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OS BENEFÍCIOS DO PEELING SEQUENCIAL ASSOCIADO AO LED AZUL NO TRATAMENTO DE MELASMA EM GÊNERO FEMININO COM IDADE ENTRE 25 E
35 ANOS
THE BENEFITS OF SEQUENTIAL PEELING ASSOCIATED WITH THE WHITE BLUE LED IN THE TREATMENT OF MELASMA IN FEMALES AGED BETWEEN
25 AND 35 YEARS
Ana Laura Alves de Macedo – [email protected] Cristina da Silva – [email protected]
Graduandas do curso de Estética do UNISALESIANO LinsProf.ª Patricia Maris Vedroni Belmar Nascimento – UNISALESIANO Lins –
RESUMO
Melasma é uma hipermelanose adquirida, simétrica, caracterizada por máculas mais ou menos escuras, de contornos irregulares mas com limites nítidos nas áreas fotoexpostas. Este estudo objetivou comparar técnicas de uso do peeling químico que resulta no estímulo da renovação celular, almejando a melhora do aspecto cutâneo associado ou não ao Light Emited Diode (LED) azul que é clareador. Trata-se de uma pesquisa experimental com 6 voluntárias do gênero feminino, com faixa etária entre 25 e 35 anos, portadoras de melasma facial, com pele íntegra e alocadas em 2 grupos distintos. Utilizou-se abordagem qualitativa, com análise através da lâmpada de wood, registro fotográfico do pré e pós tratamento, relatório de satisfação e revisão bibliográfica. Um grupo realizou 6 sessões e outro 9 sessões do protocolo determinado. Os resultados foram obtidos a partir da comparação das imagens registradas, as quais ambos os grupos apresentaram uma melhora significativa quanto ao objetivo a ser alcançado: o clareamento, porém com melhores resultados quando na associação das técnicas.
Palavras-chave: Hipercromia. Peeling químico. LED azul. Melasma.
ABSTRACT
Melasma is a symmetrical acquired hypermea, characterized by more or less dark, irregularly contoured but with clear borders in the photoexposed areas. This study aimed at the techniques of using chemical peeling that results no stimulus of cellular renewal, aiming for an improvement of the cutaneous aspect associated or not to the blue light emitting diode (LED) that is whitening. This is an experimental study with 6
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female volunteers, with ages between 25 and 35 years, with facial melasma, with whole skin and allocated in 2 different groups. We used a qualitative approach, with analysis through the wood lamp, photographic record of the pre- and post-treatment, satisfaction report and bibliographic review. One group carried out 6 sessions and another 9 sessions of the given protocol. The results were obtained from the index of the recorded images, as both groups showed a significant improvement in the objective to be achieved: whitening, but with better results when the association of the techniques.
Keywords: Hyperpigmentation. Chemical peeling. Blue LED. Melasma.
INTRODUÇÃO
As hipercromias, por acometerem principalmente a face, tornam-se facilmente
visíveis e, além disso, incomodam e geram impacto negativo na qualidade de vida
de suas portadoras, afetando, assim, negativamente seu bem-estar psicológico e
emocional. Embora seja somente uma anormalidade benigna, ainda assim
determina uma grande procura por tratamentos especializados. (BATISTA;MEJIA,
2012).A modernidade exige cada dia mais das pessoas, com a crescente exposição de suas vidas em redes sociais, compartilhando fotos o tempo todo, as pessoas ficam mais vulneráveis a viverem de aparência. Dentre essas exigências encontra-se a aparência física que é a primeira a ser observada em qualquer pessoa nos diversos ambientes que esteja. [...] Portanto a busca por uma boa aparência torna-se cada vez mais desejada por pessoas que almejam ter uma boa apresentação social, pois isso pode abrir portas no mercado de trabalho e até mesmo aceitação social. (BATISTA;MEJIA, 2012, p_1).
Este estudo comparativo aborda os benefícios da associação entre o peeling
químico sequencial e o LED azul no clareamento de manchas do tipo melasma, pois
seguindo o pensamento de Draelos (1991, p. 158-59), observa-se que: “o peeling é
um procedimento que visa acelerar o processo de esfoliação cutânea, promovendo a
renovação celular pelo uso de substâncias químicas. Dessa forma a pele adquire
aspecto mais jovial e renovado”. E por Manoel; Paulillo; Menezes (2014) temos que
a luz ativa fotoreceptores das células do organismo, tais como: flavoproteinas,
porfirinas, tirosinas, dentre outras, agindo assim na sua biomodulação e quanto ao
LED azul o destaque irá para o aumento da hidratação da pele e para o clareamento
de manchas.
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Surge então, a seguinte questão: no tratamento do melasma, o peeling
químico sequencial associado ao LED azul, é mais eficaz do que se realizado
separadamente?
Assume-se como base norteadora a seguinte hipótese: por ser uma técnica
onde acontece uma descamação terapêutica controlada, o peeling se tornará mais
eficaz se associado ao LED azul. Segundo Souza (2010), o LED azul tem um efeito
despigmentante, clareador e potente bactericida, cujos alvos são os cromóforos, que
são compostos por semimoléculas que causam uma alteração na conformação do
conjunto ao receber luz.
O presente estudo trata-se de uma pesquisa experimental comparativa com
abordagem qualitativa, com análise através da lâmpada de wood, registro fotográfico
do pré e pós tratamento, avaliação facial e relatório de satisfação elaborados pelas
autoras e revisão bibliográfica.
1 HIPERCROMIAS
As alterações cutâneas provenientes da mudança na cor da pele com menos
pigmentação ou ausência parcial de pigmento, ou ainda um aumento na produção
de pigmento na pele, são consideradas discromias (GUIMARÃES,2002).
Um fator de preocupação responsável pelas diferenças de tonalidades da
pele são as discromias, que podem ser representadas por manchas mais claras
(hipocromias) ou mais escuras (hipercromias) do que a coloração da pele normal e
produzem, na sua maioria, um resultado estético desagradável. (GONCHOROSKI;
CÔRREA, 2005)
As hipercromias são desordens de pigmentação que tem origem numa
produção exagerada de melanina. Essas manchas podem surgir devido a fatores
como envelhecimento, alterações hormonais, inflamações, alergias e exposição
solar, dentre outros. (GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005)
1.1 Melasma
Melasma é uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica, caracterizada
por máculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, mas
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com limites nítidos nas áreas fotoexpostas, especialmente na face, fronte, têmporas
e mais raramente no nariz, pálpebras, mento, membros superiores e colo (MIOT et
al, 2009; MONTEIRO, 2012).
A causa do melasma ainda é largamente debatida, e os fatores patogênicos
potenciais incluem a influência dos raios ultravioletas (UVs), o efeito
hiperpigmentador de alguns cosméticos, predisposição genética, hormonioterapia e
gravidez. Estrógenos e possivelmente progesterona podem desencadear melasma
(DEPREZ, 2009).
Acomete geralmente mulheres em idade fértil, com fototipos intermediários
(pele castanha e parda), de origem hispânica ou oriental, habitantes de regiões
tropicais, sendo mais frequente entre latinos, porém de rara ocorrência em homens
(COSTA et al, 2011).
2 PEELING
O peeling é o procedimento que resulta no estímulo da renovação celular a
partir da camada basal seguido da reação inflamatória tecidual que leva aos
mediadores inflamatórios, provocando a síntese de colágeno e, finalmente, a
reparação tecidual, tendo o objetivo de melhorar o aspecto cutâneo (PIMENTEL,
2008).
Desta forma, os peelings são procedimentos realizados com a finalidade de
promover o refinamento da pele. A retirada das células que constituem o estrato
córneo contribui também na melhora da permeação cutânea dos princípios ativos
que serão utilizados posteriormente (PIMENTEL, 2008; GOMES; DAMASIO, 2009).
O uso do peeling pode ser indicado em alterações estéticas como
hipercromias, acne, estrias, fotoenvelhecimento, rugas, cicatrizes, revitalização,
plasticidade, luminosidade, diminuição da hiperqueratinização. Em decorrência dos
benefícios dos peelings, muitos profissionais utilizam produtos cosméticos ou
procedimentos com esta finalidade (KEDE; SABATOVICH, 2009).
2.1 Peeling químico sequencial
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Trata-se do tratamento das desordens hiperpigmentares e é realizado à base
de substâncias despigmentantes ou clareadoras da pele. Sabe-se que o tratamento
da pele discrômica é, de certa forma, difícil, pois muitos compostos efetivos no
tratamento apresentam propriedades irritantes e podem, em certo caso, promover
descamação (peeling). Observa-se também que o resultado satisfatório não é
conseguido imediatamente, pois a despigmentação é gradual (ICOLETTI; RIBEIRO,
apud ARAUJO; MEJIA, 201_).
Peeling sequencial é o mais utilizado atualmente. Trabalha em parceria com substâncias químicas, normalmente ácidos. A descamação com o uso do ácido aumenta a espessura da região tratada, baseada em fenômenos naturais de reparação, como a retenção líquida, migração de células e formação de colágeno, gerando um engrossamento das camadas internas da pele, esfoliação de células superficiais e consequente atenuação de sulcos, rugas e manchas. (RIBAS, et al, 2015).
No peeling sequencial, é aplicado um programa composto por peeling físico,
químico e mecânico e deverá ser realizado em dias alternados, por exemplo,
segunda, quarta e sexta de uma semana e novamente na segunda, quarta e sexta
da semana seguinte (RODRIGUES, 2014).
O peeling químico cutâneo proporciona uma melhora formidável da pele,
utilizando, para isso, vários agentes químicos diferentes em variadas concentrações
e veículos, podendo utilizar-se de uma ou mais substâncias químicas numa mesma
formulação (GARCIA et al, 2006).
2.1.1 Ativos utilizados nos peelings químicos sequênciais
a) Ácido mandélico é um derivado da hidrólise de um estrato de amêndoas
amargas. È considerado um dos Alpha Hydroxy Acidy (AHA’S) de maior peso
molecular, favorecendo um efeito uniforme. Na hiperpigmentação, o produto atua
na inibição da síntese da melanina e na melanina já depositada na superfície da
epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos
hipercrômicos (BORGES, 2010).
b) Ácido kójico, obtido por fermentação de carboidratos como a glicose por cepas
da família Aspergillus SSP, não causa irritação nem fotossensibilização. Este
ativo pode ser associado a 7 ácidos, mas não a despigmentantes, como o fosfato
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de ascorbil magnésio (VC-PMG) (RIBEIRO, 2010). Atua provocando a inibição da
tirosinase, enzima fundamental para a formação da melanina. Além disso, é
capaz de introduzir a redução da melanina e de seu monômero precursor chave
(BORGES, 2010). É possível observar o efeito do ácido kójico, após duas a
quatro semanas de uso contínuo, mas pode demorar mais em indivíduos com
pele oleosa ou muito espessa. (SU, 1999 apud GONCHOROSKI; CORREA,
2005).
c) Alpha-Arbutin, bloqueia a biossíntese epidermal da melanina por inibir a oxidação
enzimática da tirosina a dihidroxifenilalanina (DOPA), clareando e promovendo
um tom uniforme em todos os tipos de pele. (CONSULFARMA;2012)
d) Ácido cítrico, anticoagulante, antioxidante, despigmentante, fotossensibilizante,
renovador celular, antimicrobiano, além da ação acidulante. (GOMES; DAMAZIO,
2009).
No mercado cosmético de hoje, existem variados tipos de peelings, estes
serão utilizados conforme o tipo de pele, sua oleosidade, grau de envelhecimento,
fototipo, resultado esperado, entre outros (TEIXEIRA, 2008).
3 LED
Os benefícios da fototerapia são diversos e muito conhecidos, já que se trata
de uma terapia antiga no tratamento de doenças. (MANOEL; PAULILLO; MENEZES,
2014).
O uso benéfico da luz vai desde o tratamento de icterícia neonatal, passando
pela estética e atingindo técnicas modernas para tratamento de câncer e também
para compreensão dos princípios básicos de interação da luz com o tecido biológico
e seus efeitos terapêuticos. De maneira simples, a luz é um fenômeno de natureza
elétrica e magnética. (MANOEL; PAULILLO; MENEZES, 2014).
Por Manoel; Paulillo; Menezes (p. 18, 2014) "a fototerapia é um tratamento
que se utiliza da luz, sendo o LED abreviação de Light Emitting Diodes e sua
tradução quer dizer Diodos emissores de luz".
O LED não é coerente, nem colimado e atua numa banda mais ampla de
comprimento de onda, mas produzem uma banda de espectro eletromagnético
próxima do laser. (MANOEL; PAULILLO; MENEZES, 2014).
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Os efeitos da interação da luz com os tecidos biológicos, através de eventos fotoquímicos e fotofísicos, são aqueles relacionados às mitocôndrias celulares que sofrem modificações estruturais e metabólicas. A luz penetra nos tecidos e são absorvidas pelos fotorreceptores celulares denominados cromóforos. Os diferentes tipos de biomoléculas presentes nas células, citoplasma celular, bem como na própria membrana celular (proteínas, lipídios, ácidos nucleicos, porfirinas) absorvem esta luz. Assim as mitocôndrias que são organelas especializadas na regulação do metabolismo celular são então fotoativadas para estimular ou regular os processos fisiológicos. (MANOEL; PAULILLO; MENEZES, p.19, 2014).
3.1 LED azul
Segundo Manoel; Paulillo; Menezes (2014) "O destaque para o aumento da
hidratação da pele e para clareamento de manchas, vai para o LED azul".Quando o LED azul é depositado na pele estimula compostos presentes na melanina e produzem radicais livres no formato de oxigênio livre e peróxido de hidrogênio. Essas substâncias são extremamente reativas e removem elétrons das moléculas das ligações de hidrogênio, rompendo a conjugação carbônica e produzindo compostos mais simplificados. Estes compostos simplificados têm sua capacidade de absorção de energia (luz) reduzida e consequentemente a capacidade de refletir luz é aumentada substancialmente, criando o efeito estético de clareamento (SOUZA; 2010, p 14).
4 LAMPADA DE WOOD
A lâmpada de Wood é muito utilizada na dermatologia e na estética como
método não invasivo para diagnóstico das discromias da pele, tendo sido utilizada,
inicialmente, na identificação da tinha do couro cabeludo. Porém atualmente seu uso
tornou-se bem mais amplo (CUCÉ; NETO, 2001).
A lâmpada é de mercúrio e seu vidro é de silicato de Bário, com 9% de óxido
de níquel, permitindo somente a passagem de radiações ultravioletas de 340 a 450
nm (CUCÉ; NETO, 2001).
Ponzio; Cruz, 1993 relatam que pela irradiação luminosa emitida pela
lâmpada de Wood, “ao incidir sobre a pele penetra profundamente, sendo absorvida
pelos grânulos de melanina nos níveis em que eles se encontram[...]”. Pode-se
através do diagnóstico com a lâmpada determinar se uma alteração hipercromica
encontra-se em nível epidérmico ou dérmico. Ainda segundo Ponzio; Cruz, 1993 a
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hiperpigmentação de nível epidérmico ao exame da luz de Wood apresenta-se mais
escura, enegrecida; as manchas de nível dérmico é mais azulada, permanecendo
sem alteração ao exame com a luz de Wood.
A utilização da lâmpada ajuda a definir a extensão, o grau e a localização da
lesão pigmentar de modo rápido e prático. Para um bom diagnóstico o exame deve
ser realizado em local escuro, pois a fluorescência só pode ser verificada desse
modo. Entretanto o diagnóstico das lesões em luz branca é indispensável, bem
como a utilização de lupa e ficha de anamnese do cliente (BRITO, 2009).
5 METODOLOGIA E EXPERIMENTO
O projeto de pesquisa foi submetido à Plataforma Brasil do Ministério da
Saúde, atendendo a resolução 12/12/12 e aprovado pelo Comitê de Ética do
Unisalesiano, sob o parecer nº 1.565.945 aprovado em 08/05/16.
Para a realização do experimento foram recrutadas 6 voluntárias através de
redes sociais e contatos próximos.
Ao início do procedimento experimental, as voluntárias foram esclarecidas
sobre o objetivo da pesquisa. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, bem como o Termo de Autorização de Uso de Imagem.
Antes do início do tratamento foram realizadas avaliação facial elaborada
pelas autoras, coleta de imagem fotográfica e coleta de imagem através da lâmpada
de wood.
As voluntárias foram alocadas em dois grupos randomizados, sendo: grupo 1,
onde foram realizadas 3 sessões iniciais em dias consecutivos de peeling químico
sequencial e aplicação de LED azul, com duração de 50 minutos cada. Na
sequencia houve um intervalo de 7 dias. Após esse intervalo, foi feita a aplicação de
mais 3 sessões de peeling químico sequencial associado ao LED azul em dias
consecutivos. No período de intervalo de 7 dias. Entre uma aplicação e outra do
peeling químico sequencial, foram realizadas, em dias alternados, a aplicação
apenas do LED azul, totalizando 3 sessões entre os peelings, sendo então feitas ao
total deste tratamento 9 sessões.
O protocolo do grupo 2 foi idêntico ao do grupo 1, exceto quanto ao uso do
LED azul, sendo assim no grupo 2 foram realizadas apenas 3 sessões iniciais de
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peeling químico sequencial em dias consecutivos, com duração de 30 minutos cada,
seguida de uma pausa de 7 dias e após, mais 3 sessões de aplicação do peeling
químico sequencial, sendo então feitas ao total deste tratamento 6 sessões.
5.1 Protocolo utilizado
a) higienização com sabonete líquido;
b) tônificação com loção tônica adstringente;
c) aplicação do LED azul, modo varredura, cinco minutos por área - frontal, malares,
mento e nasal; (utilizado apenas no grupo 1)
d) aplicação da nano loção clareadora, que contém em sua formulação ácido kójico,
ácido mandélico, ácito fítico, NANO UP Lift e Nano Hydroxy Acids deixando até
completa absorção, em seguida aplicou-se o Gel Peeling Facial que contém em
sua formulação ácido mandélico, ácido kójico, ácido cítrico e alpha-arbutin.
Deixando agir por até 4 horas.
Para o experimento foi utilizado o aparelho Fluence da marca HTM, com o
Cluster Red Laser + Blue LED, sendo que durante a pesquisa utilizou-se apenas o
LED azul, com sua aplicação em varredura durante 5 minutos por área, totalizando
20 minutos.
Ao término dos tratamentos foram realizadas fotos do ‘depois’ - com e sem a
lâmpada de wood.
Como critérios de inclusão foram eleitas voluntárias do gênero feminino que
apresentam melasma em pele íntegra, idade entre 25 e 35 anos. Foram excluídos
da pesquisa pele não íntegra, sensibilidade a algum ativo utilizado, neoplasias, peles
sensíveis, gestantes, lactantes, menores de 25 anos e maiores de 35 anos e gênero
masculino.
6 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
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Após o término do experimento, aplicou-se a ficha de satisfação, elaborada
pelas autoras, na qual todas as voluntárias relataram contentamento com os
resultados obtidos.
A partir dos dados obtidos pelas fotos tivemos que: todas as voluntárias do
grupo 1 obtiveram clareamento das manchas epidérmicas, melhora na hidratação e
iluminação pelo uso do LED azul e, mesmo não sendo o objetivo do estudo, também
observou-se uma melhora significativa na textura e diminuição de rugas. Durante o
tratamento também foi possível observar leve descamação e prurido na pele.
“Peelings químicos são procedimentos capazes de corrigir as marcas,
manchas, alterações causadas pelo envelhecimento cutâneo, melhorando a
aparência e a qualidade da pele, através da destruição química das células
epidérmicas” (GARCIA et al, 2006).
Nas voluntárias do grupo 2 pode-se observar clareamento na pele e, mesmo
não sendo o objetivo do estudo, também pode-se perceber uma melhora significativa
da textura da pele e diminuição das rugas, porém com menor visibilidade se
comparado com o grupo 1. Durante o tratamento observou-se leve descamação e
prurido na região tratada, assim como aconteceu no grupo 1 porém, de forma mais
intensa que a apresentada pelas voluntárias que fizeram uso do LED azul.
“O destaque para o aumento da hidratação da pele e clareamento de
manchas é o LED azul”. (MANOEL; PAULILLO; MENEZES, 2014).
Das 6 voluntárias que iniciaram o experimento, apenas 4 deram continuidade
e concluíram o tratamento proposto, houveram 2 perdas de amostrais por motivos
pessoais.
Os resultados apresentados doravante, foram obtidos através da comparação
de imagens fotográficas e lâmpada de wood do pré e pós-tratamento.
No aspecto geral, o que pode ser percebido através da lâmpada de wood, foi
o clareamento das manchas epidérmicas.
Segundo Ribas, et al. (2015), o profissional esteticista pode trabalhar apenas
com peelings muito superficiais ou superficiais (chegando até no máximo a camada
basal da epiderme), ficando os peelings médios e profundos (junção derme
epidérmica e inferiores) apenas para os médicos.
Figura 1: Grupo 1 - Caso 1: Peeling Sequencial + LED Azul
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Houve uma melhora significativa no clareamento das manchas epidérmicas, nas linhas de expressões e na iluminação da pele.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016
Figura 2: Grupo 1 - Caso 2: Peeling Sequencial + LED AzulPode se perceber um clareamento significativo nas manchas epidérmicas localizadas na fronte e orbicular da boca, diminuição de linha de expressões e hidratação da pele.
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016
Figura 3: Grupo 2 - Caso 1: Peeling SequencialObservou-se um clareamento significativo das manchas epidérmicas, e diminuição das linhas de expressões.
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Fonte: elaborado pelas autoras, 2016
Figura 4: Grupo 2 - Caso 2: Peeling SequencialPode-se notar um clareamento significativo nas manchas epidérmicas, e uniformização da tonalidade.
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Fonte: elaborado pelas autoras, 2016
7 CONCLUSÃO
Através do presente estudo pode-se perceber que a técnica de peeling
químico sequencial é uma excelente opção para o tratamento de melasma, além de
ter efeitos consequentes como: hidratação da pele, afinamento das linhas de
expressão, diminuição da profundidade das rugas, melhora do tônus e da textura da
pele.
Acredita-se, pelos resultados obtidos, que o peeling químico sequencial se
mostrou mais eficaz quando associado ao LED azul. Apesar dos resultados
positivos sugerem-se novas pesquisas para resultados ainda mais satisfatórios.
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Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016