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CHIADO: PRIMEIRO EPISÓDIO, RECORRÊNCIA, CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, TRATAMENTO E FATORES ASSOCIADOS EM LACTENTES Maiara Lanna Bacelar Dissertação de Mestrado Salvador (Bahia), 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

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CHIADO: PRIMEIRO EPISÓDIO, RECORRÊNCIA,

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, TRATAMENTO E

FATORES ASSOCIADOS EM LACTENTES

Maiara Lanna Bacelar

Dissertação de Mestrado

Salvador (Bahia), 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

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Ficha Catalográfica

S586 Silva, Maiara Lanna Souza Bacelar

Chiado: primeiro episódio, recorrência, características clínicas, tratamento e fatores associados em lactentes / Maiara Lanna Souza Bacelar da Silva – Salvador, 2012.

78 f.

Orientador: Profª. Cristiana M. Nascimento-Carvalho

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia.

Instituto Ciências da Saúde, 2012.

1. Infecção Respiratória. 2. Lactentes. 3. I. Nascimento-Carvalho, Cristiana M. II. Universidade Federal da Bahia. III. Título.

CDU: 616.2

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Chiado: primeiro episódio, recorrência, características clínicas, tratamento e fatores associados em lactentes

Maiara Lanna Bacelar

Professora-Orientadora: Cristiana M. Nascimento-Carvalho

Salvador (Bahia), 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Dissertação apresentada ao Colegiado do

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA

SAÚDE, da Faculdade de Medicina da Universidade

Federal da Bahia, como pré-requisito obrigatório

para a obtenção do grau de Mestre em Ciências da

Saúde.

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COMISSÃO EXAMINADORA

Membros:

• Cristiana M. Nascimento-Carvalho, Departamento de Pediatria, Faculdade de Medicina

da Bahia, UFBA. (Suplente)

• Rita Rêgo, Departamento de Medicina Preventiva e Social, Doutora da FMB, UFBA.

• Angélica Santana, Doutora do Hospital Estadual Octávio Mangabeira, SESAB.

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DEDICATÓRIA

À minha família que contribuiu me dedicando um amor incondicional, me dando

forças para não fraquejar nunca. Ao meu esposo por estar sempre presente, compreender

minhas ausências e por me ter como um orgulho.

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FONTES DE FINANCIAMENTO

Auxílio ao projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)

e bolsa de mestrado e de iniciação científica PIBIC do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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AGRADECIMENTOS

Aos alunos de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e

Universidade federal da Bahia que contribuem com o Projeto CHIADO-IVAS, dedicando-se a

ajudar e aprender.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde que passam

seus conhecimentos com muito amor ao que fazem.

Aos colegas de classe, especialmente à minha amiga Ana Luíza Vilas-Boas, com quem

compartilhei muitas alegrias e angústias.

À Dra. Cristiana M. Nascimento-Carvalho, minha orientadora, pela oportunidade, por

todos os ensinamentos e por ter acreditado que eu poderia chegar até aqui.

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Índice I. RESUMO ............................................................................................................. 2

II. OBJETIVOS .................................................................................................... 4

II.1. GERAL .......................................................................................................... 4

II.2. ESPECÍFICOS ............................................................................................... 4

III. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5

IV. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 6

IV.1. Infecção Respiratória Aguda ...................................................................... 6

IV.2. Infecção de Vias Aéreas Superiores (IVAS) .............................................. 7

IV.3. Infecção respiratória viral e chiado ............................................................ 8

IV.4. Tratamentos em episódios de chiado recorrente ........................................ 9

V. ARTIGOS ....................................................................................................... 12

VI. DISCUSSÃO .................................................................................................. 43

VI.1. Prevalência de sibilância e idade de início dos episódios ........................ 43

VI.2. Associação entre os episódios de chiado e IVAS .................................... 44

VI.3. Tratamentos mais utilizados nas crianças com chiado ............................. 45

VI.4. Fatores ambientais associados a episódios de chiado .............................. 45

VI.5. Prevalência do primeiro episódio de chiado ............................................ 46

VI.6. Fatores de proteção para relato de chiado ................................................ 47

VII. PERSPECTIVAS DE ESTUDO ................................................................... 48

VIII. CONCLUSÕES .......................................................................................... 49

IX. SUMMARY .................................................................................................... 50

X. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 52

XI. ANEXOS ........................................................................................................ 57

XI.1. ANEXO 1 ................................................................................................. 58

XI.2. ANEXO 2 ................................................................................................. 59

XI.3. ANEXO 3 ................................................................................................. 65

XI.4. ANEXO 4 ................................................................................................. 72

XI.5. ANEXO 5 ................................................................................................. 73

XI.6. ANEXO 6 ................................................................................................. 77

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I. RESUMO

CHIADO: PRIMEIRO EPISÓDIO, RECORRÊNCIA, CARACTERÍSTICAS

CLÍNICAS, TRATAMENTO E FATORES ASSOCIADOS EM LACTENTES.

Introdução: A infecção respiratória aguda é a doença mais comum entre as crianças

menores e estão principalmente associadas à infecções virais. Geralmente o primeiro

episódio de chiado, sobretudo aqueles relacionados com formas recorrentes, ocorre

no primeiro ano de vida, associado à infecção respiratória de vias aéreas superiores.

Objetivos: Descrever a freqüência de episódios de chiado no curso de uma infecção

respiratória aguda em crianças com idade entre 6 e 23 meses. Métodos: Coorte

retrospectiva e estudo transversal prospectivo incluindo lactentes (6-23 meses de

vida) com sintomas de infecção de vias aéreas superiores que buscaram assistência

no Pronto Atendimento do Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira. Foram

extraídas as freqüências das variáveis estudadas, com respectivos Intervalos de

Confiança de 95% (IC 95%) e realizada regressão logística múltipla nas variáveis

independentes para estimar os efeitos independentes sobre a apresentação do

primeiro episódio de sibilância. Resultados: Dos 451 avaliados, 164 (36,4%)

apresentaram história pregressa de chiado (chiadores), nove (2%) foram de outro

hospital e três (0,7%) relataram ambos. 281 (62,3%) crianças nunca tinham

apresentado episódio de chiado anterior ou estavam apresentando seu primeiro

episódio no momento do recrutamento (não-chiadores). Dos chiadores, 148 (32,8%)

apresentaram o primeiro episódio no primeiro ano de vida e a média de idade foi

5,3±3,9 meses. Para quem apresentou o primeiro episódio de chiado no primeiro ano

de vida, 38,5% referiram entre 3-6 episódios e 14,2%>6 episódios. A média da idade

no primeiro episódio foi menor para os que apresentaram >3episódios em

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comparação aos que apresentaram até 2 episódios (3,2±2,7 vs 5,7±2,5 meses,

p<0,001). Dos 281 não-chiadores, foi relatado chiado em 124 (44,1%) e observado

no exame físico em 46 (16,4%). Relato de dispnéia (OR=2,24), relato de tiragem

(5,32), taquipnéia no exame físico (2,47), roncos (2,11), sibilos (2,21), crepitações

(3,15) foram associados e quatro ou mais pessoas no quarto da criança (0,39), febre

no exame físico (0,36) e vermelhidão nos olhos (0,48) foram protetores para relato de

chiado. Freqüentar creche (4,32), pássaros em casa (4,26), relato de chiado (2,63),

taquipnéia no exame físico (2,37) e vermelhidão nos olhos (3,17) foram associados

com sibilos no exame físico Conclusão: Um terço dos lactentes chiadores apresentou

o primeiro episódio no primeiro ano de vida e quanto mais cedo este ocorre, mais

frequente a recorrência do chiado. Fatores ambientais foram identificados como

fatores de risco para sibilos no exame físico entre lactentes não-chiadores.

Palavras-chave: 1. Infecção respiratória aguda; 2. Asma; 3. Sibilância; 4. Síndrome

do bebê chiador; 5. Síndrome do lactente sibilante; 6. Fator de risco.

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II. OBJETIVOS

II.1. GERAL

Descrever a freqüência de episódios de chiado no curso de uma infecção

respiratória aguda em crianças com idade entre 6 e 23 meses.

II.2. ESPECÍFICOS

II.2.1. Estimar a freqüência de história pregressa de episódios de chiado em

lactentes (6 a 23 meses de vida);

II.2.2. Descrever as características clínicas e formas de tratamento utilizadas

nos episódios de chiado;

II.2.3. Estimar a freqüência do primeiro episódio de sibilância entre os

lactentes, com infecção respiratória aguda;

II.2.4. Avaliar fatores associados ao primeiro episódio de chiado.

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III. INTRODUÇÃO

O chiado recorrente em lactentes e o diagnóstico precoce de asma vêm

desafiando a comunidade médica nos últimos tempos. Estudo internacional que

utilizou instrumento padronizado e validado mostrou as diferenças de prevalência,

gravidade e de diversas características dos episódios de chiado na infância entre

diferentes regiões da América Latina e Europa. (Mallol et al., 2006)

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, as doenças respiratórias são

responsáveis por 35,7% de todas as hospitalizações de crianças menores de um ano

de idade na Bahia, e o chiado é um dos sintomas que causa maior preocupação aos

pais ou guardiões. (DATASUS, 2011) Vários vírus respiratórios comuns podem

desencadear sibilância recorrente que pode impactar a infância mais tardiamente.

(Jartti et al., 2008)

Geralmente o primeiro episódio de chiado, sobretudo aqueles relacionados com

formas recorrentes, ocorre no primeiro ano de vida, associado à infecção respiratória

de vias aéreas superiores (IVAS). (Cunha et al., 2010) A maioria das infecções

respiratórias virais na infância está restrita ao trato respiratório superior, levando a

sintomas de resfriado comum, como coriza, tosse e rouquidão (Tregoning &

Schwarze, 2010) e cerca de um terço das crianças irão desenvolver sintomas no trato

inferior como taquipnéia, sibilos, tosse intensa e falta de ar. (Tregoning & Schwarze,

2010) Mesmo que a maioria das crianças tenha infecções respiratórias virais, nem

todas desenvolverão sibilância e por isso vários fatores predisponentes para chiado

foram identificados como a exposição ao cigarro, prematuridade ou outras

comorbidades. (Gern et al., 2006)

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Até o momento, as características de chiado recorrente em lactentes na cidade

de Salvador, estado da Bahia, são desconhecidas e devido à escassez de dados sobre

o primeiro episódio de sibilância entre as crianças, particularmente nas regiões

tropicais, deve ter muito a ser aprendido sobre a história natural de chiado, incluindo

a idade e os fatores associados. (Sherriff et al., 2001)

IV. REVISÃO DA LITERATURA

IV.1. Infecção Respiratória Aguda

A carga de doença por infecção respiratória é maior do que a de qualquer

outra doença. Em 2002, ela foi responsável por 18% da mortalidade em crianças

menores de 5 anos de idade, sendo que a diarréia (15%) e a malária (11%) foram as

outras causas mais frequentes. As infecções respiratórias não são apenas

responsáveis pelo aumento da mortalidade, mas também representam 22% da

morbidade nos Estados Unidos e 26% de todas as hospitalizações na Bélgica,

representando também 33,5% na Itália e 59% no Reino Unido de todas as consultas

ambulatoriais. (Tregoning & Schwarze, 2010)

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, as doenças respiratórias são

responsáveis por 35,7% de todas as hospitalizações de crianças menores de um ano

de idade na Bahia. (DATASUS, 2011)

As infecções respiratórias ocorrem com maior freqüência no início da vida

em comparação à idade adulta com cerca de 5-6 infecções por ano e elas trazem uma

grande carga para o sistema de saúde. Na assistência básica de saúde dos Estados

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Unidos, o custo médio por infecção respiratória aguda tem sido estimado entre

U$140 e U$240, dependendo do agente etiológico. Estes custos estimados incluem

os custos diretos e indiretos, como por exemplo perdas de dia de trabalho dos

cuidadores. Os custos da internação são estimados em média de U$5.250 no mesmo

país por conta do vírus sincicial respiratório. O custo anual total das infecções

respiratórias nas crianças na Alemanha foi estimado em U$213 milhões. (Tregoning

& Schwarze, 2010)

As infecções respiratórias, na grande maioria virais, são muito comuns no

inicio da vida, mas a relação entre as mesmas e a asma na infância não é

compreendida completamente. A exposição às infecções respiratórias no início da

vida pode aumentar ou diminuir o risco de desenvolver asma na infância,

dependendo de fatores do hospedeiro, da localização, tempo e tipo de

microorganismo exposto. (Ramsey et al., 2007)

IV.2. Infecção de Vias Aéreas Superiores (IVAS)

Muitos episódios de chiado e exacerbação de asma em adultos e crianças são

causados por vírus responsáveis por infecções de vias aéreas superiores ou gripes

comuns. Em condições clínicas, estudos demonstraram que a inflamação das vias

aéreas causada por diferentes vírus (influenza A, rinovírus, adenovírus, vírus

sincicial respiratório e coronavírus) é significantemente aumentado em todas as

pessoas. (Mallol et al, 2010)

A IVAS em lactentes é muitas vezes acompanhada de febre, podendo levar a

hipoatividade ou recusa alimentar. A rinite e faringite são freqüentemente associados

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com alterações nas membranas conjuntivais e timpânicas e em alguns casos, os sinais

e sintomas de otite média podem ocorrer.

Algumas das crianças com IVAS evoluem com manifestações clínicas de

infecção de vias aéres inferiores, incluindo sinais de desconforto respiratório como

aleteo nasal e tiragens, cianose ou alterações na ausculta pulmonar como crepitações,

roncos ou sibilos. (Tregoning & Schwarze, 2010)

IV.3. Infecção respiratória viral e chiado

Doenças respiratórias virais associadas ao chiado são extremamente comuns

na infância, e continuam a ser uma causa freqüente de morbidade e hospitalização. A

maioria das crianças com asma e redução da função pulmonar na idade escolar

começou a cansar nos primeiros anos de vida. (Jackson & Lemanske, 2010)

Estudos usando diferentes técnicas tem mostrado que mais de 88% dos casos

de crianças com chiado estão associados com infecção respiratória viral. (Lehtinen et

al., 2006) Os vírus penetram e se replicam nas células epiteliais da via aérea,

danificando-as. As manifestações clínicas podem ser secundárias à liberação de

mediadores próinflamatórios pelas células danificadas ou pelo efeito citotóxico do

vírus. (Jackson & Jonhston, 2010)

Para muitas crianças, os episódios de chiado associado à infecção respiratória

diminuem com a idade, mas para outras, episódios de chiado na infância podem

marcar o começo da asma. (Busse et al., 2010) Além disso, a diminuição da

capacidade da criança para montar uma defesa antiviral adequada, assim como uma

resposta Th2 prolongada, uma diminuição da resposta imune inata ou defeitos em

outros aspectos da imunidade local aumentam a probabilidade de propagação do

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vírus para as vias aéreas inferiores e resultam em infecções mais severas. (Sly et al,

2010)

Ao contrário de estudos que associam infecções na infância com morbidades

respiratória subseqüentes, a teoria da higiene propõe que infecções, incluindo

infecções na infância, são protetores para o desenvolvimento de doenças alérgicas e

possivelmente asma. Esta associação é apoiada por estudos que mostram baixas

prevalências de alergias e asma em crianças que freqüentam creche e aquelas com

irmãos mais velhos. Foi proposto que este efeito protetor relaciona-se com mais

infecções, incluindo aquelas causadas por vírus respiratórios e a subseqüente

estimulação protetora da imunidade Th1. (Busse et al., 2010)

Os lactentes que irão desenvolver asma mais tarde geralmente tiveram

episódios recorrentes de chiado, tosse e dificuldade de respirar e são chamados de

chiadores persistentes. Aqueles que chiaram antes de um ano de idade e que a

remissão ocorreu até os 3 anos de idade são chamados de chiadores transitórios.

(Martinez, 2009)

IV.4. Tratamentos em episódios de chiado recorrente

Os tratamentos nos episódios de sibilância baseiam-se na redução da

inflamação, manutenção da função pulmonar e da qualidade de vida, prevenindo

exacerbações e fornecendo drogas sem ou com mínimos efeitos adversos. (Chong-

Neto et al., 2010)

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A primeira linha de tratamento para os episódios de chiado é o Beta 2

agonista de curta duração, pois este fornece maiores benefícios com menos efeitos

colaterais. As doses recomendadas de broncodilatador dependem da gravidade dos

episódios e da resposta para as doses iniciais. (Laita et al., 2007)

Geralmente corticosteróides são usados no tratamento da sibilância, mas a

eficácia do corticóide sistêmico em crianças com sibilância é dependente da etiologia

viral e isto não foi completamente estudado. (Jartti et al., 2007) Lehtinen et al.

(2007), mostraram que um curto tratamento com predinisolona oral reduz

recorrências mais de 2 meses após o primeiro ou segundo episódio de chiado

associado à infecção por rinovírus. Os corticóides sistêmicos diminuem efetivamente

os marcadores inflamatórios na asma aguda, mas os estudos revelam que este efeito é

limitado. (Jartti et al., 2007) A recomendação é que o tratamento dure entre 8 e 12

semanas e se a resposta for negativa, poderá ser aumentada a dose do medicamento,

mudar a combinação das drogas ou rever o diagnóstico. (Chong-Neto et al., 2010)

Estudos demonstram que a corticoterapia inalatória administrada diariamente

de forma prolongada traz benefícios para crianças com chiado recorrente e fatores de

risco para asma. Isto se traduz em um menor requerimento de broncodilatadores,

menor duração dos sintomas, menos visitas às emergências e hospitalizações. É

importante lembrar que os critérios para iniciar um tratamento prolongado com

corticóide inalatório se baseiam na freqüência dos sintomas (requerimento de B2

agonista mais de 2 vezes por semana), na gravidade (episódios de chiado recorrente

graves com freqüência menor que 6 semanas) e quando a criança tem fatores de risco

para asma. (Grenoville, 2010) Mas, este tipo de tratamento parece não modificar o

curso da doença. (Laita et al., 2008)

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Existem poucos estudos sobre os antagonistas dos receptores de leucotrienos

na faixa etária abaixo de três anos de idade. Os poucos estudos trazem que os

antileucotrienos podem ser úteis para reduzir o número de exacerbações induzidas

por vírus e para reduzir a inflamação brônquica em crianças atópicas. (Laita et al.,

2008)

O diagnóstico de asma em crianças pré-escolares é difícil e possivelmente

pode ser confundido com outras doenças. (Chong-Neto et al., 2010) A recorrência

das crises, independente de fatores desencadeantes, gravidade e história familiar de

atopia, ainda é fundamental para o diagnóstico de asma. (Chong-Neto et al., 2007)

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V. ARTIGOS

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“ Frequência de chiado, características clínicas e tratamento em lactentes

Chiado em lactentes” Jornal de Pediatria [aceito para publicação, vide Normas de

Publicação no ANEXO 3 e comprovante de aceitação no ANEXO 4].

Fator de impacto (2010): 1.065.

ARTIGO 1

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Frequência de chiado, características clínicas e tratamento em lactentes

Chiado em lactentes

Maiara Lanna Bouzas1, Dirceu Solé2, Maria-Regina A. Cardoso3, Aldina Barral4,

Cristiana M. Nascimento-Carvalho5 e o Grupo do Projeto de Pesquisa CHIADO-

IVAS

1Fisioterapeuta, mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde,

Faculdade de Medicina da Bahia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador,

BA; [email protected], http://lattes.cnpq.br/6305875676014392.

2Professor titular livre-docente, Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e

Reumatologia, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo-

Escola Paulista de Medicina, (UNIFESP-EPM), São Paulo, SP;

[email protected], http://lattes.cnpq.br/8188258243306974.

3Professora associada livre-docente, Departamento de Epidemiologia, Faculdade de

Saúde Pública, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP; [email protected],

http://lattes.cnpq.br/2554853704952225.

4Professora adjunta doutora, Departamento de Anatomia Patológica e Medicina

Legal, Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA, Salvador, BA;

[email protected], http://lattes.cnpq.br/5844402584589598.

5Professora associada livre-docente, Departamento de Pediatria, Faculdade de

Medicina da Bahia, UFBA, Salvador, BA; [email protected],

http://lattes.cnpq.br/8882444793123454.

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Maiara Lanna Bouzas coordenou a coleta de dados, digitou os dados, participou da

análise e escreveu a primeira versão do artigo; Dirceu Solé, Maria-Regina A.

Cardoso e Aldina Barral contribuíram no desenho do estudo, análise dos dados e

aprimoramento do artigo; Cristiana M. Nascimento-Carvalho desenhou o estudo,

supervisionou a coleta e digitação dos dados, fez a análise inicial dos dados e

contribuiu para o aprimoramento do artigo; cada um dos membros do Grupo do

Projeto CHIADO-IVAS participou da coleta e da discussão dos dados.

Declaração de conflito de interesse: nada a declarar.

Correspondência:

Maiara Lanna Bouzas

Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina da Bahia,

Universidade Federal da Bahia.

Largo do Terreiro de Jesus, s/n, Centro Histórico, CEP 40025-010, Salvador, BA,

Salvador, BA.

E-mail: [email protected] Tel.: 071-8895-2221

Fonte financiadora: Auxílio a projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

da Bahia (FAPESB) e bolsa de mestrado e de iniciação científica PIBIC do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Contagem total de palavras do texto: 1.401 palavras

Contagem total de palavras do resumo: 150 palavras

Número de tabelas: 2

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Resumo

Objetivo: Estimar a freqüência de história pregressa de chiado, descrevendo as

características clíncas e formas de tratamento utilizadas.

Métodos: Coorte retrospectiva incluindo lactentes (6-23 meses de vida) com sintomas

de infecção de vias aéreas superiores e relato de episódio prévio de chiado. Os dados foram

registrados em questionário anteriormente validado.

Resultados: Dos 451 avaliados, 164 (36,4%; IC95%:31,9-41,0) apresentaram história

pregressa de chiado, 148 (32,8%;IC95%:28,5-37,4) no primeiro ano de vida. A média de

idade no primeiro episódio de chiado foi 5,3±3,9 meses. Para quem começou a chiar no

primeiro ano de vida, 38,5% referiram entre 3-6 episódios e 14,2%>6 episódios. A média da

idade no primeiro episódio foi menor para os que apresentaram >3episódios em comparação

aos que apresentaram até 2 episódios (3,2±2,7 vs 5,7±2,5 meses,p<0,001).

Conclusão: Um terço dos lactentes apresentou chiado no primeiro ano de vida. Quanto

mais cedo ocorre o primeiro episódio, mais frequente a recorrência do chiado.

Palavras-chave: asma; sibilância; síndrome do bebê chiador; síndrome do lactente sibilante.

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Abstract

Objective: To estimate the frequency and describe the characteristics of previous

history of wheezing and respective treatments.

Methods: Infants aged 6-23 months with upper respiratory tract complaints and report

of previous wheezing were retrospectively followed-up. Data were registered on a validated

standardized form.

Results: Out of 451 infants, 164 (36.4%;CI95%:31.9-41.0) reported prior history of

wheezing, 148 (32.8%;CI95%:28.5-37.4) during the first year of life. The mean age at the

first episode of wheezing was 5.3±3.9 months. Among those who had the first episode under

12 months of age, 38.5% reported between 3-6 episodes and 14.2% >6 episodes. The mean

age at the first episode was lower for those with >3 episodes in comparison with those with

<2 episodes (3.2±2.7 vs 5.7±2.5 months, p<0.001).

Conclusion: One third of the infants reported wheezing during the first year of life. The

earlier the first episode occurs, the more frequent the recurrence of wheezing is.

Key-words: asthma; wheezing; wheezy baby syndrome; wheezy infant syndrome.

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Introdução

O chiado recorrente em lactentes e o diagnóstico precoce de asma vêm desafiando a

comunidade médica nos últimos tempos. Estudo internacional que utilizou instrumento

padronizado e validado mostrou as diferenças de prevalência, gravidade e de diversas

características dos episódios de chiado na infância entre diferentes regiões da América Latina

e Europa1.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, as doenças respiratórias são responsáveis por

35,7% de todas as hospitalizações de crianças menores de um ano de idade na Bahia, e o

chiado é um dos sintomas que causa maior preocupação aos pais ou guardiões2. Geralmente o

primeiro episódio de chiado, sobretudo aqueles relacionados com formas recorrentes, ocorre

no primeiro ano de vida, associado à infecção respiratória de vias aéreas superiores (IVAS)3.

Vários vírus respiratórios comuns podem desencadear sibilância recorrente que pode

impactar a infância mais tardiamente4. Os vírus mais comumente identificados no primeiro

episódio de chiado em lactentes são o vírus sincicial respiratório e o rinovírus; menos

frequentemente, parainfluenza, metapneumovírus, coronavírus, influenza, bocavírus e

adenovírus também já foram reconhecidos nesse contexto5. Até o momento, as características

de chiado recorrente em lactentes na cidade de Salvador, estado da Bahia, são desconhecidas.

Foram objetivos deste estudo estimar a freqüência de história pregressa de episódios de

chiado em lactentes (6 a 23 meses de vida), descrever as características clínicas e as formas de

tratamento utilizadas nesses episódios.

Casuística e métodos

Crianças com idade de 6 a 23 meses, que procuraram assistência no Pronto Atendimento

do Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira (funcionamento durante a semana, das 7

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às 19 horas), da Universidade Federal da Bahia, na cidade de Salvador, Bahia, entre setembro

de 2009 e junho de 2011 participaram dessa coorte retrospectiva. Foram incluídas as crianças

que se apresentaram no horário das 8h às 17h com história de IVAS caracterizada por: febre,

tosse, espirros, coriza ou obstrução nasal com duração inferior a sete dias e relato de episódio

prévio de chiado. Após consentimento, os pais ou responsáveis pelas crianças incluídas

responderam o questionário do Estudio Internacional de Sibilancia en Lactentes (EISL),

previamente validado para a cultura brasileira6. O questionário foi aplicado pela coordenadora

(M.L.B.) e por seis estudantes de graduação em medicina.

Foram utilizadas as seguintes definições: chiado ocasional: até dois episódios, chiado

recorrente: três ou mais episódios, chiado recorrente grave: mais de seis episódios7, chiado

grave: atendimento em emergência ou hospitalização ou acordar à noite frequentemente ou

dificuldade para respirar durante o episódio de chiado8. O banco de dados foi digitado no

EPInfo 6.04 e a análise realizada no SPSS 9.0 Foram extraídas as freqüências das variáveis

estudadas, com respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%), e para a comparação

entre variáveis com distribuição normal empregou-se o teste t de Student, com cálculo da

diferença entre as médias e respectivo IC 95%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia (número

067/2009).

Resultados

Das 451 crianças avaliadas, 164 (36,4%; IC95%: 31,9-41,0) tinham história pregressa de

chiado, sendo que história de chiado no primeiro ano de vida foi referida por 148 (32,8%;

IC95%: 28,5-37,4).

À entrada no estudo a média da idade das crianças com chiado prévio foi 15±5 meses

(variação: 6 a 23,9 meses), sendo que 62 (37,8%) eram menores de um ano. Havia 98 (59,8%)

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meninos. A média de idade das crianças no primeiro episódio de chiado foi 5,3±3,9 meses

(mediana = 5 meses) sendo que este primeiro episódio ocorreu antes dos seis meses em 58,5%

e no primeiro ano de vida em 90,2% (Tabela 1). A idade do primeiro episódio de chiado entre

as que iniciaram os sintomas no primeiro ano de vida foi 4,4±2,9 meses e foi 3,2±2,7 meses

entre aquelas que apresentavam chiado recorrente. Chiado recorrente foi relatado para 52,7%

dos lactentes que iniciaram sintomas no primeiro ano de vida, sendo grave em 14,2% deles.

Em relação ao grupo de estudo como um todo, os tratamentos mais utilizados nos episódios

de chiado foram o broncodilatador (89,6%) e o corticóide oral (46,3%) (Tabela 2).

Os lactentes com chiado recorrente iniciaram mais precocemente os seus sintomas em

comparação aos chiadores ocasionais (3,2±2,7meses vs 5,7±2,5 meses, p<0,001; diferença das

médias 2,5; IC 95%: 1,7-3,4]). Independentemente da idade em que o primeiro episódio de

chiado ocorreu, houve relato de concomitância com IVAS para a maioria (82,2%). A Tabela 2

apresenta as freqüências das características dos episódios de chiado para o grupo de lactentes

que chiou pelo menos uma vez no primeiro ano de vida e para o grupo com chiado recorrente

no primeiro ano de vida. Chiado grave foi detectado em 141 (86%) lactentes, sendo que a

média de idade (meses) entre os pacientes com ou sem chiado grave foi 5±4 e 7±4,

respectivamente (p=0,04; diferença das médias 2; IC 95%: 0,4-3,5]).

Discussão

Chama atenção a precocidade com que as crianças estudadas apresentaram o primeiro

episódio de chiado, sobretudo as com quadro recorrente (média = 3,2 meses), média de idade

inferior às observadas por estudos realizados em cidades do sul e sudeste do Brasil, apesar de

realizados em serviços públicos destinados à população mais carente9-11. Estudo holandês

documentou média de idade de início da sibilância inferior (1,7±3,0 meses) e observou forte

associação entre exposição à umidade na casa e os episódios de chiado12. Por outro lado, um

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estudo sobre asma na infância realizado na cidade de Salvador verificou não haver associação

entre atopia e a maioria dos casos de asma nesta população3, sugerindo maior relação entre os

episódios de chiado com IVAS e com doenças respiratórias do trato inferior13.

Considerando-se todas as crianças avaliadas, verificamos que 32,8% delas tiveram o

primeiro episódio de chiado no primeiro ano de vida, resultado similar ao observado pelo

EISL, ou seja, a prevalência de sibilância nos países em desenvolvimento é superior em

comparação aos desenvolvidos8, 12, 13. Possivelmente fatores ambientais e ecológicos locais

possam ser os responsáveis por essas diferenças.

A prevalência de sibilância recorrente aqui observada (52,7%) foi inferior à de outros

estudos realizados na região sudeste e sul do Brasil9, 11. O mesmo ocorreu com relação à

prevalência de sibilância recorrente grave9. A explicação para tais diferenças é muito

complexa e multifatorial. Interações genéticas e ambientais, distintas para cada localidade, e

capazes de modular as respostas das vias aéreas desde muito cedo até a vida adulta foram

cogitadas8.

A concomitância entre episódios de chiado e IVAS foi elevada (82,2%) à semelhança de

outros estudos que apontam 85% como a freqüência de etiologia viral nos episódios de chiado

em lactentes4. Várias hipóteses tentam explicar esta relação. A primeira delas seria que a

infecção viral pode afetar o desenvolvimento da resposta imunológica, ou, interferir no

desenvolvimento pulmonar normal e na regulação do tônus do trato respiratório. A segunda

seria que o vírus desencadearia a obstrução no trato respiratório em indivíduos que já

apresentam alterações na função primária ou estrutural nas vias aéreas ou susceptibilidade em

desenvolver uma resposta imunológica que predisponha a obstrução. A última sugestão seria

que a resposta a diferentes vírus depende da história genética, da exposição a outros fatores

ambientais e do nível de maturidade dos sistemas respiratório e imunológico14.

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O tratamento da sibilância aguda tem sido realizado com a inalação de

broncodilatadores beta2 agonistas e de corticosteroide por via oral durante um período

limitado de tempo15. Desse modo, a alta freqüência de uso desses medicamentos na nossa

amostra de lactentes não nos surpreende (89,6% receberam broncodilatadores e 46,3%

corticosteroide oral) 8, 9. Os agentes beta 2 agonistas promovem alívio rápido dos sintomas,

sobretudo a obstrução bronquial16. Entretanto, dos corticosteroides por sua ação anti-

inflamatória potente, espera-se a reparação das seqüelas decorrentes da infecção viral. Mas

vários estudos usando baixas e altas doses de corticosteróides inalados ou sistêmicos trazem

resultados conflitantes, pois a maioria não conseguiu demonstrar reduções significantes dos

sintomas, tempo de internação, ou necessidade de ventilação mecânica17. Por outro lado,

parcela muito pequena de pacientes recebeu os antagonistas de receptores de leucotrienos no

manejo de sua sibilância, à semelhança do relatado por outros8. A não dispensação desse

grupo de fármacos nos programas de atenção primária, aliada ao custo elevado dos mesmos,

talvez seja a explicação para esse fato.

A freqüência de chiado grave foi maior quanto mais precoce foi o início dos episódios,

tendo sido o diagnóstico médico de asma infrequente (Tabela 2), à semelhança do que fora

observado em outras cidades do nordeste do Brasil8.

Nosso estudo apresenta algumas limitações: durante as 2 horas finais de cada dia, dentro

do horário de funcionamento do serviço, não houve vigilância e recrutamento, o que pode ter

ocasionado perdas. Aproximadamente um terço das crianças não tinha completado um ano de

vida no momento do recrutamento, o que pode ter subestimado as freqüências. No entanto, o

treinamento da equipe de recrutamento foi intenso, com pré-requisito de formação com nível

de graduação em curso na área da saúde, o que aliado à compreensão adequada e memória

preservada por parte das mães, já demonstrados6, 9, apontam para resultados confiáveis.

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Concluímos que a sibilância é sinal que ocorre precocemente e com prevalência elevada

no município de Salvador, mas inferior à relatada por outros estudos realizados em outras

cidades brasileiras. Porcentagem significativa desses pacientes é tratada com corticosteroide

sistêmico, possivelmente justificada pela gravidade dos episódios.

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Apêndice

Integram o Grupo do Projeto de Pesquisa CHIADO-IVAS os acadêmicos de medicina, em

ordem alfabética:

Eliana E. V. Silva1, Karen S. Miranda1, Laíse R. Néri1, Patrícia F. C. Silva1, Ramon S.

Amoedo2, Rômulo B. Meneses1

1Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA.

2Faculdade de Medicina da Bahia, UFBA, Salvador, BA; bolsista do CNPq.

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Referências

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Tabela 1 – Distribuição das crianças (n=164) segundo a idade do primeiro episódio de chiado

Idade (meses) Frequência % Absoluta % Cumulativa

0 – 2 48 29,3 29,3

3 – 5 48 29,3 58,5

6 – 8 40 24,4 82,9

9 – 11 12 7,3 90,2

12 – 14 12 7,3 97,6

15 – 17 3 1,8 99,4

18 – 23 1 0,6 100,0

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Tabela 2 – C

aracterísticas clínicas dos pacientes (6 e 23 m

eses) e formas de tratam

entos utilizados segundo ocorrência de episódios de chiado.

Características

Total

C

hiado primeiro ano de vida

(n=148)*

C

hiado recorrente no prim

eiro ano†

(n =

164)

(n=78)

Clínicas

C

hiado anterior

164 (100%

)

148 (100%)

78 (100%

)

Chiado no prim

eiro ano de vida

148 (90,2%

)

148 (100%

)

78 (100%)

Atendim

ento em em

ergência

118 (72%

)

107 (72,3%)

58 (74,4%

)

Dificuldade para respirar

94 (57,3%)

85 (57,4%

)

51 (65,4%)

Hospitalização

60 (36,6%)

59 (39,9%

)

42 (53,8%)

Diagnóstico de asm

a por médico

4 (2,4%)

4 (2,7%

)

4 (5,1%

)

Acordou à noite por causa do chiado

N

unca

27 (16,5%

)

23 (15,5%)

7 (9,0%

)

Raras vezes

78 (47,6%)

68 (45,9%

)

31 (39,7%)

Algu

mas vezes

39 (23,8%)

37 (25,0%

)

26 (33,3%)

Frequentem

ente

20 (12,2%

)

20 (13,5%)

14 (17,9%

)

Form

as de tratamento

Uso de broncodilatador

147 (89,6%)

134 (90,5%

)

74 (94,9%)

Uso corticosteroide oral

76 (46,3%)

72 (48,6%

)

46 (59,0%)

Uso corticosteroide inalado

20 (12,2%)

19 (12,8%

)

9 (11,5%)

Uso de antileucotrienos

2 (1,2%)

2 (1,4%

)

1 (1,3%

)

*Um

ou mais episódios.

†Três ou m

ais episódios.

28

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“ First episode of wheeze: frequency and associated factors among infants in a tropical

region” Pediatric Allergy and Immunology [submetido, vide Normas de

Publicação no ANEXO 5 e comprovante de envio no ANEXO 6].

Fator de impacto (2010): 2.874.

ARTIGO 2

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First episode of wheeze: frequency and associated factors among infants in a

tropical region

Maiara L. Bouzas1, Maria-Regina A. Cardoso2, Dirceu Solé3, Aldina Barral4, Cristiana

M. Nascimento-Carvalho5 and The Acute Respiratory Infection and Wheeze Study

Group Phase I

1Postgraduate Program in Health Sciences, Federal University of Bahia School of

Medicine, Salvador, Brazil,

2Department of Epidemiology, Faculty of Public Health, São Paulo University, São

Paulo, Brazil,

3Division of Allergy, Clinical Immunology and Rheumatology, Department of

Pediatrics, Federal University of São Paulo, São Paulo, Brazil,

4Pathology Department, Federal University of Bahia School of Medicine and Centro de

Pesquisa Gonçalo Muniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, Brazil,

5Department of Pediatrics, Federal University of Bahia School of Medicine, Salvador,

Brazil.

First episode of wheeze in infants

Correspondence:

Maiara Lanna Bouzas

Largo do Terreiro de Jesus, s/n, Centro Histórico, CEP 40025-010, Salvador, Brazil.

E-mail: [email protected]

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Bouzas ML1, Cardoso M-RA2, Solé D3, Barral A4, Nascimento-Carvalho CM5 and The

Acute Respiratory Infection and Wheeze Study Group Phase I

First episode of wheeze: frequency and associated factors among infants in a

tropical region

Pediatr Allergy Immunol

Abstract

To estimate the frequency of the first episode of wheeze among infants aged 6-23

months with acute respiratory infection and to assess associated factors to this episode,

a prospective cross sectional was conducted between September/2009 and June/2011, in

Salvador, Northeast Brazil. Infants with fever, sneeze, running nose, nasal blockage or

cough for up to seven days were evaluated. Data on the present illness, obstetric,

neonatal, physiological, personal and family morbidities, child's lifestyle and physical

examination were registered and analyzed in a multiple logistic regression model.

Adjusted odds ratio with 95% confidence interval was calculated. Out of 281 infants

recruited, wheezing was reported by 124 (44.1%) and found in 46 (16.4%) on physical

examination. Report of dyspnea (OR=2.24;95%CI=1.14-4.42), report of thoracic

retraction (5.32; 1.30-21.69), detected tachypnea (2.47; 1.30-4.68), ronchi (2.11; 1.16-

3.80), wheezing (2.21; 1.01-4.85), crackles (3.15; 1.02-9.75) were associated and

cohabiting with four or more persons in child´s bedroom (0.39; 0.17-0.88), detected

fever (0.36; 0.20-0.67) and eyes redness (0.48; 0.24-0.97) were protective for report of

wheezing. Day care attendance (4.32; 1.44-12.94), birds at home (4.26; 1.81-9.99),

report of wheezing (2.63; 1.25-5.51), detected tachypnea (2.37; 1.09-5.16) and eyes

redness (3.17; 1.45-6.95) were associated with wheezing on physical examination.

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Environmental factors were identified as risk factors for detected wheezing among

infants in a tropical region.

Key words: acute respiratory infection; risk factor; wheezing; wheezy

Offprints:

Maiara Lanna Bouzas

Largo do Terreiro de Jesus, s/n, Centro Histórico, CEP 40025-010, Salvador, Brazil.

E-mail: [email protected]

Introduction

Acute respiratory illness is one of the most common diseases among young children,

and mainly associated with viral infections (1). This illness is an important source of

morbidity, especially in the first year of life (2). Most respiratory viral infections in

early childhood are confined to the upper respiratory tract, leading to common cold

symptoms such as running nose, cough, and hoarseness (3).

About one-third of infants with respiratory viral infections develop lower

respiratory tract symptoms such as tachypnea, wheeze, severe cough, breathlessness,

and respiratory distress (3). Although virtually all infants get viral respiratory infections,

most do not wheeze. Several predisposing factors for wheezing like exposure to tobacco

smoke, prematurity or other comorbid conditions had been identified (2).

Due to the paucity of data on the first episode of wheeze among infants,

particularly in tropical regions, there remains much to be learned of the natural history

of wheeze, including the age and the associated factors (4).

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The aims of the present study were to estimate the frequency of the first episode

of wheeze among infants aged 6-23 months with acute respiratory infection and to

assess associated factors to this episode.

Methods

This prospective cross sectional study evaluated children aged from 6 to 23 months with

symptoms of acute respiratory infection, between September 2009 and June 2011 at the

Emergency Department, Professor Hosannah de Oliveira Pediatric Center, a university

hospital in Salvador, Northeast Brazil. Infants with fever, sneeze, running nose, nasal

blockage or cough for up to seven days were admitted in the study. Children transferred

from other hospital or reporting previous episode of wheeze were excluded. Parents or

legal guardians were invited to sign the written informed consent. For the eligible

children, a standardized questionnaire with data on the present illness, obstetric,

neonatal, physiological, personal and family morbidities, as well as the child's lifestyle

and physical examination, was filled in. Nutritional status evaluation was performed by

using the software Anthro, version 3.2.2 and severe malnutrition, malnutrition,

overweight and obesity were defined as z-score for weight-for-height index lower than -

3, lower than -2, higher than 2, higher than3, respectively, by using the WHO standard

(5). Fever was defined as axillary temperature higher than 37.4ºC (6), and tachypnea as

respiratory rate (RR) equal or higher than 50 breaths/minute in children aged 2-11

months and RR equal or higher than 40 breaths/minute in children from 12 months of

age onwards (7).

Data entry was into Epi Info version 6.04 and data analyses were performed using

SPSS version 9.0 and STATA version 11.0. Descriptive statistics with their 95%

confidence intervals were done. Categorical variables were compared using the

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corrected chi square or Fisher exact test and the continuous variables were assessed by

the Student t test or Mann Whitney U test, as appropriate. Independent variables that

appeared to be significant in univariate analyses were firstly included in a multiple

logistic regression model. All the other independent variables and possible interactions

were also assessed before the final model to estimate their independent effects on the

presentation of the first episode of wheeze. The study was approved by the Ethics

Research Committee, Federal University of Bahia.

Results

Among 451 evaluated children, 164 (36.4%) reported previous episode of wheeze, 9

(2%) came from other hospital and 3 (0.7%) reported both. Thus, we recruited 281

(62.3%) children (49.8% were males), the median age of 10 months (mean 11.3 ± 4.4),

189 (67.3%) younger than 1 year, 40.6% in the range of 6 to 9 months of age and 96.1%

were born in Salvador. According to their nutritional status, the infants were classified

as having severe malnutrition (0.4%), malnutrition (1.4%), overweight (7.5%) and

obesity (2.1%). Among the mothers, 55.3% worked or studied out of home.

Most children (94%) were breastfed, and 44.7% were still being breastfed at the

time of recruitment. Cockroaches (68.0%), insects (64.4%), dust (54.1%), mold

(27.8%), rats (23.8%), dogs (21.0%), and birds (15.3%) at home were reported by

parents. The baseline characteristics of the study group are described in Table 1. Dry

and wet cough was reported by 19.1% and 80.9%, respectively.

On physical examination, tachypnea (28.7%), fever (37.1%), and cough (75.1%)

were found and 75.8% of those presenting cough had wet cough. Most children had

running nose (70.1%) and nasal blockage (65.1%). Nasal itching (30.6%), swollen eyes

(29.6%) and eyes redness (24.6%), hoarseness (17.4%) and thoracic retraction (4.3%)

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were also observed. On auscultation, ronchi (37.4%), wheezing (16.4%) and crackles

(7.8%) were identified.

Significant differences were found in the multivariate analysis when first

wheezing episode infants were compared with those without wheezing (Tables 2 and 3).

With regard to wheezing on physical examination, there was a strong indication that age

is inversely associated with the auscultation of wheezing, so that a one month increase

in age was associated with a decrease of 8% in auscultation of wheezing.

Discussion

In this study two environmental factors were identified to be independent risk factors

for wheezing detected on physical examination: day care center attendance and the

presence of birds at home. Birds regularly release feather particles that contaminate the

air at home with microscopic inhalant particles which can be easily inhaled and

deposited in the airways, provoking a subsequent episode of wheeze (8). Although this

is not a well known risk factor, the preventive measure in such case is quite easy, that is,

to give the birds away. Day care attendance has been recognized as a risk factor for

acute respiratory tract infections (ARI) in several studies (9). ARI may influence the

development of the immune system with the exposure to microorganism during infancy

(10). When the child gets over six months of age, several factors arise to influence the

child´s susceptibility to infection, such as degradation of maternal antibodies, cessation

of breastfeeding, contact with other children more frequently when the adaptive immune

system is still immature (1).

Herein, the frequency of detected wheezing on physical examination (16.4%) was

similar to the reported rates of reported wheeze in The Netherlands: 14.1% for children

aged between birth and 7 months, 11.9% for those aged between 7 and 12 months and

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7.1% for the others aged between 12 and 24 months (11). It was noteworthy the

difference between the frequency of wheezing detected on physical examination

(16.4%) and that reported by the caretaker (44.1%). Although report of wheezing and

detected wheezing on physical examination were found to be independently associated

(Table 2 and 3), interestingly three quarters of children with report of wheezing did not

present wheezing on physical examination (Table 2); likewise, one third of infants with

wheezing on physical examination did not report to be wheezing (Table 3). Wheezers

may have not been recognized by parents or legal guardians as well as report of

wheezing may have been due to the recognition of lower respiratory tract sounds since

ronchi and crackles were independently associated with report of wheezing (Table 2).

Protective factors for report of wheezing were detected (Table 2). Although fever

has been associated with wheeze because it is a general marker of infection (11) and

lower respiratory tract infections have been associated with wheezing (12), in our study

the mothers of the children with detected fever may have taken them to the Emergency

Department because they presented fever, before the development of wheezing or they

may have given antipyretic to their children before going to the hospital. As an

observational study held in a pediatric hospital, the results may have been biased by

parents´ behavior in seeking for health assistance. The presence of old siblings has been

associated with wheezing for children aged under 2 years (13) and marginal association

was observed for additional person at home (14). On the contrary, the risk of asthma

diagnosis before 5 years of age decreased with an increasing number of siblings,

possibly by enhancing the TH1-mediated immunity (15). In a previous Brazilian study

in the subtropical region, crowding appeared to be associated with a 60% reduction in

the incidence of asthma although a 2 1/2-fold increase in the incidence of lower

respiratory tract infections was found (16). Based on our data, report of 4 or more

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persons in the child´s bedroom was protective for reporting wheezing which is in

accordance with the two latter investigations.

In conclusion, two environmental factors were identified to be risk factor for

presenting wheezing on physical examination among children aged from 6 to 23

months, and preventive measures may derive from them.

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40

Table 1. Baseline characteristics of infants with Acute Respiratory Infection on recruitment

Characteristics n (%) Duration

mean ± SD, min-max History

Cough 247 (87.9) 3.7 ± 1.7, 1-7† Runny nose 243 (86.5) 3.7 ± 1.6, 1-7†

Fever 235 (83.9)* 3.1 ± 1.6, 1-7†

Sneeze 217 (77.2) 3.8 ± 1.7, 1-7† Wheeze 124 (44.1) 2.6 ± 1.7, 1-10†

Hoarseness 77 (27.4) 2.9 ± 1.7, 1-7† Dyspnea 68 (24.2) 3.2 ± 1.8, 1-7† Vomiting 31 (11.0) 1.9 ± 1.2, 1-5† Ear ache 23 (8.2)* 2 (2, 3), 1-60†, **

Thoracic retraction 19 (6.8) 3.2 ± 2.1, 1-7† Diarrhea 8 (2.8) 1.9 ± 1.2, 1-4†

Eye alteration‡ 7 (2.5) 3.1 ± 2.5, 1-7† Ear secretion 7 (2.5) 3.1 ± 1.5, 2-6†

Cyanosis 3 (1.1) 3 ± 2, 1-5† Obstetric

Prenatal 271 (96.4) C-section 107 (38.1)

Low birth weight 42 (15.3)* Disease on birth 56 (19.9)

Early respiratory distress 24 (8.6)* Hospitalization on birth 67 (23.8)

Prematurity 34 (12.1)

Oxygen use 21 (7.5)* 2.5 (1, 4), 1-60†, **

Cephalic halo 11 (3.9)* Mechanical ventilator 9 (3.2)*

Smoking mother during pregnancy

8 (2.8)

Smoking mother nowadays 11 (3.9) Drug addicted mother 3 (1.1)

Flu vacine during pregnancy 142 (52.4)* Physiological

Sat (month) 259 (92.17) 5.7±1.2, 3-11†† Walked (month) 101 (35.94) 10.4±1.8, 7-16††

Breastfeeding Exclusive 232 (82.9)* 4.8±2.1, 1-13††

Mixed 161 (57.3) 8.3±4.2, 5-22†† Family history

Rhinitis 153 (54.4) Asthma 82 (29.3)*

Skin allergy 53 (18.9) Infant history

Rhinitis 22 (8.0)* RGE 21 (7.5)

Heart disease 06 (2.1) Neuropathology 02 (2.1) Skin cell disease 04 (1.4)

Broncopulmonary displasia 01 (0.4) Malformation 01 (0.4)

Infant lifestyle Shared bed 203 (72.2)

Smoking at home 53 (18.9) Absence of ventilation at home 79 (28.1)

*The denominator was not 281 because there was missing. †Duration in days. ‡Eye alteration includes redness, itching and crying. **Median (25th percentile, 75th percentile), min-max. ††Duration in months.

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Table 2. C

omparison of infants w

ith Acute R

espiratory Infe

ction with or w

ithout report of wheezin

g on adm

ission

Characte

ristics*

R

eport of whe

ezing

Multivariate A

nalysis

Y

es (n=124

)

No (n=

157)

Ad

j OR

(95%C

I)†

p

History

Four or m

ore persons in child´s bedroom

13 (10.5)

30 (19.1)

0.39 (0.17-0.88) 0.023

Report of d

yspnea

46 (37.1)

22 (14.0)

2.24 (1.14-4.42)

0.019

Report of thoracic retraction

16 (12.9)

3 (1.9)

5.32 (1.30-21.69) 0.020

Physical exam

ination

Feve

r

35 (28.5)

68 (43.9)

0.36 (0.20-0.67) 0.001

Tach

ypnea

46 (38.7)

32 (20.9)

2.47 (1.30-4.68) 0

.005

Eyes redness

22 (17.7)

47 (29.9)

0.48 (0.24-0.97)

0.042

Ronchi

59 (47.6)

46 (29.3)

2.11 (1.16-3.80)

0.014

Wheezing

30 (24.2)

16 (10.2)

2.21 (1.01-4.85)

0.047

Crackles

16 (12.9)

6 (3.8)

3.15 (1.02-9.75)

0.046

*Results in n (%

)

†O

R adjusted for the other variables of the table a

nd also for age, as contin

uous variable.

41

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Table 3. C

omparison of infants w

ith Acute R

espiratory Infe

ction with or w

ithout wheezing on ph

ysical exam

ination at admission

*Results in n (%

)

†O

R adjusted for the other variables of the table a

nd also for age, as contin

uous variable.

Characte

ristics*

W

heezing

Multivariate A

nalysis†

Y

es (n=46

)

No (n=

235)

Ad

j OR

(95%C

I) p

History

Da

y care attend

ance

8 (17.4)

14 (6.0)

4.32 (1.44

-12.94) 0.009

Birds at hom

e

14 (30.4)

29 (12.3)

4.26 (1.81-9.9

9) 0.001

Report of w

heezing

30 (65.2)

94 (40.0)

2.63 (1.2

5-5.51) 0.010

Physical exam

ination

Tach

ypnea

18 (40.9)

60 (26.3)

2.37 (1.09-5.16) 0

.03

Eyes redness

17 (37.0)

52 (22.1)

3.17 (1.45-6.95

) 0.004

42

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VI. DISCUSSÃO

VI.1. Prevalência de sibilância e idade de início dos episódios

Chama atenção a precocidade com que as crianças estudadas apresentaram o

primeiro episódio de chiado, sobretudo as com quadro recorrente (média = 3,2 meses),

média de idade inferior às observadas por estudos realizados em cidades do sul e

sudeste do Brasil, apesar de realizados em serviços públicos destinados à população

mais carente (Dela Bianca et al, 2010; Lima et al, 2010; Chong Neto et al, 2011).

Estudo holandês documentou média de idade de início da sibilância inferior (1,7±3,0

meses) e observou forte associação entre exposição à umidade na casa e os episódios de

chiado (Visser et al, 2011). Por outro lado, um estudo sobre asma na infância realizado

na cidade de Salvador verificou não haver associação entre atopia e a maioria dos casos

de asma nesta população (Cunha et al, 2010), sugerindo associação entre os episódios

de chiado com IVAS e com doenças respiratórias do trato inferior (Garcia-Marcos et al,

2010).

Considerando-se todas as crianças avaliadas, verificou-se que 32,8% delas tiveram

o primeiro episódio de chiado no primeiro ano de vida, resultado similar ao observado

pelo Estudio Internacional de Sibilancias em Lactantes (EISL), ou seja, a prevalência

de sibilância identificada em crianças residentes em países em desenvolvimento é

superior em comparação aos desenvolvidos (Mallol et al, 2010; Visser et al, 2011;

Garcia-Marcos et al, 2010). Possivelmente fatores ambientais e ecológicos locais

possam ser os responsáveis por essas diferenças.

A prevalência de sibilância recorrente em crianças observada neste estudo (52,7%)

foi inferior à demonstrada em outros estudos realizados na região sudeste e sul do Brasil

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(Dela Bianca et al, 2010; Chong Neto et al, 2011). O mesmo ocorreu com relação à

prevalência de sibilância recorrente grave (Dela Bianca et al, 2010). A explicação para

tais diferenças é muito complexa e multifatorial e interações genéticas e ambientais,

distintas para cada localidade, capazes de modular as respostas das vias aéreas desde

muito cedo até a vida adulta foram cogitadas (Mallol et al, 2010).

A freqüência de chiado grave em crianças foi maior quanto mais precoce o início

dos episódios, tendo sido o diagnóstico médico de asma pouco frequente, à semelhança

do que fora observado em outras cidades do nordeste do Brasil (Mallol et al, 2010).

VI.2. Associação entre os episódios de chiado e IVAS

A concomitância entre episódios de chiado e IVAS foi elevada (82,2%) à

semelhança de outros estudos que apontam 85% como a freqüência de etiologia viral

nos episódios de chiado em lactentes (Jartti et al, 2008). Várias hipóteses tentam

explicar esta relação. A primeira delas seria que a infecção viral pode afetar o

desenvolvimento da resposta imunológica, ou, interferir no desenvolvimento pulmonar

normal e na regulação do tônus do trato respiratório. A segunda seria que o vírus

desencadearia a obstrução no trato respiratório em indivíduos que já apresentam

alterações na função primária ou estrutural nas vias aéreas ou susceptibilidade em

desenvolver uma resposta imunológica que predisponha a obstrução. A última sugestão

seria que a resposta a diferentes vírus depende da história genética, da exposição a

outros fatores ambientais e do nível de maturidade dos sistemas respiratório e

imunológico (Martinez, 2009).

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VI.3. Tratamentos mais utilizados nas crianças com chiado

O tratamento da sibilância aguda tem sido realizado com a inalação de

broncodilatadores beta2 agonistas e de corticosteroide por via oral durante um período

limitado de tempo (GINA, 2010). Desse modo, a alta freqüência de uso desses

medicamentos na nossa amostra de lactentes não nos surpreende (89,6% receberam

broncodilatadores e 46,3% corticosteroide oral) (Mallol et al, 2010; Dela Bianca et al,

2010). Os agentes beta 2 agonistas promovem alívio rápido dos sintomas, sobretudo a

obstrução bronquial (Jartti et al, 2007). Entretanto, dos corticosteroides por sua ação

anti-inflamatória potente, espera-se a reparação das seqüelas decorrentes da infecção

viral. Por outro lado, parcela muito pequena de pacientes recebeu os antagonistas de

receptores de leucotrienos no manejo de sua sibilância, à semelhança do relatado por

outros (Mallol et al, 2010). A não dispensação desse grupo de fármacos nos programas

de atenção primária, aliada ao custo elevado dos mesmos, talvez seja a explicação para

esse fato.

VI.4. Fatores ambientais associados a episódios de chiado

Dois fatores ambientais foram identificados como fatores de risco independentes

para sibilos no exame físico: frequentar creches e a presença de pássaros em casa. As

aves normalmente liberam partículas microscópicas das penas que contaminam o ar da

casa e que podem ser facilmente inaladas e depositadas nas vias aéreas, provocando um

episódio subseqüente de sibilância (Quirce et al, 2001). Embora este não seja um fator

de risco bem conhecido, a medida preventiva, nesse caso, é muito fácil, ou seja, colocar

as aves à distância.

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Frequentar creches tem sido um fator de risco já conhecido para infecção

respiratória aguda em vários estudos (Celédon et al, 2002), podendo influenciar o

desenvolvimento do sistema imunológico com a exposição ao microrganismo durante a

infância (Koopman et al, 2001). Quando as crianças são maiores de seis meses de idade,

surgem vários fatores que influenciam a susceptibilidade da criança à infecção, como a

degradação de anticorpos maternos, interrupção da amamentação, o contato com outras

crianças com mais freqüência quando o sistema imune adaptativo ainda é imaturo

(Linstow et al, 2008).

VI.5. Prevalência do primeiro episódio de chiado

A freqüência de chiado detectada no exame físico (16,4%) foi semelhante às

frequências relatadas na Holanda: 14,1% para crianças com idade entre o nascimento e

7 meses, 11,9% para aqueles com idade entre 7 e 12 meses e 7,1 % para aquelas com

idade entre 12 e 24 meses (Moommers et al, 2010). Foi notável a diferença entre a

freqüência de sibilos no exame físico (16,4%) e de chiado relatado pelas mães ou

responsáveis (44,1%). Embora o relato de chiado e sibilos no exame físico tenham sido

associados independentemente, curiosamente três quartos das crianças com o relato de

chiado não apresentaram sibilos no exame físico, do mesmo modo, um terço das

crianças com sibilos no exame físico não relataram chiado. Os sibilos podem não ter

sido reconhecidos pelos pais ou responsáveis legais, bem como o relato de chiado pode

ter sido reconhecido como outros sons de vias aéreas inferiores, como os roncos e as

crepitações que foram independentemente associados com o relato de chiado.

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VI.6. Fatores de proteção para relato de chiado

Foram observados fatores de proteção para o relato de chiado. A febre foi

associada ao relato de chiado, pois é um marcador geral de infecção (Moommers et al,

2010) e infecções respiratórias estão associadas com episódios de sibilância (Gern et al,

2005). Em nosso estudo, as mães das crianças com febre podem ter levado ao pronto

atendimento apenas por terem apresentado febre, antes mesmo do desenvolvimento de

chiado ou elas podem ter medicado as crianças com antipirético antes de ir ao hospital.

Como um estudo observacional realizado em um hospital pediátrico, os resultados

podem ter sido influenciados pelo comportamento dos pais em busca de assistência à

saúde.

A presença de irmãos mais velhos tem sido associado a episódios de chiado em

crianças menores de 2 anos (McKeever et al, 2001) e outra associação foi observada

para muitas pessoas em casa (Bueso et al, 2010). Ao contrário, o risco de diagnóstico de

asma antes dos 5 anos de idade diminui com um número crescente de irmãos,

possivelmente por aumentar a imunidade mediada por TH1 (Salam et al, 2004). Em um

estudo anterior na região subtropical do Brasil, mais pessoas em casa pareceu estar

associado com uma redução de 60% na incidência de asma, embora houvesse um

aumento de 2 vezes e meia na incidência de infecções respiratórias (Cardoso et al,

2004). Com base em nossos resultados, relato de 4 ou mais pessoas no quarto da criança

foi fator de proteção para relato de chiado, o que está de acordo com as duas últimas

investigações.

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VII. PERSPECTIVAS DE ESTUDO

Realização de estudo que busque a etiologia da infecção respiratória aguda,

observando o desenvolvimento de episódios de chiado.

Acompanhar a evolução da infecção respiratória para as principais

complicações, o uso de medicações, hospitalizações e os custos diretos e indiretos

da doença.

Acompanhar as crianças que apresentaram infecção respiratória aguda com ou

sem chiado para avaliar o início ou a recorrência dos episódios, fatores ambientais e

história de atopia relacionados.

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VIII. CONCLUSÕES

1. A sibilância é sinal que ocorre precocemente e com prevalência elevada no

município de Salvador, mas inferior à relatada por outros estudos

realizados em outras cidades brasileiras.

2. Porcentagem significativa desses pacientes é tratada com corticosteróide

sistêmico, possivelmente justificada pela gravidade dos episódios.

3. Frequentar creche e pássaros em casa foram fatores ambientais associados a

sibilos no exame físico em crianças de 6-23 meses, e medidas preventivas

podem ser tomadas a partir deles.

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IX. SUMMARY

WHEEZE: FIRST EPISODE, RECURRENCE, CLINICAL FEATURES,

TREATMENT AND ASSOCIATED FACTORS IN INFANTS. Introduction : Acute

respiratory infection is the most common disease among young children and is mainly

associated with viral infections. Usually the first episode of wheezing, especially those

related to recurrent forms, occurs in the first year of life associated with upper

respiratory tract infection. Objectives: To describe the frequency of episodes of

wheezing in the course of an acute respiratory infection in children aged between 6 and

23 months. Methods: Retrospective cohort and prospective cross-sectional study

including infants (6-23 months) with symptoms of upper respiratory tract infection with

or without reported previous episodes of wheezing who was assisted at the Centro

Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira. We extracted the frequencies of the

variables, with respective confidence intervals 95% (CI: 95%) and performed multiple

logistic regression for the independent variables to estimate the independent effects on

the presentation of the first episode of wheezing. Results: Of the 451 studied, 164

(36.4%) had previous episodes of wheezing (wheezers), nine (2%) came from another

hospital and three (0.7%) reported both. 281 (62.3%) children had never shown episode

of wheezing before or were presenting their first episode at the time of recruitment

(non-wheezer). Of wheezers, 148 (32.8%) presented the first episode in the first year of

life and the mean age was 5.3 ± 3.9 months. For those who began to wheeze in the first

year of life, 38.5% reported between 3-6 episodes and 14.2% > 6 episodes. The mean

age at first episode was lower for those who had > 3episodes compared to those who

had two episodes (3.2 ± 2.7 vs 5.7 ± 2.5 months, p <0.001). Of the 281 non-wheezers,

report of wheezing was 124 (44.1%) and wheezing on physical examination was 46

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(16.4%). Reported of dyspnea (OR: 2.24), report of thoracic recession (5.32), tachypnea

on physical examination (2.47), ronchis (2.11), wheezing (2.21), crackles (3.15) were

associated and four or more people in the child's bedroom (0.39), fever on physical

examination (0.36) and redness eyes (0.48) were protective for reporting of wheezing.

Day care attendance (4.32), birds at home (4.26), reported of wheezing (2.63),

tachypnea on physical examination (2.37) and redness eyes (3.17) were associated with

wheezing on physical examination. Conclusion: One third of wheezers infants had this

sign in the first year of life and the sooner the first episode occurs, more frequent

recurrence of wheezing. Environmental factors have been identified as risk factors for

wheezing on physical examination of non-wheezers infants.

Keywords: 1. Acute respiratory infection 2. Asthma 3. Wheezing 4. Wheezing infant

syndrome 5. Risk factor.

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XI. ANEXOS

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XI.1. ANEXO 1

6. Passado de chiado SIM

6.1. Seu bebê teve chiado no peito, ou bronquite, ou sibilância nos seus primeiros 12 meses de vida?

(1) Sim (2) Não

6.2. Quantos episódios de chiado no peito (bronquite ou sibilâncias) ele teve no primeiro ano de vida?

(1) Nenhum (2) Menos de 3 episódios (3) 3 a 6 episódios (4) mais de 6 episódios

6.3. Com que idade seu bebê teve o primeiro episódio de chiado no peito (1ª. Bronquite)? ______ meses

6.4. Seu bebê recebeu tratamento com medicamentos inalados para aliviar o chiado no peito (broncodilatadores)

por nebulizadores ou inaladores (bombinhas)? (Por exemplo: Salbutamol, Aerolin, Berotec, Bricanyl)

(1) Sim (2) Não (9) Não sei

6.5. Seu bebê recebeu tratamento com corticóides (cortisonas) inalados (bombinhas)? (Por exemplo: Symbicort,

Flixotide, Seretide, Clenil, Beclosol, Budesonida, Busonid, Pulmicort, Beclometasona, Fluticasona, etc.)

(1) Sim (2) Não (9) Não sei

6.6. Seu bebê recebeu tratamento com antileucotrienos (Singulair)?

(1) Sim (2) Não (9) Não sei

6.7. Seu bebê recebeu tratamento com corticóides orais (Predsim, Prelone, Decadron)?

(1) Sim (2) Não (9) Não sei

6.8. Nos últimos 12 meses, quantas vezes você acordou durante a noite devido à tosse, ou chiado no peito do seu

bebê?

(0) Nunca

(1) Raras vezes (menos de 1 vez ao mês)

(2) Algumas vezes (algumas semanas em alguns meses)

(3) Frequentemente (2 ou mais noites por semana, quase todos os meses)

6.9. Nos últimos 12 meses, o chiado no peito (sibilância) do seu bebê foi tão forte a ponto de ser necessário levá-lo

a um serviço de emergência (Hospital, Clínica ou Posto de Saúde)?

(1) Sim (2) Não

6.10. Nos últimos 12 meses, o chiado no peito (sibilâncias) do seu bebê foi tão intenso a ponto de você vê-lo com

muita dificuldade para respirar (com falta de ar)?

(1) Sim (2) Não

6.11. Seu bebê foi hospitalizado (internado em hospital) por bronquite?

(1) Sim (2) Não

6.12. Algum médico alguma vez lhe disse que seu bebê tem asma?

(1) Sim (2) Não

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XI.2. ANEXO 2

Ficha de Avaliação Pesquisa Clinica Inicial

Projeto de Pesquisa: Prevalência de chiado, infecção respiratória viral e desenvolvimento de chiado recorrente em lactentes

Sexo {CSEXO}: (1) Masculino (2) Feminino

No. do Prontuário{CPRONT}: _________________ Data Avaliação {CDATAV} _____/_____/_____

Nome (Iniciais) {CNOME}: ____________________________________________________________

Naturalidade {CNATUR}: _______________ Procedência{CPROC}: ________________________

Data Nascimento{CNASC}: ___ / ___ / ___ Idade(anos /meses) {CIDADE}:__ __ a/ __ m

Cor {CCOR}: __________________ Peso (g){CPESO}: __ __ __ __ __ (99999) NS/NR

Altura (cm) {CALTU} __ __ __ (999) NS/NR

Ocup. Mãe/Resp.{COCMAE}: ______________________________________

1. Doença Atual 1.1. Sim

Há quantos dias?

Não NS/NR

1.2. Febre {CFEBRE} 0 9

1.3. Tosse {CTOSSE} 1.4. 1.5. Se sim, {CTOSSET} (1) Seca (2) Cheia

0 9

2.3. Espirros {CESPIRR} 0 9

2.4. Coriza {CCORIZA} 0 9

2.5. Hialina {CHIALI}

Se sim, {CHIALIC} (1) Amarela (2) Verde

0 9

2.6. Rouquidão {CROUQ} 0 9

2.7. Otalgia {COTALG } 0 9

2.8. Secreção ouvido? {CSOUV} 0 9

2.9. Chiado ou Sibilância {CCHIAD} 0 9

2.10. Dispnéia {CDISP}

Se sim há quanto tempo? {CDISP} ________________

0 9

2.11. Tiragem {CTIRAG}

Se sim há quanto tempo? {CDISPT} _______________

0 9

2.12. Convulsão {CCONVU}

Se sim há quanto tempo? {CCONVUT} ____________

0 9

2.13. Cianose {CCIANO}

Se sim há quanto tempo? {CCIANOT} _____________

0 9

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2.14. Outros sinais / sintomas: {COUTR} 0 9

Qual? {CQUAL}

3. Antecedentes

3.1. Obstétricos e Neonatais

Sim Não NS/NR

3.1.1. Pré-Natal {CPRENAT} 1 2 9

3.1.2. Parto {CPARTO} (1) Natural (2) Cesário 9

3.1.3. Peso ao Nascer: ________________ {CPESNAT} (99) NS/NR

3.1.4. Doença ao nascer {CDONAT} 1 2 9

Qual? {CQDONAT} __________________________

3.1.5. Permaneceu internado após o nascimento? {CINTNAT} 1 2 9

Quantos dias ? {CTEMPINT} ___________________

3.1.6. Prematuridade {CPREMAT}

Caso sim, Idade gestacional: ___________

1 2 9

3.1.7. Desconforto respiratório precoce? {CDRSPNAT} 1 2 9

3.1.8. Uso de O2 {CUO2} 1 2 9

Quantos dias ? {CTEMPO2} ___________________

3.1.9. Halo {CHALONAT} 1 2 9

3.1.10. Respirador {CRESPNAT} 1 2 9

3.1.11. Mãe Fumante {CMAEFUMG} durante a gestação

1 2 9

3.1.12. Mãe Fumante {CMAEFUMA} atualmente

1 2 9

3.1.13. Mãe Usuária de drogas {CMAEDROG} 1 2 9

3.2. Fisiológicos

3.2.1. Andou com quantos meses? (meses) {CTEMPAND} 99

3.2.2. Sentou com quantos meses? (meses) {CTEMPSNT} 99

3.3. Contatos com IRA – Rede de contatos doentes

3.3.1. Quem acha que contaminou a criança {CCONTCRN}?

(0) Irmão Maior (1) Irmão do meio (2) Irmão Menor (3) Pai / Mãe (4) Outro (5) Colega creche (6) Indeterminado (7) Acha que foi em casa (8) Acha que foi na creche (9) NS/NR

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3.4. Alimentares

3.4.1. Foi amamentado? {CAMAMENT} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se não, por quê? {CNAMMOT}

3.4.2. Amamentação exclusiva? {CAMEXC} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, até quando? (meses) {CTAMEXC}

3.4.3. Amamentação mista? {CAMMIS} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, até quando? (meses) {CTAMMIS}

3.6 Antecedentes Familiares

3.6.1. Alergia de pele {CALPL} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, quem na família?

{CALPLFAM}

(0) Pai (1) Mãe (2) Irmãos (3) Primos

(4) Tios (5) Outros (9) NS/NR 3.6.2. Asma {CASMAF} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, quem na família?

{CASMAFAM}

(0) Pai (1) Mãe (2) Irmãos (3) Primos

(4) Tios (5) Outros (9) NS/NR 3.6.3. Rinite {CRINIF} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, quem na família?

{CRINIFAM}

(0) Pai (1) Mãe (2) Irmãos (3) Primos

(4) Tios (5) Outros (9) NS/NR 3.6.4. A mãe fez uso de vacina para Influenza

na gravidez?

{CINFVMAEG}

(1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.7. Patológicos Pessoais – Doenças Associadas

Doenças Respiratórias

Sim Não

3.7.1. Rinite {CRINI} 1 2 (9) NS/NR

3.7.2. Displasia Bronco-Pulmonar {CDBP} 1 2 (9) NS/NR

3.7.3. Outras {COTRSP} 1 2 (9) NS/NR

Se sim, quais? {COTRSPQ}

3.7.4. Asma {CASMA} 1 2 (9) NS/NR

3.7.5. Eczema {CECZ} 1 2 (9) NS/NR

3.7.6. Rinite {CRINI} 1 2 (9) NS/NR

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3.7.7. Refluxo Gastroesofágico {CREFL} 1 2 (9) NS/NR

3.7.8. Cardiopatia {CCARD} 1 2 (9) NS/NR

3.7.9. Neuropatia {CNEUR} 1 2 (9) NS/NR

3.7.10. Anemia Falciforme {CANEFA} 1 2 (9) NS/NR

3.7.11. Malformações {CMALFORM} 1 2 (9) NS/NR

3.7.12. Outras {COTPAT}

Qual: ________________________________

1 2 (9) NS/NR

3.7.13. Fez teste do pezinho? {CTESTPZ} 1 2 (9) NS/NR

3.8. Hábitos de Vida

3.8.1. Casa – número de habitantes {CCASAQ}: ___________

Nome Idade {CID1} {CID2} {CID3} {CID4} {CID5} {CID6} {CID7}

3.8.2. Cama compartilhada? {CCAMCOMP} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, com quem? {CCAMCOMPQ}

3.8.3. Há poeira em casa? {CPOEIRC} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.4. Há poeira no quarto? {CPOEIRQ} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.5. Há mofo em casa? {CMOFOC} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.6. Há mofo no quarto? {CMOFOQ} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.7. Há baratas em casa? {CBRT} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.8. Há fumantes em casa? {CFUMA} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, quem? {CFUMAQ}

Se sim, quanto cigarros por dia {CFUMANC}

3.8.9. Há poluição em casa? {CPOLUI}

Que tipo: _________________________

(1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.10. Há ventilação em casa? {CVENTILA} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.11. Freqüenta creche? {CCRECHE} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Se sim, há quanto tempo (meses)? {CCRECHEQ}

(9) NS/NR

Se sim, em que turno(s)? {CCRECHET} (0) Manhã (1) Tarde (2) Manhã e Tarde

(9) NS/NR

3.8.12. Número de habitantes no mesmo quarto? {CNHQ}

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Caso sim, quais as idades:

3.8.13. Tem cão em casa? {CCAO} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.14. Tem gato em casa? {CGATO} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.15. Tem galinha em casa? {CGALINHA} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.16. Tem passarinho em casa?

{CPASSARO}

(1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.17. Tem rato em casa? {CRATO} (1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.18. Tem inseto em casa {CINSET} Caso sim, qual:

(1) Sim (2) Não (9) NS/NR

3.8.19. Tem outro animal em casa? {COUTROAN} Caso sim, qual: ____________

(1) Sim (2) Não (9) NS/NR

Exame Clínico

4.1.FC {CFC} (bpm)

4.2. FR {CFR} (ipm)

4.3. TEC {CTEC} (s)

4.4. Temperatura Axilar {CTAXI} (oC)

4.5. Apresenta tosse? {CTOSSE} (1) Sim (2) Não

Se sim, qual a característica? {CTOSSEC} (0) Seca (1) Produtiva

4.6. Apresenta hiperemia nos olhos? {CHIPEREM} (1) Sim (2) Não

4.7. Apresenta edema nos olhos? {CEDEMOL} (1) Sim (2) Não

4.8. Apresenta rinorréia? {CRINORREIA} (1) Sim (2) Não

4.9. Apresenta prurido nasal? {CPRURIDO} (1) Sim (2) Não

4.10. Apresenta obstrução nasal? {COBSTNAS} (1) Sim (2) Não

4.11. Apresenta rouquidão? {CROUQUI} (1) Sim (2) Não

Aparelho Respiratório

4.12. Apresenta Tiragem? {CTIRAG} (1) Presente (2) Ausente

Se sim, qual? {CTIRAGQ} (1) Intercostal (2) Subdiafragmática

4.12. Apresenta Murmúrio Vesicular? {CMURMU}

(0) Normal (1) Aumentado (2) Diminuído

4.13. Apresenta crépitos no pulmão esquerdo? {CCREPEQ}

(1) Presentes (2) Ausentes

4.14. Apresenta crepitos no pulmão direito? {CCREPDR}

(1) Presentes (2) Ausentes

4.15. Apresenta sibilos no pulmão esquerdo? {CSIBEQ}

(1) Presentes (2) Ausentes

4.16. Apresenta sibilos no pulmão direito? {CSIBDR}

(1) Presentes (2) Ausentes

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4.17. Apresenta roncos no pulmão esquerdo? {CRONEQ}

(1) Presentes (2) Ausentes

4.18. Apresenta roncos no pulmão direito? {CRONDR}

(1) Presentes (2) Ausentes

4.19 Outros sinais {COTSIN}

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XI.3. ANEXO 3

Orientações Gerais

O original – incluindo tabelas, ilustrações e referências bibliográficas – deve estar em conformidade com os "Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas", publicado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (http://www.icmje.org). Cada seção deve ser iniciada em nova página, na seguinte ordem: página de rosto, resumo em português, resumo em inglês, texto, agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas (cada tabela completa, com título e notas de rodapé, em página separada), figuras (cada figura completa, com título e notas de rodapé, em página separada) e legendas das figuras.

A seguir, as principais orientações sobre cada seção:

Página de Rosto

A página de rosto deve conter todas as seguintes informações:

a) título do artigo, conciso e informativo, evitando termos supérfluos e abreviaturas; evitar também a indicação do local e da cidade onde o estudo foi realizado;

b) título abreviado (para constar na capa e topo das páginas), com máximo de 50 caracteres, contando os espaços;

c) nome de cada um dos autores (o primeiro nome e o último sobrenome devem obrigatoriamente ser informados por extenso; todos os demais nomes aparecem como iniciais);

d) titulação mais importante de cada autor;

e) endereço eletrônico de cada autor;

f) informar se cada um dos autores possui currículo cadastrado na plataforma Lattes do CNPq;

g) a contribuição específica de cada autor para o estudo;

h) declaração de conflito de interesse (escrever "nada a declarar" ou a revelação clara de quaisquer interesses econômicos ou de outra natureza que poderiam causar constrangimento se conhecidos depois da publicação do artigo);

i) definição de instituição ou serviço oficial ao qual o trabalho está vinculado para fins de registro no banco de dados do Index Medicus/MEDLINE;

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j) nome, endereço, telefone, fax e endereço eletrônico do autor responsável pela correspondência;

k) nome, endereço, telefone, fax e endereço eletrônico do autor responsável pelos contatos pré-publicação; l) fonte financiadora ou fornecedora de equipamento e

materiais, quando for o caso;

m) contagem total das palavras do texto, excluindo o resumo, agradecimentos, referências bibliográficas, tabelas e legendas das figuras;

n) contagem total das palavras do resumo;

o) número de tabelas e figuras.

Resumo

O resumo deve ter no máximo 250 palavras ou 1.400 caracteres, evitando o uso de abreviaturas. O resumo das comunicações breves deve ter no máximo 150 palavras. Não colocar no resumo palavras que identifiquem a instituição ou cidade onde foi feito o artigo, para facilitar a revisão cega. Todas as informações que aparecem no resumo devem aparecer também no artigo. O resumo deve ser estruturado, conforme descrito a seguir:

Resumo de Artigo Original

Objetivo: informar por que o estudo foi iniciado e quais foram as hipóteses iniciais, se houve alguma. Definir precisamente qual foi o objetivo principal e informar somente os objetivos secundários mais relevantes.

Métodos: informar sobre o delineamento do estudo (definir, se pertinente, se o estudo é randomizado, cego, prospectivo, etc.), o contexto ou local (definir, se pertinente, o nível de atendimento, se primário, secundário ou terciário, clínica privada, institucional, etc.), os pacientes ou participantes (definir critérios de seleção, número de casos no início e fim do estudo, etc.), as intervenções (descrever as características essenciais, incluindo métodos e duração) e os critérios de mensuração do desfecho.

Resultados: informar os principais dados, intervalos de confiança e significância estatística.

Conclusões: apresentar apenas aquelas apoiadas pelos dados do estudo e que contemplem os objetivos, bem como sua aplicação prática, dando ênfase igual a achados positivos e negativos que tenham méritos científicos similares.

Resumo de Artigo de Revisão

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Objetivo: informar por que a revisão da literatura foi feita, indicando se ela enfatiza algum fator em especial, como causa, prevenção, diagnóstico, tratamento ou prognóstico.

Fontes dos dados: descrever as fontes da pesquisa, definindo as bases de dados e os anos pesquisados. Informar sucintamente os critérios de seleção de artigos e os métodos de extração e avaliação da qualidade das informações.

Síntese dos dados: informar os principais resultados da pesquisa, sejam quantitativos ou qualitativos.

Conclusões: apresentar as conclusões e suas aplicações clínicas, limitando generalizações aos

Resumo de Comunicação Breve

Para observações experimentais, utilizar o modelo descrito para resumo de artigo original.

Para relatos de caso, utilizar o seguinte formato:

Objetivo: informar por que o caso merece ser publicado, com ênfase nas questões de raridade, ineditismo ou novas formas de diagnóstico e tratamento.

Descrição: apresentar sinteticamente as informações básicas do caso, com ênfase nas mesmas questões de ineditismo e inovação.

Comentários: conclusões sobre a importância do relato para a comunidade pediátrica e as perspectivas de aplicação prática das abordagens inovadoras.

Abaixo do resumo, fornecer de três a seis palavras-chave ou expressões-chave que auxiliarão a inclusão adequada do resumo nos bancos de dados bibliográficos. Empregar palavras ou expressões integrantes da lista de "Descritores em Ciências da Saúde", elaborada pela BIREME e disponível nas bibliotecas médicas ou na internet (http://decs.bvs.br). Se não houver descritores adequados na referida lista, usar termos novos.

Abreviaturas

Devem ser evitadas, pois prejudicam a leitura confortável do texto. Quando usadas, devem ser definidas ao serem mencionadas pela primeira vez. Jamais devem aparecer no título e nos resumos.

Texto

O texto dos artigos originais deve conter as seguintes seções, cada uma com seu respectivo subtítulo:

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a) Introdução: sucinta, citando apenas referências, estritamente pertinentes para mostrar a importância do tema e justificar o trabalho. Ao final da introdução, os objetivos do estudo devem ser claramente descritos.

b) Métodos: descrever a população estudada, a amostra e os critérios de seleção; definir claramente as variáveis e detalhar a análise estatística; incluir referências padronizadas sobre os métodos estatísticos e informação de eventuais programas de computação. Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem ser descritos com detalhes suficientes para permitir a reprodução do estudo. É obrigatória a inclusão de declaração de que todos os procedimentos tenham sido aprovados pelo comitê de ética em pesquisa da instituição a que se vinculam os autores ou, na falta deste, por um outro comitê de ética em pesquisa indicado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde .

c) Resultados: devem ser apresentados de maneira clara, objetiva e em sequência lógica. As informações contidas em tabelas ou figuras não devem ser repetidas no texto. Usar gráficos em vez de tabelas com um número muito grande de dados.

d) Discussão: deve interpretar os resultados e compará-los com os dados já descritos na literatura, enfatizando os aspectos novos e importantes do estudo. Discutir as implicações dos achados e suas limitações, bem como a necessidade de pesquisas adicionais. As conclusões devem ser apresentadas no final da discussão, levando em consideração os objetivos do trabalho. Relacionar as conclusões aos objetivos iniciais do estudo, evitando assertivas não apoiadas pelos achados e dando ênfase igual a achados positivos e negativos que tenham méritos científicos similares. Incluir recomendações, quando pertinentes.

O texto de artigos de revisão não obedece a um esquema rígido de seções. Sugere-se uma introdução breve, em que os autores explicam qual a importância da revisão para a prática pediátrica, à luz da literatura médica. Não é necessário descrever os métodos de seleção e extração dos dados, passando logo para a sua síntese, que, entretanto, deve apresentar todas as informações pertinentes em detalhe. A seção de conclusões deve correlacionar as ideias principais da revisão com as possíveis aplicações clínicas, limitando generalizações aos domínios da revisão.

O texto de relatos de caso deve conter as seguintes seções, cada uma com seu respectivo subtítulo:

a) Introdução: apresenta de modo sucinto o que se sabe a respeito da doença em questão e quais são as práticas de abordagem diagnóstica e terapêutica, por meio de uma breve, porém atual, revisão da literatura.

b) Descrição do(s) caso(s): o caso é apresentado com detalhes suficientes para o leitor compreender toda a evolução e seus fatores condicionantes. Quando o artigo tratar do relato de mais de um caso, sugere-se agrupar as informações em uma tabela, por uma questão de clareza e aproveitamento do espaço. Evitar incluir mais de duas figuras.

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c) Discussão: apresenta correlações do(s) caso(s) com outros descritos e a importância do relato para a comunidade pediátrica, bem como as perspectivas de aplicação prática das abordagens inovadoras.

Agradecimentos

Devem ser breves e objetivos, somente a pessoas ou instituições que contribuíram significativamente para o estudo, mas que não tenham preenchido os critérios de autoria. Integrantes da lista de agradecimento devem dar sua autorização por escrito para a divulgação de seus nomes, uma vez que os leitores podem supor seu endosso às conclusões do estudo.

Referencias Bibliográficas

As referências bibliográficas devem ser numeradas e ordenadas segundo a ordem de aparecimento no texto, no qual devem ser identificadas pelos algarismos arábicos respectivos sobrescritos. Para listar as referências, não utilize o recurso de notas de fim ou notas de rodapé do Word. As referências devem ser formatadas no estilo Vancouver, também conhecido como o estilo Uniform Requirements, que é baseado em um dos estilos do American National Standards Institute, adaptado pela U.S. National Library of Medicine (NLM) para suas bases de dados. Os autores devem consultar Citing Medicine, The NLM Style Guide for Authors, Editors, and Publishers (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed) para informações sobre os formatos recomendados para uma variedade de tipos de referências. Podem também consultar o site "sample references" (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html), que contém uma lista de exemplos extraídos ou baseados em Citing Medicine, para uso geral facilitado; essas amostras de referências são mantidas pela NLM.

Artigos aceitos para publicação, mas ainda não publicados, podem ser citados desde que indicando a revista e que estão "no prelo".

Observações não publicadas e comunicações pessoais não podem ser citadas como referências; se for imprescindível a inclusão de informações dessa natureza no artigo, elas devem ser seguidas pela observação "observação não publicada" ou "comunicação pessoal" entre parênteses no corpo do artigo.

Os títulos dos periódicos devem ser abreviados conforme recomenda o Index Medicus; uma lista com suas respectivas abreviaturas pode ser obtida através da publicação da NLM "List of Serials Indexed for Online Users", disponível no endereço http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lsiou.html. Para informações mais detalhadas, consulte os "Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas". Este documento está disponível em http://www.icmje.org/.

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Tabelas

Cada tabela deve ser apresentada em folha separada, numerada na ordem de aparecimento no texto, e conter um título sucinto, porém explicativo. Todas as explicações devem ser apresentadas em notas de rodapé e não no título, identificadas pelos seguintes símbolos, nesta sequência: *,†, ‡, §, ||,¶,**,††,‡‡. Não sublinhar ou desenhar linhas dentro das tabelas, não usar espaços para separar colunas. Não usar espaço em qualquer lado do símbolo ±.

Figuras (fotografias, desenhos, gráficos)

Todas as figuras devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto. Todas as explicações devem ser apresentadas nas legendas, inclusive acerca das abreviaturas utilizadas na tabela. Figuras reproduzidas de outras fontes já publicadas devem indicar esta condição na legenda, assim como devem ser acompanhadas por uma carta de permissão do detentor dos direitos. Fotos não devem permitir a identificação do paciente; tarjas cobrindo os olhos podem não constituir proteção adequada. Caso exista a possibilidade de identificação, é obrigatória a inclusão de documento escrito fornecendo consentimento livre e esclarecido para a publicação. Microfotografias devem apresentar escalas internas e setas que contrastem com o fundo.

As ilustrações são aceitas em cores para publicação no site. Contudo, todas as figuras serão vertidas para o preto-e-branco na versão impressa. Caso os autores julguem essencial que uma determinada imagem seja colorida mesmo na versão impressa, solicita-se um contato especial com os editores. Imagens geradas em computador, como gráficos, devem ser anexadas sob a forma de arquivos nos formatos .jpg, .gif ou .tif, com resolução mínima de 300 dpi, para possibilitar uma impressão nítida; na versão eletrônica, a resolução será ajustada para 72 dpi. Gráficos devem ser apresentados somente em duas dimensões, em qualquer circunstância. Desenhos, fotografias ou quaisquer ilustrações que tenham sido digitalizadas por escaneamento podem não apresentar grau de resolução adequado para a versão impressa da revista; assim, é preferível que sejam enviadas em versão impressa original (qualidade profissional, a nanquim ou impressora com resolução gráfica superior a 300 dpi). Nesses casos, no verso de cada figura dev e ser colada uma etiqueta com o seu número, o nome do primeiro autor e uma seta indicando o lado para cima.

Legendas das Figuras

Devem ser apresentadas em página própria, devidamente identificadas com os respectivos números.

Lista de Verificação

Como parte do processo de submissão, os autores são solicitados a indicar sua concordância com todos os itens abaixo; a submissão pode ser devolvida aos autores que não aderirem a estas diretrizes.

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1. Todos os autores concordam plenamente com a Nota de Copyright.

2. O arquivo de submissão foi salvo como um documento do Microsoft Word.

3. A página de rosto contém todas as informações requeridas, conforme especificado nas diretrizes aos autores.

4. O resumo e as palavras-chave estão na língua de submissão (inglês ou português), seguindo a página de rosto.

5. O texto é todo apresentado em espaço duplo, utiliza fonte tamanho 12 e itálico em vez de sublinhado para indicar ênfase (exceto em endereços da internet). Todas as tabelas, figuras e legendas estão numeradas na ordem em que aparecem no texto e foram colocadas cada uma em página separada, seguindo as referências, no fim do arquivo.

6. O texto segue as exigências de estilo e bibliografia descritas nas normas de publicação.

7. As referências estão apresentadas no chamado estilo de Vancouver e numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no texto. 8. Informações acerca da

aprovação do estudo por um conselho de ética em pesquisa são claramente apresentadas no texto, na seção de métodos.

9. Todos os endereços da internet apresentados no texto (p.ex., http://www.sbp.com.br) estão ativos e prontos para serem clicados.

10. Na submissão de um original que vá ser submetido a revisão por pares, os nomes e afiliações dos autores devem ser removidos do arquivo principal. Nas referências, os nomes dos autores, títulos de artigos e outras informações devem ser substituídos simplesmente por "Autor," de modo a assegurar um processo de revisão cega.

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XI.4. ANEXO 4

08-Feb-2012 Prezada Dra. Bouzas: Informamos que seu artigo ID JPED-2011-0260.R1 intitulado "Frequência de chiado, características clínicas e tratamento em lactentes", submetido ao Jornal de Pediatria, foi aceito para publicação. No entanto, ainda faltam alguns ajustes no original (arquivo em anexo), indicados em amarelo. Para revisar seu artigo, acesse http://mc.manuscriptcentral.com/jpediatr e entre em Author Center, onde você encontrará o artigo em "Manuscripts with Decisions". Em "Actions", clique em "Create a Revision". A partir desse momento, o número do artigo indicará que se trata de uma revisão. Se você preferir, é possível clicar no link abaixo para começar o processo de revisão (ou continuar o processo que já tenha sido iniciado). Ao clicar no link abaixo, não será necessário fazer login no site do ScholarOne Manuscripts. http://mc.manuscriptcentral.com/jpediatr?URL_MASK=jbsM2b9fG7wTwr8bxt7m Não será possível revisar a versão original do artigo diretamente no site. Por isso, revise essa versão com um programa de edição de texto e salve em seu computador. Por favor, realce as mudanças realizadas no artigo com outra cor de fonte ou destaque. Quando o artigo revisado estiver pronto, transfira o arquivo pela guia "Author Center" no menu principal. Ao submeter seu artigo, você poderá responder aos comentários do(s) revisor(es) no espaço adequado. Você também pode usar esse espaço para indicar as mudanças feitas no artigo original. IMPORTANTE: Seus arquivos originais serão disponibilizados para você quando fizer a transferência de seu artigo revisado. O artigo revisado deve ser enviado até duas semanas. Se não for possível submeter sua revisão até esse prazo, entre em contato conosco. Segue anexada a carta de submissão, que deve ser assinada por todos os autores e enviada via correio para: Jornal de Pediatria, Av. Carlos Gomes, 328/305 - Bairro: Auxiliadora - CEP: 90480-000 - Porto Alegre, RS - Brasil. Agradecemos a submissão de seu artigo ao Jornal de Pediatria e aguardamos sua revisão. Atenciosamente, Cristine Henderson Severo Assistente Editorial Jornal de Pediatria

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XI.5. ANEXO 5

Author Guideline - Pediatric Allergy and Immunology

All manuscripts should be submitted via the PAI website:

http://mc.manuscriptcentral.com/pai

Complete instructions for preparing and submitting manuscripts online are provided at the submission site.

Authors submitting a paper do so on the understanding that the work has not been published before, is not being considered for publication elsewhere and has been read and approved by all authors. It is expected that all studies will have received appropriate Ethics Committee approval. The vested interests of authors (such as company affiliations or funding relevant to the study) must be declared. When the manuscript has been accepted for publication the corresponding author should sign on behalf of co-authors and return a Copyright Transfer Agreement form (CTA) to the Production Editor: Peter John, Production Editor, Pediatric Allergy & Immunology, Wiley-Blackwell Ltd, Wiley Services Singapore Pte Ltd, 600 North Bridge Road, 05-01 Parkview Square, Singapore (188778). The initial submission must be accompanied by a letter approved by all authors, indicating that each has contributed significantly to the work and has approved the final manuscript.

The work shall not be published elsewhere in any language without the written consent of the publisher. The articles published in this journal are protected by copyright, which covers translation rights and the exclusive right to reproduce and distribute all of the articles printed in the journal. No material published in the journal may be stored on microfilm or videocassettes or in electronic databases and the like or reproduced photographically without the prior written permission of the publisher.

John Wiley & Sons, Inc. offers authors the option of making their article available to non-subscribers in a selection of journals on Wiley Online Library. The prepaid charge for this service is $3,000, payable only in US Dollars. Authors who have had an article accepted after July 2006, and who wish to exercise this option should complete and submit this form. For additional information on Wiley's OnlineOpen service, please contact us.

PAI employs a plagiarism detection system. By submitting your manuscript to this journal you accept that your manuscript may be screened for plagiarism against previously published works.

After submission of a manuscript please address all queries concerning the status of the manuscript to the editorial office.

As the journal follows the Vancouver system for biomedical manuscripts, the author is referred to the publication of the International Committee of Medical Journal Editors: Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals. BMJ 1991;302: 338-41.

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Title page - The title page should contain the following information in the order given: 1) full title of manuscript; 2) authors' full names; 3) authors' institutional affiliations including city and country; 4) a running title, not exceeding 40 letters and spaces; 5) the name, address and e-mail address of the author responsible for correspondence about the manuscript.

Abstract page - A separate abstract page should contain the following: 1) authors' surnames and initials; 2) title of manuscript; 3) title of journal abbreviated as in reference list; 4) the word Abstract followed by a summary of the complete manuscript; 5) key words according to Index Medicus; 6) name and address of the author to whom requests for offprints should be sent.

Short reports - which have important implications for Pediatric Allergy and Immunology will be considered. In general they should have no more than 1500 words, 10 references and 2 figures/tables. We will no longer be accepting individual case reports. In any situations where details of individual cases are being included in a paper, it is imperative that the authors abide by the World Medical Association Declaration of Helsinki (http://www.wma.net/e/policy/b3.htm) in relation to patient confidentiality and consent for publication. This normally requires the signed consent of the patient and/or parents, depending on the circumstances.

References - Number references consecutively in the order in which they are first mentioned in the text. List all authors when six or less; when seven or more, list first three and add et al. Identify references in text, tables, and legends by Arabic numerals (in parentheses). References (with the exception of review articles) must not exceed 30 in number. Use the style of the examples below which are based on the format used by US National Library of Medicine in Index Medicus. For abbreviations of journals, consult the List of Journals Indexed printed annually in the January issue of Index Medicus.

Avoid using abstracts of articles as references. Unpublished observations, personal communications, and unaccepted papers may not be used as references, although references to written, not verbal, communications may be inserted (in parentheses) in the text. Examples of correct forms of references are given below:

Journals. Chiba Y, Minagawa T, Mito K, et al. Effect of breast feeding on responses of systemic interferon and virus-specific lymphocyte transformation in infants with respiratory syncytial virus infection. J Med Virol 1987: 21: 7-14.

Books and monographs. Stiehm ER, Fulginiti VA. Immunologic disorders in infants and children. Philadelphia: WB Saunders 1973.

Chapter in book. Holt PG, Turner KJ. Regulation of IgE synthesis in man and experimental animals. In: Lessof MH, Lee TH, Kemeny DM, eds. Allergy, an international textbook. New York: John Wiley 1987: 69-87.

References in Articles

We recommend the use of a tool such as EndNote or Reference Manager for reference management and formatting.

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EndNote reference styles can be searched for here:

http://www.endnote.com/support/enstyles.asp

Reference Manager reference styles can be searched for here:

http://www.refman.com/support/rmstyles.asp

Illustrations - All graphs, drawings and photographs are considered figures and should be numbered in sequence with Arabic numerals and abbreviated Fig(s). Each figure should have a legend and all legends should be typed on a separate sheet and numbered correspondingly. Letters on figures should be in capitals. Figures should be planned to fit the proportions of the printed page. Authors should refer to Presenting graphical information, PAI 1999: 10: 4-13 for details on graphical presentation. It is the policy of the journal for authors to pay for the full cost for the reproduction of their colour artwork. Therefore, please note that if there is colour artwork in your manuscript when it is accepted for publication, you are required to complete and return a Colour Work Agreement form before your paper can be published. This form can be downloaded online at http://www.blackwellpublishing.com/pdf/SN_Sub2000_X_CoW.pdf. Once completed, please return the form to the Production Editor at the following address: Wiley-Blackwell Services Singapore Pte Ltd, 600 North Bridge Road, #05-01, Parkview Square, Singapore 188778 (email: [email protected] ; fax: +65 6511 8288). Any article received by Blackwell Publishing with colour work will not be published until the form has been returned.

Tables - should only be used to clarify important points. Double documentation is not acceptable. Tables should be numbered consecutively with Arabic numerals. Each table should be typed on a separate sheet, with due regard for the proportions of the printed page.

Supporting Information

Pediatric Allergy and Immunology gives authors the opportunity to include data that would be inappropriate or impractical to include in the printed version. These data may substantially enhance the importance of the research and may also be of benefit to readers. Authors are encouraged to include data such as videos, 3-D structures/images and any other supporting data too large for print publication. All supporting information must be submitted as 'supplementary files for review' with the original manuscript via ScholarOne Manuscripts. 'Supporting Information' will be made available alongside the online version (only) of the published article. Please note that supporting information will not be copy-edited or typeset, but will be made available online in the exact form in which it is received and approved. Supporting information guidelines including acceptable file formats and sizes are available here.

Statistics - Authors are referred to The presentation of statistics, PAI 1998: 9: 108-115 for the reporting of statistical methods and abbrevations.

Abbreviations, symbols and nomenclature - Consult the following sources for additional abbreviations: Council of Biology Editors Style Manual, 5th ed., Council of Biology

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Editors Inc., Bethesda, MD, 1983 and ASM Style Manual for Journals and Books, Washington, DC, 1985.

Letters to the Editor - These are reserved for comments on articles recently published in the journal and are not edited except for necessary language correction. They should not exceed 600 words.

Author Services

Online production tracking is now available for your article through Blackwell's Author Services.

Author Services enables authors to track their article - once it has been accepted - through the production process to online and print publication. Authors can check the status of their articles online and choose to receive automated e-mails at key stages of production so they don't need to contact the production editor to check on progress. Visit http://authorservices.wiley.com/bauthor/ for more details on online production tracking and for a wealth of resources including FAQs and tips on article preparation, submission and more.

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XI.6. ANEXO 6

2012/1/23 <[email protected]>

Dear Ms. Bouzas,

Thank you very much for submitting your manuscript entitled First episode of wheeze:

frequency and associated factors among infants in a tropical region by Bouzas, Maiara

Lanna; Cardoso, Maria-Regina; Solé, Dirceu; Barral, Aldina; Nascimento-Carvalho,

Cristiana M.. The manuscript tracking number will be PAI-12-O-0023. Please use this

number in all further correspondence concerning the manuscript. You will be able to

follow the progress of the manuscript via this site.

IMPORTANT INFORMATION

We want to inform you that if there have been previous reviews or revisions of this

manuscript you may upload these as well. This could allow an accelerated processing of

your manuscript and a much faster decision. Please make sure to provide a point-by-

point reply to the reviewers’ comments and a description of the differences between the

originally submitted manuscript and the present version submitted to PAI. If this is the

first time this manuscript has been submitted to a journal, please disregard this

information.

Kindest regards

Doris Kollmann

Editorial Office

Pediatric Allergy and Immunology