vigilÂncia epidemiolÓgica das paralisias flÁcidas … · 68ª assembléia mundial da saúde...
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
DAS PARALISIAS FLÁCIDAS
AGUDAS (PFA)/POLIO
2017
2014
359 casos
3 países
Poliomielite, 1988-2016
Magnitude da Poliomielite
2009
1604 casos
3 países
1988
> 350 000 casos
> 125 países
Brasil (1968-1989)
≈ 30 000 casos
2015
74 casos
2 países
2016
37 casos
3 países
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA INTERNACIONAL
Países que continuam Endêmicos: Afeganistão e Paquistão
25 DE SETEMBRO DE 2015 | GENEBRA / NOVA YORK - A OMS anunciou hoje que a pólio
não é endêmica na Nigéria. É a primeira vez que a Nigéria interrompeu a transmissão do
poliovírus selvagem, elevando o país e a região Africana mais perto do que nunca para
ser certificado livre da pólio.
Perdeu a declaração, voltou a ser endêmica em 2016 (4 casos WPV)
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA INTERNACIONAL - POLIOMIELITE
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA INTERNACIONAL - DIFICULDADES
Questões culturais e políticas:
lançaram boatos de que a vacina estaria contaminada pelo vírus da Aids ;
misturada com hormônios destinados a esterilizar meninas muçulmanas;
conseguiram suspender a vacinação em vários Estados no norte do país.
1984
1979
Vacinação de forma não
sistematizada
1961
Notificação obrigatória
semanal
1968
1971
Plano Nacional de Controle da
Poliomielite
1975
Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica
1ª Campanha Nacional de
Vacinação contra a Poliomielite
GT-Polio
1980
Epidemia de poliomielite no sul do país
Recrudescimento de casos no Nordeste
1986
1989
Isolamento do último poliovírus selvagem do tipo 1
Comissão Nacional de Revisão de Casos de
Poliomielite
1994
Américas -livre de circulação do
poliovírusselvagem
Ações de combate à pólio no Brasil
PVS2 foi isolado pela última vez, no Brasil, em 1986 no município de Campo Largo/PR
PVS3 foi isolado pela última vez, no Brasil, em 1988 no município de Crateus/CE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Nas Américas o último caso de infecção por poliovírus selvagem foi em 1991, no Peru.
No Brasil o último caso de infecção por poliovírus selvagem foi em 1989, na cidade de Souza/PB.
No RS o último caso com isolamento viral foi em 1983, em Santa Maria.
Em 1994 o Brasil recebe o certificado de Eliminação do Vírus.
Egito (1403-1365 a.C.)
68ª Assembléia Mundial da Saúde realizada no período de 18 a 26 de maio de 2015 em Genebra, que reuniu autoridades sanitárias de 194 países (resolução WHA 68.3).
Desenvolvido pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), em consulta com as autoridades sanitárias nacionais, iniciativas globais de saúde, peritos científicos, doadores e outras partes interessadas, em resposta a uma diretiva da Assembleia Mundial de Saúde.
Aborda a erradicação da poliomielite causada por poliovírus selvagem ou poliovírus circulante derivado da vacina
Plano Estratégico para Erradicação da Pólio 2013-2018 e Endgame
• Detectar e interromper a transmissão de todos os poliovírus1
• Reforçar os sistemas de vacinação, introduzir a vacina inativada da polio (VIP) e retirar todas as vacinas orais (VOP) começando pelo componente tipo 2
2
• Conter o poliovírus e certificar a interrupção da transmissão3
• Planejar o legado da pólio4
10
Plano Estratégico para Erradicação da Pólio 2013-2018 e Endgame
Plano Estratégico para Erradicação da Pólio 2013-2018 e Endgame
IMUNIZAÇÕES
VIGILÂNCIA LABORATORIAL
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
2016
Idade Vacina
2 meses VIP
4 meses VIP
6 meses VIP
15 meses VOPt
4 anos VOPt
# SUBSTITUIR A VACINA ORAL ATENUADA (VOP) TRIVALENTE PELA BIVALENTE
IMUNIZAÇÕES
# INTRODUÇÃO GRADUAL VIP
(vacina inativada da polio)
Desde 1999 o poliovírus selvagem do tipo 2 de ocorrência natural não é
detectado. Atualmente, os riscos associados ao componente do tipo 2 da
VOPt superam os benefícios.
Declaração feita no dia 05/05/2014 pela Organização Mundial de Saúde, devido a ocorrência de 62 casos de poliomielite em 10 países, localizados na Ásia Central, Oriente Médio e África Central.
Orientação de vacinação para viajantes: tanto para indivíduos com viagem para países com risco de exportação do vírus quando de pessoas que residem nos país com circulação.
DECLARAÇÃO DE EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA
DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL
Fonte: Nota Informativa Conjunta Nº05/2014 CGDT/CGPNI/DEVIT/SVS/MS
Atualizada: Nota Informativa Conjunta Nº78/2016 CGPNI/DEVIT/SVS/MS
VIGILÂNCIA LABORATORIAL
Realizar o levantamento de todos os laboratórios biomédicos brasileiros para
identificar aqueles que possuem materiais que contenham o poliovírus
selvagem e/ou vacinal ou que sejam potencialmente infectantes para o
poliovírus selvagem e/ou vacinal e recomendar a destruição ou contenção
de todo material ou o envio deste material ao Laboratório de Referência Nacional
– Fiocruz/RJ ou para Laboratório de Referência Regional – IEC/PA
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
O monitoramento ambiental do poliovírus visa à detecção precoce da circulação do
poliovírus selvagem importado e a detecção do poliovírus derivado da vacina oral contra a
poliomielite em complementação às ações de Vigilância das paralisias flácidas agudas.
Além disso, com a retirada do poliovírus tipo 2 da composição da vacina Sabin oral, o
monitoramento ambiental terá importante papel para assegurar o sucesso desta estratégia,
garantindo a detecção precoce do poliovírus derivado da vacina no ambiente, com intuito de
prevenir situações de emergência em saúde pública.
os pontos de coleta de amostras recomendados são as entradas das
estações de tratamento de esgoto ou pontos coletores significativos
do esgoto doméstico
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O plano recomenda a intensificação das ações de notificação/investigação
imediatas, em até 48 horas, de todos os casos de paralisia flácida aguda.
CASO SUSPEITO PFA:Todo caso de deficiência motora flácida, de inicio súbito, em pessoas menores de 15
anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite.
Ou
Caso de deficiência motora flácida, de inicio súbito, em individuo de qualquer idade,
com história de viagem a países com circulação de poliovírus nos últimos 30 dias,
que antecederam o início do déficit motor, ou contato no mesmo período com
pessoas que viajaram para esses países, que apresentem suspeita diagnóstica de
poliomielite.
MEDIDAS DE CONTROLE
Portaria GM 204, 17 de fevereiro de 2016 define “a relação de doenças,
agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em
todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios,
responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde.”
Notificação do caso suspeito a VE da secretaria municipal
de saúde;
Fluxograma de Investigação Epidemiológica da Paralisia Flácida
Aguda/Poliomielite- Conduta frente a casos suspeitos
Fonte: Guia VE/MS,2009
Indicadores Operacionais de
Qualidade da VE_PFA/Poliomielite
INDICADORES DE QUALIDADE DA VE - 2016
INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA AVALIAÇÃO DOS CASOS
FLUXO DE INFORMAÇÕES: notificação deve ser digitada no SINAN e encaminhada
por e-mail
COLETA DE AMOSTRA: coleta oportuna é até o 14º dia da deficiência motora
(DM). Recomenda-se coleta de amostra até 60 dias do DM, porém após os 14 dias, o resultado não pode ser utilizado para fechamento do caso (Revisita 60 dias após o DM).
ENCAMINHAMENTO AMOSTRA: A amostra não deve ser registrada no GAL, deve ser
encaminhada ao Lacen, sob refrigeração, até no máximo 03 dias após a coleta, acompanhada de cópia de ficha de notificação do SINAN.
PREENCHIMENTO FICHA DO SINAN: descrição da história do caso, data da vacina
(evento adverso), registrar e anexar resultados (eletromiografia), nota de alta, que
possam indicar a evolução e diagnóstico de descarte do caso.
FECHAMENTO DOS CASOS NO SINAN: deve ser realizado até 60 dias após a notificação (indicador monitorado pelo SINAN).
OBS - COLETA AMOSTRA
Recipiente limpo e seco (de preferência coletores para
este fim) e vedar bem;
Quantidade: 8 gramas ou 2/3 da capacidade de um
coletor universal;
Identificar: nome completo, data da coleta e local de
procedência;
Conservar em freezer a -20º. Na impossibilidade,
conservar em geladeira comum (4º a 8ºC), por no máximo
3 dias;
NÃO deve ser colocado em congelador comum;
Transporte com refrigeração mínima de 8º;
Não colocar no GAL.
OBS - DIAGNÓSTICO
Exames complementares:Líquor – diagnóstico diferencial com Guillain-Barré (SGB)
e com meningite. Na poliomielite observa-se discreto
aumento no nº de células e em alguns casos proteínas.
Na SGB observa-se a dissociação proteico-citológica
(aumento de proteínas sem elevação de células) .
Eletromiografia – os achados que indicam poliomielite
são comuns a um grupo de doenças que afetam o neurônio
motor inferior. Este exame pode contribuir para descartar a
hipótese diagnóstica de poliomielite, quando seus achados
são analisados em conjunto com o isolamento viral e
evolução clínica.
FLUXO BUSCA ATIVA
FLUXO BUSCA ATIVA
As unidades sentinelas deverão informar a negativa de casos de PFA semanalmente as VE dos municípios; As VE dos municípios deverão informar a negativa de casos de PFA semanalmente a CRS;
OBS 1: a informação é sempre da semana epidemiológica anterior. Por exemplo: estamos na SE 22, mas a busca ativa é referente a SE 21.
# As CRS consolidarão as informações das unidades sentinelas, através de formulário específico. O consolidado deverá ser enviado ao CEVS até sexta-feira, às 12 horas.
OBS 2: fica a critério de cada CRS a combinação do dia do envio da planilha dos municípios, contanto que a informação esteja no CEVS até sexta-feira, pela manhã.
O CEVS realizará consolidado das informações do RS e repassará ao MS nas sextas-feiras a tarde. Informações que chegarem após as 12 horas não serão inseridas no consolidado para o Ministério da Saúde.
FORMULÁRIO BUSCA ATIVA HOSPITALAR
Enquanto uma criança estiver infectada, há risco para todas as
outras, podendo resultar no retorno da poliomielite
em todo mundo.