Page 7: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 7AGÊNCIA FACOS

O centro histórico de Santos foi palco de grandes feitos que, muitas vezes, passam desperce bidos. A Praça Antonio Teles está cercada por importantes vias, como as ruas Visconde do Rio Branco e Brás Cubas, além da Avenida Senador Feijó e Rua Xa vier da Silveira. Ao lado fica a Praça da República, que também já foi um antigo caminho para chegar à praia, antigamente conhe ci da como Barra.

O homenageado, Antonio Car-los da Silva Teles, foi um homem importante para a cidade santista. Nas ceu em Itu, dedicando-se a lavoura e a política, participando até da famosa Convenção de Itu. Posteriormente, mudou-se pa-ra Santos, estabelecendo-se co mo co mis sário de café e chefe polí ti-co. Chegou a ocupar o cargo de presidência da Associação Comer-cial de Santos. Coube-lhe receber o então Ministro da Fazenda, Rui

Praça Antonio Telesguarda vestígios históricos

Barbosa, em 1890. Foi vereador, apoi ando a Abolição e sendo um forte defensor da República procla-mada em 1889.

A professora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade disse que a praça passou por varias mudanças, denominações, demolições e cons-truç ões que contribuíram para o que ela é hoje. Em determinado ângulo da Praça, se via os fundos da antiga Igreja Matriz que ,em uma obra promovida pela maçonaria, foi demolida no início de janeiro de 1908.

A professora Wilma Therezi-nha também contou que na Rua Tiro do Onze está a Mesa de Ren-das (Recebedoria de Rendas de Santos), que atualmente é conhe-cida como Delegacia Regio nal Tributária do Litoral. Segundo ela, atrás desse prédio existia uma for ti ficação chamada Forte da Vila, da Praça ou Forte do Monte

Serrat. O forte foi construído no século XVI para defesa dos ataques de corsários e piratas.

Na Praça Antonio Teles pode ser encontrado um único muar, detalhe fundamental para o ent en dimento de como funciona va o transporte até o início do sé cu lo XX. É uma coluna de me tal, que era muito comum na Ci da de. Servia de suporte pa-ra bebedouros de animais que trans por tavam mercadorias pelo território brasileiro. A profes sora Wil ma relatou que como a cidade é muito quente, eram encontrados bebedouros ao longo de todo o cais. Com o desenvol vimento e o surgimento do mo tor, essas colunas não foram mais necessárias e todas foram de mo lidas. Atualmente, há um vestí gio do ciclo do muar no Brasil, representado por uma ún-ca coluna de metal em uma das extremidades da praça.

Gabriela Paniago

Muar é um dos vestígios de como funcionava o transporte até o século XX

Page 8: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

8 AGÊNCIA FACOS 11.05.2013

A faixa na frente da Igreja de Santo Antônio do Valongo dizia que lá pessoas podem se inscrever em um projeto de alfabetização de adultos. De acordo com a pro-fes sora doutora Wilma There z-nha Fernandes de Andrade, são importantes estas iniciativas por-que atraem pessoas para o Centro, para que elas “conheçam sua he-ran ça cultural”. O local, que hoje tem tanto barulho de ônibus e caminhões circulando, esconde em prédios seculares boa parte da história da Cidade e do Brasil.

Valongo, nome de uma cidade portuguesa perto de Lisboa, foi o úl timo bairro percorrido durante o roteiro histórico e é onde estão loca-lizados a Igreja Santo Antônio do Valongo, a Estação do Valongo e o casarão que abrigará o Museu Pelé.

A Igreja, fundada em 1640, é uma das fortes marcas do cato li cis-mo em Santos. O estilo Barroco está

presente em vários outros prédios e monumentos do Centro, como a Igreja do Carmo e o Monumento a Brás Cubas. Após as expulsões dos jesuítas por Portugal, estas marcas católicas foram sendo trocadas por nomes laicos, não religiosos, mas seu estilo permaneceu e passa por manutenções e restaurações ainda hoje. O Barroco é, segundo Wilma Therezinha, uma representação da “aparência externa simples, mo-des ta e da alma rica”, o que pre ga a religião católica.

Na frente da Igreja, há três arcos de entradas. Wilma Therezinha explicou que são arcos triunfais e que são reminiscentes da cultura romana. “Durante a Idade Média, a Igreja [Católica] absorveu este símbolo como forma de dizer que ela triunfa sobre o paganismo”, pois os arcos representam vitórias em batalhas. Este simbolismo também foi incorporado nos prédios dos

governos civis.Os casarões em frente à Igreja,

construídos em 1867 e 1872, já foram os imóveis mais altos do Estado de São Paulo e sediaram a Prefeitura e a Câmara Municipal até 1939. Idealizados pelo Comendador Joa-quim Manuel Ferreira Neto, eles passam por reformas e irão abrigar o Museu Pelé.

Na Estação de Trem do Valon-go, a primeira de São Paulo, hoje funciona a Secretaria de Turismo de Santos e o restaurante-escola “Estação Bistrô”. Ela foi construída inicialmente pelo Ba-rão de Mauá, que não conseguiu terminar a obra e a passou para uma companhia inglesa. A com-panhia terminou de construir a Estação com um estilo inglês, in-clusive com telhado inclinado para “cair neve”.

Essa influência e tro ca de culturas podem ser observadas em

todo o Centro Histórico de San tos. Na Estação, há marcas dos ingle-ses. Nas calçadas, há mosaicos portu gueses e italianos - os destes úl-timos, mais detalhados, são chamados de tesselas. A China está presente nos arabescos de igrejas barrocas, que parecem a escrita em Mandarim. Fo-ra do Centro, a cultura indígena pode ser vista em nomes de ruas e de bairros, como o Embaré, que significa “bom para a saúde”.

Bruno Almeida

Valongo traz herança cultural de Santos

Em frente ao Santuário do Valongo, parte do grupo e a professora

Page 9: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 9AGÊNCIA FACOS

De um lado, o Teatro Guarany. De outro, o Terminal Rodoviário. A Praça dos Andradas, localizada no Centro Histórico de Santos, é cercada de locais antigos e de participação relevante para a história santista. Além disso, é outro importante marco na cultura da Cidade.

A professora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade, que faz o roteiro histórico há 50 anos, afirmou que a Praça foi fundada por volta de 1838 e antigamente chamava-se Largo da Chácara. No local funcionava a Casa de Câmara e Cadeia de Santos, onde presos e membros políticos dividiam o mesmo prédio na época da Regên-cia. Após a construção do Palácio da

Polícia na Cidade, os presos foram enviados para lá.

Depois disso, a Cadeia “Velha”, como é conhecida, sofreu com muitos movimentos para sua demolição, pois consideravam ser um marco negativo para a história da Cidade em razões das torturas realizadas. A professora manteve-se contra essa ideia, já que, segundo ela, com esse argumento “a Torre de Londres deveria ser demolida também”.

Atualmente, na Praça dos An-dradas encontram-se árvores cen-tenárias, da primeira metade do século XIX, um chafariz e ainda um busto de Getúlio Vargas. Espe-cificamente, na Cadeia Velha eram realizadas oficinas culturais, sob responsabilidade da Secretaria de

Cultura do Estado. Hoje, o local está fechado para reforma.

CADEIA VELHA – Na 7ª Con ferência Municipal de Cultura (13/04), o secretário de Cultura Raul Christiano, em entrevista ao AF, afirmou que o edital de licitação para reforma da Cadeia ocorrerá em julho deste ano. A previsão para o início das obras é o mês de setembro, com no mínimo 18 meses para sua conclusão. Se-gundo o secretário, o prédio é em blemático à história santista, mas “o Estado não vai se afastar da Cadeia”. Ele ainda disse que só em 2015 será conhecido o destino da Cadeia.

Bruno Biazotto

Praça dos Andradas temhistória por todos os cantos

A Praça Rui Barbosa não é apenas mais uma no centro de Santos. Alí, um detalhe exclusivo faz com que ela seja única no meio de tantas outras. Ao lado da Igreja do Rosário, ela possui o mosaico romano do século II d.C., denominado tessela, único na Cidade.

A técnica da tesselar consiste em cobrir uma superfície com figu­ras planas, sem deixar espaços en-tre elas, ocupando todo o espaço disponível. No mosaico da praça san tista, podemos ver um desenho do que teria sido um balão que Bartolomeu de Gusmão tentou fa-zer voar. “Gusmão acendeu o balão dentro do palácio e as cortinas aca-ba ram pegando fogo. Na segunda

vez, em 1709, ele fez isso ao ar livre”, contou a professora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade. Além disso, há no local uma estátua de Rui Barbosa, que dá nome ao local, e o busto do pai da aviação, Santos Dummont.

Entretanto, nem tudo são flores. Um dizer ao lado da estátua de Rui Barbosa está com letras faltando; no chão, aonde deveria ter uma placa, está vazio; e a historiadora Wilma Therezinha ainda afirmou que as luminárias foram descaracterizadas. “Troca-ram as luminárias que tinham esfinges”, disse. Hoje em dia o local serve como ponto final para alguns ônibus seletivos, conta

com duas bancas – uma delas que ven de revistas antigas.

RUI BARBOSA – Orador, jurista, jornalista, abolicionista e também fundador da Academia Brasileira de Letras, nasceu, em 1849, em Salvador, na Bahia, e ficou co nhe cido ao traduzir obras e por preo cupar-se com problemas na educação e na cultura. Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi jornalista no Rio de Janeiro, aonde abraçou a causa abolicionista. Além disso, foi de pu tado reeleito pela Bahia e mais tarde se tornaria senador. Morreu em 1923, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Gabriel Rosário

Praça Rui Barbosa possuio único tessela da Cidade

Page 10: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

10 AGÊNCIA FACOS 11.05.2013

No segundo local visitado no passeio histórico foi a Casa do Trem Bélico, construída no século XVII, em 1934. A casa leva esse nome pelo significado popular da palavra “trem” (vá rios objetos), pois sua função era abrigar mu-nições e acessórios de artilharia pa ra abastecer os quar téis e fortes da região. É consi derado o prédio come cial mais antigo da de Santos. Foi construída com uma mistura de pedra, cal de sambaqui e óleo de baleia. Sua arquitetura é típica do período Barroco.

Na porta principal da Casa havia um brasão real do Império,

Quase no final do percurso do roteiro histórico, quando a professora Wilma Therezinha iria falar sobre a Casa da Frontaria Azu lejada, nos deparamos com o Free Session, um evento que acon-tecia naquele espaço histórico.

O organizador do evento, Leonardo Branco, convidou a professora Wilma e o grupo de alunos para entrar no local. Ele elogiou o trabalho da historiadora, o roteiro histórico e passou a palavra para que a professora contasse um pouco sobre a história daquele espa ço. Entre as explicações, ela con tou que há uma lenda em que na casa havia um canal que a ligaria ao mar, para entrar navios e desembarcar negros do comércio proibido. Naquela época, não ha-

Casa do Trem Bélico é oprédio comercial mais antigo

e de acordo com a professora Wilma Therezinha, na época da Proclamação da República, algum fanático republicano arrancou este brasão, que não foi recolocado. Perto da Casa foi instalado o pri-mei ro pelourinho de Santos. Deste local, quando chegavam notícias sobre Portugal era emitido um som que chamava as pessoas para frente do pelourinho, e assim eram contadas as notícias mais recentes.

Quando a pólvora se torna obsoleta, o local não tinha mais uma função, foi fechado e depois foi transformado em prisão militar. Depois disso, ainda virou uma

escola, um depósito e um centro de atendimento para crianças da R gião. Há um ano e meio funciona como o Museu de Armamento da Cidade.

Neste museu é possível en-contrar informações sobre as prin -cipais fortalezas da região, na época, maquete de lugares da Ci-dade. É também possível en con-trar monumentos da época.

O Museu é situado na Rua Tiro Onze, 11, no Centro Histórico de Santos. Funciona de terça a domin-go, das 11 às 17 horas. O tele fo ne pa ra contato é o 3299-5471.

Gabriela Nakashima

via o Porto de Santos e, sendo assim, seria uma espécie de mari-na particular.

Leonardo Branco contou que o objetivo do seu evento foi reunir arte, cultura, música e esporte, além de promover os pontos turísticos da Cidade, o que vai ao encontro do trabalho da professora Wilma, há 50 anos realizando o roteiro histórico. “Trabalho como restaurador e con-servador da casa e sempre com aquela vontade de pegar onda e jogar capoeira. Então, resolvi misturar tudo e criar o evento”, disse.

O Free Session contou com sete modalidades de esporte dife-rentes como slackline, skate e Tarp Surf (surf na lona) e também ci ne-ma, palestras, exposição de fotos, desfile de moda e muito mais.

O evento também contou com homenagem aos atletas Leco Sala-zar (campeão mundial de Stand Up e atual campeão do Ubatuba Pro Grand Slam 2013), José Victor Formiguinha (skatista), Belmiro Gior dani (técnico da seleção bra si-leira de Taekwondo) entre ou tros atletas que representam o cresci-men to do esporte na Baixada.

HISTÓRIA – A Casa da Frontaria Azulejada foi construída pelo comendador Manuel Joa-quim Ferreira Neto, em 1865. Ela fun cionava como residência na parte de cima e comércio na parte de baixo. Foi só após a sua morte que os azulejos foram colocados pelo seu sócio Luís Guimarães.

Daniela Fiscarelli

Durante o passeio, grupo encontra evento cultural-esportivo

Page 11: 11.05.2013 AGÊNCIA FACOS 1 Ano 41 Nº 10 11.05.2013 ... · católica ou apenas pela curiosidade de conhecer a parte interna da ... do Morro do Pacheco” pode-se perceber a Igreja

11.05.2013 11AGÊNCIA FACOS

Amor, carinho, inteligência, e muita paixão pelo o que faz. Es-sas palavras resumem bem quem é a professora doutora Wil ma Therezinha Fernandes de An-dra de, que dá aula no curso de História da Universidade Católica

de Santos e coordena o Centro de Documentação da Baixada Santista.

Sua paixão pela história de nossa Cidade começou cedo, aos 11 anos de idade. Desde então, ela procurou conhecer cada detalhe que fizeram com que a cidade de Santos crescesse, e devido a sua dedicação, hoje ela é referência quando o assun-to é a história de Santos.

Foi no ano de 1963 que a professora começou a fazer um roteiro pelo centro de Santos para quem quisesse conhecer, de uma

for ma diferente e muito bem ela-borada, cada detalhe sobre cada mo numento presente no bairro. Desde então, ela passou a fazer o ro teiro que completa agora 50 anos.

Mas, o que mais impressiona nela é a forma de ensinar. Ela faz você viajar no tempo através de suas explicações, ela passa cada detalhe, fazendo com que você se sinta um personagem de toda a história. Ela faz tudo isso com um brilho no olhar, coisa de quem é apaixonado pelo que faz. Ela conhece cada rua do bairro, cada prédio, cada estátua, cada casarão, nenhum detalhe escapa de seus olhos sempre atentos com o que

acontece ao seu redor. O centro de Santos é para ela como um filho. E como uma mãe protetora e carinhosa, trata aquele bairro como ninguém.

Quando questionada sobre algum assunto do qual ela não tem conhecimento, ela com muita firmeza logo responde: “Eu não sei, e vou procurar saber, pois eu jamais falo algo sem ter certeza”.

A admiração por ela é gigan-tesca. Durante o roteiro histó rico, ela está sempre com um sorriso no rosto, sempre brinca com todos

a sua volta, e mesmo andando por horas e horas, ensinando, jamais para um momento sequer, pelo menos para descansar. Neste dia, durante as 4 horas de passeio, os estudantes de História e Jornalismo ficaram impressionados, pois mui-tos tiveram que descansar nas calçadas, bancos e praças do centro de Santos.

WILMA THEREZINHA: Wil ma Therezinha possui Gra-dua ção e Licenciatura em Histó-ria e Geografia pela Faculdade Sedes Sapientiae da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1955), Mestrado em História Social ­ Faculdade de Filo sofia, Letras e Ciências Humanas - USP (1981) e Doutorado em História Social ­ Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP (1990). Fun dadora e membro da Academia Feminina de Ciências, Letras e Ar tes de Santos (AFCLAS); membro da Academia Santista de Letras (ASL); coordenadora do Centro de Documentação da Baixada Santista (CDBS); membro do Conselho Deli berativo da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS). Tem inúmeras publicações e colaborações em livros, jornais e revistas. É autora de livros didáticos, paradidáticos, acadêmicos e História e Literatura.

Henrique Napolitano Gomes

Wilma Therezinha, exemplo deamor e dedicação à História