universidade estadual de feira de santana … · nosso projeto pedagógico focou a produção...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Autorizada pelo Decreto Federal nº 77.496, de 27/04/76 Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19/12/86 Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 9271, de de14/12/2004 Departamento de Educação – DEDU Professor Francisco Fábio Pinheiro Vasconcelos RELATÓRIO DE ESTÁGIO ORIENTADO DA LÍNGUA PORTUGUESA João Bosco da Silva [email protected] Feira de Santana 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Autorizada pelo Decreto Federal nº 77.496, de 27/04/76 Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19/12/86

Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 9271, de de14/12/2004 Departamento de Educação – DEDU

Professor Francisco Fábio Pinheiro Vasconcelos

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ORIENTADO DA LÍNGUA PORTUGUESA

João Bosco da Silva

[email protected]

Feira de Santana 2010

JOÃO BOSCO DA SILVA ([email protected])

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ORIENTADO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Entrada do Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho

Relatório apresentado à Universidade Estadual de Feira de Santana, de encerramento do estágio supervisionado, como requisito para da disciplina Edu 227 – Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa, do Curso de Licenciatura em Letras com a Língua Inglesa. Área de concentração: Educação Orientador: Prof. Francisco Fábio de Vasconcelos

Feira de Santana 2010

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 5

3. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO......................................................... 6

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO .......... 7

4.1 TEMA ............................................................................................................ 7 4.2 TÍTULO DO PROJETO PEDAGÓGICO ..................................................... 7 4.3 PÚBLICO-ALVO .......................................................................................... 7 4.4 LOCAL DO ESTÁGIO ................................................................................. 7 4.5 PLANEJAMENTO ........................................................................................ 7 4.6 FASES DO ESTÁGIO ................................................................................... 7 4.6.1 REGÊNCIA .......................................................................................... 7 4.7 FERRAMENTAS UTILIZADAS .................................................................. 8 4.8 DIFICULDADES ENCONTRADAS ............................................................ 9

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 11 5.1 DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO NO ESTÁGIO ............................................. 11 5.2 DINÂMICA DAS AULAS ............................................................................ 11 5.3 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO ....................................................................... 12

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 15

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1 INTRODUÇÃO Com a finalidade de apresentar as etapas e as conclusões do estágio

supervisionado de regência da Língua Portuguesa em sala de aula, do curso de Licenciatura em Letras com a Língua Inglesa, da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS faz-se necessária a apresentação deste relatório com o registro da prática de experiências vividas, utilizando vários fundamentos absorvidos durante os períodos de estudo dos princípios teóricos (vide as referências bibliográficas) para ser trabalhado para enriquecer a formação acadêmica.

As atividades de Estágio estão regulamentadas na seguinte legislação: • Lei 6.494, de 7/12/1977 (dispõe sobre estágio para nível superior,

profissionalizante e supletivo);

• Decreto 87.497 de 18/08/1982 – regulamentada a lei 6.494;

• Decreto 2.080, de 26/11/1996 – modifica o Art. 8º do decreto 87.497;

• Lei 9.394/1996, de 20/12/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (ambas encontram-se anexas no regulamento do Estágio);

• Resolução CNE/CP 01 e 02/2002 do Conselho Nacional de Educação (Institui

a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de

professores da Educação Básica em nível superior)

O estágio orientado proporciona uma ótima oportunidade para aplicar, na prática,

os conhecimentos teóricos adquiridos na graduação, ao tempo em que fazemos parte do processo de ensino-aprendizado do estabelecimento de ensino escolhido, passando e dividindo com alunos e professores as informações importantes de diversos campos do conhecimento.

Nosso Projeto pedagógico focou a produção textual, oferecendo aos alunos os

conteúdos didáticos necessários ao seu desenvolvimento, com acréscimo de orientações gramaticais, leitura de textos para o aumento do vocabulário e melhoria das noções de análise sintática no percurso das aulas.

A clientela do Colégio é formada, basicamente de jovens e adolescentes de baixa

renda, residente nos bairros Feira IV, Rua Nova e Jd.Cruzeiro em Feira de Santana, e o material escolar é o fornecido pelo Estado, previamente definido (imposto) pelo Ministério da Educação, cujos textos abordam temas muitas vezes distantes do contexto social de pobreza dos alunos, dificultando o seu entendimento e diminuindo a sua atenção, além de privá-los da possibilidade de análises críticas de assuntos às vezes desconhecidos e quase todos.

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2 JUSTIFICATIVA O Estágio Supervisionado é a prática do aprendizado acadêmico fora dos limites

da Universidade, onde o discente graduando irá desenvolver seus conhecimentos junto às instituições públicas e privadas, conciliando a teoria com a prática, contribuindo para um melhor desenvolvimento, propondo até melhorias, se for o caso, para as instituições. É um momento excepcional para que o acadêmico consolide os seus estudos, tentando superar entraves que somente a prática do dia-a-dia pode oferecer, numa constante troca de experiências.

Porque participamos do estágio? Porque é obrigatório na nossa grade curricular e

também uma ótima oportunidade de crescimento profissional, sendo possível observar e aplicar o que aprendemos nas disciplinas estudadas na Universidade, bem como confrontá-los com a prática pedagógica propriamente dita, buscando firmar um significado na regência em sala de aula.

Contemplamos, além do processo em sala de aula, o ambiente escolar e a prática

pedagógica sustentada em fundamentos que pesquisamos para realizar o estágio. Inicialmente começamos fazendo as observações das aulas e depois ajudamos a professora em algumas co-participações. Somente após adquirirmos confiança, passamos a fazer a regência individual.

Segundo Andrade (2005), as funções do estágio são: • Oferecer aos alunos situações de assumirem-se como sujeitos ativos do processo

de ensino-aprendizagem; • Preparar os alunos para o trabalho, utilizando métodos modernos de avaliação de modelos de gestão; • Constituir-se em chance para aplicação dos conhecimentos e habilidades

relacionados à sua área de atuação, como futuro profissional. O professor orientador poderá usar dessa experiência e boas ferramentas,

planejando novas ações pedagógicas, a fim de melhorar práticas e superar possíveis problemas no ambiente educacional. Andrade (2005) revela que tendo a Teoria como Referência e a Prática como ferramenta, o professor deve vivenciar a realidade o real que se apresenta diferente a cada dia e acrescenta ainda que

não é suficiente, para ser professor, saber os conteúdos dos manuais e dos tratados; conhecer as teorias da aprendizagem; as técnicas de manejo de classe e de avaliação; saber de cor a cronologia dos acontecimentos educativos; nomear as diversas pedagogias da história. (ANDRADE, 2005, p. 1)

Tive a sorte e o prazer de ser acompanhado pela atenção e orientação, tanto do

Prof. Francisco Fábio (da UEFS1), quanto da Profª Gildásia Britto (CEJBC2), que sempre se colocaram à disposição para orientar e atender as nossas demandas de dificuldades.

Desenvolvemos atividades de ensino para a produção de textos, a partir de

literaturas e de outros textos extraídos de revistas, jornais e internet, sobre temas ligados a eventos da natureza.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana. 2 Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho.

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A carga horária utilizada foi de 22 horas em sala de aula no período de abril a julho/2010, conforme o relatório de atividades detalhado em anexo, afora o tempo de preparação dos Planos de aulas, seleção de textos, produção e escolha dos vídeos e das produções das cópias do material para os estudantes.

A regência faz parte do meu Projeto Pedagógico aprovado no 7º semestre da Universidade Estadual de Feira de Santana, que tem como tema: “A ira da natureza produz efeitos e o homem transforma em textos”.

É também uma forma de agradecer à comunidade, devolvendo em serviço voluntário o nosso trabalho, pela graduação conseguida numa Universidade pública brasileira, que a cada dia passa por mais dificuldades, por falta de atenção e prioridade dos governos.

3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Estágio Supervisionado foi realizado numa turma de 2º ano do segundo grau

(ensino médio) do Colégio João Barbosa de Carvalho, situado à rua Farmacêutico José Alves, nº 484. Tanque da Nação - CEP. 44015730, de responsabilidade do Governo do Estado da Bahia.

A Diretora que nos autorizou e acompanhou o estágio foi a Professora Flora

Santos Nogueira. A nossa orientadora de sala de aula foi a Professora Gildásia Sodré de Britto.

O Colégio foi criado em 1965 como “Grupo Escolar João Barbosa de Carvalho”

(Municipal) e em 1996 passou a ser “Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho”. O quadro de alunos, por turno, é composto da seguinte forma:

Turnos:

Horários por turno

Matutino 7h20 às 11h40

Vespertino 13h10 às 17h40

Noturno 19h às 22h20

Séries e quant. de alunos por turno:

5ª 295 8ª 260 5ª e 6ª 220

6ª 402 1º 392 7ª e 8ª 260

7ª 315 2º 160 1º e 2º 298

- - 3º 90 - -

TOTAIS 1012 902 778

Portanto são 2.692 alunos divididos nos seguintes turnos: Matutino: de 7h20 às 11h40; Vespertino: de 13h10 às 17h40 e Noturno: de 19h às 22h20.

O quadro administrativo do colégio é composto da seguinte forma:

Recursos humanos:

Quantidade e cargo do pessoal técnico-administrativo e docente

Quant. Função/cargo/atividade

58 Professores

8 Funcionários administrativos

10 Funcionários de apoio

TOTAL ....... 76

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Na secretaria do colégio existe uma sala para reunião ou descanso dos professores,

e outra sala para conversa reservada da direção com os pais e/ou alunos. Há um controle de portaria, para evitar que estudantes fiquem entrando e saindo durante o período das aulas. É exigida a farda como vestimenta padrão, diferenciando dentro ou fora do colégio os alunos, a fim de controlar o comportamento e presença em turno de aula. O colégio oferece merenda escolar, um laboratório de informática e uma biblioteca. 4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 4.1 TEMA:

O tema do nosso projeto pedagógico é Produção de textos (redação) e Gramática. 4.2 TÍTULO DO PROJETO PEDAGÓGICO:

“A ira da natureza produz seus efeitos e os homens transformam em textos”. 4.3 PÚBLICO-ALVO:

Estudantes do 2º ano do ensino médio (previsão de 22 horas/aulas). 4.4 LOCAL DO ESTÁGIO:

Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho – Em Feira de Santana – Bahia.

4.5 PLANEJAMENTO O meu Projeto Pedagógico foi construído durante o ano de 2009 na disciplina

Metodologia de Ensino do Português, para aplicação no 2º ano de segundo grau, com o planejamento, objetivos e metodologias dirigidas para a execução em aulas de produção textual na língua portuguesa. No planejamento foi possível fazer algumas reflexões sobre a prática educativa atual e prováveis ações didáticas e motivadoras para evitar a evasão escolar e dificuldades de elaboração de redação e falta de gosto pela leitura ainda no 2º ano do segundo grau.

Após a aprovação do meu projeto, apresentamos aos professores orientadores do

estágio e ao Colégio Estadual João Barbosa de Carvalho, em Feira de Santana, Estado da Bahia, aonde iria ser aplicado a partir do mês de abril/2010 no.

4.6 FASES DO ESTÁGIO

Ao me apresentar no Colégio, entreguei a carta de apresentação e fui

acompanhado pela Diretora, a Professora Flora, que me encaminhou para ser orientado pela Professora Gildásia, na disciplina Produção de texto, gramática e redação. Quase tudo o que acontece na observação foi novidade, principalmente para estagiários que ainda não possuíam experiência docente em sala de aula de português. Foram momentos enriquecedores de conhecimentos do perfil dos atuais estudantes dos cursos regulamentares de colégio público, num período no qual apresentam instabilidade emocional por falta de segurança e inquietação em relação ao novo, sofrendo ainda pela falta de perspectiva.

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Em sala, a professora-regente se mostrou muito preparada, dispondo apenas dos recursos didáticos mínimos oferecidos pelo colégio, passando textos ou ditando palavras na construção de parágrafos, tentando fazer interações para aumentar o interesse dos alunos.

Após essa fase se observação, fomos instados a iniciar a regência. 4.6.1 REGÊNCIA

Ao sentir-me encorajado, passei a fazer regência, sofrendo inicialmente com a

desconfiança normal dos alunos, utilizando os meus 28 anos de docência em cursos preparatórios para vestibular e concursos públicos, empreendendo a dialética prevista no projeto pedagógico. Houve prazerosa troca de conhecimentos, amizade e confiança entre os atores do processo (professores, alunos e direção do colégio), facilitando os meios que pudessem melhorar a compreensão dos assuntos abordados. Com o decorrer das aulas começamos a observar um retorno satisfatório, nas manifestações verbais, nas participações e nos gestos de aceitação das notas que atribuímos à cada tarefa, sempre contando com o apoio decisivo da professora Gildásia, construindo aulas diferenciadas sobre os fenômenos naturais (foi providencial, pois não é um assunto de pauta da disciplina Geografia, mas desperta

interesse e curiosidade, pois todos sobrem de algum modo com algum tipo desses eventos), expressando a sua opinião e preocupação com as causas e efeitos dos danos que o homem vem causando à natureza.

No primeiro dia da regência fizemos uma simples dinâmica de socialização

(Chocolate da amizade – vide roteiro nos anexos), para mostrar que as atividades seriam compartilhadas em trabalhos de grupos ou duplas, ao tempo em que serviu também para conhecer um pouco de cada um, ao tempo em que explicamos a didática que seria aplicada.

Nas aulas seguintes empreendemos as demais ações definidas nos Planos de aula,

incentivando a produção textual, ao tempo em que alertando sobre as regras gramaticais, utilizando algumas ferramentas pedagógicas conhecidas durante a graduação.

4.7 FERRAMENTAS UTILIZADAS:

No início apresentamos a temática metodológica da aula, a partir do contexto

definido no andamento da disciplina escolar regular, informando que seriam utilizados alguns textos previstos no meu projeto pedagógico.

Em seguida a exibimos vídeos (tendo como temática os fenômenos naturais) na

TV pen-drive. Nessas aulas esses vídeos de fenômenos naturais foram básicos e fundamentais, para que pudéssemos contextualizar o que se queria de análise crítica e entendimento do conteúdo implícito e explícito nas imagens apresentadas.

Como previsto no projeto pedagógico, sempre ao terminar de passar o vídeo,

entregávamos um texto sobre o tema com um questionário, onde colocávamos a exigência de produção de pequenos textos acerca do que foi captado na mensagem e nas imagens, a fim de cobrar o aprendizado e facilitar o entendimento.

Sempre ao iniciar uma aula seguinte, fizemos revisão da aula anterior, utilizando

os textos e o quadro branco, com pincel. Um exemplo de texto foi o seguinte:

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TERREMOTO (ou Sismo)

Leia atentamente o texto abaixo e discuta com o (a) colega.

1. Terremoto (sismo): é um fenômeno que acontece devido à vibração que ocorre no núcleo do planeta Terra. As ondas de força provocadas por tal movimentação são transmitidas às outras camadas componentes da massa do planeta até atingir a superfície na forma de tremores.

5.

Existe cerca de 3 milhões de terremotos por ano ou 8.000 por dia. Como o núcleo terrestre é imerso em altas temperaturas e está sempre em movimentação, os terremotos são as liberações de energia que se iniciam no núcleo do planeta e chegam até as chamadas “Placas tectônicas“, que constituem a litosfera terrestre, ou seja, a “casca” do nosso planeta, onde estão localizados os continentes na terra.

10.

A grande maioria dos sismos é de intensidade mínima e dificilmente notada pelo observador casual. As falhas são os deslocamentos de blocos de rochas, empurrados uns sobre os outros, chamadas de Normal, Geológica, Reversa e de Cavalgamento. Certas regiões da Terra possuem maior propensão que outras a sofrer terremotos de grande intensidade. Isto se explica por tais regiões estarem exatamente em cima de alguma das placas tectônicas, que ficam localizadas no núcleo terrestre, em constante movimento e chocando-se, ocorrendo o sismo.

15. Até hoje o terremoto de maior intensidade já registrado foi o de Valdivia, no Chile, em 1960, de 9.6 graus na Escala Richter (que mede a magnitude dos terremotos). O sismógrafo é o equipamento que registra o grau desses abalos.

20.

A falta de infraestrutura, a construção desordenada de prédios, residências e pontes são, no fim, os componentes letais de todo terremoto, com o sacrifício inútil de vidas humanas. Também podem ser provocados pelas erupções vulcânicas ou até queda de grandes barreiras que ocorrem nas minas subterrâneas (extração de minerais, de combustíveis fósseis ou construção de canais aquíferos de irrigação e abastecimento).

Fontes: howstuffwords (vídeos) e http://www.infoescola.com/geografia/terremoto/ 1. Complete as lacunas (cada um vale 0,5 ponto) a) Terremoto é de energia, e existem ______________________ por ano. b) Quando os blocos de rochas subterrâneas se empurram uns sobre os outros formam as _________. c) O local onde estão localizados os continentes na terra é chamado: __________________________. d) O equipamento que registra o grau de intensidade dos abalos é o: __________________________.

2. Produza um parágrafo nas linhas abaixo sobre os terremotos (sem título). (vale,5 pontos) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________

4.8 DIFICULDADES ENCONTRADAS

a) Falta de motivação para a leitura: Não percebemos maior motivação ou vontade dos alunos em relação à leitura,

bem como não está claro os objetivos do que se pretende com os estudos, ficando mais caracterizada a idéia de se preparar para passar no vestibular. Poucos falam de sonhos de conclusão de determinado curso superior. O que se percebe é uma vontade de ganhar dinheiro, trabalhando e recebendo um bom salário, sem entender que para isso é importante que se tenha, pelo menos, um bom nível médio concluído. Eles citam como exemplo os jogadores de futebol, pagodeiros e políticos importantes que ficaram ricos sem estudar, como se isso fosse a regra geral.

Por mais que professores se esforcem, eles estão cursando o segundo grau sem

uma base adequada para acompanhar as aulas, ainda mais quando essa leitura passa a ser mais exigida, acentuando a ojeriza de quem não gosta de ler livros e outros textos. Eles ficam inquietos e se sentindo incapazes de acompanhar o rendimento ideal, por isso é que a paciência dos professores é fundamental, no sentido de criar mecanismos para transpor as

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barreiras impostas pela falta de uma base estrutural na educação. As salas estão cheias demais, e por isso é praticamente impossível acompanhar o desenvolvimento individual.

b) Mudança de horários: Como sempre ha enturmação3, ocorreram mudanças de horário das aulas algumas

vezes, sem prejuízo para o estágio. Dificultou conciliar o tempo do nosso professor/orientador da UEFS com as observações dentro da sua agenda, mas no final foi tudo ajustado e concluído de modo satisfatório;

c) Material didático insuficiente: Os colégios públicos não disponibilizam material didático em quantidade

suficiente, desde livros, dicionários e até cópias para os alunos, em face da burocracia excessiva e falta na quantidade adequada;

d) Rotinas das aulas dentro das salas: Não temos idéia para onde a educação está seguindo, com esses métodos de

ensino-aprendizado repetitivo, sem novidades para a motivação e participação maior dos alunos nas aulas. Os docentes do ensino público, se passarem a ser reconhecidos, conseguem desenvolver ações que motivem os discentes, mas essa fase da educação no Brasil, ao meu ver, ainda está longe. Nesses últimos tempos o poder público quer que o professor seja tudo em sala (psicólogo, amigo, pai, mãe, confidente e “passador” de informações didáticas) para os alunos, dentro dos planos pedagógicos impostos pelos educadores de gabinetes, sem atribuir um reconhecimento compensador ou remuneração decente;

e) Falta da presença dos pais no Colégio: Não há um acompanhamento mais constante dos pais no Colégio, dificultando o

trabalho sistemático e de parceria com professores, a fim de superarem juntos possíveis dificuldades apresentadas durante o ano letivo;

f) Pressão para a aprovação: Poderia ser alvo de um estudo posterior a pressão que os alunos estão fazendo

pela sua aprovação, mesmo que não tenha qualquer domínio sobre a disciplina. Às vezes chegam até a ameaçar os professores por isso. O que eles deixam transparecer é que a motivação dessa pressão são as bolsas assistencialistas do governo na área da educação, podendo perder em caso de reprovação. (não tenho certeza). Os governos só se preocupam com a quantidade, para divulgar na imprensa números mentirosos da educação no Brasil, sem levar em conta a qualidade. Deve ser porque um povo sem educação formal é mais fácil de ser manipulado como “massa de manobra” eleitoral;

g) Pouco uso da biblioteca e do laboratório de informática: Os estudantes não têm ainda a cultura de buscar o conhecimento em livros da boa

biblioteca do Colégio e nem da sala de informática, precisando que seja feito um trabalho de conscientização da importância das ferramentas pedagógicas disponibilizadas nesses dois ambientes, em visitas periódicas, com acompanhamento profissional e tarefas a cumprir.

Se despertar o gosto pela leitura, o ensino ficará mais delicioso.

3 Ajuntamento de turmas numa só sala, para economizar professor e encher de alunos um único espaço.

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5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Passadas as etapas de observação, co-participação e regência, senti uma gostosa

sensação de dever cumprido, mesmo convivendo com algumas dificuldades na consumação dos objetivos delineados para cada aula, ao verificar os resultados de exercícios e produção de pequenos textos, juntamente com as suas participações verbais.

No início parecia que a exigência dos exercícios sempre ao final das aulas poderia

não dar certo, mas percebemos depois que essa técnica foi a salvação do aprendizado, constatando que ensinar determinado assunto só tem sentido se for logo averiguado o seu aprendizado e atribuído nota, para aumentar o interesse e fixar o conteúdo, mesmo que tenha sido por apenas alguns dias de estágio. Ficou a semente plantada.

Julgo como positiva a nossa participação, dedicação e disponibilidade, pois no

último dia de aula ocorreu uma ótima avaliação minha feita pelos alunos e professora orientadora da sala e aula, o que me certificou e deu-me mais responsabilidade para assumir uma turma como docente titular.

Posso afirmar, sem medo de errar, que as práticas de ações pedagógicas

possibilitaram interações entre professor e aluno, devidamente estruturadas nos processos de ensino-aprendizagem, aplicando-se saberes pedagógicos para reflexões da realidade, a partir do tema atual e preocupante de autoridades em todo o mundo, que é a natureza.

Como afirma Pimenta (1994) somente a práxis pode superar a dicotomia entre

teoria e prática, aplicando-se o estágio como um contato inicial com essa realidade pedagógica no contexto da sala de aula, o que favoreceu o bom resultado no estágio de forma cadenciada, planejada e orientada.

5.1 DISTRIBUIÇÃO DO TEMPO NO ESTÁGIO:

a) Período de observação: 3 (três) dias = de 18 de março a 1º de abril/10; b) Co-participação: 2 (dois) dias = 7 e 8 de abril/10; c) Regência (Projeto de ensino): 14 (quatorze) dias = de 14/abril a 15/julho/10. Portanto o período total foi de 18 de março a 15 de julho. Para atrapalhar um pouco, nesse período tivemos nada menos do que 7 (sete) dias

úteis sem aula, além do recesso (16 dias) das festas juninas, de 18 de junho a 5 de julho/2010. 5.2 DINÂMICA DAS AULAS (seis exemplos) Aula TEMA OBJETIVO ANÁLISE 01 Socialização.

A união das palavras dos alunos com a natureza.

Introduzir o tema e fazer a integração

Qual é o gênero do texto? Quais os elementos o fizeram chegar a essa conclusão?

02 Enchentes. Inundando

o saber. Ler e discutir as causas das enchentes nas cidades.

Distinguir atitudes descritivas de atitudes normativas na análise linguística.

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03 Tsunami.

Uma onda de palavras.

Ler e discutir a origem do fenômeno e a região de maior incidência.

Observar se a abordagem da linguagem está sendo utilizada como meio de conhecimento em conexão com a experiência humana.

04 Terremoto.

Derrubando o temor pelos textos.

Ler e discutir sobre os maiores terremotos já registrados pela humanidade.

Qual é o gênero do texto? Quais os elementos o fizeram chegar a essa conclusão? Quem é o autor do texto?

05 Tornado.

Soprando as dificuldades.

Ler e discutir sobre os efeitos dos tornados na América do norte.

Analisar se o contexto social da diversidade lingüística está sendo levado em conta.

06

Culminância. Avaliar o professor e o que aprenderam sobre a natureza.

Avaliar o trabalho e no final fazer uma confraternização.

Verificar se a linguagem foi adequada como instrumento de comunicação e elemento de construção conhecimento.

Mostramos ao grupo os vídeos com fenômenos naturais e um texto sobre o tema, para que eles analisassem e

elaborassem outro, respondendo ainda um exercício. O trabalho em grupo (ou dupla) foi sempre elaborado

dentro de uma proposta de aula de leitura, interpretação, análise linguistica e produção textual.

5.3 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

Para verificar o resultado da conduta do professor, do material didático utilizado e do aprendizado dos estudantes, ao final do estágio os alunos fizeram uma avaliação em 50 (cinqüenta) minutos num formulário com 8 (oito) perguntas sobre as ações do professor (estagiário), das atividades desenvolvidas em sala de aula e dos conhecimentos adquiridos.

Estavam em sala 28 (vinte e oito) alunos/as e responderam o questionário (vide

cópia em anexo), fazendo média das notas, divididas pela quantidade de alunos:

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR DO ESTÁGIO

9,309,409,509,609,709,809,90

Pontua

lidad

e

Dedica

ção

Postura em

sala

Conh

ecim

ento

Resp

eito ao

s aluno

s

Aten

ção ao

s aluno

s

Itens avaliados

Gráfico 01: Avaliação do professor Bosco (notas de 1 a 10)

Eles também avaliaram o material didático fornecido pelo professor (vídeos e

textos de revistas ou sites da internet), e os tipos de atividades em sala:

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MATERIAL DIDÁTICO E ATIVIDADES

9,009,109,209,309,409,509,609,70

Material didático Tipo de atividades

Itens avaliados

No

tas

Gráfico 02: Avaliação do material didático e atividades desenvolvidas (notas de 1 a 10)

No final das aulas de regência submetemos os estudantes ao preenchimento de

exercícios, que geraram um número médio de notas que também pode ser interessante se analisar. Com base nas notas, verifica-se que existe na sala em torno 10% do total dos alunos que acompanham pouco o que é ensinado, ficando sempre com notas em torno de 7. Numa situação mediana, 60 % de alunos estão entre 7,1 e 9,5, e 30% conseguem ter nota 10 (o que é muito bom). Esses mais interessados sempre receberam premiação (chocolate) pela nota máxima conseguida.

Transformando essas informações em gráfico, teremos:

NOTAS MÉDIAS DAS ATIVIDADES

010203040506070

1 2 3

1: 10% dos alunos; 2: 60%dos alunos; 3: 30% dos alunos

Per

centu

ais

de

alunos

Percentual dos alunos

Notas

Gráfico 03: Avaliação das atividades executadas pelos alunos (de 0% a 100%. Notas: de 0 a 10)

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS É indiscutível a importância da prática do Estágio orientado/supervisionado, tendo

em vista que o ensino da gramática normativa na produção textual melhora o entendimento da literatura e desenvolve técnicas mais adequadas de redação, elevando a exigência de um contato maior com a leitura e a escrita, de forma gradual, para superar os obstáculos de desinteresse dos alunos. Disse-me um aluno: “Todo livro deveria ter um filme para a gente assistir, pois até os resumos que a gente pega na internet são grandes e dão preguiça de ler.”

Percebe-se que os livros “impostos” pelo governo através do MEC – Ministério da

Educação e Cultura não ajudam, pois estão muito diferentes das realidades sociais deficientes dos alunos, trazendo temas que não despertam interesse, como por exemplo, fórmula 1, células tronco ou viagens espaciais.

Para melhorar o ensino, utilizamos recursos como tv-pen-drive, cartazes e quadro

negro, no sentido de diversificar as aulas, tornando-as menos cansativas e previsíveis, quebrando a rotina. Procuramos também, numa desesperada tentativa de diálogo na sala de aula com os alunos, transformar as atividades tradicionalistas em sócio-interacionais ou sócio-culturais de Vygotsky, e depois da segunda aula eu já pude perceber a turma se manifestar e participar mais ativamente.

Foi muito bom colocar em prática as teorias absorvidas nos estudos acadêmicos,

quando entendemos que a consciência humana é formada a partir da interação entre os indivíduos de uma determinada sociedade. Por exemplo, Bakhtin (2004, p.34) afirma que “a consciência só se torna consciência quando se impregna de conteúdo ideológico (semiótico) no processo de interação social”. Procedemos que após as explicações dos conteúdos didáticos previstos no Plano de aula, as exposições dos vídeos sobre os fenômenos da natureza e as pequenas avaliações de aprendizagem efetuadas em questionário ainda em sala, que várias informações foram ficando internalizadas, passando a fluir as idéias na construção de pequenas produções textuais.

Para os graduandos que já entendem essa importância, o estágio é fundamental

para transformar em prática todo conteúdo teórico recebido durante as nossas aulas de graduação acadêmica. Como diz Andrade:

“É, portanto, o Estágio uma importante parte integradora do currículo, a parte em que o licenciando vai assumir pela primeira vez a sua identidade profissional e sentir na pele o compromisso com o aluno, com sua família, com sua comunidade com a instituição escolar, que representa sua inclusão civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de aula, com a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência - fazer bem o que lhe compete.” (ANDRADE, 2005, p. 2).

Quero prestar uma homenagem neste trabalho aos profissionais de educação, que

ainda lutam praticamente sem armas, para mostrar que essa é a única a saída da melhoria de vida do povo brasileiro, da sua cidadania e dignidade, precisando de uma melhor atenção do poder público.

Agradeço, finalmente, aos professores Francisco Fábio, da UEFS e Gildásia Britto

e os diretores Flora e Júlio, do CEJBC, pelo apoio e orientações, sem os quais seria impossível a consecução do estágio.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Arnon Mascarenhas de Andrade. O Estágio Supervisionado e a Práxis Docente. In: SILVA, Maria Lucia Santos Ferreira da. (Org.). Estágio Curricular: Contribuições para o Redimensionamento de sua Prática. Natal: EdUFRN, 2005. Disponível em: www.educ.ufrn.br/arnon/estagio.pdf. > Acesso em: 03 jul. 2010. ANTUNES, Irandé. Aula de Português – encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. BRASIL. Conselho nacional de Educação/Conselho Pleno. Resolução CNE/CP 02/2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Brasília: 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne. > Acesso em: 03 jul. 2010. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa, 2000. GERALDI, J.W. Da redação à produção de textos. In: GERALDI, J. W. ; CITELLI, B. (Org.). Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo: Cortez, 1997. PIMENTA, S.G.; LIMA, Maria do Socorro L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez Editora, 2004.