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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
LIDERANÇA HUMANA EM SITUAÇÃO DE TRABALHO
Por: Leonardo Faneli Laurentino
Orientadora
Prof. Ana Paula Ribeiro
Rio de Janeiro
2009
2UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
LIDERANÇA HUMANA EM SITUAÇÃO DE TRABALHO
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Recursos
Humanos.
Por: . Leonardo Faneli Laurentino
3
AGRADECIMENTOS
A Deus pela sua infinita bondade e misericórdia, e
por ter me concedido a graça de superar todas as
dificuldades e viver hoje, este momento.
A minha esposa, filho, pai, avó e familiares que
apesar de não saber explicar a importância de vocês
na minha vida, soube sentir que o amor e o exemplo
a mim devotado resultou nesta vitoriosa conquista, a
de especialista em Recursos Humanos.
A Professora Ana Paula Ribeiro, minha orientadora,
pelas sugestões, por sua competência profissional e
auxílio para expor as idéias no papel, pelo
aprendizado e conhecimento adquirido ao longo
desta monografia.
4
DEDICATÓRIA
A minha esposa, filho, pai, avó e familiares por me
terem dado a oportunidade de construir minha
trajetória.
Muitas vezes a vida nos reserva surpresas
desagradáveis, tristes, deixando imensa lacuna.
Uma dessas surpresas foi a perda da minha mãe.
Durante pouco tempo eu pude desfrutar do seu amor
e companheirismo, mas percebi o quanto sua
presença foi importante. Por isso, presto esta singela
homenagem a você mãe, hoje, ao lado de Deus.
5
RESUMO
O presente estudo aborda o tema Liderança no Trabalho, que é uma ferramenta organizacional imprescindível e permite ao gestor, a tornar-se mais competente na sua interação cotidiana com as pessoas, mostrando o porquê algumas organizações são eficazes e outras não. Aborda a necessidade do líder em obter habilidade para conduzir várias pessoas sob diversas influências e variáveis a um objetivo em comum. Atualmente, o fator liderança adquire espantosa importância dentro do contexto organizacional. Como as empresas são formadas de grupos de pessoas que precisam ser coordenadas em seus esforços individuais, a fim de que metas e objetivos sejam alcançados, cada dia mais se tem valorizado aqueles que patentemente usam com eficácia seus recursos pessoais no cumprimento das responsabilidades de bem dirigir subordinados, visto que muitos dos nossos problemas não estão no mundo das coisas e sim no mundo das pessoas e que o maior fracasso do homem tem sido sua incapacidade para conseguir cooperação e compreensão dos outros. No primeiro capítulo, apresenta-se como tema o estudo da liderança buscando explicar ao leitor as origens, necessidades, e o foco da liderança em tarefas ou pessoas. No capítulo dois, as teorias sobre a liderança e a sua importância são apresentadas assim como a polemica situação entre o chefe e o líder. Um estudo de caso é apresentado no capítulo três seguido de uma apreciação crítica sobre o caso discorrido. Na conclusão, são feitas considerações a respeito da liderança humana no trabalho, ao caso apresentado neste estudo e na importância quando exercida devidamente nas organizações.
Palavras-chaves: liderança, condução, habilidade e reflexões a respeito da liderança no trabalho.
6METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada neste trabalho foi bibliográfica, pois
foram realizadas pesquisas em material acessível ao público em geral como
livros e redes eletrônicas com o objetivo de executar uma apreciação crítica ao
estudo de caso apresentado no capítulo terceiro relevante ao tema do estudo.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Estudo da Liderança 11
CAPÍTULO II – As teorias da Liderança 20
CAPÍTULO III – O Estudo de Caso Serede SA 30
CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
8INTRODUÇÃO
A Transformação da sociedade a partir do início do século XX tem sido
extraordinária. Passamos de uma sociedade basicamente agrária para uma
sociedade dinâmica e empresarial, com um nível de educação e padrão de vida
mais elevado do que jamais pensou ser possível. Além disso, nosso progresso
técnico e científico ultrapassa os limites imaginados.
Este progresso tem também seu lado “oposto”. Num momento em que
devíamos estar vivendo numa época de fartura, vemos que estamos
mergulhados em conflitos. Os problemas que enfrentamos não podem ser
resolvidos, apenas, por habilidades técnicas e científicas; exigirão também
habilidades sociais, humanas. Muitos dos nossos problemas não estão no
mundo das coisas e sim no mundo das pessoas. O maior fracasso do homem
tem sido sua incapacidade para conseguir cooperação e compreensão dos
outros, fato esse observado por Elton Mayo (apud Bergamini, 1982) quando
citou que “para a sociedade, tem sido desastrosas as conseqüências do
desequilíbrio entre o desenvolvimento da capacidade técnica e o de
capacidade social”.
Nessas últimas décadas, cada vez mais o ser humano tem chamado a
atenção dos estudiosos e merecido cuidadosos estudos a fim de que possa ser
mais bem conhecido sob todos os aspectos que lhe são peculiares.
O notório desenvolvimento empresarial foi aos poucos chamando a
atenção para o comportamento humano nas organizações. Logo se percebeu a
necessidade de delegar responsabilidades, o que sem dúvida foi aumentando a
importância do papel da liderança. A partir desse momento, alguns estudiosos
viram-se atraídos a observar o fenômeno da liderança organizacional.
Atualmente, o fator liderança adquire espantosa importância dentro do
contexto organizacional. Como as empresas são formadas de grupos de
pessoas que precisam ser coordenadas em seus esforços individuais, a fim de
que metas e objetivos sejam alcançados, cada dia mais se tem valorizado
9aqueles que patentemente usam com eficácia seus recursos pessoais no
cumprimento das responsabilidades de bem dirigir subordinados.
A falta de habilidade em liderar verdadeiramente e naturalmente o
pessoal que preenche posições inferiores tem chegado a determinar sérios
problemas, tais como sabotagens de produção, dificuldades de comunicação
entre as pessoas, certos boatos, resistências passivas, falta de iniciativa e
assim por diante.
Ao observar que a maioria das empresas fracassam após sua
constituição e que este fato pode ser atribuído a sua liderança, o que me levou
a realizar este estudo, foi a busca de respostas se um líder pode de fato ajudar
a organização a se desenvolver e se consolidar no mercado? Busca-se ainda,
delinear ao leitor que toda organização de sucesso é o produto de uma
liderança adequada assim como as empresas que fracassam também se deve
ao fato de uma liderança não ajustada, conseqüentemente.
Espera-se fixar a idéia de que uma organização bem conduzida pode se
ajustar ao seu ambiente e a se desenvolver gradativamente a caminho do
sucesso empresarial, passando ao leitor ou pesquisador que toda organização
demanda da figura de um líder e que este influencia e muito os resultados
alcançado pela mesma em sua trajetória. Ao discorrer sobre as Teorias
Administrativas de Liderança, finalmente, se busca inserir o leitor em seu
ambiente e propor um estudo de caso referente ao estudo com sua devida
apreciação crítica e conclusão.
Atualmente, as organizações de sucesso têm um atributo básico que a
separa das que não possui; uma liderança dinâmica e eficiente. Diante do
exposto, este estudo busca respostas a respeito da figura do líder que seja
capaz de assumir seu papel tornando-se um líder de negócios e fazendo com
que a organização se desenvolva constantemente.
Em face aos problemas apresentados, este estudo busca compreender
a influência da liderança humana em situação de trabalho no ambiente
operacional da Serede Serviços de Rede S.A, tomando como base as Teorias
administrativas de liderança e analisando a freqüência da atuação do líder de
10área em campo de trabalho. Busca-se ainda responder o porquê algumas
organizações são bem sucedidas e outras não.
Pode-se dizer que a atuação do líder não está unicamente voltada para
os aspectos internos em seu setor de trabalho. A ele são atribuídas também
atividades de adaptação de sua equipe ao meio ambiente. Cabe ainda, ter a
sensibilidade de perceber e diagnosticar as variáveis ambientais, para que
possa estar habilitado a fornecer orientações precisas e seguras ao destino
futuro do grupo.
Espera-se concluir neste estudo que a liderança humana no trabalho
quando exercida devidamente, é uma atividade imprescindível para o alcance
dos objetivos organizacionais tendo em vista que a grande função do líder
consiste em ter habilidade de coordenar as tarefas de cada membro a fim de
que a tarefa grupal flua de forma harmônica e sem interrupções atingindo
assim, diariamente, suas metas e objetivos de acordo com o planejado.
11CAPÍTULO I
O ESTUDO DA LIDERANÇA
A linha histórica da humanidade demonstra que as transformações e as
evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu seus conhecimentos e
habilidades necessárias para trabalhar o meio físico, simplificá-lo e transformá-
lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele inventou as roupas, os abrigos,
os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e outros dispositivos que,
somados a estes, aceleraram os processos de mudança, desencadearam o
progresso e o surgimento das organizações.
Tudo isso nos leva a crer que a mudança é um fenômeno que vem
acompanhando o homem desde os seus primórdios. Por isso, as mudanças já
não nos surpreendem, o que nos causa espanto é a velocidade e a
profundidade com que elas acontecem.
Na grande arrancada rumo ao terceiro milênio, a humanidade, por ser
palco das transformações cada vez mais rápidas e expressivas, encara as
mudanças como uma constante na vida do homem e das organizações e, por
medida de sobrevivência, passa a lidar com elas procurando conciliar de
maneira natural e harmônica as necessidades pessoais e profissionais do
indivíduo, integrando o homem no ambiente de trabalho, afinado com os
objetivos e a missão da organização.
Nasce assim, o binômio homem e organização e, na medida em que
surge a preocupação em conduzir e administrar adequadamente esta relação,
as organizações precisam de um amplo processo de reestruturação que
permitia uma análise mais acurada de reordenação de estruturas, de rotinas,
de comunicações e desenvolvimento de pessoal.
12Segundo estudos de Davis:
“... Sem ela, uma organização será apenas uma confusão de
pessoas e máquinas, do mesmo modo que uma orquestra sem
maestro será somente músicos e instrumentos. A orquestra como a
organização, requerem liderança para desenvolver ao máximo seus
preciosos ativos...” (1992 p.150).
Há quem afirme que os primeiros estudos sobre a liderança surgiram em
1904, mas na realidade, os estudos mais sérios com fundamentação científica
neste campo, datam na década de 1920 a 1930, quando se iniciaram as
célebres observações nas fábricas de Hawthorne da Western Electric, nos
Estados Unidos.
A liderança é um aspecto da administração. É um mecanismo capaz de
harmonizar as necessidades dos indivíduos com as exigências da organização.
É um processo abrangente que ocorre praticamente em todos os segmentos da
sociedade; na família, escola, empresa, enfim, em todas as integrações sociais.
Ela manifesta sempre que uma pessoa procura, de qualquer forma, influenciar
o comportamento de outra, ou de um grupo, com vistas a alcançar objetivos.
Atualmente, o fator liderança adquire espantosa importância no contexto
organizacional. Como as empresas podem ser consideradas formadas de
grupos de pessoas que precisam ser coordenadas em seus esforços
individuais, a fim de que metas e objetivos sejam atingidos, mais se tem
valorizado aqueles que patentemente usam com eficácia seus recursos
pessoais no cumprimento das responsabilidades de bem dirigir seus
subordinados.
Durante muitos anos, o ponto chave da liderança residiu no significado
do poder hierárquico, onde o chefe era obedecido e muitas vezes os
subordinados se deixavam manipular porque desse chefe dependia o futuro de
suas vidas na organização.
13Segundo estudos de Chiavenato: “... liderança é o processo de exercer
influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos
em uma determinada situação...” (2000, p.135).
Fundamentalmente, a liderança inclui a realização de objetivos, com
pessoas e através destas. Portanto, um líder deve ocupar-se de tarefas e
relações humanas. Esses interesses de liderança parecem refletir duas das
primeiras escolas de pensamento na teoria da organização – a administração
científica e a escola de relações humanas.
1.1) O Movimento da Administração Científica
No início da década de 1990, um dos teóricos mais lidos na
administração era Frederick Winslow Taylor (apud Chiavenato, 2000). A base
de sua administração científica tinha uma natureza tecnológica. Pensava-se
que a melhor forma de aumentar a produção era melhorar as técnicas ou
métodos empregados pelos operários. Consequentemente interpretava-se o
pensamento de Taylor (idem) como se considerasse as pessoas como
instrumentos ou máquinas que deviam ser manipuladas por seus líderes.
Aceitando essa suposição, outros teóricos deste movimento supuseram que se
devesse criar uma organização tão racionalmente planejada e executada que
criasse mais eficiência na administração e, consequentemente, aumentasse a
produção. A administração deveria ser separada de problemas humanos e de
emoções. O resultado foi que as pessoas ou operários precisavam ajustar-se à
administração, e não esta às pessoas.
Segundo estudos de Chiavenato:
“... o objetivo da administração científica é assegurar o máximo
de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de
prosperidade ao empregado. O Princípio da máxima prosperidade
para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o
empregado deve ser os dois fins principais da administração. Assim,
deve haver uma identidade de interesses entre empregados e
empregadores...” (2000, p.55).
14Para realizar este pleno, Taylor (idem) iniciou os estudos de tempo e
movimento, a fim de analisar tarefas de trabalho, de modo a melhorar a
realização em todos os aspectos da organização. Uma vez que as tarefas
tivessem sido reorganizadas com eficiência, o interesse econômico pessoal
dos operários poderia ser satisfeito através de planos de incentivo para o
trabalho (trabalho por peças, etc.).
Na teoria clássica ou administração científica, a função do líder era,
evidentemente, estabelecer e impor critérios de realização, a fim de atender
aos objetivos da organização. Seu foco principal voltava-se para as
necessidades da organização e não para as necessidades do indivíduo.
1.2) O Movimento das Relações Humanas
Na década de 1920 e no início da de 1930, a tendência iniciada por
Taylor deveria ser substituída, no centro das preocupações, pelo movimento
das relações humanas. Este foi iniciado por Elton Mayo (apud Chiavenato,
2000) e seus colaboradores. Estes teóricos sustentavam que, além de
encontrar os melhores métodos tecnológicos para melhorar a produção, a
administração seria beneficiada se voltasse para os problemas humanos.
Sustentava-se que os centros reais de poder na organização estavam nas
relações interpessoais que se criavam na unidade de trabalho. O estudo de tais
relações humanas era a tarefa mais importante para a administração e a
análise da organização. Esta deveria desenvolver-se em torno dos operários e
deveria levar em conta as atitudes e os sentimentos humanos.
Na teoria das relações humanas, a função do líder era facilitar a
realização cooperativa de objetivos pelos seguidores, ao mesmo tempo em que
daria oportunidades para seu desenvolvimento e crescimento pessoal. Seu
foco principal, ao contrário do que ocorria com a teoria da administração
científica, voltava-se para as necessidades individuais e não para as
necessidades da organização.
15Segundo estudos de Chiavenato: “... assim, a teoria das relações
humanas nasceu da necessidade de corrigir a tendência á desumanização do
trabalho com a aplicação de métodos científicos e precisos...” (2000, p.108).
Vale ressaltar que dentro de uma organização, os sistemas técnicos e
humanos são subsistemas interligados e interdependentes. Os dois
subsistemas permanecem em estado de equilíbrio, no qual uma modificação
em uma parte provoca reação na outra no sentido de restabelecer a condição
de equilíbrio preexistente.
Fundamentalmente, portanto, o movimento da administração científica
acentuava um interesse por tarefa, através da autoridade formal considerando
apenas a chefia dos níveis hierárquicos superiores sobre os níveis inferiores
nos aspectos relacionados com as atividades do cargo, enquanto que o
movimento de relações humanas acentuava um interesse por relações
pessoais constatando a influência da liderança sobre o comportamento das
pessoas. O reconhecimento desses dois interesses caracterizou o trabalho
sobre liderança, desde o momento em que se tornou evidente o conflito entre
as escolas das relações humanas e a científicas.
Um líder descrito como orientado para o empregado acentua o aspecto
de relações humanas de seu trabalho. Pensa que todos os empregados são
importantes, interessa-se por todos, aceita sua individualidade e suas
necessidades pessoais. Já a orientação para a produção acentua a produção e
os aspectos técnicos do trabalho, considerando os empregados como
instrumentos para realizar os objetivos da organização (idem). Essas duas
orientações são paralelas aos conceitos de autoritário (tarefa) e democrático
(relações) e estabelece o comportamento do líder frente à determinada
situação, conforme apresentaremos no próximo capítulo.
Após a identificação dos dois interesses centrais de qualquer situação
de liderança, - a tarefa e as relações humanas – tentou-se encontrar um campo
comum (bidimensional) que inclua os dois interesses como fatores necessários
para a sobrevivência de qualquer empresa em determinada situação, conforme
discorrerei a seguir.
161.3) Liderança Orientada para Tarefas
A liderança orientada para a tarefa compreende os comportamentos
classificados dentro do modelo autocrático de uso da autoridade. Em essência,
este líder se preocupa mais com a tarefa do que o grupo que a executa. Este
tipo de liderança tende apresentar os seguintes comportamentos:
• Focaliza o trabalho do subordinado ou grupo focando o cumprimento de
prazos, os padrões de qualidade e a economia de custos;
• Insiste na necessidade de cumprir as metas, e superar a concorrência
ou o desempenho passado;
• Esclarece as responsabilidades individuais e designa tarefas para
pessoas específicas.
Outros comportamentos deste líder podem ser classificados como:
autocrático, diretivo, e socialmente distante. Os comportamentos orientados
para a tarefa incluem igualmente a utilização desmesurada da autoridade, que
se designa como tirania ou ditadura.
1.4) Liderança Orientada para Pessoas
A liderança orientada para pessoas compreende os comportamentos
classificados dentro do modelo democrático de uso da autoridade. Em
essência, este tipo de líder acredita que o processo administrativo deve
procurar criar um clima em que as pessoas sintam-se confortáveis. O líder
orientado para pessoas tende a apresentar os seguintes comportamentos:
• Focaliza o próprio funcionário ou grupo, enfatizando as relações
humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe;
• Ouve e presta a atenção;
• É amigável;
• Apóia os funcionários.
17Outros comportamentos do líder orientado para pessoas podem ser
classificados como: democrático, consultivo-participativo e preocupado com o
colaborador. A orientação para pessoas, quando levada ao extremo, permite
classificar o líder como permissivo ou omisso.
1.5) Liderança Bidimensional
A liderança orientada para a tarefa e pessoas, a princípio, foram
consideradas estilos em oposição, mutuamente excludentes, assim como se
pensava a respeito da democracia e autocracia, como idéias em conflito.
Todavia, pode-se perceber que a tarefa e as pessoas não são pólos opostos da
mesma dimensão, mas limites do mesmo território. Essa é a visão
bidimensional da liderança na qual o líder pode combinar os dois estilos em
seu comportamento, ou enfatizá-los simultaneamente.
O modelo tarefa-pessoa revela que a liderança é um processo social
complexo, que abrange múltiplos comportamentos e que depende tanto do
líder quanto dos subordinados, quanto de outros fatores. Além disso, o líder
pode ser eficaz ou ineficaz tanto na dimensão da tarefa quanto na dimensão
das pessoas. Certos comportamentos, nas duas dimensões, produziam
satisfação e desempenho. Ao mesmo tempo, outros comportamentos, nas
duas dimensões, produziam insatisfação e prejudicavam o desempenho.
A visão bidimensional da liderança permitiu oferecer uma explicação
para conciliar à eficácia do líder com as duas orientações. Dois estudiosos em
liderança, Blake e Mouton, desenvolveram a idéia da grade gerencial, (apud
Vergara, 2005). De acordo com o modelo explicativo da liderança, o líder pode
dar muita ou pouca ênfase para a tarefa e, ao mesmo tempo, muita ou pouca
ênfase para as pessoas. A grade, desse modo, baseia-se na visão
bidimensional da liderança, atribuindo valores aos dois estilos. Cada
coordenada possui uma escala de nove pontos. Segundo eles, o líder-tarefa
(9,1) é altamente orientado para tarefas/produção e pouco para pessoas. Já o
líder (1,9) é o oposto. O líder negligente (1,1) é aquele pouco orientado para
tarefas como para pessoas. O líder meio-termo e medíocre (5,5) é o
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 BAIXA ÊNFASE NA PRODUÇÃO ALTA
BAIXA ÊNFASE NAS PESSOAS
ALTA
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
mediamente preocupado com resultados e pessoas. Já o líder-equipe (9,9) é o
líder ideal sendo orientado simultaneamente para as pessoas e
tarefas/produção. Observe a figura abaixo:
GRADE GERENCIAL DE BLAKE E MOUTON
FONTE: Maximiniano (2000, p.411.)
De acordo com Blake e Mouton, melhor é o estilo quanto mais se
aproximar da possibilidade “9-9”, ou quanto mais o comportamento do líder for
o de um gerente de equipe. Após alcançar grande repercussão, este modelo foi
criticado em função de sua proposta de um comportamento que funcionaria
bem em qualquer situação. Diziam os críticos que não há um estilo que seja
melhor que o outro qualquer que venha a ser a situação do momento, segundo
estudos de Vergara, 2005.
Porém, a grade gerencial tem seus aspectos positivos; colocando
gerentes e “subordinados” juntos, onde se trabalha com a questão da imagem
1,9 Líder orientado para as pessoas
1,1 Líder negligente
5,5 Líder medíocre
9,9 Líder equipe
LIDERANÇA IDEAL
9,1 Líder orientado para a produção
19que cada um faz de si e a que os outros lhe fazem. No entanto, a grade
gerencial ainda trabalha o nível do comportamento, isto é, o que é observável e
que, quase sempre, escamoteia os motivos mais ocultos. A lição que fica é de
que as pessoas se modifiquem quando elas próprias mexem em seus valores
ou energia que orientam as suas ações.
20CAPÍTULO II
TEORIAS DA LIDERANÇA
A liderança constitui um dos temas mais pesquisados e estudados nas
últimas décadas. Várias teorias sobre a liderança acompanharam o
desenvolvimento da teoria administrativa. No entanto, as Teorias sobre a
liderança se dividem em três grupos cada um com características próprias, a
saber;
• Teoria dos Traços de Personalidade
Versam sobre as características marcantes de personalidade possuídas
pelo líder.
• Teoria Sobre Estilos de Liderança
São estudos sobre as maneiras e estilos de se comportar adotados pelo
líder.
• Teoria Situacional de Liderança
Estuda a adequação do comportamento do líder às circunstâncias da
situação.
2.1)Teoria dos Traços de Personalidade
São as mais antigas teorias a respeito da liderança. Um traço é uma
qualidade ou característica distintiva da personalidade. Assim, o líder apresenta
características marcantes de personalidade por meio das quais se acreditava
poder influenciar o comportamento das demais pessoas. Segundo esta
filosofia, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade
que o distinguem das demais pessoas.
Segundo estudos de Vergara: “... A Teoria dos traços e personalidade
exerce a influência sobre indivíduos e grupos. Quem nascesse com
determinados traços de personalidade tais como; físicos intelectuais, pessoais,
seria um líder...” (2005, p. 75).
21De acordo com os estudos de Maximiniano: “... este tipo de estudo de
liderança baseia-se em biografias e em situações em que alguém
desempenhou um papel de liderança ‘incidentes críticos’...” (2000, p. 400).
Cada autor pesquisado define alguns traços característicos de
personalidade que definem o líder, como:
• Traços físicos:
• Traços intelectuais
• Traços sociais
• Traços relacionados com a tarefa.
Assim, a teoria dos traços e personalidade nos afirma que, quem
nascesse com estes traços seria um líder. Sempre. Quem não nascesse
certamente não o seria. Infere-se desta teoria que o líder nasce feito, ou seja, a
liderança é nata como um sinal qualquer como uma mancha na pele ou olhos
azuis, por exemplo, a pessoa carrega os traços de liderança.
Em resumo, segundo esta teoria, o líder deve inspirar confiança, ser
inteligente, perceptivo e decisivo para ter condições de liderar com sucesso.
Porém, algumas falhas colocaram esta filosofia em descrédito, a saber;
• As teorias dos traços ignoram a influencia e reação dos subordinados. A
pergunta que fica no ar é: Um indivíduo pode ser líder para todos e qualquer
tipo de subordinado?
• Ignoram a situação em que a liderança se efetiva. Uma situação de
emergência exige um tipo de comportamento do líder, enquanto uma situação
de estabilidade tem outras características diferentes.
• Dentro desta abordagem simplista, um indivíduo dotado de traços de
liderança é sempre líder durante todo o tempo e em toda e qualquer situação, o
que não ocorre na realidade.
Por essas razões, essa teoria perdeu sua importância e não se
sustentou por muito tempo. No entanto, a simples enumeração de algumas
22características constitui um exemplo e um paradigma interessante para o líder
ter em mente. Entretanto, as pessoas que tem os mesmos traços não são e
nem se tornarão necessariamente um líder. Além disso, até hoje não se
conseguiu identificar um conjunto de traços de personalidade comum a todos
os líderes. Apesar destes problemas, o estudo dos traços de personalidade
mostra algumas conclusões, por exemplo; alguns dos traços de personalidade
mais característicos dos líderes são a iniciativas nas relações pessoais e o
senso de identidade pessoal (apud Bergamini, 1982). Ora, se a pessoa não
nasce líder então é possível aprender a ser um. Surge então, outra teoria a
Teoria dos Estilos de Liderança.
2.2)Estilos de Liderança
O estilo de liderança gira em torno de dois comportamentos; a
autocracia e a democracia. A primeira por dizer aos seguidores o que devem
fazer e como devem fazê-lo e a segunda por poder compartilhar suas
responsabilidades de liderança com os seguidores, ao fazer com que
participem do planejamento e da execução da tarefa.
Ambos partem como pontos opostos de uma escala dentro da qual, a
autoridade do gerente e a liberdade dos integrantes da equipe se combinam.
Conforme a autoridade se concentra no líder, a autonomia do liderado diminui,
e vice-versa. Quando o foco se desloca do grupo para se concentrar no
comportamento do líder, o que se observa é o estilo de liderança.
Segundo estudos de Maximiniano: “... estilo de liderança é a forma de
como o líder se relaciona com os integrantes da equipe, seja em interações
grupais ou pessoa a pessoa...” (2000, p.405).
Depois de identificar os dois interesses centrais de qualquer situação de
liderança, a tarefa e as relações humanas – ficou reconhecido o conflito
potencial na satisfação dos dois interesses e que os mesmos são fatores
necessários para a sobrevivência de qualquer organização.
23Um líder ideal é capaz de adaptar seu estilo de comportamento de líder
as necessidades da situação e dos seus seguidores. Como estas não são
constantes, o uso de um estilo adequado do seu comportamento é um desafio
ao líder eficiente.
Quanto mais o líder adapta seu estilo de comportamento de líder para
atender á situação específica e às necessidades de seus seguidores, mais
eficiente tenderá a ser para atingir os objetivos pessoais e da organização.
Segundo estudos de Chiavenato:
“... As teorias sobre estilos de liderança são as teorias que
estudam a liderança em termos de estilos de comportamento
do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras
pelas quais o líder orienta a sua conduta...” (2000,p.137).
Uma forma mais conhecida de explicar a liderança por meio de estilos
de comportamento, sem ter a preocupação com as características pessoais de
personalidade do líder refere-se aos três estilos de liderança: Autocrática,
Democrática e Liberal.
2.2.1) Comportamento Autocrático
Neste estilo de comportamento, o líder centraliza as decisões e impõe
suas ordens ao grupo. Quanto mais concentrada a autoridade no líder, mais
autocrático seu comportamento ou estilo. Muitas formas de comportamento
autocrático abrangem prerrogativas da gerencia, como as decisões que
independem de participação ou aceitação. Infelizmente, o estilo autocrático
pode degenerar e tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo.
Resumindo, neste estilo de liderança “manda quem pode e obedece quem tem
juízo”.
2.2.2) Comportamento Democrático
O líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática
das pessoas. Quanto mais as decisões forem influenciadas pelos integrantes
24do grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os comportamentos
democráticos envolvem alguma espécie de influencia ou participação dos
liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade por parte do
dirigente.
2.2.3) Comportamento Liberal
O líder delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o totalmente á
vontade e sem controle algum. Neste caso, ser liberal implica decisão de
abdicar deliberadamente do poder de tomar determinadas decisões, que são
delegadas para os liderados. Quanto mais o líder delegar as decisões aos seus
liderados, mais liberal é o seu comportamento.
Ao observar as definições supracitadas, alguns pesquisadores e
estudantes vêm fazendo perguntas como:
• Há estilos melhores de liderança ou mais eficazes que outros?
• Que critérios devem orientar a análise e escolha dos modelos ou estilos
de liderança?
Apesar de continuar sem uma resposta definitiva, essa questão deu
origem a inúmeras tentativas de explicar as categorias básicas de liderança e
de indicar formas de utilizá-los corretamente.
Em tentativa de tentar explicar, foi realizada uma experiência para
analisar o impacto provocado pelos três diferentes estilos de liderança em
meninos orientados para execução das tarefas (apud Maximiniano, 2000). Os
meninos foram divididos em quatro grupos. A cada seis semanas, a direção de
cada grupo alternava os estilos diferentes; autoritária, democrática e liberal.
Ao aplicar a liderança autocrática, o comportamento do grupo mostrou
forte tensão, frustração e agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma
espontaneidade, iniciativa. Embora aparentemente gostassem das tarefas, não
demonstraram satisfação em relação á situação. O trabalho somente se
desenvolvia com a presença do líder. Quando o mesmo se ausentava, as
25atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos reprimidos
chegando a explosões de indisciplina e de agressividade.
Já na prática da liderança liberal, as tarefas se desenvolviam ao acaso,
com muitas oscilações, perdendo-se tempo com discussões voltadas para
motivos pessoais do que relacionadas com o trabalho em si. A produção foi
medíocre.
Enquanto no linear da liderança democrática, houve a formação de
grupos de amizade e de relacionamentos. O trabalho se mostrou suave e
seguro, sem alterações mesmo na ausência do líder. O que mais chamou a
atenção foi o sentido de responsabilidade e de comprometimento pessoal além
de uma impressionante integração grupal, num clima de plena satisfação.
Saindo um pouco do escopo acadêmico e inserindo-nos no âmbito
organizacional, cotidianamente, o líder utiliza os três processos de liderança,
de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O
desafio da liderança é saber quando aplicar qual processo com quem e dentro
de que circunstancias e atividades a serem desenvolvidas.
A teoria dos estilos de liderança ensejou muitos modelos com o objetivo
de transformar as pessoas em líderes democráticos e, ao mesmo tempo, com
forte preocupação com a produção, segundo estudos de Vergara, 2005.
A conclusão momentânea é que tal como a teoria dos traços de
personalidade, a teoria dos traços de liderança é frágil não se sustentando,
portanto. Contudo, a teor dos estilos nos sinaliza para a questão das situações.
Surge a partir de então, a Teoria Situacional conhecida também como Teoria
Contigencial da Liderança.
2.3) Teoria Situacional da Liderança
A teoria situacional da liderança explica a liderança dentro de um
contexto mais amplo e partem do início de que não existe um único estilo ou
característica de liderança válida para toda e qualquer situação (apud
Bergamini, 1982).
26Ao observar que as teorias dos traços são simplistas e limitadas e que
as teorias sobre estilos de liderança consideram apenas certas variáveis da
situação, surge a liderança situacional que nos afirma que cada situação requer
um tipo de liderança para atingir a eficácia dos subordinados.
As teorias situacionais são mais atraentes ao líder, pois aumentam as
alternativas de modificar a situação para adequá-las a um modelo de liderança
ou vice-versa. O líder é aquele que é capaz de se ajustar a um grupo de
pessoas sob condições variadas. Por este motivo, a localização e o
reconhecimento deste dependem da posição estratégica que ele ocupa dentro
da cadeia de comunicações e não apenas em suas características de
personalidade. A partir de então, se ganha força a abordagem situacional da
liderança.
Segundo estudos de Vergara:
“... Na teoria contigencial, a liderança é uma relação de três
elementos; líder, seguidores e situação. È, portanto, uma teia (...) A
teoria contigencial retira do foco a atenção da figura do líder para o
fenômeno da liderança (...) Nos alerta que a liderança é uma relação,
ou seja, não se pode falar em líderes sem falar de liderados, não se
pode falar em poder sem falar sobre quem ele é exercido...” (2005,
p.78).
Nessa relação, Tannenbaum e Schmidt (apud Maximiniano, 2000),
propõem que o líder deve considerar e avaliar três fatores que agem entre si, a
saber; líder, seguidores e situação.
A variável líder se destaca a questão da autoridade formal e a
personalidade. O fato de alguém ter a autoridade formal (aquela imposta pela
hierarquia) não garante a liderança, mas pode facilitá-la. Por outro lado,
características de personalidade tanto podem facilitar como podem criar
obstáculos. O grupo coopera a quem a eles respeita.
Outro foco na variável líder avalia a forma como o líder se comporta e
influencia principalmente por sua formação, conhecimento, valores e
27experiência. Uma pessoa que valorize a iniciativa e a liberdade, por exemplo,
tende a dar prioridade aos comportamentos democráticos. Alguns exemplos da
situação da força no gerente são os valores pessoais do gerente, suas
convicções pessoais, confiança nos subordinados, tolerância para a
ambigüidade.
No fator seguidores, a teoria destaca a questão das expectativas, dos
interesses e motivações para afirmar que exercerá a liderança aquele que as
satisfizer. O fator seguidores influencia a escolha e a eficácia do estilo de
liderança. O dirigente deveria proporcionar maior participação e liberdade de
escolha para os funcionários quando estes apresentassem as seguintes
características, entre outras: capacidade de identificar os objetivos da
organização e desejo de assumir responsabilidades e tomar decisões, entre
outros exemplos.
Enquanto a variável situação envolve o clima da organização, o grupo de
trabalho, a natureza da tarefa e a pressão do tempo caracterizam a situação
dentro da quais os estilos funcionam com maior ou menor eficácia. Assim a
cultura da organização, o clima psicológico, a relevância da tarefa a ser
executada, os riscos de sua não execução, portanto, precisam ser
considerados. A teoria da contingência é bastante útil para a compreensão de
determinadas situações.
Podemos observar que quando as tarefas são rotineiras e repetitivas, a
liderança é ilimitada e sujeita ao controle pelo chefe, que passa a adotar um
padrão de liderança autocrática.
Um líder pode assumir diferentes padrões de liderança para cada um de
seus subordinados, de acordo com as forças anteriores apresentadas.
Ainda, para um mesmo subordinado, o líder também pode assumir
diferentes padrões de liderança, conforme a situação envolvida. Em situações
em que o subordinado apresenta alto nível de eficiência, o líder pode dar-lhe
maior liberdade nas decisões, mas se o subordinado apresentar erros
seguidos, o líder pode impor-lhe maior autoridade pessoal e menor liberdade
de trabalho.
282.4) Chefia x Liderança: Uma Questão Polêmica
Ao nascer, a função de chefia foi denominada de capatazia, ou seja, o
ascendente do líder foi chamado de capataz. Depois passou a ser chefe.
Usamos ainda hoje várias expressões como; supervisor, inspetor, gerente, etc.
Embora isso aconteça, percebemos que estas expressões, aos poucos, estão
sendo esquecidas, para dar o lugar à liderança. Isto é, desaparece o chefe,
nasce o líder.
Por este motivo, muitos ainda confundem chefia e liderança. Alguns
chegam até a confundi-las usando-as como sinônimos. Na verdade, surgem
muitas contradições quando se tenta conceituar esses dois termos. Porém, o
certo é que nem todo chefe é líder. Poderá sê-lo, desde que aja no sentido de
obter participação, envolvimento e adesão do grupo, no alcance dos objetivos.
Para facilitar um melhor entendimento desse capítulo, segundo estudos
de Azevedo (2007), discorrerei a seguir sobre os termos chefiar e liderar.
Chefiar é, simplesmente, fazer um grupo funcionar para que sejam atingidos
determinados objetivos. Enquanto que o liderar, é mais do que isso, é a
habilidade de exercer influência e ser influenciado pelo grupo, através de um
processo de relações interpessoais adequadas para a consecução de um ou
mais objetivos comum a todos os participantes. Liderar é engajar-se em um ato
que inicia uma estrutura nas interações como parte do processo de solucionar
um problema mútuo.
Em função desta polêmica relação entre chefe e líder, apresentarei
abaixo, um quadro com a abordagem de alguns enfoques para melhor
entender estas diferenças de comportamento, (Idem).
29
FONTE: SENAC (2007, p.40).
Esse paralelo mostra, claramente, os diferentes pontos de vista de quem
chefia e de quem lidera. É absolutamente indispensável realizar um esforço
para ampliar a visão das empresas no sentido de acreditar que, ale, das
qualificações de gerenciamento, são necessárias além das qualificações de
gerenciamento, são necessárias também as qualificações de liderança, a fim
de que a eficiência e a eficácia sejam alcançadas e o êxito seja um fenômeno
concreto.
O chefe deve liderar para que seu grupo de trabalho possa otimizar suas
potencialidades e a plena satisfação no trabalho. Não podemos mais conceber
um chefe que não conheça nem pratique os princípios da liderança no sentido
de obterem as melhores condições humanas de trabalho. Daí a necessidade
do chefe aprender a liderar. Assim, posso concluir que não há chefia e
liderança e sim que a liderança é um processo de chefia.
VISÃO DE CHEFE VISÃO DE LÍDER
Administra recursos humanos. Lidera pessoas.
Precisa ganhar sempre. Precisa ganhar mais do que perder.
Tem todo o poder. Tem competência.
Conflitos são aborrecidos. Conflitos são lições.
Crises são riscos. Crises são oportunidades.
Pessoas trabalham por dinheiro. Pessoas trabalham também por dinheiro.
Tem subordinados e chefes. Tem parceiro.
30CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO SEREDE SA
A SeRede (Serviços de Rede S.A) é uma subsidiária integral da Tele
Norte Leste S.A que iniciou suas atividades em 08 de Agosto de 2007 e está
sediada na rua Hanníbal Porto 450, no bairro de Irajá no município do Rio de
Janeiro.
Instituída a atuar numa área muito específica, na Gerência de Colégio, a
empresa tem como principal objetivo, desenvolver novos modelos de
administração e atendimento bem como as melhores práticas a serem
reaplicadas às demais empresas prestadoras de serviços a Oi.
Sua principal atividade é a manutenção da Rede Externa da Oi em
alguns bairros das zonas norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro, incluindo
as regiões de Colégio (Colégio, Irajá e Anchieta), Bangu, Campo Grande e
Santa Cruz. Estas regiões integradas contemplam cerca de 660.000
(seiscentos e sessenta mil) assinantes (15% da geografia do Rio de Janeiro),
29 (vinte e nove) centrais telefônicas e 394 cabos metálicos de alta capacidade
sem citar as metas agressivas de instalações que gira em torno de 11.000
(onze mil) Oi fixo ao mês.
A SeRede possui uma estrutura organizacional constituída por um
Diretor-Presidente, pela Operação de Campo que se divide nas Gerências de
Manutenção de Rede, Centro de Operações (C.O) e Engenharia e pelos
Serviços Compartilhados que se compõe pelas Gerências Financeira, Logística
e Recursos Humanos onde ambos contam com o suporte de uma Assessoria
Jurídica. A Serede conta hoje, com aproximadamente 1.200 (um mil e
duzentos) colaboradores distribuídos em seu organograma.
A empresa entende que o sucesso do seu negócio está diretamente
ligado à política de Recursos Humanos e na tarefa diária de buscar sempre o
melhor em monitoração constante dos seus principais concorrentes; Relacom,
Nokia Siemens, Logictel entre outras. Com isso, tem a visão, de ser
reconhecida como a melhor empresa de prestação de serviços de operação e
31manutenção de redes de telecomunicações para nossos acionistas,
colaboradores e clientes.
Na constante busca de estratégias e processos que envolvam e
mobilizem as pessoas na formação de um time vencedor, a SeRede preza
pelos seguintes valores; Colaboradores, Meritocracia, Excelência, Ética,
Gestão para resultados, Foco no cliente, Pragmatismo e Flexibilidade e,
finalmente, Qualidade.
Sua missão se trata em atuar como modelo na prestação de serviços de
rede e atendimento ao cliente, desenvolvendo padrões de administração que
possam ser estendidos a todos os parceiros da Oi nesta atividade, através de
processos inovadores, uso racional dos seus recursos como a tecnologia, a
gestão agressiva dos seus custos e principalmente a valorização dos nossos
colaboradores.
Pelo fato de se tratar de uma Subsidiária, as decisões são tomadas de
forma autocrática no ambiente estratégico em acordo com sua parceira Tele
Norte Leste S.A de maneira que, por diversas vezes, vão de contra aos
interesses dos seus colaboradores causando assim, certa insatisfação na
realização das atividades.
Na SeRede, o clima organizacional na maioria das vezes não é bom. Por
incrível que pareça, apesar de ser uma instituição do segmento de
telecomunicações, a comunicação entre os departamentos costuma ser
complicada e a velocidade na tomada de decisões e resposta aos problemas
operacionais é baixa e flui de forma bastante lenta, com certa tímidez
chegando ao destino no final do prazo do processo impactando assim, um
“incêndio” e uma correria absurda para buscar atender no prazo. Isto devido
aos colaboradores de cada departamento e divisão estarem preocupados
somente com os problemas referentes a si mesmo, não possuindo uma visão
holística organizacional e a sua dinâmica. Além disso, a “distância” entre os
mesmos dificulta o foco nas atividades e a identificação dos problemas.
Não existe uma sincronia entre os níveis estratégico e operacional, pois
num dado momento, as prioridades estabelecidas são diferentes e se
32confrontam. Com isso, a insatisfação operacional começa com a falta de
atenção que gera um sentimento de desprezo para a base da organização.
Atualmente, por exemplo, um técnico trabalha cumprindo sua jornada de
trabalho semanal e, objetiva assim, gozar de um descanso com seus familiares
e desfrutar de bons momentos com eles, planejando então, durante seu
período de trabalho, um programa familiar ou outras atividades com os
próprios. A sensação de que somos “esquecidos” se inicia quando, às
dezesseis horas de uma sexta feira qualquer, vem a notícia de que no Sábado
seguinte, será cem por cento no turno de trabalho. Se o problema fosse
somente esse, seria fácil de contornar. Faria a troca da folga de Sábado para
segunda feira e os técnicos folgariam seus dois dias consecutivos, mas somos
impedidos de conceder as folgas neste dia. Infelizmente, o que se ouve é o
sentimento de que não vale a pena vestir a camisa da empresa fato que não
respeita o seu principal valor; o colaborador.
Lembra de que citei que falta visão holística? Então, você concordaria
comigo que uma organização é composta por subsistemas interdependentes e
integrados onde se alterarmos uma parte, esta causará conseqüência em
outra? Pois então, outro problema conseqüente ao anterior é que, ao convocar
cem por cento na rua para os técnicos, tem por objetivo otimizar as atividades e
maximinizar a produtividade conforme estabelecido como prioridade. Para isso,
os setores internos de apoio ao técnico deveriam também comparecer na
mesma proporção, porém isso não ocorre na maioria das vezes o que nos faz
imaginar que a comunicação não ocorre entre as divisões adequadamente
como deveria ser. Este fato se ganha força quando nos damos conta de que,
no decorrer do plantão de fim de semana, o tempo passa e a produção não
aparece em função dos “gargalos” provocado pela não proporção de
colaboradores nas atividades internas de apoio ao técnico, gargalos estes, que
geram uma tremenda lentidão nas informações e longa fila de espera no
atendimento ao técnico o que acaba impactando diretamente a produtividade
operacional. Concomitantemente, por outro lado, a cobrança intensiva por
resultados desconsidera os problemas supracitados pressionando então, o
líder de área pelo fracasso no resultado e por falta de gestão onde se começa
33a causar conflitos entre a supervisão e o técnico em campo aumentando ainda
mais a insatisfação do mesmo.
Cabe ressaltar que a empresa SeRede tem como direcionador de
receitas o número de terminais ativos na planta externa ( número/quantidade
de telefones ativos em sua rede) e, que para isso, possui metas diárias de
instalação aparentemente não tão agressivas, porém com grande dificuldade
para ser alcançada em face a uma série de fatores tais como; desistência dos
assinantes, local fechado no momento da instalação e outros tipos de
pendências que são totalmente desconsiderados na justificativa caso a meta
não seja atingida. Sem considerar a desmotivação e falta de liderança
adequada que venha a direcionar adequadamente, as partes da operação para
este objetivo.
Com o exposto acima, e por outros argumentos bem utilizados pelos
técnicos como escassez de ferramentas de trabalho e combustível limitado, por
exemplo, geram o baixo comprometimento em campo com a organização como
um todo, onde o mesmo tenta se limitar a trabalhar somente em sua micro-área
e a buscar suas metas na mesma.
3.1) Apreciação Crítica
Ao observar os fatos expostos descritos acima, pode-se perceber que
existem alguns problemas de gestão que envolve a organização e
principalmente o ambiente operacional, responsável por gerar receitas para a
empresa e representa em torno de 86% do seu efetivo. Problemas estes que
se iniciam no estilo de gestão e que se estende até cada colaborador da
organização em estudo e se limitam basicamente entre dois fatores; a gestão
autocrática e a comunicação inadequada.
Ao observar que liderar é a capacidade de influenciar pessoas ou grupos
ao atingimento de um objetivo em comum, pode-se logo deduzir que, em
função da variabilidade humana, ou seja, cada um possui características
próprias e diferentes virtudes, que cada líder adota um estilo de gestão seja de
34acordo com a situação ou seja de acordo com o grau de maturidade dos
subordinados. No caso citado, o estilo de gestão adotado é totalmente
autocrático onde não se consulta a base para a tomada de decisão o que traz
certos prejuízos, pois quem trabalha na ponta vivencia o dia-a-dia e entende
melhor o que faz, porque faz, como faz e onde estão os problemas a serem
resolvidos. Paralelo a isso, a comunicação não adequada, causa prejuízos
irreparáveis e joga todo esforço do planejamento pelo ralo. Fica bem difícil
trabalhar numa organização que sequer, possui o elemento chave adequado; a
comunicação, pois sem esta, não se pode gerar resultados adequado em
tempo hábil cuja tomada de decisões são totalmente distorcidas gerando
prejuízos às vezes irreparáveis ao empreendimento.
Visto o prejuízo da gestão autocrática e da comunicação muitas das
vezes não adequada, a integração e o funcionamento coordenados das partes
da empresa venham a não fluir da forma desejada. Impor turno de trabalho
cem por cento transferindo a folga já planejada e não dispor de apoio
necessário são fatores que indicam além da falta de comunicação e integração
a carência de um planejamento estratégico adequado. Quando cito
planejamento estratégico, significa engajar no objetivo, todas as partes
envolvidas, pois somente assim, é que se pode chegar a algum lugar.
Cabe uma sugestão. Talvez se as instalações que são o carro-chefe da
organização fossem agendadas e direcionadas aos técnicos correspondentes,
reduziriam substancialmente as visitas improdutivas e resolveria parte deste
problema do atingimento da meta.
A empresa cita o colaborador com seu principal valor. Imagina se fosse
o último, pois o enriquecimento de tarefas é bem exagerado. Atualmente, o
técnico realiza atividades de preventiva, instalação, mudanças, reparos e
serviços em gerais (INSCOREXT, INSVISENI, INSVISUSO e INSVIDAN), onde
a maioria destes foram contratados para somente reparar linhas telefônicas e
foram obtendo suas atividades enriquecidas aos poucos.
O líder de área muitas das vezes fica inibido de tomar algumas decisões.
Se dispensar um colaborador, por exemplo, fica com menos este por um
35período muitas vezes longo chegando a dois meses o que de certa forma, nos
indica falta de mobilização administrativa e apoio adequado. Não somos
consultados por nenhum tipo de estratégia e temos que aceitar e concordar
muitas das vezes com algo que não é certo como, por exemplo, o abatimento
das horas improdutivas do período contratual (44 horas semanais) do banco de
horas do colaborador. Por diversas vezes, nossas palavras não são confiada
pelo receptor fato que me faz questionar em pensamento “bom, se sou
supervisor, logo exerço um cargo de confiança e como posso exercer um cargo
de confiança se as pessoas não acreditarem em minhas palavras e atitudes
ponderando-as?”.
Por outro lado, o mesmo líder é o responsável por todas as atividades de
sua área e responde pelos prazos, qualidade no serviço prestado e
principalmente pela gestão de sua equipe. Deve prover condições para sua
equipe e ao mesmo tempo, ser um facilitador.
Existem algumas fragilidades por parte da empresa. Fragilidade esta que
os técnicos utilizam como argumentos se aproveitando do seu “fracasso” para
não cooperar e produzir adequadamente. Aí é que entra a figura do líder de
área utilizando uma contrapartida de argumentos tendo em mente a teoria
situacional de liderança (considerando a situação, o grau de maturidade) e a
orientação bidimensional das atividades mostrando o certo e o errado,
mostrando-se estar disposto a ajudar, a exercer enfim, o seu papel verdadeiro;
o papel de facilitador engajando o colaborador e responsabilizando-o com a
meta da equipe, mostrando assim, a relevância e importância do seu trabalho
para a organização.
Por diversas vezes, por incrível que pareça, o líder para conseguir
conduzir a equipe, em função dos problemas diários, tem que deixar de ser
líder e passar a ser chefe, pois o nível cultural dos técnicos é baixo e eles
possuem uma cultura bem rígida difícil de ser modificada. Fazer de um crise
um risco ou motivar por questões financeiras são fatores que, em última
tentativa, são utilizados para o atingimento dos objetivos.
36 Para finalizar a análise crítica, se a liderança da SeRede propuser um
planejamento estratégico de verdade onde os líderes de área forem chamados
a participar do mesmo, melhorar a comunicação interna utilizando uma página
de intranet, por exemplo, com todas as informações desde o institucional a
informações de caráter ostensivo, dispondo de lista de contatos (e-mail e
telefone) dos setores e fazê-las a funcionar, já será um avanço a melhorar seu
desempenho e posição no mercado de telecomunicações.
Por último, a cultura organizacional deve ser modificada através de uma
liderança sólida e constante. Palestras sobre temas atuais do segmento e a
respeito do mercado de trabalho podem vir a mobilizar e dar um toque na
consciência dos técnicos sobre a importância de sua atividade.
37CONCLUSÃO
A natureza e o exercício da liderança tem sido objeto de estudo do
homem ao longo da sua história. Com o passar do tempo, a pesquisa e a
literatura sobre liderança evoluíram de teorias que descreviam traços e
características pessoais dos líderes eficazes, passando por uma abordagem
funcional básica que esboçava o que líderes eficazes deveriam fazer, e
chegando a uma abordagem situacional ou contingencial, que porpõe um estilo
mais flexível, adaptativo para a liderança eficaz.
Nos últimos anos, boa parte dessas pesquisas e obras tem sido
criticadas por ser de escopo muito restrito, mais preocupada com a explicação
dos comportamentos de líderes face a face com seus colaboradores, ao invés
de examinar os líderes no contexto maior de suas organizações, prestando
pouca atenção ao papel da liderança organizacional em termos do tratamento
da mudança ambiental. É o processo de maior importancia ao qual se deve
fazer enfâse.
Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constatou a
influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três
principais teorias sobre a liderança,(2000, p.136); Traços da personalidade,
Estilos de liderança, e Situações de liderança.
Os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o
poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em
função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças
a conhecimentos que o líder detém.
A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel
fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da
organização.Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige
paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é
um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.
38Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e
influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo.
Porém, existem três implicações importantes nesta definição.
Primeira: a liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na
definição do status do líder. Segunda: a liderança envolve uma distribuição
desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo. E terceira: a
liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar
de vários modos os seguidores.
De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos
acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas
decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gerência e estreitamente
relacionada a ela, liderança e gerência não são os mesmo conceitos.
Planejamento, orçamento, controle, manutenção da ordem, desenvolvimento
de estratégias e outras atividades fazem parte do gerenciamento. Gerência é o
que fazemos. Liderança é quem somos.
Uma pessoa pode ser um gerente eficaz, um bom planejador e um
gestor justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades
motivacionais de um líder. Ou simplesmente pode ocorrer o contrário. Uma
pessoa pode ser um gerente ineficaz, porém, em contrapartida, ter as
habilidades necessárias para um bom líder.
Entre os desafios apresentados pelo ambiente mutável, as organizações
estão valorizando cada vez mais os gerentes que possuem habilidades de
liderança. Qualquer pessoa que aspire a ser um gerente eficaz deve também
se conscientizar de praticar e desenvolver suas habilidades de liderança.
Assim, liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas,
transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e
influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam
voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e
da organização.
39Então, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada
por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um
grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.
Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do
chefe, mas principalmente as do líder.
Atualmente, os líderes precisam começar a pensar como agente de
mudanças. A questão não está somente em como adquirir novos conceitos e
habilidade, mas também em como desaprender o que não é mais útil a
organização, e isto envolve ansiedade, atitude defensiva e resistência a
mudanças. È preciso refletir sobre os modelos administrativos existentes em
algumas empresas, que não permitem a implementação dos conceitos de
liderança como a SeRede, em qie predomina o papel do chefe ou do gerente
voltado apenas para o acompanhamento dos processos e obtenção dos
resultados.
A mudança deverá começar pelo comportamento do líder e pela
incorporação de novas definições nos processos e rotinas organizacinais.
Como agente de mudanças, precisa aceitar, de forma corajosa, romper com
concpções ultrapassadas de cultura organizacional e dar início a um novo
processo de construção cultural, mediante novos paradigmas. Surge assim, a
importância do líder transformacional caracterizado pela capacidade de realizar
mudanças, inovações e redes de relacinamentos. Ele incentiva seguidores não
apenas para guiar-se por ele de modo pessoal, mas para acreditarem na visão
da transformação organizacional, dedicarem-se à nova visão e auxiliarem a
institucionalizar um novo processo, comprometendo-se com os resultados
alcançados. O líder deve ser persistente para conduzir a empresa em direção a
uma nova maneira de fazer as coias e de pensar.
Quanto ao caso abordado, o problema da SeRede está no estilo de
liderança, na frágil comunicação e na precária e falta da implementação de um
planejamento estratégico.
Diante do exposto, não restam dúvidas que para qualquer organização
obter êxito em seus processos, uma liderança adequada é imprescindível.
40BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALEXANDRE, Sylvio M. Normas para elaboração de Monografia. Rio de
Janeiro: UNESA, 2004, 24p.
BERGAMINI, Cecília Whitaker, Psicologia aplicada à administração de
empresas : psicologia do comportamento organizacional / Cecília Whitaker
Bergamini. – 3.ed. – São Paulo : Atlas, 1982, 186p.
CARVALHO, Antônio Vieira de, 1932 – Administração de recursos humanos,
v.1 / Antônio Vieira de Carvalho e Luiz Paulo do Nascimento. – 2.ed. – São
Paulo : Pioneira, 1997, 339p.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à teoria geral da administração / Idalberto
Chiavenato. – 6.ed. – Rio de Janeiro : Campus, 2000, 700p.
FREITAS, Agostinho Borges de, 1928 – A psicologia, o homem e a empresa /
Agostinho Borges de Freitas. – 2.ed. – São Paulo : Atlas,1991.
MAXIMINIANO, Antônio César Amaru, Introdução à Administração / Antônio
César Amaru Maximiniano. – 5.ed.ver. e ampl. – São Paulo : Atlas, 2000, 546p.
MINICUCCI, Agostinho, Psicologia aplicada a administração / Agostinho
Minicucci. – 5.ed. – São Paulo : Atlas, 1995, 361p.
VERGARA, Sylvia Constant, Gestão de pessoas / Sylvia Constant Vergara. –
São Paulo: Altas,1999,171p.
VERGARA, Sylvia Constant, Projeto e relatórios de pesquisa em
administração. 4.ed. São Paulo : Atlas, 2003, 96p.
41BIBLIOGRAFIA CITADA
BERGAMINI, Cecília Whitaker, Psicologia aplicada à administração de
empresas : psicologia do comportamento organizacional / Cecília Whitaker
Bergamini. – 3.ed. – São Paulo : Atlas, 1982, 186p.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à teoria geral da administração / Idalberto
Chiavenato. – 6.ed. – Rio de Janeiro : Campus, 2000, 700p.
FREITAS, Agostinho Borges de, 1928 – A psicologia, o homem e a empresa /
Agostinho Borges de Freitas. – 2.ed. – São Paulo : Atlas,1991.
MAXIMINIANO, Antônio César Amaru, Introdução à Administração / Antônio
César Amaru Maximiniano. – 5.ed.ver. e ampl. – São Paulo : Atlas, 2000, 546p.
VERGARA, Sylvia Constant, Gestão de pessoas / Sylvia Constant Vergara. –
São Paulo: Altas,1999,171p.
42ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O ESTUDO DA LIDERANÇA 11
1.1 - O movimento da administração científica 13
1.2 - O movimento das relações humanas 14
1.3 - Liderança orientada para tarefas 16
1.4 - Liderança orientada para pessoas 16
1.5 - Liderança bidimensional 17
CAPÍTULO II
TEORIAS DA LIDERANÇA 20
2.1 - Teoria dos traços de personalidade 20
2.2 – Estilos de liderança 22
2.2.1 - Comportamento autocrático 23
2.2.2 - Comportamento democrático 23
2.2.3 - Comportamento liberal 24
2.3 – Teoria situacional da liderança 25
432.4 – Chefia x Liderança: Uma questão polêmica 28
CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO SEREDE SA 30
3.1 – Apreciação crítica 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
ÍNDICE 42
44
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes - Instituto A Vez do
Mestre.
Título da Monografia: Liderança Humana em Situação de Trabalho.
Autor: Leonardo Faneli Laurentino.
Data da entrega: 30/07/2009.
Avaliado por: Ana Paula Ribeiro Conceito: