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ANO 40 - nº 14 - Centro de Ciências Exatas, Artes e Humanidades - 26.08.2012 Em Santos, entre os problemas gerados estão a falta de remédios e o comprometimento de intercâmbios estudantis. Páginas 3 e 4 Greves prejudicam saúde e educação Especialistas discutem a comunicação digital em Santos Página 2 Maria Aparecida e Integração vencem copa de handebol escolar Página 8 Com problemas, ZN completa 36 anos Página 5 Caminhada na orla para enfrentar o câncer Cerca de 1.500 pessoas se reuniram para arrecadar fundos para a Associação Santa Isabel. Página 7

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AGÊNCIA FACOS - 26.08.2012 1

ANO 40 - nº 14 - Centro de Ciências Exatas, Artes e Humanidades - 26.08.2012

Agência Facos

Em Santos, entre os problemas gerados estão a falta de remédios e ocomprometimento de intercâmbios estudantis. Páginas 3 e 4

Greves prejudicamsaúde e educação

Especialistas discutem acomunicação digital em Santos

Página 2

Maria Aparecida e Integraçãovencem copa de handebol escolar

Página 8

Com problemas, ZN completa 36 anosPágina 5

Caminhada na orlapara enfrentar o câncer

Cerca de 1.500 pessoas se reuniram para arrecadar fundos para a Associação Santa Isabel.Página 7

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2 26.08.2012 - AGÊNCIA FACOS

EXPEDIENTEAGÊNCIA FACOS - Órgão Laboratorial do 4º semestre do Curso de Jornalismo do Centro de Ciências Exatas, Artes e Humanidades da Universidade Católica de Santos - UniSantos.Diretor: Prof. Fábio Maimone. Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Paulo Born-sen. Professores: Marcelo Di Renzo e Prof. Paulo Bornsen (texto). - Claudio Lemos (gráfi-co-visual). Equipe de Fechamento: Bárbara Schahin, Guilherme Alves, Raphaella Salles e Darine Gomes.

Bárbara Schahin

Um dos maiores eventos do se-tor de comunicação digital, Social Media se apresentou em Santos no último sábado (25), no hotel Mer-cure (Avenida Washington Luiz, 565 – Boqueirão). A programação iniciou às oito horas, com a abertura para o credenciamento.

“O encontro visa discutir assun-tos ao redor do tema da realidade da área, a Comunicação Digital. Nós trabalhamos com uma equipe de profissionais talentosos que passem a visão real do mercado regional ao público. A interação principal é entre pessoas que busquem mudanças benéficas para a comunicação”, afirma o organizador do evento, Armindo Ferreira.

A recém formada em Publici-dade, Desiree Siqueira de Carvalho busca conhecimentos da prática do trabalho para poder aplicar ao novo empreendimento. “Eu abri o meu es-critório e tenho vontade de aprender técnicas com profissionais qualifica-dos. Acredito que Santos está se de-senvolvendo cada vez mais, por isso é importante ter informações am-plas do novo mercado digital”.

O produtor de Marketing, Cel-

so Cestaro ministrou a primeira apresentação, “Painel Planejamento em redes sociais”. Ele expôs o que acredita ser importante na prática da profissão. “O conhecimento de como o mercado está caminhando nos dias de hoje é uma bagagem essencial para a carreira do público. O maior legado de um profissional é auxiliar seus companheiros com ex-periências”.

O evento começou com a apre-sentação de dois painéis expositivos. O segundo teve início às 10 horas e contou com a participação do estu-dante de Jornalismo, Rafael Aguiar, que ministra a página "Jornalismo da Depressão" no Facebook, que é procurado e acompanhado por estu-dantes, universitários e profissionais de todo o país. Além de outros seis blogueiros.

Rafael teve a experiência de que a repercussão é realizada por inter-médio do conteúdo. “Inaugurei a mi-nha página apenas para postagens e troca de experiências entre os jovens da minha classe da faculdade. Com a freqüência de postagens, hoje tenho 51 mil seguidores. Criei uma nova página no mês passado chamada "Coisas de Jornalista", em que pro-duzirei vídeos a respeito da realidade

da profissão, em todos os aspectos. Já possuo 101 seguidores, sem ao menos ter divulgado material. O pú-blico jornalista busca informações e muito mais que apenas seguidores, eles são colaboradores para manter um trabalho que eu faço questão de compartilhar com todos”.

O jornalista e administrador do blog Mídia8, Cleiton Torres, também, apresentou seu trabalho no Painel com os blogueiros regionais. Ele apresentou ao público como funcio-na o setor da blogosfera e a relação da área digital do jornalismo com a imprensa.

O evento – Originalmente co-nhecido por SMVP, o Social Media Vale do Paraíba, existe desde 2009 com a participação de duas empre-sas para a colaboração. O evento já percorreu por Ribeirão Preto, Arara-quara e Campinas com a participa-ção de 350 pessoas. A equipe pre-tende percorrer o maior número de cidades do Estado, tornando acessí-vel a participação de universitários e profissionais. A plataforma de rela-cionamento possui um blog de inte-ração para deixar interessados sem-pre informados de visitas e assuntos pertinentes da área.

Social Media São Paulodebate a comunicação digital

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Priscilla Carle

O Complexo Cultural Palácio das Artes, em Praia Grande, recebe até o dia 17 de setembro a exposi-ção itinerante “De um lado a outro”, parte da ação extramuros do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A exposição apresenta xilogravuras de grupos de moradores de rua da Capital.

Segundo a Coordenadora do Pro-grama de Inclusão Sociocultural da Pinacoteca, Gabriela Aidar, a exposi-

ção faz parte de uma ação educativa desenvolvida há dez anos pelo Museu. Por meio de oficinas artísticas semanais nas organizações sociais dos grupos em situação de rua, os participantes aprendem a arte da xilogravura, além de fazer visitas mensais à Pinacoteca.

A xilogravura é uma técnica de gravuras talhadas em madeira mui-to usada na literatura de cordel do nordeste do País e foi escolhida para compor a exposição, pois a maioria dos participantes é de origem nor-destina. “É uma exposição diferen-

ciada, porque não fala apenas de um artista ou obra de arte. É um traba-lho muito interessante que promove a inclusão social de pessoas de rua e menos favorecidas”, afirma a chefe da sessão de cultura de Praia Gran-de, Maria de Lourdes Marszolek.

A exposição é gratuita e as visitas são feitas de terça-feira a sábado, das 14 horas às 17h30. O agendamento pode ser feito pelo telefone (13) 3496-5713. O Palácio das Artes está loca-lizado na Avenida Presidente Costa e Silva, 1.600, Bairro Boqueirão.

Xilogravuras da Pinacotecaganham mostra em Praia Grande

Mariana de Moura Santos

A greve que ocorre no serviço público federal e que atinge as uni-versidades, desde o dia 17 de maio, tem o objetivo de pressionar o go-verno a dar aumento do piso sala-rial e fazer melhorias nos planos de carreira dos professores. Este mo-vimento está prejudicando os estu-dantes que participam do Programa Ciências Sem Fronteiras, dos minis-térios da Educação (MEC) e da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A aluna santista Érica Machado Fernandes, estudante de Zootecnia da Universidade federal de Lavras (UFLA) foi selecionada para parti-cipar do Programa. A estudante se candidatou para participar em abril de 2012. O processo seletivo consis-tiu na homologação da candidatura pela universidade, posteriormente pelo Conselho Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, por fim, a aprovação em uma universidade canadense.

No entanto, por conta da greve, foi orientada a preencher um reque-

rimento com o intuito de finalizar o semestre à distância ou quando re-tornar do intercâmbio, concluir o se-mestre interrompido paralelamente ao outro. Segundo ela, “os estudan-tes com viagem marcada para o país escolhido para o intercâmbio são prejudicados, pois não finalizarão o semestre a tempo de embarcar.”

Érica comenta a difícil decisão que tomará, pois finalizando o perí-odo à distância, a comunicação en-tre aluno e professor será restrita a e-mails, tanto quanto os materiais fornecidos em sala de aula. Caso opte em realizar um semestre para-lelo ao outro, haverá dificuldade em se dedicar às disciplinas e a carga horária destinada à iniciação científi-ca será limitada.

Segundo dados do site do pro-grama, está previsto que até 2015, 101 mil bolsas serão concedidas a estudantes de graduação e pós graduação. O investimento para o ensino em outros países está cres-cendo, mas como investir fora se o próprio país encontra-se defasa-do na educação, visto a greve que

ocorre nas instituições federais há mais de três meses.

O Ciência sem fronteiras é um programa criado pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação através do CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tec-nológico do MEC. O principal obje-tivo desse programa é estimular os estudantes a adquirirem conheci-mentos em relação às novas tec-nologias utilizadas no estrangeiro e implantá-las no Brasil.

O programa é financiado pelo CNPq e Capes que concedem aos es-tudantes, auxílio instalação, passa-gem, material didático, seguro saú-de, alimentação e uma bolsa mensal durante a estadia fora do país. A úni-ca despesa do aluno é o visto.

Qualquer estudante que esteja na faculdade pode participar desse programa desde que atenda aos pré--requisitos dos editais disponíveis no site http://www.cienciasemfrontei-ras.gov.br.

Greve dos servidores federaisprejudica intercâmbio de estudantes

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Rosi Elen Staudt

A entrada de medicamentos no País está sendo prejudicada por uma greve parcial da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa), que hoje completa 71 dias. Os servidores reivindicam por aumento de salário e melhores condições de trabalho. Apesar de acordo firma-do com a Justiça Federal, 30% dos servidores não voltaram ao traba-lho. A paralisação já acarreta pro-blemas em Santos.

No hospital Beneficência Portu-guesa, a preocupação é com o tra-tamento de doenças como o câncer. O médico José Barbosa, que atua na área clínica, destaca a queda no estoque de medicamentos. “Por pre-caução, estamos dando continuida-de ao tratamento de quimioterapia

já iniciados e outros estão sendo adiados.”

De acordo com ele, alguns hos-pitais da Baixada Santista solicitaram pedidos de liberação de remédios, reagentes e kits para a preparação de exames. Barbosa cita o exemplo de um quimioterápico oral que não pode ser entregue pelo laboratório, pois a entrada do medicamento no país não foi autorizada.

Os laboratórios com filiais no Brasil também enfrentam dificulda-des, pois recebem alguns medica-mentos da matriz, como a farma-cêutica alemã Boehringer Ingelheim, fabricante do Brometo de Tiotrópio e o Formoterol + Budesonida. Ambos são utilizados no tratamento de pa-cientes com doença pulmonar, como a bronquite crônica. Segundo Barbo-sa, o estoque é pequeno.

Paralisação da Anvisa comprometeestoque de hospitais e farmácias

A paralisação dos servidores também afeta a área farmacêutica e manipulada. Na Quanta Farmácia de Manipulação, na Avenida Wa-shington Luís, os clientes podem ser prejudicados. “Existe casos de pacientes que precisam de fórmulas manipuladas que correm o risco de entrar em escassez por falta de ma-téria-prima”, explica a farmacêutica, Fabiana Medina.

Os preços dos remédios podem subir caso a greve afete o estoque da Farmácia Conselheiro Nébias. “Algumas pessoas tem o dinheiro contado para a medicação. Eu tenho clientes antigos e sei que vão ter di-ficuldades com os medicamentos de tratamento ao câncer, pois se conti-nuar essa greve, vou ter que subir os preços dos que me restam”, afirma o farmacêutico Claudio Gilliardi.

Raphaella Salles

Ontem, dia 25, foi comemorado o Dia do Soldado. No 2º Batalhão de Infantaria Leve, em São Vicente, a festa aconteceu na sexta-feira, com a tradicional cerimônia de formatura de novos soldados. Além de defender o País, o Exército oferece uma carrei-ra segura e, na opinião comum dos militares entrevistados, “transforma meninos em homens, definidos como camaradas e cidadãos de valores”.

O tenente do 2º BIL, Thiago Vieira, passou em Direito na mes-ma época em que foi chamado para servir o Exército em 2005. Escolheu seguir a carreira militar pois oferecia mais oportunidades e por ser “mui-to bonito” o trabalho de um oficial. Segundo ele, os soldados entram meninos com muitos valores distor-cidos, mas a vida no quartel os ensi-

na a amadurecer, se virar sem ajuda dos pais e principalmente “a crescer como pessoas, entram para a família militar e viram homens”.

O soldado Bartolomeu Ponciano de Jesus, de 19 anos, concretizou sua vontade de entrar para a vida militar este ano. Por gostar de correr e da sensação de cuidar do próximo, pretende seguir carreira. “Existe uma visão distorcida da vida militar, nós não vamos só para a guerra, nosso trabalho vai além disso”, explica. O Exército Brasileiro é responsável pela defesa do País em operações terres-tres e pela garantia da lei da ordem e dos poderes constitucionais. Além de sempre estarem se preparando para situações de guerra, participam de campanhas sociais e científicas.

Desde criança, Felipe Rita Bar-reto tinha o sonho de entrar para o Exército, que realizou este ano.

Sempre gostou de ajudar as pesso-as e pretende seguir a carreira. Di-ferente de seus colegas, o soldado Wesley Ferreira da Silva entrou para experimentar e conhecer algo novo, porém se decepcionou. Ele explica que apesar de aprender a ser mais disciplinado, novos fundamentos e coisas boas, não pretende seguir a carreira, pois “há um lado ruim, de não ter tempo para dormir e nem para estudar”.

O alistamento é obrigatório para todo jovem brasileiro, do sexo masculino, no ano que completar 18 anos, no período de 1º de janeiro a 31 de maio na Junta de Serviço Mili-tar mais próxima de sua residência. As mulheres que querem seguir car-reira no Exército Brasileiro como ofi-cial ou sargento temporário, deverão participar da seleção realizada pelas Regiões Militares.

No Dia do Soldado, militares descrevem o valor da vida no Exército

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Guilherme Alves

A Zona Noroeste completa, hoje, 36 anos de existência, com um desfile cívico-militar e a entrega de uma quadra esportiva. Alguns mo-radores e comerciantes, porém, não estão felizes com a atual situação da região. Falta de segurança, saúde e enchentes são alguns dos principais motivos de preocupação de quem vive nos bairros próximos à Avenida Nossa Senhora de Fátima.

Na manhã de ontem, a principal avenida da Zona Noroeste estava en-feitada de faixas, todas anunciando interdições de ruas e convidando os moradores para a festa de aniver-sário. O cenário de festa chamava a atenção, mas não serviu para evitar críticas da comunidade. A comercian-te, Selda Maria de Albuquerque, de 58 anos, diz que apesar da entrega da quadra esportiva (da Praça Altino

Estefany Barreto

Na manhã de ontem represen-tantes da Organização Mundial da Educação para Pré Escola (OMEP) da Baixada Santista se reuniram na Uni-versidade Santa Cecília para come-morar o Dia Nacional da Educação Infantil (25 de agosto) com o “Semi-nário: Direito de Toda Criança”.

Cerca de 250 profissionais da área de educação e agentes da Pas-toral da Criança estavam presentes para comemorar esta data que foi sancionada pela presidente Dilma Rouseff, para homenagear a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e que morreu no terremo-to do Haiti, em 2010. O seminário, que contou com três palestras, foi realizado com o intuito de mudar o olhar de professores e estudantes de

Professores debatemdireitos da criança

pedagogia na formação pré-escolar (zero a seis anos).

A presidente da OMEP Regina Lucia Rodriguez chamou a atenção para os objetivos da organização como, a participação da formação da primeira infância, defesa dos direitos das crianças e a capacitação dos profissionais que devem estar em formação contínua. “A preocupação da OMEP é a formação da base do ser humano”, declarou a presidente.

A palestra comandada pela es-pecialista em Comunicação, Fabiane Vitello, “Muitas Linguagens, Muitas possibilidades”, chamou a atenção para o Projeto Educativo Reggio Emi-lia, que foi criado no norte da Itália e que tem como objetivo trabalhar o potencial de cada criança. “O projeto tem a intenção de fazer o professor se calar e escutar o que o aluno tem

a dizer”. Fabiane também explica que um dos métodos do Reggio Emilia são o aumento da relação e a observa-ção que o professor deve ter com as crianças. No mesmo momento estava ocorrendo às palestras “Educação Lú-dica e os Valores Humanos”, com Luiz Fernando Barcelos Grillo e Joice Ris-nic e “Movimento, Autonomia e Afeti-vidade na Primeira Infância comanda por Vera Lucia Anselmi Melis Paolilo.

Para a universitária Patrícia Lu-zena, que é monitora da Instituição Filantrópica Gota de Leite, a pales-tra auxilia na formação acadêmica. “Ela dá mais estímulo e mostra em como lidar com os alunos”. A OMEP da Baixada Santista, que tem sua sede no Guarujá, está com um pro-jeto de aprofundar este tema em encontros de formação para os pro-fessores da região.

Arantes), ainda falta muito para uma verdadeira comemoração. “Quando chove, enche a Nossa Senhora de Fá-tima e não dá para chegar em casa. Eu também já fui assaltada por aqui. Falta melhorar muito” reclamou. Ou-tro morador, José Luiz da Silva, de 73 anos, também reclama das enchen-tes constantes. “Por aqui não pode chover por mais de meia hora que já enche tudo” desabafa. Já o jornaleiro Carlos Alberto Martins, de 52 anos, disse que falta segurança e de melho-ria na saúde, mas cita também que esses problemas não são exclusivida-de da comunidade, e que acontecem por todo o país. “Falta segurança e falta melhorar a saúde, mas isso não acontece só aqui. Tem que melhorar em todo lugar”.

A Avenida Afonso Schmidt, tre-cho da Rua Aprovada e Avenida Nos-sa Senhora de Fátima começaram a ser interditados às 8 horas de ontem

e só serão liberados às 20 horas de hoje, devido as comemorações. Às 9 horas deste domingo, acontece o desfile com representantes da Zona Noroeste, contando com alunos de 18 escolas municipais e 10 estadu-ais e representantes da área, como o Centro Esportivo da Zona Noroes-te, a Associação Cultural Raízes da Vila Nova, CAMPS (Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Santos), 6º Grupo de Escoteiros do AR Rodolpho Rossi e o Centro de Conveniência. Também estarão presentes represen-tantes militares como o 3º Batalhão da Polícia Ambiental, 1º Batalhão da Polícia Rodoviária, 6º Batalhão da Polícia Militar do Interior e o 6º Grupamento de Bombeiro. Após os representantes desfilarem, acontece a entrega da quadra na Praça Altino Arantes e logo após, quem comanda-rá a festa na hora dos parabéns será a bateria da Escola de Samba Brasil.

ZN faz 36 anos neste domingo

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Beatriz Macia

Alunos do Colégio do Carmo re-alizaram um fórum para apresentar os riscos e benefícios do pré-sal na Bacia de Santos. Por meio da discus-são de quatro tópicos: sociedade, meio ambiente, economia e política foram demonstrados problemas que a extração pode trazer a Cidade e quais as possíveis soluções.

A ideia surgiu no final do pri-meiro semestre depois que alguns alunos do ensino médio se interes-saram em uma série de debates so-bre a Rio + 20 que a escola fez com o ensino fundamental. Só então foi decidido o tema que seria abordado e quais tópicos seriam discutidos.

O professor e coordenador do ensino médio, Rogério Brancacio,

Alunos do Ensino Médiorealizam debate sobre pré-sal

explica que primeiro foi conversado com os terceiros anos para saber quais áreas seriam escolhidas e de-pois os professores separaram de acordo com o conteúdo e passaram para o primeiro e segundo colegial. Explicou que a avaliação foi feita em conjunto com professores e os alu-nos, e terá valor de uma das provas. E contou que ficou surpreso com os alunos que desenvolveram uma par-te do trabalho nas férias em casa “A gente sempre acha que o jovem não quer nada, fomos surpreendidos”.

Cada sala tinha um tema, um grupo de tutores do terceiro ano e um professor responsável. O profes-sor Adriano Dias, tutor do tema po-lítica, ficou animado com o projeto e comentou que os alunos se em-penharam bastante em ver o produ-

to final. Disse que seu trabalho era orientar, mas que por causa do seu jeito se envolveu bastante com o projeto. “Eu trabalhei junto o tempo todo, produzimos uma redação jun-tos, orientei os mais velhos em como deveriam lidar com os outros alunos e como poderia ser feita uma melhor distribuição de tarefas”.

A diretora do colégio, Renata Smolka, disse que irão fazer uma car-ta de intenções para finalizar o pro-jeto e arquivá-las para que em 2015 seja feito um balanço do que foi dito e o que realmente aconteceu.

O debate foi finalizado com o professor de Gestão de Operações e Informação Juarez Ramos da Silva, que mostrou e explicou o que será necessário fazer para causar o míni-mo de impacto na cidade.

Dia do Feirante: profissão ainda agradaDarine Gomes

“Deus ajuda quem cedo madru-ga”, este pode ser o lema do profissio-nal que trabalha como feirante. Uma profissão digna, que deve ser extre-mamente valorizada e respeitada. E, para salientar a importância desse profissional, dia 25 de agosto é come-morado o Dia Nacional do Feirante, data que ficou marcada devido ao ano de 1914 acontecer a primeira feira-li-vre no Brasil, na cidade de São Paulo.

No Brasil, a tradição das feiras de rua não se perdeu, pelo contrário, há quem prefira a alegria e o dinamismo do dia-a-dia das feiras, aos grandes supermercados. Outro fato de as fei-ras-livres serem muito procuradas é a qualidade aliada ao bom preço.

Com 30 anos de experiência na rotina, Leandro Higa, proprietário de uma barraca de legumes e verduras, conta que a tem muito orgulho da profissão e gosta de estar em con-tato com o público, mas tem que estar preparado para tudo. Leandro também comenta que, um dos pro-blemas em lidar com a profissão é

a falta de infraestrutura, devido ao fato de ser ao ar livre e ficar vulnerá-vel às variações climáticas. “Quando chove, o freguês vai optar por não sair de casa, ou fazer as compras no supermercado, isso prejudica nosso rendimento”, conta.

Há também quem acredite que a tradição passou por mudanças, de-vido ao fato da concorrência com os mercados. Gesuíno Mendes da Costa, há 23 anos na profissão, conta que, antigamente as feiras começavam e terminavam mais cedo. O movimen-to nas feiras durava, no máximo, até meio dia. Hoje, esse horário é con-siderado o pico. Maria Aparecida da Costa é esposa e trabalha com Ge-suíno na barraca de frutas, para ela, a rotina é puxada. “A gente inicia o expediente muito cedo. É cansativo, mas apesar de tudo, é compensató-rio”, avalia Maria Aparecida.

Muito procurada pelas pessoas, após fazer as compras, a barraca de pastel é sempre uma boa pedida. Douglas Yamashiro divide, com os ir-mãos, o trabalho na barraca. “Temos clientes que vem aqui toda semana

só para comer pastel. Trabalhar na feira é muito gratificante porque a gente faz amizade com o freguês e garante credibilidade”, diz.

Tem feirante que considera a roti-na a melhor característica da profissão e acredita que a tradição das feiras--livres não vai acabar. “Gosto do que faço. A gente tem um estilo de vida meio nômade, cada dia em um bairro diferente da cidade. Isso é favorável, pois sempre teremos um grande nú-mero de clientes”, garante Marcelo Adriano Gomes que, junto com a es-posa, são proprietários de uma barra-ca de utensílios domésticos.

Nesse dia 25 de agosto, com muito sol e calor, o movimento na feira da Avenida Francisco Glicério era bom, o que deu motivo para os feirantes comemorarem.

Tradição no Brasil e em diversos países do mundo, há quem diga que as feiras existam desde a época de Cristo (fato confirmado no Evangelho, segundo São Marcos, onde descreve a existência de uma feira em um tem-plo em Jerusalém) e, até hoje, é o “ganha-pão” de muita gente.

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Gabriel Oliveira

No ano passado, depois da pri-meira aula de natação, Bryan sentiu--se mal. Estava quente. Poderia ser uma febre qualquer, mas não era. O garoto, na época com 4 anos, foi diagnosticado com leucemia, graças à persistência da médica neurologis-ta responsável pelo atendimento.

“Foi uma destruição”, resume a avó de Bryan, a aposentada Ana Maria Souza. Teve início, então, uma batalha pela vida. Para superar esse difícil momento, Bryan e a família ti-veram o apoio da Associação Santa Isabel (ASI), que ontem promoveu uma caminhada pela orla de Santos, para conscientizar as pessoas sobre a gravidade do câncer infanto-juvenil e angariar fundos para a entidade.

Como retribuição ao apoio que recebeu, Ana prestigiou o even-to, que não atraiu somente os 85 voluntários da instituição. Vestidos de camiseta branca, com o desenho de um caranguejo, símbolo da luta internacional contra o câncer, cerca de 1.500 pessoas de todas as idades estiveram presentes, como a auxiliar administrativa Sonia Regina Garcia, que trabalha na Santa Casa e sabe da importância do trabalho dos vo-luntários da ASI. “É uma causa justa. Todo o dinheiro vai para lá. Eu sei que chega”, diz ela.

Os kits foram vendidos a R$ 20,00 e o dinheiro arrecadado será usado na compra de equipamentos e no cus-teio de transporte dos pacientes que moram em outras cidades da região e precisam se tratar em Santos.

A passeata saiu do Mc Donald’s na Ponta da Praia rumo à Avenida Ana Costa, no Gonzaga, onde acon-teceu a mobilização do Mc Dia Feliz. Durante o percurso, de três quilôme-tros, Nelli Valente Cavallucci, presi-dente da ASI, animava os populares que aproveitavam o dia ensolarado na manhã de sábado. “Sorria”, grita-va ela a quem passasse.

Foi com esse sorriso que Eliane Aparecida Lopes Souza enfrentou o câncer de mama, descoberto em 2008. “Tem que ter confiança. Já que Deus mandou, vamos encarar. Eu não tinha vergonha de andar ca-reca”, conta. Por ter vivido o drama tão de perto, a sobrinha de Eliane, a costureira Luciana Lopes Veiga Neiva, prometeu para si mesma que sempre estaria envolvida em even-tos como este.

O estudante Thiago Hein Gus-mão, de 21 anos, também se inte-ressou pelo trabalho desenvolvido pela ASI na Santa Casa da Miseri-córdia de Santos e passou a ser vo-luntário em 2007. ”É legal começar desde cedo. A tendência é que no futuro mais gente participe”. Para o contador Alberto Vitório Pereira, a mobilização da comunidade é funda-mental. “A gente fala do poder pú-blico, que não faz muita coisa, mas se a gente ficar esperando, não vai mudar nada”.

ASI – A Associação Santa Isa-bel de Combate ao Câncer tem um espaço dentro do Hospital Santa Casa e atende 100 jovens (de 0 a 18 anos) por mês. Os voluntários se

revezam de segunda a sexta-feira, das 6 horas à meia noite, para ofe-recer um serviço complementar ao tratamento medicamentoso. “Eles precisam de carinho, conversa e brincadeira”, afirma Nelli, ciente de que seu trabalho também é benéfico para ela mesma. “Eu poderia estar em casa, dormindo, com depressão, mas estou alegre”.

Estima-se que a incidência de tumores pediátricos seja próxima de 3% do número total. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), serão cerca de 11.530 casos novos de câncer em crianças e ado-lescentes até os 19 anos em 2012.

A Santa Casa recebe de três a quatro novos pacientes por mês. Por semana, são atendidas 20 crianças. O tipo mais comum é a leucemia, que representa 30% dos casos. O hematopediatra do hospital, Claudio Luiz Masutti, afirma que não há fa-tores de risco para o câncer infantil. “Está relacionado com a genética”.

Mc Dia Feliz – A tradicional campanha é coordenada pelo Ins-é coordenada pelo Ins-coordenada pelo Ins-tituto Ronald McDonald em prol de crianças e adolescentes com cân-cer. Todo o dinheiro arrecadado no dia 25 com a venda de Big Macs é revertido para instituições de apoio e combate ao câncer infanto-juvenil de todo o país. Em Santos, a concen-tração aconteceu no Gonzaga, com a presença da banda da Polícia Militar, brinquedos e personagens.

A Associação Santa Isabel é a única entidade habilitada a receber os recursos do Mc Dia Feliz na Cidade.

Comunidade se une no combateao câncer infanto-juvenil

Debate sobre tuberculose - O Curso de Serviço Social da UNISANTOS realiza no próximo dia 27 de agosto, das 19h às 22h30, mesa-redonda: Ações Voltadas à Prevenção da Tuberculose. Haverá palestra da Liga de TB do Curso de Enfermagem, com o aluno Henrique Mateus Fernandes, e apresentação da dissertação de mestrado “O impacto da tuberculose e do tratamento na vida cotidiana de pacientes da região central de Santos de autoria de Sandra Maria Alves”. Mediadoras: Prof. Luzana Mackevicius Bernardes, Benalva da Silva Vitório e Rosa Maria Ferreiro Pinto. O evento acontece Campus D. Idílio José Soares Auditório 201. Informa-ções pelo telefone 3205-5555 - ramal 1328 ou pelo e-mail: [email protected].

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8 26.08.2012 - AGÊNCIA FACOS

Aliana Brito

O clima era de muita animação entre as torcidas das escolas finalis-tas da 9º Copa A Tribuna de Hande-bol na manhã deste sábado. A roda-da foi disputada no Sesc, pela escola Integração, de São Vicente, que venceu a escola Governador Franco Montoro, de Praia Grande, no mas-culino, e Professora Maria Aparecida de Araújo, de Guarujá, que derrotou o Objetivo, de Praia Grande.

“A copa é um sucesso e quem ganha com isso são as cidades, mas elas precisam incentivar mais o es-porte. Passamos a revelar atletas para jogos regionais”, fala o orga-nizador do evento, Hélcio Padovan. Segundo ele, esse ano a competição foi muito equilibrada, a única surpre-sa foi a eliminação da escola Martim Afonso, de Cubatão, que tinha uma jogadora com 35 gols no torneio.

Padovan ressalta ainda que nes-sa modalidade de esporte é preciso muita paixão do professor para in-centivar os jovens, que preferem o futebol. Entre esses professores apaixonados, está a comentarista da categoria masculina, Nayara Lima de Paula, que jogou handebol por 10 anos e depois se tornou técnica da equipa da escola municipal Bernardo

José Maria de Lorena,campeão em 2008. Para essa copa, a expectativa da comentarista era de muitos gols pela qualidade das equipes, o que acabou acontecendo.

Antes do início do jogo mascu-lino, a expectativa entre os jogado-res, técnicos e torcida era grande. A técnica da equipe de Praia Grande, Wânia Karina Rangel Kolonko, res-saltou a coletividade do grupo que, no ano passado, ficou com a 3º po-sição. Do outro lado da arquibanca-da, o auxiliar técnico, Roberto Onety, da equipe da escola de São Vicente, destacou os jogadores Gabriel Nas-cimento, pela força e Pedro Strauss, pela inteligência e calma em quadra.

O jogo teve início com o domínio do time Integração, mas com Franco Montoro buscando o jogo com um apoio animado da torcida. A equi-pe de Praia Grande se recuperou no segundo tempo, ficando quatro gols à frente, mas nos últimos minutos o Integração empatou, em 13 gols, levando a decisão para a disputa no tiro de sete metros com três tiros. Para delírio das torcidas, depois de alguns lances perdidos, a disputa foi para lances livres, que acabou con-sagrando o time Integração como campeão, por 2x1.

Gabriel do Nascimento, artilheiro

do Integração e também premiado como artilheiro do torneio se disse fe-liz com a vitória em um jogo muito di-fícil. “Nós não somos um time, somos um grupo de amigos jogando hande-bol”. Da equipe que ficou com o se-gundo lugar, Gabriel Luan Moreira da Silva, também ressaltou a dificuldade do jogo, mas se disse confiante para o próximo ano. “Vamos voltar e se Deus quiser conseguir. A gente tem que saber perder, levantar a cabeça e seguir em frente”.

As outras premiações foram de melhor goleiro para Gabriel Ruas do Liceu São Paulo, melhor técnico masculino para Elizabeth Chagas do Integração, melhor ataque com 108 gols para Integração e melhor joga-dor para Gabriel Luan Moreira da Sil-va do Franco Montoro.

Feminino - Na arquibancada, Telma Oliveira, mãe da jogadora Géssica Hellen Oliveira Leal, da es-cola Professora Maria Aparecida de Araújo, de Guarujá ,relatou que o sonho da filha é chegar à seleção brasileira. “Eu vou a todos os jogos, incentivando. Viemos para ganhar”. Ela não se enganou, o time guaruja-ense ficou com a taça pela primeira vez após participar das últimas qua-tro finais da copa. E sua filha Géssica levou o prêmio de melhor jogadora.

Escolas de Guarujá e São Vicentevencem torneio de handebol

Orientação nutricional - Estão abertas as inscrições para o Programa de Orientação Nutricional em grupo e individual, totalmente gratuito, do Ambulatório de Nutrição da UNISANTOS. Com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar da comunidade, o espaço possui infraestrutura adequada para atendimento e realização de exames. Os pacientes atendidos no ambulatório discutem os hábitos alimentares, conhecem melhor a composição dos ali-mentos, passam por um acompanhamento durante um período e testam, na prática, algumas receitas saudáveis. Sob a supervisão da professora-doutora Renata Doratioto Albano, o acompanhamento nutricional em grupo acontece durante 12 semanas e é aberto para pessoas maiores de 20 anos, pois a abordagem é exclusiva aos adultos. No atendimento individual, o paciente é avaliado a cada encontro, e os resultados vão sendo obser-vados conforme a meta estabelecida. Informações e inscrições pelo telefone 3228-1215.

Mind Lab - Com o intuito de celebrar o Dia dos Pais e o Dia do Estudante, ambos em agosto, a Mind Lab convida todos os pais a participarem do concurso cultural “Sou um pai educador”. Os interessados devem enviar uma foto ou um vídeo mostrando como eles se envolvem na educação dos seus filhos. O prazo para o envio do material acaba em 31 de agosto. Os cinco conteúdos mais votados pelo público serão premiados. Outras informações, acesse www.mindlab.com.br/paieducador e boa sorte.

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João Paulo de Castro

"Ressurgindo como Fênix". Foi assim que o mestre de Kung Fu, Pau-lo Tarso, definiu a volta pela procura da arte marcial chinesa em Santos. Preparo físico, mental, espiritual, são esses os motivos os quais as aulas de Kung Fu passaram a estar cheias, após alguns anos de esquecimento.

Famosa nos filmes da década de 70, a arte marcial chinesa passou por anos difíceis. Segundo o Mestre Pau-lo, as pessoas deixaram de procurar o Kung Fu pelo crescimento de outros esportes como Jiu Jitsu, Taekwondo, Karatê e, principalmente, muscula-ção. Para ele, as pessoas não viam no Kung Fu uma oportunidade de quali-

Natália Santos

Durante muito tempo, as artes marciais e o próprio boxe foram con-sideradas lutas masculinas. Hoje a realidade é diferente, com o ‘boom’ das lutas no Brasil, grande parte por influência dos lutadores de MMA (Mix Martial Arts / Artes Marciais Mistas), como Anderson Silva, Vitor Belfort, José Aldo, entre outros, que conquistaram reconhecimento inter-nacional e visibilidade para o esporte no País, a procura por essas lutas esta cada vez maior e não apenas por parte dos homens, as mulheres também estão invadindo os tatames.

O professor de Muay Thai, Thia-go Genesis, que dá aulas há dois anos no Centro de Treinamento Co-bra (CTC) disse que, no começo, o número de alunas era bem pequeno, mas que hoje elas já representam mais de 30% do total de alunos.

A academia Renata Azevedo abriu, há duas semanas, uma aula de MMA somente para mulheres, a ideia surgiu para alimentar o interesse na prática de exercícios das alunas. A

De filmes e novelas para vida real, Kung Fu volta a ser evidência

dade de vida. "As pessoas buscam os esportes onde perdem peso rapida-mente, porém não passam uma filo-sofia por completo", comenta.

Para o mestre Paulo, a volta do Kung Fu deve-se, também, a novela Malhação da TV Globo (na tempora-da 2012 da série, o Kung Fu era o esporte praticado por diversos per-sonagens da trama), ele ressalta a importância do Kung Fu estar em evi-dência na mídia, desde que passe o que realmente é a arte. "Hoje em dia só se fala em MMA (Mix Martial Arts, em português: Artes Marciais Mistas), por isso qualquer espaço é importan-te para o Kung Fu, mas tem que ensi-nar direito, com toda a filosofia".

O mestre conta que hoje em

dia, é “importantíssimo aprender a se defender”, principalmente as mu-lheres e, que segundo ele, procuram com freqüência as aulas. "Dou aula para muitas mulheres, elas procu-ram bastante, querem aprender a se defender", completa.

Kung Fu - É uma arte mar-cial chinesa, que significa “Tempo de Habilidade”, chegou ao Brasil na década de 60, pelos mestres Chan Kowk Wai, Chiu Ping Lok e Wong Shing Keng, é ideal para quem pro-cura uma atividade que melhore a coordenação motora, flexibilidade e condicionamento físico, além de aprender ensinamentos desta arte milenar.

Mulheres conquistam espaçonos tatames de MMA

professora, Renata Azevedo, também, explicou que o corpo humano se acos-tuma com os exercícios e que por isso é importante variar. A aula já tem em torno de 30 alunas matriculadas, o que, segundo ela, é um número bas-tante positivo para tão pouco tempo.

Vanessa Silva é aluna de Muay Thai no CTC e conta que procurou a luta para emagrecer e se manter saudável de uma maneira mais dinâ-mica. Acredita que a pratica da luta é uma forma de acabar com o stress e de aprender autodefesa, hoje se sente mais confiante e de bem com o seu corpo.

De acordo com professor Rodol-fo Ribeiro, que dá as aulas MMA na academia Renata Azevedo, a maior parte das mulheres que iniciam esse tipo de esporte tem o mesmo obje-tivo que as moças que fazem pila-tes ou jump fit, por exemplo, que é emagrecer. Segundo o professor, o que realmente atrai as mulheres é a estética, e isso é o que as diferencia dos homens. Os homens frequentam as aulas porque gostam do esporte e procuram as aulas de contato, já as

moças querem os exercícios aeróbi-cos que gastam mais calorias.

Célio Alves, também, é aluno do CTC e há dois anos pratica o Muay Thai e está impressionado com o nú-mero de mulheres com quem tem que dividir espaço. “Quando comecei não tinha tanta mulher, faz uns seis meses ou mais que elas estão aparecendo, você pode vir em qualquer horário de aula que você vai encontrar”. Ele nos contou que não se incomoda com a presença delas, mas que precisa ser mais cuidadoso quando a luta é con-tra elas: “Tem muita mulher que luta como homem, outras a gente pega leve, senão acaba machucando”.

Os benefícios da pratica de lu-tas são muitos: se manter em forma, saudável, com bom condicionamento físico além de sentir mais segura com os princípios da autodefesa, que es-tão inseridos em qualquer tipo de luta. Porém é importante lembrar que esse tipo de exercício, quando praticado de forma incorreta, pode causar lesões graves. Portanto, se você quiser ser mais uma lutadora, nunca pratique sem a supervisão de um profissional.