02 - módulo de bibliologia

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Mulo de BIBLIOLOGIA

BIBLIOLOGIA

BLUMENAU - 2011

APOSTILA N 02 SUMRIOREVELAOINSPIRAOILUMINAOAUTORIDADECREDIBILIDADE OU VERACIDADEINERRNCIA OU INFALIBILIDADEAUTENTICIDADE OU GENUINIDADECANONICIDADEANIMAOPRESERVAOINTERPRETAOA BBLIA E SUAS ORIGENS

OS DOIS PROCESSOS

A FORMAO DO CNON DO NT

COMO FOI FORMADO O NT

OS MANUSCRITOS DO NT

AS VERSES DO NT

A LNGUA DO NT

AS ADIES < VOLTAR

I. REVELAO: a operao divina que comunica ao homem fatos que a razo humana insuficiente para conhecer. portanto, a operao divina que comunica a verdade de Deus ao homem (I Co.2:10).

A) Provas da Revelao: O diabo foi o primeiro ser a pr em dvida a existncia da revelao: " assim que Deus disse?" (Gn.3:1). Mas a Bblia a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos: 1) A Indestrutibilidade da Bblia: Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive alm de um quarto de sculo, e uma porcentagem ainda menor dura um sculo, e uma poro quase insignificante dura mil anos. A Bblia, porm, tem sobrevivido em circunstncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclcio decretou que todos os exemplares da Bblia fossem queimados. A Bblia hoje encontrada em mais de mil lnguas e ainda o livro mais lido do mundo. 2) A Natureza da Bblia:a) Ela superior: Ela superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bblia. b) um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupo humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar. c) um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um perodo de 1.600 anos, ela revela ser um livro nico que expressa um s sistema doutrinrio e um s padro moral, coerentes e sem contradies. 3) A Influncia da Bblia: O Alcoro, o Livro dos Mrmons, o Zenda Avesta, os Clssicos de Confcio, todos tiveram influncia no mundo. Estes, porm, conduziram a uma idia apagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignor-los. A Bblia, porm, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na msica, na poltica, na cincia etc. 4) Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presena correspondente, existe comunicao direta de um para o outro, uma revelao de pensamentos e sentimentos. Conseqentemente de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelao direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado Sua imagem, natural supor que o Criador sustente relao pessoal com Suas criaturas racionais. 5) Argumento da Experincia: O homem incapaz por sua prpria fora descobrir que: a) Precisa ser salvo. b) Pode ser salvo. c) Como pode ser salvo. d) Se h salvao. Somente a revelao pode desvendar estes mistrios eternos. A experincia do homem tem demonstrado que a tendncia da natureza humana degenerar-se e seu caminho ascendente se sustm unicamente quando voltado para cima em comunicao direta com a revelao de Deus. 6) Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais prxima do primeiro advento foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da disperso de Israel tambm, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da conquista de Samaria e preservao de Jud (Is.7:6-8; Os.1:6,7; IRs.14:15); do cativeiro babilnico sobre Jud e Jerusalm (Is.39:6; Jr.25:9-12); sobre a destruio final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restaurao de Jerusalm (Jr.29:10-14), etc. 7) Reivindicaes da Prpria Escritura: A prpria Bblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa faz-lo. Encontramos essa reivindicao nas seguintes expresses: "Disse o Senhor a Moiss" (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) "O Senhor quem fala" (Is.1:2); "Disse o Senhor a Isaas" (Is.7:3); "Assim diz o Senhor" (Is.43:1). Outras expresses semelhantes so encontradas: "Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor" (Jr.11:1); "Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez.1:3); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Osias" (Os.1:1); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" (Jl.1:1), etc. Expresses como estas so encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelao de Deus, e essa mesma reivindicao faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2).B) Natureza da Revelao: Deus se revelou de sete modos:1) Atravs da Natureza: (Sl.19:1-6; Rm.l:19-23).2) Atravs da Providncia: A providncia a execuo do programa de Deus das dispensaes em todos os seus detalhes (Gn.48:15;50:20; Rm.8:28; Sm.57:2; Jr.30:11; Is.54:17).3) Atravs da Preservao: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28).4) Atravs de Milagres: (Ex.4:1-9).5) Atravs da Comunicao Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10).6) Atravs da Encarnao: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15).7) Atravs das Escrituras: A Bblia a revelao escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos:a) Ela variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que doutrinrio , devocional, histrico, proftico e prtico.b) Ela parcial: (Dt.29:29).c) Ela completa: Naquilo que j foi revelado (Cl.2:9,10);d) Ela progressiva: (Mc.4:28).e) Ela definitiva: (Jd.3). II. INSPIRAO: a operao divina que influenciou os escritores bblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrev-la com exatido, impedindo-os de cometerem erros e omisses, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalvel, garantindo a exata transferncia da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligvel (ICo.10:13; IITm.3:16; IIPe.1:20,21).

A) Autoria Dual: Com este termo indicamos dois fatos: 1) Autoria Divina: Do lado divino as Escrituras so a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e so a expresso de Sua mente. Em IITm.3:16 encontramos a referncia a Deus: "Toda Escritura divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus) . A referncia aqui ao escrito. 2) Autoria Humana: Do lado humano, certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e pass-la para a forma escrita. Em IIPe.1:21 encontramos a referncia aos homens: "Homens santos de Deus falaram movidos pelo Esprito Santo" (pher = movidos ou conduzidos). A referncia aqui ao escritor. B) Inspirao ou Expirao? A palavra inspirao vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocbulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, no um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espcie de vida divina em palavras humanas. Em IITm.3:16 encontramos o vocbulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a Escritura soprada ou expirada por Deus, e no inspirada como expressa a ARC. As Escrituras so o prprio sopro de Deus, o prprio Deus falando (IISm.23:2). Em IIPe.1:21 este vocbulo se torna mais inadequado ainda, pois a traduo da ARC. transmite a idia de que os homens santos foram inspirados pelo Esprito Santo. O fato que o homem no inspirado, mas a Palavra de Deus que expirada (Compare J.32:8; 33:4; com Ez.36:27; 37:9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porm, apesar de utilizar o termo inspirao em IITm.3:16, usa, com acerto, o verbo mover em IIPe.1:21, como traduo do vocbulo grego pher, que significa exatamente mover ou conduzir. Considerada esta ressalva, no devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilao das Escrituras. Ela prpria reconhece a autoria dual no registro bblico. Em Mt.15:4 est escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moiss quem ordenou. E muitas outras passagens h semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11; Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e no anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que est sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenmeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus tambm usa Satans (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas no retira a responsabilidade do homem (At.5:3,4), como tambm o faz na obra da salvao (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44).C) O Termo Logos: Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo.1:1,14; IJo.1:1;5:7; Ap.19:13). Eles so para Deus o que a expresso para o pensamento e o que a fala para a razo, portanto o Logos de Deus a expresso de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo.14:6 com Jo.17:17). 1) Cristo a Palavra Viva: Cristo o Logos, isto , a fala, a expresso de Deus. 2) A Bblia a Palavra Escrita: A Bblia tambm o Logos de Deus, e assim como em Cristo h dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente. D) Provas da Inspirao: Somos acusados de provar a inspirao pela Bblia e de provar a verdade da Bblia pela inspirao, e, assim, de argumentar num crculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos aceitam: a evidncia. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e ento aceita o seu testemunho. A veracidade das Escrituras estabelecida de vrios modos, e, tendo constatado a sua veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas. As Escrituras afirmam que so inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo mais. 1) O A.T. afirma sua Inspirao: (Dt.4:2,5; IISm.23:2; Is.1:10; Jr.1:2,9; Ez.3:1,4; Os.1:1; Jl.l:1; Am.1:3;3:1; Ob.1:1; Mq.1:1).

2) O N.T. afirma sua Inspirao: (Mt.10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16:13; At.2:33;15:28; ITs.1:5; ICo.2:13; IICo.13:3; IIPe.3:16; ITs.2:13; ICo.14:37).

3) O N.T. afirma a Inspirao do A.T.: (Lc.1:70; At.4:25; Hb.1:1, IItm.3:16; IPe.1:11; IIPe.1:21).

4) A Bblia faz declaraes cientficas descobertas posteriormente: (J.26:7; Sl.135:7; Ec.1:7; Is.40:22).

E) Teorias da Inspirao: Podemos ter revelao sem inspirao (Ap.10:3,4), e podemos ter inspirao sem revelao, como quando os escritores registram o que viram com seus prprios olhos e descobriram pela pesquisa (IJo.1:1-4; Lc.1:1-4). Aqui ns temos a forma e o resultado da inspirao. A forma o mtodo que Deus empregou na inspirao, enquanto que o resultado indica a conseqncia da inspirao. Portanto, as chamadas teorias da intuio, da iluminao, a dinmica e a do ditado, todas descrevem a forma de inspirao, enquanto que a teoria verbal plenria indica o resultado. 1) Teoria da Inspirao Dinmica: Afirma que Deus forneceu a capacidade necessria para a confivel transmisso da verdade que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalveis em questes de f e prtica, mas no nas coisas que no so de natureza imediatamente religiosa, isto , a inspirao atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinrios, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Ela no explica como os escritores bblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentena, e serem rebaixados a um nvel inferior ao relatarem um fato de modo natural. Ela no fornece a psicologia daquele estado de esprito que deveria envolver os escritores bblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matrias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da histria. Ela no analisa a relao existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados. Ela no distingue entre coisas que so essenciais f e pratica e quelas que no so. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria. 2) Teoria do Ditado ou Mecnica: Afirma que os escritores bblicos foram meros instrumentos (amanuenses), no seres cujas personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dico e o vocabulrio do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm.9:1-3; IIPe.3:15,16). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ao para a sua autoria, escrevendo com seus prprios sentimentos, estilo e vocabulrio, mas garantiu a exatido da mensagem suprema com tanta perfeio como se ela tivesse sido ditada por Deus. No h nenhuma insinuao de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem alm daquela que Moiss transcreveu no monte santo, pois Deus usa e no anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana. 3) Teoria da Inspirao Natural ou Intuio: Afirma que a inspirao simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, msicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, tambm em relao as Escrituras houve homens excepcionais com viso espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras. Esta a noo mais baixa de inspirao, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos. 4) Teoria da Inspirao Mstica ou Iluminao: Afirma que inspirao so simplesmente uma intensificao e elevao das percepes religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminao at certo ponto, mas alguns tm mais do que outros. Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristo em qualquer tempo, atravs da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspirao "um despertamento e excitamento da conscincia religiosa, diferente em grau e no em espcie da inspirao piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong. 5) Inspirao dos Conceitos e no das Palavras: Esta teoria pressupe pensamentos parte das palavras, atravs da qual Deus teria transmitido idias mas deixou o autor humano livre para express-las em sua prpria linguagem. Mas idias no so transferveis por nenhum outro modo alm das palavras. Esta teoria ignora a importncia das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens bblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua fora e valor. O estudo exegtico das Escrituras nas lnguas originais um estudo de palavras, para que o conceito possa ser alcanado atravs das palavras, e no para que palavras sem importncia representem um conceito. A Bblia sempre enfatiza suas palavras e no um simples conceito (ICo.2:13; Jo.6:63;17:8; Ex.20:1; Gl.3:16). 6) Graus de Inspirao: Afirma que h inspirao em trs graus. Sugesto, direo, elevao, superintendncia, orientao e revelao direta, so palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que algumas partes da Bblia so mais inspiradas do que outras. Embora ela reconhea as duas autorias, d margem a especulao fantasiosa. 7) Inspirao Verbal Plenria: o poder inexplicado do Esprito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orient-los (conduzi-los) na transcrio do registro bblico, quer seja atravs de observaes pessoais, fontes orais ou verbais, ou atravs de revelao divina direta, preservando-os de erros e omisses, abrangendo as palavras em gnero, nmero, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrncia das Escrituras, e dando ela autoridade divina.a) Observao Pessoal: (IJo.1:1-4).b) Fonte Oral: (Lc.l:1-4).c) Fonte Verbal: (At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1).d) Revelao Divina Direta: ( Ap.1:1-ll; Gl.1:12).e) Gnero: (Gn.3:15).f) Nmero: (Gl.3:16).g) Tempo: (Ef.4:30; Cl.3:13).h) Modo: (Ef.4:30; Cl.3:13).i) Voz: (Ef.5:18)j) Explicao dos itens e,f,g,h,i: A inspirao verbal plenria fica assim estabelecida. Em Gn.3:15 o pronome hebraico est no gnero masculino, pois se refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferir a cabea...). Em Gl.3:16 Paulo faz citao de um substantivo hebraico que est no singular, fazendo, tambm, referncia exclusiva a Cristo. Em Ef.4:30 e Cl.3:13 o verbo perdoar encontra-se, no grego, no modo particpio e no tempo presente, o que significa que o perdo judicial de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa vida, abrangendo o perdo dos pecados do passado, do presente, e do futuro (IJo.1:9 trata do perdo do pecado domstico e no do judicial). Jesus Cristo reconheceu a inspirao verbal plenria quando declarou que nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei(Mt.5:18 e Lc.16:l7).C) O Termo Logos - Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo.1:1,14; IJo.1:1;5:7; Ap.19:13). Eles so para Deus o que a expresso para o pensamento e o que a fala para a razo, portanto o Logos de Deus a expresso de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo.14:6 com Jo.17:17). 1) Cristo a Palavra Viva: Cristo o Logos, isto , a fala, a expresso de Deus. 2) A Bblia a Palavra Escrita: A Bblia tambm o Logos de Deus, e assim como em Cristo h dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente.

III. ILUMINAO: a influncia ou ministrio do Esprito Santo que capacita todos os que esto num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (I Cor.2:12; Lc.24:32,45; IJo.2:27).A iluminao no inclui a responsabilidade de acrescentar algo s Escrituras (revelao) e nem inclui uma transmisso infalvel na linguagem (inspirao) daquele que o Esprito Santo ensina.A iluminao diferenciada da revelao e da inspirao no fato de ser prometida a todos os crentes, pois no depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Esprito Santo. Alm disso, a iluminao admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef.1:16-18; 4:23; Cl.1:9). A iluminao no se limita a questes comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (ICo.2:10) porque o Mestre Divino est no corao do crente e, portanto, ele no houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o corao so sobrenaturalmente despertados de dentro (ICo.2:16). Este despertamento do Esprito pode ser prejudicado pelo pecado, pois dito que o cristo que espiritual discerne todas as coisas (ICo.2:15), ao passo que aquele que carnal no pode receber as verdades mais profundas de Deus que so comparadas ao alimento slido (ICo.2:15;3:1-3; Hb.5:12-14).

A iluminao, a inspirao e a revelao esto estritamente ligadas, porm podem ser independentes, pois h inspirao sem revelao (Lc.1:1-3; IJo.1:1-4); inspirao com revelao (Ap.1:1-11); inspirao sem iluminao (IPe.1:10-12); iluminao sem inspirao (Ef.1:18) e sem revelao (ICo.2:12; Jd.3); revelao sem iluminao (IPe.1:10-12) e sem inspirao (Ap.10:3,4; Ex.20:1-22). E digno de nota que encontramos estes trs ministrios do Esprito Santo mencionados em uma s passagem (ICo.2:9-13); a revelao no versculo 10; a iluminao no versculo 12 e a inspirao no versculo 13.

IV. AUTORIDADE: Dizemos que a bblia um livro que tem autoridade porque ela tem influncia, prestgio e credibilidade (quanto a pureza na transcrio ou traduo), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalvel e autorizada.A autoridade est vinculada a inspirao, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bblia no se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bblico possui autoridade; por ser cannico determinado livro bblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informaes bblicas possuem autoridade, sejam histricas, geogrficas ou cientficas. Entretanto, nem tudo aquilo que inspirado autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedncia, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus o Autor da Bblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que est registrado na Bblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satans disse para Eva foi registrado por inspirao, mas no a verdade (Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusaes que Elifaz fez contra J (J.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declaraes representam o pensamento de Deus ou procedem dEle (procedem apenas por inspirao), e por isso no tm autoridade. Um texto tambm perde sua autoridade quando retirado de seu contexto e lhe atribudo um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda so inspiradas, mas o novo significado no tem autoridade.

V. CREDIBILIDADE OU VERACIDADE: Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles so; e quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso credibilidade relaciona-se ao contedo do livro (original), e a pureza do texto atual (cpia ou traduo). Por exemplo, as palavras de Satans em Gn.3:4,5 so inspiradas, mas no possuem autoridade, porque no verdade, porm tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrio) porque foram registradas exatamente como Satans disse. A veracidade das palavras de Satans no se relacionam ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou. A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por trs fatos:

1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verdico. Ele endossou grande nmero de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criao do universo por Deus (Mc.3:19), a criao do homem (Mt.19:4,5), a existncia de Satans (Jo.8:44), o dilvio (Lc.17:26,27), a destruio de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelao de Deus a Moiss na sara (Mc.12:26), a ddiva do man (Jo.6:32), a experincia de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e no podia se acomodar a idias errneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso. 2) Prova Arqueolgica e Histrica:

a) Arqueolgica: Atravs da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 no pode mais ser posta em dvida, j que as inscries no Vale do Eufrates "mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bblia como tendo participado desta expedio no so, como era dito displicentemente, invenes etnolgicas, mas sim personagens histricos reais. Anrafel identificado como o Hamurbi cujo maravilhoso cdigo de leis foi to recentemente descoberto por De Morgan em Susa". (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos Verdade das Escrituras).As tbuas Nuzi esclarecem a ao de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo).Os hierglifos egpcios indicam que a escrita j era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abrao (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento).A arqueologia tambm confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisria dos Monumentos).Muitas outras confirmaes da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses so suficientes e devem servir como aviso aos descrentes com relao s coisas para as quais ainda no temos confirmao; podemos encontr-la a qualquer hora. b) Histrica: A histria fornece muitas provas da exatido das descries bblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Sria (IIRs.17:3-6). A histria mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele mencionado pelo nome apenas uma vez na Bblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) so mais considerados como personagens fictcios. 3) As Escrituras possuem Integridade:

a) Integridade Topogrfica e Geogrfica: As descobertas arqueolgicas provam que os povos, lnguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras so encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstncias geogrficas exatas descritas na Bblia. b) Integridade Etnolgica ou Racial: Todas as afirmaes bblicas sobre raas tem sido demonstrada como corretas com os fatos etnolgicos revelados pela arqueologia. c) Integridade Cronolgica: A identificao bblica de povos, lugares e acontecimentos com o perodo de sua ocorrncia corroborada pela cronologia Sria e pelos fatos revelados pela arqueologia. d) Integridade Histrica: O registro dos nomes e ttulos dos reis est em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueolgicas.e) Integridade Cannica: A aceitao pela igreja em toda a era crist, dos livros includos nas Escrituras que hoje possumos, representa o endosso de sua integridade.Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bblia como a possumos hoje, j existia h 400 anos passados.Quando essas Bblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse nmero sem dvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao texto sua pureza original, e fornecem proteo contra corrupes futuras (Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32).Enquanto a integridade cannica da Bblia se baseia em mais de 2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente so aceitos sem contestao, baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares.As quatro Bblias mais antigas do mundo, datadas entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bblia como a possumos atualmente. B) Credibilidade do N.T.: Estabelecida por cinco fatos:

1) Escritores Competentes: Possuam as qualificaes necessrias, receberam investidura do Esprito Santo e assim escreveram no somente guiados pela memria, apresentaes de testemunho oral e escrito, e discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo Esprito Santo. 2) Escritores Honestos: O tom moral de seus escritos, sua preocupao com a verdade, e a circunstncia de seus registros indicam que no eram enganadores intencionais mais sim homens honestos. O seu testemunho ps em perigo seus interesses materiais, posio social, e suas prprias vidas. Por que razes inventariam uma estria que condena a hipocrisia e so contrrias a suas crenas herdadas, pagando com suas prprias vidas?3) Harmonia do N.T.: Os sinpticos no se contradizem, mas suplementam um ao outro. Os vinte e sete livros do N.T. apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra. 4) Prova Histrica e Arqueolgica: a) Histrica: O recenseamento quando Quirino era Governador da Sria (Lc.2:2), os atos de Herodes o Grande (Mt.2:16-18), de Herodes Antipas (Mt.14:1-12), de Agripa I (At.12:1), de Glio (At.18;12-17), de Agripa II (At.25:13-26:32) etc.b) Arqueolgica: As descobertas arqueolgicas confirmam a veracidade do N.T. Quirino (Lc.2:2) foi Governador da Sria duas vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas se refere ao segundo perodo.Lisnias, o Tetrarca mencionado em uma inscrio no local de Abilene na poca a que Lucas se refere.Uma inscrio em Listra registra a dedicao da esttua Zeus (Jpiter) e Hermes (Mercrio), o que mostra que esses deuses eram colocados no mesmo nvel, no culto local, conforme descrito em At.14:12.Uma inscrio de Pafos faz referncia ao Proconsul Paulo, identificado como Sergio Paulo (At.13:7). VI. INERRNCIA OU INFALIBILIDADE: Inerrncia significa que a verdade transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, no expressam erro algum. A inspirao garante a inerrncia da Bblia. Inerrncia no significa que os escritores no tinham faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepes errneas acerca de muitas coisas, mas no as ensinaram; por exemplo, quanto terra, s estrelas, s leis naturais, geografia, vida poltica e social etc.Tambm no significa que no se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele no possa ser mal compreendido.A inerrncia no nega a flexibilidade da linguagem como veculo de comunicao. muitas vezes difcil transmitir com exatido um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa de possvel variao no sentido das palavras. A Bblia vem de Deus. Ser que Deus nos deu um livro de instruo religiosa repleto de erros? Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelao, perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sano do seu nome a algo que no seja a expresso exata da verdade?. Diz-se que a Bblia parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se parcialmente falsa, como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela parcialmente verdadeira e parcialmente falsa, ento a vida e a morte esto a depender de um processo de separao entre o certo e o errado, que o homem no pode realizar. Cristo declara que a incredulidade ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus no pode castigar o homem por descrer no que no verdadeiro (Sl.119:140,142; Mt.5:18; Jo.10:35; Jo.17:17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bblia, geralmente esto prontos a confiar na falibilidade de suas prprias opinies. Como exemplo de opinio falvel encontramos aqueles que atribuem erro passagem de IRs.7:23 onde lemos que o mar de fundio tinha dez cvados de dimetro de uma borda at a outra, ao passo que um cordo de trinta cvados o cingia em redor. Sendo assim, tem-se dito que a Bblia faz o valor do Pi ser 3 em vez de 3,1416. Mas uma vez que no sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como parece sugerir o versculo seguinte (v.24) no podemos chegar a uma concluso definitiva, e devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor. Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrncia da Bblia, encontra-se em ICo.10:8 onde lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm.25:9 diz que morreram 24.000. Acontece que em Nmeros ns temos o nmero total dos mortos, ao passo que em I aos Corntios ns temos o nmero parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versculos 9 e 10, dever contabilizar o total de 24.000.A inerrncia no abrange as cpias dos manuscritos, mas atinge somente os autgrafos, isto , os originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos: A) Erros Involuntrios: Cometidos pelos escribas do N.T. devido a sua falta ou defeito de viso, defeitos de audio ou falhas mentais. 1) Falhas de Viso: Em Rm.6:5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas h alguns que trazem alla (porm). Os dois lambdas juntos deram ao copista a idia de um mi. Em At.15:40 onde h eplexamenoc (tendo escolhido) aparece no Cdice Beza epdexamenoc (tendo recebido) onde o lambda maisculo confundido com um delta maisculo.H tambm confuso de slabas, como o caso de ITm.3:16 onde o manuscrito D traz homologoumen s (ns confessamos que) em vez de homologoumens (sem dvida).O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) facilitado pelo homoioteleuton, que o final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que so duas linhas com o mesmo incio.O Cdice Vaticano, em Jo.17:15, no contm as palavras entre parnteses: "No rogo que os tires do (mundo, mas que os guardes do) maligno". Consultando o N.T. grego veremos que as duas linhas terminavam de maneira idntica, em autos ek tou, no manuscrito que o escriba de B copiava. Lc.18:39 no aparece nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de frase igual na sentena anterior no manuscrito do qual eles se derivam.O Cdice Laudiano tem um exemplo no versculo 4 do Captulo 2 do livro de Atos: "Et repleti sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto", sendo este em caso de adio, chamado ditografia, que a repetio de uma letra, slaba ou palavras.2) Falhas de Audio: Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto sagrado. Desse modo o ouvido traa o escriba at mesmo quando o copista solitrio ditava a si prprio. Em Rm.5:1 encontramos um destes casos, onde as variantes echmen e echomen foram confundidas. IPe.2:3 tambm apresenta um caso semelhante com as variantes cristos (Cristo) e crestos (gentil), esta ltima encontrada nos manuscritos K e L.No grego coin as vogais e ditongos pronunciavam-se de modo igual dentro das respectivas classes. o caso de ICo.15:54 onde o termo nikos (vitria), foi confundido por neikos (conflito), sendo que aparece em P46 e B como "tragada foi a morte no conflito".Em Ap.15:6 onde se l "vestidos de linho puro" a palavra grega linon substituda por lithon nos manuscritos A e C "vestidos de pedra pura". Desse modo uma s letra que o ouvido menos apurado no entendeu direito e que produziu completa mudana de sentido, torna-se erro grosseiro e hilariante. 3) Falhas da Mente: Quando a mente do escriba o traa, chegava a cometer erros que variavam desde a substituio de sinnimos, como o caso da preposio ek por apo, at a transposio de letras dentro de uma palavra, como o caso de Jo.5:39, onde Jesus disse "porque elas do testemunho de mim" (ai marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu "porque elas pecam a respeito de mim" (hamartanousai).B) Erros Intencionais: Erros que no se originaram de negligncia ou distrao dos escribas, mas antes de suspeita de alterao, principalmente doutrinria.1) Harmonizao: Ao copiar os sinpticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. E o caso de Mt.12:13 onde se l "...estende a tua mo. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra". Em alguns manuscritos de Marcos o texto pra em "restaurada", sendo que em outros o escriba acrescentou as palavras "como a outra" para harmoniz-lo com Mateus. Outro tipo de harmonizao ocorre quando os escribas faziam o texto do N.T. conformar-se com o A.T. Por exemplo, em Mc.1:1 os escribas do W e Bizantinos mudaram "no profeta Isaias" para "nos profetas" porque verificaram que a citao no s de Isaias.2) Correes Doutrinrias: Certo escriba, copiando Mt.24:36 omitiu as palavras "nem o Filho", pois o escriba sabia que Jesus era onisciente, e deduziu que algum havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino).Os manuscritos da Velha Latina e da Verso Gtica apresentam como acrscimo, em Lc.1:3, a frase "e ao Esprito Santo" como "emprstimo" de At.15:28.3) Correes Exegticas: Passagens de difcil interpretao eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu sentido atravs de interpolao e supresses.Um caso de interpolao encontra-se em Mt.26:15 onde as palavras "trinta moedas de prata" foram alteradas para "trinta estateres" nos MSS D, a e b, afim de definir o tipo de moeda mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os dois textos, juntaram-no produzindo a frase "trinta estateres de prata".4) Acrscimos Naturais ou de Notas Marginais: Determinado leitor do Cdice 1518 anotou nas margens de Tg.1:5 a expresso geumatiks kai ouk anthrpines (espiritual e no humana). Quando este Cdice foi copiado, o escriba do manuscritos 603 incluiu esta expresso no texto: "Se algum de vs tem falta de sabedoria espiritual e no humana, pea-a a Deus...". VII. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE: Dizemos que um livro genuno ou autntico quando ele escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome ele leva, ou, se annimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradio antiga o atribui, ou, se no for atribudo a algum autor ou autores especficos, poca que a tradio lhe atribui. O Credo Apostlico no genuno porque no foi composto pelos apstolos. As Viagens de Gulliver genuno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictcios. Atos de Paulo no genuno, pois foi escrito por um sacerdote contemporneo de Tertuliano. Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e poca do livro, e todos os livros da Bblia possuem autenticidade comprovada pela tradio histrica e pela arqueologia (Gl.6:11; Cl.4:18).

VIII. CANONICIDADE: Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padres" determinados e fixos, os livros includos nelas so considerados partes integrantes de uma revelao completa e divina, a qual, portanto, autorizada e obrigatria em relao f e prtica.A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap.21:15); da tomou o sentido de norma, padro ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16). A) A fonte da Canonizao: A Canonizao de um livro da Bblia no significa que a nao judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade cannica; antes significa que sua autoridade, j tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi conseqentemente reconhecida como pertencente ao cnon e assim declarado pela nao judaica e pela igreja crist. B) O Critrio Cannico (do Novo Testamento): Adotam-se 5 critrios cannicos. 1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apstolos (imprimatur apostlico).2) Universalidade: Quando era impossvel demonstrar a autenticidade apostlica, o critrio de uso e circulao do livro na comunidade crist universal era considerado para sua aferio cannica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur.3) Contedo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer fico que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitvel.4) Inspirao: O livro deveria possuir evidncias de inspirao.5) Leitura em Pblico: Nenhum livro seria admitido para leitura pblica na igreja se no possusse caractersticas prprias. Muitos livros eram bons e agradveis para leitura particular, mas no podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. a esta leitura que Paulo exorta Timteo a praticar (ITm.4:13). C) Concluso da Canonizao (do Novo Testamento)1) Conclio Damasino de Roma em 382 d.C.2) Conclio de Cartago em 397 d.C. IX. ANIMAO: o poder inerente Palavra de Deus para transmitir vitalidade ou vida ao ser humano. O Sl.19:7 diz que "a lei do Senhor perfeita, e restaura a alma..." e no versculo 8 diz que "os preceitos do Senhor so retos, e alegram o corao..."Somente algo que tem vida pode transmitir vida, e por isso mesmo somente a Bblia, e nenhum outro livro pode faz-lo, pois a Bblia sendo a Palavra de Deus viva: "A Palavra de Deus viva e eficaz, e mais cortante do que espada alguma de dois gumes, e penetra at a diviso da alma e do esprito e das juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenes do corao"(Hb.4:12). A) A Palavra de Deus Viva: O elemento da vida que aqui se declara mais do que aquilo que agora tem autoridade em contraste com o que j se tornou letra morta; mais do que alguma coisa que fornece nutrio. Mas as Escrituras so vivas porque o hlito (esprito) do Deus Vivo (Jo.6:63; J 33:4). Assim tanto a Palavra Escrita (Logos) como a Palavra Falada (rma) so possuidoras de vida. No h diferena essencial entre elas, pois so apenas duas formas diferentes dela existir. O trecho de Hb.4:12 diz que a Palavra de Deus viva, e eficaz, cortante, penetra e discerne.Em IPe.1:23 lemos que a Palavra de Deus vive e permanece para sempre. Assim a Palavra de Deus possui vida eternamente (Sl.19:9;119:160). B) A Palavra de Deus Eficaz: A palavra grega usada neste trecho energs de onde temos a palavra energia. Trata-se da energia que a vida vital fornece. Por isso a Palavra de Deus comparada a uma poderosa espada de dois gumes com poder para cortar, penetrar e discernir. Quando o Esprito Santo empunha a Sua espada (Ef.6:17) uma energia liberada dela para animar e realizar o seu propsito (Is.55:10,11). E com este poder inerente Palavra de Deus que o Esprito Santo convence os contradizentes (Jo.16:8; ICo.2:4) porque a Palavra de Deus como uma dinamite com poder (dinamos, Rm.1:16) para salvar e destruir (IICo.10:4,5;IICo.2:14,17; IJo.2:14; Jr.23:24).A Palavra de Deus como um nutriente alimento que fornece foras (IPe.2:2; Mt.4:4). Paulo escrevendo aos tessalonicenses revela sua gratido a Deus por haverem eles recebido a Palavra de Deus a qual estava operando (energizando) eficazmente neles (ITs.2:13). Paulo conhecia o poder da Palavra de Deus, por isso recomendou aos ancios da igreja que a observassem porque ela "tem poder para edificar e dar herana entre todos os que so santificados" (At.20:32; Jo.5:39).1) eficaz na regenerao: Comparada com a "gua" (Jo.3:5; Ef.5:26), a Palavra de Deus tem poder para regenerar, pois ela coopera com o E.S. na realizao do novo nascimento (IPe.1:23; Tt.3:5; Jo.15:3; Ez.36:25-27; Jo.6:63; Tg.1:18,21; ICo.4:15; Rm.1:16).2) eficaz na santificao: A Palavra de Deus tem poder para santificar (Jo.17:17; Ef.5:26; Ez.36:25,27; IIPe.1:4; Sl.37:31;119:11). Com efeito, a santificao pela f (At.15:9 e 26:18) e a f vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm.10:17).3) eficaz na edificao: A Palavra de Deus tem poder para edificar (IPe.2:2; At.20:32; IIPe.3:18). X. PRESERVAO: a operao divina que garante a permanncia da Palavra Escrita, com base na aliana que Deus fez acerca de Sua Palavra Eterna (Sl.119:89,152; Mt.24:35; IPe.1:23; Jo.10:35).Os cus e a terra passaro (Hb.12:26,27; IIPe.3:10) mas a Palavra de Deus permanecer (Mt.24:35; Hb.12:28; Is.40:8; IIPe.1:19).A preservao das Escrituras, como o cuidado divino para a sua criao e formao do cnon, no foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma promessa divina. A Bblia eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que Jeov tenha dito pode ser removida ou abalada; nem uma vrgula ou um ponto do testemunho divino pode passar at que seja cumprido. "Quando pensamos no fato da Bblia ter sido objeto especial de infindvel perseguio, a maravilha da sua sobrevivncia se transforma em milagre... Por dois mil anos, o dio do homem pela Bblia tem sido persistente, determinado, incansvel e assassino. Todo esforo possvel tem sido feito para corroer a f na inspirao e autoridade da Bblia, e inmeras operaes tm sido levadas a efeito para faz-la desaparecer. Decretos imperiais tm sido passados ordenando que todas as cpias existentes da Bblia fossem destrudas, e quando essa medida no conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cpia das Escrituras fosse morta." (Arthur W. Pink. The Divine Inspiration of the Bible = A Inspirao Divina da Bblia). A Bblia permanece at hoje porque o prprio Deus tem se empenhado em preserv-la. Quando o rei Jeoiaquim queimou um rolo das Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que rescrevesse as palavras que haviam sido queimadas (Jr.36:27,28), e ainda determinou maldies sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus (Jr.36:29,31). Ademais Deus acrescentou ao segundo rolo outras palavras que no se encontravam no primeiro (Jr.36:32), pois a Palavra de Deus sempre h de prevalecer sobre a palavra do homem (Jr.44:17,28; At.19:19,20).Deve ficar esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra inspirada, aquilo que deve ser considerado como revelao de Deus, e por isso mesmo no foi preservado e no faz parte do Cnon Sagrado (ICr.29:29; IICr.9:29;12:15;13:22;20:34; IICr.24:27;26:22;33:19). Em IICo.7:8 Paulo faz meno a uma segunda carta que no consta do Novo Testamento, sendo que a segunda carta de Corntios que temos na nossa Bblia, provavelmente deveria ser a terceira.Hoje a estratgia de Satans sobre a Palavra de Deus diferente, pois j que ele no consegue destru-la, procura desacredit-la (negando sua inspirao) e corromp-la com interpretaes pervertidas da verdade (ITm.4:1,2; IITs.2:9-12). A ns pois, como igreja, cabe a responsabilidade de defender e preservar a verdade (ITm.3:15) com o mesmo anseio que caracterizava a vida de Paulo (Fp.1:7,16).

XI. INTERPRETAO: a elucidao ou explicao do sentido das palavras ou frases de um texto, para torn-los compreensivos. A cincia da interpretao designada hermenutica, e, em razo de sua abrangncia, requer um estudo especial separado da Bibliologia.XII. A BBLIA E SUAS ORIGENSQuais foram os caminhos que as Escrituras que temos por Sagradas percorreram at chegarem s nossas mos? Quais foram os meios e formas utilizadas por Deus para transmitir, preservar e guardar as Escrituras? uma histria emocionante e rica em detalhes, cujo fim ns conhecemos: vem abenoando, salvando, curando, transformando milhes de vidas pelos sculos a fio! Conheamos um pouco desta fascinante histria!

A inspirao da escritura se encontra em primeiro lugar nos manuscritos originais Como poderemos conhecer Deus, ou saber sua vontade para nossas vidas? Isso no possvel, a menos que Ele prprio se revele a ns! Se Ele prprio no nos informa, nunca poderemos saber com certeza as respostas s perguntas que a ns, como seres humanos, mais nos importam. Aqui importante ressaltar que a Bblia se nos apresenta como sendo a revelao escrita de Deus. Pretende ser o livro no qual Deus nos d as respostas s grandes perguntas que preocupam a nossa alma, questes que toda a sabedoria e a cincia dos homens incompetente para solucionar com qualquer grau de certeza. A Bblia declara acerca de si mesma que a revelao especial de Deus; temos, portanto de reconhecer que reivindica ser o verdadeiro tipo de fonte de onde se deriva um conhecimento de verdade religiosa digno de confiana. Chega s nossas mos com a assero que as palavras vm do prprio Deus: "Assim diz o Senhor". Se Deus existe, e se preocupa pela nossa salvao, esta a nica maneira (fora de uma revelao divina direta a cada indivduo de cada gerao sucessiva) que poderia, de maneira certeira, transmitir esse conhecimento para ns. Tem de ser atravs de algum registro escrito, exatamente aquilo que a Bblia segundo seu prprio testemunho2. A inspirao que defendemos das palavras originais, hebraicas, e gregas, escritas pelos profetas e apstolos.1) No h dvida que h algumas outras escrituras religiosas que fazem a mesma reivindicao acerca de si mesmas, tais como o Coro e o Livro de Mrmon. Deve-se reconhecer, porm, que estes documentos no possuem as credenciais que autenticam a Bblia como registro verdadeiro da revelao divina. Mais notadamente falta-lhes a validez que se comprova pela profecia anterior a seu subseqente cumprimento, e pela presena em todas as suas partes do Redentor humano e divino. O Livro do Mrmon enfraquecido pelas muitas inconsistncias e inexatides; o Coro, que alegadamente foi ditado por um arqutipo coeterno com Al, exibe no somente os mais estranhveis erros histricos, mas tambm pontos de vista mutveis dum autor humano (Maom), luz dos acontecimentos do seu dia. No h comparao entre a Bblia e estes livros quando se trata da grandeza e da clareza dos pensamentos que transmite, e do poder que exibe ao penetrar na alma humana com conseqncias que transformam vidas.

2) O que se pode dizer acerca da tradio oral? No h a possibilidade de a verdade infalvel de Deus ter sido transmitida de boca em boca durante sucessivas geraes? Sim, pode ter acontecido assim, e no h dvida que algumas pores da Bblia foram conservadas assim at chegar sua forma autoritativa e final, por escrito. Mas a tradio oral necessariamente instvel de natureza e sujeita a alteraes por causa do fator subjetivo: a memria incerta do guardio daquela tradio. O legado de f foi transmitido oralmente durante milnios desde Ado at Moiss, na sua maior parte, mas a forma final escrita, lavrada por Moiss, deve ter sido especialmente supervisionada pelo Esprito Santo, para assegurar a sua divina veracidade. As prprias Escrituras do considervel nfase ao seu estado escrito, e raramente imputa divina veracidade a mera tradio oral. Embora seja verdade que as palavras pronunciadas por Moiss, os profetas, Jesus e os apstolos fossem divinamente autorizadas desde o momento de terem sido pronunciadas, no havia outra maneira de conserv-las com exatido a no ser pela escriturao (i.., registrando-as por escrito sob a orientao do Esprito Santo).

3) "Desde o comeo, embora creiamos que na Galilia e entre os seus ntimos nosso Senhor falava em aramaico, e embora saibamos que algumas de suas ltimas palavras na cruz foram pronunciadas naquela lngua, no seu ensino pblico, suas discusses com os fariseus e sua fala com Pncio Pilatos, foram realizadas principalmente em grego".

XIII. OS DOIS PROCESSOS

Deve-se notar que h dois processos:

I -Transmisso das EscriturasII -Traduo das Escrituras I - A Transmisso Podemos ver a providncia de Deus na Transmisso do Texto. O fato que as Escrituras que possumos no so manuscritos originais, at so cpias das cpias, e muitas vezes estes documentos que possumos diferem entre si. Ser que podemos confiar no texto? Podemos confiar na inerrncia dum texto que at tem corrupes? Se Deus tomou o cuidado de garantir a inerrncia do texto original, porque permitiu que sofresse corrupo? Vamos ver a evidncia, duma maneira bem resumida, rapidamente. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos longos do Velho Testamento, datam de 850 depois de Cristo. Existem, porm partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo sculo da era crist. Porm, em 1947, a maior descoberta foram os manuscritos do Mar Morto, quando uma cpia completa de Isaas, fragmentos de Gnesis, Levtico, Deuteronmio e Juzes foram encontrados. Estes manuscritos datam do sculo 1 ou 2 no mximo. Temos evidncia indireta que vem da verso grega do Velho Testamento, a Septuaginta, que vem do 3 sculo AC, e o Pentateuco Samaritano, do 4 sculo, possivelmente. H diferenas entre este texto e o texto hebraico, mas, so de pouca importncia. Existe uma verso chamada a Hexapla de Orignes que consistia de seis colunas paralelas, das quais a primeira dava o texto hebraico e a segunda a sua transliterao para caracteres gregos. A verso siraca era usada pela Igreja na Sria, e desde o sculo nono de nossa era vem sendo conhecida como Pesita (em siraco, pshitt) ou traduo "simples". Alm disso, existem os Targuns, e outras fontes, que no mencionamos. Temos os Cdices - O Vaticano (325-350) tem a maior parte do Novo Testamento, alm do Velho Testamento. O Cdice Sinatico (375-400) que tem o Novo Testamento completo, mas falta partes do Velho Testamento. O Cdice Alexandrino (450 DC) que s tem o Novo Testamento. As Verses Latinas - A mais antiga a Verso do Latim, Antigo de Utala, (cerca de 200 DC), que era a traduo da Septuaginta. A Vulgata de Jernimo (390-405 DC) uma traduo primeiramente da Septuaginta e finalmente do hebraico. Existem tambm outras verses como a Siraca do sculo 2 ou 3. A Cptica do 2 sculo, Etipica do sculo 4 e a Armnia do 5 sculo DC.Fizemos um estudo bem resumido, e escolhemos apenas algumas fontes para revelar o fato que a nossa herana riqussima; e no estamos confiando em apenas um ou dois manuscritos, mas em muitos documentos, que reunidos e comparados no revelam nada que exigiria a modificao da doutrina crist. No caso de Novo Testamento, h na atualidade, cerca de 4.000 manuscritos gregos que contm o Novo Testamento no todo ou em parte. Quando comparamos a situao do Novo Testamento, com a matria de evidncias manuscritas para outras obras de Antigidade, vemos quo rico o Novo Testamento. Das Guerras Gaulesas de Csar, escrito entre 58 a 50 AC, existem vrios manuscritos, mas apenas nove ou dez so valiosos, e o mais antigo data de 900 anos aps o guerreiro. Dos 142 livros da Histria Romana de Lvio (59 AC a 17 DC), sobrevivem apenas 35 estes nos so conhecidos a base de no mais de vinte manuscritos de algum valor, e apenas um fragmento que vem do sculo 4. Dos 14 livros da Histria de Tcito (cerca de 100 AD), apenas quatro e meio sobrevivem, dos 16 livros dos seus Anais, restam 10 completos e 2 fragmentos. O texto destas pores remanescentes das duas grandes obras histricas dependem inteiramente de dois manuscritos, um do sculo 9 e outro do sculo 11. Vamos ver o veredicto pronunciado por Sir Frederic Kenyon estudioso cuja autoridade para emitir juzos quanto a manuscritos antigos, no havia superior: "O intervalo ento entre as datas da composio original, a mais antiga evidncia existente, se tornaro to reduzido, de sorte a ser praticamente desprezvel, e o derradeiro fundamento para qualquer dvida de que nos hajam as Escrituras chegado s mos substancialmente como foram escritas, agora no mais persiste. Tanto a autenticidade quanto a integridade geral dos livros do Novo Testamento se podem considerar como firmados de modo absoluto e final" - The Bible and Archeology.II - TraduoTemos o problema da transferncia de pensamento duma linguagem original para uma secundria. O problema a verificao, ser que o pensamento original foi transferido com exatido? Podemos dizer que tantas so as precaues tomadas, que a traduo fiel da Bblia em qualquer lngua pode ser considerada como a Palavra de Deus. lgico que quando se faz a traduo de qualquer palavra em qualquer idioma, perde-se a "fora" original do termo na lngua me. Isso ocorre tambm porque existem expresses que chamamos de "expresses idiomticas" que caracterizam pocas e tempos contendo um significado prprio por causa de seu contexto. Por isso to importante conhecermos os termos (ou expresses) idiomticas e seus significados originais para podermos, atravs deles compreender o contexto daquilo que dito. XIV. A FORMAO DO CNON DO VELHO TESTAMENTO

Quais so os livros que pertencem ao Cnon do Velho Testamento? Por que s os 39? A Igreja Catlica Romana, desde o Conclio de Trento, (1546), tem recebido outros livros como cannicos. Estes so 14 apcrifos, que vem do adjetivo grego "apokriphos" (ocultos). Estes livros so: 1 e 2 Esdras, Tobias, Judite, Adies a Ester, Orao de Manasses, Epstola de Jeremias, Livro de Baruque, Eclesistico, Sabedoria de Salomo, 1 e 2 Macabeus, Adies a Daniel, que inclui a Orao de Azarias, o Cntico dos Trs Hebreus e Bel e o Drago. Vamos examinar o contedo e origem destes livros duma maneira bem resumida, depois verificar porque no foram aceitos pela Igreja.

A) O CONTEDO DOS APCRIFOS Os Apcrifos: esta a denominao que comumente se d aos 14 livros contidos em algumas Bblias, entre os dois Testamentos. Originaram-se do terceiro ao primeiro sculo AC. a maioria dos quais de autor incerto, e foram adicionados a Septuaginta, traduo grega do Velho Testamento, feita naquele perodo. No foram escritos no hebraico do Velho Testamento. Foram produzidos depois de haver cessado as profecias, orculos e a revelao direta do Velho Testamento, Josefo rejeitou-os totalmente. Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras hebraicas. Nunca foram citadas por Jesus, nem por ningum mais no Novo Testamento. No foram reconhecidos pela Igreja Primitiva como de autoridade cannica, nem de inspirao divina. Quando se traduziu a Bblia para o latim, no segundo sculo A.D. seu Velho Testamento foi traduzido, no o Velho Testamento hebraico, mas da verso grega da Septuaginta do Velho Testamento. Da Septuaginta esses livros apcrifos foram levados para a traduo latina; e da para a Vulgata, que veio a ser a verso comumente usada na Europa Ocidental at o tempo da Reforma. Os protestantes baseando seu movimento na autoridade divina da Palavra de Deus rejeitaram logo esses livros apcrifos como no fazendo parte dessa Palavra, assim como a Igreja Primitiva e os hebreus antigos fizeram. A Igreja romana, entretanto, no Conclio de Trento em 1546 A.D. realizado para deter o movimento protestante, declarou cannicos tais livros, que ainda figuram na verso de Matos Soares, etc... (Bblia Catlica Romana).

B) O VALOR DOS APCRIFOS No podemos dizer que esses livros no tm nenhum valor, pois no seria verdade. Tem valor, mas no como as Escrituras. So livros de grande Antigidade e valor real. Do mesmo modo que os manuscritos do Mar Morto so monumentos atividade literria dos judeus, estes tambm so. Em parte, preenchem a lacuna histrica entre Malaquias e Mateus, e ilustram a situao religiosa do povo de Deus naquela poca.

C) PORQUE NO FORAM ACEITOS NO CNON DO VELHO TESTAMENTO? 1) Nenhum dos livros foi encontrado dentro do cnon hebraico. Um estudo da histria do Cnon dos judeus da Palestina revela uma ausncia completa de referncias aos livros apcrifos. Josefo, diz que os profetas escreveram desde os dias de Moiss at Artaxerxes, tambm diz, e verdade que a nossa histria tem sido escrita desde Artaxerxes, no foi to estimada como autoritativa como a anterior dos nossos pais, porque no houve uma sucesso de profetas desde aquela poca. O Talmude, fala assim: "Depois dos ltimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Esprito Santo deixou Israel". No constam no texto dos massoretas (copistas judeus da maior fidelidade) entregar tudo o que consideravam cannico nas Escrituras do Velho Testamento. Nem to pouco parece ter havido "Targuns" (parfrases ou comentrios judaicos da Antigidade) ligado a eles. Para os judeus, os livros considerados "inspirados" so os 39 que hoje conhecemos como Velho Testamento. Eles os possuem numa ordem diferente da nossa por causa da forma pela qual dividem os livros 2) Todos estes livros foram escritos depois da poca quando a profecia cessou em Israel, e no declaram ser mensagem de Deus ao homem. Fora dois deles, Eclesistico e Baruque, os livros so annimos, e no caso de Eclesistico, o autor no se diz profeta, nem asseverou que escreveu sob a inspirao de Deus. O livro de Baruque que se diz ser escrito pelo secretrio de Jeremias, no pode ser aceito como genuno, pois contradiz o relato bblico. Os livros de Macabeus no tm nenhuma pretenso para autoria proftica. Mas registra detalhes sobre as guerras de independncia em 165 A.C. quando os cinco irmos macabeus lutaram contra os exrcitos da Sria. I Macabeus geralmente considerado como de maior valor histrico do que o II. 3) O nvel moral de muitos destes livros bastante baixo. So cheios de erros histricos e cronolgicos, por exemplo, Baruque 1.1, diz que ele est na Babilnia, enquanto Jeremias 43.6, diz que ele est no Egito. Baruque diz que os utenslios do templo foram devolvidos da Babilnia, enquanto Esdras e Neemias revelam o contrrio. Baruque cita uma data errada para Beltesazar e diz que o cativeiro era de sete geraes 6.3, o que contradiz as profecias de Jeremias e o cumprimento de Esdras. Tobias e Judite esto cheios de erros geogrficos, cronolgicos e histricos. Tobias 1.4,5 contradiz 14.11. Mentiras, assassinatos e decepes so apoiados. Judite um exemplo. Temos suicdios (4.10), encantamentos, magia e salvao pelas obras (Tobias 12.9; Judite 9.10,13).

4) No foram includos no Cnon at o fim do 4 sculo. Como j observamos os livros apcrifos, no foram includos no cnon hebraico. Os livros apcrifos foram includos na Septuaginta, a verso grega do Velho Testamento e que no de origem hebraica, mas de Alexandria, que uma traduo do hebraico. Os Cdices Vaticanos, Alexandrinos e Sinaticos, tm apcrifos entre os livros cannicos. Porm temos de notar vrios fatores aqui.

a) Nem todos os livros apcrifos esto presentes nos Cdices e no tem ordem fixa dentro dos Cdices b) Por ser um livro de origem egpcia, pois vem de Alexandria, a Septuaginta no tinha as mesmas salvaguardas contra erros e acrscimos, pois no tinham massoretas orientando a obra com o mesmo cuidado que usaram no texto hebraico.

c) Manuscritos, naquele tempo, ficavam em rolos, no livros e so facilmente misturados, e seria fcil juntar outros que ficaram numa mesma caixa. No caso de guerras ou desastres, estes manuscritos poderiam ser colocados em jarros de barro e lacrados para serem posteriormente reutilizados. Alguns destes jarros foram achados nas cavernas de Qumran com manuscritos que nos ajudaram a confirmar o contedo de nossas Bblias atualmente, alm de revelarem uma srie de fatos muito interessantes sobre a vida daquela poca .d) O preo de material para escrever pode influir tambm. No era to fcil calcular o espao necessrio para fazer um livro. Que fariam se cortassem o couro e descobrissem 30 ou 40 pginas de couro sobrando no livro? Naturalmente encheria com contedo devocional. A tendncia seria de misturar livros bons com os cannicos at o ponto que os no cannicos fossem aceitos como cannicos. e) Os livros no cannicos no foram recebidos durante os primeiros quatro (4) sculos. Melito, o bispo de Sardis em 170 D.C., visitou a Judia para verificar o nmero certo de livros do Velho Testamento. A lista que ele fornece, inclui os livros cannicos do Velho Testamento, menos Ester (porque no reconheceu entre os apcrifos) e no incluiu os apcrifos. ORGENES, o erudito do Egito, com uma grande biblioteca, incluiu os 39 livros do Velho Testamento, mas em 22 e seguindo a lista ele fala: "Fora destes temos os livros dos Macabeus". Outros pais da Igreja, como Atansio, Gregrio de Nazianzus de Capadcia, Rufinus da Itlia e Jernimo, nos deixaram com uma lista que concorda com o cnon hebraico.

JERNIMO, que fez a Vulgata, no quis incluir os livros apcrifos por no considera-los inspirados, porm, os fez por obrigao do bispo, no por convico, mesmo assim s traduziu Judite e Tobias, os outros apcrifos foram tirados diretamente dos versos latinos anteriores. Parece que a nica figura da antigidade a favor dos apcrifos era Agostinho, e dois Conclios que ele mesmo dominou (393 e 397). Porm, outros escritos dele (A cidade de Deus) parecem revelar uma distino entre os livros cannicos e os apcrifos (17.24; 18.36,38,42-45).

GREGRIO, O GRANDE, papa em 600 D.C., citando I Macabeus falou que no era um livro cannico, e o cardeal Ximenis no seu poligloto afirma que os livros apcrifos dentro de seu livro, no faziam parte do cnon. Os livros apcrifos no foram aceitos como cannicos at 1546 quando o conclio de Trento decretou: "Este Snodo recebe e venera todos os livros do Velho e Novo Testamento, desde que Deus o autor dos dois, tambm as tradies e aquilo que pertence a f e morais, como sendo ditados pela boca de Cristo, ou pelo Esprito Santo". A lista dos livros que segue inclui os apcrifos e conclui dizendo: "Se algum no receber como Sagrados e cannicos estes livros em todas as partes, como foram lidos na Igreja Catlica, e como esto na Vulgata Latina, e que conscientemente e propositadamente contrariar as tradies j mencionadas, que ele seja antema". Para ns o fator decisivo que Cristo e seus discpulos no os reconheceram como cannicos, pois no foram citados por Cristo nem os outros escritores do Novo Testamento!

XV. O CNON DO NOVO TESTAMENTO

Pelo Cnon do Novo Testamento queremos falar a coleo de 27 livros do Novo Testamento considerados como a norma ou regra de f para a Igreja de Cristo. Surgem logo perguntas a respeito do cnon do Novo Testamento. Como e quando chegaram a ser reconhecidos como livros inspirados? Qual a base para a seleo destes livros e por que rejeitaram outra literatura da igreja daquele tempo? Vamos tentar responder estas perguntas, incluindo: Quando foram escritos estes livros?

A) O CONTEDO DO CNON NEO-TESTAMENTRIO

Como j notamos, o cnon do Novo Testamento tem 27 livros escritos em grego. Os primeiros cinco so de carter histrico, sendo quatro os Evangelhos que contm ditos e feitos de Jesus Cristo, e um o livro de Atos, escrito por Lucas, o autor do terceiro Evangelho. Temos 21 cartas escritas por Paulo, Pedro, Tiago, Judas e possivelmente mais um autor, se Hebreus no paulino, o livro de Apocalipse, escrito por Joo, o mesmo autor de um dos Evangelhos e trs cartas.

B) AS DATAS DESTES LIVROS Segundo a informao dada em Lucas 3.1, o ministrio de Joo Batista que precedeu o incio do ministrio de Jesus Cristo data do 15 ano de Tibrio Csar. Tibrio tornou-se imperador em agosto de 14 A.D., assim o 15 ano comearia em outubro, 27 D.C. Temos trs pscoas mencionadas no evangelho de Joo, se sendo que a terceira foi a Pscoa de 30 D.C., esta sendo a data mais provvel da morte de Cristo na cruz. O Novo Testamento, como conhecido hoje, estava completo por volta do ano 1000 D.C. e a grande parte dos livros j existindo h mais de 40 anos. Pode-se dizer que quase todos os livros foram escritos antes de 70 D.C. XVI. COMO FOI FORMADO?

Evidncia Interna: Isto do prprio Novo Testamento. O fato que a Igreja primitiva recebeu dos judeus a idia de uma regra de f e conduta escrita. Esta idia foi confirmada pelo Senhor Jesus Cristo, e os escritores do Novo Testamento, que sempre se referiam ao Velho Testamento como sendo a palavra de Deus escrita. Sabemos que desde o princpio, a Igreja crist tem aceitado as palavras de Cristo com a mesma autoridade com que aceitaram as palavras do Velho Testamento, e aceitaram no apenas isto, mas declararam os apstolos que o seu prprio ensino, oral e escrito possua autoridade semelhante a do Velho Testamento. Tal era a autoridade de seus escritos, que mandaram que fosse lido publicamente nas Igrejas (I Ts 5.27; Cl 4.16; II Pe 3.1,2). Era, portanto natural que a literatura do Novo Testamento se acrescentasse ao Velho Testamento. No prprio Novo Testamento, pode ser que vejamos o incio deste processo (I Tm 5.18; II Pe 3.1,2 e 15,16). Alm da evidncia interna, temos a evidncia histrica da formao do Cnon do Novo Testamento.

A) O CRITRIO CANNICO

O critrio que a Igreja aplicou como teste de autenticidade era ditado pelas necessidades de fazer face controvrsia com hereges e descrentes. Como veremos a seguir, na seleo do material que iria compor os primeiros escritos, as necessidades missionrias, ao lado das apologticas, o critrio para a seleo de testemunhas, ditos, milagres e parbolas de Jesus que, nos primrdios na nova poca, iriam form-los. Eis alguns critrios de seleo: A apstolicidade A obra em considerao pela Igreja deveria ter sido escrita por um dos doze ou possuir o que se chamaria hoje de imprimatur apostlico. O escrito deveria proceder da pena de um apstolo ou de algum que estivera em contato chegado com apstolo e, quando possvel, produzido a seu pedido ou haver sido especialmente comissionado para faz-lo. Como conseqncia este documento deveria pertencer a um perodo bem remoto. Quanto aos Evangelhos, estes deveriam manter o padro apostlico de doutrinas particularmente com referncia encarnao e ser na realidade um evangelho e no pores de evangelhos, como tantos que circulavam naquele tempo. A circulao e uso do livro So provvel que certos livros houvessem sido aceitos e circulado como autoridade antes mesmo que qualquer relao com apstolo, quer direta, quer indireta, fosse determinada. deste modo que o escrito recebia o imprimatur da prpria comunidade crist universal que o usava. Ortodoxia Este era importante item na escala de padres de aferimento. Percebem-se nos prprios escritos do Novo Testamento, que depois formaram seu cnon, o repdio falsa doutrina e a luta pela preservao da ortodoxia, que em Rm 6.17 chama de "padro de doutrina", ou o que II Tm 1.13 denomina "padro das ss palavras", ou ainda o "deposito de I Tm 6.20. Autoridade diferenciadora Bem cedo, antes mesmo que os Evangelhos fossem mencionados juntos, j os cristos distinguiam livros que eram citados e lidos como tendo autoridade divina e outros que continuavam fora do Novo Testamento. A leitura em pblico Nenhum livro seria admitido para a leitura pblica na Igreja se no possusse caractersticas prprias. Muitos outros livros circulavam quando Mateus comeou a ser usado pelos cristos. Poderiam ser bons e de leitura agradvel, mas s serviam para a a leitura em particular. Havia alguns, e entre eles os Evangelhos de modo restrito e Mateus de modo singular, que se prestavam leitura e ao comentrio perante as congregaes crists, como a Lei e os Profetas nas Sinagogas. o que I Tm 4.13 quer dizer quando Timteo exortado a aplicar-se leitura, isto , "leitura pblica das Escrituras" como sabiamente indica um rodap da ltima reviso de Almeida. B) O PRIMEIRO SCULO D.C. No se sabe quando as palavras do Senhor (At 20.35 e I Co 7.10) foram registradas por escrito pela primeira vez. Porm, em mais ou menos 58 D.C., quando Lucas escreveu seu Evangelho, muitos j haviam empreendido esta tarefa (Lc. 1.1). Pode ser que a Epstola de Paulo aos Glatas fosse escrita to cedo como em 49 D.C. claro que a Epistola foi escrita antes de sua morte em 62 D.C. e as outras Epstolas de Paulo e Pedro, antes da morte deles, na poca de 68 D.C. A maior parte do Novo Testamento j estava escrita antes da queda de Jerusalm em 70 D.C. O Evangelho e as Epstolas de Joo, e o Apocalipse, certamente foram completadas antes do fim do primeiro sculo.C) O CNON DO NOVO TESTAMENTO E OS PAIS DA IGREJA

Escritores "evanglicos" no fim deste mesmo sculo mostram que conheciam os evangelhos e epstolas. A atitude dos cristos em face das normas da doutrina crist que encontramos no fim da poca apostlica (isto , mais ou menos em fins do sculo I d.C.) podem ser encontradas no princpio da era ps-apostlica, principalmente na fase mais antiga dos pais apostlicos.

CLEMENTE, Bispo de Roma - Cerca de 95, escreveu uma carta a Igreja de Corinto, e nesta carta menciona, I Corntios, Efsios, I Timteo, Tito, Tiago, o evangelho de Joo e Hebreus.INCIO, Bispo de Antioquia - Antes de 117, deixou sete cartas e nelas menciona passagens dos evangelhos, especialmente Mateus e Joo e as cartas paulinas, colocando os escritos do Novo Testamento num plano de autoridade superior aos do Velho Testamento, em virtude da clareza de seu testemunho.

INCIO, Bispo de Antioquia - Antes de 117, deixou sete cartas e nelas menciona passagens dos evangelhos, especialmente Mateus e Joo e as cartas paulinas, colocando os escritos do Novo Testamento num plano de autoridade superior aos do Velho Testamento, em virtude da clareza de seu testemunho.

POLICARPO, que conhecia Joo pessoalmente, escreveu uma carta em cerca de 105-108, que menciona cartas de Paulo como autoritativas, principalmente Filipenses, mas revela conhecimento de Mateus, Atos, Romanos, I e II Corntios, Glatas, Efsios, I e II Tessalonicenses, I e II Timteo, I e II Pedro e I Joo. Estes escritores distinguiram claramente entre seus prprios escritos e os escritos dos apstolos, atribuindo a estes ltimos, inspirao e autoridade. Demonstram estes escritores que, mesmo nesta data primitiva, os evangelhos e as epstolas do Novo Testamento, j se achavam em circulao e eram honrados tanto nas igrejas do ocidente como do oriente. 100-150 D.C. - As Escrituras do Novo Testamento lidas nas Igrejas

PAPIAS - Cerca de 140 D.C. testifica que "a voz viva dos presbteros ia sendo substituda pela autoridade da palavra escrita". Nos escritores deste perodo h referncias claras a todos os livros do Novo Testamento, com exceo a 6 ou 7 das epstolas mais curtas; ele atesta a existncia de Mateus e Marcos e o carter apostlico destas obras.

JUSTINO, o Mrtir (148 D.C.) - fala das recordaes dos apstolos e os que seguiam como sendo lidas nas igrejas. Tanto hereges, como cristos ortodoxos, testemunham a sua autoridade, muitas vezes citando o Novo Testamento e acrescentando "como est escrito". 150-200 D.C. - Tradues e comentrios do Novo Testamento Neste perodo a Igreja de Cristo se expandiu e desenvolveu-se. Com a incluso de homens de novas raas e grande capacidade, os eruditos fizeram tradues das Escrituras em outras lnguas. Remontam a este tempo a velha verso latina para o povo da frica do Norte e a verso Siraca para o povo do Oriente Mdio. Comearam a aparecer comentrios. Houve por exemplo, o Comentrio sobre os orculos do Senhor, da autoria de Papias (140). Um comentrio sobre o Apocalipse, da autoria de Melito (165). Pouco depois, Tatio escreveu o DIATESSERON, ou Harmonia dos quatro evangelhos, que se reconheciam como possuidores de autoridade nica. Ao fim do sculo, Clemente de Alexandria escreveu seus Esboos, que um comentrio em 7 volumes sobre os livros do Novo Testamento, que inclua todos os livros do Novo Testamento, mais a epstola de Barnab e o Apocalipse de Pedro (que foram excludos do cnon). 200 - 300 - Colecionam-se e separam-se os livros do Novo Testamento ORGENES, um erudito da poca, era to trabalhador que se diz que empregou 7 estengrafos que revezavam no trabalho de registro do que ditava, alm de 7 copistas e outros que ajudavam na parte de secretaria. Redigiu ele do texto do Novo Testamento, defendeu sua inspirao, escreveu comentrios ou discursos sobre a maioria dos livros.

TERTULIANO (cerca de 200) foi o primeiro a chamar a coleo que temos de "Novo Testamento", assim colocando-a ao mesmo nvel de inspirao como os livros do Velho Testamento. BIBLIOTECAS se formaram em Alexandria, Jerusalm, Cesaria, Antioquia, Roma e ainda outras cidades, das quais a parte mais importante consistia em manuscritos e comentrios das Escrituras. 300 - 400 - O cnon bem estabelecido Vrios fatores contriburam para tornar importante a distino entre livros cannicos e outros livros no cannicos. Alguns dos fatores eram:a) A coleo num s livro dos livros inspirados.

b) Serem reconhecidos estes livros com a autoridade da f crist.

c) O aumento das heresias e falsa doutrina.Antes do fim do quarto sculo, todas as Igrejas tinham reconhecido o cnon do Novo Testamento, como o temos hoje. Eusbio, conta at que ponto o assunto do Cnon chegara a seu tempo (316 d.C.). 1) Aceitos universalmente - Os 4 evangelhos, Atos, Epstolas de Paulo (incluindo Hebreus), I Pedro, I Joo e Apocalipse.

2) Disputado por alguns - Embora admitidos pela maioria e pelo prprio Eusbio, Tiago, II Pedro, II e III Joo, Hebreus e Judas.

3) No genunos - Atos de Paulo, Didache (ensinos dos Apstolos), o Evangelho dos egpcios, o Evangelho de Tom, o Evangelho das basilidas, o Evangelho de Matias e o Pastor de Hermes. No ano de 367, Atansio pela primeira vez apresentou um cnone do Velho e Novo Testamento firmemente circunscritos, dentro do qual eram definidas as classes individuais dos textos e de sua seqncia. Ele designou vinte e sete livros como sendo os nicos realmente cannicos do nosso Novo Testamento; ningum pode acrescentar mais nada a este nmero, bem como ningum pode retirar coisa alguma. O 3 Conclio de Cartago (397) mandou que: "alm das Escrituras cannicas, nada se lesse na igreja sob o ttulo de "Escrituras divinas". A discusso a respeito do cnon nos sculos subseqentes se acalmou, porm, muitos eruditos tm se perguntado a si mesmo porque haveria eles de concordar com a resoluo j feita. Agostinho disse que concordou por causa da natureza dos prprios livros e pela unidade praticamente completa entre os cristos neste assunto. Calvino baseava a sua crena na autoridade desses livros no testemunho do Esprito Santo. Ns aceitamos por todas essas razes, mas principalmente porque j provamos em nossas vidas a veracidade de tudo quilo que est escrito. Quando vivemos pelas Escrituras, descobrimos que elas so suficientes para todas as nossas necessidades, completas em si mesmas. A nica regra de f e prtica.

XVII. OS MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO

Os manuscritos do Novo Testamento podem ser classificados segundo a matria que os compem, ou segundo os caracteres da escrita. Esta classificao ajuda a dat-los. Estes manuscritos so papiros ou pergaminhos.

A) UM PAPIRO - constitudo por tiras de medula do papiro (espcie de cnico com caule triangular, da famlia das ciperceas, da grossura de mais ou menos um brao e de 2,5 m a 5 m de altura), cortadas em finas talas e colocadas em camadas cruzadas, estas tiras formam folhas que so em seguida, fixadas umas aps outras e enroladas em torno de uma vara. O rolo assim formado se chama, em grego, biblos (dai a palavra: Bblia) e pode ter at 10 m de comprimento. Os papiros do Novo Testamento so os mais antigos documentos de base que possumos: em sua maioria datam do sculo III (um papiro descoberto em 1935, deve mesmo ser datado do comeo do 2 sculo). Se bem que nos transmitam apenas fragmentos de textos, estes documentos so testemunhas preciosas do texto, justamente em razo da sua Antigidade. Existem atualmente em nmero de 76, designados nas edies crticas por P1, P2 etc.

B) UM PERGAMINHO - uma pele, ordinariamente de ovelha, cabra ou bezerro, tratada e cortada em folhetos (a palavra "pergaminho" se originaria da cidade de Prgamo): estes so postos um em cima do outro para formar no um rolo, mas um volume (em grego: teuchos) de onde vem a palavra Pentateuco para assinalar os primeiros cinco livros do Velho Testamento). Os pergaminhos, trazendo textos do Novo Testamento, datam somente do sculo IV, no mximo, mas apresentam-nos, geralmente, textos completos do Novo Testamento. O princpio e o fim do texto faltam s vezes, em conseqncia da deteriorao, fcil de imaginar, dos folhetos da capa. Todos estes documentos so escritos em grego mas em um grego que no mais o grego clssico. (Este grego, comumente falado em todo imprio, denominado Koin: lngua comum). Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento so escritos em letra maiscula ou "unciais". Atualmente seu nmero de 252 (excluem-se os achados de Qumran, que ainda no foram reconstitudos totalmente, no se sabendo assim o seu nmero exato). As edies crticas os designam por letras maisculas. Os manuscritos em minsculas (conhecemos hoje 2646) datam no mximo do sculo IV. Entretanto no devem ser negligenciados porque os copistas do sculo IX, X e XI recopiavam possivelmente manuscritos em maisculas muito mais antigos, que no possumos mais. As edies crticas os assinalam por algarismos rabes. Todos estes manuscritos so assaz difceis de ler. As palavras, as frases e os pargrafos no so separados por espao algum, e no encontramos nem acento nem sinal de pontuao. Seis manuscritos em maisculas so muito importantes: o Vaticanos (designados por "B" nas edies crticas), assim chamado porque conservado na biblioteca do Vaticano. Datando do sculo IV, o mais antigo de todos os manuscritos sobre pergaminho. O Sinaticus (designados por "X"), descoberto em um convento do Sinai, no sculo IX, vendido em 1933, pelo governo sovitico ao British Museum em Londres, tambm deve datar do sculo IV.O Alexandrinus (designados por "A"), trazido de Alexandria a Inglaterra no sculo XVIII e igualmente conservado no British Museum, data do sculo V.O Cdex Ephrem (designado por "C"), e uma "palimpsesto", que quer dizer que o texto primitivo, um manuscrito do Novo Testamento datando do sculo V, foi apagado no sculo XII por um copista que se serviu do pergaminho para nele copiar tratados de Ephrem da Sria.

Felizmente, o texto primitivo no desapareceu totalmente e pode ainda ser lido sob o texto medieval por olhos peritos (trabalho penoso, facilitado hoje em dia pelos processos tcnicos modernos). Este manuscrito conservado em Paris, na Biblioteca Nacional. Estes quatro primeiros manuscritos no diferem entre si a no ser por "variantes" de pormenor. Dois outros manuscritos (designados por "D") apresentam, com os quatro precedentes, grande nmero de variantes e particularmente notria. Datam ambos do sculo VI. O primeiro: Cdex Bezae Cantabrigiensis deve seu nome ao fato de ter pertencido, assim como, alis, tambm o segundo, a Theodoro de Beza, amigo de Calvino, e que em 1581, seu proprietrio o ofertou a Cambrige. Escrito sobre duas colunas, a primeira contendo texto grego, a segunda a traduo latina, oferece somente os 4 evangelhos e o livro de Atos dos Apstolos. Hoje em dia, aps os achados do Qumran, existem vrios manuscritos que esto sendo estudados e tambm so apresentados ao pblico em geral. Eles encontram-se em Jerusalm, no Museu do Livro. Ali percebemos o autntico milagre de preservao dos mesmos, pois se encontram alguns inteiros e outros fragmentados de tal forma que preciso "monta-los" como a um quebra-cabeas para descobrir-se de que manuscrito se trata. A cincia tem colaborado muito para desvendar este quebra-cabeas. Os manuscritos so feitos de pele de carneiro, e cada um deles est passando por um teste de DNA. Este teste determina que pedaos pertencem aos manuscritos mais "completos", pois o DNA possui o cdigo gentico de cada animal em particular. Assim torna-se impossvel "juntar" pedaos diferentes!XVIII. AS VERSES DO NOVO TESTAMENTO H importantes tradues do original grego do Novo Testamento para dez idiomas antigos, conforme descrio abaixo: Latim: A tradio latina comeou em cerca de 150 D.C. O "Latim Antigo" (anterior "Vulgata") conta com cerca de 1000 manuscritos. Aps o sculo IV, a verso latina foi padronizada na Vulgata. H cerca de 8000 tradues latinas do tipo Vulgata, pelo que a tradio latina conta com cerca de 10.000 manuscritos conhecidos, ou seja, mais ou menos o dobro dos manuscritos em grego.Siraco: Quanto ao siraco antigo h apenas dois manuscritos, mas revestem-se de grande importncia. Datam dos sculos IV e V. A tradio siraca foi padronizada no Peshitto, do qual h mais de 350 manuscritos do sculo V em diante.

Copta: Esse o Novo Testamento do Egito. H duas variaes desse texto, dependendo de sua localizao geogrfica. O sadico veio do sul do Egito, contando com manuscritos desde o sculo IV. O borico veio do norte do Egito, contando com um manuscrito do sculo IV, mas os demais so de origem bem posterior. Nos sculos depois do sculo IV, os manuscritos coptas foram muito multiplicados, pelo que h inmeras cpias pertencentes esta tradio. Formam um grupo valioso, pois so de carter "alexandrino", concordando com os manuscritos gregos mais antigos e dignos de confiana.

Armnio: Essa tradio comeou no sculo V. Com excesso do latim, h mais manuscritos dessa tradio do que qualquer outra. J foram catalogados 2000 deles. A verso armnia tem vrios representantes do tipo de texto "cesareano", mas muitos pertencem classe bizantina.Gergico: Os georgianos eram um povo da Gergia caucsia, um agreste distrito montanhoso entre os mares Negro e Cspio, que receberam o Evangelho durante a primeira parte do sculo IV. Supomos que a tradio gergica dos manuscritos comeou no muito depois, mas no h quaisquer manuscritos anteriores ao ano de 897. O seu tipo de texto cesareano.Etope: Essa tradio conta com manuscritos datados desde o sculo XIII. H cerca de 1000 desses manuscritos, essencialmente do tipo de texto bizantino.Gtico: Algum tempo depois dos meados do sculo IV, Ulfias, chamado o apstolo dos godos, traduziu a Bblia do grego para o gtico, uma antiga lngua germnica. Agora h apenas fragmentos, do sculo V em diante. So essencialmente do tipo de texto bizantino, com alguma mistura de formas ocidentais. O texto bizantino, entretanto, uma variedade anterior quela que finalmente veio a fazer parte do Textus Receptus. rabe e Persa: Alguns poucos manuscritos tem sido preservados nesses idiomas; mas so de pouca importncia no campo da crtica textual. Quanto verso rabe, os problemas de estudo so complexos e continuam sem soluo, pelo que possvel que ela seja mais importante do que se tem suposto at hoje. XIX. A LNGUA DO NOVO TESTAMENTO No se pode reconstruir o pensamento cristo primitivo se no se der ateno ao estudo acurado da lngua grega durante o primeiro sculo. Os elementos auxiliares aqui indicados visam a uma introduo. O GREGO COIN O grego coin existia lado a lado com a lngua nativa; aquele era um mundo bilnge (talvez trilingue). Jesus e seus discpulos dirigiam-se s multides em grego3, mas certo que tambm utilizavam o aramaico, sua lngua materna em outras ocasies. O coin era a lngua do povo que no teve escola e que no possua dotes literrios. O coin parece ter sido a linguagem da experincia humana, prpria para a boca do homem e mulher comum, cuja lgica se movia em termos, no de argumentos eruditos, mas da metfora colorida e cujas mentes eram ocupadas menos com o significado da vida do que com viv-la. O coin do Novo Testamento no tinha as qualidades artificiais sofisticadas do reavivamento tico, que possua todos os tons da vida do povo em ebulio. Influncias estranhas H no grego do Novo Testamento traos hebraicos inquestionveis. Resultam da influncia do Velho Testamento hebraico e da Septuaginta. Muito da terminologia do Novo Testamento, em seus caractersticos semnticos, s pode ser explicado pelo Velho Testamento. A palavra nomos, no grego clssico significava "estatuto" ou "regra fixa". Se olharmos para a Septuaginta, em que se traduz o hebraico torah, veremos que o judeu helenizado considerava a palavra traduzida para o grego no como um princpio abstrato, mas como a vontade graciosa de um Deus pessoal a seu povo. O verbo metanoew, significava para o grego a mudana de mente ou opinio, mas usado pelos profetas hebreus, por Joo Batista e Jesus, queria dizer completa mudana de carter e disposio, abandono completo da atitude negativa para com Deus e consigo prprio e tomada de outra posio diferente, positiva. Esta mudana de significado alcanada pelo conceito de pecado dos judeus, diferentes dos gregos em tudo. Algumas palavras so resultados de simples transliterao, como: allheluia, amen, golgoqa, satan, libanos, manna, sabaton, etc... Existe ainda a presena de outros elementos estrangeiros, como egpcios (Biblos, sinapi): macednios (parembolh); persas (gaza, sandalion), fencios (arrabwn), etc... A influncia crist na semntica das palavras e na sintaxe do Novo Testamento notvel. Alguns desses novos significados tem um carter tcnico ou ritual: adelfos, para irmos da mesma f; apstolos, no sentido oficial de aggelos; glossa como "dom de lnguas"; iereis como apelativo dos cristos; porfeteuw, como uma funo crist, e outros termos como ekklesia, diakonos, episkopos, etc., que passaram a ter novos significados. Os autores do Novo Testamento deram, em geral, um novo tom a seus vocbulos. Elevaram, espiritualizaram e transfiguraram palavras ento correntes, colocando velhos termos em nova roupagem, acrescentando mais brilho concepes j luminosas. Palavras como agaph, eirhnh, zwe, pistis, swteria, caris, suneidhsis transformaram-se em instrumentos de grande poder a elevar a lngua do Novo Testamento a pedestal de glria que s com o novo movimento poderia alcanar.

Isso nos mostra a diversidade de formas que o Eterno se utilizou para compor o Livro Sagrado, pois foi atravs de aproximadamente 40 homens, em pocas diferentes, utilizando-se de duas lnguas muito ricas em sua terminologia. Assim o Eterno Deus d vazo revelao de Sua Pessoa e de Seus propsitos para que a humanidade possa ento conhec-lo definitivamente como Ele realmente ! Hoje temos nossa disposio todo o conjunto de Escritos Inspirados, o qual chamamos de "Bblia", com um ingrediente que fundamental para ns: tudo reunido e traduzido em nossa prpria lngua! Aqueles que desejam conhecer Deus podem faz-lo adquirindo em qualquer livraria uma Bblia. Esta conduzir o homem de volta at seu Criador e Senhor! S podemos concluir dizendo: esta realmente a Palavra de Deus! XX. AS "ADIES" FEITAS BBLIA A Escritura que possumos hoje um pouco diferente daquela que foi produzida na Antigidade pelos profetas no Velho Testamento e depois pelos apstolos judeus no Novo Testamento. Todas as citaes abaixo no constam do texto original! Vejamos alguns exemplos de adies: 1) - As palavras em itlico: elas no constam no original e servem para complementar o sentido do texto. Seu objetivo enfatizar e firmar algo que est sendo dito. 2) - Palavras entre parntesis: enquanto as palavras adicionais aparecem em itlico em algumas verses, em outras isso ocorre atravs do uso de parntesis. 3) Palavras na margem ou no rodap: determinados trechos ou palavras encontrados ma margem ou no rodap de nossas Bblias so a traduo ou explicao de um texto ou palavra duvidosa. 4) Diviso em captulos e versculos: Isso tambm no existe nos originais. Em alguns casos este tipo de diviso prejudica, pois "quebra" o texto e tira o sentido completo do mesmo, prejudicando assim a sua interpretao. 5) - Diviso do texto em pargrafos: no existe no texto original, embora esta diviso seja muito til para a compreenso da Escritura. 6) - Referncias de rodap: em praticamente todas as Bblias hoje encontramos notas de rodap que correspondem pequenos nmeros que so inseridos no texto bblico. Estes nmeros trazem aquilo que chamamos de "referncias cruzadas", ou seja, outras ocorrncias daquelas palavras ou expresses, o que torna mais fcil encontrarmos determinadas palavras na Bblia. 7) - Verses bblicas: na atualidade temos uma srie muito grande de verses dos textos originais. Isso indica que houveram tradues variadas, algumas vezes adaptando-se a linguagem mais popular, para facilitar o entendimento daqueles que lem. O texto original nico, sem variaes e uniforme! Todos estes fatores nos mostram, mais uma vez, o quanto evoluiu o processo de aprimoramento da Bblia como um livro especial para a humanidade! Isso no significa que no devamos confiar na Bblia, mas sim que precisamos cada vez mais nos aprofundarmos no conhecimento (e relacionamento) com Deus e com sua Palavra, pois ela a nica fonte de informao escrita que temos a respeito dele! Por isso, a Bblia foi e ainda o livro mais lido, conhecido e vendido do mundo. Sua evoluo foi to fantstica quanto a evoluo humana: dos primeiros escritos em pedras e papiros, passando pelas peles de animais, pergaminhos e papel, at finalmente chegar aos nossos dias e ser agora difundida atravs dos bytes da tecnologia! O avano da tecnologia tem permitido que atravs dos bytes da informtica a Palavra de Deus tenha trnsito livre atravs de milhes de computadores, levando pessoas a se renderem aos ps do Senhor Jesus atravs do avano tecnolgico! Deus est se utilizando disso para semear sua Palavra nos quatro cantos da terra! Este ser tambm um dos motivos pelos quais a humanidade no poder dizer: "eu no te conhecia Senhor!" Hoje atravs da Internet temos acesso muitas coisas ruins, mas tambm temos acesso Palavra do Deus Eterno que caminha pela rede mundial trazendo salvao, cura, conhecimento, revelao e mostrando ao mundo que Jesus ainda o Senhor! por isso que lemos na Palavra do Senhor: "Porque a palavra de Deus viva e eficaz, e mais penetrante do que ESPADA alguma de dois gumes, e penetra at diviso da alma e do esprito, e das juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenes do corao" (Hb 4:12). A palavra de Deus a nica que no passar!AVALIAO DO MDULO DE BBLIOLOGIAAluno: TIAGO JACINTO DE OLIVEIRAMatrcula