verificação da aplicação da norma regulamentadora nr-17 no...
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Verificação da aplicação da norma regulamentadora nr-17 no
setor de fabricação de eletroeletrônico de uma empresa do polo
industrial de manaus.
Françoise Paloma G Mamede de Lima1
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em ergonomia e otimização de processo– Faculdade Ávila
Resumo
A décima sétima norma regulamentadora (NR17) da portaria nº 3.214 de 8-6-1978, cujo
título é ergonomia, afirma ter como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Considerando a afirmação anterior à concepção desse artigo visou apresentar, analisar,
discutir e verificar o atendimento dos itens de tal norma sob o enfoque de uma empresa do
Polo Industrial de Manaus (PIM) classificada dentro do grupo de CNAE 26.40-0. A
metodologia utilizada foi à análise dos itens e subitens da norma, de forma descritiva e
observativa. Constatou-se que muitas ações tem sido eleaboradas, afim de cumprir com os
itens da norma a qual a empresa do estudo se enquadra e isso esta sendo realizado de forma
gradual, mas com perceptivel resultado de cumprimentos. Dessa forma, com este artigo,
espera-se contribuir para o entendimento e melhor aplicação dos principais itens da NR 17,
para demonstrar através do exemplo o quanto a norma quando aplicada de forma correta
pode torna-se instrumento eficaz para a prevenção de acidentes de trabalho e,
consequentemente, para a redução do risco de responsabilidade civil do empregador.
Palavras-chave: Ergonomia; NR17; prevenção.
1. Introdução
Primeiramente se faz necessário destacar que as normas de proteção ao trabalhador estão
estabelecidas em diversas legislações, iniciando pela Constituição Federal. Não menos
importantes são as Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT) e as normas regulamentadoras,
todas norteadoras da relação empregatícia. E que após observância e análise dessas
legislações, o empregador deve ter consciência de atender aos seus requisitos e objetivar
adequar-se sempre que necessário considerando é claro as peculiariedades de sua atividade
econômica.
"A Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem" (IIDA,1990). Na lição de Itiro
Iida, Ela é um estudo aprofundado sobre a relação de trabalho do homem. De fato é
perceptível que exista uma correlação entre o trabalho e o homem daí a importância de se
estudar mais profundamente tal convivência, pois o trabalho muitas das vezes pode ser muito
prazeroso ao homem, mas ao mesmo tempo pode se tornar um fardo e ser muito cansativo,
dependendo das condições do trabalho a que se é exposto. Muitos problemas existentes no
ambiente de trabalho das mais diversas áreas e classes profissionais estão muitas das vezes
diretamente relacionados à ausência de padrões ergonômicos no ambiente laboral.
1 Pós-graduando em Ergonomia
2 Orientadora; Especialista em Metodologia da Pesquisa Científica; Graduada em Fisioterapia; Docente no
Centro Universitário do Norte e na Universidade Paulista.
2
No Polo Industrial de Manaus o número efetivo de empresas encontra-se em torno de 500, e
estas representam a maior força econômica do Estado do Amazonas, pois seu crescimento é
contínuo, colocando a cidade de Manaus como a terceira maior renda dentre as capitais do
país (FIEAM, 2009). Uma das características das indústrias que constituem o PIM é o
permanente crescimento competitivo pela qualidade de seus produtos, influenciado pelo
mercado mundial e pelas intervenções de políticas econômicas, ao longo dos anos, que
geraram, dentre outras medidas, um decreto em 1993 que obrigava as empresas da PIM ao
cumprimento das Normas Técnicas da série ISO 9000. En concomitante a esta corrida pela
qualidade de seus produtos, as indústrias do PIM, como as de todo o país, devem buscar
meios de garantir a integridade física de seus colaboradores, tendo em vista a antecipação na
redução dos índices de absenteísmo, acidentes de trabalho, queixas de trabalhadores sobre
áreas dolorosas ou desconforto, perdas de produtividade, dispêndio de tempo de equipe
técnica para administrar as incidências de afastamento e remanejamento de funcionários,
custos para auxílio à saúde de funcionários afastados etc.
Iida (2005, p. 159) afirma que “muitos produtos e postos de trabalho inadequados provocam
tensões musculares, dores e fadiga”, ou seja, a configuração dos produtos e postos de
trabalho, muitas vezes, são responsáveis pelos constrangimentos humanos no trabalho, que
podem gerar prejuízo ao desempenho do trabalhador, contribuir com a incidência de
absenteísmo nas empresas e riscos de distúrbios músculo-esqueléticos. Daí a relevância desse
estudo que buscou apresentar, analisar, discutir e verificar a atuação com relação a proteção
do trabalhador dentro do escopo descrito nos itens da NR 17 em uma empresa do PIM,
considerando suas peculiariades. Pois entende-se que existe a obrigatoriedade do
cumprimento da norma, mas tambem há por parte das empresas a necessidade de um
conhecimento técnico-científico e de metodos para aplicação da mesma de forma correta.
Uma vez que postos de trabalho ergonomicamente adequados trarão mais conforto e
segurança aos usuários, maiores lucros e menores prejuizos econômicos e sociais,
favorecendo dessa forma a competitividade das empresas que dispõem-se as mudaças.
2. Referencial Teórico
Segundo Moraes e Mont’ Alvão, (2000) as atividades e seu ambiente físico e social exercem
sobre os trabalhadores constrangimentos, exigindo-lhes gastos físico, mental, emocional e
afetivo, ocasionando desgastes e custo.
Para Guérin et al., (2001) “transformar o trabalho é a finalidade primeira da ação ergonômica”
e esta transformação deve contribuir para que as situações de trabalho não alterem a saúde dos
trabalhadores e que possam exercer suas competências de modo individual e coletivo,
encontrando possibilidade de valorização de suas potencialidades.
A Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem, (IIDA,1990).
A Ergonomia visa melhorar o trabalho humano. Ela estuda as diversas capacidades que o
homem utiliza para realizar suas atividades e, a partir daí, faz a adaptação das máquinas, das
ferramentas, do ambiente e da organização do trabalho, às características humanas
(MÁSCULO, 2003, p.1).
Segundo Feliciano, (2002) a Norma Regulamentadora (NR) 17 pode ser analisada ainda em
campo mais amplo, para alcançar desde a adaptação das condições de trabalho até as
condições psicológicas do trabalhador, fazendo com que o trabalhador exerça suas atividades
de maneira confortável e segura, para seu próprio bem estar, e, eficiente, para atender ao
interesse dos empregadores. O ambiente do trabalho deve ser equilibrado e para isso é
necessário adotar parâmetros ergonômicos adequados.
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É o diagnóstico dos problemas e suas conseqüências tanto para o funcionário como para a
empresa. É condição primordial para que se possa então proceder aos projetos de modifica-
ções, visando o bem estar do ser humano e a produtividade com qualidade (VOLPI, s.d., p.1).
Segundo Vidal, (2002, p.145) as Análises Ergonômicas “são análises quantitativas e
qualitativas que permitem a descrição e a interpretação do que acontece na realidade da
atividade enfocada”.
Uma Análise Ergonômica simples é muito fácil de ser feita: basta andar pela fábrica ou
escritório e ir olhando aspectos macroscópicos que saltam à vista, tais como: braços acima do
nível dos ombros, tronco encurvado, situação das cadeiras, posicionamento dos pés, manuseio
de cargas pesadas, e assim por diante. [...] No entanto, em boa parte das vezes, a Análise
Ergonômica de aspectos macroscópicos é falha, pois limita-se à superficialidade do problema.
[...] Daí a importância da análise ‘microscópica’ ou de ‘fatores ocultos’ Couto (1995, p.371).
3. Metodologia
O objeto e campo de estudo delimitado exigiram distintos níveis de investigação, desde
estudos exploratórios a estudos descritivos. As bases para a mesma foram a análise e
correlação de itens da NR 17 e os mecânismos de atuação para o atendimento e aplicação dos
mesmos por parte da empresa, sem interferir ou manipular as situações ali encontradas, isso
através de entrevistas informais, aplicação de questionário de verificação e observações in
loco.
4. Resultados e Discussão
As Normas Regulamentadoras NR, que são relativas à segurança e medicina do trabalho,
foram criadas ao final da década de 70 (ATLAS, 2005). Estas são de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta,
bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mais especificamente, a NR-17 Ergonomia
foi desenvolvida com o objetivo básico de estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Esta norma, é
composta por 06 itens, listados a seguir:
- 17.1. Objetivo e campo de aplicação;
- 17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
- 17.3. Mobiliário dos postos de trabalho;
- 17.4. Equipamentos dos postos de trabalho;
- 17.5. Condições ambienais de trabalho;
- 17.6. Organização do trabalho.
Estes 6 itens são distribuídos em 36 subitens, acompanhados também de 2 anexos (Trabalho
em Checkouts e dos operadores de caixa de supermecado, Segurança e Saúde no Trabalho
em Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing ), além de 1 Nota técnica.
Mediante a elaboracão desse estudo os critérios para apresentar, analisar, discutir e verificar o
atendimento da NR 17, foram selecionados a partir da identificação dos principais itens e
subitens que constituem a norma e discutidos a seguir, levando em consideração a aplicação
destes como exemplo em uma empresa do Polo Industrial considerando seu ramo de atividade
e peculiaridades empresarial
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A empresa do estudo de caso em questão esta inserida no grupo do ramo de Eletroeletrônico,
localizada no distrito industrial de manaus ha mais de 10 anos, atualmente com 700
funcionários, CNAE 23.40- 0, trabalhando em 3 turnos, com a finalidade de montagem e
fabricação de aparelhos decodificadores. Neste trabalho, realizou-se uma análise dos itens
aplicados parcialmente ou em totalidade na empresa objeto desse estudo de caso sendo
descrito nos itens abaixo.
Verificação e Monitoramento de Atendimento a NR - 17 - Ergonomia
Nº Item de Verificação Atendimento
Observações / Registros
Ações
1 As condições ergonômicas do trabalho são avaliadas?
2 É proibida a execução de transporte manual de cargas com peso
capaz de comprometer a saúde ou a segurança do trabalhador?
3
Os trabalhadores designados para o transporte manual regular de
cargas pesadas recebem treinamento ou instruções sobre os
métodos de trabalho capazes de salvaguardar sua saúde e prevenir
acidentes?
4
O transporte manual de cargas, o mobiliário (bancadas, mesas,
escrivaninhas e painéis, assentos) atendem às condições de
conforto e segurança previstas na norma?
5 As bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis proporcionam ao
trabalhador condições de boa postura, visualização e operação?
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Os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés tem
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance e
obedeçam aos padrões ergonômicos?
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Para as atividades em que os trabalhos devem ser realizados de pé,
são colocados assentos para descanso em locais em que possam ser
utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas?
8 Os assentos utilizados nos postos de trabalho atendem aos
requisitos mínimos de conforto previstos no subitem 17.3.3?
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Os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais atendem às condições de mobilidade, possuem teclado
independente e móvel, permitem adequadas distâncias (olho-tela,
olho teclado e olho documento) e possuem regulamento de altura?
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As condições ambientais de trabalho são adequadas às
características psico-fisiológicas dos trabalhadores e à natureza do
trabalho a ser executado?
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Em todos os locais de trabalho, existe iluminação adequada,
natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza
da atividade?
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Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou
dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e
inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, são
incluídas pausas para descanso?
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São fornecidos monitores de vídeo capazes de proporcionar
corretos ângulos de visão e de serem posicionados frontalmente ao
operador?
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Os monitores de vídeo são dotados de regulagem que permita o
correto ajuste da tela à iluminação do ambiente de forma a
proteger o trabalhador contra reflexos indesejáveis?
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São executadas análises ergonômicas e previstos períodos e
procedimentos adequados de capacitação e de adaptação antes da
introdução de novos métodos ou dispositivos tecnológicos que
tragam alterações sobre os modos operatórios dos trabalhadores?
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São adotadas as medidas necessárias para atender o disposto no
item 17.5.2, alínea "a" da NR-17, tais como: arranjo físico geral e
dos postos de trabalho; isolamento acústico do ruído externo;
tamanho, forma, revestimento e distribuição das divisórias entre
os postos de trabalho?
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Foi implementado programa de vigilância epidemológica precoce
para detecção de doenças relacionadas ao trabalho,comprovadas
ou objeto de suspeita,com procedimentos de vigilância ativa, por
intermédio de exames médicos dirigidos que incluam, além dos
exames obrigatórios por norma, a coleta de dados sobre sintomas
referentes aos aparelhos psíquico, oesteomuscular, vocal, visual e
auditivo, analisados e apresentados com a utilização de
ferramentas estatísticas e epidemiológicas?
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É feita, por meio da emissão da CAT, a notificação das doenças
profissionais e das produzidas em virtude das condições especiais
de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita?
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São consideradas as necessidades dos trabalhadores portadores de
deficiência no que se refere às condições de trabalho; acesso às
instalações; mobiliário; equipamentos; condições ambientais;
organização do trabalho; capacitação, condições sanitárias;
programas de pré prevenção e cuidados para segurança pessoal?
20 É considerada a implementação da adequação gradual do
mobiliários dos postos de trabalho
Figura 1- Check list de verificação de atendimento a NR 17
NR 17 - Ergonomia
O item e seus subitens descritos abaixo especificam os objetivos e a aplicação da NR-17 da
Portaria 3.214 de 1977,
17.1 Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. - As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos
equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e a
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própria organização do trabalho.
17.1.2. - Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às
características psico-fisiológicas dos trabalhadores, cabe ao
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
Embora o texto desse item da NR, afirme que visa estabelecer parâmetros para a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e que para
avaliar esta adaptação cabe as empresas realizar análise ergonômica do trabalho, o texto não
deixa claro ou não sugere metodologias para estas avaliações de riscos ergonômicos. No
manual de aplicação desta norma regulamentadora, também não define ou orienta quanto aos
métodos a serem utilizados para avaliação dos riscos ergonômicos das atividades
ocupacionais. O que percebemos é que existe sim uma carência de um roteiro “passo a passo”,
simples e direto, escrito de forma clara e objetiva, que sirva de base para sua execução.
Deixando as empresas e os profissionais que executam o trabalho, sem um respaldo técnico
cientifico, identificando assim um elo fraco nesse questão de parâmetros. Ressaltando que não
há, para esse tipo de ação, a faculdade ou arbítrio do empregador, mas a sua efetiva
realização, vinculada à uma exigência normativa.
Afim de alcançar uma proximidade do que diz o item em discussão, evidentemente faz-se
necessário todo o conhecimento possivel das mais diversas áreas da ciência humana, e mesmo
assim ainda talvez, não se chegue a completa listagem das caracteristicas psicofisiológicas do
homem.
No estudo de caso em questão, foram evidenciados que à empresa realizou e realiza a análise
ergonômica de todos os postos de seu processo produtivo, buscando com primeira demanda a
identificação de Postos criticos.
Para isso a mesma utiliza como métodos Qualitativos:
a) Observações/Inspeções In loco, afim de avaliar as condições de trabalho da forma
como se trabalha;
b) Entrevista com os trabalhadores.
Como métodos Quantitativos:
a) Aplicação de ferramentas - RULA e Moore Garg;
b) Uso de instrumentos de medição como ex: Dinanômetro.
O registro da AET é feito no Formulário elaborado por Hudson Couto e disponivel no site de
sua empresa.
Até o momento a criticidade, nesse caso, na maioria dos postos esta segundo eles ligada a
questão:
a) Posturas e movimentos;
b) Dispositivos e equipamentos;
c) Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT);
d) Arranjo físico (layout);
e) Organização do trabalho.
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1. Informações do posto de Trabalho
Setor: Produção
Função: Testador
Atividade Principal: Teste do Decodificador
Data:
15/06/2010
2. Tarefas previstas
- Realizar o teste do decodificador
3. Tarefas e atividades realizadas / Modo operatório
A descrição das atividades do encaixe da tampa;
1- Pegar o decodificador da bancada;
2- Colocar o Cartão;
3- Precionar os botões do painel frontal;
4- Scanear a etiqueta;
5- Fazer anotações na etiqueta;
6- Retirar o decotificador do jig.
7-
Teste do LP
Seqüência de ações Biomecânica Parte do corpo 1. Pegar o decodificador da bancada
FREQUENCIA: EVENTUAL
- Flexão
- Flexão
- Discreta Flexão
- Desvio Ulnar
- Ombro
- Cotovelo
- Tronco
- Punho
2. Colocar o Cartão
FREQUENCIA: EVENTUAL
- Discreta Flexão
- Discreta Flexão
- Flexão
- Flexão
- cervical
- Ombro Esquerdo
- Cotovelo
- Punho
3. Testar botões do painel frontal - Discreta Extensão
- Discreta Flexão
- Flexão bilateral
- Flexão
- Cervical
- Ombros
- Cotovelos
- Punhos
Avaliação Ergonômica do posto de
Trabalho
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FREQUENCIA: EVENTUAL
4. Scanear a etiqueta
FREQUENCIA: EVENTUAL
- Flexão
- Discreta Flexão
- Flexão
- Desvio Ulnar
- Cervical
- Ombros
- Cotovelo Esquerdo
- Punho Esquerdo
5. Fazer anotações na etiqueta
FREQUENCIA: EVENTUAL
- Flexão
- Discreta Flexão
- Flexão
- Extensão
- Cervical
- Ombros
- Cotovelos
- Punhos
6. Retirar o decodificador do Jig
FREQUENCIA: EVENTUAL
- Flexão
- Extensão
- Flexão
- Ombro esquerdo
- Cotovelo Esquerdo
- Punho
TRADUÇÃO DA FREQUÊNCIA
1. PERMANENTE A exposição se processa durante toda a jornada de trabalho sem interrupção.
2. INTERMITENTE A exposição se repete algumas vezes durante a jornada de trabalho com os tempos somado totalizando longos períodos.
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3. EVENTUAL A exposição se repete algumas vezes durante a jornada de trabalho, com os tempos somados totalizando curtos períodos
4. ESPORÁDICO A exposição se repete em períodos irregulares, não fazendo parte da
jornada normal de trabalho
5. Análise dos Equipamentos dos Postos de Trabalho. Requisito NR (17.4)
Todos os equipamentos que compõem o posto de trabalho estão adequados às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho executado.
6. Análise das Condições Ambientais de Trabalho. Requisito NR (17.5)
Conforme PPRA vigente 2011
Todos os valores encontrados atendem a legislação.
Ambiente climatizado. Iluminação artificial.
REQUISITOS
VALORES
ENCONTRADOS
LIMITE
TOLERÁVEL
MINIMO
RUIDO (dB) 76,9 85
TEMPERATURA
(IBUTG) Ambiente
climatizado -
LUMINOSIDADE
(LUX) 452 300
O ruído está abaixo do limite de tolerância segundo o
anexo I da NR 15.
A temperatura está abaixo do limite de tolerância.
A iluminação esta atendendo a exigência da NBR
5413.
Espaço físico: Suficiente para o desenvolvimento
das atividades desenvolvidas.
7. Análise da Organização do Trabalho. Requisito NR (17.6)
a) Norma de produção
Atividade Principal: Testar o Decodificador.
Pressão por produtividade: Não foi identificado.
Regime de trabalho: O empregado trabalha em regime de cinco
(5) por dois (2). Em horário comercial com início às 06h00minh
até as 15h45minh de segunda-feira a sexta-feira Com uma hora
para a refeição e pausas de 10 minutos pela tarde e pela manhã.
Carga horária: 8:00h por dia.
Ausentar-se do posto: O trabalhador possui liberdade para
ausentar-se com objetivo de atender as necessidades fisiológicas
(Ingerir água e ir ao banheiro) desde que avise previamente o
líder de produção.
b) Exigência de tempo.
O trabalho é considerado leve, é realizado de forma intermitente,
com micro pausas de aproximadamente 60 segundos entre cada
ciclo da atividade. O tempo total do ciclo é de aproximadamente
100 segundos.
4. Análise do Mobiliário do Posto de Trabalho. Requisito NR (17.3)
A atividade permite que o funcionário trabalhe alternando as posturas em pé e
sentado.
O mobiliário utilizado no posto de trabalho atende aos requisitos da NR. Possuindo;
Altura ajustável à estatura do trabalhador;
Características de pouca ou nenhuma conformação do assento;
Borda frontal arredondada;
Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para a proteção da região lombar.
O posto de trabalho dispõe de apoio para os pés ajustados corretamente com relação à
altura do colaborador.
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c) Ritmo de trabalho
Dentro das condições das ações técnicas realizadas pelo
trabalhador durante a execução da atividade o ritmo é considerado
lento.
d) Conteúdo das
tarefas
A tarefa possui as seguintes atividades:
1- Pegar o decodificador da bancada;
2- Colocar o Cartão;
3- Precionar os botões do painel frontal;
4- Scanear a etiqueta;
5- Fazer anotações na etiqueta;
6- Retirar o decotificador do jig.
e) Mecanismo de
regulação.
Há pausas de 10 minutos pela parte da manhã e a tarde, onde o
funcionário circula livremente nas dependências da empresa, para
beber água, ir ao banheiro e/ou de acordo com a necessidade do
trabalhador. Alem disso a empresa possui um programa de
ginástica laboral que acontece diariamente por um período de 10
minutos às 9h e 30mim.
h) Análise dos Aspectos e Impactos:
Impacto da tecnologia sobre os
trabalhadores
O trabalho é realizado de forma manual para
acionar os botões, se faz necessário o uso do
scaner, este, proporciona boa pega da
ferramenta.
Impacto da condição do maquinário e
mobiliário atual sobre os trabalhadores
A altura da bancada com relação à cadeira não
exige movimentos biomecanicamente
desnecessário ou que por ventura poderiam ser
lesivos ao trabalhador, uma vez que a atividade é
realizada na postura em pé, e a cadeira é
utilizada nas pausas dentro do ciclo.
Impacto de material e matéria prima
sobre os trabalhadores Não foi identificado.
Impacto de método sobre os
trabalhadores Não foi identificado.
Impacto das políticas e práticas
relacionadas à gestão de pessoas
sobre os trabalhadores
Não foi identificado.
8.Conclusão quanto ao impacto dos fatores de organização do trabalho na origem de
sobrecarga para os trabalhadores
A organização do trabalho permite que o funcionário execute suas atividades dentro de um
ambiente em condições agradáveis, as ferramentas utilizadas permitem um boa pega, o
mobiliário utilizado permite que sejam feito adaptações conforme a necessidade, não há
presença de riscos a saúde do colaborador. 9. Análise Quanto ao Risco Ergonômico
Preocupações Ergonômicas / Fatores Biomecânicos
Interfaciais N.A.;
Posturais e biomecânica
Não há presença de amplitudes extremas que pudessem
levar o colaborador a trabalhar com desconforto ou levar a
lesão, todas as amplitudes necessárias para que sejam
executadas cada tarefa mencionada acima estão dentro de
padrões funcionais.
Movimentacionais N.A.
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Preocupações Ergonômicas / Fatores Biomecânicos
Interfaciais N.A.;
Posturais e biomecânica
Não há presença de amplitudes extremas que pudessem
levar o colaborador a trabalhar com desconforto ou levar a
lesão, todas as amplitudes necessárias para que sejam
executadas cada tarefa mencionada acima estão dentro de
padrões funcionais.
Movimentacionais N.A.
Psicossociais Não foi identificado conflito entre indivíduos, e grupos
sociais, dificuldades de comunicação e interações
interpessoais;
Espaciais/Arquiteturais:
Não foi identificado problema de isolamento acústico,
insolação, aeração e iluminação natural do ambiente, áreas
de circulação e layout de instalações das estações de
trabalho, ambiência gráfica, cores do ambiente e dos
elementos de arquitetura.
Informacionais
Não foram identificados problemas com visibilidade,
legibilidade, compreensibilidade e quantidade de
informação, priorização e ordenação, padronização;
Acionais N.A.
Organizacionais:
O colaborador é treinado para a execução das suas
atividades, é oferecida a participação nos lucros da empresa
anualmente, existem metas a serem cumpridas.
Esforço físico em realizar a
atividade:
A atividade não requer esforço físico quanto a sua
realização, não é feito o transporte manual de carga, não há
a necessidade de deslocamento ou outro fator que poderia
vir a requerer do trabalhado a realização de grande esforço
físico. O Peso do produto equivale à 936 gramas, ainda o
ritmo é lento, pois o colaborador precisa aguardar que a
maquina de teste realize a aproação do produto.
10. Conclusão das análises ergonômicas
Para fins de estudo destas atividades foi feito o estudo minucioso da biomecânica corporal em cada posto de
trabalho, que mostrou a inexistência de posturas ou padrões de movimentos que poderiam vir a gerar desconforto ao
colaborador, isso se levando em consideração estudos recentes de angulações e padrões de movimento considerados
de risco.
Para quantificar os riscos da atividade estuda foram aplicadas ferramentas de análise ergonômica
internacionalmente reconhecidas como RULA, REBA, e Moore & Garg.
A aplicação da ferramenta ergonômica RULA possui uma variação de escores entre 1 e 7 sendo que os
valores 1 e 2 representam ausência de risco, 3 e 4 baixo risco 5 e 6 riscos médios e 7 alto risco de lesão, para o posto
de colocação da tampa a ferramenta apresentou o escore 3 que caracteriza a atividades com baixo potencial para o
desencadear de lesões.
A ferramenta REBA, possui uma variação de escore entre 1 e 15 onde 1 representa ausência de risco, 2 e
3 baixo risco de lesão, de 4 a 7 risco médio, de 8 a 10 alto risco de lesão e de 11 a 15 risco muito alto de lesão. A
aplicação da ferramenta REBA para o posto do LP apresentou escore 3 que indica baixo risco biomecânico.
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O quadro de interpretação da ferramenta Moore & Garg interpreta valores menores que 3 como baixo
risco de lesões biomecânicas, valores entre 3 e 7 risco duvidoso ou questionável, valores maior que 7 como alto risco
de lesão biomecânica. Para o posto do LP a ferramenta apresentou um escore de 2 que quantifica a atividade como
baixo risco de lesão biomecânica.
A OBSERVAÇÃO DIRETA ALIADA AS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO AO RISCO EMPREGADAS PELA
TECNICOLOR, ASSOCIADOS AOS VALORES ENCONTRADOS COM A APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE
ANÁLISE ERGONÔMICA NOS LEVAM A ENTENDER QUE A ATIVIDADE NÃO APRESENTA RISCO
BIOMECÂNICO AO TRABALHADOR.
11. Termo de encerramento
A presente AET (Análise Ergonômica do Trabalho) da Tecnicolor, do setor de produção
na atividade de colocar a tampa do decoder realizada no mês de Junho de 2011, tendo sido
elaborada e desenvolvida pelos profissionais abaixo assinado, no total de 08 (oito) folhas,
sendo todas as páginas rubricadas e esta devidamente assinada. Não contendo nada no verso.
___________________________________ ___________________________________
12. Referencias bibliográficas
COUTO. Hudson de Araujo. Como gerenciar a questão das ler/DORT: lesões por
esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Ed. Ergo, 1998.
DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica, exame, avaliação e intervenção. Ed. Artmed,
2006.
MONTEIRO NETO. Luis Ferreira. Avaliação Admissional. apostila. Bio cursos AM, 2009.
VERONESI JUNIOR. José Ronaldo. Fisioterapia do trabalho: cuidando da saúde
funcional do trabalhador. Ed. Andreoli, 2008.
Figura 2 - Formulário de Análise ergonômica
17.2. - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais
17.2.3. - Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho
que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes
O levantamento de peso ainda é necessário em várias atividades, mesmo apesar do processo
de automatização. Esse é, segundo Dul e Weerdmeester (1995), uma das maiores causas das
dores nas costas, já que muitos trabalhos envolvendo levantamento de peso não satisfazem os
requisitos ergonômicos.
Percebeu-se que os funcionários que realizam levantamento e transporte de carga, possuem
porte fisico para fazê-lo, em questinamento com a médica do trabalho a respeito de
acompanhmaneto de queixas a mesma afirmou que o indíce é baixo, pois a carga levantada
além de estar muito abaixo do valor legal, que é de 60 kg, os funcionários são treinados
quanto a como fazer e a não realizar nenhum procedimento relacionado a isso que venha
prejudicar sua saúde.
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Quanto aos equipamentos utilizados para o transporte, empilhadeiras e paleteiras estes
conforme verificação de documentos e conversa com supervisor de manutenção, passam por
manutenção preventiva periódica.
Figura 3 e 4 – Levantamento e transporte de carga manual
17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho
17.3.2. – ” Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesass
e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e
operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos...”
17.3.3 -Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender a requisitos mínimos de
conforto.
A Nr comenta que o mobiliário deve ser concebido com regulagens que permitam ao
trabalhador adaptá-lo as suas características antropométricas (altura, peso, comprimento das
pernas etc.). Deve permitir também alternâncias de posturas (sentado, em pé etc.), pois não
existe nenhuma postura fixa que seja confortável. Diz ainda que não é recomendável que as
dimensões dos postos de trabalho sejam adaptadas somente à população que esteja
empregada, pois quando se pretende modificar os postos de trabalho visando a uma melhor
adaptação, não se deve basear apenas nas medidas antropométricas da população que já esteja
ocupando os postos, mas sim basear-se em dados de toda a população brasileira. Isso por que
os trabalhadores atuais podem já ter sofrido uma seleção, formal ou informal, e terem
permanecido apenas aqueles que melhor se adaptaram e, portanto, não serem representativos
de todos que poderão, no futuro, ocupar esses postos.
Na empresa constatou-se que existe um planejamento de mudanças e adaptação de postos de
trabalho e assentos. Ela possue um programa de Gestão em ergonomia, cujo foco é além de
atender a NR proporcionar melhoria da qualidade do trabalho e consequentemente o
surgimento de doenças ocupacionais relacionadas com LER/DORT, este programa está sendo
executado atrevés da ferramenta de gestão PDCA. E já mostra resultados significativos, pois a
engenharia de processo diz hoje participar a área responsavel pela segurança do trabalho todas
as mudanças de produtos e lay out de linha e isso anteriormente não acontecia, a comunicação
era apenas em caso de acidentes e uso de Epi’s.
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Figura 5, 6 ,7 e 8 – Mobiliários dos postos de trabalho
17.4. - Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. - Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
“Adequados à natureza do trabalho” significa que os equipamentos devem facilitar a execução
da tarefa específica. Os seres humanos sempre procuraram adaptar suas ferramentas às suas
necessidades, diminuindo o esforço.
A empres busca por novas tecnológias e/ou adptações nas ferramentas e equipamentos
utilizado em alguns postos que se fizer necessário. A mesma tem consciência de que nesse
caso é necessário a participação dos funcionários nesse processo, e isso acontece, pois eles é
quem sabem a necessidade uma vez que excutam a ação operatória durante todo o dia, além
disso uma má escolha pode penalizar os trabalhadores durante muito tempo já que não se
pode simplesmente jogar os equipamentos no lixo, prejudicando o desempenho eficiente da
atividade , relata a gerência de Produção. Exemplo: parafusadeiras, alicates, Jig’s.
17.5. - Condições ambientais de trabalho.
17.5.2. - Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO.
b) índice de temperatura efetiva entre 20 e 23 ºC.
c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.
d) umidade relativa ao ar não inferior a 40% (quarenta por cento).
17.5.2.1. - Para as atividades que possuem as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB e a curva de avaliação de ruído
(NC) de valor não superior a 60 dB.
Para cumprimento desse item, foi verificado que existe o PPRA Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais. Neste consta todo o levantamento qualitativo e quantitativo no que se
refere a norma quanto a níveis de ruído, indíce de temperatura, umidade relativa do ar e niveis
de iluminamento. É notório que quanto a isso a empresa está em sua totalidade dentro dos
padrões estabelecidos pela legislação.
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Figura 9 e 10 – Capa do documento PPRA e planilha de monitoramento quantitativo
17.6. - Organização do trabalho
17.6.3 - Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho,
deve ser observado o seguinte:
c) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15
(quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigentes na época anterior ao afastamento.
Na empresa existe um Programa de Reintegração de funcionários que retornam de
afastamentos. O programa busca readaptar os funcionários com a realização de rodízio de
atividades, visando o conforto, o bem estar e proporcionar condições adequadas de trabalho.
Ele baseia-se em revezamentos de atividades, permitindo que o funcionário permaneça 25%
do tempo total de trabalho diário em um determinado posto de trabalho, o intuito deste é
diminuir sobrecargas a uma única estrutura realizando compensações para evitar o
agravamento da lesão já instalada bem como novas lesões por overuse em outros
seguimentos.
Para desenvolver e por em prática neste foram adotados procedimentos internos de execução
descritos abaixo:
1. Cartilha de orientações;
2. Avaliação Cinesiofuncional de retorno;
3. Analise de Postos a serem laborados pelos funcionários do programa de reintegração;
4. Acompanhamento da evolução do estado físico até o restabelecimento e reintegração a
estrutura da empresa.
1. Cartilha de orientações
Orientar os funcionários quanto aos procedimentos a serem adotados caso houvesse um novo
afastamento e ainda explicar todo o conteúdo do programa de reintegração e suas diretrizes,
este contendo:
2. Avaliação Cinesiofuncional de retorno
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A avaliação cinésiofuncional de retorno é direcionada a coletar dados importante quanto a
vida pregressa profissional do funcionário. A empresa conta dentro do seu quadro profissional
– SESMT, com um fisioterapeuta cuja atribuiçoes e responsabilidade são: avaliar, planejar,
por meio de métodos, técnicas e recursos terapêuticos específicos para cada etapa existencial
e/ou patologia, em uma perspectiva de prevenção agravos, reabilitação e promoção da saúde,
com intuito de observar com o tempo a evolução do quadro físico do indivíduo.
3.Analise de Postos a serem laborados pelos funcionários do programa de reintegração
Estudar postos de trabalho, para que este possa receber os funcionários com limitações
referentes à lesão apresentada.
Para adequação dos postos foram analisados fatores ergonômicos como:
1. Tempo de exposição;
2. Seguimentos corpóreos requisitados e a biomecânica empregada em cada atividade;
3. Conteúdo da tarefa, ritmo do trabalho;
4. Layout e a organização do posto;
5. Aplicação de ferramentas ergonômicas.
Ao final da coleta de dados foram cruzadas e analisadas as informações para adequação do
quadro clínico apresentado e a atividades a serem realizadas.
5. Conclusão
Quis-se aqui, apenas “apresentar” de que forma uma empresa atua, afim de cumprir com os
itens da NR 17. Verificou-se que os itens que a mesma considera mais relevantes são os
17.1.2 e 17.6.3 alínea c. E que ainda há muitas variáveis que devem ser consideradas pela
mesma durante esse processo de atendimento da norma, mas não se pode deixar de ressaltar
que diante do conteúdo esboçado nesse artigo, percebe-se que existe na prática uma busca por
uma Gestão Ergonômica com foco na melhoria do trabalho objetivando uma melhor
qualidade de vida para seus funcionários.
É através dela que queixas, perdas, lesões etc. ganham significado, qualificando-se e
quantificando-se em números e, mais que isso, em razões explícitas de causa-efeito.
A empresa desse estudo já despertou em sua filosofia o fato de que conforto, segurança e
produtividade devem deixar de ser meros conceitos discutidos dentro de sala pela engenharia
de segurança e processo e tornam-se elementos de busca constante na gestão da empresa
como um todo. Destacando a idéia de que se trabalha melhor quem trabalha com conforto e
com segurança; e a melhoria no trabalho é o propulsor da produtividade isso é uma seqüência
óbvia e absolutamente verdadeira.
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