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Introdução à Química Profº Dr. Edmar Martendal Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Química QGE0001 - Química Geral

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Introdução à Química

Profº Dr. Edmar Martendal

Universidade do Estado de Santa Catarina

Departamento de Química

QGE0001 - Química Geral

2

Química É a ciência que estuda as

propriedades e a composição da matéria, bem

como as transformações que esta pode sofrer.

Matéria: Qualquer coisa que tem massa e

ocupa lugar no espaço.

Química é uma ciência muito abrangente!

3

Ramos da Química

-Química Orgânica: estuda os compostos de carbono;

-Química inorgânica: estuda os demais elementos e seus

compostos;

-Físico-química: estuda os princípios da química

-Química Analítica: estuda as técnicas de identificação e

quantificação de espécies químicas em amostras;

-Bioquímica: estuda os compostos químicos e suas

reações/processos em sistemas vivos;

-Química teórica: estuda a estrutura molecular e suas

propriedades em função de modelos matemáticos;

-Química medicinal: aplica conceitos químicos no

desenvolvimento de fármacos;

4

Ramos da Química

-Química biológica: aplicação de princípios químicos em

estruturas e processos biológicos;

-Biologia molecular: aplicação de conceitos químicos ao

estudo de genes e proteínas relacionados a funções

biológicas e diversidade biológica;

-Engenharia química: estuda e projeta processos

químicos industriais, incluindo construção de plantas

industriais e sua operação;

-Ciência dos materiais: estudo da estrutura química na

composição/propriedades dos materiais macroscópicos

5

Química em três níveis....

-Macroscópico: transformações visíveis da

matéria;

-Nível microscópico: transformações que não

podemos ver diretamente: interpretação em

termos do rearranjo atômico

-Nível simbólico: descrição dos fenômenos

químicos através de símbolos e equações

6

Química: a ciência da Matéria

- Matéria: tudo aquilo que possui massa e ocupa

lugar no espaço: elementos, compostos e misturas

Apresentam-se em três estados físicos:

a)Sólido: forma rígida;

b)Líquido: forma fluida, toma a forma do recipiente

que o contém (max. área superf.)

c) Gás: forma fluida, mas ocupa todo volume do

recipiente que o contém (max. Vol.)

Vapor: forma gasosa de uma substância que

geralmente é sólida ou líquida

7

Matéria e energia

Forças de interação entre as partículas:

Sólido>líquido>gás

8

Matéria: Propriedades físicas e químicas

O que distingue (diferencia) uma porção de

matéria de outra são suas propriedades

físicas e químicas

- Propriedades físicas: características que

podemos medir ou observar sem mudar a

identidade da amostra

Ex: massa, volume, densidade, viscosidade,

índice de refração, ponto de ebulição, ponto

de fusão, cor, turbidez, condutividade

térmica, elétrica, etc...

9

Matéria: Propriedades físicas e químicas

- Propriedades químicas: refere-se à

capacidade de uma substância de se

transformar em outra. Intimamente ligada à

reatividade.

Ex: o metal Au reage com uma mistura de

HNO3 e HCl, mas não reage com nenhum

dos dois ácidos separadamente.

- Zn reage com HCl e produz H2(g).

- Zn2+ não reage com HCl

10

Matéria: Propriedades físicas e químicas

Ex:

- Sais de Fe3+ são insolúveis em pH na faixa

de 3-10, mas são solúveis em pHs mais

baixos ou mais altos

- Fenol é nitrado muito mais rapidamente do

que o benzeno.

- Ácido perclórico está totalmente ionizado

em água;

- Amônia está parcialmente ionizada em água

- Etc, etc...`

11

Energia

Reações químicas acontecem com liberação ou

absorção de energia para ou do meio...

Energia é uma medida da capacidade de

realizar trabalho (1 J = 1 kg m2 s-2)

- Energia cinética: energia de um corpo de

massa m devido à sua velocidade v:

E = 1 m v2

2

12

Energia

A temperatura de um corpo é uma medida da

energia cinética média de suas partículas

formadoras:

Temperatura afeta velocidade

Velocidade afeta energia cinética

13

Energia

- Energia potencial: é uma função da posição

do corpo em um dado campo de força:

a)Quando o campo de força é gravitacional:

Ep = mgh

b)Quando o campo de força é devido à força de

atração Coulombica:

Ep = q1q2

4Пεor

Energia total de um corpo é conservada=

Etotal = Ec + Ep

14

Energia

- Energia total de um corpo de massa m:

E = mc2

Conversão total de massa em energia!

- Energia eletromagnética: energia de uma

onda com comprimento de onda λ:

E = hc

λ

15

Elementos e átomos

Toda a complexidade da matéria que nos

rodeia é constituída de pouco mais de 100

elementos químicos

Átomo: do grego “não-divisível”

Pode ser considerado como a menor partícula

obtida após sucessivas divisões de uma

porção da matéria.

16

Hipótese atômica de Dalton (1776-1844)

Experimentos medindo a relação entre as

massas dos elementos que se combinam

formando compostos

1) Todos os átomos de um dado elemento químico são

idênticos;

2) Os átomos de diferentes elementos têm massas

diferentes;

3) Um compostos tem uma combinação bem definida de

átomos de mais de um elemento;

4) Em uma reação química, os átomos não podem ser

criados nem destruídos, apenas recombinam-se.

17

Hipótese atômica de Dalton (1776-1844)

Modelo de Dalton: átomos seriam esferas

perfeitas, como uma única composição

Hoje sabe-se, contudo, que os átomos são

constituídos de partículas sub-atômicas:

prótons, nêutrons e elétrons.

18

Partículas sub-atômicas

Experimentos realizados por Thomson

(1856-1940) e Millikan (1868-1953) permitiram

a descoberta do elétron, assim como sua

carga e massa:

e = -1,602 x 10-19 C

me = 9,109 x 10-31 kg

19

Experimentos de Thomson e Millikan

Relação carga/massa do e

massa do e-

20

Modelo atômico de Thomson

Descoberto o elétron e sabendo da

eletroneutralidade do átomo, onde estariam

as cargas positivas?

Thomson propôs um modelo atômico como

uma bola de material gelatinoso com carga

positiva e os elétrons suspensos nesta, tal

como passas em um pudim!

21

Modelo atômico de Thomson

Pudim de passas

22

Modelo atômico de Rutherford (1871-1937)

Borbardeamento de uma fina camada de Pt

(Au) com partículas α positivas que eram

emitidas do elemento Radônio

Resultado: 1 em 20000 partículas emitidas

sofria uma deflexão grande (>90º)

O restante passava pela folha de platina sem

sofrer qualquer deflexão.

23

Modelo atômico de Rutherford (1871-1937)

Resultado diferente do esperado para um

modelo segundo Thomson, para o qual se

esperava deflexão para todas as partículas.

Rutherford sugeriu um novo modelo no

qual praticamente toda a massa do átomo

estaria concentrada em seu núcleo com

carga positiva. Os elétrons se distribuem ao

redor do núcleo ocupando um grande

volume.

24

Modelo atômico de Rutherford (1871-1937)

25

A terceira partícula sub-atômica: o nêutron

Com o advento da eletrônica no início do

século XX, inventou-se um equipamento

chamado espectrômetro de massa

- Impacto eletrônico com átomos/moléculas

ioniza a espécie;

- Os íons positivos são expulsos (acelerados)

da câmara de ionização por um campo

elétrico aplicado;

26

A terceira partícula sub-atômica: o nêutron

- As velocidades atingidas pelos íons

positivos dependem das suas relações m/z.

- Um campo magnético encurva a trajetória

dos íons periodicamente, de maneira que

íons com diferentes m/z atinjam o detector

Espectro de massas do neônio

27

A terceira partícula sub-atômica: o nêutron

Espectros de massa

A massa de um mesmo elemento químico

não é necessariamente igual:

Existência de isótopos: mesmo número de

prótons no núcleo, mas diferentes números

de nêutrons

28

Um resumo do modelo nuclear do átomo:

1)Os átomos são feitos de partículas

subatômicas chamadas elétrons, prótons e

nêutrons;

2)Prótons e nêutrons formam um corpo

central, muito pequeno e denso (núcleo)

3)Os elétrons se distribuem em um grande

volume (comparativamente ao núcleo) em

torno do núcleo.

4)Estrutura planetária: núcleo=sol. Elétrons

= planetas viajando em órbita fixa.

29

Falhas no modelo de Rutherford

O modelo de estrutura planetária é falho,

pois os elétrons estando parados ou em

movimento tenderiam a ser atraídos

imediatamente em direção ao núcleo!

Isso simplesmente não acontece!!!

Niels Bohr (1885-1960) propôs um novo

modelo atômico...

30

Algumas propriedades da luz

Uma onda eletromagnética tem velocidade

de 3,00x108 m/s no vácuo

Frequência υ: número de

ciclos por segundo: Hz (s-1)

Comprimento de onda: λ (m)

υλ = c

E = h c

λ

31

Algumas propriedades da luz

O espectro eletromagnético

32

Algumas propriedades da luz

O espectro da luz visível

Cada cor tem um comprimento de onda, e,

portanto, uma energia diferente...

33

Algumas propriedades da luz

O espectro de linhas do Hidrogênio

34

Algumas propriedades da luz

O espectro do hidrogênio no ultravioleta,

visível e infravermelho

Equação de Rydberg

Série de Lyman nf=1 e ni=2,3,4,5...∞

Série de Balmer nf=2 e ni=3,4,5,6...∞

Série de Paschen nf=3 e ni=4,5,6,7...∞

35

Conclusões de Bohr através dos espectros

atômicos....

- Espectros não-contínuos, mas sim um

conjunto de linhas.

- Cada linha corresponde a uma cor, ou seja,

a um comprimento de onda λ.

- Cada λ é função de dois números inteiros:

nf e ni, e não números fracionários...

- O uso de n não inteiro na equação leva a λ

que não é observado experimentalmente!

36

Conclusões de Bohr através dos espectros

atômicos....

- Em um átomo, um elétron não está livre

para ter qualquer quantidade de energia:

- A energia de um elétron em um átomo é

quantizada

- Os valores de n correspondem aos níveis

de energia que os elétrons podem assumir

em um átomo de hidrogênio.

37

Conclusões de Bohr através dos espectros

atômicos....

- Quando o elétron se encontra no nível n = 1,

o átomo encontra-se no estado fundamental

(o estado de mais baixa energia possível)

- Para n>1, o átomo está em um nível

excitado;

- Para n∞, significa que o átomo perdeu o

elétron, ou seja, formou-se um íon

- Modelo de órbita fixa, mas com energia

quantizada

38

Falhas no modelo atômico de Bohr

- Embora o modelo de Bohr tenha grande

habilidade de prever e explicar o espectro de

emissão do átomo de hidrogênio, ele falha

para átomos com mais elétrons

- O modelo de órbita eletrônica circular fixa e

estável com raio quantizado parecia não ser

adequado pois o tratamento utilizado por

Bohr foi o da física clássica, ou seja, tratou o

elétron como sendo pura e simplesmente

uma partícula...

39

Mecânica clássica vc Mecânica Quântica

- Mecânica clássica falha na descrição do

movimento de pequenas partículas, tal como

o elétron.

- Esse insucesso contribuiu para o

surgimento da mecânica quântica

- Hoje em dia, a mecânica clássica pode ser

considerada uma simplificação da mecânica

quântica, que é perfeitamente adequada

para explicar o movimento de objetos

grandes.

40

Princípio da Incerteza de Heisenberg

-É impossível conhecer simultaneamente e

com certeza a posição e o momento (mv) de

uma partícula

- Para sabermos algo sobre a posição e a

velocidade de uma partícula, temos que

interagir de alguma maneira com esta. Esta

interação produz a incerteza na medida.

- Essa incerteza é tão maior quanto menor a

massa da partícula!

41

Princípio da Incerteza de Heisenberg

-Matematicamente:

h = constante de Planck = 6,62608 x 10-34 J.s

∆p=incerteza no momento linear (m.v)

∆x=incerteza na posição

42

A dualidade onda-partícula

E = mc2 Energia de uma partícula de massa m

E = hc/λ Energia de uma onda de comprimento de onda λ

Combinando as duas expressões e isolando m:

m = h__

λc

h = constante de Planck = 6,62608 x 10-34 J.s

c = velocidade da luz = 3,00x108 m/s

43

Dualidade: evidências experimentais

- A difração da luz já era um fenômeno bem conhecido na época.

- Curvatura ou reflexão da luz por ângulos específicos obtida

quando esta é transmitida ou refletida por uma grade de

difração. Esse fenômeno só ocorre quando a largura da fenda

de difração tem a mesma ordem de grandeza do λ da luz.

Luz incidindo

numa fenda

d P0

P1

P2

D

44

Dualidade: evidências experimentais

45

Dualidade: evidências experimentais

- Davison e Germer em 1925 usaram um cristal

de níquel como grade de difração (fenda)

para difratar um feixe de elétrons

- Espaçamento

interatômico de 0,22 nm

Elétron tem propriedades

de onda!

46

Exercícios

1) Calcular a incerteza na velocidade de um

elétron dentro de um diâmetro típico de um

átomo (200 pm).

2) Estimar a incerteza na posição de um carro

(1000 kg) viajando a (120 ±8) km/h.

3) Calcular o comprimento de onda de um

elétron (9,1x10-31 kg) a uma velocidade de

1/100 da velocidade da luz.

4) Calcular o comprimento de onda de uma

bola de 1 kg a uma velocidade de 100 km/h

47

Elétrons nos átomos: ondas estacionárias- Um exemplo de onda estacionária unidimensional: a

vibração de uma corda

- Diferentes modos de

vibração permitidos.

-Modos proibidos

são aqueles em que

o espaçamento entre

os nós não são

regulares.

48

Elétrons nos átomos: ondas estacionárias

- As vibrações de uma corda esticada também

são quantizadas!!!!

- O número de nós

sempre é um número

inteiro!

- Quanto maior k,

mais alta a energia

da corda

49

Elétrons nos átomos: ondas estacionárias

- Assim como a vibração de uma corda é

quantizada em energia (só é possível em

níveis específicos), assim também se

comportam os elétrons nos átomos: ondas

estacionárias tridimensionais.

50

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

- A mecânica Quântica evita contradizer o

princípio da incerteza: em vez de tentar

especificar exatamente a posição e o

movimento de um elétron, a teoria fornece

probabilidades de encontrar o elétron em

várias posições

51

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

- Erwin Schödinger escreveu uma equação de

onda para descrever o elétron num átomo de

hidrogênio: Equação de onda de Schödinger

- A equação de onda é uma equação

diferencial, que possui um conjunto de

soluções, e não somente uma solução.

- Cada solução de uma equação de onda

estacionária fornece informações como

frequência, comprimento de onda, energia e

número de nós e antinós para um dado modo

permitido de vibração.

52

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

-A resolução da equação leva à função de onda

representada pela letra Ψ (psi).

-O quadrado da função de onda Ψ, ou seja, Ψ2,

é proporcional à probabilidade de se

encontrar o elétron numa pequena região ou

volume. Ψ2 é proporcional à densidade de

probabilidade (probabilidade por unidade de

volume)

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

-A resolução da equação leva à função de onda

representada pela letra Ψ (psi).

-O quadrado da função de onda Ψ, ou seja, Ψ2,

é proporcional à probabilidade de se

encontrar o elétron numa pequena região ou

volume. Ψ2 é proporcional à densidade de

probabilidade (probabilidade por unidade de

volume). Uma função de onda também é

chamada de orbital.

54

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Uma forma inicial da equação de Schödinger

Necessita de três números quânticos:

n, l e ml

55

Os números quânticos

1)Número quântico principal: a medida que n

aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron

mais distante do núcleo. Varia de n=1 até 7

2) Número quântico azimutal l: depende do

valor de n, representando os orbitais s, p, d, f

(l = 0,1,2,3). Especifica a forma do orbital.

3) Número quântico magnético ml: depende de

l, podendo variar de -l até +l. O orbital s tem

por definição ml = 0. Define a orientação do

orbital no espaço.

56

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais s: esféricos

57

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais s: esféricos

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais s: esféricos

• Todos os orbitais s são esféricos.

• À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores.

• À medida que n aumenta, aumenta o número de nós.

• Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade

de se encontrar um elétron é zero.

• Em um nó, 2 = 0

59

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais p: forma de halteres

• Existem três orbitais p, px, py, e pz.

• Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de

um sistema cartesiano.

• As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e

+1.

• Os orbitais têm a forma de halteres.

• À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores.

• Todos os orbitais p têm um nó no núcleo.

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais p: forma de halteres

61

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais d e f: formas complexas

• Existem cinco orbitais d e sete orbitais f.

• Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos

eixos x-, y- e z.

• Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao

longo dos eixos x-, y- e z.

• Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada.

• Um orbital d tem dois lóbulos e um anel.

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais d: formas complexas

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Os orbitais f: formas complexas

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

As energias dos orbitais

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

- Diagrama de distribuição eletrônica

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Spin eletrônico e o princípio

da exclusão de Pauli

• O espectro de linhas de átomos polieletrônicos mostra cada linha como um par de linhas minimamente espaçado.

• Stern e Gerlach planejaram um experimento para determinar o porquê.

• Um feixe de átomos passou através de uma fenda e por um campo magnético e os átomos foram então detectados.

• Duas marcas foram encontradas: uma com os elétrons girando em um sentido e uma com os elétrons girando no sentido oposto.

67

Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

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Mecânica Quântica e a descrição dos elétrons

Spin eletrônico e o princípio

da exclusão de Pauli

• Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos ms = número

quântico de rotação = ½.

• O princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter

a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons

no mesmo orbital devem ter spins opostos.

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Configurações eletrônica condensadas

• O neônio tem o subnível 2p completo.

• O sódio marca o início de um novo período.

• Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para

o sódio como

Na: [Ne] 3s1

• [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio.

• Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre].

• Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre].

Configurações eletrônicas e a tabela periódica

Configurações eletrônicas e a tabela periódica

A tabela periódica e a periodicidade

• 115 elementos conhecidos.

• A maior parte dos elementos foi descoberta entre

1735 e 1843.

• Como organizar 115 elementos diferentes de forma

que possamos fazer previsões sobre elementos não

descobertos?

A tabela periódica e a periodicidade

• Ordenar os elementos de modo que reflita as tendências naspropriedades químicas e físicas.

• A primeira tentativa (Mendeleev e Meyer) ordenou oselementos em ordem crescente de massa atômica.

• Faltaram alguns elementos nesse esquema.

Exemplo: em 1871, Mendeleev observou que a posição maisadequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, o quedeixou um elemento faltando abaixo do Si. Ele previu umnúmero de propriedades para este elemento. Em 1886 o Gefoi descoberto. As propriedades do Ge se equiparam bem àprevisão de Mendeleev.

A tabela periódica e a periodicidade

• A tabela periódica moderna: organiza os elementos em

ordem crescente de número atômico, e não de massa

atômica.

Carga nuclear efetiva

• A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em

um átomo polieletrônico.

• A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo, devido

ao efeito dos elétrons internos (efeito de blindagem).

A tabela periódica e a periodicidade

A tabela periódica e a periodicidade

• Considere uma molécula

diatômica simples.

• A distância entre os dois

núcleos é denominada

distância de ligação.

• Se os dois átomos que formam

a molécula são os mesmos,

metade da distância de ligação

é denominada raio covalente do

átomo.

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

• Como uma consequência do ordenamento natabela periódica, as propriedades dos elementosvariam periodicamente.

• O tamanho atômico varia consistentementeatravés da tabela periódica.

• Ao descermos em um período, os átomosaumentam.

• Ao longo dos grupos da tabela periódica, osátomos tornam-se menores.

Existem dois fatores agindo:

• Número quântico principal, n, e

• a carga nuclear efetiva, Zef.

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

• À medida que o número quântico principal aumenta (ex.,descemos em um período), a distância do elétron maisexterno ao núcleo aumenta. Consequentemente, o raioatômico aumenta.

• Ao longo dos grupos na tabela periódica, o número deelétrons mais internos mantém-se constante. Entretanto, acarga nuclear aumenta. Conseqüentemente, aumenta aatração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Essaatração faz com que o raio atômico diminua.

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

Tendências nos raios iônicos

• O tamanho do íon é a medida da distância entre os

íons em um composto iônico.

• O tamanho do íon também depende da carga nuclear,

do número de elétrons e dos orbitais que contenham os

elétrons de valência.

• Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são

menores do que os átomos que lhes dão origem.

• Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso

e são maiores do que os átomos que lhe dão origem.

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

A tabela periódica e o raio atômico e iônico

Tendência nos raios iônicos

• Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à

medida que descemos em um período na tabela periódica.

• Todos os membros de uma série isoeletrônica têm o mesmo

número de elétrons.

• Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica,

os íons tornam-se menores :

O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+

A tabela periódica e a energia de ionização

• A primeira energia de ionização, I1, é a quantidade de

energia necessária para remover um elétron de um átomo

gasoso:

Na(g) Na+(g) + e-.

• A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária

para remover um elétron de um íon gasoso:

Na+(g) Na2+(g) + e-.

• Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade

para se remover o elétron.

A tabela periódica e a energia de ionização

Energias de ionização sucessivas

• Há um acentuado aumento na energia de ionização quando

um elétron mais interno é removido.

A tabela periódica e a energia de ionização

• A energia de ionização diminui à medida que descemos

em um grupo.

• Isso significa que o elétron mais externo é mais

facilmente removido ao descermos em um grupo.

• À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil

remover um elétron do orbital mais volumoso.

• Geralmente a energia de ionização aumenda ao longo

de um período.

• Ao longo de um período, Zef aumenta.

Consequentemente, fica mais difícil remover um

elétron.

• São duas as exceções: a remoção do primeiro elétron p e

a remoção do quarto elétron p.

A tabela periódica e a energia de ionização

Tendências periódicas nas 1as energias de ionização

• Os elétrons s são mais eficazes na proteção do que os

elétrons p. Conseqüentemente, a formação de s2p0 se torna

mais favorável.

• Quando um quarto elétron é colocado em um orbital p,

aumenta a repulsão elétron-elétron. Quando esse elétron é

removido, a configuração s2p3 resultante é mais estável do

que a configuração inicial s2p4. Portanto, há uma diminuição

na energia de ionização.

A tabela periódica e a energia de ionização

A tabela periódica e a energia de ionização

- Mesmo sentido da eletronegatividade

A tabela periódica e a periodicidade química

Configurações eletrônicas de íons

• Cátions: os elétrons são primeiramente removidos do orbital

com o maior número quântico principal, n:

Li (1s2 2s1) Li+ (1s2)

Fe ([Ar]3d6 4s2) Fe3+ ([Ar]3d5)

• Ânions: os elétrons são adicionados ao orbital com o mais

baixo valor de n disponível:

F (1s2 2s2 2p5) F (1s2 2s2 2p6)

A tabela periódica e a afinidade eletrônica

• A afinidade eletrônica é o oposto da energia de ionização.

• A afinidade eletrônica é a alteração de energia quando um

átomo gasoso ganha um elétron para formar um íon gasoso:

Cl(g) + e- Cl-(g)

• A afinidade eletrônica pode ser tanto exotérmica (acima)

quanto endotérmica:

Ar(g) + e- Ar-(g)

A tabela periódica e a afinidade eletrônica

• As configurações eletrônicas precisam ser analisadas para

determinar se a afinidade eletrônica é positiva ou negativa.

• O elétron extra no Ar precisa ser adicinado ao orbital 4s, que

tem uma energia significativamente maior do que a energia

do orbital 3p.

A tabela periódica e a afinidade eletrônica

A tabela periódica e o caráter metálico

-Sentido inverso da eletronegatividade

- Eletronegatividade é calculada através de um

balanço entre carga nuclear efetiva e da distância

entre o núcleo e os elétrons de valência. Leva em

conta o efeito de blindagem das camadas mais

internas e também o raio atômico.

A tabela periódica e o caráter metálico

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Metais

• O caráter metálico refere-se às propriedades dos metais(brilhante ou lustroso, maleável e dúctil, os óxidos formamsólidos iônicos básicos e tendem a formar cátions emsolução aquosa).

• O caráter metálico aumenta à medida que descemos em umgrupo.

• O caráter metálico diminui ao longo do período.

• Os metais têm energias de ionização baixas.

• A maioria dos metais neutros sofre oxidação em vez deredução.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Metais

• Quando os metais são oxidados, eles tendem a formar

cátions característicos.

• Todos metais do grupo 1 formam íons M+.

• Todos metais do grupo 2 formam íons M2+.

• A maioria dos metais de transição têm cargas variáveis.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Estados de oxidação mais frequentes

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

• A maior parte dos óxidos metálicos são básicos:

Óxido metálico + água hidróxido metálico

Na2O(s) + H2O(l) 2NaOH(aq)

Não-metais

• Os não-metais apresentam um comportamento mais

variado do que os metais.

• Quando os não-metais reagem com os metais, os não-

metais tendem a ganhar elétrons:

metal + não-metal sal

2Al(s) + 3Br2(l) 2AlBr3(s)

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Não-metais

• A maior parte dos óxidos não-metálicos são ácidos:

óxido não-metálicos + água ácido

P4O10(s) + H2O(l) 4H3PO4(aq)

Metalóides

• Os metalóides têm propriedades intermediárias entre os

metais e os não-metais.

• Exemplo: o Si tem brilho metálico, mas é quebradiço.

• Os metalóides são famosos na indústria de semicondutores.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 1: os metais alcalinos

• Todos os metais alcalinos são macios.

• A química é dominada pela perda de seu único elétron s:

M M+ + e-

• A reatividade aumenta ao descermos no grupo.

• Os metais alcalinos reagem com água para formar MOH e

gás hidrogênio:

2M(s) + 2H2O(l) 2MOH(aq) + H2(g)

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 1: os metais alcalinos

• Os metais alcalinos produzem diferentes óxidos ao reagirem

com o O2:

4Li(s) + O2(g) 2Li2O(s) (óxido)

2Na(s) + O2(g) Na2O2(s) (peróxido)

K(s) + O2(g) KO2(s) (superóxido)

• Os metais alcalinos emitem cores características quando

colocados em uma chama à alta temperatura.

• O elétron s é excitado por uma chama e emite energia

quando retorna ao estado fundamental.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 2: os metais alcalinos terrosos

• Os metais alcalinos terrosos são mais duros e mais densos do

que os metais alcalinos.

• A química é dominada pela perda de dois elétrons s:

M M2+ + 2e-.

Mg(s) + Cl2(g) MgCl2(s)

2Mg(s) + O2(g) 2MgO(s)

• O Be não reage com água. O Mg reagirá apenas com o vapor

de água. Do Ca em diante:

Ca(s) + 2H2O(l) Ca(OH)2(aq) + H2(g)

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Hidrogênio

• O hidrogênio é um elemento singular.

• Muito frequentemente ocorre como um gás diatômico incolor,

H2.

• Ele pode tanto ganhar outro elétron para formar o íon hidreto,

H, como perder seu elétron para formar H+:

2Na(s) + H2(g) 2NaH(s)

2H2(g) + O2(g) 2H2O(g)

• O H+ é um próton.

• A química aquosa do hidrogênio é dominada pelo H+(aq).

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 16: o grupo do oxigênio

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 16: o grupo do oxigênio

• Ao descermos no grupo, o caráter metálico aumenta (o O2 é

um gás, o Te é um metalóide, o Po é um metal).

• Há duas formas importantes de oxigênio: O2 e ozônio (O3).

O ozônio pode ser preparado a partir do oxigênio:

3O2(g) 2O3(g) H = 284,6 kJ.

• O ozônio possui um cheiro pungente e é tóxico.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 16: o grupo do oxigênio

• O oxigênio (ou dioxigênio, O2) é um agente de oxidação

potente, uma vez que o íon O2- tem uma configuração de gás

nobre.

• Existem dois estados de oxidação para o oxigênio: 2- (por

exemplo, H2O) e 1- (por exemplo, H2O2).

• O enxofre é outro importante membro desse grupo.

• A forma mais comum do enxofre é o S8 amarelo.

• O enxofre tende a formar S2- nos compostos (sulfetos).

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 17: os halogênios

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 17: os halogênios

• A química dos halogênios é dominada pelo ganho de um elétron para formar um ânion:

X2 + 2e- 2X-.

• O flúor é uma das substâncias mais reativas que se conhece:

2F2(g) + 2H2O(l) 4HF(aq) + O2(g) H = -758,9 kJ.

• Todos os halogênios consistem de moléculas diatômicas (X2).

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 17: os halogênios

• O cloro é o halogênio mais utilizado industrialmente. Ele é

produzido pela eletrólise do sal grosso (NaCl):

2NaCl(aq) + 2H2O(l) 2NaOH(aq) + H2(g) + Cl2(g).

• A reação entre o cloro e a água produz ácido hipocloroso

(HOCl) que é amplamente utilizado como desinfetante:

Cl2(g) + H2O(l) HCl(aq) + HOCl(aq).

• Todos os compostos dos halogênios com hidrogênio são

ácidos fortes, com exceção do HF.

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 18: os gases nobres

A tabela periódica: metais, não-metais, metalóides

Grupo 18: os gases nobres

• Todos esses são não-metais e monoatômicos.

• Eles são notoriamente não-reativos porque têm os subníveis

s e p completamente preenchidos.

• Em 1962 o primeiro composto de gases nobres foi

preparado: XeF2, XeF4 e XeF6.

Reações químicas e

estequiometria

Profº Dr. Edmar Martendal

Universidade do Estado de Santa Catarina

Departamento de Química

QGE0001 - Química Geral

• Lavoisier: a massa é conservada emuma reação química.

• Equações químicas: descrições de

reações químicas (a química no

nível simbólico).

• Duas partes de uma equação:

reagentes e produtos:

2H2 + O2 2H2O

Equações químicas

Equações químicas

• A equação química para a formação da água pode ser visualizada como duas moléculas de gás hidrogênio reagindo com uma molécula de gás oxigênio para formar duas moléculas de água:

2H2 + O2 2H2O

Equações químicas

• Lei da conservação da massa: a matéria não pode ser perdidaem nenhuma reação química.

Equações e reações químicas

Reações de combinação e decomposição

• As reações de combinação têm menos produtos do que reagentes:

2Mg(s) + O2(g) 2MgO(s)

• O Mg combina-se com o O2 para formar o MgO.

• As reações de decomposição têm menos reagentes do que produtos:

2NaN3(s) 2Na(s) + 3N2(g) (a reação que ocorre em um airbag)

• O NaN3 se decompôs em Na e N2 gasoso.

Equações e reações químicas

Reações de combinação e decomposição

Equações e reações químicas

Existem dois grandes grupos de reações químicas:

Reações ácido-base: não há modificação do número de

oxidação de nenhum elemento

Reações de oxi-redução: há modificação do número de

oxidação de pelo menos dois elementos

Equações e reações químicas

Mol: é uma medida conveniente de quantidades químicas.

• 1 mol de moléculas, íons, elétrons, partículas, etc = 6,0221421

1023 moléculas, íons, elétrons, partículas, etc.

• Experimentalmente, 1 mol de 12C tem uma massa de 12 g.

• Para a próxima aula: como o número de Avogadro pode ser

obtido experimentalmente?

Massa molar

• Massa molar: é a massa em gramas de 1 mol de substância

(unidades g mol-1).

• A massa de 1 mol de 12C = 12 g.

Equações e reações químicas

Esta fotografia mostra um mol de sólido (NaCl), um mol de líquido (H2O) e um mol de gás (O2).

Equações e reações químicas

Fórmulas mínimas obtidas a partir de análise elementar

Fórmula mínima ou empírica: representa a proporção entre os

elementos que formam uma substância

Fórmula molecular ou fórmula unitária: representa a proporção

realmente encontrada entre os elementos formadores da

substância: é um múltiplo da fórmula mínima.

Fórmula molecular: para substâncias moleculares

Fórmula unitária: para substâncias iônicas

Equações e reações químicas

Fórmulas mínimas obtidas a partir de análise elementar

Equações e reações químicas

Fórmulas mínimas obtidas a partir de análise elementar

Ex:

1)Uma análise elementar de uma substância forneceu como

resultado: 40,9% de Carbono, 4,58% de hidrogênio e 54,5% de

oxigênio. Pergunta-se qual a fórmula mínima da substância.

2)O resultado de uma análise elementar apontou 77,8% de C,

11,8% de H e 10,4% de O. Qual a fórmula empírica da

substância?

3)Um metal M forma um óxido com a fórmula M2O3 no qual a

porcentagem do metal é 69,9%. Escreva o nome do óxido.

4)Uma substância tem massa molar 194,19 g mol-1 e

composição em massa de 49,48% C, 5,19% H, 28,85% de O e

16,48% N. Qual a fórmula molecular da substância?

Equações e reações químicas

Uma vez que a massa se conserva, o número de átomos de um

elemento nos reagentes necessariamente é igual ao número de

átomos desse elemento nos produtos. Em outras palavras, uma

equação química só é válida quando estiver balanceada:

• A equação balanceada fornece o número de moléculas que

reagem para formar produtos.

• Interpretação: a proporção da quantidade de matéria de

reagente necessária para se chegar à proporção da

quantidade de matéria do produto.

• Essas proporções são denominadas proporções estequiométricas.

• As proporções estequiométricas são proporções ideais

• As proproções ideais de reagentes e produtos no laboratório

devem ser medidas em gramas e convertidas para mols.

Equações e reações químicas

Muitas vezes, é necessário interpretar uma informação dada na

forma escrita e saber transcrever essa informação na forma de

uma equação química balanceada:

Exemplos:

1) O primeiro estágio na produção de ácido nítrico é a reação

do gás amônia com o gás oxigênio com produção do gás óxido

nítrico (NO) e água líquida. O óxido nítrico reage novamente

com oxigênio para dar o gás dióxido de nitrogênio, que,

quando dissolvido em água, produz ácido nítrico e óxido

nítrico. Escreva todas as equações químicas envolvidas.

Equações e reações químicas

Exemplos:

2) Sulfeto de níquel é aquecido ao ar (oxigênio), produzindo

óxido de níquel (II) sólido e dióxido de enxofre. Escreva as

equações envolvidas.

3) Em um estágio da produção comercial do metal ferro em

um alto-forno, o óxido de ferro (III) reage com monóxido de

carbono para formar um óxido misto de ferro (III) e ferro (II)

sólido e dióxido de carbono. Esse óxido misto reage então

com excesso de monóxido de carbono produzindo ferro

elementar e dióxido de carbono.

4) Escreva a equação da combustão do composto C14H18N2O5

gerando gás carbônico, água e gás nitrogênio.

Equações e reações químicas

Em processos industriais ou mesmo no laboratório,

geralmente um dos reagentes utilizados em um processo

possui um custo mais elevado, e, portanto, seu uso precisa ser

minimizado, para que seu aproveitamento (transformação) seja

maximizado. Este geralmente é o reagente limitante do

processo!

Reagente limitante é o reagente que limita a continuação da

reação devido à sua quantidade reduzida em relação aos outros

reagentes.

Equações e reações químicas

Quem foi o reagente limitante do processo?

Equações e reações químicas

Rendimentos teóricos

• A quantidade de produto prevista a partir da estequiometria

considerando os reagentes limitantes é chamada de

rendimento teórico.

• O rendimento percentual relaciona o rendimento real (a

quantidade de material recuperada no laboratório) ao

rendimento teórico:

• Que fatores podem levar à diminuição do rendimento de

uma reação?

Propriedades eletrolíticas

• As soluções aquosas - em água - têm o potencial de conduzir

eletricidade.

• A habilidade da solução em ser um bom condutor depende

do número do seu número de íons.

• Há três tipos de solução:

• eletrólitos fortes,

• eletrólitos fracos e

• não-eletrólitos.

Propriedades gerais das soluções aquosas

Propriedades eletrolíticas

Propriedades gerais das soluções aquosas

Compostos iônicos em água

• Os íons se dissociam em água.

• Em solução, cada íon é rodeado por moléculas de água.

• O transporte de íons através da solução provoca o fluxo de

corrente.

Propriedades gerais das soluções aquosas

Compostos moleculares em água

• Compostos moleculares em água, por exemplo, o CH3OH,

não formam íons.

• Se não existem íons em solução, não existe nada para

transportar a carga elétrica.

Propriedades gerais das soluções aquosas

Eletrólitos fortes e fracos• Eletrólitos fortes: dissociam-se completamente em solução.

Por exemplo:

• Eletrólitos fracos: produzem uma pequena concentração de íons quando se dissociam.

• Esses íons existem em equilíbrio com a substância não-ionizada.

Por exemplo:

HCl(aq) H+(aq) + Cl-(aq)

HC2H3O2(aq) H+(aq) + C2H3O2-(aq)

Propriedades gerais das soluções aquosas

• Quando duas soluções são misturadas e um sólido é

formado, o sólido é chamado de um precipitado.

• Nitrato de chumbo (II) reage com sulfeto de hidrogênio

formando sulfeto de chumbo (II) e ácido nítrico.

• Cloreto de sódio reage com nitrato de prata gerando cloreto

de prata.

Reações de precipitação

Capítulo 03© 2005 by Pearson Education

Reações de precipitação

Reações de dupla troca

• As reações de dupla troca envolvem a troca de íons em

solução:

AX + BY AY + BX.

• As reações de dupla troca geralmente levam a uma alteração

na solução:

– forma-se um sólido insolúvel (precipitado),

– formam-se eletrólitos fracos ou não-eletrólitos ou

– forma-se um gás insolúvel.

Reações de precipitação

Equações iônicas

• Equação iônica: utilizada para realçar a reação entre íons.

• Equação molecular: todas as espécies listadas como

moléculas:

HCl(aq) + NaOH(aq) H2O(l) + NaCl(aq)

• Equação iônica completa: lista todos os íons:

H+(aq) + Cl-(aq) + Na+(aq) + OH-(aq) H2O(l) + Na+(aq) +

Cl-(aq)

• Equação iônica simplificada: lista somente íons únicos:

H+(aq) + OH-(aq) H2O(l)

Reações de precipitação

Ácidos

• Dissociação = os íons pré-formados no sólido se separam em solução.

• Ionização = uma substância neutra forma íons em solução.• Ácido = substâncias que se ionizam para formar H+ em

solução (por exemplo, HCl, HNO3, CH3CO2H, limão, lima, vitamina C).

• Ácidos com um próton ácido são chamados monopróticos (por exemplo, HCl).

• Ácidos com dois prótons ácidos são chamados dipróticos (por exemplo, H2SO4).

• Ácidos com muitos prótons ácidos são chamados polipróticos.

Reações ácido-base

Bases• Bases = substâncias que reagem com os íons H+ formados por ácidos

Reações ácido-base

Ácidos e bases fortes e fracos• Ácidos e bases fortes são eletrólitos fortes.

– Eles estão completamente ionizados em solução.

• Ácidos e bases fracas são eletrólitos fracos.

– Eles estão parcialmente ionizados em solução.

Reações ácido-base

Identificando eletrólitos fortes e fracos

• Iônico e solúvel em água = eletrólito forte (provavelmente).

• Solúvel em água e não-iônico, mas é um ácido (ou base) forte = eletrólito forte.

• Solúvel em água e não-iônico, e é um ácido ou uma base fraca = eletrólito fraco.

• Caso contrário, o composto é provavelmente um não-eletrólito.

Reações ácido-base

Identificando eletrólitos fortes e fracos

Reações ácido-base

Reações de neutralização e sais

• A neutralização ocorre quando uma solução de um ácido e a

de uma base são misturadas:

HCl(aq) + NaOH(aq) H2O(l) + NaCl(aq)

• Observe que formamos um sal (NaCl) e água.

• Sal = composto iônico cujo cátion vem de uma base e o

ânion de um ácido.

• A neutralização entre um ácido e um hidróxido metálico

produz água e um sal.

Reações ácido-base

Reações ácido-base com formação de gás

• Os íons sulfeto e carbonato podem reagir com H+ de uma

maneira similar ao OH.

2HCl(aq) + Na2S(aq) H2S(g) + 2NaCl(aq)

2H+(aq) + S2-(aq) H2S(g)

HCl(aq) + NaHCO3(aq) NaCl(aq) + H2O(l) + CO2(g)

Reações ácido-base

Oxidação e redução

• Quando um metal sofre corrosão, ele perde elétrons e forma

cátions:

Ca(s) +2H+(aq) Ca2+(aq) + H2(g)

• Oxidado: o átomo, a molécula ou o íon torna-se mais

carregado positivamente.

– A oxidação é a perda de elétrons.

• Reduzido: o átomo, a molécula ou o íon torna-se menos

carregado positivamente.

– Redução é o ganho de elétrons.

Reações oxirredução

Oxidação e redução

Reações oxirredução

Oxidação e redução

Capítulo 03© 2005 by Pearson Education

Reações oxirredução

Números de oxidação

• O número de oxidação para um íon: é a carga no íon.

• O número de oxidação para um átomo: é a carga hipotética que um átomo teria se fosse

um íon.

• Os números de oxidação são determinados por uma série de regras:

1. Se o átomo estiver em sua forma elementar, o número de oxidação é zero. Por

exemplo, Cl2, H2, P4.

2. Para um íon monoatômico, a carga no íon é o estado de oxidação.

Reações oxirredução

Números de oxidação

1. Os não-metais normalmente têm números de oxidação

negativos:

a) O número de oxidação do O geralmente é –2. O íon

peróxido, O22-, tem oxigênio com um número de

oxidação de –1.

b) O número de oxidação do H é +1 quando ligado a

não-metais e –1 quando ligado a metais.

c) O número de oxidação do F é –1.

2. A soma dos números de oxidação para o átomo é a carga

na molécula (zero para uma molécula neutra).

Reações oxirredução

Oxidação de metais por ácidos e sais

• Os metais são oxidados por ácidos para formarem sais:

Mg(s) +2HCl(aq) MgCl2(aq) + H2(g)

• Durante a reação, 2H+(aq) é reduzido para H2(g).

• Os metais também podem ser oxidados por outros sais:

Fe(s) +Ni2+(aq) Fe2+(aq) + Ni(s)

• Observe que o Fe é oxidado para Fe2+ e o Ni2+ é reduzido

para Ni.

Reações oxirredução

Série de atividade• Alguns metais são facilmente oxidados; outros, não.

• Série de atividade: é uma lista de metais organizados em ordem decrescente pela facilidade

de oxidação.

• Quanto mais no topo da tabela estiver o metal, mais ativo ele é.

• Qualquer metal pode ser oxidado pelos íons dos elementos abaixo dele.

Reações oxirredução

Capítulo 03

Molaridade• Solução = é o soluto dissolvido em solvente.• Soluto: está presente em menor quantidade.• A água como solvente = soluções aquosas.• Altera-se a concentração utilizando-se diferentes quantidades de soluto e solvente.

Concentração em quantidade de matéria: Mols de soluto por litro de solução.• Se soubermos a concentração em quantidade de matéria e o volume de solução, podemos

calcular a quantidade de matéria (e a massa) do soluto.

Concentrações de soluções

Concentração em quantidade de matéria

Concentrações de soluções

• Existem dois tipos diferentes de unidades: – unidades de laboratório (unidades macroscópicas: medida em

laboratório);– unidades químicas (unidades microscópicas: referem-se a

mols).• Sempre converta inicialmente as unidades de laboratório em

unidades químicas.– Gramas são convertidos em mols utilizando-se a massa molar.– O volume ou a quantidade de matéria é convertido em mols

utilizando-se c = mol/L.• Utilize os coeficientes estequiométricos para mover entre

reagentes e produto.

Estequiometria de soluções e análise química

Estequiometria de soluções e análise química

Titulações

Estequiometria de soluções e análise química

Titulações• Suponha que sabemos a concentração em quantidade de matéria de uma solução de NaOH e que queremos

encontrar a concentração em quantidade de matéria de uma solução de HCl.• Sabemos:

– a concentração em quantidade de matéria de NaOH, o volume de HCl.• O que queremos?

– A concentração em quantidade de matéria de HCl.• O que devemos fazer?

– Tome um volume conhecido da solução de HCl, meça o volume em mL de NaOH necessário para reagir completamente com o HCl.

Estequiometria de soluções e análise química

Titulações• O que temos?

– O volume de NaOH. Sabemos a concentração em quantidade de matéria do NaOH,

então, podemos calcular a quantidade de matéria de NaOH.

• Qual o próximo passo?

– Sabemos também que HCl + NaOH NaCl + H2O. Portanto, sabemos a

quantidade de matéria de HCl.

• Podemos finalizar?

– Sabendo a quantidade de matéria (HCl) e o volume de HCl (acima de 20,0 mL),

podemos calcular a concentração em quantidade de matéria.

Estequiometria de soluções e análise química