03matriz histologia fisiologia -antihomotoxicologia
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A matriz: histologia e fisiologia
IAH AC A matriz: histologia e fisiologia
O corpo tem um extenso sistema de informação perineural formado pormicrotúbulos protéicos. O que em décadas anteriores conhecia-se como tecido
conectivo parece ser um sistema de comunicação muti-direcional entre todos ostecidos do organismo humano, inclusive em nível celular. De fato mediante amatriz vivente todas as células sabem o que fazem as outras. A matriz viventenão é o sistema nervoso, sua comunicação é inclusive mais rápido que este. Asvias energéticas da matriz vivente são inclusive mais antigas que o sistemanervoso. Mediante a via de transmissão do colágeno, a matriz vivente é um meiocontínuo para todos os impulsos que se originam no corpo e para qualquerimpulso que em qualquer localização dada, se transmite por esse corpo.
A estrutura da matriz vivente é a matriz extra-celular (MEC) como feito
histológico. A MEC tem uma importância muito elevada na medicina biológica. Além de ali produzir-se a maior parte das interações entre os sistema deregulação, também a presença e o armazenamento de homotoxinas nesta fasepoderia induzir todo tipo de alteração da regulação e de patologias, inclusiveintra-celulares; portanto é necessário em primeiro lugar um estudo breve dahistologia e da fisiologia da MEC para conhecer a importância e a profundidadeda influência da matriz vivente sobre a saúde e a enfermidade dos sereshumanos.
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Resumo
1. Histologia da matriz extra-celular (MEC)
2. Fisiologia da matriz extra-celular
3. A matriz intra-celular
4. A matriz nuclear
Desde o momento em que o filósofo francês Claude Bernard propôs seu “meiointerno” no século XIX, abriu-se um novo mundo na histologia e na fisiologia.
Atualmente abordamos o fato histológico da MEC e, inclusive na medicinacomplementar, tende-se a falar da matriz vivente, que é outra dimensão deconhecimento fisiológico do corpo humano.
A matriz vivente está formada por 3 níveis de matriz que se unem entre si, amatriz extra-celular, a matriz intra-celular, a e matriz nuclear. Além de haverinterações mediante impulsos migratórios, sinais elétricos e intercâmbios demediadores em todos os níveis da matriz, os 3 níveis atuam entre si e interagemmutuamente através de seus limites físicos anatômicos. Isso significa quequalquer alteração da regulação que se produza fora da célula (na MEC) poderia
ter uma conseqüência intra-celular inclusive intra-nuclear e vice-versa. Emboraseja formada por 3 níveis diferentes a matriz vivente é um sistema interativocoerente.
Além destas interessantes características de comunicação interativa entre osdiferentes níveis da matriz vivente, a histologia e a fisiologia da matriz viventetem muita importância para quem quer conhecer o terreno de ação damedicação anti-homotóxica. Este é o objetivo desta conferência, conhecer amatriz e poder intervir na mesma com tratamento regulador.
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Porque é importante estudar a matriz?
• Entorno hidrófilo da célula
• Estrutura com carga eléctrica
• Capacidade de regeneração
• Sistema de informação complexo
• Depósito de homotoxinas
Existem 5 motivos pelos quais se deve estudar a matriz em medicina anti-homotóxica:
1. Pela presença de uma concentração elevada de proteoglucanos na matriz,toda matriz é hidrófila. Como se verá depois com mais detalhes, estecontorno hidrófilo da célula faz com que o transporte de substância seja maissimples, embora também seja mais simples que as toxinas hidrossolúveispermaneçam e fiquem armazenadas na matriz.
2. A carga elétrica dos proteoglucanos é negativa. Isso permite que ashomotoxinas com carga positiva de fixem à estrutura da MEC e permaneçamali. A carga elétrica também tem uma função crucial nas correntes eletrônicasda matriz.
3. Mediante a presença de fibroblastos na matriz, pode-se reparar sua estruturadepois de uma lesão, e isso se produz em minutos. O fibroblasto tem uma
função essencial na proteção da célula viva mediante a restauração contínuada estrutura reticular tridimensional que a rodeia.
4. A maioria das comunicações interativas entre os diferentes sistemasreguladores se produz na matriz. Isso inclui sistemas de retroalimentaçãocomplexos através de mediadores, controle de pH, controle de potencialelétrico, etc...
5. Embora a manutenção das homotoxinas fora da célula seja umacaracterística positiva da matriz, pode produzir problemas a longo prazo seas mesmas homotoxinas não foram drenadas da matriz, desintoxicando-a.Na realidade vemos que muitas doenças começam por um depósito dehomotoxinas na MEC e seus efeitos negativos sobre o funcionamento da
célula.
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1. Histologia da MEC
Continuando, será analisada com mais detalhes em primeiro lugar a histologiada matriz extra-celular. De que componentes é formada?
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Gracias a H. Heine
Célula do
parênquima
de um órgão
Substância
básica
Membrana
basal
Axó n
Colágeno
Mastócito
Célula
de defesa
Biorritmo
Elastina
Fibroblasto
Axó n
Capilar
Endocrinio SNC
Além da ameba e de outros organismos unicelulares que tem um contato diretocom o ambiente externo do organismo, todos os organismo multi-celulares tem
uma zona protetora da célula entre o meio externo e suas células, seja qual for alocalização das células do organismo e seja qual for a função. Esta zonaprotetora da célula denomina-se espaço extra-celular. Nenhuma substância podeentrar diretamente do ambiente externo até a célula.
Tanto se a célula viva fizer parte de uma estrutura orgânica e estiver incluída emuma membrana basal quanto se funcionar separadamente de outras células emuma estrutura, sempre estará rodeada pela matriz. Esta matriz é um filtrobiofísico tridimensional de estrutura fina que controla a transmissão da nutrição edos produtos finais celulares, os mediadores e qualquer outra substância do
meio da célula. Nenhuma substância pode passar diretamente da correntesanguínea até a célula, e vice-versa. Inclusive a liberação de neurotransmissorespor uma célula nervosa tem que chegar à célula através da MEC.
A maior parte das interações entre os diferentes sistemas do corpo produz-seatravés da MEC. Este é o motivo pelo qual a imagem acima mostra todas asflechas que estabelecem interações entre os diferentes sistemas.
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O fibroblasto é essencial
• Síntese da estrutura dos PG e dos GAG pelo aparelhode Golgi
• Reage à lesão da MEC e a restaura
• A qualidade do filtro biofísico dos PG e dos GAG da MECdepende da exatidão do fibroblasto
• A qualidade de vida da célula orgânica depende da exatidão dofibroblasto. Isto significa que um fibroblasto eficaz reparará alesão da estrutura da MEC e desta maneira protegerá a célulado contato direto com cargas tóxicas procedentes da correntesanguínea.
Os fibroblastos são essenciais para a MEC. A fina rede tridimensional entre acélula do órgão por um lado e os capilares ou vasos linfáticos por outro é
formada por proteoglucanos e glucosaminoglucanos. Ambas as substâncias sãosecretadas pelo aparelho de Golgi dos fibroblastos. Se esta estrutura básicalesionar-se por uma ferida ou uma infecção, os fibroblastos tentarão restaurá-la.
Como a principal função física da MEC é filtrar todas as substâncias que setransmitem desde os capilares até a célula e vice-versa, a qualidade da estruturaé uma garantia para a saúde da célula do órgão. Uma disfunção massiva dosfibroblastos com a conseqüente produção de uma matriz de baixa qualidadedará lugar a uma maior risco de intoxicação celular e, portanto, ao aparecimentode patologias degenerativas crônicas.
Fibroblastos hígidos e saudáveis podem gerar glucosaminoglucanos em umprazo de minutos, de modo que é possível uma restauração rápida depois deuma lesão recuperando-se assim a proteção celular.
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Células locais do sistema
da substância básica
• São responsáveis pelos mecanismos de defesa inespecíficos
• Mostram capacidade de transformar-se em diferentes formasfuncionais
Além das células de suporte citadas no slide anterior, no sistema da substânciabásica existem outras células que fazem parte da mesma.
Chamam atenção especialmente os macrófagos e os mastócitos. Localmentegarantem a defesa inespecífica frente a invasores de diferentes origens e,quando necessário, ativam todo o sistema de defesa para iniciar um processoinflamatório com o fim de limpar a matriz. Desta forma, são os principaislimpadores da primeira onda da MEC.
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Fibroblasto e psique
• Os estímulos psicológicos podem influenciar na resposta dosfibroblastos
• Junto ao sistema endócrino, podem elaborar uma matriz que seadaptará à situação neuroendocrina
• Regulação psiconeuroendocrina
A psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI) estuda as interações entre asemoções, os estímulos neurológicos, os transmissores, as secreções endócrinas
e o sistema de defesa. Muitos estudos têm mostrado a influênciaimunossupressora do estresse e depressão prolongados. Por exemplo, osfibroblastos serão menos eficazes na cura das feridas em situações de estressepsicológico. Como as emoções têm uma função importante nesta influência (eem menor medida, os pensamentos), alguns autores falam sobreemoçãoneuroendocrionoimunologia ao invés de psiconeuroendocrinoimunologia.
Também tem se mostrado que o estresse psicológico aumenta asusceptibilidade às infecções virais. As pessoas expostas ao estresse mostraramaumentos de taxas de infecção de 74% a 90%, e a expectoração aumentou de
27% a 47%. Estudos mais antigos têm mostrado que os estudantes de medicinatêm aumento de risco de mononucleose durante o período de exames (McEwene Stellar, 1993).
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Matriz extra-celular
• Características físicas do tecido
• Marco estrutural em que estão incluídas as células
• Adesão celular maior à MEC que a outras células
O tecido da matriz extra-celular tem algumas características específicas. É umamoldura estrutural na qual estão incluías as células. De fato, existe mais adesão
entre as células e a estrutura da MEC que com outras células próximas. Entreuma estrutura grossa de fibras de colágeno e elastina está a estrutura fina dasubstância básica, formada por proteoglucanos e glucosaminosglucanos.Especialmente estes dois últimos criam um filtro biofísico e são responsáveispelas características de hidrofílicas da matriz, porque podem unir-se facilmente àágua e conservá-la.
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Matriz extra-celular
• Proteínas estruturais
• Proteínas fibrilares
• Proteoglucanos
A matriz está formada, da estrutura grossa a fina, por proteínas estruturais,proteínas fibrilares e proteoglucanos.
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Proteínas estruturais
• Solidez do tecido conectivo
• Colágeno
• Elastina
As proteínas estruturais oferecem a solidez do tecido conectivo. Formam umaestrutura compacta e flexível ao mesmo tempo. A principal característica do
colágeno é a solidez, enquanto que a principal característica da elastina é aflexibilidade. As fibras de colágeno também são mais grossas que a elastina. Ocolágeno e a elastina formam a estrutura básica, mais grossa, da MEC.
Existem ao menos 16 tipos de colágeno. A lesão da estrutura do colágeno porum traumatismo ou por outra causa poderia ativar os parâmetros da restauraçãoe induzir à inflamação..
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Proteoglucanos
• Proteína transportadora comintersecções transversais deglucosaminoglucanos acopladosa uma molécula de ácidohialurônico
• Devido aos glucosaminoglucanos,são muito hidrófilos
moléculade ácidohialurónico
condroitínsulfato
proteínadeconexão
proteína“central”
Um proteoglucano é uma estrutura com forma de árvore de uma molécula deácido hialurônico a que se unem proteínas transportadoras unidas a proteínascentrais transversais. Os menores pedaços da construção de um proteoglucano(PG) são os mucopolissacarídeos, que são polímeros repetitivos longos dedissacarídeos denominados glucosaminoglucanos (GAG). Um açúcar dedissacarídeo é um ácido urônico e o outro é um aminoaçúcar. Ao menos um dosdois açúcares é portador de uma ou duas pontes de sulfato para conectar-se aestrutura central.
Os GAG dos PG são hidrófilos. Como a estrutura fina da MEC está formadaprincipalmente por PG e GAG, a matriz conserva água dentro de sua estruturacom facilidade. Um dos GAG menos conhecidos é o condroitín sulfato. Éformado por uma cadeia de sulfatos de glusosamina.
Os proteoglucanos não somente se encontram na MEC, mas também estão
unidos a membrana plasmática das células. Desta forma, também tem umafunção de fixação.
Na cartilagem o principal proteoglucano denomina-se agrecano. A concentraçãode condroitín sulfato e de queratano sulfato (que são GAG) no agrecano ébastante elevada na cartilagem normal. O queratano sulfato se encontra maisnas bases do agrecano, cerca de onde se fixa à molécula de ácido hialurônico. Oconroitín sulfato encontra-se na porção média e superior da estrutura doagrecano.
O sindecano é um exemplo típico de um proteoglucano unido à superfíciecelular. Os GAG do sindecano são cadeias de heparano sulfato. O sindecano seune extra-celularmente ao colágeno e a fibronectina e intra-celularmente ao
citoesqueleto.
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Glucosaminoglucanos
• Sinônimo: mucopolisacárideos
• Cadeias não ramificadas de polisacárideos, formadaspor 70 a 200 disacárideos repetidos
Como já mencionado, os glucosaminoglucanos são os elementos de construçãobásicos da MEC. São o principal componente dos proteoglucanos. Anteriormente
denominados mucopolissacarídeos, são cadeias repetitivas não ramificadas dedissacarídeos. Podem ser muito longos (até 200 sacarídeos repetidos). Aprincipal característica hidrófila da MEC deve-se a uma elevada presença globalde GAG em sua estrutura.
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Glucosaminoglucanos
• Gel hidratado de polisacárideos de grane tamanho
• Contração da estrutura dos proteoglucanos por sua carganegativa intensa, suas características hidrófilas e sua estruturaespacial
• Difusão das substâncias através da matriz extra-celular
A estrutura fina dos GAG nos extremos ramificados dos PG cria uma redetridimensional estreita que atua como filtro biofísico. Tem o aspecto de um gel
hidratado no qual se transporta todo tipo de substâncias dos capilares à célula evice-versa. Como as distâncias entre duas proteínas centrais situadas sobre umaproteína transportadora na estrutura dos PG é de somente 15 a 20 nm, asmoléculas grandes ficam aprisionadas facilmente na MEC.
Segundo F. Perger, o potencial elétrico da MEC é de aproximadamente 240µV.Este valor será maior na fase ácida de uma inflamação e menor na fase alcalina.
Uma carga negativa intensa ao nível da MEC originará um movimento decontração ou de “torção” da mesma. Portanto, a modificação das cargaselétricas modificará as propriedades hidrófilas da matriz.
A difusão de substâncias através da matriz extra-celular só é possível devido asuas propriedades hidrófilas.
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Estrutura da rede
H. Heine
A imagem mostra a estrutura reticular dos diferentes proteoglucanos conectadosa mesma molécula de ácido hialurônico. Repetida em 3 dimensões, gera um
filtro de malha fina que atua em nível molecular.
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Biosíntese dos
glucosaminoglucanos (GAG)
• A síntese dos PG/GAG leva somente de 1 a 2 minutos
- Lozzo 1985, Heine 1997
• Sua vida media é entre 2 e 120 dias
A síntese de glucosaminosglucanos e proteoglucanos é surpreendentementerápida. Os fibroblastos são capazes de produzir estas estruturas em minutos.
Embora se elaborem aleatoriamente e o “recheio” de um orifício com um hiatonunca é como antes, sempre se mantém as principais características de umarede fina e de hidrofilia. Como devido a uma inflamação, a matriz pode-selesionar muito, é muito importante poder restaurar a estrutura e a capacidade defiltragem e um período muito curto.
Em condições normais os proteoglucanos e os glucosaminoglucanos sesubstituem depois de no máximo 4 meses. Sua vida média está ente 2 e 120dias. Este é um dos motivos pelos quais nas intoxicações intensas não devemosdrenar e desintoxicar durante semanas, mas durante meses.
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H. Heine
Está é uma “vista aérea” de uma preparação histológica da MEC. No centro daimagem vemos as células do órgão sobre sua lâmina basal, rodeadas à direita
pela rede de proteoglucanos e glucsaminoglucanos. Na letra E vemos aestrutura grossa das fibras de colágeno e uma vez mais, ainda mais à esquerda,a estrutura reticular dos PG e os GAG. No recorte vemos uma ampliação daestrutura reticular dos PG e dos GAG.
Qualquer substância que chegue de qualquer lado de um capilar a uma célulaterá que passar por uma espécie de zona de transmissão em que será filtradapelo filtro biofísico que é a MEC.
Em qualquer localização relacionada com o órgão no corpo humano seencontrará esta estrutura.
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Membrana basal
• Superfície especializada
• Funções:
Adesão celular
Regulação do crescimento celular
Filtro à difusão
A membrana basal é uma superfície especializada da matriz extra-celular. Umexemplo de um tipo de MEC é a lâmina basal (LB) ou membrana basal, fina e
similar a uma lâmina, sobre a qual se apóiam as camadas de célulasepiteliais. Também há uma LB ao redor das células musculares, as célulasadiposas e os nervos periféricos. Sem dúvida, a MEC é mais abundante emtecido conectivo que está debaixo das camadas de células epiteliais e estáformada principalmente por uma MEC na qual os fibroblastos estãodistribuídos de maneira dispersa. Outros tipos de tecido conectivo como oosso, o tendão e a cartilagem também estão formados por uma MEC, que éresponsável principalmente por sua estrutura e sua função.
A membrana basal é uma camada sobre a qual se assenta o epitélio. Estacamada tem aproximadamente 40-500 nm de grossura e está formada pela
lâmina lúcida e a lâmina densa. A lâmina lúcida está adjacente às célulasepiteliais e está formada por uma lamina de proteoglucanos e colágeno (detipo IV). A lâmina densa está formada por colágeno (tipo VII).
A membrana basal tem 3 funções principais:
1. Adesão celular. As células dos órgãos estão unidas è membrana basal que asmantém em seu lugar (junto às uniões da MEC);
2. Regulação do crescimento celular;
3. Filtro à difusão. Nem todas as substâncias podem atravessar a membranabasal, de modo que sua estrutura faz com que seja um filtro seletivo.
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Líquido intra-celular (intersticial):
• Um meio indispensável que faz com que seja possível manter ahomeostase entre as zonas intra-celular e extra-celular
O líquido intersticial é formado por um solução que contem água e ácidosgraxos, aminoácidos, açúcares, coenzimas, substâncias mensageiras como
hormônios, neurotransmissores e outras substâncias como sais, minerais,produtos finais das células, etc.
O líquido intersticial pode se comparar com a água dos aquários de peixescoloridos. A qualidade de vida da célula depende da qualidade do líquido em queestão banhadas, da mesma forma que a qualidade de vida do peixe coloridodepende da água do aquário em que vive. Não somente deve haver suficientescomponentes nutritivos para sobreviver, mas também deve haver eliminação dosdejetos que se produzem.
O líquido intersticial proporciona à célula nutrição e blocos de construção, retiraseus produtos finais e permite que as células comuniquem-se entre si (transportede impulsos elétricos, citocinas, etc...).
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As células dos órgãos
• Unidades interativas vivas
• Auto-manutenção
• Dependentes de seu entorno (MEC)
As células estão autocontidas, mantém a si mesmas e vivem em uma matrizextra-celular limpa. As células devem incorporar nutrientes para sobreviver e
desempenhar suas funções e dependem completamente do que obtém da matrizextra-celular, porque nenhuma célula nutre-se diretamente de um capilar. Ascélulas convertem a nutrição em energia para seu uso adequado. Aespecificidade das células (cada célula tem incluídas suas próprias instruções)faz com que cumpra certas tarefas no corpo, a favor de todo o organismo. Amaioria das células se reproduz quando necessário.
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Os processos nutricionais e dedesintoxicação se produzem por
meio da matriz
Oxigênio
Nutrientes
CO2
Produtos
finais
De maneira bidirecional, a nutrição se dirige até uma célula através da MEC e osprodutos finais da célula se transportam por esta mesma estrutura até o sistema
venoso e o sistema linfático. O armazenamento massivo de homotoxinas aonível da MEC poderia alterar a transição fluida de nutrientes e de produtos finais,criando um cenário “sufocante” para a célula.
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Conclusão: histologia da MEC
• A MEC está disposta como uma rede tridimensional
• Além dos proteoglucanos e dos glucosaminoglucanos, ocolágeno, a elastina e outras fibras básicas, contém capilares,linfáticos e terminações nervosas, células de defesa emembranas basais
• Está presente em todo o organismo e é a principal viada vicariación
Conclusão:
A matriz extra-celular é uma estrutura reticular tridimensional que rodeia em
qualquer dimensão às células dos órgãos. Sua estrutura está formada de talmaneira que pode cumprir sua tarefa fisiológica de filtro biofísico.
Os principais componentes da MEC são o colágeno, a elastina, osproteoglucanos e os glucosaminoglucanos. A MEC está no lugar em queterminam os capilares arteriais e começam os capilares venosos. Ademais, osistema linfático incorpora o conteúdo da MEC e desta maneira, é um sistema detransporte paralelo ao sistema nervoso. Os nervos finalizam e começam naMEC, produzindo ativação mediante sinais nervosos ou obtendo informação.Entre estes diferentes componentes e estruturas existem células de defesa,como macrófagos e mastócitos para cuidar, limpar e defender o organismo.
Como as homotoxinas podem viajar pela MEC até outras localidades, a matrizconverte-se na principal via para as evoluções até a doença e até a saúde.
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2. Fisiologia da MEC
Fibroblasto
Axón
Membrana
basal
Sustancia
básica
Axón
Colágeno
Mastocito
Célula
Dedefesa
Biorritmo
Capilar
Endocrinio SNC
Elastina
Célula do
parênquima
de um órgão
Para compreender a importância da MEC em qualquer abordagembioterapêutica do paciente tem que ser estudada, além da histologia da MEC,
também sua fisiologia.
O descobrimento da MEC como um feito histológico tem uma história longa. Poreste motivo é mais interessante para alguns cientistas que lançaram as bases doque se conhece agora como o principal componente do terreno do paciente.
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Evolução histórica
• Carl Rokitansky
• Claude Bernard
• Rudolf Virchow
• Alfred Pischinger
• Hartmut Heine
• James Oschman
Seis cientistas estão na base da importância do conhecimento da matriz vivienteem medicina biologia: o tcheco Rokitansky, o frânces Bernard, o polonês
Virchow, o austríaco Pischinger, o alemão Heine e o americano Oschman. Osseis contribuíram de forma essencial ao conhecimento e descobrimento da MECe ao conceito moderno de matriz vivente.
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Carl Rokitansky1804 - 1878
• Sem prática médica: 30.000 autópsias. Anatomia patológica a olho nú
• Pai da anatomia patológicaexperimental objetiva
• Afirma que os elementos celulares e as
doenças se produzem a partir dos
líquidos corporais
Carl Rokitansky foi um cientista tcheco. Embora fosse médico não exerceu amedicina. Sem dúvida, esteve muito envolvido na medicina em seu tempo
porque já como jovem professor universitário viu a importância para a ciênciamédica da anatomia patológica. Com Rokitansky a medicina evoluiu de umamedicina antiquada de orientação filosófica natural a uma medicina maismoderna de orientação científica.
O prof. Rokytansky realizou mais de 30.000 autópsias ao longo de sua carreira.Suas tendências médicas científicas se estabeleceram mediante a anatomiapatológica “a olho nu”. É o verdadeiro pai da anatomia patológica experimentalobjetiva. Afirmou que os elementos celulares e as doenças originam-se noslíquidos corporais (humoral).
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Carl Rokitansky1804 - 1878
• Humoral: o sangue é a causa dadoença e das mudanças orgânicas
• Crasis e estasis
• Suas investigações histológicas maisimportantes foram publicadas em 1854 emum artigo com o título “Sobre o crescimentodos tecidos conectivos”(“Über das Auswachsen der Binde-Gewebssubstanzen”)
Deve-se buscar a causa de uma doença na composição do sangue que estápresente em todo o corpo humano. As alterações do sangue são a principal
causa das doenças e as alterações orgânicas.
Dividiu as patologias em crasis (deficiências) e estasis (depósito, acumulação).
Muitos termos médicos, anatômicos e anatomopatológicos levam o nome deRokitansky:
•Divertículo de Rokitansky
•Tríade de Rokitansky;
•Úlcera de Rokitansky-Cushing;
•Seios de Rokitansky- Aschoff (vesícula biliar);
•Síndrome de Rokitansky-Maude-Abbott
•...
Especialmente um artigo publicado em 1854 sobre o crescimento de tecidoconectivo é muito importante para a base do que posteriormente convertia-se naMEC e nos principais livros modernos de histologia.
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• Pai da fisiologia experimental na França
• Desenvolveu o termo “le milieu intérieur” (o terrenointerno do organismo ou “o meio interno”)
• A célula está influenciada por seu entorno direto
Claude Bernard1813 - 1878
O fisiologista francês Claude Bernard foi o pai do “terreno interno”. Este termo refere-se aoentorno direto da célula, que está banhada pelo líquido intersticial, pelo qual é nutrida e por ondeexpulsa seus produtos finais tóxicos. O estado saudável do entorno extra-celular é essencial para
a saúde, e a impureza deste terreno produzirá doenças.
Claude Bernard, que em 1855 ganhou a cátedra, tinha como objetivo estabelecer a metodologiacientífica. Não se sentia impressionado por nenhuma afirmação, confiava só no que se podiademonstrar mediante um experimento. Sua primeira descoberta médica foi a glândulapancreática, cuja importância na digestão, demonstrou. Embora seja conhecido principalmentepelo descobrimento da função da glucogênica do fígado, também descobriu o sistema vasomotor.
No contexto médico biológico é muito conhecido por “milieu intérieur”, que é um termo francêspara o entorno ou terreno interno. Dizia com isso que o mundo que nos rodeia mudaconstantemente, mas em um corpo que funciona corretamente a homeostase faz com que tudo
siga relativamente igual e nenhuma intoxicação perdure. As doenças só aparecem quando háuma disfunção da homeostase, um desequilíbrio.
Igualmente ao Dr. H-H Reckeweg, um século depois, Bernard estava muito interessado nosefeitos fisiológicos dos tóxicos sobre o organismo humano. Experimentou com curare e com ogás monóxido de carbono. Como os experimentos eram a base de seus método científico,gostava muito das dissecções.
A importância de Claude Bernard na ciência médica se reflete pelo prêmio científico que obteveda Academia Francesa de Ciências e pelo funeral público que teve quando faleceu (até entãonenhum cidadão havia tido um funeral público na França).
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Rudolf Virchow1821 - 1902
• Anatomia patológica celular
• A célula é a menor unidade viva do organismo
• As doenças são a consequênciade alterações celulares
• As doenças se relacionamdiretamente com a célula
Rudolf Virchow estudou medicina em Berlim. Em 1847 tornou-se professor,quatro anos depois de licenciar-se em medicina.
É muito conhecido em medicina por sua lei ou regra: “toda célula se gera a partirde outra célula” (omnis célula e célula, 1855).
O professor Virchow fundou a disciplina médica de anatomia patológica celular. Além de seu interesse na célula como unidade básica do organismo humano,também tinha muito interesse em antropologia. Fundou a Sociedade de Antropologia, Etnologia e Pré-história.
Para Virchow nem todas as células do corpo humano poderiam produzirdoenças, mas todas as doenças era conseqüência direta de alteraçõescelulares. Para Virchow as doenças se relacionam diretamente com a célula.
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Alfred Pischinger 1899-1983
• O Sistema de Regulação Basal, denominado SRB
• A substância básica
• Todo o corpo funciona por meiodeste sistema regulador
• Publicado em alemão e 1975(depois de mais de 20 anosde investigação)
O prof. Alfred Pischinger foi diretor do Instituto Anatômico da Universidade deViena. Foi a pai da substância básica da MEC e a descobriu como uma
substância similar a um gel amorfo que ocupa todo o entorno extra-celular.Posteriormente chamou-se de sistema regulador da substância básica (SRB)toda a estrutura que rodeia a célula. Descobriu a estrutura anatômica destesistema de intercâmbio.
É evidente que Pischinger é um gênio não reconhecido na medicinaconvencional. Embora boa parte de sua investigação seja aceita na medicinaconvencional, raras vezes menciona-se seu nome na bibliografia científica. É umconhecimento básico para a formação em medicina complementar.
Seu livro “Matriz e regulação da matriz” é um trabalho padrão na literatura sobrea MEC..
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Sistema Básico ou MEC
• Alfred Pischinger
• Sistema da homeostase, Sistema de Biorregulação Básico,sistema vegetativo
• Todo o conceito de espaço extra-vascular e extra-celular com amatriz extra-celular, as células de suporte, as terminaçõesnervosas livres, os capilares e os imunócitos
O termo sistema básico foi utilizado pela primeira vez pelo prof. A. Pischinger. Éum sistema de homeostase.
Pode-se definir a homeostase como a capacidade de um organismo de regularseu próprio meio interno. As sutis regulações ou ajustes sobre o equilíbrio dahomeostase realizam-se mediante múltiplas interações entre os diferentessistemas reguladores. O conceito do Sistema de Biorregulação Básico (SBRB, éum termo mais funcional estrutural para referir-se à MEC ou ao sistema básico),encontra sua origem nesta homeostase.
Os componentes da MEC estão descritos nos slides anteriores a conferência.
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Sistema básico ou MEC: algumas características
• 20% da massa corporal
• Ponto de ajuste do potencial elétrico: 240 µV
• Auto-regenerada pelos fibroblastos
• Campo de ação da maioria dos processos reguladoresdo corpo
• Campo de batalha do sistema de defesa inespecífico
• Entorno direto da célula
Diferentes autores estimam que a MEC corresponde a 20% de nossa massacorporal. Desta forma torna-se o maior órgão do corpo. Em relação com a
qualidade de vida da célula, também é o principal órgão protetor.
O potencial elétrico da MEC em repouso é de 240µV e pode se modificar emfunção de diferentes parâmetros como a acidez, o estresse, a inflamação, amedicação...
Se a matriz lesionar-se, será regenerada principalmente por fibroblastos.
A MEC é o principal campo de ação dos processos reguladores do corpo. Está
cercada pelas células e tem uma interação mútua.
Pode-se dizer que a qualidade de vida depende em grande parte da pureza damatriz extra-celular.
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Sistema básico ou MEC: funções
Função:
• Função transmissora: o material, a energia e a informaçãodevem passar através do sistema básico
• Funções vitais básicas: oxigênio, eletrólitos, pH...
• Sistema de defesa inespecífico
O sistema básico é uma zona de transição e a principal função deste sistema é atransmissão de todo tipo de informação mediante substâncias mensageiras
(citocinas, hormônios, neurotransmissores...), potencial elétrico e impulsoselétricos.
A regulação se produz ao nível do sistema básico para otimizar as funções vitais.Regula-se o valor do pH, a extravasão e a absorção de eletrólitos regulam oestado eletrolítico do líquido intersticial, se transmite o oxigênio à célula e seretira o CO2, os nutrientes chegam à célula e se eliminam os produtos finais...
Durante todas estas atividades de transição o sistema de defesa inespecífico“controla” o passo de substâncias e, se a quantidade de homotoxinas estádesencadeando uma reação de defesa maior, colocará em marcha uma reaçãoinflamatória. A presença do sistema de defesa inespecífico ao nível da MEC éessencial para a vida. Normalmente os macrófagos, os neutrófilos e outrosfagócitos eliminarão a maior parte das substâncias indesejadas, embora sepudesse ativar uma mobilização geral das defesas se encontrasse um elementotóxico em quantidade excessiva. Além dos fagócitos, no sistema básico tambémexistem mastócitos. A liberação de histamina e de fosfolipídeos é essencial paraa cadeia da inflamação. Também existem células citotóxicas (linfócitos Tc) elinfócitos citolíticos naturais (linfócitos NK) para eliminar as células aberrantes ouas células intoxicadas ou lesionadas no nível intra-celular.
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Célula d
parênquimade um órgão
Substância
básica
Membrana
basal
Axó n
Colágeno
Mastócito
Biorritmo
Elastina
Fibroblasto
Axó n
Capilar
Endocrinio SNC
Célula
de defesa
Sistema básico
ou
MEC
H. Heine
As setas da imagem mostram o grande número de interações que se produzemao nível da MEC. Nem todas as interações se produzem entre as células dos
órgãos e os sistemas. Também atuam entre si os sistemas com as células.
Já foi analisada a via de transmissão dos nutrientes dos capilares a célula e dosprodutos finais da célula até a corrente sanguínea ou o sistema linfático. Outravia é a informação das células aos nervos e vice-versa.
A difusão de mensageiros da corrente sanguínea pode ativar nervos, células dedefesa e fibroblastos e por sua vez está influenciada pelo sistema endócrinomediante a liberação de hormônios. Os biorritmos influirão no sistema nervoso,que por sua vez influirá sobre os próprios biorritmos, o sistema endócrino e todoo sistema nervoso. Os fibroblastos geram a matriz de proteoglucanos e reparamo colágeno lesionado.
Por último, embora não menos importante, as células atuam entre si de modoque todas as células de um órgão atuem como uma “equipe” para cumprir afunção do órgão, ou pode-se ir além: todas as células do organismo atuam pormeio da MEC, em conjunto, e aparecem como uma unidade viva.
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Sinônimos da MEC
• O terreno: Claude Bernard
• O mesênquima: termo habitual antigo
• Tecido conectivo: termo habitual antigo (histológico) semnenhum valor fisiológico
• O Sistema Regulador Basal (SRB): Pischinger
• O Sistema Biorregulador Básico (SBRB): Lamers, Van Wijke Linnemans
• A Matriz extra-celular (MEC): termo atual
• A Matriz Viviente: novo termo em medicina complementar
graças ao trabalho de James Oschman
Na literatura utilizam-se muitos sinônimos para referir-se ao mesmo sistema. Defato, matriz extra-celular (MEC) é o único termo científico correto. Os outros
termos que se mencionam no slide acima são sinônimos que são utilizados poralguns autores. Embora SBRB seja o termo mais correto para definir eestabelecer a função da MEC utiliza-se pouco e de alguma maneira não é aceitointernacionalmente.
MEC é o termo atual e deve-se utilizar de maneira generalizada.
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Hartmut Heinenascido em 1941
• Histólogo
• Preparação histológica de um pontode acupuntura (1987)
• Investigação adicional sobre a MEC,especialmente os proteoglucanos eos glucosaminoglucanos
• Investigação básica sobre os processosde auto-regulação da MEC
• Reação de assistência imunológicacomo possível mecanismo subjacenteaos medicamentos anti-homotóxicos (RAI)
O histólogo alemão prof. H. Heine tem realizado muitas investigações científicasem medicina biológica. Foi o primeiro a descobrir um ponto de acupuntura do
ponto de vista histológico depois de algumas observações microscópicas depreparações histológicas. Tem contribuído para a medicina complementar comum amplo conhecimento da estrutura microscópica da MEC, que tem descritocom detalhes em diferentes publicações.
Graças ao trabalho de Heine conhecemos melhor os processos reguladores daMEC.
No processo inflamatório foi demonstrado que em cultivos de sangue total,microdoses de material orgânico (plantas, extratos de órgãos suínos) podemativar uma reação de assistência imunológica. Mediante a formação de epitoposnos linfócitos Th-3 reguladores, se inibem os linfócitos proinflamatórios Th-1 eTh-2 pela liberação de TGF-β
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James L. Oschman
• Doutor em biofísica e biologia
• Investigação em diferentes universidades
• Investigação em profundidade sobrepeculiaridades da matriz, maisprecisamente os aspectos energéticos
• Investigação moderna sobre a matrizviviente e sua base científica em medicinacomplementar holística
Oschman tem formação acadêmica em terapias alternativas para realizar suasexplorações. Tem títulos em biofísica pela Universidade de Pittsburg. Tem
trabalhado nos principais laboratórios de pesquisa de todo o mundo. Os mesmosincluem a Universidade de Cambridge na Inglaterra, a Case-Western ReserveUniversity de Cleveland, Ohio, a Universidade de Copenhagem, a NorthwesternUniversity de Evanston, Illinois, onde fez parte do corpo docente, e o LaboratórioBiológico da Marina de Woods Hole, onde foi cientista modelo. Seus muitostrabalhos científicos têm sido publicados nas principais revistas do mundo.
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James L. Oschman
a. Aprisionamento mecánico
b. União iônica
c. União relacionada coma hidrofilia
Segundo Oschman, os materiais tóxicos (íons, moléculas, grupos de moléculas)podem ficar aprisionados na matriz de 3 formas. Por matriz entende-se como asmatrizes extra-celular, citoplasmática e nuclear, que formam um tecidointerconectado continuamente e que se estende por todo o corpo. A acumulaçãode tóxicos compromete o funcionamento deste sistema. A função depraticamente todos os sistemas fisiológicos melhorarão pela eliminação dotóxico.
Na ilustração, (a) refere-se ao encarceramento mecânico, (b) refere-se à uniãoiônica às cargas das superfícies da matriz, e (c) refere-se à união hidrófoba ehidrófila (por exemplo, adesão a matriz de moléculas não carregadas).
Oschman utiliza uma toxina com carga positiva em B, como um cátion. Issoporque a matriz (o gel de hialurano) tem uma carga predominantementenegativa. O hialurano tem várias propriedades notáveis que são importantes:
-regula a divisão e o movimento celular;
-peso molecular 3-4 milhões
•enrolado de maneira aleatória
•rígido devido aos enlaces em H
•uma grande esfera hidratada com um raio de 200 nm
•abundantes cargas fixas muito negativas
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James L. Oschman
• Matriz extra-celular
• Matriz intra-celular (citoesqueletoe outras estructuras)
• Matriz nuclear
J. Oschman
Segundo Oschman, a matriz vivente está presente em 3 níveis, que seconfundem entre si. Está no entorno da célula, denominado matriz extra-celular,
cheio de colágeno, elastina, proteoglucanos e glucosaminoglucanos. Está namatriz intra-celular, que representa o citoesqueleto. E finalmente, no centro dacélula, está a matriz nuclear.
Embora a maioria das toxinas esteja presente e se armazene na matriz extra-celular, sua influência com freqüência é intra-celular e nuclear. Por este motivonão podemos considerar que a matriz extra-celular é um estrutura interativa einformativa autônoma e isolada, mas temos que focar nas interações entre osdiferentes “níveis” da matriz na matriz vivente.
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James Oschman: condução no tecido conectivo
• As proteínas atuan como semiconductores cristalinos
• O movimiento gera piezoelectricidad
• Em qualquer momento todas as células estão unidas entre sie se comunicam entre si
Oschman: “Devido à piezoelectricidade, qualquer movimento do corpo, qualquerpressão e qualquer tensão em qualquer localização, gera diversos sinais
oscilatórios e microcorrentes. Se as partes do organismo desempenham suafunção de maneira cooperativa e coordenada e todas as células sabem o queestão fazendo todas as outras células, isso se deve às propriedades decontinuidade e de sinalização do tecido conectivo”.
A acupuntura, a osteopatía, o Reiki, a massagem, todos estes métodos exercemseu efeito curativo por meio da matriz vivente. Também os anti-homotóxicosutilizam as funções de sinalização da matriz vivente para criar saúde em umorganismo desregulado ou intoxicado.
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3. A Matriz intra-celular
ADN
Matriznuclear
Citoesqueleto
O citoesqueleto é exclusivo das células eucariotas. É uma estruturatridimensional dinâmica que ocupa o citoplasma. Esta estrutura atua como
músculo e como esqueleto, para o movimento e a estabilidade. As longas fibrasde citoesqueleto são polímeros de sub-unidades. Os principais tipos de fibrasque formam o citoesqueleto são microfilamentos, microtúbulos e filamentosintermediários.
Também aqui a fina estrutura tridimensional atua como um sistema decomunicação e condução. A mínima modificação extra-celular de potencialelétrico poderia ser um desencadeante de contração de citoesqueleto. Aintoxicação extra-celular pode-se comunicar às estruturas celulares maisprofundas e ao contrário, a disfunção pode-se comunicar ao entorno celular
direto e inclusive a qualquer outra célula do organismo.
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4. A Matriz nuclear
ADN
Matriznuclear
Citoesqueleto
A matriz nuclear é a rede de fibras que se encontra em todo o interior do núcleode uma célula. Embora haja debate sobre a função exata da matriz nuclear,
existem hipóteses muito úteis de que participa na regulação da função celular.
A matriz nuclear está conectada com a matriz intra-celular nas 3 dimensões eportanto, pode reagir a impulso externos de diferentes tipos (químicos, elétricos,...).
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Conclusão (1)
• A MEC é a área transmissora e a principal área de ação dosmediadores no corpo humano
• Faz parte da matriz viviente e não debe ser vista como umsistema de comunicação separado
• É o terreno em que o organismo maneja as homotoxinas nasvias da inflamação ou de armazenamento
• La MEC garante a qualidade de vida da célula e, portanto, écrucial para a função dos órgãos.
Desta conferência deve-se extrair:
1. A MEC é a área de transmissão para muitas substâncias que viajam dacorrente sanguínea até a célula e vice-versa. Também é o principal campo deinteração entre os diferentes sistemas reguladores.
2. A MEC também é a principal zona na qual se armazenam as homotoxinas(fase de deposição) ou na qual se eliminarão mediante os processosinflamatórios (fase de inflamação).
3. Como micro entorno direto da célula a MEC garante, em condições normais,a qualidade de vida da célula. Portanto, a MEC é crucial para a sobrevivênciacelular e é o principal campo de ação para os tratamentos médicosbiológicos. Na MEC as homotoxinas presentes armazenadas alterarão emmaior ou menor grau a função celular, e, portanto, devem ser evitadas emqualquer momento para manter o organismo em um estado de completasaúde.
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Conclusão (2)
• A disfunção da MEC finalmente produzirá disfunção da célula
• A saúde e a qualidade de vida dos pacientes se relacionamdiretamente com a pureza e a eficiência dos processosreguladores da matriz viviente. As doenças crônicas são aconsequência da imposibilidade persistente do organismo demanejar de maneira adequada as toxinas da MEC
Desta conferência deve-se recordar:
4. Qualquer disfunção da regulação ao nível da MEC finalmente alterará ouinfluirá sobre a função celular de maneira negativa. As terapias reguladorasintervêm ao nível dos sistemas autorreguladores e tentam restaurar asituação harmoniosa de uma boa homeostase e de comunicações interativasentre os sistemas e as células, e isso é multi direcional.
5. As terapias de drenagem se dirigirão para a pureza da MEC porque apresença de homotoxinas a longo prazo induzirá patologias degenerativascrônicas nas quais as principais características são a disfunção celular e amorte celular.
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Bibliografia
• Kompendium der Regulationspathologie und -therapie, F. Perger 1990,ISBN 3-87758-071-8
• The Molecular Basis of the Cell, B. Albert e cols., ISBN 08 153 4072 9• Homotoxicology and Ground Regulation System, H. Heine 2000, Aurelia Verlag
• Matrix and Matrix Regulation, A. Pischinger, 1995, Haug Verlag• Basic Histology, L.C. Junqueira, 10th edition, 2002, Appleton & Lange• Inflammation means healing, B. Van Brandt, 3th edition, 2004,
Inspiration• Comper WD, Laurent TC, 1978. Physiological function of connective
tissue polysaccharides. Physiol Rev. Jan;58(1):255-315•
Oschman J., 2000. Energy Medicine: the scientific basis, HarcourtBrace/Churchill, Livingstone, Edinburgh
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Dados de apoio sobre a histologia damatriz
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Histologia da MEC
Vamos realizar uma análise mais detalhada dos componentes histológicos damatriz extra-celular. Quais são os componentes que a formam?
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Tecido
• Tecido conectivo: órgão incompreendido
• Células dos órgãos
Dois tipos principais de estrutura dependem entre si. O tecido conectivo por umlado, que se encontra no espaço intersticial e as células dos órgãos por outrolado.
Como durante muitos anos explicava-se que o tecido conectivo era umaestrutura unicamente de suporte e união entre os outros tecidos, podemos dizerque durante décadas tem sido um “órgão” incompreendido. Veremos ademaisque na histologia e fisiologia modernas vê-se que o tecido conectivo tem umagrande diferenciação de tarefas. Além da simples função de união, temcapacidade de armazenamento de homotoxinas, forma uma zona de transiçãopara muitos mediadores e para outras substâncias e é um filtro biofísico formadopor uma rede tridimensional fina. Por este motivo em alguns trabalhos europeusutiliza-se o termo Sistema de Biorregulação Básico (SBRB) (Lamers, Linnemans
e Van Wijk) no lugar de tecido conectivo ou MEC.
SBRB
Sistema porque respeita às regras e, portanto é previsível em muitos aspectos.
Bio porque é essencial para a vida e em condições normais se regenera selesionado.
Regulação porque a maioria das interações entre sistemas autorreguladores deproduz neste nível.
Básico porque está presente como um entorno extra-celular para todas ascélulas dos órgãos do corpo.
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Tecido conectivo
• Células específicas
• Matriz extra-celular
No tecido conectivo encontramos células específicas e a estrutura fina da matrizextra-celular.
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Células específicas
• Desenvolvimento embrionáio à partir do mesênquima
• Secreção da matriz extra-celular
As diferentes células específicas (de suporte) se desenvolvem a partir dacamada embrionária mesodérmica, de maneira mais precisa a partir do
mesênquima. Embora sejam ligeiramente diferentes em sua função e em sualocalização no corpo, a principal tarefa destas células segue sendo a mesma: asecreção da matriz extra-celular.
As principais células de suporte são os fibroblastos e os fibrócitos, oscondroblastos e os condrócitos, os osteoblastos e os osteócitos, osmiofibroblastos e os adipócitos.
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Células de suporte
• Fibroblastos e fibrócitos no tecido de suporte fibrocolagenoso
• Os condroblastos e os condrócitos produzem cartilagem, queestá íntimamente associado à estrutura do osso
• Osteoblastos e osteócitos
Os fibroblastos fabricam as fibras estruturais e a substância básica da matrizextra-celular. A substância básica é formada principalmente por proteoglucanos
(PG) e glucosaminoglucanos (GAG). Os fibrócitos são menores (e mais jovens)e são inativos, o que significa que não elaboram fibras estruturais nemsubstância básica.
Os fibroblastos elaboram o colágeno, os glucosaminoglucanos, as fibrasesláticas e os proteoglucanos que se encontram na MEC. Nas pessoas emcrescimento os fibroblastos dividem-se e sintetizam substância básica. Se otecido lesionar-se, se estimularão os fibrócitos e se induzirá a mitose defibroblastos que, mediante a secreção de fibras essenciais e da substânciabásica, tentarão restaurar a situação à saúde.
Os condroblastos formam cartilagem. Os condrócitos são as únicas células quese encontram na cartilagem. Mantém a estrutura da matriz da cartilagem.
Os osteoblastos secretam osteóide, um mix de proteínas que quando semineraliza se converte em osso. Os osteócitos são osteoblastos que estão“aprisionados” na estrutura do osso.
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Células de suporte
• Os miofibroblastos tem características de fibroblastos e decélulas musculares lisas
• Os adipócitos armazenam gordura e participam na regulação datemperatura
Os miofibroblastos são realmente fibroblastos que se diferenciaram a umfenótipo de músculo liso. Os miofibroblastos participam na cicatrização dasferidas de órgãos. Em condições normais desaparecem depois da cicatrizaçãoda ferida mediante apoptose.
Os adipócitos ou células gordurosas armazenam energia em forma de gordura.Também se classificam como células de suporte embora não sejamresponsáveis diretamente pela secreção dos componentes da MEC.
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• Flexibilidade do tecido conectivo
• Fibrilina
• Fibronectina
• Laminina
Proteínas fibrilares
As proteínas fibrilares pequenas como a fibrilina, a fibronectina e a laminina sãopeças importantes para a estrutura da MEC e são responsáveis principalmente
por sua flexibilidade.
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Fibrilina
• Componente das microfibrillas
• Componente importante das fibras elásticas
• 3 tipos
A fibrilina é um componente essencial das fibras elásticas da MEC. A fibrilina éuma glucoproteína.
Têm-se descrito 3 tipos de fibrilina:
•A firbilina 1 é o principal componente das microfibrilas que formam a elastina.
•Pensa-se que a fibrilina 2 participa na elastogenia precoce.
•A fibrilina 3 foi descoberta mais recentemente e encontra-se principalmente noencéfalo.
A síndrome de Marfan é uma desordem do tecido conectivo que se relacionacom a disfunção da fibrilina, de maneira mais precisa da fibrilina 1. a doença estáassociada ao gene FBN1 do cromossomo 15. FBN1 codifica a fibrilina 1.
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Fibronectina
• Adesão entre as células e a MEC
• Pontos de união para colágeno, heparinae moléculas de adesão
A fibronectina une-se a proteínas receptoras da membrana celular e conecta ouune a célula a seu entorno extra-celular. A fibronectina é um componente
adesivo de união entre a célula e as estruturas da MEC. Também é umaglucoproteína, mas de um peso muito maior que a fibrilina. Em combinação comos receptores integrinas, se une a quase todos os componentes do entorno dacélula.
A fibronectina também se encontra em forma solúvel no plasma sanguíneo. Ésecretada pelos hepatócitos do fígado.
A fibronectina é de extrema importância na cicatrização das feridas, inclusivenisso utiliza-se como agente terapêutico.
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Laminina
• Elemento estrutural da membrana basal
• A vitamina C estimula a formação de laminina
O componente estrutural básico da membrana basal é a laminina.
A laminina também é uma glucoproteína que se encontra nas membranas basaisdos seres humanos e da maioria das espécies de animais. Une-se a maioria dasmembranas celulares e também é responsável pela união das células a seuentorno direto, como a membrana basal e outras células. A laminina inibe omovimento das células e é um fator crítico para a manutenção do fenótipotissular.
Algumas formas de distrofia muscular se associam a uma estrutura disfuncionalda laminina 2. A laminina 2 se encontra no encéfalo e nos músculos.
A vitamina C estimula a formação de laminina.