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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Fabio Luis Heiss MANIFESTA<;:OES PATOLOGICAS EM ESTACAS DO TIPO HELICE CONTiNUA Trabalho de Conclusao de CursQ, apresenlado ao Curso de P6s-Gradu898.0 em Patalogia nas Obras Civis da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito para obtenr;:ao do titulo de Especialista em Patologias das Obras eivis. Professor Orientador: Luis Cesar De Luca, M.Sc. , <' , Curitiba - PR 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Fabio Luis Heiss

MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS

DO TIPO HELICE CONTiNUA

Trabalho de Conclusao de CursQ apresenlado ao

Curso de P6s-Gradu8980 em Patalogia nas Obras

Civis da Universidade Tuiuti do Parana como

requisito para obtenrao do titulo de Especialista

em Patologias das Obras eivis

Professor Orientador Luis Cesar De Luca MSc

lt

Curitiba - PR

2008

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS

RESUMO

1 INTRODUltAO

11 JUSTIFICATIVA

12 PROBLEMA DE PESOUISA

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

132 Objetivos Especifieos

14 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

15 APRESENTAltAO DO TRABALHO

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

21 DEFINIltAO

22 HISTORICO

23 EOUIPAMENTOS E APLlCAltOES

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

241 Perfuraao

242 Coneretagem

243 Coloeaao da armaao

244 Preparo da eabea da estaea

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

251 Adequaao

252 Segurana

SUMARIO

6

10

11

12

13

13

14

14

14

15

15

15

17

17

17

18

23

24

24

25

29

32

32

32

253 Velocidade

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

33

33

34

36

254 Economia

26 CAPACIDADE DE CARGA

2611 Metodo Decourt-Quaresma 36

2612 Metodo Antunes e Cabral 39

392613 Metodo de Alonso

3 MANIFESTArOES PATOLOGICAS EM ESTACAS HELICE CONTiNUA 42

31 PATOLOGIAS DO CONCRETO

32 EXCENTRICIDADE

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTINUA

42

48

49

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE 49

35 ARMADURA 52

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE 57

41 EXAME DE INTEGRIDADE 57

411 Exame de fuste 57

412 Sondag em rotativa 58

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester) 59

414 Prova de Carga Estiltica 62

415 Prova de carga a tra9ao 65

416 Prova de carga a compressao 66

417 Prova de carga transversal 67

418 Ensaio dinamico au prova de carga dinamica 67

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

5 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENDAltOES PARA FUTUROS

TRABALHOS 74

71

51 CONSIDERAltOES FINAlS

52 RECOMENDAltOES PARA FUTUROS TRABALHOS

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

74

75

76

78

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HtLlCE CONTINUA MONITORADA 18

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FIGURA 3 - GRAFICA DE CONTROlE DE CADA ESTACA

19

20

FIGURA 4 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

COM TIRANTES 21

FIGURA 5 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

SEM TIRANTES 21

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE 22

FIGURA 7 - FASES DA EXECU9Ao DA ESTACA HtLlCE CONTiNUA 23

FIGURA 8 - COlCA9AO DE ARMADURA MANUAlMENTE COM A9AO DA

GRAVIDADE

FIGURA 9 - INTRODU9AO DE ARMADURA COM PILAo

FIGURA 10 - DETAlHES DAARMADURA

FIGURA 11 - FAl TA DE LlMPEZA NA CABE9A DA ESTACA

26

28

29

30

FIGURA 12 - CABE9A DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER 0 BlOCO 30

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA 31

FIGURA 14 - FATOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUTORES 35

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA 36

FIGURA 16 - SEGREGA9AO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO 42

FIGURA 17 - DETAlHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST) 43

FIGURA 18 - EXSUDA9Ao NO TOPO DA ESTACA RECtM-EXECUTADA 43

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

LlSTA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

LlSTA DE SiMBOLOS

RESUMO

1 INTRODUltAO

11 JUSTIFICATIVA

12 PROBLEMA DE PESOUISA

13 OBJETIVOS

131 Objetivo Geral

132 Objetivos Especifieos

14 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

15 APRESENTAltAO DO TRABALHO

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

21 DEFINIltAO

22 HISTORICO

23 EOUIPAMENTOS E APLlCAltOES

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

241 Perfuraao

242 Coneretagem

243 Coloeaao da armaao

244 Preparo da eabea da estaea

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

251 Adequaao

252 Segurana

SUMARIO

6

10

11

12

13

13

14

14

14

15

15

15

17

17

17

18

23

24

24

25

29

32

32

32

253 Velocidade

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

33

33

34

36

254 Economia

26 CAPACIDADE DE CARGA

2611 Metodo Decourt-Quaresma 36

2612 Metodo Antunes e Cabral 39

392613 Metodo de Alonso

3 MANIFESTArOES PATOLOGICAS EM ESTACAS HELICE CONTiNUA 42

31 PATOLOGIAS DO CONCRETO

32 EXCENTRICIDADE

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTINUA

42

48

49

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE 49

35 ARMADURA 52

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE 57

41 EXAME DE INTEGRIDADE 57

411 Exame de fuste 57

412 Sondag em rotativa 58

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester) 59

414 Prova de Carga Estiltica 62

415 Prova de carga a tra9ao 65

416 Prova de carga a compressao 66

417 Prova de carga transversal 67

418 Ensaio dinamico au prova de carga dinamica 67

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

5 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENDAltOES PARA FUTUROS

TRABALHOS 74

71

51 CONSIDERAltOES FINAlS

52 RECOMENDAltOES PARA FUTUROS TRABALHOS

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

74

75

76

78

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HtLlCE CONTINUA MONITORADA 18

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FIGURA 3 - GRAFICA DE CONTROlE DE CADA ESTACA

19

20

FIGURA 4 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

COM TIRANTES 21

FIGURA 5 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

SEM TIRANTES 21

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE 22

FIGURA 7 - FASES DA EXECU9Ao DA ESTACA HtLlCE CONTiNUA 23

FIGURA 8 - COlCA9AO DE ARMADURA MANUAlMENTE COM A9AO DA

GRAVIDADE

FIGURA 9 - INTRODU9AO DE ARMADURA COM PILAo

FIGURA 10 - DETAlHES DAARMADURA

FIGURA 11 - FAl TA DE LlMPEZA NA CABE9A DA ESTACA

26

28

29

30

FIGURA 12 - CABE9A DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER 0 BlOCO 30

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA 31

FIGURA 14 - FATOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUTORES 35

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA 36

FIGURA 16 - SEGREGA9AO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO 42

FIGURA 17 - DETAlHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST) 43

FIGURA 18 - EXSUDA9Ao NO TOPO DA ESTACA RECtM-EXECUTADA 43

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

253 Velocidade

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

33

33

34

36

254 Economia

26 CAPACIDADE DE CARGA

2611 Metodo Decourt-Quaresma 36

2612 Metodo Antunes e Cabral 39

392613 Metodo de Alonso

3 MANIFESTArOES PATOLOGICAS EM ESTACAS HELICE CONTiNUA 42

31 PATOLOGIAS DO CONCRETO

32 EXCENTRICIDADE

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTINUA

42

48

49

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE 49

35 ARMADURA 52

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE 57

41 EXAME DE INTEGRIDADE 57

411 Exame de fuste 57

412 Sondag em rotativa 58

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester) 59

414 Prova de Carga Estiltica 62

415 Prova de carga a tra9ao 65

416 Prova de carga a compressao 66

417 Prova de carga transversal 67

418 Ensaio dinamico au prova de carga dinamica 67

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

5 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENDAltOES PARA FUTUROS

TRABALHOS 74

71

51 CONSIDERAltOES FINAlS

52 RECOMENDAltOES PARA FUTUROS TRABALHOS

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

74

75

76

78

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HtLlCE CONTINUA MONITORADA 18

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FIGURA 3 - GRAFICA DE CONTROlE DE CADA ESTACA

19

20

FIGURA 4 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

COM TIRANTES 21

FIGURA 5 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

SEM TIRANTES 21

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE 22

FIGURA 7 - FASES DA EXECU9Ao DA ESTACA HtLlCE CONTiNUA 23

FIGURA 8 - COlCA9AO DE ARMADURA MANUAlMENTE COM A9AO DA

GRAVIDADE

FIGURA 9 - INTRODU9AO DE ARMADURA COM PILAo

FIGURA 10 - DETAlHES DAARMADURA

FIGURA 11 - FAl TA DE LlMPEZA NA CABE9A DA ESTACA

26

28

29

30

FIGURA 12 - CABE9A DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER 0 BlOCO 30

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA 31

FIGURA 14 - FATOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUTORES 35

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA 36

FIGURA 16 - SEGREGA9AO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO 42

FIGURA 17 - DETAlHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST) 43

FIGURA 18 - EXSUDA9Ao NO TOPO DA ESTACA RECtM-EXECUTADA 43

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

51 CONSIDERAltOES FINAlS

52 RECOMENDAltOES PARA FUTUROS TRABALHOS

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

74

75

76

78

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HtLlCE CONTINUA MONITORADA 18

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FIGURA 3 - GRAFICA DE CONTROlE DE CADA ESTACA

19

20

FIGURA 4 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

COM TIRANTES 21

FIGURA 5 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

SEM TIRANTES 21

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE 22

FIGURA 7 - FASES DA EXECU9Ao DA ESTACA HtLlCE CONTiNUA 23

FIGURA 8 - COlCA9AO DE ARMADURA MANUAlMENTE COM A9AO DA

GRAVIDADE

FIGURA 9 - INTRODU9AO DE ARMADURA COM PILAo

FIGURA 10 - DETAlHES DAARMADURA

FIGURA 11 - FAl TA DE LlMPEZA NA CABE9A DA ESTACA

26

28

29

30

FIGURA 12 - CABE9A DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER 0 BlOCO 30

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA 31

FIGURA 14 - FATOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUTORES 35

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA 36

FIGURA 16 - SEGREGA9AO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO 42

FIGURA 17 - DETAlHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST) 43

FIGURA 18 - EXSUDA9Ao NO TOPO DA ESTACA RECtM-EXECUTADA 43

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

LlSTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HtLlCE CONTINUA MONITORADA 18

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FIGURA 3 - GRAFICA DE CONTROlE DE CADA ESTACA

19

20

FIGURA 4 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

COM TIRANTES 21

FIGURA 5 - APLlCA9AO DE ESTACAS HtLlCE CONTiNUA COMO CONTEN9AO

SEM TIRANTES 21

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE 22

FIGURA 7 - FASES DA EXECU9Ao DA ESTACA HtLlCE CONTiNUA 23

FIGURA 8 - COlCA9AO DE ARMADURA MANUAlMENTE COM A9AO DA

GRAVIDADE

FIGURA 9 - INTRODU9AO DE ARMADURA COM PILAo

FIGURA 10 - DETAlHES DAARMADURA

FIGURA 11 - FAl TA DE LlMPEZA NA CABE9A DA ESTACA

26

28

29

30

FIGURA 12 - CABE9A DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER 0 BlOCO 30

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA 31

FIGURA 14 - FATOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUTORES 35

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA 36

FIGURA 16 - SEGREGA9AO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO 42

FIGURA 17 - DETAlHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST) 43

FIGURA 18 - EXSUDA9Ao NO TOPO DA ESTACA RECtM-EXECUTADA 43

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

ENDURECIDO 44

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO 45

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIAA 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA 45

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZAltAO DOS AGREGADOS 46

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMAltAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO

CONSTATAltAO DE MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS

PRIMEIROS 15M A PARTIR DO TOPO

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVAltAo DO PIQUETE

46

48

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURA

VlsivEL 49

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA 50

FIGURA 28 - EXECUltAO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

52

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA 53

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA 53

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAo CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA

DE ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

M

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SEltAO CIRCULAR E

RETANGULAR (B) POSIltAO INCORRETA (C) AUSENCIA DE

ARMADURA DE FRETAGEM 55

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO 56

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRATGRIO 58

FIGURA 35 - EXTRAltAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS 58

FIGURA 36 - ILUSTRAltAo DO ENSAIO PIT

FIGURA 37 - EXECUltAO DO ENSAIO PIT

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAo DO FUSTE

59

60

61

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURA

APARENTE 61

FIGURA 40 - TRAJETGRIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALQUE) 63

FIGURA 41 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

TIRANTES 64

FIGURA 42 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES 64

FIGURA 43 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS 65

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CARGA 66

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA 67

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA 68

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA 69

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK 70

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA 70

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

FIGURA 50 - SEltAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA 73

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

10

LlSTA DE TABELAS

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006) 22

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARAARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998) 28

TABELA 3 - VALORES DE C( E P (1996) 38

TABELA 4 - VALORES DE p E p (ANTUNES E CABRAL 1996) 39

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

11

LlSTA DE SiMBOLOS

HV - relayeo entre medida horizontal e medida vertical

Fck - resistencia caracteristica a compressao do concreto

0- diametro

rl - atrto lateral

N - numero de golpes do ensaio SPT

Rp - resistemcia de ponta

Np - media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca

PR - carga de ruptura

PP - parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL - parcela de carga resistida par atrito lateral ao longo do fuste da estaca

P - carga admissivel

rp - resistencia de ponta

f - adeseo calculada a partir do torque maximo (em kgfm)

pound - penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Tmin(l) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho 80

medido para eima a partir da ponta da estaca

T min(2) - media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) para 0 trecho 3D

medido para baixo a partir da ponta da estaca

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

12

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais conceitos sobre estacas do tipo helice

continua com a objetivo de urn entendimento geral deste tema para melhor

relacionarmos como as tecnicas executivas pod em originar manifestayoes

patol6gicas a este tipo de estaca e como poderemos identifica-Ias Para isso fo

realizada pesquisa em bibliografia espedfica como artigos teses livros

aprofundados neste tema narmas como tambem S8 levou em consideracao as boas

tecnicas executivas usadas em obra

Assim este material serve como tonte de consulta aDs responsaveis pela

executyao deste tipo de fundayao para que S8 tenha urn melhor contrale da

qualidade do servico prestado evitando a ocorrencia de manifestac5es patol6gicas a

estacas do tipo helice continua

Palavras-Chave funda90es estacas manifesta90es pato6gicas

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

1 INTRODU~AO

13

A tematica principal deste trabalha sao as patalagias referentes a execugao

de estacas tipo he lice continua objetivando levantar as agentes que possam

interierir no desempenho destas estacas no intuito de S8 abter uma fundaryao

segura atingindo a capacidade de carga a ela impasta Pretende este trabalha trilhar

pelos aspectos mais relevantes ja explorados pela bibliografia consagrada

Serao abordados neste trabalho a definigEio deste tipo de estaca

equipamentos necessarios para a sua execug8o aplicaryoes metodos de execu98o

vantagens desvantagens capacidade de carga patologias e ensaios referentes ao

tipo de estaca de helice continua para maior qualidade deste tipo de fundacao

As estacas helice continua introduzidas no Brasil em 1987 tiveram uma

utiliza9210 crescente nos ultimos anos Os estudos do comportamento dessas

estacas tem crescido na mesma proporlt8o com a realizalt8o de inumeras provas de

carga e de eventos tecnicos especificos tratando desse assunto Historicamente

apos passados duas decadas da introdultao da estaca tipo helice-continua

persistem certos questionamentos ace rca do projeto execultao controle e

resultados

11 JUSTIFICATIVA

A escolha deste tema deveu-se a pretensao de se extinguir os problemas

de manifestaltoes patologicas referentes a execultao da estaca tipo helice continua

ja que este tipo de estaca pode ser utilizado em terrenos de baixa resistencia ou

submersos possibilita a execu9ao de estacas proximas a predios vizinhos nao

causando a descompressao do terreno ruidos e vibraltoes

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

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NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

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Acesso em 1010712008

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Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

14

Oferece maior s8guranC8 e maiores capacidades de carga e possibilita

centrar 0 eixo da perfuray80 sabre 0 pilar com precisao milimetrica 0 que elimina

solie ita goes adicionais naD previstas permite operar em qualquer superficie de solo

requerendo pequenos espagos para manobras

o equipamento permite maior velocidade reduz as preocupacoes do

construtor na administracc3o da compra de materiais e centrale do preparo do

concreto para fundac6es A velocidade de escavacao e a concretagem imediata sob

pressao evita a desestruturacao do solo pelo alivio de tensoes

A velocidade diminui as custos e e mais barata do que as similares

executadas usanda processos convencionais principalmente em solos submersos

tambem dispensa 0 usa de lama bentonitica para a concretagem nas estacas

submersas

Sao muitas as vantagens referentes a esse tipo de estaca e deve~se tomar

conhecimento de suas principais manifesta(oes patol6gicas para uma perfeila

execwao

12 PROBLEMA DE PESQUISA

Quais sao as manifestafoes patol6gica nas estacas tipo helice continua

130BJETIVOS

131 Objetivo Geral

Identificar todas as manifestafoes patol6gicas em estacas helice continua

observando a relafao entre os processos executivos e a palologia relacionado e

eles

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

15

132 Objetivos Especificos

bull Identificar os procedimentos executivos que geram manifestaltoes patol6gicas em

estacas tipo helice continua

bull Levantar ensaios para a identific8ltElO das manifestaltoes patol6gicas em estacas

tipo helice continua

14 PROCEDIMENTOS METODOL6GICOS

A pesquisa e notoriamente explorat6ria e tambem S8 enquadra nos

prop6sitos definidos pelas pesquisas descritivas e explicativas pois ha variaveis de

monitoramento assim como universe amostral definido e tambem par S8 tratar de

uma pesquisa sem 0 objetivo de justificar as raz6es pelas quais as tecnicas foram

aplicadas

Sao importantes e imprescindiveis as estudos baseados em ]ivres trabalhos

cientificos visando 0 embasamento da pesquisa 0 trabalho sera baseado

exclusivamente em funltao de publicaltoes documentos impressos e manuscritos

devido a necessidade de observaltoes de campo relatorio fotografico analise

documental entre outros Desta forma a pesquisa bibliogratica e documental se

adequa aos objetivos definidos

15 APRESENTACAo DO TRABALHO

Alem deste primeiro capitulo 0 capitulo 2 trata do tema estacas helice

continua apresentando sua definiltao historico equipamentos aplicaltoes

metodologia executiva vantagens desvantagens e a capacidade de carga destas

estacas

No capitulo 3 sao abordadas as manifestaltoes patol6gicas em estacas

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

16

helice continua

Ja 0 capitulo 4 apresenta os ensaios para 0 controle de qualidade das

estacas tipo helice continua para averiguar sua integridade

E par rim 0 capitulo 5 apresenta as considerac6es finais e as

recomendac6es para futuros trabalhos

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

17

2 ESTACAS HELICE CONTiNUA

Neste capitulo aborda-se definiy2lo das estacas helice continua as

equipamentos necessarios para sua execuy2lo a aplicayEio destas estacas os

metodos executiv~s suas vantagens desvantagens e capacidade de carga para

esse tipo de fundacao

21 DEFINItAO

A estaca tipo helice-continua tern side uma vantajosa alternativa para

obras de medic a grande porte que requerem rapidez versatilidade e minimizay80

dos impactos de vizinhanga comparada com Qutros tipos de estacas a percussao

A estaca helice continua e uma estaca de concreto moldada in loco

executada par meio de trada continuo au segmentado e injecao de concreto atraves

da haste central do trada simultaneamente a sua retirada do terreno

A haste de periurayao e composta por uma helice espiral solidarizada a um

tubo central equipada com bitz de vidia ou tungstenio na extremidade inferior que

possibilitam a sua penetrayao no terreno colocando-se a armayao ap6s a sua

concretagem (ALONSO 1998)

22 HIST6RICO

Foi desenvolvida nos EUA na decada de 80 foi difundida em toda Europa

e Japao e foi executada pela primeira vez no Brasil em 1987 com equipamentos

desenvolvidos aqui montados sob guindastes de esteiras com torque de 35KN e

helices com 275mm 350 e 425mm de diametro executando estacas de ate 15m de

profundidade

o mercado brasileiro fai invadido por maquinas europeias a partir da decada

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

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Acesso em 1010712008

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

18

de 90 principalmente da Italia com torque de 90KNm a mais de 200KNm diametros

de he lice de ate 1000mm executando estacas de ate 24m de profundidade

(HACHICH et ai 1998)

Hoje no mercado podemos encontrar equipamentos com capacidade para

executar estacas de ate 30m de profundidade

23 EQUIPAMENTOS E APLlCAcOES

o equipamento empregado pelas empresas para cravar a helice no terreno

e constituido de um guindaste de esteiras (Figura 1) sendo nele montada a torre

vertical de altura apropriada a profundidade da estaca equipada com guias par cnde

corre a mesa de rotaC2Io de acionamento hidraulico Os equipamentos disponiveis

permitem executar estacas de no maximo 30m de profundidade e inclinacc3o de ate

14 (HV)

Esses equipamentos destacam-se pela alta produtividade e versatilidade e

possuem todos as itens tecnol6gicos e operacionais das perfuratrizes de grande

porte

FIGURA 1 - EQUIPAMENTO DE HELICE CONTINUA MONITORADA

Fonte Exata Engenharia (2008)

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

19

Isento de vibrac6es e com baixo nivel de fulda executa trabalhos em locais

em difieil acesso au em obras internas com pe direito de 850m e com distancia

minima de O35cm da divisa ao eixo da estaca

Para S8 contralar a pressao de bombeamento do concreto a Fundesp

passui instrumento medidar digital que informa todos os dados de execuyao da

estaca tais como inclinaao da haste profundidade da perfuraao torque e

velocidade de rotacao da helice pressao de injecao perdas e consumo de concreto

Os parametres indicados no mostrador digital sao registractos e fornecidos a urn

microcomputador para aplicacao de software que imprime a relat6rio da estaca com

as informacoes obtidas no campo

Tem-se tambem 0 monitoramento por Micro Computador de bordo (figura 2)

que permite 0 registro em software e posterior impressao de relatorios

FIGURA 2 - MICRO COMPUTADOR DE BORDO

FONTE (BRASFOND 2006)

Este relat6rio contem 0 gratico de controle de cada estaca indicando a

inclinaao da haste profundidade de perfuraao pressao de injeao-vazao e

consumo de concreto velocidade de subida do trado desenho do provavel perfil da

estaca torque e velocidade de rota921o da helice datahorario de inicio e termino dos

servios executados (figura 3)

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

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fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

20

FIGURA 3 - GRAFICO DE CONTROLE DE CADA ESTACA

FONTE (PENNA et ai 1999)

As estacas tipo helice continua oferecem uma solwao tecnica e

economicamente interessante nos seguintes casas

Em centros urbanos pr6ximos a estruturas existentes escolas hospitais e

predios historicos par nao produzir disturbios ou vibrac6es e de nao causar

descompressao do terreno

Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde em geral hi urn

grande numero de esta~as sem variar 0 diametro pela produtividade alcancada

Lembrando que a resisteuromcia de panta de uma e51aca varia de uma de grande

diametro para uma de menor diametro logo S8 tivermos muita variacc3ode secao em

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

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EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

21

uma obra a variaC8o de recalques proporcionara danos a estrutura (MILITITSKY

2005)

Como estrutura de contencao associado ou nao a tirantes protendidos

(figuras 4 e 5) pr6ximos a estruturas existentes desde que as esforcos transversa is

sejam compatlveis com as comprimentos de armaC8o permitidos respeitando as

fichas minimas

FIGURA 4 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

COM TIRANTES

FONTE Metro Linha 2 estayao Klabin Sao PauloSP (BRASFOND 2006)

FIGURA 5 - APLlCAltAO DE ESTACAS HELICE CONTiNUA COMO CONTENltAO

SEM TIRANTES

FONTE (HACHICH et ai 1998)

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

22

Outra aplicay80 das estacas helice continua e chamada de estaca secante

onde sao executadas uma ao lado da outra com uma certa sobreposiy80 formando

uma parede de contey80 continua estanque hidraulicamente (figura 6)

FIGURA 6 - PROJETO EM PLANTA DA ESTACA SECANTE

FONTE Execu9ao de fundayOes e conten90es em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

Devida a alta capacidade estrutural das estacas com pequenos diametros de

(25em a 50em) prolundidade de ate 20m e eargas de 20tonl a 10Otonl tornando-

S8 uma OP980 interessante quando comparado aDs metodos executivos de Qutras

estacas As caracterrsticas destas estacas podem ser obs8rvadas na tabela 1

TABELA 1 - CARACTERisTICAS NOMINAIS DAS ESTACAS (2006)

Descri~ao UN ValoresDiAmetro JS 40 50 60 70 0 90 100 110 120

Carga admfssfvel estlllural mfu(imaKN 600 00 1300 1800 2400 3200 4000 5000 6000 7000TI 60 eo 130 18 240 320 400 SOO 600 700

OislilllCia minima enlre eixos g) 00 lt30 15 175 200 225 250 275 300Dislilncla cixo-divisa 00 00 lt00 00 00 100 00 00 00 lt00Areadasec60lransversal om 962 1257 lt9 2827 38lt 5027 8362 7854 9498 1130

Perimello 110 lt26 157 88 220 2 283 3 345 376IolcllOlSdClltb~8crrarclercm-$c~scalgasadniss~-ejScJl1ocleI1( bullbull~()eSlrulUraltiIldoaCltlf9odoampgahwoGCfA6coad~lniAodaPfOUlddadtldaseslaaspillaquahaflawficienIClrlpound~IoM~9-sob

FONTE (BRASFOND bull 2006)

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

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Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

23

24 METODOLOGIA EXECUTIVA

As rases de execug03o da estaca tipo he lice continua sao periuragao

concretagem simultanea a extra gao da helice do terreno e colocacaoda armagao 0

prepare da cabeC8 da estaca naD faz parte da execuCY030da estaca mas sera

abordado neste trabalho por ser uma fase importante para 0 desempenho da estaca

As rases executivas poderao ser visualizadas na figura 7

FIGURA 7 - FASES DA EXECUltAO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

FONTE (ALONSO 1998)

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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Acesso em 1010712008

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Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

24

241 Perfuraao

A perfura~aoconsiste em fazer a helice penetrar no terreno par meio de

torque apropriado para veneer a sua resistencia

A haste de perfuray80 e composta par uma halice espira1 solidarizada a urn

tuba central equipada com dentes na extremidade inferior que possibilitam a sua

penetrayc30 no terreno

A metodologia de perfurayao permite a sua execu9ao em terrenos coesivos

e arenasos na presen9a au nao do len901 freaticD e atravessa camadas de solos

resistentes com indices de STPs aeirna de 50 dependendo do tipo de equipamento

utilizado

A velocidade de perfuraao produz em media 250m por dia dependendo do

diametro da helice da profundidade e da resistEmcia do terreno

242 Concretagem

Alcanada a profundidade desejada 0 concreto e bombeado atraves do tuba

central preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela helice que e

extra ida do terreno sem girar au girando lentamente no mesmo sentido da

perfuratao

Segundo a ABEF (Associaao Brasileira de Empresas de Engenharia de

Fundatoes e Geotecnia) 0 concreto normalmente utllizado apresenta resistencia

caracteristica fck de 20 Mpa e bombeavel e composto de areia e pedriscos 0

consumo minima de cimenta e de 400 Kgm3 senda facultativa a utilizataa de

aditivos 0 cimento utilizada e a CP III sem aditaa de escoria

o abatimento ou Slump e mantido entre (22plusmn2)cm 0 slump flow e de 48 a

53 cm fator agua cimento entre 053 a 056 exsudaao S 10 teor de ar

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

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NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

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VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

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78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

25

incorporado ~ 15 e inicio de pega ~ 30 horas (Manual 2008) Normalmente e

utilizada bomba de concreto ligada aD equipamento de perfurayao atraves de

mangueira flexivel 0 preenchimento da estaca com concreto e normalmente

executado ate a superficie de trabalho sendo possivel 0 seu arrastamento abaixo da

superficie do terreno guardadas as precau90es quanta a estabilidade do furo no

trecho naD concretado e a colocayao da armayao

Para uma perfeita con creta gem e recomendado que se uma limpeza da

calda da rede de concretagem antes de S8 executar a prime ira estaca Ao final de

um dia de trabalho 0 cocho e limpo com aplicaao de 6leo Antes de se comear a

primeira estaca do dia seguinte a rede precisa ser Iubrificada para permitir uma

flueneia do concreto Para esta lubrificayao costuma-se misturar 2 sacos de cimento

(de 50 kg) em cerca de 200 I de agua (calda de lubrificaao) dentro do cocho Esta

calda se misturara com 0 61eo remanescente da limpeza do dia anterior Se a estaca

for de pequeno diametro (abaixo de 50 em) 0 volume par metro sera pequeno em

comparaao ao volume da calda de lubrificaao Se esta nao for lanada fora antes

de se inieiar a estaca na sua ponta pod era ficar parte desta calda que alem de ser

de baixa resistencia ainda possui resto de 6leo Por isso antes de se iniciar a

prime ira estaca 0 trado deve ser levantado e a seguir comeca-se a lancar a calda e

o concreto Quando toda a calda tiver sido lancada fora e estiver garantido de que

toda a rede ja esta com concreto interrompe-se 0 lancamento do mesmo tampa-se

o trado e inicia-se a perfuracao da estaca (e 0 que se chama Iimpeza de rede)

(VELLOSO 2000)

243 Colocaao da armaao

o metodo de execucao da estaca helice continua exige a colocacao da

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

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Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

26

armacao apos a sua concretagem

A armacao em forma de gaiola e introduzida na estaca par gravidade

(figura 8) au com a auxilia de um pilaa de pequena carga au vibradar

FIGURA 8 - COLOCAltAO DE ARMADURA MANUALMENTE COM AltAO DA

GRAVIDADE

FONTE (BRASFOND 20OS)

As estacas submetidas a esforlfos de compressao levam uma armayao no topa

em geral de 2 a 55m de comprimenta Embara a NBR 6122 permita naa armar as

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

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NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

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VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

neste tipo de estacas sempre se deve dispor de armadura recomenda-se um

minimo de 40125mm para estaeas de ate 40 em de diametro 6 0 16mm para 50

em 8 0 16mm para 60 e 70 em 6 0 20mm para 80 em 8 0 20m para 90 em e 10

o 20mm para 100cm de diametro 0 comprimento minima (abaixo da cota de

arrasamento) e de 3 m para as estacas com diametro de ate 50 cm e 5 m para as

demais

Em estacas com arrasamento profunda deve-se concretar ate as imedia90es

do nivel do terreno e a seguir instalar a armadura neste caso dotada de estribos

e enrijecida que sera instalada ate seu topo atingir 0 terreno e a seguir empurrada

pelo trado do equipamento (au outro procedimento similar) ate atingir a cota

espeeifieada no projeto (VELOSO 2000)

No caso de estacas submetidas a esfor90s transversais au de tra903o

somente sera passive I para comprimentos de arma90es de no maximo 16m em

fun9030 do metodo construtivo No caso de arma90es longas as gaiolas devem ser

constituidas de barras grossas e estribo espiral soldado na arma9030 longitudinal

para evitar a sua deforma9ao durante a introdu9ao no fuste da estaca

A armadura longitudinal deve ser adequadamente projetada de modo a ter peso e

rigidez compativeis com seu comprimento permitindo introdu9ao ao concreto A

introdu903o manual da armadura deve obedecer a requisitos acima mencionados

alem de utilizar concreto com abatimento minima de 22cm e diminuir ao maximo de

5 min a tempo entre a final da concretagem e a inicio da instala9ao da armadura

podendo-se introduzir nesse caso ate 12m de comprimento Acima deste

comprimento aconselha-se a usa de pilao (figura 9) sendo este mais eficiente que

vibradores reeomendados por normas internaeionais (ALONSO 1998)

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

28

FIGURA 9 - INTRODUltAO DE ARMADURA COM PILAO

CnrteA Disco mctMico

Pilao cilindrico-p 1000 kg

PNfil

FONTE (ALONSO 1998)

As bitolas sugeridas a estas estacas estao referidas na tabela 2 e 0 detalhe

da armadura com seus devidos recobrimentos e as espacadores utilizados neste

tipo de estaca bieD de sapato e sky podem ser observados na figura 10 a seguir

TABELA 2 - BITOLAS MiNIMAS PARA ARMADURAS COM MAIS DE 6M (1998)

DiamcTo da eslaCa (em) Difunctro minimo da fermgcm (mm)

Longiludin11 Tmnsvcrsal(espiral)

30a40

50a 70

80a 100

125a 160

160 a 200

wu a 220

63 passu 15 em

63 passo 20 em

63 p1SSO 20 em

FONTE (ALONSO 1998)

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

FIGURA 10 - DETALHES DA ARMADURA

29

A ~ Semno

-- (laraO3035cmodotllr 0 em no pC)

15cm

Ancisintcrnos(gabariIO)

EsplltnJClr(vcrdctnlhcsnas rolOs)

()

FONTE (ALONSO 1998)

244 Preparo da eabe~ada estaea

A cabecada estada deve ser limpa e preparada para vinculacaoda mesma ao

bloeo pois a lalta desse proeedimento pode gerar delorma~6es durante 0

carregamento Deve-s8 verificar a 0 preparo da cabeca da estaca em cases de

de mora na execu9ao da concretagem do bloea em locais onde pode haver

contaminacaoau presenCade sujeira na interface como mostra a figura 11

A prepara~ao da eabe~a da estaea nao faz parte da exeeu~ao da estaea

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

30

mas e parte importanle para deg seu perfeilo desempenho na figura 12 podemos

observar uma cabecade estaca jil preparada para a execucao do blaeD

FIGURA 11 - FALTA DE LlMPEZA NA CABECA DA ESTACA

Estaca moldadainsiw

Concreto com- qualidadeadequada

FONTE (MILITITSKY 2005)

FIGURA 12 - CABECA DA ESTACA PREPARADA PARA RECEBER a BLaca

FONTE (PENNA et ai 1999)]

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

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CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

31

Logo antes da execu=8o do bloca para a eficiencia adequada deste tipo de

fundacao deve-s8 remover 0 exceSSD de concreto acima da cota de arrasamento

utilizando-se urn ponteiro trabalhando-se com pequena inciinaC8o para cima

conforme figura 13 Para estacas com diametro superior a 40cm e permitido 0 usa

de martelete leve (com peso na ordem de 10Kg) Nao e permitido 0 uso de

rompedores de concreto vulgarmente chamados de picaon

FIGURA 13 - PREPARA9AO DA CABE9A DA ESTACA

FONTE (HACHICH et ai 1998)

Casa a concreto apresente qualidade insatisfat6ria ao se chegar a cota de

arrasamento deve-se continuar 0 corte ate encontrar concreto sao e emendar a

estaca Prosseguindo 0 processo observar S8 a estaca trabalha apenas a

compressao eau se e tracionada au submetida a esforcos transversais para 0

dimensionamento da armadura de refor~o e garantir urn transpasse adequado entre

a ferragem da estaca e a complernentar Podern ser adotados procedimentos

rotineiros de emend as de barras por luvas prensadas ou rosqueadas As emend as

par soldas devem ser evitadas pois normalmente nao S8 dispoe de pessoal

qualificado para este servi90 em campo e as condi90es para a sua execu8o Mo

sao favoraveis (PENNA et ai 1999 BOLETIMmiddot2008)

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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1996

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

32

25 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Serao abordadas neste t6picO as vantagens e desvantagens referentes as

funda90es utilizando estacas tipo helice continua

251 Adequa9ao

- E 0 metoda adequado para ser utilizado em terrenos de baixa resistencia

au submersos

- 0 ruide e as vibracoes sao extremamente baixos este metoda tern S8

mostrado particularmente eficiente em areas densamente populadas cnde as ruidos

e vibra90es pod em aletar seriamente os predios vizinhos (BRASFOND bull 2006)

Segundo Antunes e Tarazzo a haliee continua oferece uma SOIUC80 tecnica e

economica em centros urbanos proximo a estruturas existentes e edificios historicos

par nao produzir disturbios ou vibrac6ese de nao causar descompressao do terreno

(HACHtCH et at 1998)

252 Seguran9a

- 0 concreto e bombeado para 0 interior da perfuracao ao mesmo tempo em

que se retira a helice preenchendo os espavos vazios e evitando 0

desmoronamento das paredes da perfuravao e conseqOentemente 0 seccionamento

da estaca (BRASFOND 2006)

-0 concreto e bombeado sob pressao (aprox 10 kgem) 0 que aumenta 0

atrito lateral e portanto confere a estaca uma capacidade de carga maior do que as

executadas por processos convencionais

- Oferece maior seguranva pais ultrapassa camadas resistentes a outros

tipas de fundavoes 0 que permite transferir as cargas para camadas de maior

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

33

suporte resultando em maiores capacidades de carga

- A perfuratao rotativa elimina a percussao possibilitando a execUlyao de

estacas pr6ximas a predios vizinhos que naD sao afetados por vibracoes

- 0 equipamento possui recursos hidraulicos que possibilitam centrar 0 eixo

da perfuracao sabre 0 pilar com precisao milimetrica Iniciada a perfuracao urn piloto

automatico garante a perfeita verticalidade das estacas 0 que elimina solicitacoes

adicionais naD previstas

- Por estar montado em equipamento sabre esteiras permite operar em

qualquer superficie de solo requerendo pequenos espacos para manobras

253 Velocidade

- 0 equipamento permite maior velocidade colocando as funda90es a

disposicyao do cliente mais rapidamente influenciando no cronograma de obra e

antecipando a sua conclusao

- E um sistema industrializado para produryao de fundaryoes por operar como

numa linha de montagem Utilizando concreto pre-misturado bombeavel reduz as

preocupa90es do construtor na administra9ao da compra de materiais e controle do

preparo do concreto ficando 0 mesmo liberado para suas atividades especificas

- A velocidade de escava9ao e a concretagem imediata sob pressao evita a

desestrutura9ao do solo pelo alfvio de tens6es que ocorre nos processos mais

lentos

254 Economia

- A velocidade diminui os custos pais as caracteristicas do sistema

permitem grande produtividade diaria e isto resulta num preryo menor por metro

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

34

escavado e urn menor tempo de execucao A estaca e mais barata do que as

simitares executadas usanda processos convencionais principalmente em solos

submersos

-Nas estacas submersas dispensa 0 usa de lama bentonitica para a

concretagem

Mas e importante lembrar que para que a obra fique mais econ6mica deve-

58 fazer uma analise de carga para que a carga do pilar fique pr6xima a carga da

estaca

26 CAPACIDADE DE CARGA

A estimativa do comprimento das estacas era feita de maneira empirica ate

principios da decada de 70 pois nao existiam as procedimentos de calculo que re-

tratassem a experiencia brasileira

As formulas teoricas para a previsao da carga admissivel como por

exemplo as de Terzaghi Meyerhof e Qutros conduziam a valares muita discrepantes

entre si confarme se pode ver na figura 14

Somente em 1975 houve 0 surgimento do primeira metoda brasileiro de

estimativa da transfensectncia de carga de estacas num trabalho dos engenheiros

Nelson Aoki e Oirceu de Alencar Velloso que par assim dizer imp6s uma

sistematica para os outros metodos que vieram a seguir

Tanto 0 metoda de Aoki e Velloso como as demais que se

seguiram usam a esquema de transfensectncia de carga de uma estaca ilustrado na

figura 15 como ponto de apoio (VELLOSO 2000)

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

35

FIGURA 14 - FAlOR DE CAPACIDADE DE CARGA SEGUNDO DIVERSOS

AUlORES

10000------

FONTE (VELLOSO 2000)

E necessaria atentar para a obtenltao par correlac6es com

ensaios de penetraryao de valores de capacidade de carga de fundacoes profundas

sem observar numeros limites para atrito lateral e resistencia de ponta pela

extrapola9ao para valores elevados ou profundidades dos elementos de funda91Q

impossiveis de serem atingidos

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

36

FIGURA 15 - TRANSFERENCIA DE CARGA DE UMA ESTACA ISOLADA

PR

1gt1tYfALImiddot11 -I - J11i

It

MEtlTO OA ESTACA SO(Q PM ATRI- TA OA ESTACA

TO LATERAl NJ

LONGO 00 FUSTE

FONTE (VELLOSO 2000)

Os resultados obtidos acabam sendo incompativeis com os reais e

provocam 0 mau comportamento das fundayoes submetidas a cargas mais

elevadas superiores aquelas que podem ser transferidas ao solo (MILITITSKY

2005)

261 Metodos de calculo para capacidade de calculo

Existem tres metodos de calculo especificos para estacas helice continua 0

de Decourt os de Antunes e Cabral e 0 metodo de Alonso (1996)

2611 Metodo Decourt-Quaresma

Segundo DecourtmiddotQuaresma 0 atrito lateral rle obtida pela eq (51) abaixo

=~+I(rI1I)3 (51)

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

37

Onde

rl e 0 atrito lateral

N e numero de golpes do ensaio SPT

Nao S8 adotando valores de N inferiores a 3 nem superiores a 15 e naa se

considerando as valores de N que serao utilizados na avaliaClt3oda resistencia de

ponta rp

A resistencia de ponta e estimada par

Rp =CNp (52)

em que

Rp e a resisteuromcia de ponta

C = 12 tlm2 para as argilas

C = 20 tlm2 para os siltes argilosos

C 25 tfm2 para as silt85 arenosos e

C = 40 tlm2 para as areias

Np media entre as valores de N na profundidade da ponta da estaca 0

imediatamente acima e 0 imediatamente abaixo

DecQurt introduz 0$ coeficientes a e J3na f6rmula de capacidade de carga

(Tabela 3)

PR =aPP+ JPL (53)

Onde

PR e a carga de ruptura

a e IJ sao coeficientes da tabela B

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

38

Oecourt prop6e a utiliza~aode coeficientes de seguran~aparciais para as

parcelas de atrito (CS = 13) e para a parcela de ponta (CS = 4) Assim a carga

admissivel deve atender simultaneamente a (VELLOSO 2000)

(54)

e

p = PR2

(55)

Onde

Pea carga admissivel

a e p sao coeficientes da tabela B

PL e a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste da

estaca

PP e a parcela de carga resistida pelo solo da ponta da estaca

PR e a carga de ruptura

TABELA 3 - VALORES DE a E P (1996)

TifJO Ti )Odl cstlea Ido lscavatla I tsclad~1 I hllice I illjcllldas I injcladas solu l seeo (hcnlollill) continua (l1il) (s~lhprcssau) I

yaloCS li)icos de Iar~ilas 0S5 0S5 030 085 100 Isihes 060 060 030 060 100arcas 050 050 030 050 100 I

valorcs Ii lieos de B Iar ilas 080 090 100 151) 300 Isiltcgt 065 075 100 150 300arcias U50 060 100 150 300 1

Nota Com excetyao dos valores de IX da 13 e 2a colunas todos as demais sao segundo Oecourt

orientalivQs dianle do reduzido numero de dados disponiveis

FONTE (VELLOSO 2000)

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

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77

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

39

2612 Metodo Antunes e Cabral

Este metoda utiliza as ensaios SPT propondo os autores as seguintes

correlaDes valores de Bl e B2 na tabela 4 (VELLOSO 2000)

(56)r = JN(KgflclII)

(57)r = JN 40Kg(lcIII

Onde

rle 0 atrito lateral

rpea resistencia de p~nta

Bl e ~2 sao coeficientes da tabela 4

N e numero de golpes do ensaio SPT

TABELA 4 - VALORES DE B E B2 (ANTUNES E CABRAL 1996)

Solo ~I () 132Areia 40 a 50 20 a 25Silte 25 a 35 10 a 20Argila O a 35 [0 a 15

FONTE (VELLOSQ 2000)

2613 Metodo de Alonso

Este metodo foi estabelecido usando-se os ensaios SPTT (sondagens a

percussao com medida de torque Ranzini 1988 e 1994) Segundo este autor

(58)

r = O65jpound200KPa

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

40

Em que

rl e a atrito lateral

t Ii a adesao calculada a partir do torque maximo (em kgtm)

pound a penetrayao total (em em) do amostrador no ensaio tradicional de SPT

Neste ensaio normalmente a penetra9ao total do amostrador e 45 em a nao

5er em solos muito moles (ande a penetrayao e maior que 45 em) e em solos muito

resistentes (ande a penetraClt3o total e menor que 45 em) Esta observayao e

importante porque a aplica980 do torque 56 deve 5er feita apes S8 contar 0 numero

de golpes para as 3 penetracoes de 15 em Por falta de uma diretriz de execwao

deste ensaio jil tivemos a oportunidade de ver 0 sondador aplicar 0 torque a cad a

penetra9ao de 15 em a que eonvenhamos e urn absurdo pais para eada SPT ele

obtinha 3 torques Ainda bern que ele 56 lia 0 torque maximo senaa seriam 6

leituras para cad a SPT

(59)

f = 1007 (Kg( I ell)041h - 003_

(510)

f = 1001 (KPa)04111 - 0032

Para a penetraf)ao total h do amostrador igual a 45 em a expressao acima

assume a forma

(511)T

f = (Kglelll)

(512)

f = T (KPa) 18

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

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SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

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Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

41

Para a calcula de rp a autar usa a madela de De Beer

r = P 7~+ 7~~p 2

(513)

Em que

Tmin(l) media aritmetica dos valores do torque minima (em Kgfm) no trecho

80 medido para cima a partir da ponta da estaca adotando-se nulos as Tmin acima

do nivel do terreno quando 0 comprimento da estaca for men or que 80

Tmin(2) idem para 0 trecho 30 medido para baixo a partir da ponta da

estaca

Os valores de Tmin superiores a 40 kgfm devem S8r adotados iguais a 40

kgfm Os valares b (em kPakgfm) = 200 para as areias 150 para as siltes e 100

para as argilas

Seguindo a tradiyao dos demais metod os semi-empiricos Alonso

apresentou correlayoes estatisticas (Tmax 12N e Tmin N) para 0 casa de nao se

dispor de ensaios SPTT Entretanto cabe ressaltar que estas correlayoes foram

obtidas para as solos da Bacia Sedimentar de Sao Paulo devendo serem usadas

com reserva para outras localidades Lembra-se que as correla90es acima

propostas apresentaram grande dispersao Na propria Bacia de Sao Paulo obteve-

se 1OON lt Tmax lt 148N Para as solos residuais que se encontram nesta mesma

Bacia a correla9ao e da ordem de Tmax = 18 N

E par esta razaa que Alonso ja alertava em seu trabalha que antes de se aplicar a

metodo em outros locais onde nao se disponha de ensaias SPTT devia-se

inicialmente abter essas correla90es e a sim usar a SPT com essas carrela90es

para autras abras da regiaa ande naa se dispanha de ensaias SPTT (VELLOSO

2000)

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

42

3 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS EM ESTACAS TIPO HELICE CONTiNUA

Neste capitulo serao abordadas as manifesta~6es patol6gicas referentes a8staca tipo helice continua

31 MANIFESTAltOES PATOLOGICAS DO CONCRETO

Podem OGorrer diversas manifestacoes patologicas no concreto tais como

segregay8o exsudalt8o efeita parede que serao abordados a seguir

A SegregaC8o trata-se da separalt8o da argamassa em relalt8o aos Qutros

agregados Pode-s8 detectar a segregacao do concreto no teste slump em dois

casas quando as agregados graudos S8 mostram separados no topa e na borda da

amostra (figura 16) e quando a base da amostra nao e regular (figura 17)

FIGURA 16 - SEGREGAltAO NO TOPO E NAS BORDAS DA AMOSTRA DE

CONCRETO HETEROGENIO

FONTE (PENNA et al 1999)

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

43

FIGURA 17 - DETALHE DO CONCRETO SEGREGADO NAS BORDAS DO

ENSAIO DE ABATIMENTO (SLUMP TEST)

FONTE (PENNA ai 1999)

A exsudayao do concreto que e casa especial de segrega~aoonde ocorre a

separay80 da agua do (rayo das particulas finas do concreto pode ser observada

por urn borbulhamento de agua com carregamento de finDs no topa da estaca

recem executada formando urna lamina de agua que pode ser verificada nas figuras

18 e 19

FIGURA 18 - EXSUDAltAO NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (PENNA ai 1999)

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

44

FIGURA 19 - EXSUDAltAo NO TOPO DA ESTACA RECEM-EXECUTADA

FONTE (pENNA el ai 1999)

Este fen6meno pode ser obseNado no topo dos corpos de prava que

diminuem sua altura na ordem de 35 a 5 em media (figura 20)

FIGURA 20 - EXSUDAltAo CONSTATADA NO CORPO DE PROVA

ENDURECIDO NOTA-SE DIMINUIltAo SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE

CONCRETO

FONTE (PENNA et ai 1999)

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

45

No concreto seco ha presenla de uma grande quantidade de bolhas e

apresenta baixa resistemcia observada nas figuras 21 22 e 23

FIGURA 21 - ESTACA COM ARGAMASSA DE BAIXA RESISTENCIA NOS SEUS

220M DE EXTENSAo A PARTIR DO TOPO

FONTE (PENNA el aI 1999)

FIGURA 22 - CONSTATAltAo DE BAIXA RESISTENCIA A 15M DE

PROFUNDIDADE EM RELAltAO AO TOPODA ESTACA

FONTE (PENNA el aI 1999)

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

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78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

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KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

46

FIGURA 23 - DETALHE DO CORPO DE PROVA QUE APRESENTA CONCRETO

POROSO COM VISUALlZACAO DOS AGREGADOS

FONTE (PENNA et ai 1999)

Outro fen6meno de segrega9fto e 0 eferto parede que ocorre proximo asuperficie lateral das paredes da estaca devido it elevada taxa de armadura 0

agregado graudo e peneirado pela armadura fazendo com que a parede da estaca

fique com urn concreto mais argamassado de pouca resistemcia e mars parasD

(figura 24)

FIGURA 24 - AFUNDAMENTO CENTRAL NO TOPO DA ESTACA EFEITO DA

ARMACAO NO APRISIONAMENTO DO CONCRETO CONSTATACAO DE

MATERIAL POROSO E FRACO NOS SEUS PRIMEIROS 15M A PARTIR DO

TOPO

FONTE (PENNA et ai 1999)

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

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Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

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para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

47

Essas manifestacoes patologicas sao provocadas pelo erro do tra90 do

concreto na falta de homogeneidade e qualidade dos agregados inadequado fator

agua-cimento entre Qutras causas descritas a segur

- Falta de finDs no concreto em especial abaixo da peneira 03 mm causada

pela presenca de areia artificial grossa no tra90 Neste casa a consumo de cimento

de 400 kgm3 pode ser insuficiente

-0 naD emprego de urn aditivo incorporador de ar para correcao da

granulometria dos agregados

- 0 emprego de cimentos fabricados com esc6rias vitrificadas que

agravam as efeitos da exsudalttao do tra90 de concreto

- 0 consuma efetivD de cimento no trayo inferior a 400kgm3 Muitos

fornecedores de concreto S8 balizam apenas no fck de 20 MPa e considerando 0

consume de cimento de 400kgm3 elevado optam par reduzir este consumo sem

informar ao contratante

- 0 descontrole da adiCao de agua no ato do recebimento do concreto no

campo no momento de ajuste da trabalhabilidade slump teste

Recomendacoes para evitar manifestac5es patol6gicas no concreto

- Nao empregar po de pedra

- Teer de ar incorporado no traco - maximo 45

- ExsudaCao maxima 10

- Emprego de aditivos plastificantes incorporadores de microbolhas de ar

- Nao permitir redosagem de aditivos a nao ser a autorizado pelo fabricante

- Dar prefereuromcia aos cimentos sem adiC80 de escorias de auto forno

especial mente 0 cimento CP III

- Empregar finos totais no trao em valor nao inferior a 650 kgm3 (passante

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

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NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

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PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

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Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

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In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

48

na peneira n 200) sendo que pelo menos 400 kgm3 destes seja de materiais

cimenticios

- Nao usar aditivDS superplastificantes pOis sao incompatlveis com as

tempos do processo de estacas helice continua pais elevam a trabalhabilidade do

concreto par periodo de apenas 20 a 30minutos iniciando a peg a em seguida

(BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005)

32 EXCENTRICIDADE

Excentricidade e a medida do deslocamento entre a centro da 85taca

projetada e a 8staca executada Par normal S8 limita a 10 do diametro da estaca

Uma vez ultra pass ado este limite 0 projetista devera ser infarmada para

providencias como reforgar a bleeD ou criar vigas de reforco alavancar ou relocar

uma 85taca ou ate projetando nova configuracao para 0 conjunto de estacas deste

apoio (BOLETIM 2008)

Para S8 evitar a excentricidade ao laear a obra e recomendado que ao S8

executar 0 gabarito e a marcagc30 da estaca deve-se cravar a piquete 20cm abaixo

da cota do terreno e colocar cal para evitar erros de loca9ao(FIGURA 25)

FIGURA 25 - DETALHE DE CRAVACAO DO PIQUETE

coto do terrello

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

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78

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

49

33 PRUMO DA ESTACA HELICE CONTiNUA

Em terrenos moles au ern aterros recem executados hi uma grande

probabilidade de desvio do prumo da estaca devido ao desnivelamento do

maquinario de perfuraao (figura 26)

FIGURA 26 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E CURVATURAVlsivEL

FONTE Marcos Carnauba bull Engenheiro Civil Consultor

Para se evitar esta manifesta~aopatologica recomenda-se a retirada do

solo mole na profundidade de pel a men os 2 metros colocacaode seixo rolado em

seu lugar e compactacao do mesmo Ap6s este processo inicia-se 0 procedimento

padrao de execuao de estacas

34 SECCIONAMENTO DO FUSTE

Os problemas de integridade das estacas de helice continua se restringem

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

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Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

50

na maioria dos casas ao trecho superior da estaca par S8 ter menor pressao de

terra Uma das causas da varia~ao de S8ltc30ao longo do comprimento deste tipo de

funda9ao se do pelo desconfinamento de solo pela a9ao do trado e pela diminui9ao

de pressao de concreto na concretagem desta estaca (figura 27) A rem09ao do solo

durante 0 processo de introduyc3o do trada aliviando as tens6es horizontais

existentes quando da execultao da estaca e reduzindo consideravelmente a

resistEmcia lateral antes verificada (MILITITSKY 2005)

FIGURA 27 - SECCIONAMENTO DE FUSTE OCASIONADO POR

CONCRETAGEM NAo PRESSURIZADA

FONTE (Mill TIT SKY 2005)

Para se evitar 0 desconfinamento de solo segundo PENNA et ai (1999

p75) deve-se retirar 0 menor volume de terra passive I fazendo com que 0 trado

penetre a cad a volta 0 inferior ao seu passo de volta para S8 evitar que 0 trade

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

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ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

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httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

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1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

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78

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

51

funcione como urn transportador vertical do solo a trado deve ter torque suficiente e

haste compatfvel ao comprimento da estaca casa contra rio a estaca com menor

comprimento tambem teri menor resistencia (MILITITSKY 2005)

Para S8 verificar S8 ocorreu au naD desconfinamento do solo geralmente e

feita uma prospecc9ao antes e depois da perfura9ao

Ja durante a concretagem a velocidade de subida da haste esta

diretamente relacionada com a pressao e 0 consumo de concreto 0 operador deve

atentar para a pressao do concreto que deve esta sempre positiva Naa deixando

apresentar vazios entre a retirada da helice do terrene e a preenchimento da

cavidade evitando possiveis estrangulamentos au seccionamento do fuste Sendo

assim as operadores menes experientes tern a tendencia de retirar 0 trado com

maior velocidade reduzindo a pressao de injev80 do concreto Quando 0 concreto

comeva a sair pelo lado do trado 0 operador equivocadamente desliga a bomba de

injevao de concreto mesmo abaixo da cola de arrasamento 0 procedimento correto

seria deixar a bomba de injevao do concreto em operav8o e a pressao de

concretagem positiva ate pelo menos a cola de arrasamento quer esteja ou nao

saindo concreto pelo lade do trado (BOLETIM 2008 MILITITSKY 2005

VELLOSO 2000)

A execuv80 de estaca proxima a outro elemento recentemente concretado

em solos instaveis ou pouco resistentes afeta sua integridade ocorrendo alteravao

do fuste da estaca e alteravao da posivao do topo da estaca case que pode ser

verificado na figura 28 (MILITITSKY 2005) A boa tecnica recomenda 0

espavamento entre estacas na ordem de 2 a 3 diametros de distancia entre elas

mas per garantia de execuvao recomenda-se de 3 a 4 diametros de distancia 0

espavamento entre as estacas

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

52

FIGURA 28 - EXECU9AO DE ESTACAS PR6xIMAS COM CONCRETO FRESCO

Posiao iniciai dosz concreto

~~Rebaixamento--causado peiainterferencia deestaca contigua

Corte AA

FONTE (MILITITSKY 2005)

35 ARMADURA

o processo de colocayao de armadura tambem e urn fator que gera

manifesta~6espatologicas na estaca como e 0 casa de dana da estaca provocado

pela colocayEio de armadura de forma inadequada com usa de equipamento

inadequado au cheques na armadura Em solos moles pode ocorrer a pOSiyc30 da

armadura fora do corpo da estaca devido a procedimentos improprios de colocayc3o

Podemos observar urn exemplo de excentricidade na figura 29

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

53

FIGURA 29 - EXCENTRICIDADE DE ARMADURA

FONTE Ediffcio Maria Radavelli (2008)

A dificuldade ou impossibilidade da colocayao da armadura (figura 30) se

deve ao mal detalhamento de projeto baixa trabalhabilidade do concreto ou demora

entre concretagem e colocayao da armadura (MILITITSKY 2005)

FIGURA 30 - DIFICULDADE DE COLOCAltAO DE ARMADURA DA ESTACA

HELICE CONTiNUA

FONTE (MILITITSKY 2005)

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

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Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

Em estacas de grande diametro deve-se ter cuidado especial quando e

54

colocado enrijecimento em sua armadura estes podem dificultar ou prejudicar a

concretagem (figura 31) (MILITITSKY 2005)

FIGURA 31 - PROBLEMAS DE ARMADURA (A) COLOCAltAO CORRETA E

INCORRETA DE ESPAltADORES NA ARMADURA (B) PRESENltA DE

ENRIJECEDORES DE ARMADURA BEM E MAL POSICIONADOS

Incorreto

FONTE (MILITITSKY 2005)

regAy~Permile a passagem da tremonha equeda livre do concreto

(f)~Oeve ser removldo durante coloca~ao d~armadura pOlS causa problemas nacon creta gem

Oeve-se verificar se nao ha ausencia au posi9aa incorreta de armadura de

fretagem de projeto no bloco (figura 32) que e utilizada quando ha mudanla de

selao entre elementos estruturais evitando danos a estaca (MILITITSKY 2005)

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

55

FIGURA 32 - (A) ARMADURAS DE FRETAGEM DE SE9AO CIRCULAR E

RETANGULAR (8) POSI9Ao INCORRETA (C) AUSIONCIA DE ARMADURA DE

FRETAGEM

regVista lat~ral

I -r Pi

Armadura ~ ~-- do pilar~f-~1Frtta9(~em posl~aoiflcorrell)

copy Vi~talateral

Vistilsupcrior

Vista superior

FONTE (MILITITSKY 2005)

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

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monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

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Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

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httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

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CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

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Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

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fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

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Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

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78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

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Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

56

Em algumas situac6es 0 prolongamento do corpo da estaca e executado

elemento em concreto simples sem vinculatao de qualquer natureza A ausencia de

armadura ao se prolongar a estaca quando a cola de arrasamento e diferente do

essencial resultando em necessidade de emend a au perda de espera de pilar e uma

manifestacao patol6gica grave (figura 33) Essa situacao pode ser instavel ou

produzir solicitavoes que as pecas envolvidas nao suportam com seguranga

FIGURA 33 - COTA DE ARRAZAMENTO DIFERENTE DA COTA DE PROJETO

FONTE (MILITITSKY 2005)

57

4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

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1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

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4 ENSAIOS PARA 0 CONTROLE DE QUALIDADE

Estacas rnoldadas in loco se constituem em uma solwao frequente na

engenharia de fundac6es Muitas vezes as elementos assumem grandes

dimensoes e urn numero reduzido de estacas tende a ser utilizado para absorver as

carregamentos de modo que a garantia da qualidade da concretagem efundamental para 0 sueesso de um projeto A avaliaao da integridade de fundaoes

profundas tern seguido internacionalmente uma tendencia do usa de metod os

indiretos e nao-destrutivos

Existem diversos ensaios para averiguatyao da perfeita execuC3o deste tipo

de fundacaoestes ensaios serao explorados a seguir

41 EXAME DE INTEGRIDADE

Existem varios metodos para verificar a integridade da estaca como por

exemplo 0 exame de (uste a retirada de testemunhos utllizando-se sondagens

rotativas ensaio pile integrety tester (PIT) para a verifieaao da integridade do

fuste Ja os ensaios de carga estatica e 0 de carga dinamica alem de verificar a

integridade do fuste ainda avaliam a eapaeidade de earga da estaea (PENNA et ai

1999)

411 Exame de fuste

Como geralmente a manifestaao patol6giea deste tipo de estaea esta

proximo a superficie escava-se a parte superior da estaca para se verificar a

integridade Para se realizar este exame utiliza-se uma retro-escavadeira para a

escava980 do topo da estaca e completada manualmente por operarios

principalmente nas primeiras estacas quando esta escava9ao deve ser aprofundada

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

58

ao maximo porem sem ultrapassar 13 do comprimento da estacam para naD

comprometer sua capacidade de carga (PENNA et ai 1999)

412 Sondag em rotativa

Para a realiza9ao desta sondagem e recomendado 0 barrilete duplo

girat6rio (figura 34) a ancoragem da sanda rotativa devera ser feita evitando-se

trepida=oes durante a perfura9ao que deve ser paralela ao eixo da estaca evitando-

se que alinja 0 fuste da estaca antes de chegar a ponta da mesma

FIGURA 34 - BARRILETE DUPLO GIRAT6RIO

FONTE (PENNA et 01 1999)

Podemos observar as testemunhos da estaca na figura 35

FIGURA 35 - EXTRAiAO DE TESTEMUNOS DE CONCRETO DAS ESTACAS

FONTE Execuyao de fundaYOes e conlencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

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FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

59

413 Ensaio de PIT (Pile Integrity Tester)

Tambem chamado de Low Strain Method - Teste de Integridade com

Impacto de baixa Deformarao 0 teste S8 resume a varios golpes de martelo

aplicados no top a da estaca 0 impacto do martelo gera uma onda de tensEio que S8

propaga ao longo do fuste ate a panta e par reflex8o ate 0 topa da estaca com uma

determinada velocidade que e funcaodo material da estaca Essa onda causa uma

deformacao muito pequena mas uma alta aceleray130 que e medida per urn

aceler6metro de alta sensibilidade fixado ao topa da estaca Os sinais dessa

acelera~ao caplados sao amplificados e digitalizados em um computador portatil que

passui urn programa que seleciona analisa e interpreta estes sinais conhecido

como PIT 0 esquema do ensaio PIT pode ser observado nas figuras 36 e 37

FIGURA 36 - ILUSTRAtAO DO ENSAIO PIT

FONTE ExecuCao de fundacOes e contencoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

FIGURA 37 - EXECUiAO DO ENSAIO PIT

60

FONTE site wwwinsilucombr

Com esses dados pode-5e caracterizar as conditoes de integridade

estrutural da estaca

39)

As anomolias que poderao ser verificadas com este ensaio sao (figura 38 e

- Juntas frias descontinuidade eou seccionamento plena da setyao

- Alargamentoestreitamento de setao

- Mudany8s nas propriedades dos materia is que constituem a estaca

- Intrus6es de solo significativas (5 a 10 OUmais do diametro da estaca)

- DeterminaIYc30 do provavel comprimento (dispers6es da ordem de plusmn 5 a

10)

- Emendas (casa de estacas pre-fabricadas de concreto 890 madeira e

eventualmente mold ad as in IDeo)

- Concreto de ma qualidade (PENNA et ai 1999)

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

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partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

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Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

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Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

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7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

61

FIGURA 38 - VARIAltAO DA SEltAO DO FUSTE

FONTE (ALONSO 2007)

FIGURA 39 - CORTINA COM ESTACAS DESAPRUMADAS E ARMADURAAPARENTE

FONTE Marcos Carnauba - Engenheiro Civil Consultor

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

62

414 Prova de Carga Estiltica

As provas de carga estatica sao bastante difundidas no meio tecnico e

recomendadas pela NBR 6122 De posse deste ensaio que corresponde a realidade

da estaca au seja 0 comportamento da mesma em condicoes de carregamento

Pade-se verificar a utilidade dos metod os de capacidade de carga para este tipo

especifico de fundaao profunda

A prova de carga estatica e 0 unico ensaio que reproduz as condicoes de

trabalho de uma estaca pois as ensaios dinamicos nao necessitam de correlacoes

Este ensaio tambem e 0 unico utilizado para verificar a capacidade de carga de

estacas que fcram projetadas para receber cargas de tracao au esfonos

transversais

o sistema de reacao projetado para aplicacao de carga a estaca pade ser a

tra9aO compresseo au transversal e deve ser estavel para 0 nivel do carregamento

a atingir no teste

Na execucaoda prova de carga a estaca devera ser carregada ate duas

vezes 0 valor previsto para sua carga Caso ocorra ruptura antes deste valor 0

projeto de estaqueamento devera ser reavaliado

o ensaio podera ser realizado com carregamento lento e rapido conforme

item 332 da NBR 12131 ou com carregamento lento ate 12 vezes a carga de

trabalho e dai ate 0 final do ensaio com carregamento rapido conforme proposicao

de Urbano R Alonso (PENNA et al 1999 BOLETIM 2008)

Na execucaodo ensaio ha necessidade de se montar um sistema de reacao

que se permita aplicar a carga com seguranca seguindo as prescric6esdos itens

214 e 218 da NBR 12131 para se obter estabilidade suficiente para execugao do

ensaio este sistema e projetado em funao do tipo de carga (traao compressao ou

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

63

transversal No ensaio a 8staca e carregada em incrementos progressivos medindo-

se os valores da carga aplicada (P) e 0 deslocamento correspondente do topo da

estaca (d) conforme indicado na figura 40 Conforme Burin e Maffei (1989) a partir

deste ensalo poderemos abter a trajetoria de equilibrio do conjunto estaca-solo

(genericamente chamado de estaca) (ALONSO1996 PENNA et ai 1999)

FIGURA 40 - TRAJET6RIA DE EQUILiBRIO DA ESTACA (CURVA CARGA VS

RECALOUE)

FONTE (ALONSO 1996)

Poderemos observar as esquemas de prova de carga estatica para rearyao par

tirantes na figura 41 rea9lt30 per chumbadores na figura 42 e rearyao par cargueira

na figura 43

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

64

FIGURA 41 -ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA- REAltAO POR

TIRANTES

FONTE Execwao de fundaCOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 42 -ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CHUMBADORES

FONTE Execwao de fundacOes e contencOes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

65

FIGURA 43 - ILUSTRAltAo DA PROVA DE CARGA ESTATICA - REAltAO POR

CARGUEIRAS

FONTE Execucao de fundaCOes e contencoes em empreemdimentos imobiliii3rios - Sussumu

Niyama Or Eng

415 Prova de carga a tra80

o sistema de reacao para provas de carga de estacas tracionadas e

composto per dais esquemas estruturais 0 apoio em fogueiras e apoio em

estacas principalmente se a estaca a ensaiar for indinada (figura 44) Eo importante

lembrar que nas provas de carga a tracao usa-se geralmente uma 56 viga de apoio

para 0 maca co hidraulico Par esta razao e necessaria escorar essa viga evitando 0

tombamento que podera causar acidentes As escoras utilizadas podem ser de

madeira ou uma estrutura de apoio em concreto mesma que a estaca a ensaiar

nao seja inclinada (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

66

FIGURA 44 - SISTEMAS DE REAltAO PARA PROVAS DE CAR GA

TI

(a) rcarao em fogucira (b) reuiI=ao em estacas

FONTE (PENNA et ai 1999)

416 Prova de carga a compressao

Atualmente nao 56 pela maior ordem de grandeza dos carregamentos das

estacas como pelas facilidades que existem em S8 encontrar urn grande numero de

empresas que executam tirantes raras vezes S8 utilizam cargueiras farmadas par

caix6es de areia chapa de avo e perfis metalicos nas provas de carga representado

esquematicamente na figura 45

Para cargas de reaao baixas da ordem de ate 600 KN pode-se usar

apenas uma viga ancorada em dais tirantes de barra mas neste casa e importante

que essa viga seja ancorada lateralmente evitando 0 tombamento que podera

causar acidentes (PENNA et ai 1999 BOLETIM 2008)

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

67

FIGURA 45 - SISTEMA BAslCO DE REAltAO COM CARGUEIRA

AIeiaChapasdeAIO

PerampEtc

Caixade~

~guoira

Visa de Refcrencia_

FONTE (PENNA et ai 1999)

417 Prova de carga transversal

Nas provas de carga a tra9lt30 como sistema de rearyEio pede-se usar a solo

como reacao au duas estacas com 0 macaco hidraulico reagindo contra elas

(PENNA et ai 1999 BOLETIM bull 2008)

418 Ensaio dinamico ou prova de carga dinamica

o objetivo desse ensaio e determinar a capacidade de ruptura da interacao

estacamiddotsolo para carregamentos estaticos axiais Ele diferencia das provas de carga

estatica pelo carregamento a ser aplicado dinamicamente materializado atraves do

impacto de um martelo no topo da estaca ou bloco executado para este fim caindo

de altura pre-determinada (figura 46)

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

68

FIGURA 46 - ILUSTRAltAO DA PROVA DE CARGA DINAMICA (PDA)

FONTE Executao de fundaCOes e contenltoes em empreemdimentos imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

A medicaoe feita atraves da instalalt8o de sensores no fuste da estaca em

uma s8cao situada a pelo menes duas vezes 0 diametro abaixo do topo da mesma

As condic6es basicas para 0 ensaio de prova de carga dinamica pode ser observado

na figura 47

Os sinais dos sensores sao enviados por cabos ao equipamento PDA que

armazena e processa as sinais on-line (figura 48)

Sao utilizados dais pares de sensores sendo urn transdutor de deformacao

especifica que gera uma ten sao proporcional a deformaC8o sofrida pelo material da

estaca durante 0 golpe 0 outro sensor e urn acelerometro que gera uma tensae

proporcional a aceleracao das partfculas da estaca Cada par de sensores e fixade

diametralmente oposto a fim de detectar e compensar os efeitos da excentricidade

do golpe (figura 49)

Alem da capacidade de ruptura do solo outros dados podem ser obtidos

pelo ensaio

-Tensoes maximas de compressao e de trayao no material da estaca

durante os golpes

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

FIGURA 47 - CONDIltOES BAslCAS PARA PROVA DE CARGA DINAMICA

PROVA DE CAAGA DINAMICA

OETALliE TfplCO

DHT~jJ-- D

Martelo - Quada Livre

Ccpo - Epos lt= 30cm (lora de madeira)

~capacete

[=-=t COxim - Espes 3 Scm (madeira compensada)

11 - SUPERFiclE lIXADA EUSA PARAINSTAlAtAO DOSSENSORES COMAREA DE

APROX1MADAMENTE

400Cmlt (20cm X20cm)

~

1 DIMENSOESEMCEITiMETAO2 A SUPERFiclE LISA DEVERA SER MATERIAlIZADA EM DUAS A DUATRO

POSICOES DIAMETRALMENTE OPOSTAS3 I) e DIAMETAO DA ESTACA

4 9 b DIAMETRO 00 BLOeD E5 I) e ~ b

FONTE (PENNA et ai 1999)

69

PI

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

70

FIGURA 48 - TELA DO PDA MODELO PAK

II --_c_--_

[ ---------

FONTE ExecU(ao de fundaroes e contenyOes em empreemdimentas imobiliarios - Sussumu

Niyama Dr Eng

FIGURA 49 -INSTRUMENTOS INSTALADOS NA ESTACA DO ENSAIO PDA

FONTE (ALONSO2007)

- Nivel de flexao sofrido pela estaca durante 0 golpe

- Informacoes sabre a integridade da estaca com localizacao de eventual

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

71

dana e estimativa de sua intensidade

- Energia efetivamente transferida para a estaca permitindo estimar a

eficiencia do sistema de cravagao

- Deslocamento maximo da estaca durante 0 golpe

- Deslocamento velocidade aceleragao e fanya maxima ao nivel dos

sensores

A analise deste ensaio e feita pelo programa utilizando metoda numerica a

CAPWAP (Case Pile Wave Analysis Program) que possibilita separar a parcela de

resistencia devida a atrito lateral da resistencia de ponta e determinar a distribuiryao

de atrito ao longo do fuste Essa analise geralmente feita posteriormente em

escrit6rio a partir dos dados armazenados pelo PDA

Em estacas mold ad as in loco recomenda-se tazer urn prepare previa que

consiste na execuyao de urn bloea para reeeber os impaetos Os sen sores devem

ser instalados no fuste da estaea e nao no bloeo Nesses easos e necessario cautela

para que a estaca nao entre em regime de crava980 (PENNA et ai 1999

BOLETIM 2008)

419 ENSAIO CROSS-HOLE - TOMOGRAFIA DE ESTACAS

o ensaio ueross-hole em estacas tern como objetivo a verificacao da

quaHdade da concretagem do fuste A tecnologia envolve a gerayao de pulsos

eletricos em uma unidade de controle e aquisicao de dados Em uma sonda

transmissora os pulsos sao convertidos em ondas ultra-sonicas as quais sao

captadas par uma sonda receptora e convertidas novamente em sinais eletricos A

resposta da sonda receptora e filtrada em torno de sua freqOencia de ressonancia

procedimento que permite rninimizar 0 ruido eletronico

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

72

o transmissor e a receptor ope ram no interior de tubas preenchidos com

agua previa mente incorporados a fundaC8o durante a concretagem Para garantir

uma varredura completa do interior do fuste sao empregados tubas dispostos em

circulo (geralmente urn tuba para cad a 25-30 em de diametro) as quais sao

instalados proximos a periferia da estaca e ao longo de todo seu comprimento Os

tubas podem ser metalicos au de PVC sendo usualmente fixados na pr6pria

armadura da fundaryao Para garantir uma boa aderemcia com 0 concreto erecomendado preencher as tubas com agua par ocasiaa da moldagem do fuste

A execuC2Io do ensaio envolve a posicionamento do transmissor e do

receptor na penao inferior de dois tubas Em seguida faz-s8 com que as sondas

percorram simultaneamente a estaca registrando-se continuamente a profundidade

o tempo transcorrido entre a emissao do pulso e sua chegada no receptor e a

energia do sinal recebido 0 movimento ascendente das sondas dentro dos tubos se

da mediante 0 acionamento manual ou mecanico de cabos apropriados 0 ensaio e

repetido diversas vezes selecionando-se novas combinaryoes de tubas Com isso

possiveis regi6es defeituosas poderao ser mapeadas espacialmente ao longo da

profundidade e tambem par quadrante Em estacas de menor diametro e possivel

executar 0 ensaio posicionando-se 0 emissor e 0 receptor em urn unico tubo (single

hole testing)

Os sinais monitorados em campo sao analisados com softwares especificos

A interpretaao to efetuada com base no tempo de transmissao do pulso de ullra-

sam 0 principio flsico consiste no fato de que a presenrya de material de rna

qualidade no fuste retardara ou impedira a chegada do sinal emitido Muitos dos

fatores que podem causar urn atraso na chegada do pulso de ultra-sam tais como

intrus6es de solo (ou lama bentonitica) concreto de baixa qualidade au formac8o de

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

73

vazias levam tambem a uma diminuiyao da energia do sinal transmitido de modo

que esta grandeza tambem e considerada na analise E passivel ainda cornbinar as

dados obtidos para varios pares de tubas instalados na estaca visualizando-se as

resultados em duas ou tres dimensoes (figuras 50 e 51) Esse ensaio que facilita a

identifica~ao de defeitos e confere ao ensaio uma interpretayao objetiva e

conhecido como tomografia (NETO 2002)

FIGURA 50 - SECAO DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

FIGURA 51 - VISTA EM 3D DA ESTACA POR TOMOGRAFIA

FONTE (NETO 2002)

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

80

SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

Continua

VELLOSO D A LOPES F R Fundaqoes Volume I Criterios de projetos

Investigaao de Subsolo Fundaoes Superficiais Sao Paulo Oficina de Texto

2004

74

CONSIDERAtOES FINAlS E RECOMENDAtOES PARA FUTUROS

TRABALHOS

Neste trabalho foi abordado 0 tema estaca tipo hellce continua sua

defini(fao equipamentos aplicacoes metodo de execuc8o suas vantagens e

desvantagens capacidade de carga com 0 objetivo do entendimento geral deste

tipo de estaca com a intuito de identificar as manifesta96es patologicas ocasionadas

par procedimentos executivos falhos

51 CONSIDERACOES FINAlS

Sendo assirn com base na pesquisa realizada para que S8 obtenha uma

qualidade adequada das fundac6es utilizando estacas tipo helice continua tentando

evitar as manifestayoes patol6gicas recomenda-se tomar alguns cuidados durante 0

processo de execu9ao

i) Verificar a qualidade do concreto que sera utilizado alem de atentar para

que S8 nao utilize concreto misturado com 0 material de limpeza da mangueira de

concretagem

ii) Nao e recomendiwel tirar 0 trado quando proximo a superficie muito

rapido para que nao desmorone terra para dentro do fuste ou que se diminua a

pressao de concreto causando 0 seccionamento do fuste fazendo com que a

armadura fique aparente e causando outras manifestac6es patologicas

iii) Aconselha-se colocar espayadores na estaca e ter cuidado ao se colocar

a armadura para fique centrad a ao fuste

iv) Em solos moles ou aterros a excentricidade da armadura e multo cornum

alem do guindaste de esteiras que devido ao seu peso tende a ficar em desaprumo

para que isso nao ocerra recomenda-se urn reaterro nas camadas superiores do

75

terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

1989

CURSO 2008 Sao Paulo Local EXECUCAo DE FUNDACOES E CONTENCOES

EM EMREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

77

HACHICH W FALCONI F F SAES J L FROTA R G Q CARVALHO S S

NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

78

7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 748011992 Barras e

fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina Joinville 2007

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Continua

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terreno

v) Mas para termos garantias de que 0 procesSD executivo transcorreu como

desejado e necessario fazer ensaios para verifica980 do fuste e capacidade de

carga

52 RECOMENDAOES PARA FUTUROS TRABALHOS

Recomendam-se para as futuros trabalhos futures as seguintes temas

i) Aprofundar as metodos de ensaio de estacas tipo helice continua

ii) Verificar quais sao os ensaios mais indicados para cad a patologia

mencionada neste trabalho

76

6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

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Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

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7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

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Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

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para Concreto

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para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

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FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

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httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

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ALONSO U R Avalialao Ensaio Pll nas Est Helice Continuas nov 2007

Disponivel em wwwabeforgbrhtmlartigosAcessoem 08072008

ALONSO U R Interpretacao de provas de carga axial em estacas helice continua

monitoradas na execuyao Solos e Rochas Sao Paulo v19 n3 p 233-242 dez

1996

ALONSO U R Preva de carga horizontal em e5taea helice continua Solos e Rochas

Sao Paulo v21 n1 p 51-57 abr 1998

Boletim tecnico de estaea helice continua monitorada Dispon[vel em

httpwwwgngfundacoescombrboletim tecnico GNGpdf Acesso em 02072008

Brasfond fundayoes especiais sa Disponivel em

httpwwwbrasfondcombrlsite2006Iindexhtm Acesso em 0210712008

BURIM S M MAFFEI C E M InterpretaClt3o de provas de carga axiais em estacas a

partir de urn modela fisico consistente Solos e Rochas Sao Paulo v12 p 3-18

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Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

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7 REFERENCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1213111991 Estacas-

Prova Carga Estatic8

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 1320811994 Estacas-

Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

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fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

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NIYAMA S Fundaqoes - teoria e pratica 2 ed Sao Paulo Pini1998

Manual de especificaqoes de produtos e procedimentos ABEF ABEF - Associaqao

Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundaqoes e Geotecnia 2 Ed

Disponivel em wwwabeforabr Acesso em 0810712008

MILITITSKY J CONSOLI N C SCHNAID F Patologias das Fundaqoes Sao

Paulo Oficina de Textos 2005

NETO L A KORMANN A C M BEIM J MARTINAT LR DEBAS L F

Tomografia de estacas uma nova tecnologia para 0 centrole de qualidade de

fundaqoes profundas Disponivel em httplwwwinsitucombrlartigosldefault

Acesso em 1010712008

PENNA A S D CAPUTO A N MAlA C M PALERMO G GOTLlEB M

PARAiso C S ALONSO U R Estaca Helice-Continua A ExperiifmciaAtual Sao

Paulo Associavao Brasileira de Engenharia de Funda90es e Servi90s Geotecnicos

Especializados Associaao Brasileira de Mecanica dos Solos 1999

VELLOSO D A ALONSO U R Previsao contrale e desempenho de fundaoes

In Previsao de desempenho x comportamento real Sao Paulo p 95-137 2000

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7 REFERENCIAS CONSULTADAS

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 72111986 Agregados

para Concreto

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para Concreto

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fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

httolwwwmaitiU

httpwwwprpunicampbr

httpvvwwsitengenhariacombrfundacaohelicecontinuahtm

httpwwwsoilmeccom9atel vti 91 1aspx

KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

e pre-modada 2007 Trabalho de Gradua~ao (Bacharelado em Engenharia Civil) -

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SOUZA R N Observacao do Contato Concreto-Solo da Ponta de Estacas Helice

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Prova Carga Estatic8

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Ensaios de Carregamento Dinamico

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 573911994 Concreto-

Ensaios de compressao de corpos de prova cilfndricos

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 612211996middot Projeto e

Execuq80 de Fundaqoes

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fios de A~o destinados as armaduras para concreto armado

ASSOCIAltAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 895311992 Concreto

para fins estruturais - Classificaq80 por grupos de resistencia

79

FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

Executadas em S de OiabBsico

httpwwwgeyercombrpagesheliconhtm

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KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

MARCELLI Mauricio Sinistro na Conslruao Civil- Causas e souoes para danos

e prejuizos em obras Sao Paulo Pini 2007

SIMPOSIO VI 2008 Florian6polis Simposio de Protica de Engenharia

Geotecnica da Regiao Sui GEOSUL

SIPRIANO V S Analise comparativa de custos entre fundafoes do tipo heice continua

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FILHO J A P et al Comportamento oj Traao de Eslacas Tipo Heice-Continua

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KORMANN A C M CHAMECKI P R Estacas Helice Continua em Argia

Sobreadensada Comportamento em Pro vas de Carga Estaticas e Oinamicas

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