valorização dos recursos fitogenéticos 2007

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PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga [email protected]

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Page 1: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga

[email protected]

PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga

[email protected]

Page 2: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

RECURSOS FITOGENÉTICOS

RECURSOS FITOGENÉTICOS

• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Uso• Valoração

• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Uso• Valoração

Page 3: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

OBJETIVOS DESTA AULAOBJETIVOS DESTA AULA

1. Demonstrar a importância da valoração dos recursos genéticos de plantas perenes, como patrimônio institucional e da humanidade.

2. Dar a conhecer o que tem sido feito pela comunidade científica para se valorar o patrimônio genético vegetal de plantas perenes.

1. Demonstrar a importância da valoração dos recursos genéticos de plantas perenes, como patrimônio institucional e da humanidade.

2. Dar a conhecer o que tem sido feito pela comunidade científica para se valorar o patrimônio genético vegetal de plantas perenes.

Page 4: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

• ACUSADO: Agricultura• CRIME: Desflorestamento; aplicação massiva de

insumos e defensivos; mau uso do solo; escape de genes...

• SOLUÇÃO: Uso da variabilidade dos recursos genéticos no melhoramento vegetal, preservação da biodiversidade e do meio ambiente.

O IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

O IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

Page 5: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

VALORAÇÃO? GERMOPLASMA? RECURSOS GENÉTICOS? COEVOLUÇÃO? BIODIVERSIDADE?

BANCO DE GERMOPLASMA? MEGABIODIVERSIDADE??????????????????

VALORAÇÃO? GERMOPLASMA? RECURSOS GENÉTICOS? COEVOLUÇÃO? BIODIVERSIDADE?

BANCO DE GERMOPLASMA? MEGABIODIVERSIDADE??????????????????

Page 6: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

“São materiais genéticos de plantas, animais e outros organismos que, ao serem utilizados pelo homem, agregam valor financeiro, lúdico ou de outra ordem, como recurso

disponível para as gerações presentes e futuras”

“São materiais genéticos de plantas, animais e outros organismos que, ao serem utilizados pelo homem, agregam valor financeiro, lúdico ou de outra ordem, como recurso

disponível para as gerações presentes e futuras”

Page 7: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

BAG

BANCOS ATIVOS DE GERMOPLASMA – São unidades que conservam coleções de plantas, representativas da variabilidade genética da espécie, gênero ou família. Denomina-se ativo, devido aos plantios constantes para a aplicação de descritores, para o pré-melhoramento, para pesquisa correlatas, para multiplicação, regeneração e conseqüente disponibilização de germoplasma para o intercambio e para a conservação em Bancos Base.

BANCOS ATIVOS DE GERMOPLASMA – São unidades que conservam coleções de plantas, representativas da variabilidade genética da espécie, gênero ou família. Denomina-se ativo, devido aos plantios constantes para a aplicação de descritores, para o pré-melhoramento, para pesquisa correlatas, para multiplicação, regeneração e conseqüente disponibilização de germoplasma para o intercambio e para a conservação em Bancos Base.

BANCOS BASE – São unidades conservadoras de germoplasma, a médios e longos prazos, com monitoramentos do seu poder germinativo, vigor e sanidade. Os acessos são depositados em câmaras-frias (–10oC a -20oC) ou em nitrogênio líquido, teoricamente ad eternum, desde que com controle de umidade.

BANCOS BASE – São unidades conservadoras de germoplasma, a médios e longos prazos, com monitoramentos do seu poder germinativo, vigor e sanidade. Os acessos são depositados em câmaras-frias (–10oC a -20oC) ou em nitrogênio líquido, teoricamente ad eternum, desde que com controle de umidade.

Page 9: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

COEVOLUÇÃOCOEVOLUÇÃO

Muitas comunidades são tão dependentes de determinadas espécies quanto estas o são dos agricultores, não mais sobrevivendo na natureza sem o auxílio homem e, não raramente, o homem também não consegue sobreviver sem tais espécies.

Muitas comunidades são tão dependentes de determinadas espécies quanto estas o são dos agricultores, não mais sobrevivendo na natureza sem o auxílio homem e, não raramente, o homem também não consegue sobreviver sem tais espécies.

A domesticação das plantas trouxe atrelada a coevolução entre o ser humano e as plantas cultivadas.

Page 10: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Principalmente nós, da área agrícola, temos que nos preocupar com o tema, pois, a agricultura já ocupa 30% da superfície do planeta e a grande prejudicada é exatamente a biodiversidade.

Principalmente nós, da área agrícola, temos que nos preocupar com o tema, pois, a agricultura já ocupa 30% da superfície do planeta e a grande prejudicada é exatamente a biodiversidade.

É a variabilidade total dos organismos vivos em associação com seu meio ambiente.

Page 11: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

MEGABIODIVERSIDADE

América latinaBrasil

BolíviaColômbiaEquadorMéxico

PeruVenezuela

ÁsiaChinaÍndia

MalásiaIndonésia

OceaniaAustrália

O Brasil está no topo da lista como o país de maior biodiversidade do planeta.O Brasil está no topo da lista como o país de maior biodiversidade do planeta.

ÁfricaZaire

MadagascarQuênia

Page 12: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

O QUE É A VALORAÇÃO ?O QUE É A VALORAÇÃO ?

Valorar: Emitir juízo de valor acerca de; aquilatar; ponderar.

Valoração: Ato ou efeito de valorar.

Valorar: Emitir juízo de valor acerca de; aquilatar; ponderar.

Valoração: Ato ou efeito de valorar.

É um precioso meio de contabilizar e dar o devido valor aos vários serviços prestados pela biodiversidade e pelo meio ambiente.

Page 13: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

COMEÇANDO PELO COMEÇOCOMEÇANDO PELO COMEÇO

Page 14: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Acredita-se que a origem da agricultura tenha ocorrido independentemente em 3 regiões distintas: Mesopotâmia (cultura Natufiana), na América Central (culturas pré-colombianas) e na Ásia (chineses).

Acredita-se que a origem da agricultura tenha ocorrido independentemente em 3 regiões distintas: Mesopotâmia (cultura Natufiana), na América Central (culturas pré-colombianas) e na Ásia (chineses).

Há cerca de 10 mil anos nossos antepassados foram deixando o costume nômade de caçador-coletor e passaram a se fixar por períodos mais longos em determinados territórios. Dessa maneira iniciou-se a domesticação de animais e plantas. Os assentamentos humanos passaram por uma transição gradual onde a extração vegetal e o plantio de alimentos coexistiram.

Page 15: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

CENTROS DE ORIGEM DAS PLANTAS CULTIVADASCENTROS DE ORIGEM DAS PLANTAS CULTIVADAS

Nicolai Ivanovich Vavilov 1887-1943

Baseado num universo de 300 mil coletas, o russo Vavilov, em 1935, elaborou a teoria da existência de 8 centros independentes para a origem das plantas cultivadas.Baseado num universo de 300 mil coletas, o russo Vavilov, em 1935, elaborou a teoria da existência de 8 centros independentes para a origem das plantas cultivadas.

Page 16: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Jack Rodney Harlan 1917-1998 Jack Rodney Harlan 1917-1998

Page 17: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

ESPÉCIES DOMESTICADAS NO BRASILESPÉCIES DOMESTICADAS NO BRASIL

No presente, algumas espécies estão “em processo de domesticação”, tais como: alecrim-pimenta, araticum, cagaita, caju-anão, mangaba, pequi, várias palmeiras, entre outras.

No presente, algumas espécies estão “em processo de domesticação”, tais como: alecrim-pimenta, araticum, cagaita, caju-anão, mangaba, pequi, várias palmeiras, entre outras.

Ocorreram “domesticações” no passado, dentre as plantas perenes podendo-se citar como exemplos: cacau, castanha-do-pará, caju, mandioca e a seringueira.

Page 18: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

PESQUISA CIENTÍFICA

PROPRIEDADE AGRICOLA

RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS

MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL

PRÉ-MELHORAMENTO

SELEÇÃO NOS CULTIVARES

CULTIVARES TRADICIONAIS

NATUREZA

ESPÉCIES SEMI-DOMESTICADAS

ESPÉCIES SILVESTRES

SILVESTRES PARENTES DAS CULTIVADAS

RAÇAS LOCAIS – ESPÉCIES ESQUECIDAS E SUBUTILIZADAS

SISTEMA

INTEGRADO RG

SISTEMA

INTEGRADO RG

Page 19: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

DIVERSIDADE VEGETALDIVERSIDADE VEGETAL

• Existem cerca de 500 mil spp. de plantas superiores;• Destas 500 mil, 250 mil foram identificadas ou descritas;• Destas 250 mil, 30 mil são comestíveis;• Destas 30mil, 7 mil foram cultivadas• Destas 7 mil, cerca de 300 spp. continuam sendo cultivadas;• Destas 300 espécies, somente 15 spp. constituem 90% de toda

alimentam o mundo [frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, trigo, milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); oleaginosas (amendoim, feijão e soja) plantas açucareiras (cana-de-açúcar e beterraba)].

• Destas 15 spp., 3 spp. de cereais são responsáveis por mais de 50% do consumo mundial: Arroz (23%), Trigo (23%) e Milho (7%).

• Existem cerca de 500 mil spp. de plantas superiores;• Destas 500 mil, 250 mil foram identificadas ou descritas;• Destas 250 mil, 30 mil são comestíveis;• Destas 30mil, 7 mil foram cultivadas• Destas 7 mil, cerca de 300 spp. continuam sendo cultivadas;• Destas 300 espécies, somente 15 spp. constituem 90% de toda

alimentam o mundo [frutíferas (banana e coco), cereais (arroz, trigo, milho, sorgo e cevada); raízes e tubérculos (batata, batata-doce e mandioca); oleaginosas (amendoim, feijão e soja) plantas açucareiras (cana-de-açúcar e beterraba)].

• Destas 15 spp., 3 spp. de cereais são responsáveis por mais de 50% do consumo mundial: Arroz (23%), Trigo (23%) e Milho (7%).

0

100.000

200.000

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500.000

600.000

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Série1

Page 20: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

TIPOS DE VALORAÇÃOTIPOS DE VALORAÇÃO

• SOCIAL: avaliar alterações em comunidades humanas (uso recreativo, lúdico, turístico, qualidade de vida, preservação de comunidades). (Segurança Nacional)

• SOCIAL: avaliar alterações em comunidades humanas (uso recreativo, lúdico, turístico, qualidade de vida, preservação de comunidades). (Segurança Nacional)

•ECONÔMICA: dar valor em R$ (valor de uso direto, de uso indireto, de uso presente, de uso futuro);

•ECOLÓGICA: comparar situações (necessidades humanas de consumo e produção; serviços ambientais indiretos para a humanidade, paisagem, fragilidade do ecossistema, etc.);

Page 21: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

INTEGRAÇÃO DA VALORAÇÃO, DESDE O SER HUMANO ATÉ O ECOSSISTEMA

INTEGRAÇÃO DA VALORAÇÃO, DESDE O SER HUMANO ATÉ O ECOSSISTEMA

DEVE-SE LEMBRAR QUE A VALORAÇÃO PODE LEVAR EM CONTA O CONTEXTO GERAL QUE ENVOLVE DESDE O SÊR HUMANO ATÉ O ECOSSISTEMA.

Em geral, qualquer metodologia de valoração da diversidade biológica deve incorporar informação procedente de outras disciplinas fundamentando-se em sistemas de valores

Em geral, qualquer metodologia de valoração da diversidade biológica deve incorporar informação procedente de outras disciplinas fundamentando-se em sistemas de valores

Page 22: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Serviços da Biodiversidade

Serviços da Biodiversidade

Desta maneira, podemos dizer que o valor da biodiversidade envovolve desde os recursos fitogentéticos, nativos e exóticos, para a alimentação, medicina e indústria, até a proteção ao meio ambiente mundial (efeito estufa, mananciais hídricos, ciclagem de nutrientes, etc.).

Page 23: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

                      O valor dos recursos fitogenéticos pode ser definido pela colaboração no aumento da produtividade e na proteção e formação de solos, manutenção do clima, manutenção de insetos úteis, etc.. Ainda, pelo uso como preservação da paisagem (turismo), produção de fármacos, produção de alimentos, uso religioso, etc., enquanto que os microorganismos podem ser utilizados em processos industriais como o controle biológico.

Segundo o PPBio (2005), não contabilizando os custos atribuídos aos serviços ambientais, o valor da biodiversidade está atualmente estimado entre US$ 500 bilhões a US$ 800 bilhões.

Segundo o PPBio (2005), não contabilizando os custos atribuídos aos serviços ambientais, o valor da biodiversidade está atualmente estimado entre US$ 500 bilhões a US$ 800 bilhões.

Page 24: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Para uma cultivar pode-se considerar, para fins de valoração, a matéria prima, o trabalho dos melhoristas anteriores e atuais, as técnicas de produção e o mercado interno e externo.

Para uma cultivar pode-se considerar, para fins de valoração, a matéria prima, o trabalho dos melhoristas anteriores e atuais, as técnicas de produção e o mercado interno e externo.

VALORAÇÃO DE UMA CULTIVARVALORAÇÃO DE UMA CULTIVAR

Page 25: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

VALORAÇÃO PELA EXTINÇÃOVALORAÇÃO PELA EXTINÇÃO

Sabe-se que a extinção é para sempre. Assim, ao se valorar RG, infelizmente, nem sempre podemos incorporar todos os aspectos que levam a esta perda irreversível, o que significa que os métodos de valoração nunca são representativos do valor real dos recursos genéticos ou de qualquer outro ítem da biodiversidade. Isto quer dizer que devemos colocar em nossas fórmulas de valoração, também os valores não identificados.

Page 26: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

VALORAÇÃO PELO ASPECTO NEGATIVO

VALORAÇÃO PELO ASPECTO NEGATIVO

Os recursos genéticos estão sugeitos às intempéries natuais e à destruição pelo homem, inclusive à biopirataria. O que temos que fazer é utilizar tais problemas a nosso favor, justificando a manutenção dos recursos genéticos in situ e ex situ.

ASPECTOS QUE PODEM SER UTILIZADOS

•DESTRUIÇÃO DO HABITAT NATURAL: O avanço da agricultura sobre as terras virgens, como é o caso atual do plantio de soja transgênica, e para o uso de pastagens. Até mesmo o uso a exploração do solo por sua composição mineral, para a construção de estradas, ou por simples urbanização, podem eliminar populações inteiras, as vezes a única de uma determinada espécie.

•EXPLORAÇÃO DE ESPÉCIES NATIVAS: Especialmente as de uso ornamental e medicinal, são explorada à exaustão, sem o mínimo cuidado com a preservação da espécie.

•INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS: Causando danos irreparáveis ao meio ambiente do país introdutor. Por não possuir inimigos naturais acabam competindo com as espécies nativas.

Page 27: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

VALORAR PELAS PERDASVALORAR PELAS PERDAS

PODE-SE VALORAR OS RECURSOS GENÉTICOS TAMBÉM PELAS PERDAS DA BIODIVERSIDADE. VALORAR PELO ASPECTO NEGATIVO DA PERDA DEFINITIVA DE UM GEN E ATÉ MESMO DO GERMOPLASMA TOTAL.

Page 28: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

DILEMA DOS APOIADORESDILEMA DOS APOIADORES

•O problema da valoração econômica de recursos genéticos e até mesmo da biodiversidade é o de obter dados confiáveis que motivem os políticos a apoiar projetos nestas áreas.

•Ainda existe a discussão entre apoio a projetos de desenvolvimento e de meio-ambiente, comumente pendendo para valorizar mais os de desenvolvimento.

•Esta questão é muito relevante para o Brasil. É nossa obrigação demonstrar aos governantes que a fome, muitas vezes, advém da perda dos recursos genéticos.

Page 29: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

O QUE CONSIDERAR?O QUE CONSIDERAR?

•Pode-se considerar o valor de seus produtos derivados, como os fármacos, alimentícios, vestimenta, etc.;

•Pode-se levar em conta os mercados atuais e em seus preços ou em mercados futuros, tanto do mercado interno como no de exportação;

•Até mesmo pode-se focar no prejuízo que a ausência de determinado germoplasma pode provocar ao meio ambiente, como a extinção de uma espécie animal que se alimente daquela planta, entre outros exemplos;

Page 30: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

FOCO NO GERMOPLASMAFOCO NO GERMOPLASMA

O foco pode ser dado no acesso de um BAG, numa espécie, num gênero, numa família e até mesmo na biodiversidade.

O foco pode ser dado no acesso de um BAG, numa espécie, num gênero, numa família e até mesmo na biodiversidade.

Page 31: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

É muito arriscado colocar a valoração baseada apenas no consumidor, assim, deve-se também incorporar dados que representem as necessidades da sociedade como um todo. Assim, devemos incorporar outros dados de valores ambientais, ecológicos e de recursos genéticos que sejam de visibilidade social.

É muito arriscado colocar a valoração baseada apenas no consumidor, assim, deve-se também incorporar dados que representem as necessidades da sociedade como um todo. Assim, devemos incorporar outros dados de valores ambientais, ecológicos e de recursos genéticos que sejam de visibilidade social.

FOCO NO CONSUMIDORFOCO NO CONSUMIDOR

Page 32: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

VALORAÇÃO ECONÔMICA DO MEIO AMBIENTE

VALOR DE USO?

Refere-se ao benefício direto ou indireto obtido com a exploração do recurso. Ex: Direto (extrativismo vegetal ou animal, morada, educação e turismo) Madeira retirada de uma floresta; Indireto (funcional e de conteúdo) Contaminação e destruição de mananciais hídricos.

VALOR DE NÃO USO?

Refere-se ao sentimento ético de preservação pelo seu valor intrínseco. Ex: (Biofilia) Beleza cênica; o prazer de ouvir os pássaros; o perfume das plantas.

VALOR DE OPÇÃO?

Refere-se ao valor que a Sociedade está disposta a pagar, para preservar aquele bem.

VEMA = VU + VNU + VOVEMA = VU + VNU + VO

Page 33: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

TÉCNICAS – USO DIRETOTÉCNICAS – USO DIRETOa) MÉTODO DA PRODUTIVIDADE MARGINAL• Quantidade produzida/comercializada;• Preços de mercado.b) MÉTODO DE PREÇOS DE BENS SUBSTITUTOS• Quantidade de bens produzidos na região, por seu preço de mercado;• Preços de bens substitutos;• Coeficiente de conversão dos recursos produzidos, em quantidades

equivalentes de bens substitutos.c) MÉTODO DE CUSTO DE OPORTUNIDADE INDIRETO• Tempo ou esforço despendido para a obtenção;• Custos decorrentes da realização de atividades semelhantes (salários, custos

fixos pagos na agricultura, etc.).d) MÉTODO DOS SUBSTITUTOS INDIRETOS• Quantidade de insumos que deixam de ser importados, pela utilização de

recursos próprios da região;• Preços de mercado destes insumos.e) MÉTODO DE VALORAÇÃO INDIRETA• Número de pessoas que freqüentam a região, por níveis de renda, etário, de

interesse, etc.• Estimativa de gastos por pessoa/dia com alimentação, transporte, estadia,etc.• Freqüência das visitas e disposição em pagar pelas mesmas.

a) MÉTODO DA PRODUTIVIDADE MARGINAL• Quantidade produzida/comercializada;• Preços de mercado.b) MÉTODO DE PREÇOS DE BENS SUBSTITUTOS• Quantidade de bens produzidos na região, por seu preço de mercado;• Preços de bens substitutos;• Coeficiente de conversão dos recursos produzidos, em quantidades

equivalentes de bens substitutos.c) MÉTODO DE CUSTO DE OPORTUNIDADE INDIRETO• Tempo ou esforço despendido para a obtenção;• Custos decorrentes da realização de atividades semelhantes (salários, custos

fixos pagos na agricultura, etc.).d) MÉTODO DOS SUBSTITUTOS INDIRETOS• Quantidade de insumos que deixam de ser importados, pela utilização de

recursos próprios da região;• Preços de mercado destes insumos.e) MÉTODO DE VALORAÇÃO INDIRETA• Número de pessoas que freqüentam a região, por níveis de renda, etário, de

interesse, etc.• Estimativa de gastos por pessoa/dia com alimentação, transporte, estadia,etc.• Freqüência das visitas e disposição em pagar pelas mesmas.

Page 34: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

TÉCNICAS – USO INDIRETOTÉCNICAS – USO INDIRETOa) MÉTODO DE CUSTOS DE SUBSTITUIÇÃO DAS FUNÇÕES AMBIENTAIS• Estimativa do alcance e/ou extensão dos bens protegidos por determinada função do

ecossistema;• Custos de estruturas artificiais que possam sustentar tal função.b) MÉTODO DE VALOR DO INCREMENTO EM PRODUTIVIDADE• Estimativas dos valores gerados pelas atividades econômicas existentes na região;• Estimativas das alterações nos valores provocados pela perda de uma dada função

ecológica.c) MÉTODO DE CUSTOS DE RESTAURAÇÃO• Extensão dos danos causados pela perda de certas funções ecológicas;• Custos da restauração destas funções .d) MÉTODO DE CUSTOS DE COMPENSAÇÃO• Extensão dos danos causados pela perda de certas funções ecológicas;• Valores a serem pagos para se compensar tais perdas.e) MÉTODO DE GASTOS PREVENTIVOS• Valor dos bens e das propriedades protegidas;• Custos de manutenção das condições ambientais que usam estas funções.f) MÉTODO DE PREÇOS HEDÔNICOS• Dados sobre o grau de importância, de interesse, de freqüência que indiquem a propensão

a pagar das pessoas para a manutenção das funções ambientais do ecossistema;• Número de pessoas que se mostram dispostas a manter tais funções/• Valor gerado pela existência de uma função com relação a outra situação onde a mesma

não existia;• Valor monetário das medidas que prevejam as perdas de dados das funçõoes ecológicas

existentes.

a) MÉTODO DE CUSTOS DE SUBSTITUIÇÃO DAS FUNÇÕES AMBIENTAIS• Estimativa do alcance e/ou extensão dos bens protegidos por determinada função do

ecossistema;• Custos de estruturas artificiais que possam sustentar tal função.b) MÉTODO DE VALOR DO INCREMENTO EM PRODUTIVIDADE• Estimativas dos valores gerados pelas atividades econômicas existentes na região;• Estimativas das alterações nos valores provocados pela perda de uma dada função

ecológica.c) MÉTODO DE CUSTOS DE RESTAURAÇÃO• Extensão dos danos causados pela perda de certas funções ecológicas;• Custos da restauração destas funções .d) MÉTODO DE CUSTOS DE COMPENSAÇÃO• Extensão dos danos causados pela perda de certas funções ecológicas;• Valores a serem pagos para se compensar tais perdas.e) MÉTODO DE GASTOS PREVENTIVOS• Valor dos bens e das propriedades protegidas;• Custos de manutenção das condições ambientais que usam estas funções.f) MÉTODO DE PREÇOS HEDÔNICOS• Dados sobre o grau de importância, de interesse, de freqüência que indiquem a propensão

a pagar das pessoas para a manutenção das funções ambientais do ecossistema;• Número de pessoas que se mostram dispostas a manter tais funções/• Valor gerado pela existência de uma função com relação a outra situação onde a mesma

não existia;• Valor monetário das medidas que prevejam as perdas de dados das funçõoes ecológicas

existentes.

Page 35: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

TÉCNICAS – NÃO USO TÉCNICAS – NÃO USO

a) MÉTODO DO CUSTO DE OPORTUNIDADE:• Estimativa dos custos de implementação e operacionalização de

projeto econômico regional;• Valores das rendas e/ou produtos gerados pelas atividades;• Estimativas para os valores dos custos e dos impactos sociais e

ambientais provocados pelas atividades do projeto;b) MÉTODO DA VALORAÇÃO CONTINGENCIAL:• Estimativa da “propensão a pagar” dos habitantes e dos

freqüentadores da região;• Estimativa do número de pessoas que freqüentam a área e das

que gostariam de contribuir.c) MÉTODO DO VALOR DE OPÇÃO:• Unicidade do ecossistema e importância do mesmo para a

manutenção ou suporte aos ecossistemas adjacentes;• Possibilidade ou não de irreversibilidade dos impactos sobre o

ecossistema.

a) MÉTODO DO CUSTO DE OPORTUNIDADE:• Estimativa dos custos de implementação e operacionalização de

projeto econômico regional;• Valores das rendas e/ou produtos gerados pelas atividades;• Estimativas para os valores dos custos e dos impactos sociais e

ambientais provocados pelas atividades do projeto;b) MÉTODO DA VALORAÇÃO CONTINGENCIAL:• Estimativa da “propensão a pagar” dos habitantes e dos

freqüentadores da região;• Estimativa do número de pessoas que freqüentam a área e das

que gostariam de contribuir.c) MÉTODO DO VALOR DE OPÇÃO:• Unicidade do ecossistema e importância do mesmo para a

manutenção ou suporte aos ecossistemas adjacentes;• Possibilidade ou não de irreversibilidade dos impactos sobre o

ecossistema.

Page 36: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Exemplo de uma fórmula que pode ser utilizada:

I = (O+C+D)*U/3Onde: I = Índice de importância relativa para priorizar RG;

O= Índice relativo da importância da origem de uma espécie;

C= Índice relativo da importância do estado de conservação da espécie;

D= Índice relativo da importância da freqüência de distribuição da espécie;

U= Índice absoluto da importância dos usos da espécie: Ex: alimentício, aromático, medicinal, industrial, florestal, conservação, ornamental, melífero, cultural, etc., um ou todos.

Exemplo de uma fórmula que pode ser utilizada:

I = (O+C+D)*U/3Onde: I = Índice de importância relativa para priorizar RG;

O= Índice relativo da importância da origem de uma espécie;

C= Índice relativo da importância do estado de conservação da espécie;

D= Índice relativo da importância da freqüência de distribuição da espécie;

U= Índice absoluto da importância dos usos da espécie: Ex: alimentício, aromático, medicinal, industrial, florestal, conservação, ornamental, melífero, cultural, etc., um ou todos.

FÓRMULAS PARA VALORARFÓRMULAS PARA VALORAR

A estatística disponibiliza meios para que se possa valorar os recursos genéticos, elaborando-se fórmulas que comprovem o valor de um acesso. Assim, cada caso é um caso, variando-se a fórmula dependendo do alvo (uma espécie em extinção, uma floresta em risco, etc.).

A estatística disponibiliza meios para que se possa valorar os recursos genéticos, elaborando-se fórmulas que comprovem o valor de um acesso. Assim, cada caso é um caso, variando-se a fórmula dependendo do alvo (uma espécie em extinção, uma floresta em risco, etc.).

Page 37: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

EXEMPLO DE PONDERAÇÕES ABSOLUTASDOS COEFICIENTES DAS DISTINTAS CATEGORIAS DE

IMPORTÂNCIA DA FITODIVERSIDADE

EXEMPLO DE PONDERAÇÕES ABSOLUTASDOS COEFICIENTES DAS DISTINTAS CATEGORIAS DE

IMPORTÂNCIA DA FITODIVERSIDADE

Levando-se em consideração a fórmula apresentada no quadro anterior: I = (O+C+D)*U/3, utiliza-se de coeficientes semelhantes aos citados abaixo para a ponderação:

Levando-se em consideração a fórmula apresentada no quadro anterior: I = (O+C+D)*U/3, utiliza-se de coeficientes semelhantes aos citados abaixo para a ponderação:

Page 38: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

EMERGYEMERGYA medida de valor denominada “emergy”{memória de energia} (dada em “enjoule”) é utilizada para avaliar os fluxos de energia (dada em “joule”) e recursos que sustentam a biosfera, incluindo-se a economia, é outro excelente instrumento de valoração. Aqui os recursos naturais valem pela energia solar que carregam e não pelo seu valor monetário, sendo puramente ecológica.

Segue os seguintes princípios:

1) O uso da radiação solar renovavel como fonte de energia;

2) A reciclagem de nutrientes que os organismos necessitam para sobreviver, crescer e se reproduzir.

Segue os seguintes princípios:

1) O uso da radiação solar renovavel como fonte de energia;

2) A reciclagem de nutrientes que os organismos necessitam para sobreviver, crescer e se reproduzir.

ETAPAS:

1) Identificação dos fluxos de energia , dos processos de transformação, dos reservatórios e perdas;

2) Cálculo dos fluxos da Memória Energética baseada na energia solar;

3) Resultados em índice de sustentabilidade ecológica.

ETAPAS:

1) Identificação dos fluxos de energia , dos processos de transformação, dos reservatórios e perdas;

2) Cálculo dos fluxos da Memória Energética baseada na energia solar;

3) Resultados em índice de sustentabilidade ecológica.

Page 39: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

Na realidade não existem fórmulas milagrosas para valorar recursos fitogenéticos, existem sim inúmeras formas de se valor um cultivar específico, um grupo de linhagens, uma espécie nativa ou mesmo um segmento ou uma floresta inteira, tornando-se necessária a elaboração de uma fórmula “caso a caso” que justifique a importância do que se deseja valorar.

Na realidade não existem fórmulas milagrosas para valorar recursos fitogenéticos, existem sim inúmeras formas de se valor um cultivar específico, um grupo de linhagens, uma espécie nativa ou mesmo um segmento ou uma floresta inteira, tornando-se necessária a elaboração de uma fórmula “caso a caso” que justifique a importância do que se deseja valorar.

A valoração dos recursos genéticos é uma ferramenta preciosa para se provar aos órgãos de fomento que devem investir recursos financeiros em equipamentos, infra-estrutura, material de consumo e pessoal solicitados em projetos de pesquisa científica de coleta, caracterização, conservação in situ e ex situ e uso.

A valoração dos recursos genéticos é uma ferramenta preciosa para se provar aos órgãos de fomento que devem investir recursos financeiros em equipamentos, infra-estrutura, material de consumo e pessoal solicitados em projetos de pesquisa científica de coleta, caracterização, conservação in situ e ex situ e uso.

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

Page 40: Valorização dos recursos fitogenéticos 2007

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Harlan, J.R. Agricultural Origins: Centers and Noncenters. Science, v.174. 468-473. 1971.

2. Wilkes, G. Current Status of Crop Plant Germplasm. CRC Critical Reviews in Plant Sciences. V.1. N.2. 133-181.1983.

3. Querol Lipcovich, D. Recursos genéticos, nuestro tesoro olvidado. Lima. Industrial Gráfica S.A., XVIIIpp.218pp. 1988.

4. Brasil. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Primeiro relatório nacional para a Convenção Biológica: Brasil. Brasília, 1998. 283p.

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