02 expiação - arbítrio - responsabilidade - e. packer

4
SESSÃO VESPERTINA DE DOMINGO 3 de abril de 1988 Élder Boyd K. Packer Do Quorum dos Doze Apóstolos EXPIAÇÃO, ARBÍTRIO, RESPONSABILIDADE corrupção; pelo vício; pelas matanças, tortura e terror - por tudo o que já foi e por tudo o que será encenado nesta terra. Ao escolher, ele enfrentou o terrível poder do maligno que não estava confinado na carne nem sujeito à dor mortal. Assim foi o Getsêmani! Como a expiação foi obtida, não sabemos. Nenhum mortal observava quando o maligno se afastou e se escondeu, envergonhado, perante a luz daquele ser purificado. Toda a perversidade não conseguia esconder aquela luz. Quando o ato se encerrou, o resgate havia sido pago. Tanto a mqrte quanto o inferno desistiram de suas reivindicações sobre todos os que se arrependessem. Finalmente os homens estavam livres. Nesse momento todas as almas que já viveram puderam escolher tocar essa luz e serem redimidas. Por este sacrifício infinito, através da expiação de Cristo, toda a humanidade poderá ser salva pela obediência às leis e ordenanças do evangelho. A palavra expi~ão tem o significado de: ser um com Deus, reconciliar, conciliar, expiar. Mas sabeis que a palavra expi~ão aparece somente uma vez no Novo Testamento inglês?(N.T. Em português, aparece como reconcili~ão.) Somente uma vez. Faço uma citação da carta de Paulo aos Romanos: "Cristo morreu por nós... ... fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconcili~ão." (Romanos 5:8,10-11; grifo nosso.) Apenas uma única vez a palavra expi~ão aparece no Novo Testamento inglês. Com tantas palavras, justamente Expi~ão! Não era uma palavra desconhecida, pois ela fora usada muitas vezes no Velho Testamento em associação com a lei de Moisés, somente uma vez no Novo Testamento. Acho isso notável. Conheço apenas uma explicação. Procurêmo-la no Livro de Mórmon. julgamento. Pilatos, agora temeroso, disse a Jesus: "Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?" aoão 19:10.) Mal se consegue imaginar a serena majestade quando o Senhor falou. "Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado." aoão 19:11.) O que ocorreu dali em diante veio não porque Pilatos tinha o poder de impô-lo, mas porque o Senhor tinha a vontade de aceitá-lo. "Dou a minha vida", disse o Senhor, "para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la." aoão 10:17-18.) Antes e após a crucificação, muitos homens deram a vida voluntariamente em atos generosos de heroísmo. Nenhum porém enfrentou o que o Cristo suportou. Sobre ele jazia o peso de todas as transgressões e culpa de todos. E no prato da balança estava a Expiação. Por intermédio de seu ato voluntário, a misericórdia e a justiça puderam reconciliar-se, a lei eterna pôde ser amparada, e obtida aquela mediação sem a qual não poderia ser redimido o homem mortal. Ele, de sua livre escolha, aceitou a penalidade por toda a humanidade pela soma total de toda a perversidade e depravação; pela brutalidade, imoralidade, perversão e ((Eternamente e sempre (a Expiação) concede anistia para a transgressão e para a morte se nós apenas nos arrependermos... O arrependimento é a chave com a qual podemos abrir a prisão por dentro... e temos o arbítrio para usá,la. " O Senhor tinha vindo do Getsêmani; sua crucificação o aguardava. No momento da traição, Pedro sacou da espada contra Malco, um servo do sumo sacerdote. Jesus disse: "Mete no seu lugar a tua espada ... Pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?" (Mateus 26:52-53.) Durante todo o escárnio, abuso, os açoites e a tortura final da crucificação, o Senhor permaneceu silencioso e submisso. Exceto, aliás, por um momento intensamente dramático que revela a verdadeira essência da doutrina cristã. Aquele momento surgiu durante o 72

Upload: gigi-sergio

Post on 03-Oct-2015

14 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Qual a nossa responsabilidade perante o arbítrio e expiação de nosso Salvador?

TRANSCRIPT

  • SESSO VESPERTINA DE DOMINGO3 de abril de 1988

    lder Boyd K. PackerDo Quorum dos Doze Apstolos

    EXPIAO, ARBTRIO,RESPONSABILIDADE

    corrupo; pelo vcio; pelasmatanas, tortura e terror - portudo o que j foi e por tudo o queser encenado nesta terra.Ao escolher, ele enfrentou o

    terrvel poder do maligno que noestava confinado na carne nemsujeito dor mortal. Assim foi oGetsmani!Como a expiao foi obtida, no

    sabemos. Nenhum mortal observavaquando o maligno se afastou e seescondeu, envergonhado, perante aluz daquele ser purificado.Toda a perversidade no conseguia

    esconder aquela luz. Quando o atose encerrou, o resgate havia sidopago. Tanto a mqrte quanto oinferno desistiram de suasreivindicaes sobre todos os que searrependessem. Finalmente oshomens estavam livres. Nessemomento todas as almas que jviveram puderam escolher tocar essaluz e serem redimidas.Por este sacrifcio infinito, atravs

    da expiao de Cristo, toda ahumanidade poder ser salva pelaobedincia s leis e ordenanas doevangelho.A palavra expi~o tem o

    significado de: ser um com Deus,reconciliar, conciliar, expiar.Mas sabeis que a palavra expi~o

    aparece somente uma vez no NovoTestamento ingls? (N.T. Emportugus, aparece comoreconcili~o.) Somente uma vez.Fao uma citao da carta de Pauloaos Romanos:"Cristo morreu por ns ...... fomos reconciliados com Deus

    pela morte de seu Filho, muito mais,estando j reconciliados, seremossalvos pela sua vida.E no somente isto, mas tambm

    nos gloriamos em Deus por nossoSenhor Jesus Cristo, pelo qual agoraalcanamos a reconcili~o."(Romanos 5:8,10-11; grifo nosso.)Apenas uma nica vez a palavra

    expi~o aparece no NovoTestamento ingls. Com tantaspalavras, justamente Expi~o! Noera uma palavra desconhecida, poisela fora usada muitas vezes no VelhoTestamento em associao com a leide Moiss, somente uma vez noNovo Testamento. Acho issonotvel.Conheo apenas uma explicao.

    Procurmo-la no Livro de Mrmon.

    julgamento. Pilatos, agora temeroso,disse a Jesus: "No me falas a mim?No sabes tu que tenho poder parate crucificar e tenho poder para tesoltar?" aoo 19:10.)Mal se consegue imaginar a serena

    majestade quando o Senhor falou."Nenhum poder terias contra mim,se de cima te no fosse dado." aoo19:11.)O que ocorreu dali em diante veio

    no porque Pilatos tinha o poder deimp-lo, mas porque o Senhor tinhaa vontade de aceit-lo."Dou a minha vida", disse o

    Senhor, "para tornar a tom-la.Ningum ma tira de mim, mas eu

    de mim mesmo a dou; tenho poderpara a dar e poder para tornar atom-la." aoo 10:17-18.)Antes e aps a crucificao, muitos

    homens deram a vidavoluntariamente em atos generososde herosmo. Nenhum pormenfrentou o que o Cristo suportou.Sobre ele jazia o peso de todas astransgresses e culpa de todos.E no prato da balana estava a

    Expiao. Por intermdio de seu atovoluntrio, a misericrdia e a justiapuderam reconciliar-se, a lei eternapde ser amparada, e obtida aquelamediao sem a qual no poderia serredimido o homem mortal.Ele, de sua livre escolha, aceitou a

    penalidade por toda a humanidadepela soma total de toda aperversidade e depravao; pelabrutalidade, imoralidade, perverso e

    ((Eternamente e sempre (a Expiao) concede anistia

    para a transgresso e para a morte se ns apenas

    nos arrependermos... O arrependimento a chave coma qual podemos abrir a priso por dentro... e temos

    o arbtrio para us,la. "

    OSenhor tinha vindo doGetsmani; sua crucificao oaguardava. No momento da

    traio, Pedro sacou da espadacontra Malco, um servo do sumosacerdote. Jesus disse:"Mete no seu lugar a tua espada ...

    Pensas tu que eu no poderia agoraorar a meu Pai, e que ele no medaria mais de doze legies de anjos?"(Mateus 26:52-53.)Durante todo o escrnio, abuso, os

    aoites e a tortura final dacrucificao, o Senhor permaneceusilencioso e submisso. Exceto, alis,por um momento intensamentedramtico que revela a verdadeiraessncia da doutrina crist. Aquelemomento surgiu durante o

    72

  • Visitantes de muitos pases usaram audiofones para Ottl'ir os disctlrsos da conferncia traduzidos

    para suas lnguas.

    Nfi testemunhou que a Bblia

    certa vez "continha a simplicidade

    do Evangelho do Senhor, do qual os

    Doze Apstolos do testemunho" (l

    Nfi 13:24) e que "depois de

    transmitidas pela mo dos doze

    apstolos do Cordeiro, dos judeus

    aos gentios, vs a fundao de uma

    grande e abominvel igreja, que a

    mais abominvel dentre todas as

    outras igrejas; pois que despojaram o

    evangelho do Cordeiro de muitas

    partes que so claras e sumamente

    preciosas, como tambm de muitos

    dos convnios do Senhor". (l Nfi

    13:26.)

    Jac definiu a grande e abominvel

    igreja, nestas plavras:

    "Portanto, quem lutar contra Sio,

    seja judeu ou gentio, escravo ou

    livre, homem ou mulher, perecer;

    pois que estes so os que constituem

    a prostituta de toda a terra; e os que

    no estiverem comigo estaro contra

    mim, diz o nosso Deus." (2 Nfi

    10: 16.)Nfi disse: "Por causa de haverem

    sido tiradas do livro muitas coisas

    claras e preciosas ... grande nmero

    tropea, e de tal maneira que

    Satans tem grande poder sobre

    eles." (l Nfi 13:29.) Este ento

    profetizou que as coisas preciosas

    seriam restauradas (vide 1 Nfi 13:34-

    -35).E elas foram restauradas. No Livro

    de Mrmon expiar em farma e tempoaparece cinqenta e cinco vezes. Cito

    apenas um versculo de Alma: "E o

    plano da misericrdia no poderia

    ser realizado se no fosse feita uma

    expiao; portanto, Deus prprioexpia os pecados do mundo, paraefetuar o plano da misericrdia,

    satisfazer os requisitos da justia e

    para que Deus seja um Deus perfeito,

    justo e tambm misericordioso."

    (Alma 42: 15; grifo nosso.)

    Uma nica vez no Novo

    Testamento - cinqenta e cinco

    vezes no Livro de Mrmon. Que

    melhor testemunho de que o Livro

    de Mrmon realmente outro

    testamento de Jesus Cristo?

    E no s isso. As palavras expiar,expiao e expia aparecem emDoutrina e Convnios onze vezes e

    em Prola de Grande Vaiar, trs.

    Sessenta e nove referncias de

    importncia transcendental. E no

    s isso! Centenas de outros

    versculos ajudam a explic-la.

    o custo da expiao foi pago peloSenhor sem coao, pois o arbtrio

    um princpio soberano. Segundo o

    plano, deve-se honrar o arb~rio.

    Assim foi desde o incio no Eden.

    O Senhor disse a Enoque: "Eis

    teus irmos; eles so a obra de

    minhas prprias mos, e eu lhes dei

    sabedoria no d,ia em que os criei; e

    no Jardim do Eden dei ao homem o

    livre-arbtrio." (Moiss 7:32.)

    O. que mais que tenha acontecido

    no Eden, em seu supremo momento

    de teste, Ado fez uma escolha.

    Aps o Senhor ordenar a Ado e

    Eva que se multiplicassem e

    enchessem a terra e lhes ordenar que

    no tomassem do fruto da rvore do

    conhecimento do bem e do mal,

    disse ele: "No obstante, poders

    escolher segundo tua vontade,

    porque te dado; mas recorda-te de

    que eu o probo, porque, no dia em

    que dela comeres, por certo

    morrers." (Moiss 3: 17.)

    Havia muita coisa em jogo para se

    introduzir o homem na mortalidade,

    pela fora. Isso iria contrariar a

    prpria lei essencial ao plano. O

    plano prescrevia que cada filho

    espiritual de Deus receberia um

    corpo mortal e cada um seria

    testado. Ado viu que devia ser

    assim e fez sua escolha. "Ado caiu,

    para que os homens existissem; e os

    homens existem, para que tenham

    alegria." (2 Nfi 2:25.)

    Ado e Eva prosseguiram na

    ventura para multiplicar-se e encher

    a terra como lhes havia sido

    ordenado. A criao de seus corpos

    imagem de Deus, como uma criao

    independente, era decisiva para o

    plano. Sua queda subseqente era

    essencial para que existisse a

    condio de mortalidade e o

    prosseguimento do plano.

    Jac descreveu o que aconteceria a

    nosso corpo e.esprito, a menos que

    uma expiao, uma expiao infinita,

    fosse feita. Ns devamos, disse ele,

    ter-nos tornado "demnios" (vide

    2 Nfi 9:7-9).

    Raramente uso a palavra absoluto.Poucas vezes ela se encaixa. Eu a uso

    agora - duas vezes. Devido queda,

    A LIAHONA / ] ULHO DE 1988 73

  • lderes Carlos E. Asay e John H. Groberg do Primeiro Qllonlm dos Serenta.

    a expiao foi absolutamenteessencial para a ressurreio terprosseguimento e para se sobrepujara morte temporal.A expiao foi absolutamente

    essencial para os homens sepurificarem do pecado e sobrepujar asegunda morte, que a morteespiritual, a separao de nosso Paino cu. Pois as escrituras nosrelatam, sete vezes elas relatam, quenenhuma coisa imunda poderentrar na presena de Deus.Aquelas citaes das escrituras,

    "poders escolher segundo tuavontade, porque te dado" (Moiss3:17) apresentam Ado e Eva e todaa sua posteridade a todos os riscos damortalidade. Na mortalidade oshomens so livres para escolher ecada escolha produz umaconseqncia. A escolha que Adofez, fortaleceu a lei da justia, queexigia que o castigo para adesobedincia seria a morte.Mas as palavras ditas durante o

    julgamento: "Nenhum poder teriascontra mim, se de cima te no fossedado" Ooo 19:11), provaram que amisericrdia era de igual categoria.Enviou-se um redentor para saldar odbito e libertar os homens. Esse erao plano.Corinton, filho de Alma, achava

    injusto que as penalidades deviamseguir-se ao pecado, e que deviahaver punio. Numa lio profunda

    74

    Alma ensinou o plano de redeno aseu filho, e da para ns.Alma falou da expiao e disse:

    "Entretanto, o arrependimento nopoderia sobrevir aos homens se nohouvesse uma punio" (Alma42: 16).Se a punio for o preo exigido

    pelo arrependimento, ela tem umpreo irrisrio. As conseqncias,mesmo as dolorosas, nos protegem.Uma coisa to simples como o gestode dor de uma criana quando seudedo toca no fogo, nos ensina isso.Se no fosse pela dor, a crianapoderia ser totalmente queimada.Confesso de bom grado que no

    encontraria paz, nem felicidade nemsegurana em um mundo destitudode arrependimento. No sei o quefaria se no houvesse meios desuprimir meus erros. A agonia seriainsuportvel. Talvez seja diferenteconvosco, mas no comigo.A expiao aconteceu.

    Eternamente e sempre ela concedeanistia para a transgresso e a mortese apenas nos arrependermos. Oarrependimento a condio de~scape em tudo. O arrependimento a chave com a qual poderemos abrira priso por dentro. Temos essachave nas mos e temos o arbtriopara us-la.Como a liberdade divinamente

    preciosa; como o arbtrio humano consumada mente valioso!

    Lcifer, de maneira astuta,manipula nossas escolhas,enganando-nos quanto ao pecado esuas conseqncias. Ele, junto comseus anjos, tentam-nos para sermosindignos, at inquos. Mas ele nopode, em toda a eternidade nopoder, com todo o seu poder nopoder nos destruir completamente;no sem nosso prprioconsentimento. Se o arbtrio tivessechegado at o homem sem aexpiao, teria sido um dom fatal.

    Somos ensinados em Gnesis, emMoiss, em Abrao, no Livro deMrmon e na investidura(endowment), que o corpo mortal dohomem foi criado imagem de Deusnuma criao independente. Tivessea Criao surgido diferentemente,no poderia ter havido a Queda.

    Se os homens fossem meramenteanimais, ento a lgica favoreceria aliberdade sem responsabilidade.Sei muito bem que entre pessoas

    instrudas se encontram as queolham para os animais e as pedrasbuscando a origem do homem. Noolham dentro de si mesmas para lencontrarem o esprito. Elas seeducam para medirem as coisas pelotempo, por milhares e milhes edizem que os animais chamadoshomens surgiram todos por aca50. Eassim esto livres para agir poispossuem o arbtrio.

    Mas ns tambm ternos o arbtrio.Ns olhamos, e no universo vemosas criaes de Deus e medimos ascoisas pelas pocas, pelos perodos,pelas dispensaes, pelas eternidades.As muitas coisas que no sabemos,ns obtemos pela f.

    Mas disto sabemos: Tudo foiplanejado antes que o mundoexistisse. Os acontecimentos, desde aCriao at a cena de encerramentonao se basearam no acaso; eles sebaseiam na escolha: Foi planejadoassim.Isto ns sabemos! Esta simples

    verdade! Se no tivesse havidoCriao, Queda, no deveria terhavido necessidade de Expiao,nem de um Redentor para ser nossomediador. Ento Cristo nonecessitaria de ter nascido.

    O sangue do Salvador foiderramado no Getsmani e noGlgota. Sculos antes a Pscoahavia sido introduzida corno um

  • lder George R. Hill IIIDo Primeiro Quorum dos Setenta

    "Que bno podermos examinar as escrituras paraencontrar as respostas a virtualmente qualquer desafio

    que enfrentamos em nossos chamados na Igreja. "

    SOLUES VINDAS DASESCRITURAS

    jovens da Igreja que tm o privilgiode descobrir a verdade por meio demtodo cientfico, permita-meacrescentar o meu testemunho aosdo lder James E. Talmage e JohnA. Widtsoe (autor de um livroexcelente, In Search of T ruth) de queno h conflito entre os fatos everdades da cincia e os que nos sotransmitidos por revelao direta.Em vez de causar conflito, os fatos everdades em cada rea secomplementam, cada um oferecendorespostas a questes bsicas quedevemos conhecer, eventualmente seformos cumprir o nosso destinocomo filhos e filhas e participantescom nosso Pai em seu plano eterno.

    Surgem conflitos aparentesquando as teorias da cincia - queatuam como uma plataforma erguidapara tentar compreenderrelacionamentos entre fatosobservados so confundidas comfatos experimentalmente verificados.

    Ocasionalmente tambm, algumaspessoas sujeitam as escrituras interpretao pessoal. Isto poderfazer surgir tambm diferenas depercepo. Aprendi a dizer "no sei"quando me derronto com escolhasque parecem ser conflitantes.Nenhum cientista verdadeiro dirque ns temos respostas exatas edefinitivas por intermdio dapesquisa cientfica; trata-se de umprocesso de aprendizado ativo. AsRegras de F nos ensinam que oSenhor "ainda revelar muitasgrandes e importantes coisaspertinentes ao Reino de Deus".(Nona Regra de F.) Como membrosda Igreja do Senhor nossa bno acreditar em tudo o que verdadeiroe procurar diligentememe aprender

    A L1AHONA ;JULHO DE 1988 75

    Meus amados companheirosservos de nosso Senhor eSalvador, Jesus Cristo, desdeo recebimento deste chamadoespecial para servir o Mestre emtempo integral, tenho estudado,ponderado e orado, como todos vso fazeis, para determinar comomelhor servir.

    Durante os quarenta anosanteriores ltima conferncia deabril, tenho tido o privilgio deprocurar a verdade por meio depesquisas das cincias fsicas, umesforo que combina um pouco deinspirao com muita transpirao,mas que leva descoberta de fatos eprincpios que proporcionam muitobenefcio humanidade. Sou muitograto por esse privilgio, assim comopelo privilgio simultneo dedescobrir os princpios da verdaderevelada diretameme pelo Senhor aseus profetas escolhidos, conformerelatado nas escrituras. Aos muitos

    smbolo e um tipo de coisas queviriam. Foi uma ordenana p~ra sermantida eternamente. (Vide Exodo12.)

    Quando a praga da morte foidecretada para o Egito, ordenou-se acada famlia israelita que tomasse umcordeiro, primognito, macho, semmcula. Este cordeiro pascal foimorto sem que lhe quebrassem osossos, e com seu sangue se marcariaa porta das casas. O Senhorprometeu que o anjo da mortepassaria pelas casas assim marcadas eno mataria os que se encontravaml dentro. Foram salvos pelo sanguedo cordeiro.

    Aps a crucificao do Senhor, alei do sacrifcio no mais exigiuderramamento de sangue. Pois issofoi feito, conforme Paulo ensinou aoshebreus, "feita uma vez um nicosacrifcio pelos pecados parasempre". (Hebreus 10:10,12.) Osacrifcio, desde ento seria umcorao quebrantado, e um espritocontrito - arrependimento.

    E a Pscoa seria comemorada parasempre como o sacramento, no qualrenovamos nossos convnios debatismo e participamos emlembrana do corpo do Cordeiro deDeus e de seu sangue por nsderramado.

    grandioso que este smboloreaparea na Palavra de Sabedoria.Alm da promessa de que os santosdesta gerao, obedientes, receberosade e grandes tesouros deconhecimento, encontra-se esta: "Eeu, o Senhor, lhes fao a promessade que o anjo destruidor os passarcomo aos filhos de Israel, e no osmatar." (D&C 89:21.)

    No posso com serenidade, dizer--vos como me sinto com referncia Expiao. Ela atinge a mais profundaemoo de gratido e compromisso.Minha alma busca aquele que acriou, este Cristo, nosso Salvador dequem sou testemunha. Eu testifico arespeito dele. Ele nosso Senhor,nosso Redentor, nosso advogadojunto ao Pai. Ele resgatou-nos comseu sangue.

    Humildemente reivindico aExpiao de Cristo. No meenvergonho de ajoelhar-me emadorao a nosso Pai e seu Filho.Pois possuo o arbtrio, e assimescolho fazer.

    Em nome de Jesus Cristo. Amm.