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Quarentão Apresentações emocionantes fazem parte da história do Coral Champagnat Bioética Mestrado multidisciplinar é o único aprovado pela Capes no Sul do Brasil novembro 2012 nº 219 Alunos e professores dispostos a vencer obstáculos para levar conhecimento à Penitenciária Feminina de Piraquara Do outro lado

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Edição Novembro | 219

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Page 1: Vida Universitária

QuarentãoApresentações emocionantes fazem parte da história do Coral Champagnat

BioéticaMestrado multidisciplinar é o único aprovado pela Capes no Sul do Brasil

novembro 2012nº 219

Alunos e professores dispostos a vencer obstáculos para levar conhecimento à Penitenciária Feminina de Piraquara

Do outro lado

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ANÚNCIO

PUC

Page 3: Vida Universitária

7Mercado de TrabalhoTrabalho não é tudo na vida: conheça a história de superação de Vitor Caruso Jr.

8Filhos da PUCSilvia Döring fala sobre sua trajetória e como se tornou referência no segmento de joias no país.

10CapaProjeto realizado em presídio tem foco no resgate da cidadania, na promoção da cultura da paz e na reinserção social.

22PesquisaSaiba como o óleo de cozinha pode virar combustível natural.

índice

Sempre aqui

16. Dna

18. Reportagem

26. Drops

30. Registro

33. Lumenoso

34. Mundo Melhor

Em homenagem ao Dia dos Professores, a PUCPR preparou uma comemoração cultural. Os grupos artísticos da Instituição uniram-se numa apresentação criada especialmente para os docentes. No palco, Orquestra, Coral e solistas estavam em harmonia com as bailarinas da Companhia de Dança e os atores do grupo Tanahora.

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Revisão Editora Champagnat

Lumen Comunicação

Rua Amauri Lange Silvério, 270

Pilarzinho. Cep 82120-000

Curitiba. Paraná. (41) 3271-4700

www.grupolumen.com.br

Para anunciar, ligue: (41) 3271-4700

Todos os direitos reservados. Proibida a repro-dução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos res-pectivos autores.

editorial

Vida Universitária é uma publicação men-sal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná

Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646

Supervisão Maria Fernanda Rocha

Textos Michele Bravos, Julio C. Glodzienski e Elizangela Jubanski

Editor de Arte Julyana Werneck

Tiragem 15.000 exemplares

Impressão Mult-Graphic

expediente

Grão-Chanceler Dom Moacyr José Vitti

Reitor Clemente Ivo Juliatto

Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto

Pró-reitor Acadêmico Eduardo Damião da Silva

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski

Pró-reitor Comunitário Paulo Otávio Mussi Augusto (Interino)

Pró-reitor Administrativo e de Desenvolvimento José Luiz Casela

Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar

Prado Velho - Curitiba - Paraná

Caixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901

Fone: (41) 3271-1515

www.pucpr.br

Uma universidade, por sua pró-pria natureza de instituição que pro-duz e difunde o conhecimento, não pode cerrar suas portas à comuni-dade externa. Muito pelo contrário, é justamente na abertura à sociedade que a universidade encontra e forta-lece o sentido de sua existência e de suas ações. A escola não se consti-tui em uma torre de marfim, metafi-sicamente isolada do mundo real e, portanto, sem compromissos com o universo que a envolve. Galileu, um dos pais da ciência moderna, já es-tava convencido disso, quando dizia: “Eu sustento que o papel da ciência é o de melhorar a existência humana”. Estamos situados numa comunidade que espera da escola respostas con-cretas para os problemas concretos que seus estudantes e seu entorno enfrentam no dia a dia.

Arie de Geus, em seu livro A em-presa viva, afirma que, dentre as características das instituições que con- seguiram se manter em estado de dinamismo vital por longos períodos, está a sensibilidade ao ambiente ex-terno e, em particular, às situações sociais. Em outras palavras, isso cor-responde, como costumo dizer, à sin-tonia social, ou seja, à capacidade de a instituição perceber as necessida-des da comunidade que a cerca e de procurar respostas para os desafios do cotidiano, por meio da disponibi-lização do conhecimento, da tecnolo-gia e da ciência. Para a PUCPR não poderia ser diferente, dado que sua

missão é justamente servir à comuni-dade, por meio da educação, da ciên-cia e da cultura. É nesse sentido, por exemplo, que o Projeto Comunitário, que em 2012 comemora 10 anos de atividades, foi criado. É um esforço da Instituição para educar seus estudan-tes tanto nas lições da ciência como nas lições de vida e de solidariedade.

Nesta edição de Vida Univer-sitária, vamos falar sobre mais um projeto da PUCPR que reflete sua sintonia social. Trata-se de uma inicia-tiva desenvolvida em parceria com a Secretaria de Segurança, para realizar atividades na Penitenciária Feminina de Piraquara. Os alunos de diver-sos cursos promoverão oficinas para as mulheres privadas de liberdade, oportunizando-lhes meios de desen-volvimento pessoal e ressocialização. A iniciativa faz parte do Programa para o Desenvolvimento Integrado (PDI-Cidadania), promovido pelo go-verno estadual. Com essa parceria, a PUCPR pretende favorecer a inte-ração dos alunos com a realidade da penitenciária, levando para lá conhe-cimentos e tecnologias desenvolvi-dos na Instituição. Além disso, esse projeto tem o objetivo de ser mais um meio de formação de cidadãos éticos e atentos às necessidades da socie-dade. Aproveite este seu momento de leitura para conhecer e ajudar a divul-gar essa tão significativa iniciativa.

Clemente Ivo JuliattoReitor

Portas abertas para a sociedade

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Quem vê cara. . .

Eloi Pires FerreiraDiretor de cinema e diretor do filme Curitiba Zero Grau

Eu nunca tive bola de cristal. Ainda bem.

Se eu soubesse todos os percalços que iria encontrar na minha lida de fazer filmes, não sei se teria me preparado melhor para bem exercer esta atividade. É mais provável que tivesse desistido dela, ou cometido os mes-mos erros. Não sei até que ponto a antevi-são das coisas, em especial dos problemas, é realmente um estímulo para você seguir em frente. Para alguns pode ser, mas não dá pra dizer que isso sirva para todos. Planejar é im-portante, aliás, fundamental, em qualquer ativi-dade, profissional ou não. Os planos também embasam nossos sonhos. Mas o perigo está no excesso de racionalidade, que pode ser engessante. A própria natureza humana, essa maluca, vive dando rasteira na razão.

Acho mais interessante aprender a ter jogo de cintura para lidar com as surpresas do cami-nho. Os imprevistos nos obrigam a improvisar e o exercício do improviso nos torna criativos. E a criatividade carrega uma centelha do Divino. A beleza da vida está também na sua imprevi-sibilidade. No cinema eu gosto dos finais em aberto. Como diz aquela música, “deixa a vida me levar, vida leva eu...”.

Livro: O vendedor de sonhos: o chamadoAutor: Augusto CuryEditora: Academia de InteligênciaQuem indica: William Léon Kieski, 23 anos, 6º período de Administração, Câmpus Curitiba

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Qual a história do livro?A saga O vendedor de sonhos é

composta por uma sequência de três livros, mas que podem ser lidos sepa-radamente. A história principal é base-ada num homem que perambula como mendigo pelas ruas de uma grande ca-pital, semeando ideias e conquistando seguidores. As palavras desse andante muitas vezes são pesadas e fogem ao “politicamente correto”. Seus discursos contém uma imensa crítica à sociedade contemporânea, levantando reflexões sobre valores que estão sendo esquecidos na loucura do mundo moderno. Os seguidores, chama-dos de “discípulos”, merecem destaque na trama, pois é possível se identificar com eles em determinadas situações, além de garantirem momentos hilários mesmo nas situações mais embaraçosas.

O que você aprendeu?O livro, por si só, é uma grande lição. Beirando a autoajuda, o

autor consegue abordar assuntos complexos de forma simplificada e afirma que a sociedade moderna tornou-se um manicômio glo-bal. A história nos convida a ser mais altruístas e a nos colocar nos lugares daqueles que, por ora, julgamos e interpretamos mal. É uma grande lição de tolerância, que nos instiga a pensar e sair do confor-mismo, em vez de simplesmente aceitar tudo de braços cruzados. Em suma, o livro nos resgata valores básicos e alerta para o que nos é mais importante: viver.

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um toque

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Juventude pró-vidaAlimentação saudável, relacionamentos menos egoístas e espiritualização são fatores que contribuem para uma vida melhor

Por Vitor Caruso Jr.

O ano era 2000. Eu tinha 30 anos e uma carreira profissional bem-sucedida – era diretor de uma multinacional em Curitiba. No tem-po livre, que não era muito frequen-te, praticava corridas e brincava de short triathlon.

Isso não me protegeu de ser diagnosticado com câncer. A juven-tude e o ritmo esportivo, superior ao da maioria das pessoas, faziam-me acreditar que tinha especial prote-ção e que não necessitava de mais cuidados: alimentares, emocionais ou espirituais. Afinal, era um atleta, já havia desempenhado boa per-formance em cinco São Silvestres. Percebi que precisava dar atenção a outras áreas da vida.

O que isto tem a ver com você? A mensagem dessa história tem relação com qualquer um de nós.

Segundo a World Cancer Research Fund, são aproximada-mente 2,8 milhões de novos casos por ano. Só no Brasil, são 500 mil. A medicina avança, a quimioterapia avança, a radioterapia avança, mas a incidência do câncer e sua morta-lidade também avançam.

A saúde fica à mercê do estres-se, bloqueador do sistema imuno-lógico. Além disso, vivemos num mundo em que as pessoas se fecham para os relacionamentos, em atitudes egoístas, permitindo- se serem levadas por emoções de raiva, ódio, ou excessivo apego – sentimentos que destroem a vida.

Dados da mesma instituição afir-mam que 20% dos casos de câncer

poderiam ser facilmente evitados com pequenas medidas mais sau-dáveis, principalmente alimentação mais natural, atividade física cons-tante e meditação ou outras práticas espirituais que nos elevassem o pen-samento e nos permitissem entender mais o próximo e estabelecer rela-cionamentos saudáveis. A lógica por trás dessas medidas é:

l Alimentação mais natural e ati-vidade física, para tornar o sis-tema energético do corpo mais dinâmico.

l Efetivas práticas de tranquiliza-ção, que melhoram o relaciona-mento com o próximo e contri-buem para uma vida melhor.

l Estar conectado com a criação e o meio a sua volta, procurando se harmonizar com a criação e seu Criador.

Estas medidas todas são pro-motoras de saúde, pois se harmoni-zam com o sistema da vida.

Buscar diariamente esta conexão quando nos alimentarmos, quan-do falarmos com o próximo, e nos relembrarmos disto em caminha-das contemplativas, em momentos de prece, será um caminho segu-ro para a recuperação ou mesmo a promoção da saúde.

Minha vida é um exemplo disso. Seguindo esses passos, tive uma cura considerada extraordinária e em tempo recorde.

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Vitor Caruso Jr. é formado em Economia, autor do livro Com qualquer um de nós e defensor de uma vida mais saudável.

A juventude e o ritmo esportivo, superior ao da maioria das pessoas, faziam-me acreditar que tinha especial proteção e que não necessitava de mais cuidados: alimentares, emocionais ou espirituais.

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Curitiba ainda é uma cidade com pouca oferta de trabalho nesta área. Na maioria das vezes, o estudante vai ter que começar com marca própria, sem ter tido experiência de trabalho anterior.

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Silvia Döring é referência no mercado de joias no Paraná e em todo Brasil. Dona de um trabalho renomado, com peças exclusivas e criativas, Silvia pro-cura inspirações cotidianas em suas coleções. Depois de tra-balhar anos em joalherias, de-cidiu que estava pronta para ter sua própria marca. O sucesso confirmou a decisão.

Lapidando o sucesso!Formada em Desenho Industrial pela PUCPR, a designer paranaense Silvia Döring começou a moldar suas criações ainda na faculdade

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Silvia Döring acredita que a qualidade e o design diferenciado de suas peças garantem o sucesso da grife.

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9Empresária afirma que tem produtividade suficiente para expandir a marca.

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çãoSeu trabalho está entre os mais re-

conhecidos do mercado de joias de luxo do Paraná. A que atribui este sucesso?Design diferenciado e qualidade. Como tenho um traço caracterís-tico, sempre busco novas inspira-ções para criar peças diferentes a cada coleção. Procuro desenhar até as lapidações das pedras para ter um produto realmente exclusi-vo. Também uso cores de metais variados, conforme as coleções.

De que forma sua formação na

PUCPR a auxiliou?Estudar na PUCPR me ajudou 100%. Quando entrei na faculdade, não ti-nha ideia do que eu queria. Durante todo o curso de Desenho Industrial, percebi que esse era o meu cami-nho. Ainda tinha dúvidas se esco-lheria design de objetos, para casa ou moda. Mas, no último ano, co-mecei a montar minhas bijuterias e tive certeza da escolha.

Como foi o início deste projeto de uma linha com o seu nome?Eu trabalhava para a joalheria Ber-gerson há oito anos, então, resolvi que estava na hora de buscar mi-nha própria identidade. Em seis me-ses, escolhi o ponto onde abriria mi-nha loja, desenvolvi a marca, o site, a identidade visual e as coleções. Depois dessas metas traçadas, o processo foi muito rápido. A inaugu-ração da primeira loja foi em 2007.

Como aconteceram suas especia-lizações e como viu a necessidade de se aprimorar?Passei um ano na cidade de São Paulo fazendo aulas de ourivesa-ria, design de joias e esculturas em cera. A necessidade de fazer um complemento veio logo após me formar, porque na faculdade a gente aprende a base, mas não tem nada específico – pelo menos na minha área. Se apenas desenharmos uma joia, não tem segredo. Mas você tem que saber como o metal se comporta, se o desenho é viável e

toda essa parte de produção. Pas-sei um ano fazendo minhas peças e isso me proporcionou uma segu-rança enorme. Em 2011, fiz um cur-so específico sobre marcas de luxo no Brasil, voltado para marketing. Também foi bem interessante. O próximo, talvez, seja de gestão em-presarial, porque é bom diversificar e aprender sobre tudo que envolve sua empresa.

Como vê uma expansão da sua marca com franquias?Ainda estou com multimarcas que revendem minha marca. Tenho pro-dutividade para expandir. Em 2013,

vou retomar esse assunto. Mas é um caminho natural.

Qual conselho daria a um estudan-te que quer seguir esta carreira de criatividade e marca própria?O segredo é não desistir. Curiti-ba ainda é uma cidade com pou-ca oferta de trabalho nesta área. Na maioria das vezes, o estudan-te vai ter que começar com mar-ca própria, sem ter tido experiên-cia de trabalho anterior. Por outro lado, é um campo de trabalho que está crescendo muito. Então, o importante é ter criatividade e persistência.

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Seguindo pelo Contorno Leste, avista-se um complexo de grandes pavilhões no meio do campo, cer-cado por muros altos e de acesso difícil, por uma estradinha de chão. Partindo do Câmpus Curitiba, esse local está a 40 minutos de distância, mas, pelo menos, há 70 anos longe do que seria um mundo ideal.

É lá, excluído dos olhos da sociedade, que está o Comple-xo Penal de Piraquara, criado na década de 1940, sob uma políti-ca focada na “exclusão do que era visto como problema”, afirma a diretora da Penitenciária Femi-nina de Piraquara, Rita de Cás-sia Costa.

Na tentativa de transformar essa realidade, o complexo recebe di-versas atividades focadas na rea-bilitação dos presos, assim como na sua reinserção social. A PUCPR e a Pastoral estão engajadas nes-sa transformação, por meio do pro-grama Ciência e Transcendência: educação, profissionalização e

O que você não vêpor trás dos muros

PUCPR e Pastoral realizam ação em presídio paranaense, com o objetivo de promover a educação, a profissionalização e a reinserção social. Por trás dos muros, há histórias de pessoas que precisam de mais uma chance.

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reinserção social, que faz parte do Programa para o Desenvolvimento In-tegrado (PDI)/Cidadania, da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Hu-manos (SEJU). O objetivo do progra-ma governamental é transformar as prisões do Paraná em escolas de ca-pacitação profissional que contribuam com a promoção da cultura da paz.

Segundo Ir. Rogério Mateucci, di-retor de Pastoral e Identidade Insti-tucional da PUCPR, viver num mun-do onde a pessoa é respeitada em sua dignidade pelas outras pessoas e pelas instituições é um ideal a ser desfrutado por todo ser humano que passa por este mundo.

Por essa razão, o projeto busca inspiração na crença de que todo ser humano precisa ser visto com amor, independente de onde ele se encon-tra e de qual a sua situação. “Não é porque estamos em um presídio, que ele precisa ser feio, sujo e fedido. Há

seres humanos convivendo aqui”, diz a diretora Rita de Cássia.

Para o professor Fernando Arns, gestor do programa da PUCPR, dentro dessa proposta, o foco das atividades sugeridas pela Universidade está dire-cionado para o desenvolvimento hu-mano. “Como o nome diz, os projetos estão focados na transcendência do conhecimento. O aluno vai vivenciar de que forma aquilo que é aprendido na Universidade pode ser usado a favor do outro. Acredito, também, que muitas barreiras serão quebradas. Na verdade, já estão sendo”.

Por outro ladoAlunos que estão participando

do projeto contam que, no início, questionavam-se muito se as ape-nadas realmente mereciam tanta mobilização em prol de suas vidas: “se elas estão presas, é porque cometeram algo que as colocou

nessa condição”, “elas escolhe-ram isso”, “precisam pagar pelo o que fizeram”. No entanto, os alunos, hoje, percebem que elas precisam de mais uma chance. Independente do que fizeram, são seres humanos com sentimentos, sonhos, família. Elas possuem um passado, que não pode ser mudado, mas um pre-sente que pode ser construído para um futuro melhor. E esses estudan-tes querem fazer parte disso.

A aluna Mariana Cavanha, 19 anos, de Engenharia Civil, acredita que pequenos projetos podem fazer a diferença e que a maior experiência que os envolvidos com o projeto te-rão será aprender a conviver com o diferente, a se relacionar. “Não pode-mos chegar lá querendo mudar o sis-tema e achando que temos a solução para os problemas. Temos que co-nhecer as pessoas e ouvir suas ne-cessidades, para tentar atendê-las”.

Fotos: João Borges

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É esse relacionamento que vai gerar confiança e possibilidades de êxito para o projeto. Segundo o diretor da Pastoral, Ir. Mateucci, a pessoa fragilizada por seus erros precisa estar potencializada para crescer. “Muitas mulheres que es-tão na penitenciária necessitam do gesto amoroso do acolhimento, do gesto de solidariedade, que se tra-duz em oferecer oportunidades de crescimento, e da exigência de su-perar o erro e tornar-se melhor”.

Para o Ir. Mateucci, “o amor de-sinteressado pelo outro é a melhor forma de fazer o mundo um lugar melhor”. Em síntese, toda pessoa é merecedora da graça do perdão e precisa vislumbrar novas chances para se tornar mais íntegra. Fazen-do-se pessoalmente melhor, qual-quer pessoa fará da sociedade um lugar melhor para se viver.

O que tem valorA busca pela liberdade e pelo re-

encontro com a família é o que move essas mulheres a suportarem a de-tenção. Por isso, lá, cursos e traba-lhos são um privilégio, pois todas es-sas atividades oferecem redução de pena. Apenas aquelas que apresen-tam bom comportamento podem participar. A diretora explica que, atualmente, todas as vagas já es-tão preenchidas e que a demanda só aumenta. Por isso, projetos que envolvem o aprendizado e a capaci-tação profissional são muito bem re-cebidos. “Acredito que a penitenciá-ria feminina é um lugar propício para se colocar em prática muitas ideias. Temos capital humano para isso”. O aluno Carlos Silva, 18 anos, de En-genharia Civil, acredita que as ofici-nas são importantes para que, fu-turamente, as apenadas tenham a chance de ter um emprego.

Muitas mulheres que estão na penitenciária necessitam do gesto amoroso do acolhimento, do gesto de solidariedade, que se traduz em oferecer oportunidades de crescimento, e da exigência de superar o erro e tornar-se melhor.

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númerosSaiba mais sobre a estru-tura da Penitenciária Femi-nina de Piraquara.

l Atualmente, a Penitenciária Feminina de Piraquara tem 460 apenadas.

l Em uma cela convivem 4 pessoas, mas o ideal seriam 3.

l A maioria dessas mulheres tem entre 18 e 25 anos.

l 80% dos casos estão relacionados ao tráfico de drogas.

l 88% delas são mães.

l Vivem na creche da penitenciária 35 crianças de 0 a 3 anos.

l Cerca de 90 mulheres não possuem familiares nem amigos. Estão sozinhas.

l A penitenciária feminina conta com 1 psicóloga e 1 assistente social para atender a todas.

Ir. Rogério MateucciDiretor de Pastoral e Identidade Institucional

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O projeto é interdisciplinar, e cada proposta sugerida pode ser desenvolvi-da em parceria com vários cursos, até mesmo de áreas diferentes. Para Arns, essa mescla proporciona troca de conhecimentos, o que engrandece o proje-to, potencializando seus resultados, tanto para quem está recebendo a ativida-de quanto para quem a está aplicando. Conheça algumas ideias.

LIXO NA TERRA?

O que fazer com restos de comidas e guardanapos usados? Para dar um fim adequado, sem sobrecarregar o sistema de coleta de lixo, uma solução prática e sustentável é a composteira, espaço de terra reserva-do e preparado para receber os dejetos orgânicos do local onde se en-contra. Com o tempo, os resíduos viram adubo, fortificando o solo. “O que a gente faz afeta tudo que está ao redor. A sustentabilidade envolve o econômico, o social e o ambiental”, afirma o aluno de Engenharia Civil Artur Hatschbach de Paula, 18 anos.

Participam do projeto: Escola Politécnica e Escola de Saúde e Biociências.

Tudo junto e misturado

ÁGUA AQUECIDA

Tomar banho quente todos os dias é tão comum para a maioria das pes-soas, que nem chega a ser considerado uma regalia. No entanto, essa não é a realidade do Complexo Penitenciário de Piraquara. As mulheres quase sempre usufruem desse benefício, mas como os chuveiros são elétricos e a quantidade de banhos é enorme, por vezes não é possível tomar banho de água quente. No presídio masculino, essa possibilidade não existe e o gasto com medicação por resfriado e doenças pulmona-res é grande – cerca de R$ 100 mil mensais. Por isso, a solução suge-rida é a implantação de um sistema de aquecimento solar para a água, com garrafas PET e latinhas de refrigerante. “A ideia é que elas apren-dam a fazer o sistema e até mesmo a manutenção”, afirma a aluna de Engenharia Civil Gabrieli Ficanha, 18 anos.

Participam do projeto: Escola de Arquitetura e Design e Escola Politécnica.

DENTEs LImpOs

Segundo a diretora da penitenciária feminina, não existem atividades re-lacionadas ao incentivo da higiene bucal para os filhos das apenadas que moram ali. Por isso, os alunos de Odontologia foram convidados a apresentar alguma ação que possa suprir essa demanda.

Participam do projeto: Escola de Saúde e Biociências.

Alunos da Escola Politécnica estão dis-postos a ouvir necessidades das apena-das e aperfeiçoar suas propostas.

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A LEI DO ARREpENDImENTO

Já parou para pensar o que leva um ex-presidiário a reincidir no cri-me? Para a advogada Patricia Piaseck, professora do curso de Direito da PUCPR e participante do projeto, pode ser a falta de entendimen-to dos fatos e, consequentemente, a ausência de arrependimento. Junto com alunos de Direito, Psicologia e Serviço Social, a profes-sora aplicará no presídio ação focada na Justiça Restaurativa, que visa a conhecer a fundo o agressor e estudar, analisar os fatos com ele, por diversas óticas – judiciária e psicológica, por exemplo. Em seguida, é promovido um encontro entre o agressor e a vítima, para que tenham chance de pedir, receber e dar o perdão. “Normalmen-te, as mulheres praticam um crime imbuídas de passionalidade. Por isso acredito que a chance de êxito ao realizar essa ação com elas é grande. A mulher, naturalmente, também tem uma tendência a ser mais sensível, o que pode facilitar o processo”.

Participam do projeto: Escola de Direito, Escola de Educação e Humanidades e Es-cola de Saúde e Biociências.

A proposta dos alunos de Direito aborda questões jurídicas de forma humana.

CRIANDO O pRópRIO CAmINhO

Por meio de atividades que estimulem a criatividade, a estudante Isabella Cristina de Moura, 19 anos, de Design Digital, acredita que as detentas podem ter seu senso de independência restaurado. “As atividades profissionais realizadas no presídio são focadas na exe-cução. Elas não são provocadas a pensar. Com essas outras ações, acho que elas serão incentivadas a pensar por si e acreditar que po-dem cuidar da própria vida”.Dentre as propostas dessa ação, está a oficina de criação de estam-pas e de conceitos, atividade que pode ser realizada futuramente no mercado de trabalho.

Participam do projeto: Cursos da Escola de Arquitetura e Design.

A ARTE DE OUVIR

Uma psicóloga e 460 histórias para serem ouvidas. Essa é a realidade da Penitenciária Feminina de Piraquara. Independente do que as levou à prisão, elas são mulheres com sentimento de culpa, com questiona-mentos sobre sua existência e carentes de atenção. A estudante Cecília dos Santos, de Teologia, participará do projeto com os alunos de Psico-logia em uma atividade chamada Escuta, que consiste em doar tempo e atenção às apenadas, ouvindo seu desabafo, tudo o que elas têm a dizer. “O fato de ter alguém as ouvindo pode aliviar o sofrimento que es-tão sentindo”, acredita a aluna.

Participam do projeto: Escola de Educação e Humanidades e Escola de Saúde e

Biociências.

Alunos da Escola de Saúde e Biociên-cias pretendem desenvolver atividades preocupadas com a saúde mental e fí-sica da apenada.

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Rosemeri PaeseMaestrina do Coral

Achamos importante que o cantor vivencie vários estilos musicais, de diversos países e períodos históricos.

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Coral Champagnat completa 40 anos. A paixão pela música é a marca de sua trajetória.

Os sabiás da PUCPR

Cantar para expressar o amor, a dor, a alegria e a tristeza. Cantar para ver o outro se surpreender, sor-rir, chorar. Cantar sem parar. Há 40 anos, o Coral Champagnat – PUCPR tem encantado o Paraná e outros estados do país, com as vozes de seus sabiás.

A maestrina Rosemeri Paese, há 22 anos no comando do Coral, afirma que, além da aptidão, é fun-damental que o participante goste

muito de cantar, pois ele deverá aliar sua rotina aos ensaios e apresenta-ções do grupo.

A farmacêutica Marlene dos Santos, professora na PUCPR e há dois anos no Coral, comenta que a música está presente em sua vida desde a adolescência. “Amo cantar e estar envolvida com tudo que se relaciona com música (ritmos, técni-ca vocal, expressão facial)”. Ela ain-da afirma que sua maior alegria é

quando uma música fica pronta para ser cantada.

A arquiteta Fabianne Balvedi, também professora da PUCPR e in-tegrante do coral desde a década de 1990, conta o quanto cantar lhe faz bem. “Quem canta os males espan-ta. Isso é verdade! Ver as pessoas sorrirem ao ouvir nossas vozes tam-bém traz uma alegria indescritível”.

Além de professores e alu-nos, demais colaboradores da

Coral Champagnat se apresenta para Desmond Tutu, em Curitiba. Uma experiência inesquecível e marcante na vida dos cantores.

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Universidade e cantores da comuni-dade externa dão vida a músicas clás-sicas e populares. Atualmente, o Coral conta com um grupo de 25 a 30 in-tegrantes. A maestrina explica a diver-sidade de repertórios. “Anualmente, mudam-se os integrantes do Coral – principalmente, por se tratar de um coro universitário. Achamos impor-tante que o cantor vivencie vários es-tilos musicais, de diversos países e períodos históricos”, afirma.

Música e teatroOs espetáculos apresentam,

além de vozes entoadas, encenação do repertório escolhido. Um roteiro envolve o canto e a interpretação cê-nica, que chama a atenção do públi-co pela elaboração de figurinos, ce-nários e iluminação apropriada.

A primeira apresentação do Coral Champagnat no estilo coro cênico foi em 1988. Fabianne participou de uma das primeiras apresentações encenadas: Retratos (1990), sob a regência de Rosemeri Paese e dire-ção de Laércio Ruffa. “O que mais me atraiu foi a proposta diferente deste coral, que também é cênico. Interpretar junto com as canções é muito legal”, conta Fabianne.

A arquiteta afirma que essa foi a

apresentação mais emocionante de sua vida. “Foi a minha primeira apre-sentação. Meus pais vieram me as-sistir de surpresa. Na verdade, eles é que se surpreenderam. Eles achavam que eu era desafinada, mas quando me ouviram com os outros membros cantando direitinho, acharam que o Coral tinha feito um milagre comigo”.

Emoções em palcoNão é só o público que se emo-

ciona ao ouvir uma canção entoada por várias vozes: os cantores de coro também se arrepiam com esse mo-mento. Para a maestrina, é difícil di-zer qual evento mais lhe emocionou durante o tempo em que coordena o Coral. “Cada um carrega suas particu-laridades especiais. Participamos de muitos momentos históricos marcan-tes da PUCPR, entre inaugurações de todos os câmpus, homenagens dedicadas a pessoas que marca-ram a trajetória da instituição, entre outros”. Para citar uma, a apresenta-ção em que cantaram para o bispo anglicano e Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu, na solenidade de entrega de título de Doutor Honoris Causa pela PUCPR, é lembrada com muito carinho. “Foi inesquecível, es-pecialmente pela oportunidade de

conhecermos um ser humano tão especial quanto o bispo Tutu”.

Marlene compartilha da mesma opinião. “Quando nos apresentamos para Desmond Tutu, ele disse que fe-chou os olhos e achou que estava na África [terra natal do bispo]. Foi emo-cionante”.

Rotina atribuladaPara conciliar ensaios, apre-

sentações e a rotina diária, é preci-so driblar o relógio. O Coral ensaia duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, das 16h30 às 18h30, no Salão Nobre do Hospital Nossa Senhora da Luz. Nos ensaios, são trabalhadas técnica vocal, análise e interpretação de obras.

O cronograma de apresentações está dividido entre: missas solenes, eventos acadêmicos (congressos e semanas acadêmicas), inaugurações, abertura de exposições de arte, ho-menagens e espetáculos do Coral.

Para Fabianne, a maior dificul-dade para quem participa do Coral é justamente compatibilizar todos os horários. “Quando se tem muitas pessoas em um grupo, isso fica bem desafiador. E quando se têm muitas outras tarefas, fora a participação no Coral, isso fica ainda mais difícil”.

17Quem participa?O Coral é o lugar para aqueles que amam cantar e estão dispos-tos a aprender e aprimorar o dom. No momento da seleção, o interes-sado apresenta uma música de li-vre escolha e realiza exercícios vo-cais. “Todos passam por um teste de avaliação e, conforme os quesi-tos afinação, musicalidade e timbre, são selecionados para participar do grupo”, explica Rosemeri. Segundo a maestrina, não é preciso ter co-nhecimentos avançados de canto para ingressar.

Mais informações no site <www.pucpr.br/coral>

As inscrições ocorrem no início do ano.A maestrina Rosemeri Paese coordena o Coral Champagnat há 22 anos.

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reportagem

Em Bioética, ciência e reflexão caminham juntasPUCPR oferece mestrado sobre o tema. Curso é o primeiro na área aprovado no Sul do Brasil.

O avanço das ciências é, sim, um indicador de evolução humana, de-senvolvimento econômico e cultu-ral de um país. Essas descobertas e aprimoramentos, elaborados a prin-cípio para melhorar a vida dos seres humanos, estão cada vez mais pró-ximos do cidadão comum. E é bem por causa desse avanço e dessa aproximação que surge a Bioética. Essa nova área da ciência aparece a fim de despertar uma reflexão nas tomadas de decisões que envolvem a vida dos seres vivos.

Mas o que significa Bioética? De modo simples, “é a ética frente às biociências, a ética da vida”, como explica o professor Mário Antonio Sanches, coordenador do Mestrado em Bioética da PUCPR, que terá iní-cio em março de 2013. Essa é uma área que busca promover diálogo in-terdisciplinar, tendo como palavra--chave a reflexão. Portanto, a Bioética não oferece respostas para todas as perguntas, “ela é a reflexão do que é o melhor a ser feito em relação à determinada situação em que se

deve tomar uma decisão”, conclui o professor.

Essa reflexão, proporcionada pela ética da vida (tradução ao pé da le-tra do termo), é fundamental quan-do assuntos de opiniões extremis-tas são abordados. “Quando se vê os dois extremos – o fanatismo –, a Bioética se torna ainda mais necessá-ria. A sociedade perde com a conclu-são das ideias, perde com o fecha-mento da reflexão política, econômica ou científica, por exemplo”, diz o pro-fessor Sanches, ao esclarecer que essa área não envolve apenas a ci-ência em si. Ela também gera ques-tões que envolvem a ética social. “Um exemplo disso é o aborto, o debate fica apenas na questão se é melhor li-berar ou proibir. Nós entendemos que é melhor estudar, pesquisar e refle-tir a respeito dos motivos que levam ao aborto. Talvez assim possamos promover uma redução do aborto no Brasil”, provoca o professor, para ilus-trar a importância dos resultados que uma discussão pode trazer, em vez de apenas um decreto.

Professor Mário Antonio Sanches, coordenador do mestrado em bioéti-ca da PUCPR.

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Mestrado na PUCPREm 2013, a PUCPR vai abrir o

Mestrado em Bioética, o primei-ro na área aprovado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no Sul do Brasil. Essa conquista é impor-tante para a instituição. “Por sermos uma instituição do Grupo Marista, a Bioética está sempre presente”, expli-ca Sanches, que aponta que ela está presente há muito tempo nos comi-tês de ética e pesquisa do Grupo.

Com essa novidade, não é ape-nas quem já é formado que sai ga-nhando. “Vamos insistir no vínculo da pós com a graduação. Nossos professores doutores farão pesqui-sas em Bioética e levarão a reflexão para os acadêmicos”, diz o coor-denador. Ele também explica que, com esse envolvimento, os alunos podem desenvolver habilidade e simpatia pela área, e, quando for-mados, buscar maior aprofunda-mento reflexivo em torno da vida no curso oferecido pela PUCPR.

Sendo base teórica para a ava-liação ética das pesquisas com seres humanos e outros seres, o mestrado vai trabalhar com duas

linhas de pesquisa. A primeira é a de Fundamentos da Bioética, em que a proposta é analisar as bases éticas, filosóficas, teológicas, epis-temológicas, histórico-culturais e científicas presentes no saber da Bioética, a fim de buscar conhecer e refletir os desafios criados ao longo da história humana. Já a outra linha de pesquisa é a de Humanização e Sociedade, em que se despertará a busca pela análise das diferentes interfaces da realidade social hu-mana e das relações mantidas com

seus semelhantes, a fim de manter a vivência em sociedade.

Ao todo, serão 19 disciplinas oferecidas, sendo 3 obrigatórias (Fundamentos da Bioética, Temas de Epistemologia da Bioética e Seminário de Projeto) e 16 disci-plinas eletivas, das quais o aluno poderá escolher cinco. Os docen-tes são originários de várias áreas como Biologia, Direito, Educação, Enfermagem, Filosofia, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Saúde Coletiva e Teologia.

Para participar do mestrado...

Para participar do Processo Seletivo do Mestrado em Bioética, o candidato deve estar aberto ao conhecimento e ao diálogo interdis-ciplinar. É preciso que o interessado tenha curso superior reconhe-cido. As inscrições abrem em dezembro e poderão ser feitas até o fim de janeiro. Já as provas de seleção acontecem em fevereiro. As aulas da primeira turma devem começar em março de 2013.

Para mais informações do processo, acesse <www.pucpr.br/ppgb>.

Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR.

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reportagem

Será que minha área está envolvida com Bioética?Como a base da Bioética é justamente a interdisciplinaridade, veja como algumas matérias se envolvem com a ciência:

Direito: Os estudos bioéticos alcançam diversas questões jurídicas, como relacionamento profissional--paciente, saúde pública, reprodução humana, pesquisas biomédica e comportamental, saúde mental, sexualidade e gênero, morte e morrer, meio ambiente etc. O Biodireito assume posicionamento peculiar: espera-se que aquilo que ingressar no ordenamento jurídico seja resultado do aceitável, do legitimado pelo conjunto dos valores sociais.

Teologia: A Teologia contribuiu com a Bioética na especificidade da reflexão ética, na concepção de ser humano subjacente às intervenções biotecnológicas (Antropologia), no modo do ser humano relacionar-se com a natureza (ecologia). A Bioética em geral, usa, nos debates, o método do “procedimentalismo” ético que acentua o respeito a certos procedimentos necessários para chegar a uma decisão válida.

Filosofia: A reflexão filosófica contribui diretamente com o debate dos grandes temas da Bioética atual, sobretudo por duas razões: a) por sua capacidade de refletir do ponto de vista ético e epistemológico a existência humana e o conhecimento produzido; b) por sua preocupação em assegurar a continuidade autêntica da vida humana e extra-humana no futuro, sobretudo diante dos novos desafios apresentados pelo poder técnico-científico da civilização tecnológica.

Ética: A Ética na pesquisa é um grande ramo da Bioética e já normatizado. No Brasil, a Ética na pes-quisa é normatizada pela Resolução n. 196, de 1996, da Comissão Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. E isto ocorreu por causa do desrespeito aos humanos participantes de pesquisas, principalmen-te as realizadas pelos nazistas com judeus na Segunda Guerra Mundial. Essas pesquisas deram origem aos documentos internacionais e aos documentos existentes hoje que preservam a vida dos seres hu-manos envolvidos em pesquisas.

Biologia: A demanda por estudos que avaliem a percepção ética, moral e legal no uso de animais, do-mésticos e selvagens, na alimentação, vestuário, trabalho, entretenimento, companhia, pesquisa e en-sino tem sido cada vez mais expressiva. Além disso, na busca por um diagnóstico que propicie melho-res condições de bem-estar aos animais cativos, por meio da aplicação do enriquecimento ambiental, a sociedade tem exigido mudanças nos paradigmas éticos relativos ao modo como o homem trata os animais.

Enfermagem: A Enfermagem atua no cuidado do ser humano nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. O avanço tecnológico na área da saúde, com o poder de intervenção na vida das pessoas e da sociedade, gera situações de dilemas éticos e, consequentemente, reflexão crítica sobre a prática profissional do enfermeiro.

medicina: Podemos dizer que a Bioética é uma transformação da milenar ética médica, pois, embora a Ética tenha sempre estado presente na Medicina, com a Bioética a reflexão se amplia para outros pro-fissionais envolvidos e analisa a importância de outras realidades e contextos que vão além do contexto biomédico.

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Como você pode perceber...A Bioética está tão próxima do nosso

dia a dia, e envolve tantas questões de-licadas em torno da sociedade, que se torna fundamental, diante dos conflitos, frequentes, que o avanço científico nos traz. Para simplificar e, propormos uma reflexão, segue uma lista de sugestão de filmes em que você pode visualizar a for-ma como a Bioética se envolve e é trata-da no nosso contexto.

Gattaca (1997)Ao mostrar que, no futuro, os seres hu-manos podem ser geneticamente cria-dos em laboratório, a partir de modelos, e que o processo natu-

ral de geração da vida passaria a ser con-cebido como o gerador de “inválidos”, o filme de ficção científica carrega em seu enredo uma forte questão ética, na medi-da em que permite questionar os critérios na escolha dos modelos considerados

Jardineiro fiel (2005)Mostra a relação de go-vernos e das grandes multinacionais com o se-tor farmacêutico, com testes de medicamentos em seres humanos. Os testes eram primeiramen-

te manipulados de acordo com o objetivo da pesquisa e os resultados sobre os efei-tos colaterais eram omitidos, divulgando--se, unicamente, os possíveis benefícios.

Mar adentro (2004)Mostra a história de um marinheiro que, aos 26 anos, fica tetraplégico e permanece na cama por 28 anos. Ele decide lu-tar na justiça pelo direito de decidir pela sua pró-

pria vida e morrer com dignidade. Sua opção, no entanto, confronta-se com as questões morais, religiosas, sociais e até familiares.

... [Bioética] é a reflexão do que é o melhor a ser feito em relação à determinada situação em que se deve tomar uma decisão.

Mário Antonio SanchesCoordenador do Mestrado em Bioética da PUCPR

Fotos: Divulgação

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Uma solução sustentávelO que é lixo para uns, virou produto de valor para outros. PUCPR faz combustível natural a partir do óleo de cozinha.

pesquisa

“O que fazer com o óleo da fritura?” Por vezes, essa é uma pergunta frequente entre donas de casas e profissionais que tra-balham em restaurantes. Com o descarte adequado e passan-do por um processo específico, esse resíduo pode virar energia. Desde 2010, pesquisa desen-volvida pelos professores e alu-nos de Engenharia Química da PUCPR, por meio do PIBIC, tem buscado maneiras de produzir biodiesel1 a partir do óleo de fritu-ra. A alternativa já é considerada sustentável e viável.

Você já pensou em como contribuir para a redução do efei-to estufa? Você já parou para pensar que fontes de energias não renováveis podem se es-gotar em poucos anos? “Existe a previsão de que o petróleo se esgotará em 50 anos, daí a im-portância da produção dos com-bustíveis alternativos”, explica Nei Hansen, professor de Engenharia Química da PUCPR e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Foi entendendo essas problemá-ticas que a PUCPR montou uma unidade de fabricação de biodie-sel, com foco no desenvolvimen-to sustentável, visando a suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às demandas das fu-turas gerações.

Destino sustentávelPara manter os princípios bá-

sicos da sustentabilidade, é pre-ciso matéria-prima barata e tec-nologia não poluente. É o que acontece na unidade de biodiesel da PUCPR, instalada na Fazenda Gralha Azul. O espaço, financia-do pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), é uma unida-de-piloto, a partir da escala de la-boratório, que usa óleo de fritura e álcool etílico como matérias-pri-mas, com capacidade de produ-ção de 100 litros/dia de biodie-sel. “O projeto da FINEP termina em 5 de novembro de 2012, e todos os objetivos propostos fo-ram atingidos”, aponta o profes-sor Hansen.

Existe a previsão de que o petróleo se esgotará em 50 anos, daí a importância da produção dos combustíveis alternativos.

1 O biodiesel é um combustível natural produzido a partir de fontes renováveis, como óleos vegetais, gordura animal e óleos e gorduras residuais.

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Nei HansenProfessor de Engenharia Química da PUCPR

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Além do problema ambiental, o óleo de soja, do qual é feito o bio-diesel tradicional, é caro. Já o óleo de fritura tem somente o custo de coleta. “Se compararmos o custo do óleo de soja com o óleo de fritura, é promissora sua economicidade”, ex-plica Hansen. Então, o próximo pas-so “é oferecer a nossa tecnologia para proprietários de empresas de

transporte, que, ao construir uma uni-dade, poderiam produzir seu próprio combustível com respaldo na lei”, aponta o professor ao ver perspec-tiva mercadológica para o produto.

Desde 2004, com o lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, o Brasil tem ga-nhado destaque no meio. “Hoje, pela lei, são adicionados 5% de biodiesel

ao diesel de petróleo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a mistura do óleo de fritura ao óleo diesel de pe-tróleo pode ser de até 10%”, diz Hansen. O Brasil, como país mais desenvolvido em tecnologia de fabri-cação de biodiesel, tem como obje-tivo na área seguir esse caminho e diminuir cada vez mais a dependên-cia do diesel de petróleo.

VOCÊ SABIA?

l A cada 3,8 litros de gasolina queimada por um automóvel, 10 kg de CO2 são liberados na atmosfera.

l Para produzir 1 litro de bio-diesel, é necessário 1,25 litro de óleo de cozinha.

l 1 litro de óleo pode contami-nar 25 mil litros de água.

Laboratório de Desenvolvimento de Técnologias Limpas

Fonte: www.biodieselbr.com/efeito-estufa/gases/emissoes.htm

- 20%

- 9,8%

- 14,2%

- 26,8%

- 4,6%

Enxofre Anidrido

carbônico

Hidrocarbonetos

não queimados

Material

particulado

Óxido de

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A substituição do óleo diesel mineral pelo biodiesel resulta na redução de emissões de:

João Borges

Professor Nei Hansen, do Curso de Engenharia Química da PUCPR.

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entrevista

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Satisfação não é uma métrica absolutaEspecialista defende a segmentação como forma de atender às expectativas

O renomado pesquisador da área de Marketing, V. Kumar, ministrou palestra e workshop na PUCPR.

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O professor V. Kumar, durante o segundo dia de workshop, em en-trevista exclusiva à PUCPR, defen-deu que as empresas não devem buscar a satisfação de seus clien-tes de forma padronizada. “Deve-se satisfazer os clientes mais ren-táveis de uma forma, e os menos rentáveis, de outra. Por exemplo, para aqueles clientes de maior va-lor, a empresa pode deixar um te-lefone à disposição para resolução de problemas. Os demais podem ter outro canal – o site da compa-nhia é um exemplo”.

Para o professor, a parceria entre a Global Marketing Network (GMN) e a PUCPR (iniciativa inédita para realizar, em Curitiba, workshops presenciais em inglês com reno-mados experts) contribuirá para disseminar conhecimento entre os executivos de marketing no Brasil. “Um dos objetivos da GMN é ter uma boa conexão com a comuni-dade de negócios local. Ter parce-ria com uma universidade como a PUCPR contribuirá para que os pro-fissionais de marketing do Brasil te-nham acesso às últimas tendências

e informações do mercado mundial e também aproximará a academia e a comunidade de negócios”.

O público que compareceu aos dois dias de workshop cau-sou boas impressões em Kumar: “Fiquei muito feliz com o nível de engajamento nas discussões pelos profissionais aqui presentes. Em al-guns países os participantes ficam extremamente quietos, seja pela ti-midez ou pela barreira da língua, mas aqui as pessoas estão muito participativas. Temos 15 indústrias diferentes representadas, o que

Por Vivian Lemos

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enriquece o nível da discussão, pois traz realidades distintas. Tenho um estilo que convida à participação e o público reagiu muito bem”, comenta.

De acordo com o indiano, um dos maiores desafios do Brasil para manter seu crescimento é investir na educação: “O Brasil é um dos pa-íses mais rápidos em crescimen-to e um dos maiores mercados da atualidade. O país está fornecen-do oportunidade para que multina-cionais fabriquem e comercializem seus produtos aqui. No entanto, a educação precisa acompanhar esse ritmo. É preciso que mais uni-versidades tenham essa proposta de aproximar a academia e a comu-nidade de negócios. Nos Estados Unidos esse intercâmbio entre in-dústria e universidade é muito co-mum. Há muita procura, por parte das indústrias, pelas universidades, especialmente para desenvolver pesquisas”.

Entre os principais desafios do profissional de marketing da atuali-dade estão as novas possibilidades de comunicação, abertas sobretu-do pela tecnologia: “As ferramen-tas online têm grande destaque na

atualidade, inclusive nas economias em desenvolvimento. Muitas estra-tégias estão sendo desenvolvidas pensando no mobile, mas eu pen-so que ainda há um longo caminho até que se atinja o consumidor da forma correta neste meio. Hoje, na Índia, se recebemos uma mensa-gem de propaganda por meio do celular, nosso impulso mais comum é apagá-la. Já se uma pessoa bate à nossa porta para fazer uma pro-paganda, há mais chance de ouvir-mos. É preciso entender o compor-tamento local. Acho que o mercado ainda não entendeu a forma corre-ta de fazer essa pessoa se enga-jar e abrir a mensagem. É mais uma questão de entender o comporta-mento do consumidor localmente do que da tecnologia”.

Para Kumar, a segmentação é a chave do sucesso: “A segmenta-ção é algo crítico para o sucesso. O Brasil será um grande foco de cres-cimento para as multinacionais, mas é preciso fazer um produto global ter a cara do mercado local. É preciso entender que tipo de produto e pro-moções funciona para a comunida-de local”.

Aluno com melhor desempenho no Exame Multidisciplinar da Escola de Negócios participa de workshop com V. KumarEstudante do curso de Secre-tariado Executivo foi convidado para workshop como reconhe-cimento pelo bom desempenho

Aluno do curso de Secre-tariado Executivo da PUCPR, Iago Hitoshi Ueki conquistou o melhor desempenho no Exame Multidisciplinar da Escola de Negócios da PUCPR. Como re-conhecimento, ele foi convida-do para participar do workshop promovido pelo pesquisador V. Kumar, referência mundial da área de Marketing.Kumar é um dos cinco pri-meiros na lista de escolas de Marketing no mundo, presiden-te de Marketing e diretor execu-tivo no Center for Excellence in Brand & Customer Management e professor na J. Mack Robinson College of Business, da Georgia University, EUA. O workshop aconteceu nos dias 3 e 4 de outubro.

O Brasil é um dos países mais

rápidos em crescimento e

um dos maiores mercados da

atualidade.

O aluno Iago com o pesquisador Kumar (ao centro) e a coordenadora do curso de Secretariado Executivo, Sara Regina Hokai.

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Escola de Direito promove Congresso Internacional A ministra do STJ, Eliana Calmon, encerrou o Congresso de Direito da PUCPR na última sexta-feira (19). Ela foi recebida pelo decano da Escola de Direito da Universidade, Alvacir Nicz, e a coordenadora do curso, Marilena Indira Winter. O reitor da Uni-versidade, Clemente Ivo Juliato, tam-bém prestigiou a palestra da ministra.

Ministra Eliana Calmon (ao cen-tro) ao lado dos representantes da PUCPR.

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Aluna de Jornalismo da PUCPR comanda programa de TV sobre futebolSamara Macedo concorreu com mais de 30 candi-datos e foi a escolhida para apresentar o programa Nação Coxa Branca, do canal PFC (121 da Sky). O programa é quinzenal, tem 30 minutos de duração e traz informações sobre o Coritiba, sua torcida e os bastidores do esporte. O diferencial dessa pro-dução é que o Coritiba é o primeiro clube a ter um programa exclusivo na TV.Para a estudante, o estágio está sendo a realização de um sonho. “Eu comecei o curso de Jornalismo com o intuito de trabalhar em TV. Acredito que o Nação Coxa Branca será uma vitrine que pode me abrir muitas ou-tras portas”, afirma.

Samara em ação, durante a gravação do programa.

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2ª Semana de Moda da PUCPR revela novos talentosA aluna Mariana Pietrobelli, do 4° período do curso de Design de Moda da PUCPR, levou o 1º lugar no 2º Con-curso de Novos Talentos de Design de Moda da PUC-PR, ocorrido durante a 2ª Semana de Moda da Univer-sidade. Neste ano, o concurso teve como tema looks em retalhos de tecidos, incentivando a sustentabilidade. A Semana de Moda da PUCPR é realizada pela Esco-la de Arquitetura e Design e propõe um ambiente de aprendizado, fomentação da criatividade, inovação de ideias, inspiração, interdisciplinaridade e preocupação ambiental.

Mariana, segurando o prêmio, ao lado da coordenadora do curso de Design de Moda da PUCPR, Camila Ferreira, e das modelos que desfi-laram com as peças premiadas.

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Primeiro lugar no vestibular da PUCPR

Thales Marcon Almeida, 20 anos, é o primeiro colocado no Vestibular de Verão 2013 da PUCPR. Ele comemora a conquista da bolsa de estudos para o curso de Medicina com o vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi, e com o reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliatto. Thales mora em São Paulo e a PUCPR foi a única instituição paranaense em que prestou vestibular. Para se preparar, faz cursinho pré-vestibular, além de aulas particulares nas disciplinas em que tem mais dificuldade. Entre aulas e tarefas de casa, foram mais de sete horas de estudo diárias. Mesmo assim, o resultado foi uma surpresa. “Fiquei assustado quando o vice-reitor da PUCPR me ligou informando a minha classificação. Depois do susto, foi só festa”, disse.

Thales Almeida comemora a conquista da bolsa de estudos para o curso de Medicina com o vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi (à esq.), e com o reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliatto.

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Estudante de Teatro da PUCPR estreia na televisão este mêsA paraense Annelise Mileo saiu de sua terra natal para morar em Curitiba e aprimorar o sonho de ser atriz. “Eu sempre quis ter um diploma na área de interpretação teatral, e es-colhi a universidade para ser o meu diferencial no mercado de trabalho”. O que ela não imaginava era que, em pouco tempo, daria um salto em sua carreira. A dedicação aos es-tudos e a paixão pela atuação levaram Annelise a ser es-calada como protagonista de uma das séries do Casos e Causos, programa da RPCTV. Ela estreia na televisão, em novembro, interpretando Maria Rosa, uma das seguidoras mais fervorosas do monge José Maria, figura central na Guerra do Contestado. “Nunca tive outro sonho que não fosse viver personagens. Maria Rosa foi um grande pre-sente. Para mim, foi um lindo desafio, como atriz, viver uma menina de 14 anos que tem uma fé enorme e consegue convencer 10 mil soldados a lutarem pelas suas terras”.

Annelise Mileo inter-preta a protagonista Maria Rosa em uma das séries do Casos e Causos.

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Uma experiência única! É o testemunho de todos aqueles que participam das vivências oferecidas pelos Núcleos de Pastoral nos câmpus da PUCPR. Um dos objetivos da Pastoral é fortalecer o diálogo constante e enriquecedor entre Ciência e Fé, valorizando as socie-dades e as culturas, sob uma perspectiva cristã da re-alidade. Ela proporciona, de um lado, a oportunidade de o aluno aprofundar temas ligados à solidariedade, justiça, comprometimento social e compromisso com o meio ambiente, e, por outro lado, espaços importan-tes para o enriquecimento de suas relações humanas, convivência e cultivo pessoal.

E há quem pense que na Pastoral fala-se apenas de religião. A coordenadora do Núcleo Pastoral do Câmpus Curitiba, Ana Langner, mostra que não. “A Pastoral promove ações que visam a possibilitar ao universitário a vivência de valores universais, tais como a ética, o respeito, o diálogo enriquecedor com o ’di-ferente’”, explica. O professor da PUCPR, Dr. Marciano Cunha, aponta que a “Pastoral é vida, é juventude, é dinamismo, é vínculo e, por que não, religião – mas re-ligião no sentido etimológico da palavra, porque pro-move espaços de convivências”.

A PUCPR, por sua identidade cristã, tem a missão de dedicar-se sem reservas, por meio da educação, à formação de cidadãos éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade, “por isso, torna-se o espaço onde os conhecimentos são partilhados, con-frontados, sistematizados, constituídos em Sabedoria, e colocados a serviço da vida”, aponta a coordenado-ra Ana, ao explicar a promoção e o objetivo do convívio

interdisciplinar. “Foi por meio da Pastoral que desco-bri que a vida universitária não é apenas sala de aula, mas, sim, uma jornada da vida”, completa o aluno do 4º período de Letras, Hong Ruwen.

“Esse é grande diferencial da Pastoral. Faz a gen-te se sentir mais acadêmico da Pontifícia Universidade Católica. Eu não consigo mais vir para a PUCPR sem passar pela Pastoral, pois é uma verdadeira fonte de juventude e de ’identidade’ com o selo Universidade”, declara Rodolff Nunes da Silva, acadêmico do 9º perí-odo de Medicina, do Câmpus Curitiba.

Por meio dos mais variados projetos, os Núcleos de Pastoral dos câmpus universitários da PUCPR proporcionam experiências diferenciadas ao acadêmico

Vida Universitária além das salas

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PUC Solidária

“O projeto tem como foco importante a interdiscipli-naridade entre alunos, professores e a comunidade. O trabalho do assistente social tem como objetivo garantir direitos e assistência para a população em vulnerabilidade social. O PUC Solidária faz isso de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os de-samparados socialmente e, com isso, posso viven-ciar na prática o meu fazer profissional.”

matilde Ventura Luciano6º período de serviço social, Câmpus Curitiba

Curitiba

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pastoral

pARTICIpEOs estudantes podem participar engajando- se naquelas ações planejadas e ofertadas pela Pastoral, ou ainda sugerindo ações, pro-jetos e parcerias que tenham relação com os objetivos específicos da Pastoral. Clique lá no <www.pucpr.br/pastoral> ou passe na Pastoral do seu câmpus para viver essa experiência.

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Missão Universitária

“Saímos do Câmpus São José como acadêmicos e retornamos como graduados na vida. Aprendemos muito durante aquela semana realizada entre 30 de junho e 7 de julho de 2012, em Guaraqueçaba (PR), aprendemos lições de vida, tais como partilha, conví-vio, paciência, respeito com os diferentes, ser diferente e amor ao próximo. Creio que a missão se resume em uma palavra: amor. Amor foi realmente o sentimento exalado por todos, tanto dos moradores para conos-co, quanto dos jovens para aquela comunidade.”

Luiza Janaina Rosa, 22 anos8º período do curso de Agronomia, Câmpus são José dos pinhais

São José dos Pinhais

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ACAMPUC

“É um acampamento que proporciona o con-tato com a natureza e imprime caráter de co-letividade, companheirismo, integração e superação, demonstrando a importância da relação consigo, com o próximo, a natureza e com Deus. O ACAMPUC é um espaço forte de amizade, simplicidade e convivência, onde os acadêmicos deixam de ser futuros advogados, médicos, engenheiros, etc. e se entregam ao momento. São claros a satisfação e o cresci-mento de todos os que participam, conhecem acadêmicos de outros câmpus e enraízam no-vos laços de amizade.”

Douglas Rocha Paixão, 20 anos4º período de Direito, Câmpus Londrina

Londrina

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Constituição em Evidência

“Incrível perceber que não estamos sozinhos, a distância entre as turmas se mostrou mínima assim que decidimos trabalhar juntos. Encontramos colegas com a mesma vi-são sobre o curso, cientes da importância de mostrar o Direito e a Constituição de maneira acessível e evidente no cotidiano. Agora vemos o resultado do projeto tam-bém em nós, pois percebemos que, assim como o Direi-to, os acadêmicos caminham melhor em unidade.”

Naiara Coelho, 19 anos4º período de Direito, Câmpus Maringá

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Fórum de Juventudes

“Os jovens de Toledo e região foram agraciados com o Fórum de Juventudes, ocorrido no dia 18 de agosto, com o tema Juventude e Polí-tica: responsabilidades e desafios. O Fórum teve como objetivo fomentar discussões relacio-nadas à realidade juvenil. Um aspecto positivo do evento foi a presença de muitos jovens das mais diversas realidades. Isso mostra que muitos deles estão dispostos a assumir responsabilida-des e fazer a diferença. Parabenizo a iniciativa e, como jovem, digo que temos que ‘mostrar nos-sas caras’ e ocupar nossos espaços. Só assim seremos de fato a mudança que queremos ver.”

Jéssica Manfrin, 21 anos6º período de Engenharia Ambiental, Câmpus Toledo

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Inovatec Paraná 2012 Uma parceria da PUCPR com o Sistema FIEP e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensi-no Superior, promoveu, no dia 16 de outubro, mais uma edição do Inovatec Paraná. O evento reuniu as maiores instituições de pesquisa do Estado, a fim de promover a interação indústria/academia em projetos de inovação tecnológica. O objetivo da promoção é oportunizar que universidades e institutos de pes-quisa apresentem tanto suas competências como os projetos já patenteados, que aguardam parcerias para serem levados ao mercado.

Fórum de SustentabilidadeO curso de Engenharia Ambiental da Escola Po-litécnica da PUCPR, promoveu, de 23 a 25 de outubro, o 2º Seminário Internacional de Sus-tentabilidade Ambiental Urbana: Revitalizações de Rios Urbanos. O evento, que aconteceu no teatro da PUCPR (Tuca), teve como objetivo promover o intercâmbio entre pesquisadores e profissionais de diversas áreas do conhecimen-to, interessados e envolvidos em estudos sobre revitalização e naturalização de rios urbanos, proporcionando subsídios à pesquisa, ao ensi-no e à extensão.

Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental da PUCPR, Fabiana Andreoli, durante o evento.

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Coordenadora do curso de Turismo da PUCPR, Raquel Panke Apolo, com a revista online em mãos.

A abertura do evento contou com a presença de várias autoridades governamentais, empresariais e acadêmicas.

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Caderno de Estudos e Pesquisa do Turismo O curso de Turismo da Escola de Negócios da PUCPR lançou o Caderno de Estudos e Pesquisa do Turismo. Na revista, que é online, serão publicados trabalhos que promovam a difusão de estudos, pesquisas e documen-tos relativos à área do Turismo, dando ênfase para o desenvolvimento socioeconômico e cultural, abordando temas emergentes capa-zes de suscitar a troca de informações, bem como o debate de questões nesse campo do conhecimento. Para conhecer, acesse: <www2.pucpr.br/reol/index.php/TURISMO>.

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PUCPR no Encontro Interna-cional MaristaO reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, parti-cipou do 5º Encuentro Internacional Marista de Instituiciones de Educación Superior. O evento aconteceu em outubro, na capital do México, ocasião em que foi assinado o certificado de fi-liação da PUCPR à Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior.

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2º Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais A PUCPR recebeu o 2º Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais: Cereais e Vegetais, que aconteceu em 26 de outubro, no Câmpus Curitiba. Esta edição, que traz este tema pelo destaque da região como produtora de hortifru-tigranjeiros, sucos e néctares de trigo, incluindo moagem, panificação, massas e biscoitos, é uma continuidade do 1° Mini Fórum de Aplica-ção de Ingredientes Funcionais: Produtos Lácte-os, realizado com sucesso, em junho, em Ponta Grossa (PR). Vidal Martins, decano da Escola Politécnica, fez a abertura do Fórum.

5º Encuentro Internacional Marista de Instituiciones de Educación Superior aconteceu na Cidade do México.

I Simpósio de Clínica MédicaA Escola de Medicina da PUCPR pro-moveu o I Simpósio de Clínica Médica, no dia 22 de outubro. Com o objetivo de esclarecer aspectos fundamentais ao desempenho da carreira médica, foram promovidas palestras com temas como segurança de pacientes, interação en-tre farmacologia e medicina, solicitação de exames complementares. O even-to contou ainda com uma conferência com dicas para o profissional elaborar um currículo médico e encerrou com uma palestra sobre o futuro do ensino médico.

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Cursos Cisco CCNA Exploration e CCNA Security

Estão abertas as inscrições para as turmas de 2013 da Academia Cisco Oficial PUCPR. São ofertados cursos dos currículos oficiais Cisco CCNA Exploration e CCNA Security (Segurança de Redes). Mais informações e inscrições no site <www.pucpr.br/cisco>.

Inscrições para Mestrado em Informática

Os interessados em ingressar no curso de Mestrado em Informática da PUCPR podem se ins-crever até o dia 30 de novembro. O início das aulas é em março de 2013. O curso possui seis linhas de pesquisa e já contabiliza 254 dissertações de mestrado e oito teses de doutorado de-fendidas. Mais informações no site <www.ppgia.pucpr.br>.

Estágio em Cirurgia do Joelho no Hospital Cajuru

O Grupo do Joelho do Hospital Universitário Cajuru (HUC), da PUCPR, coordenado pelo mé-dico Fabiano Kupczik, está com inscrições abertas para duas vagas de estágio em cirurgia do joelho, com início em 2013. Podem se inscrever médicos ortopedistas com título da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Interessados devem enviar currículo resumido mais duas cartas de recomendação para o e-mail <[email protected]>, até 30 de novembro. O resultado será divulgado até 15 de dezembro.

Exposição itinerante Projeto Comunitário 10 anos

Desde o fim de outubro, a exposição itinerante Projeto Comunitário PUCPR: Ano 10 está pas-seando pelos blocos da Universidade. Amostra, com projeto gráfico do professor Ivens Fontoura, curador do Museu Universitário da PUCPR, e textos de Cesar Augusto Rufatto, do Núcleo de Projetos Comunitários, faz parte dos eventos comemorativos dos 10 anos do Projeto Comunitário e apresenta a trajetória de suas atividades. A exibição segue até dezembro.

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fácilCultura éO Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM,

a Lumen Clássica e a Clube FM.

QUARTA BRAsILEIRALumen FM, inspirada pelo Dia Nacional da Música Popular, decreta que toda quarta-feira é dia de música nacional

Por Juliana Sartori

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A Lumen FM está com uma novidade na programação, que é a Quarta Brasileira. Agora, às quartas-feiras a 99.5 só toca música nacional. São 24 horas com clássicos, novidades, passando por todos os ritmos e sotaques. É um dia inteiro para reunir um pouqui-nho da grande e rica produção musical do Brasil. Como a Lumen FM – que já se intitula a rádio da MPB em Curitiba – sempre priorizou a música brasileira na programação musical, fazer um dia inteiro na semana somente com canções nacionais foi apenas uma ação a mais para valorizar os artistas brasileiros.

Essa ideia surgiu após a homenagem que a Lumen FM fez ao Dia Nacional da Música Popular, de outubro – uma lei, sancio-nada pela presidente Dilma Rousseff, instituiu a comemoração, celebrada no dia do nascimento da pianista e regente Chiquinha Gonzaga, primeira compositora popular do Brasil.

A programação especial da Lumen FM nesse dia agradou os ouvintes, que se manifestaram positivamente, elogiando a iniciativa e pedindo mais espaço para a música brasileira no rádio. Resolve-mos atender aos pedidos e implantar um dia por semana só com a nossa música.

BEm BRAsILEIRATem muita novidade boa pra prestar atenção na música na-cional e a maioria dos artistas teve trabalho lançado em 2012.

l Novatos: a safra de novas cantoras – Céu, Tulipa Ruiz, Maria Gadú, Ana Cañas, Roberta Sá, Tiê – possui, cada uma, trabalho autoral e diferenciado que merece ser apre-ciado. Tem ainda os compositores de canções melódicas e introspectivas, como Marcelo Jeneci. O pessoal do rap, a exemplo do Criolo, ou o som maluco com toques eletrô-nicos do Curumim, não ficam para trás.

l Veteranos: eles continuam com todo o gás lançando dis-cos novos: Djavan lançou em outubro o Rua dos Amores, no qual voltou a compor bem ao seu estilo já consagrado há vários anos. O pessoal do pop, como Nando Reis e Capital Inicial, já estão com canções novas na rádio.

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O Projeto Comunitário se inscre-ve no contexto das questões so-ciais da contemporaneidade, em sintonia com a dinâmica e as pers-pectivas de todo o Instituto Marista ao qual pertence. Com a iniciativa, a PUCPR deseja que seu acadê-mico, como cidadão e cristão, te-nha um coração sensível, capaz de se indignar com as situações de injustiça, e esteja disposto a lu-tar por uma nova sociedade, mar-cada pela solidariedade, pela pro-moção humana e pelo senso de justiça.

Ir. Antônio Benedito de OliveiraVice-presidente executivo do

Grupo Marista – Divisão APC

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VOCÊ CONhECE O mAsA?A cada ano, a PUCPR realiza o mape-amento de todas as atividades sociais e/ou ambientais desenvolvidas por seus acadêmicos, colaboradores e professores. O cadastro tem por obje-tivo propor ações de integração entre os diversos elos e suas atividades, le-vando à concretização das interfaces institucionais, conhecer e divulgar as diversas ações que compõem a estru-tura da PUCPR. Isso é o MASA. Caso tenha realizado alguma atividade de cunho social e/ou ambiental ligada à PUCPR, cadastre-a no sistema IGER até 23 de novembro de 2012:menu iniciar>Atividades sociais> Cadastro de atividades sociais.

Para saber quais os tipos de ativida-des podem ser cadastradas, acesse: <www.pucpr.br/masa>.

A acadêmica Ana Luiza está a direita, junto com as crianças participantes e as Irmãs responsáveis pela instituição.

Prática de sucesso

De 2 a 17 de setembro, acadê-micos do curso de Teatro realizaram o Projeto Comunitário com seis apre-sentações do espetáculo infantil Dito e Feito, no teatro Leopoldo Scherner, no Câmpus São José dos Pinhais. O espetáculo surgiu como uma ini-ciativa da Companhia do Intérprete e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São José dos Pinhais e abordou questões de natureza artís-tica, social e ambiental.

Com orientação do professor Elderson Melo, os alunos Luann Vianna da Conceição e Valter Emanuel dos Santos, do 6º perío-do do curso de Teatro, protagoniza-ram a peça, que fala do abandono de animais e gira em torno da von-tade do menino Oscar, representado por Luann, em ter um animal de es-timação. Quando Oscar é presente-ado por sua mãe com um cãozinho, percebe que o animal não possuía o movimento das pernas nem podia latir. Um amigo do garoto, Pedrinho, representado pelo acadêmico Valter, orienta-o a abandonar o animal, mas Oscar resolve ficar com o bichinho e amá-lo da mesma forma, dizen-do que “todos os animais e todas as pessoas são diferentes um do outro e precisam ser amados”.

A peça foi apresentada de forma lúdica e interativa: as crianças con-versavam com o personagem prin-cipal, inclusive orientando Oscar no que deveria fazer. O espetáculo tam-bém mostra às crianças que ter um animal em casa não é como ter um brinquedo – o animal exige cuida-dos, e a peça orienta como de cuidar de um. Nos seis dias de apresenta-ção, o público foi composto por estu-dantes da rede pública de ensino do município de São José dos Pinhais.

De acordo com o acadêmico Luann Vianna, o Projeto Comunitário é essencial, fornece autoconheci-mento e leva conhecimento para os outros. Para ele, apresentar a peça de teatro às crianças fez diferença em sua vida. “É tocante perceber que as crianças entendem a men-sagem de como lidar com a diferen-ça, seja ela qual for. No dia em que a APAE estava presente, uma das alunas com dificuldades especiais disse a frase: ‘O que eu entendi do teatro foi que você deve amar a dife-rença. O cachorrinho tinha problema para andar e latir, mas o menino e a mãe cuidaram dele e deram muito amor e carinho’. E foi com essa fra-se que ela deixou todos da equipe e da prefeitura estarrecidos”.

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Acadêmicos do curso de Teatro, vinculados ao Projeto Comunitário, apresentaram o espetáculo Dito e Feito

Por Arielly C. de Moura GrandeColaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários

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Apresentação do espetáculo Dito e Feito.

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