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AVALIAÇÃO DO NIVEL DE STRESS EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA BRESSIANI, Rosiane Cristina Manoel SIVIERO, Ivana Maria Passini Sodre - Orientadora Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM) [email protected] [email protected] Resumo: Stress, é denominado por um período em que o corpo se encontra em estado de tensão, ocasionando em desequilíbrio emocional e físico. Uma das classes que vem demonstrando um considerável crescimento nesse quadro, são os profissionais da área da saúde, por conta da pressão que sofrem em seu ambiente de trabalho. As situações de stress, já estão presentes na vida das pessoas desde a antiguidade, até mesmo por conta da luta pela sobrevivência. Objetivo: Avaliar nível de stress de profissionais de enfermagem, através da utilização da escala com versão sueca de Job Contend Questionnaire, que após adaptação para o português e validação foi denominada “job stress scale”, versão resumida. Método: O estudo foi realizado empregando o método quantitativo, com participação de trabalhadores de enfermagem de unidades básicas de saúde, em uma cidade situada no interior do estado de São Paulo. Resultados: O stress ocupacional pode ser encontrado em diversas atuações laborais, mas situações em que o indivíduo se exponha mais ao cuidado com o outro, como é o caso dos profissionais de saúde, torna-os mais vulneráveis a esse quadro de stress. Conclusões: Acredita-se que, por muitas vezes o profissional de enfermagem sabe que necessita de uma ajuda profissional, como psicólogo ou até mesmo psiquiatra, no momento em sente que está lutando contra o stress. Porém, muitos profissionais não recorrem a essa ajuda por receio de sofrerem preconceito até mesmo em seu ambiente de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

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AVALIAÇÃO DO NIVEL DE STRESS EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

BRESSIANI, Rosiane Cristina ManoelSIVIERO, Ivana Maria Passini Sodre - Orientadora

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro (FMPFM)

[email protected]@gmail.com

Resumo: Stress, é denominado por um período em que o corpo se encontra em estado de tensão, ocasionando em desequilíbrio emocional e físico. Uma das classes que vem demonstrando um considerável crescimento nesse quadro, são os profissionais da área da saúde, por conta da pressão que sofrem em seu ambiente de trabalho. As situações de stress, já estão presentes na vida das pessoas desde a antiguidade, até mesmo por conta da luta pela sobrevivência. Objetivo: Avaliar nível de stress de profissionais de enfermagem, através da utilização da escala com versão sueca de Job Contend Questionnaire, que após adaptação para o português e validação foi denominada “job stress scale”, versão resumida. Método: O estudo foi realizado empregando o método quantitativo, com participação de trabalhadores de enfermagem de unidades básicas de saúde, em uma cidade situada no interior do estado de São Paulo. Resultados: O stress ocupacional pode ser encontrado em diversas atuações laborais, mas situações em que o indivíduo se exponha mais ao cuidado com o outro, como é o caso dos profissionais de saúde, torna-os mais vulneráveis a esse quadro de stress. Conclusões: Acredita-se que, por muitas vezes o profissional de enfermagem sabe que necessita de uma ajuda profissional, como psicólogo ou até mesmo psiquiatra, no momento em sente que está lutando contra o stress. Porém, muitos profissionais não recorrem a essa ajuda por receio de sofrerem preconceito até mesmo em seu ambiente de trabalho, visto que hoje uma grande parte dessa classe necessita de ajuda medicamentosa para permanecer trabalhando.

Palavras-chave: Stress, enfermagem, saúde

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Abstract: Stress is called a period in which the body is in a state of tension, causing emotional and physical imbalance. One of the classes that has been showing considerable growth in this context are health professionals, due to the pressure they suffer in their work environment. Stress situations have been present in people's lives since antiquity, even because of the struggle for survival. Objective: Assess the level of stress of nursing professionals, using the scale with the Swedish version of the Job Contend Questionnaire, which after adaptation to Portuguese and validation was called the “job stress scale”, in a short version. Methods: The study was carried out using the quantitative method, with the participation of nursing workers from basic health units, in a city located in the interior of the state of São Paulo. Results: Occupational stress can be found in several work activities, but situations in which the individual is more exposed to the care of others, such as health professionals, make them more vulnerable to this condition of stress. Conclusions: It is believed that, many times, the nursing professional knows that he needs professional help, as a psychologist or even a psychiatrist, at the moment he feels that he is fighting against stress. However, many professionals do not resort to this help for fear of suffering prejudice even in their work environment, since today a large part of this class needs medication help to stay working.

Keywords: Stress, nursing, health

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• INTRODUÇÃOStress, segundo Lipp (2013) vem do latim, é denominado como um

período em que o corpo se encontra em estado de tensão, ocasionando em

desequilíbrio emocional e físico. Ao nos depararmos com situações difíceis, a

sintonia perfeita que há em nosso organismo é quebrada, fazendo com que o

processo de digestão alimentar se torne mais difícil, podendo também ocorrer

períodos de insônia. Diante de fontes estressoras, é comum que o ser humano

tente buscar novamente o equilíbrio, o que leva à um esforço, que denomina-se

de uma resposta adaptativa, levando à um desgaste e uma grande utilização

de energia física e mental.

Lipp (2013, p13) diz que:“Quando conseguimos utilizar estratégias de enfrentamento para restabelecer a ordem interior, o stress é eliminado e voltamos ao normal. Todos nós já entramos nesses dois estágios e dele saímos com sucesso. A volta ao equilíbrio pode ocorrer pelo termino da fonte de stress ou, mesmo em sua presença, quando aprendemos a lidar com ela adequadamente.”

O stress é um assunto que, vem sendo discutido com frequência, por

conta do risco que representa ao indivíduo. Uma das classes que vem

demonstrando um considerável crescimento nesse quadro, são os profissionais

da área da saúde, por conta da pressão que sofrem em seu ambiente de

trabalho. Esse quadro de stress ao afetar os colaboradores, reflete também na

empresa, uma vez que também sofre as consequências. (Oliveira e Cunha,

2014)

Segundo Silva e Silva (2015) as situações de stress já estão presentes

na vida das pessoas desde a antiguidade, até mesmo por conta da luta pela

sobrevivência. E nos dias atuais, diante de tantas situações estressoras no

ambiente de trabalho, o indivíduo tem dificuldade em apresentar uma resposta

positiva em relação ao que está vivenciando.

O ambiente de trabalho, deve ser visto como um local prazeroso de se

conviver, trazendo ao profissional satisfação, crescimento e acima de tudo a

realização pessoal. Mas infelizmente, quando esse trabalho não é gerenciado

de maneira adequada, pode gerar sentimentos negativos como frustração e

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desinteresse por parte do profissional, ocasionando possivelmente em um

quadro de stress. (OLIVEIRA e CUNHA, 2014)

De acordo com Cozza et al (2013) muitas pesquisas vêm sendo

realizadas em ambientes de trabalho, demonstrando que os participantes que

estão mais estressados, apresentam alterações físicas por conta da rotina de

trabalho, à qual são submetidos.

Cozza et al (2013) afirma que, além dessa rotina de trabalho, podem

ocorrer outros fatores que levam o trabalhador a crises de ansiedade,

resultando em desgastes emocionais e também desgaste físico, que

consequentemente agravam-se, ocasionando em doenças mais sérias.

De acordo com Ferraz et al (2014) por conta das mudanças que a

tecnologia vem implantando nas empresas, os profissionais precisam se

adequar à essas mudanças. Porém, esse fator gera uma cobrança maior nos

profissionais, muitas vezes fazendo com que se desenvolva o stress

ocupacional, que além de afetar o seu desenvolvimento profissional, afeta

também a sua vida pessoal, bem como sua convivência com pessoas fora de

seu ambiente de trabalho.

Cruz e Abellan (2015) ainda ressaltam que, em uma tentativa de reação a

esse quadro de stress que afeta o estado emocional, o indivíduo pode

desenvolver repostas como quadros de ansiedade, irritação, ocasionando em

depressão. Juntamente com essas situações, ocorrem sintomas que afetam o

estado físico do indivíduo, interferindo no desempenho profissional como

cefaléia, náusea e distúrbios relacionados ao sono. Todos esses fatores, além

de influenciar na saúde física e mental do indivíduo, podem interferir na

segurança do paciente.

No contexto da área da saúde, o stress é um fator que vem crescendo

muito entre os profissionais de enfermagem. Fatores como cargas horárias

excessivas e exaustivas, desgaste emocional, situações em que lidam com a

vida e a morte diariamente, dentre outras situações, podem fazer com que se

desencadeie o stress. (VILLELA e SANTIAGO, 2015)

Os profissionais de enfermagem prestam cuidados à pacientes em tempo

permanente. É uma classe que vive em constante exposição ao stress,

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podendo este ser agudo ou crônico, já que trabalham expostos à diversos

sentimentos e situações diárias como dor e morte. Além desses fatores,

também estão expostos a falta de autonomia e em muitas situações, da

indefinição de seu papel profissional, resultando em um estado de stress

crônico. (CRUZ e ABELLAN, 2015)

Acredita-se que, diante do tema escolhido, seja possível obter respostas

concretas sobre os possíveis fatores que levam os profissionais da área de

saúde a um quadro de stress, podendo fazer com que seja agravado com a

sobrecarga diária de trabalho. Dessa forma, o objetivo desse estudo é levantar

o nível de estresse em profissionais de enfermagem da rede pública de saúde

de um município do Estado de São Paulo.

• MÉTODOParticiparam da pesquisa 18 profissionais de saúde sendo 5 enfermeiras,

6 técnicas e 7 auxiliares de enfermagem.

A coleta de dados foi realizada no mês de setembro e outubro de 2019,

após aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética e Pesquisa da

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro. A pesquisa foi realizada,

apenas após cada participante assinar um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido. Todos os participantes aceitaram voluntariamente participar,

receberam as orientações sobre a finalidade da pesquisa e foram dadas,

garantias de sigilo absoluto sobre a identidade.

Foram realizadas visitas as unidades de saúde, sendo 1 UBS (Unidade

básica de saúde) e 5 USF (Unidade de saúde da família) com datas e horários

pré-estabelecidos pela enfermeira, entre os meses de setembro e outubro.

A coleta de dados foi realizada por uma única pesquisadora, que

permanecia em uma determinada sala da unidade e as participantes vinham

até ela, conforme disposição por conta da demanda do serviço de saúde.

Foi oferecido o termo de consentimento livre e esclarecido para cada

participante, isentando os mesmos de serem reconhecidos (ANEXO I). O

questionário para a coleta de dados foi entregue e recolhido pela pesquisadora

na sequência, para avaliação.

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Para cada participante foi utilizado uma média de 20 minutos, onde foram

explicados a finalidade da pesquisa, leitura e assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido e resposta do questionário. As participantes

que tiveram dúvidas, foram esclarecidas no momento.

Foi utilizado como material para pesquisa do estresse, a escala com

versão sueca Job Contend Questionnaire, que após adaptada para o português

e validação foi denominada “job stress scale”, em versão resumida (ANEXO II)

A escala para esse estudo, foi escolhida por avaliar o estresse

ocupacional e ser reconhecida internacionalmente. Após a sua adaptação e

validação para o português, apresentou boa estabilidade (teste-reteste entre

0,82 e 0,91), a boa consistência interna para suas dimensões (alfa de cronbach

entre 0,63 e 0,86) (ALVES, 2004).

A Job Stress Scale, contém 17 questões que estão divididas em três

dimensões: demanda, controle e apoio social. Cinco itens avaliam demanda,

seis avaliam controle e seis avaliam apoio social. Na dimensão demanda,

quatro questões se referem ao aspecto quantitativo, entre tempo e velocidade

para a realização do trabalho e uma questão analisa aspectos

predominantemente qualitativos, do processo relacionado ao conflito entre

diferentes demandas. Dentre as seis questões da dimensão controle, quatro

avaliam o uso de desenvolvimento de habilidades e dois, a autonomia para

tomada de decisão sobre o processo de trabalho. A dimensão apoio social

possui seis itens, os quais avaliam o apoio que o trabalhador recebe da chefia

e dos colegas de trabalho. A escala é do tipo Likert de quatro pontos, que varia

de frequentemente a nunca, para a escala de Demanda e Controle e de

concordo totalmente a discordo totalmente para a escala de apoio social

(ALVES, 2004).

Os dados da pesquisa foram avaliados através da somatória dos escores

de cada domínio. Sendo que, as dimensões demanda e controle, apresentam

questões com escore reverso, que foram examinados antes de se fazer o

cálculo.

A dimensão Demanda é composta de 5 questões com pontuação

variando de 5 (pontuação mínima) a 20 (pontuação máxima), sendo a questão

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D com escore reverso. Esta dimensão, questiona se o funcionário dispõe de

tempo para realizar as suas tarefas no trabalho..

Outra dimensão é Controle, composta por 6 questões e está subdividido

em 2 escalas: Discernimento Intelectual (F a I) e Autoridade sobre Decisões (J

a K) com pontuação que varia de 6 (pontuação mínima) a 24 (pontuação

máxima), possui a questão I com escore reverso.

As 6 questões de Apoio Social variam de 6 (pontuação mínima) e 24

(pontuação máxima).

Como base de pesquisa, foram utilizados estudos de outros autores que

denominam que, trabalhadores que se expõem a uma combinação de alta

demanda e baixo controle, fazem parte de um grupo que sofrem maior

exposição ao stress. Os funcionários que se expõem a alta demanda, com alto

controle (que tem o trabalho mais ativo) e aqueles com baixo controle e baixa

demanda (tem o trabalho mais passivo) são considerados trabalhadores que

sofrem exposição intermediaria ao stress. Já os funcionários que apresentam

alto controle e baixa demanda (baixa exigência) são considerados como não

expostos ao stress no trabalho. (SCHIMIDT, 2004)

• RESULTADOS E DISCUSSÕESAs participantes da pesquisa foram todas do sexo feminino, com idade

entre 31 e 53 anos, sendo que nenhuma das participantes possui outro

emprego. Moura et al (2018) enfatizam que o panorama do trabalho feminino,

pode representar maior sobrecarga já que, além das atividades de trabalho

formal, as mulheres ainda têm que dedicar parte de seu tempo às atividades

domésticas.

Considerando a classificação por categoria profissional, a de maior

frequência foi a de auxiliares (7- 39%), em seguida a de técnicas (6-33%) e

enfermeiras (5-28%).

Para cálculo dos escores, utilizou-se tabela do tipo Likert, dividida em 4

pontos, com variação de pontos, conforme tabela abaixo:

TABELA 1: Escore dos domínios e média encontrada

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Dimensão Variação Média

Demanda 5-20 13,33

Controle 6-24 16,11

Apoio Social 6-24 19,38

Escore Final 17-68 48-82

Fonte: Comunicação Pessoal

O stress ocupacional pode ser encontrado em diversas atuações

laborais, mas situações em que o indivíduo se exponha mais ao cuidado com o

outro, como é o caso dos profissionais de saúde, torna-os mais vulneráveis a

esse quadro de stress. (SOUSA E ARAUJO, 2015). O ambiente de trabalho é

um fator fundamental na qualidade do cuidado ao paciente, pois influencia

muito em sua recuperação. (PEGORARO et al, 2017),

Muitas pesquisas voltadas para fatores psicossociais do trabalho, vêm

sendo realizadas nos últimos anos. Um dos modelos teóricos utilizados nessas

pesquisas foi desenvolvido por Karasek, envolvendo em suas dimensões a

demanda, que envolve as exigências do trabalho de natureza psicológica,

tempo, velocidade, produtividade e conflitos por cobranças contraditórias.

(MOURA et al, 2018)

O serviço de atenção primária é tido como porta de entrada, onde a maior

parte das demandas podem ser resolvidas, mas enfrentam dificuldades quando

precisam de uma assistência mais complexa. (MACHIN et al, 2011). Quando

essas dificuldades ocorrem, os funcionários da atenção primária são cobrados

por resolutividade pela população que muitas vezes não compreende que as

demais formas de atendimento não dependem deles, mas sim de outros

setores.

A atenção primária trabalha com promoção, prevenção, diagnóstico,

tratamento e reabilitação. As demandas por atendimento são diversas, como o

tratamento para Diabetes, Hipertensão Arterial, Depressão, consideradas

doenças crônicas. O objetivo desse serviço é o controle dessas doenças,

evitando agravos das mesmas. E para uma melhor assistência é importante

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que os funcionários tenham conhecimento dessa demanda, até para fazer um

planejamento da assistência a ser prestada. (PIMENTEL et al, 2011)

Ao analisar as respostas obtidas na pesquisa realizada, observou-se que

a dimensão demanda, obteve um valor baixo (média de 13,33) comparado ao

valor máximo do escore, demonstrando assim que os funcionários não

precisam trabalhar com tanta rapidez para desenvolver suas funções, uma vez

que as atividades são mais tranquilas.

Controle sobre o trabalho foi outra dimensão pesquisada. Esta se refere

ao domínio do funcionário sobre seu trabalho, bem como autonomia na tomada

de decisões e desenvolvimento de habilidades cognitivas. (MOURA et al, 2018)

Na dimensão controle observou-se um valor alto (média de 16,11). O alto

escore dessa dimensão indica que os funcionários percebem que tem

habilidade ou conhecimentos especializados e capacidade para tomada de

decisão, demonstrando alto controle de suas tarefas diárias. Nas questões em

que abordam a autonomia do funcionário, isto é, em que ele pode decidir como

e o que fazer em seu trabalho, os escores também foram altos, aqui observa-

se percepção de autonomia para desempenhar sua função na unidade em que

trabalha.

Sousa e Araujo (2015) com base no modelo demanda-controle

desenvolvido por Robert Karasek na década de 1970 dizem que, o stress pode

ocorrer diante de situações em que há um menor controle das ações e da

percepção de suporte social. Dessa forma, explica que quando há uma

demanda baixa e controle alto, como foram identificados no resultado dessa

pesquisa, indica uma baixa tensão no ambiente de trabalho.

Em recente estudo Pegoraro et al (2017) dizem que as dificuldades

encontradas no sistema de saúde como filas de espera, escassez de recurso e

até a dificuldade de acesso afetam os profissionais, podendo causar

insatisfação especialmente aos funcionários da atenção primária.

Por outro lado, Chiapinotto et al (2007) colocam que os usuários dos

serviços de saúde, solicitam a resolução de seus problemas de saúde e os

trabalhadores respondem de forma automática, evitando o sofrimento ao

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perceberem que nem sempre as tecnologias disponíveis dão conta das

necessidades das pessoas.

“Assim, respondendo a partir de generalizações, há um

movimento de cristalização de determinada forma de

significação do outro e perde-se a capacidade de distinção e

compreensão da dinâmica do processo saúde–doença–

intervenção em jogo” (Chiapinotto et al,2007, p.161).

Podemos inferir que as respostas dos sujeitos da pesquisa, levaram em

consideração os aspectos técnicos do trabalho. E talvez, por defesa ou

desconhecimento do sistema como um todo, não percebam as dificuldades de

acesso e os parcos recursos descritos por tantos autores.

Para Sato (1996) as consequências negativas ou positivas do trabalho

dependem do controle que o trabalhador consegue exercer, e distingue como

dimensões do controle a familiaridade com a rotina e os procedimentos, poder,

entendido como a possibilidade de interferir no planejamento do trabalho, e os

limites subjetivos (ou seja, quanto e como o trabalhador aguenta as pressões

de trabalho). Os sujeitos dessa pesquisa são concursados, exercendo o seu

trabalho por períodos longos, em unidades que não atendem emergência,

determinando dessa forma, familiaridade com o trabalho e sua rotina.

Entretanto, o poder, outra dimensão do controle, só pode ser observado num

âmbito bem restrito, já que os recursos humanos e materiais para o

desenvolvimento do trabalho dependem das políticas públicas, municipais,

estaduais e federais. Ainda é Sato (2002) que em estudo posterior, diz que as

pessoas criam formas de resistir à organização do trabalho como exigida pelo

corpo gerencial, “denunciando que os trabalhadores buscam constantemente

melhorar a sintonia entre eles e os contextos de trabalho” (p.11480), pois a

maneira como a organização do trabalho se dá é sabidamente danoso à saúde.

Assim sendo, as ações adaptativas teriam como objetivo permitir que o

trabalho se adeque às características e limites subjetivos dos trabalhadores

que a operam (SANTOS E GALERY, 2011).

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O terceiro domínio da escala de stress é apoio social. Ainda nessa

dimensão o resultado pode ser considerado satisfatório, uma vez que

apresenta uma média de 19,38.

Moura et al (2018) demonstraram aumento do absenteísmo-doença

diante do baixo apoio de colegas entre servidores públicos, pressupondo que o

baixo apoio social pode contribuir para o adoecimento, independente do

trabalhador estar submetido a um trabalho passivo ou ativo.

Rainho et al (2015) referem que, questões associadas a problemas de

comunicação em equipe causam conflitos e podem desencadear stress. Se

uma pessoa da equipe não estiver bem, pode ocorrer que ela não fale nada

para as pessoas que convivem diariamente com ela, mas espere que os

mesmos percebam, o que pode gerar um mal-estar. Por esse motivo é

importante que haja uma boa comunicação entre todos.

Das unidades visitadas, apenas em duas dessas unidades houve

profissionais que não se dispuseram a participar. Uma das profissionais relatou

que não iria responder ao questionário, pois temia sofrer perseguição de seus

superiores, e demonstrou nervosismo diante disso.

Em uma segunda unidade, quatro profissionais se recusaram a participar

sem justificar o motivo. E nessa unidade, foi possível observar durante a visita

que há um problema de relacionamento entre os funcionários. Na ocasião, uma

das funcionárias relatou seu descontentamento em trabalhar com algumas

pessoas da equipe, o que faz com que ela se sinta cansada e estressada

diariamente, o que talvez possa interferir no tratamento que o paciente

receberá ao chegar à unidade. Diante dessa situação, acredita-se que a falta

de diálogo, possa contribuir para um ambiente de trabalho estressante, já que

se observou que não há uma boa comunicação entre a equipe da unidade.

Entretanto, o resultado mostrou que os sujeitos dessa pesquisa têm baixo

risco para stress, já que trabalham com baixa demanda, alto controle e alto

apoio social, e essa percepção de acolhimento faz uma grande diferença na

qualidade de vida e no ambiente de trabalho, pois ele sabe que pode recorrer

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ao seu líder e a seus colegas quando sente dificuldade em resolver algum

problema.

Podemos considerar que, ações adaptativas e micronegociações

cotidianas, citando Sato (2002), tem acontecido no local de trabalho e tem

também conseguido ressignificar o trabalho e promover um ambiente mais

saudável

• CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos relatos que foram ouvidos durante a aplicação do

questionário, esperava-se que os resultados fossem diferentes, uma vez que

grande parte das participantes referiu estar estressada por conta do número de

funcionários reduzidos, em decorrência de afastamento, pela cobrança

hierárquica e até mesmo pela falta de apoio diante de situações que ocorrem

diariamente nas unidades, como a insatisfação da clientela atendida.

Atualmente, o modelo de atenção primária no Brasil, passou a ser a

Estratégia Saúde da Família. Esta possibilita uma maior atenção à saúde da

população atendida pela unidade, pois conta com uma equipe multidisciplinar,

promovendo a saúde integral dessa população. Cada profissional tem o seu

papel definido pelo Ministério da Saúde, através de protocolos e diretrizes.

Mas, nota-se uma fragilidade em relação a saúde dos funcionários da atenção

primária, uma vez que há uma proximidade maior da equipe com a população

atendida, o que muitas vezes pode causar um excesso de exposição do

funcionário ao sofrimento. Diante de fatores relacionados a saúde do indivíduo,

como sentimento de impotência por dificuldades na resolução de um problema

de saúde a ser tratado, ao medo, ameaças à integridade moral e física desses

profissionais e até pela falta de reconhecimento de seus esforços, pode ocorrer

uma sobrecarga emocional, deixando os funcionários expostos ao stress.

(CORDIOLI et al, 2019)

A população atendida por esse tipo de serviço, espera que suas

necessidades sejam resolvidas nessa primeira esfera, já que é a porta de

entrada para o serviço de saúde. Dessa forma, é comum que talvez a

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população exija mais da equipe de uma unidade de saúde, onde a enfermagem

está envolvida diretamente com essas dificuldades, além de todos os outros

problemas que talvez possam vir a ter no local de trabalho.

Das unidades que foram visitadas, as participantes possuem apenas um

emprego, e algumas referiram que mesmo com o baixo salário, não desejam

ter um segundo emprego, por conta do estresse por trabalharem em uma área

que exige muito de si e também pela falta de tempo para fazer outras coisas,

que isso lhes acarretaria. Mas a realidade em outros locais pode ser outra, já

que por conta do baixo piso salarial, muitos profissionais recorrem a um

segundo emprego, como complemento de renda, o que pode levar o

profissional ao cansaço físico e mental, ocasionado o stress do profissional.

Acredita-se que, por muitas vezes o profissional de enfermagem sabe

que necessita de uma ajuda profissional, como psicólogo ou até mesmo

psiquiatra, no momento em sente que está lutando contra o stress. Porém,

muitos profissionais não recorrem a essa ajuda por receio de sofrerem

preconceito até mesmo em seu ambiente de trabalho, visto que hoje uma

grande parte dessa classe necessita de ajuda medicamentosa para

permanecer trabalhando. Apesar das queixas informais durante a aplicação da

escala, o resultado indica que esses profissionais podem contar com o apoio

do seu supervisor direto dentro da unidade, já que mesmo diante das

dificuldades diárias, sentem-se acolhidos por eles, o que faz muita diferença no

dia a dia.

6. REFERÊNCIAS

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Paulo.

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ANEXOSAnexo I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ___________________________________________________, brasileira

(o), ___ anos, ___________ (estado civil), ______________________

(profissão), residente a __________________________________________________, portador do RG: ____________________ estou sendo convidado a participar de um

estudo denominado “AVALIAÇÃO DO NIVEL DE STRESS EM TRABALHADORES NA ÁREA DA SAÚDE” cujos objetivos e justificativas

são: Avaliar nível de stress de profissionais de enfermagem através da

utilização da escala com versão sueca de Job Contend Questionnaire, que

após adaptação para o português e validação foi denominada “job stress

scale”. O estudo será realizado, com a finalidade de avaliar as possíveis

causas que ocorrem no dia a dia, levando o profissional de enfermagem ao

estresse ocupacional.

A minha participação no referido estudo será no sentido de convidado,

onde irei responder um questionário impresso contendo 17 questões, com

opções de resposta 1 a 4, que após a realização da pesquisa nas unidades de

saúde, serão analisadas e classificadas de acordo com os dados obtidos.

Fui alertado de que, da pesquisa a se realizar, não posso esperar alguns

benefícios, salvo aqueles advindos de melhoria na qualidade de vida das

pessoas, das quais eu faço parte.

Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome

ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me

identificar, será mantido em sigilo.

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou

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retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar. Os

pesquisadores envolvidos com o referido projeto são a aluna Rosiane Cristina

Manoel Bressiani e sua orientadora Ivana Maria Passini Sodré Siviero, da

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro, situada na cidade de Mogi

Guaçu.

É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como me é

garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais

sobre o estudo e suas conseqüências, enfim, tudo o que eu queira saber antes,

durante e depois da minha participação.

Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e

compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre

consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum

valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação.

Em caso de reclamação ou qualquer tipo de denúncia sobre este estudo

devo ligar para o Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Municipal Professor

Franco Montoro (FMPFM) (19) 3861-6606, (19) 3861-5659, (19) 3861-6225.

Mogi Guaçu, ___ de ______________ de 2019.

_______________________________________

Nome e assinatura do participante da pesquisa

_______________________________________

Ivana Maria Passini Sodré Siviero

(Orientadora da Pesquisa)

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Rosiane Cristina Manoel Bressiani

(Responsável pela pesquisa)

Anexo II

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Sexo:________ Idade: _____ Categoria Profissional: ____________________

Tempo de Atuação na Instituição:_______Horário de Trabalho:_____________

Possui Outro Emprego: ___________

VERSÃO RESUMIDA DA JOB STRESS SCALE

Este instrumento destina-se a avaliar a presença de sinais de estresse relacionado ao trabalho. Por favor, responda as questões marcando um “X” no espaço correspondente. Sua resposta será muito importante.

1. Com que frequência você tem que fazer suas tarefas de trabalho com muita rapidez?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

2. Com que frequência você tem que trabalhar intensamente (isto é, produzir muito em pouco tempo)?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

3. Seu trabalho exige demais de você?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

4. Você tem tempo suficiente para cumprir todas as tarefas de seu trabalho?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

5. O seu trabalho costuma apresentar exigências contraditórias ou discordantes?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

6. Você tem possibilidade de aprender coisas novas em seu trabalho?

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( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

7. Seu trabalho exige muita habilidade ou conhecimento especializados?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

8. Seu trabalho exige que você tome iniciativas?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

9. No seu trabalho você tem que repetir muitas vezes as mesmas tarefas?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

10. Você pode escolher de COMO fazer seu trabalho?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

11. Você pode escolher O QUE fazer no seu trabalho?

( ) 4 Frequentemente ( ) 3 As vezes ( ) 2 Raramente ( ) 1 Nunca ou quase nunca

12. Existe um ambiente calmo e agradável onde trabalha.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo mais que concordo ( ) 1 Discordo totalmente

13. No trabalho, nos relacionamos bem uns com os outros.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo mais que concordo ( ) 1 Discordo totalmente

14. Eu posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo mais que concordo

( ) 1 Discordo totalmente

15. Se eu não estiver em um bom dia, meus colegas compreenderam.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo

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mais que concordo

( ) 1 Discordo totalmente

16. No trabalho, eu me relaciono bem com meus chefes.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo mais que concordo

( ) 1 Discordo totalmente

17. Eu gosto de trabalhar com meus colegas.

( ) 4 Concordo totalmente ( ) 3 Concordo mais que discordo ( ) 2 Discordo mais que concordo

( ) 1 Discordo totalmente

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