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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA QUALIDADE NO CALL CENTER Por: Fagner Dias Lara Orientador Prof. Jorge Tadeu Viera Lourenço Rio de Janeiro 2012

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1

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO CALL CENTER

Por: Fagner Dias Lara

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Viera Lourenço

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO CALL CENTER

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de especialista

em Administração da Qualidade.

Por: Fagner Dias Lara

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus aos Amigos, aos meus

professores e a todos que sempre me deram

força para que eu nunca desistisse deste

objetivo.

4

DEDICATÓRIA

Dedico ao meu Pai, minha Mãe, Irmã, cunhado,

meu sobrinho e a minha namorada e a todos os

meus familiares por sempre me apoiarem e hoje

ver que mais um sonho se torna realidade. Muito

Obrigado a todos vocês.

5

RESUMO

Este trabalho buscou demonstrar a importância da qualidade e a excelência no atendimento

ao cliente na área de Call Center (telemarketing). No entanto o assunto abordado é para que

tenhamos um atendimento bem-sucedido na aplicabilidade da nova regra do Call Center. O

objetivo geral do trabalho foi demonstrar como o cumprimento da nova regra aplicada

corretamente será benéfico e irá impactar em uma melhor qualidade no atendimento

telefônico e discutir a importância da qualidade, excelência e o encantamento de nossos

clientes/associados, além de medir o seu grau de satisfação. Escolheu-se a instituição Appai

como fonte de pesquisa de campo, pois a Instituição está em um momento de

transformação, onde a prática da nova regra está sendo aplicada no intuito de padronizar

um atendimento de qualidade e excelência.

6

METODOLOGIA

Sabemos que hoje em dia na área de atendimento estamos enfrentando muitos

problemas devido à falta de cumprimento das novas regras. Por esse motivo abordamos

esse ponto para melhorias contínuas, através de situações adversas dentro do nosso âmbito

de trabalho. Na APPAI identificamos a falta de cumprimento da nova regra e a falta de

qualidade no atendimento. No entanto, através de pesquisa na internet e leitura

bibliográfica, conseguimos aplicar alguns padrões de qualidade descritos nesta monografia.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A História do Call Center 10

CAPÍTULO II - A Qualidade no Atendimento 11

CAPÍTULO III - Nova Regra do Call Center 13

CAPÍTULO IV – Serviço em Atendimento 15

CAPÍTULO V – Estratégia de Serviços 18

CAPÍTULO VI – Monitoria de Qualidade 20

CAPÍTULO VII – Feedback 26

CAPÍTULO VIII – Treinamento 30

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44

8

INTRODUÇÃO A qualidade e a excelência no atendimento ao cliente / associado constituem o

tema de estudo deste trabalho monográfico que abordará diversos assunto referente aos

atendimentos prestados em Call Center. Sabemos que nossos associados estão cada vez

mais exigentes, seletos e ansiosos para que seus problemas, desejos e necessidades sejam

prontamente atendidos, pois temos ciência que estamos enfrentando um problema

relacionado a falta de excelência em nossos atendimentos telefônicos e pessoais. Por esse

motivo iremos identificar a necessidade de aplicação das novas regras, pois um

atendimento de qualidade tornou-se cada vez mais peculiar. No entanto iremos identificar

inúmeras soluções para que seja realizado um atendimento diferenciado, onde poderemos

encantar os nossos associados, para que eles, além de voltarem, tragam outros e continuem

fiéis. Para que possamos encantar nossos clientes é necessário: cativar, seduzir, fascinar e

agradar ao extremo. Cada cliente / associado é único e é assim que precisamos tratá-lo. Para

alcançarmos um nível de atendimento de cem porcento de excelência, mais do que nunca é

preciso focar nossas energias na qualidade do atendimento para que os funcionários que

lidam diretamente com os associados / clientes estejam aptos para desempenhá-lo.

Devemos criar padrões de excelência, pois iremos ver adiante formas de estratégias para

um bom atendimento, qualidade, monitorias e feedback. Tudo para que os nossos

associados se sintam satisfeitos e possam saber que a intenção da Instituição é manter um

relacionamento único e duradouro.

No primeiro capítulo iremos abordar o surgimento do call center como uma forma

inovadora de oportunidades para o crescimento de empresas, associações, carteira de

clientes / associados e relacionamento com o cliente / associados.

No segundo capítulo veremos a importância de aplicarmos a qualidade no

atendimento de nossos clientes / associados para que possamos ter um cliente satisfeito e

encantado com os nossos atendimentos.

No terceiro capítulo iremos ter o conhecimento da nova regra do call center , onde

iremos identificar quais são as praticas de devemos adotar para que tenhamos um

atendimento padrão conforme o decreto.

9

No quarto capítulo abordaremos o assunto sobre serviço em atendimento, no qual

nos dará um noção de que forma devemos realizar um atendimento especifico focado na

qualidade de nossos clientes / associados.

No quinto capítulo será exposto o tema sobre estratégia de serviço que mostrará as

estratégias básicas para abordarmos e realizarmos um atendimento com perfeição e que

satisfaça as necessidades de nossos clientes / associados.

No sexto capítulo iremos demonstrar o quanto é fundamental realizarmos uma

monitoria de qualidade dentro de uma ambiente de call center , pois é através das

monitorias de iremos mensurar a qualidade dos atendimentos prestados.

No sétimo capítulo iremos comentar sobre o fundamental procedimento chamado

feedback, que serve para orientar, aconselhar e corrigir os procedimentos realizados durante

um atendimento.

No oitavo capítulo iremos mostrar a importância de ter uma equipe bem treinada e

alinhada para desenvolver suas funções com segurança e transmitir confiabilidade aos

nossos cliente / associados.

10

CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DO CALL CENTER

O call center surgiu na década de 60, nos Estados Unidos. Segundo Gubert, Etal

(2004 p. 19) não há datas exatas da origem do call center. Ele diz que, alguns anos após a

invenção do telefone, ainda com poucos aparelhos instalados em casas e escritórios, um

padeiro norte-americano percebeu seu enorme potencial e, já em 1880, matinha um

cadastro com 180 clientes a quem oferecia seus produtos, pelo telefone. Antigamente o

atendimento por telefone era oferecido por bombeiros, emergência e policiamento. As

pessoas utilizavam quando era necessário. Ligavam então para uma central que

encaminhava a solução para o problema apresentado. De acordo com Mancini (2006, p.13),

a Ford resolveu arriscar e investiu na primeira campanha maciça de marketing por telefone.

A empresa capacitou quinze mil donas de casa que, de sua residência, efetuaram vinte

milhões de ligações para definir o mercado potencial de compradores de automóveis.

Rapidamente a estratégia disseminou-se. Estudos realizados nos Estados Unidos da década

de 1970 comprovam que praticamente 50% dos americanos que recebem contato por

telefone (seja para vendas ou pesquisa) ouvem as propostas oferecidas. Assim chega-se à

década de 1980 com o “nascimento” oficial do termo “telemarketing”, que aportou no

Brasil junto com a chegada das multinacionais americanas. As empresas perceberam que

esse tipo de sistema poderia ser expandido e, com a regulamentação do código de defesa do

consumidor (CDC), praticamente todas as empresas passaram a disponibilizar para os seus

clientes um serviço de atendimento ao cliente (SAC), um canal de comunicação com a

empresa para registrar as reclamações e atendê-las visando o cumprimento da legislação.

Com o passar dos tempos estas centrais de atendimento começaram a ser vistas como

ferramenta de integração e relacionamento com clientes e menos como obrigação

legislativa, tornando-se um Call Center. As centrais de atendimento e empresas de

telemarketing nasceram em São Paulo não só porque recursos avançados de

telecomunicações ainda não estavam tão disponíveis como hoje pelo país a fora, mas

também porque a região Sudeste concentrava a maior rede de terminais telefônicos do país.

11

CAPÍTULO II

A QUALIDADE NO ATENDIMENTO

Pergunta-se o que é qualidade

Entendemos que não há uma definição específica para o termo qualidade. A

qualidade deve estar sempre presente em tudo que fazemos, seja na nossa vida pessoal ou

na nossa vida profissional. A qualidade está presente em uma inspeção, em uma

uniformidade de um produto, em um controle estatístico ou em um projeto de produto que

irá chegar ao mercado consumidor e, por que não dizer, a qualidade obrigatoriamente

deverá estar presente em nossos atendimentos, sejam eles pessoais, telefônicos ou on-line.

Sabemos que hoje cada vez mais necessitamos de qualidade em tudo o que

façamos, pois existe um mercado cada vez mais competitivo, necessitando de nossos

associados, ou seja, nossos concorrentes. Por esse motivo estamos sempre em busca de um

atendimento diferenciado, com qualidade e excelência.

Temos a consciência de que todo profissional da área de atendimento tem como

sua principal função conhecer e saber representar a associação junto aos nossos associados

para fornecer informações precisas e com segurança, sanando dúvidas e solucionando

problemas apresentados pelos nossos associados. Para que nossos atendentes realizem um

atendimento com a qualidade esperada pela instituição, são necessários alguns requisitos

básicos:

1. Ter conhecimento de suas funções, conhecer a associação, as normas e os

procedimentos.

2. Saber se expressar e utilizar um vocabulário simples, claro e objetivo.

3. Saber ouvir para compreender os associados.

4. Ter uma percepção apurada e conseguir identificar os nossos associados em sua

totalidade.

12

A Qualidade do Atendimento que oferecemos pode determinar o sucesso ou o

fracasso de um negócio. O contato de um funcionário com os associados da associação

como um todo influenciará no relacionamento com a Instituição.

Até que ponto podemos dizer que a gestão de um call center preocupa-se de

maneira adequada com as necessidades da gestão da qualidade, bem como a revisão dos

processos, com a avaliação dos teleoperadores através de monitorias, com o devido

acompanhamento para a definição de perfis de atendimento, com o intuito de ajudar o RH a

recrutar profissionais com o perfil adequado para dado produto, ou ainda auxiliar a área de

treinamento com possíveis reciclagens que possam de alguma forma melhorar o

desempenho operacional dos teleoperadores.

Muitas vezes o que acabamos por ver na área de qualidade de contact center,

quando o mesmo é interno, é uma briga acirrada que faz com o que o todo da organização

perca. Digo isso pelo fato de que, ao invés de Supervisores e Gestores alinharem a sua

estratégia e necessidades com o setor de qualidade, por vezes acabam tentando burlar a

verdade na tentativa de demonstrar que o setor de qualidade errou e que sua equipe de certa

forma esteve coesa com o atendimento prestado. Falta de ambas as partes qualidade e

gestão, um alinhamento que venha de alguma forma melhorar e aprimorar o desempenho

geral, pois todos da área de qualidade sabemos que do fluxo de monitorias efetuadas nos

meses consegue-se levantar várias informações que podem de alguma forma ajudar a gestão

operacional no processo decisório. Como exemplo podemos citar:

1. Dificuldade da operação no geral

2. Fluxo de atendimento em determinados horários, verificando a causa do erro;

3. Perfis de atendimentos para cada ilha, setor ou área do atendimento;

4. Percepção de melhores práticas de atendimento a fim de que a idéia de um

atendimento seja de alguma forma aproveitada por outros teleoperadores e passada adiante.

Esses, dentre tantos outros itens que poderíamos levar em conta com a ação da qualidade

em nível operacional. Isso sem levar em conta a revisão dos processos.

13

CAPÍTULO III

NOVA REGRA DO CALL CENTER

O que é a nova regra do Call Center?

É um decreto que foi assinado em 31/07/2008 pelo então presidente Luis Inácio

Lula da Silva, que estabelece novas regras para o Serviço de Atendimento ao Consumidor

(SAC).

Entre as mudanças está a exigência de que o cliente tenha a opção de falar com um

atendente e cancelar serviços entre as primeiras alternativas do menu eletrônico e de que o

usuário não tenha mais que digitar dados – como número de conta, CPF ou RG – para ser

atendido.

As empresas e associações estão correndo para se adaptar às novas regras, pois o

regulamento propõe ainda que todo call center ofereça atendimento 24 horas por dia, sete

dias por semana, e estabelece o prazo de cinco dias para a resolução dos problemas levados

ao SAC.

O objetivo da regulamentação, proposta pelo Departamento de Proteção e Defesa

do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, é melhorar o atendimento aos usuários de

call centers.

“O serviço de atendimento é líder em reclamações”

Confira as principais mudanças previstas na regulamentação:

1. O usuário deve ter no primeiro menu eletrônico a opção de contato direto com o

atendente;

2. As opções de reclamação e cancelamento devem estar entre as primeiras

alternativas do menu;

3. O usuário não será obrigado a fornecer dados – como o número da conta ou o

CPF – antes de falar com um atendente;

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4. O serviço de atendimento deve estar disponível 24 horas por dia, sete dias por

semana, sem interrupção;

5. O número de atendimento deve ser único (mesmo que o grupo preste diferentes

serviços) e deve ser informado no momento da contratação do serviço;

6. O sistema de atendimento informatizado deve dar acesso ao histórico de

atendimento do cliente;

7. É proibida a repetição verbal ou digital de dados do consumidor;

8 A alteração no contrato assim como seu cancelamento poderão ser feitos pelo

mesmo canal que a contratação do serviço;

9. O consumidor deverá ter acesso ao seu histórico de atendimento em até 72

horas, se assim solicitar;

10. Os registros dos contatos do cliente com o SAC devem ser mantidos por dois

anos;

11. Pedidos de informações devem ser atendidos imediatamente;

12. O cancelamento deve ser feito imediatamente após a solicitação;

13. As reclamações devem ser resolvidas em no máximo cinco dias úteis;

14. A implementação das novas normas não deve ter ônus ao consumidor.

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CAPÍTULO IV

SERVIÇO EM ATENDIMENTO A gestão de melhorias em serviços está alicerçada em três pilares, que são:

Pessoas, Tecnologia e Processos. O setor de serviços gera mais da metade da renda

nacional, pois corresponde a 54% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. Fazem parte

desse ramo o comércio, o turismo, os serviços financeiros, jurídicos, de informática,

comunicação, arquitetura, engenharia, auditoria, consultoria, propaganda e publicidade,

seguro, corretagem, transporte e armazenagem, além das atividades públicas e privadas de

defesa, segurança, saúde e educação, entre outros. Segundo o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 os serviços cresceram 1,49%, valor próximo ao do

PIB, que avança 1,52%. Todas as atividades, com exceção do transporte (queda de 0,92%),

apresentam taxas positivas, destacando-se a expansão de 7,4% do subsetor de

comunicações, ainda influenciado pelos investimentos realizados após a privatização do

sistema Telebrás, prestadora de serviços de telecomunicações, em 1998.

No primeiro semestre de 2011, o crescimento dos serviços é de apenas 0,4%,

contra 0,3% do PIB. O baixo nível de atividade econômica afeta principalmente o

desempenho dos subsetores de transportes e comércio, com quedas de 2,9% e 2,7%,

respectivamente. Os serviços são ações, processos e atuações que incluem todas as

atividades econômicas cujo produto não é uma construção ou produto físico, sendo

geralmente consumidos no momento em que são produzidos e proporcionam valor

agregado em formas (como conveniência, entretenimento, oportunidade, conforto etc.) que

são essencialmente intangíveis de seu comprador direto. O s serviços abrangem uma ampla

gama de empresas.

Serviço ao cliente – Prestado para dar apoio ao grupo de produtos principais de uma

empresa e serve para a construção de relacionamentos.

Tangibilidade – Implica que a intangibilidade seja determinante chave para delimitarmos se

uma oferta é ou não serviço. Podemos citar algumas características dos serviços.

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Características dos serviços:

Intangibilidade – pelo fato de serviços serem atuações e ações mais do que

propriamente objetos, eles não podem ser vistos, sentidos ou tocados da mesma forma que

os bens tangíveis. Por isso:

Não podem ser estocados, sendo difícil administrar as flutuações de demanda;

Não podem ser oferecidos em qualquer circunstância, tornando-se difícil para os

clientes avaliarem sua qualidade;

Difícil divulgar seu conteúdo;

Difícil determinar o preço.

Heterogeneidade – em geral são desempenhados por seres humanos. Funcionários

são o serviço aos olhos do cliente.

Os clientes não reagem de forma exatamente igual;

Difícil assegurar sua qualidade;

Quando por terceiros, amplia a dificuldade do controle.

São fatores críticos de desempenho dos serviços prestados: Confiabilidade, pois

deve cumprir o prometido; Segurança para transmitir os conhecimentos;

Tangibilidade, pois deve possuir instalações e equipamentos adequados; Empatia,

pois devemos demonstrar solicitude e atenção; e Suscetibilidade, porque devemos sempre

demonstrar disposição em ajudar. Além dos fatores críticos de desempenho, devemos levar

em consideração os fatores chave para atendimento com qualidade:

Solicitude e interesse;

Capacidade de solucionar o problema;Espontaneidade ou flexibilidade na

aplicação de normas;

Capacidade de corrigir os próprios erros.

Para realizarmos um atendimento de qualidade focado em excelência devemos

seguir algumas regras básicas relacionadas ao atendimento em Call Center.

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Vá além do seu umbigo, pois a qualidade é definida pelo cliente, e não pelos

critérios internos da empresa. Portanto, ouça o que os consumidores têm a dizer.

Prepare um bom feijão com arroz: certamente é melhor fazer o básico direitinho

do que prometer fantasias impossíveis de realizar.

Surpreenda, pois quando se trata de serviços, não dá para ficar estacionado.

Organize a equipe, pois as pessoas que irão prestar serviços são elemento chave. A

criação desse time não deve ser deixada ao acaso.

Ponha em prática o tal empowerment – Os líderes de uma empresa prestadora de

serviços devem ter em mente que seus funcionários precisam de autonomia.

Cuide dos processos, pois oferecer bons serviços depende tanto de funcionários

bem treinados quanto de sistemas azeitados. Jogue limpo, já que certamente os clientes

esperam que as empresas os tratem de maneira justa e não mudem as regras no meio do

caminho.

Ouça a voz interior. Sabe aqueles funcionários que ficam na linha de frente, em

contato direto com o cliente? Dê ouvidos ao que eles dizem

Com base nessas regras básicas para que seja realizado um bom atendimento

telefônico e pessoal, devemos sempre ter em mente alguns pilares da prestação de serviço

em prol de uma qualidade. Os pilares básicos são: Estratégia, Política, Processos,

Procedimentos.

“A chave é retornar a arte de pensar pequeno: satisfazer os clientes, conseguir

comunicações mais rápidas, mover-se com mais agilidade, todas estas coisas são fáceis

quando se é pequeno. E estas todas são características de que se precisa num ambiente

global de rápida mudanças.” (JACK WELCK JR.)

18

CAPÍTULO V

ESTRATÉGIA DE ATENDIMENTO

Como se definir uma estratégia de serviço ao cliente? Devemos ir além de prover

um bom serviço com menor custo, utilizar uma infra-estrutura que use a tecnologia de

maneira equilibrada e que garanta a melhor possibilidade de execução pelos atendentes em

todas as interações com os clientes.

A estratégia é a produção de planos para atingir objetivos.

Estratégias de Marketing são aqueles planos desenhados para atingir objetivos do

marketing. Uma boa estratégia de Marketing deveria integrar os objetivos, políticas e

sequências de ação (tática) num todo coerente da organização.

O objetivo de uma estratégia de marketing é colocar a organização numa posição

de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão.

Marketing de Relacionamento

Como podemos definir as ações de marketing de relacionamento?

Marketing de relacionamento refere-se ao trabalho de marketing voltado para o

relacionamento com clientes e fornecedores.

De acordo com McKeena (1991), marketing de relacionamento ou pós-marketing

significa construir e sustentar a infra-estrutura dos relacionamentos de clientes. É a

integração dos clientes com a empresa, desde o projeto, desenvolvimento de processos

industriais e de vendas. De maneira geral, consiste em uma estratégia de negócios que visa

construir proativamente relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes,

contribuindo para o aumento do desempenho desta e para resultados sustentáveis.

O processo de marketing de relacionamento deve se iniciar com a escolha certa do

cliente, a identificação de suas necessidades, a definição dos serviços prestados e

agregados, a busca da melhor relação custo / benefício e ter funcionários motivados e

capacitados a atender estes clientes adequadamente. O contexto de administrar o

relacionamento com o cliente serve para que a empresa adquira vantagem competitiva e se

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destaque perante a concorrência. O objetivo maior torna-se manter o cliente através da

confiança, credibilidade e a sensação de segurança transmitida pela organização.

Drucker (1999) elegeu algumas regras fundamentais para a utilização do

marketing de relacionamento na busca por vantagem competitiva:

O relacionamento com o cliente é de responsabilidade da empresa. Qualquer

reclamação ou conflito por parte do cliente é provocado por uma falha empresarial.

A empresa deve perguntar-se constantemente o que pode ser feito para facilitar e

melhorar a vida de seus clientes.

Marketing DiretoA abordagem de Philip Kotler (1985) demonstra que qualquer

meio de comunicação ou propaganda, sendo interativo, deve possibilitar a geração de uma

resposta mensurável (pedido ou contato de um prospect ou cliente).

Os principais objetivos do marketing direto são:

Divulgação da marca ao público-alvo definido; Diminuição da dispersão da verba

publicitária;

Obtenção de resultados mensuráveis;

Maximização da lucratividade.

Para serem desenvolvidas ações de marketing direto, as seguintes mídias podem

ser utilizadas com efetividade:

E-mail marketing:

Mala direta;

Catálogos; Telemarketing.

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CAPÍTULO VI

MONITORIA DE QUALIDADE EM CALL CENTER

Qualidade está intimamente atrelada com a arte de relacionar-se com seu público

consumidor. A forma como vende-se o produto, o que é oferecido, as estratégias comerciais

e de marketing que rentabilizem e mantenham o cliente satisfeito, atitudes do atendente etc.

E uma das questões que considero mais importantes na função de monitorar é o

"Feedback": apontar para a equipe as atitudes positivas e as possíveis correções do

processo de negócios.

1ª Fase - "Monitorar quando sobrar tempo"

A monitoria era considerada uma tarefa apenas do supervisor que, diante de tantas

outras atividades, adotava a prática de monitorar somente quando sobrava tempo. Não

havia a consciência da importância do processo, pois não se sabia ao certo quais eram as

funções e o foco para a liderança de equipe. Também não se falava em feedback, mas sim

em punir os atendentes que apresentassem dificuldades.

2ª Fase - "Mais conceitual e metodológica"Caracterizada por metodologias

próprias que possibilitaram mensurar o desempenho dos atendentes e a qualidade do

atendimento. Definitivamente, aqui a função de monitorar e dar feedback ganhava força e

prioridade entre as diversas funções de um call center. Nesta fase, os aspectos a serem

monitorados durante uma ligação foram sendo discutidos com mais detalhes e sendo

amadurecidos. A monitoria era encarada mediante uma visão puramente introspectiva. O

que importava eram os procedimentos internos da empresa e a política definida de

atendimento. O processo era essencialmente técnico, sem reconhecer a importância da

percepção dos clientes, e sem considerar a análise dos resultados para os atendentes.

3ª Fase - "Com olhos e ouvidos mais estratégicos"

Os gestores do call center reconhecem a importância da monitoria e esta atividade

tem atingido níveis de desenvolvimento mais expressivos. Hoje, não há somente a

importância da figura do monitor de qualidade, mas sim áreas voltadas para esse objetivo.

As ferramentas utilizadas começam a refletir as necessidades dos clientes e a produzir

resultados "on demand" para o Call Center.

21

Ora, já não basta encarar a monitoria apenas como um processo preventivo e com

objetivo principal de melhorar a performance da qualidade da equipe e das operações. É

necessário também levar em conta os resultados que chegam até os clientes para que todo o

processo seja alimentado sob uma perspectiva interna e externa.

A missão de monitorar é essencial para superar os obstáculos que a experiência

mostra estarem constantemente ameaçando a qualidade de seu produto / serviço final.

Ainda é comum encontrarmos processos que monitoram um atendente 3 vezes ao mês e

outro atendente a cada 2 meses. A justificativa baseia-se em que o primeiro precisa de

maiores cuidados, pois apresenta mais dificuldades. No entanto, o segundo precisa de

feedback positivo, até para manter sua performance. Esse é o paradigma a ser superado!

Dessa forma, entendo ser definitivo incorporar nas empresas e em suas áreas de

vendas e atendimento o processo de monitoramento constante do ciclo de vida do cliente,

buscando e incentivando a implantação de novas metodologias, tornando-a mais dinâmica,

flexível e confiável para tomada de decisões.

MONITORIA DE QUALIDADE

É o processo de coleta de fatos e dados baseados em percepções, onde o objetivo é

tratar os interesses dos clientes com excelência.

O Processo de Monitoria é realizado através das entradas das Ligações + Pessoa +

Critérios sendo realizado o processamento, que consiste em monitorar os fatos, dados e

percepção e,através desta análise, realizar os relatórios e praticar o feedback.

A monitoria de Qualidade é uma Ferramenta de Gestão do Supervisor, Gestor ou

Coordenador da Central de Atendimento onde podemos aplicá-la em diversos segmentos,

tais como:

Auxílio na avaliação do atendimento;

Modifica os processos de atendimento;

Determina premiação ou punição ao responsável pelo atendimento;

Pesquisa oportunidades de novos negócios;

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Verifica nível de satisfação dos Clientes.

A monitoria pode ser:

CORRETIVA, PREVENTIVA, PESQUISA e ENDOMARKETING.

ATIVAS

Observação direta quando ocorre diretamente na P.A. Usada pelo Gestor

diariamente

PASSIVAS

Observação indireta quando ocorre na sala de Monitoria. Escutar, Ver, Analisar e

Pontuar essa pratica é algo usado pelos Monitores.

Práticas utilizadas no processo de monitorias:

FCR;

Agradar e ouvir o cliente;

Aceitar argumentos e buscar o diálogo;

Identificar a real necessidade do cliente – RNC;

Superar as expectativas dos clientes e encantá-los.

Alguns critérios que podemos utilizar para criar um formulário de monitoria.

1. Estabelecer o real objetivo da Monitoria;

2. Estabelecer em quais estágios do atendimento a Monitoria irá atuar;

3. Estabelecer quais as competências necessárias para cada estágio;

4. Estabelecer graus e pesos para cada competência;

5. Divulgar o Formulário aos “Monitorados”.

Nos dias atuais através de pesquisas de campo, podemos identificar que a grande

maioria das instituições está trabalhando através da gestão dos 9 Gs.

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Os 9 Gs são indispensáveis para você atender, criar e revolucionar centrais de

Atendimentos (Call Centers). São eles:

Gestão da Carreira

Gestão de Serviços

Gestão do Relacionamento

Gestão de Pessoas

Gestão de Projetos

Gestão de Qualidade

Gestão de Desempenho

Gestão da Tecnologia e Infra-estrutura

Gestão da Mudança

Para que um monitor de qualidade possa desempenhar sua função com êxito e

excelência é necessário possuir alguns requisitos básicos para que sua aplicabilidade seja

positiva dentro da operação.

Habilidade – é o que precisa fazer muito bem para chegar no resultado esperado.

Perfil – é o que apresenta ao mundo, incluindo seu comportamento.

Ferramentas – é como chegar lá (ao objetivo). São os instrumentos.

A gestão da qualidade parte do princípio do acompanhamento contínuo e

colaborativo, envolvendo todas as áreas direta e indiretamente impactadas (positivamente

ou negativamente) pelos resultados de satisfação e qualidade atingidos.

A monitoria de ligações deve observar aspectos procedimentais, atitudinais e

principalmente focar os objetivos da operação durante toda a ligação. Recomenda-se que a

monitoria da qualidade foque aspectos que espelhem a missão, visão e valores da empresa e

em particular os objetivos específicos da operação.

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Ex.: Se um dos objetivos da operação é a venda de produtos, além da observação

dos procedimentos relativos à venda, deve-se observar se o operador aproveitou

oportunidades de oferta de produtos adicionais, mesmo sem a solicitação explícita do

cliente. Chama-se essa prática de Cross Selling.

De acordo com a forma mais eficaz de se atingir o objetivo esperado, deve-se

sempre ter com ponto de partida alguns critérios, que irão nos levar a atingir um nível de

excelência em atendimento desejado por todos os clientes.

1ª Fase

Abertura: Pronto atendimento – saudação – identificação da empresa e do

colaborador – demonstração de interesse

Sondagem: Levantamento de necessidade – audição – demonstração de

compreensão

Recomendação: Recomendação das soluções da empresa de acordo com a

sondagem – realçar benefícios – condução para o objetivo central da operação

2ª Fase

Contorno: Reduzir a indecisão – empatia – garantir o entendimento e a

credibilidade do produto / serviço ofertado

Clarificação: Informações claras e sequenciais – certificação de entendimento pelo

cliente

Oportunidade: Up-selling (vender um serviço de maior valor) – Cross Selling

(vender mais um serviço)

Fechamento: Confirmação de dados para fechamento da venda – confirmação de

acordo – agradecimento.

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3ª Fase

Linguagem: Não emprego de termos técnicos – gírias – diminutivos – palavras

negativas – palavras muletas

Perfil: Representando a empresa – tratamento pelo nome – sorriso na voz –

assertividade – entonação entusiástica

Conhecimento: Campanhas – promoções – técnicas de vendas / retenção /

atendimento – conhecimento da empresa e do mercado

“O formulário de monitoria é um instrumento utilizado para o registro padronizado

das avaliações feitas pelas equipes de monitoria de qualidade. É através da consolidação

dos conceitos atribuídos a cada avaliação que os principais relatórios de desempenho das

operações são gerados”.

Melhorias de atendimentos devem ser adquiridas através de algumas ferramentas

da qualidade total por intermédio do serviço prestado pelos Monitores de Qualidade.

Motivação para a Qualidade Total

Satisfação de clientes internos e externos, acionistas e demais partes interessadas.

Aumento da produtividade.

Assegurar a competitividade da organização.

Desenvolver a capacitação e a valorização profissional das equipes.

Conceitos Fundamentais sobre Qualidade

Qualidade total: Satisfação das necessidades de todas as pessoas.

Controle total: Controle exercido por todas as pessoas da empresa, de forma sistêmica e

metódica.

TQC = Total Quality Control (Controle da Qualidade Total)

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CAPÍTULO VII

FEEDBACK

É o processo de comunicação das competências percebidas através de suas

conseqüências e desdobramentos.

Feedback é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-a a

melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos.

Feedback como uma ferramenta gerencial

Há uma prática convencional no mercado empresarial de se dar feedback após a

tabulação dos dados da Avaliação de Desempenho. Evidente que a eficácia do feedback não

se restringe a essa situação, mas há um dado consistente nesta constatação que precisamos

aproveitar:

Feedback se deve dar após o levantamento / identificação de um fato, negativo ou

positivo, na performance do(s) nosso(s) subordinado(s).

Os dados da Avaliação de Desempenho são exatamente isso, ou seja, a

identificação de dados negativos ou positivos da performance do subordinado, com o

objetivo de REORIENTAR o profissional para melhorias de sua performance. Este ponto, o

Reorientar, reafirma, portanto, a ocorrência indispensável de se traçar um Plano de Ação

com seu subordinado para melhoria dos pontos identificados como restritivos e para

fortalecimento dos pontos identificados como positivos no desempenho desse profissional.

Se não há o plano de ação não há feedback. Sem plano de ação o comentário é

apenas uma advertência ou, se quiserem, uma opinião ou uma bronca do chefe, sem vínculo

com o processo de desenvolvimento – questão chave do feedback!

Dizer apenas: "não gostei" ou "não ficou bom" não pode ser considerado um

feedback. É apenas a manifestação de uma opinião, mas não é um feedback. Para ser um

27

feedback é preciso dizer POR QUE não gostei ou POR QUE não ficou bom, orientando o

melhor caminho!

O feedback requer, para se configurar como tal, uma reorientação para melhoria.

Mas, nos referimos, acima, ao fato de que o feedback não se restringe à situação da

Avaliação de Desempenho.

Feedback é uma ferramenta de gestão para todos os dias!

Nesse caso, como proceder?

Exerça o feedback logo após a ocorrência do fato. É fundamental que o

subordinado relacione o feedback com o fato concreto realizado. Deixar passar muito

tempo entre o fato e o feedback pode possibilitar que se levante hipóteses de que o chefe o

está perseguindo ou que está "usando" esse fato por outras razões e pode-se deixar de

relacionar o fato com o desenvolvimento.

Por outro lado analise o "clima" da situação. Se a situação estiver tensa aguarde

acalmar. Pessoas em situação de tensão estão, como se costuma dizer, com "os nervos a flor

da pele", com alto índice de adrenalina. Aguarde um momento mais oportuno. Respeite e

você terá muito maior eficácia na sua ação de feedback.

Complementarmente ao item anterior, dê o feedback em particular. Não o faça na

frente da equipe ou, pior, na frente de profissionais de outras áreas. É particularmente

danoso, principalmente para sua imagem de chefe. As pessoas não gostam de se ver

expostas. Nestes casos é muito provável que seu subordinado não concorde (externa ou

internamente) com a sua observação e o resultado será ainda pior. Uma frase muito antiga

já dizia: "Elogios em público, broncas em particular"!

Se preferir provoque reuniões semanais ou quinzenais para atualizar o feedback de

algumas ações / projetos. Transforme seu feedback em reuniões de orientação. Desta forma

o feedback será cada vez mais aceito e desejado pela equipe. Experimente esta solução e

você poderá se surpreender positivamente!

Na ação de feedback VÁ DIRETO AO PONTO! Não comece dizendo: "Você está

indo muito bem, MAS.....". Não é necessário preparar a observação que pretende fazer.

28

Preocupe-se, apenas, em concluir o feedback com uma observação encorajadora. Mostre

confiança nos resultados. No mínimo sua intervenção procura evitar erros futuros.

Se durante seu feedback o seu subordinado esquivar-se dando desculpas sobre

outros aspectos, como falta de tempo, sobrecarga, desconhecimento ou qualquer outro

argumento, não discuta esses pontos. Entenda e faça-o entender que essas situações são

comuns nos dias de hoje, mas reforce o FATO. Contra os fatos não há argumentos. Você

não está fazendo uma avaliação, está, apenas, constatando um FATO! Você pode até

reconhecer as dificuldades apresentadas pelo seu subordinado como reais, e pode até

trabalhar na minimização dessas dificuldades, mas o FATO existiu e precisa ser observado,

corrigido e melhorado. Não caia na "armadilha" de discutir outros aspectos do trabalho

esquecendo-se do objetivo principal. Afinal "por que estamos aqui"?

A postura de quem dá um feedback FAZ TODA A DIFERENÇA! Se você vai

chamar a atenção para um erro cometido faça com que essa observação seja uma

reorientação e não uma crucificação. Orientações e até broncas em voz baixa são muito

mais intensas e consistentes. Faça-os perceber que sua intenção é, além de cumprir com sua

missão de líder, orientá-los para melhorar, sempre. Esse é o verdadeiro objetivo do

feedback – A EDUCAÇÃO.

Sem dúvida as dificuldades no exercício dessa ferramenta de enorme importância

na função de chefia / liderança não se encerram nas observações feitas. Sempre teremos

outros problemas que não foram expostos aqui, mas essas sete regrinhas podem ajudar no

desenvolvimento das equipes.

Para finalizar quero comentar um ponto que foi eleito, nas nossas pesquisas com

gestores sobre o feedback, como uma das maiores dificuldades no exercício do feedback: é

quando os subordinados não concordam com nossas observações / avaliações.

Realmente quando há discrepância de opiniões a reunião fica tensa e a discussão

acaba por transformar-se em um conflito de pontos de vista onde um dos lados terá que

prevalecer.

29

Como evitar essa situação?

Um dos pontos chave para essa ocorrência é porque algumas vezes a avaliação

apresentada é uma "novidade" para o subordinado, frequentemente ocorrendo nos casos em

que o feedback se restringe à apresentação dos dados da Avaliação Anual de Desempenho.

Este ponto, no entanto, pode ser administrável se a ocorrência do feedback for

constante. É muito difícil, para qualquer pessoa, assimilar de pronto uma observação

negativa sobre seu desempenho. É necessário refletir e entender a situação para

compreendê-la melhor, para aceitá-la e corrigi-la. O ser humano não consegue corrigir uma

dificuldade antes de aceitá-la. Por isso o feedback constante previne situações de

constrangimento e de surpresas desnecessárias. Feedback é uma ferramenta gerencial. Seus

resultados são fantásticos. Ninguém consegue se desenvolver sem feedback!

Pratique o feedback para melhoria de seus funcionários e equipes e você, bem como sua

Empresa, colherão os resultados.

30

CAPÍTULO VIII

TREINAMENTO

Sua meta é ser o melhor do mundo naquilo que

você faz. Não existem alternativas. (VICENTE

FALCONI CAMPOS).

TREINAMENTO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA PARA O

CRESCIMENTO ORGANIZACIONAL.

O objetivo deste estudo é mostrar a importância do processo de treinamento como

vantagem para a conquista da qualidade dentro de uma organização. Uma análise a ser feita

é: Como qualificar o empregado a realizar as suas atividades de acordo com as diretrizes da

organização. Em um primeiro momento, ocorrerá um breve detalhamento de todas as etapas

de treinamento, onde será detalhado e demonstrado cada período do treinamento, pois não

se pode estabelecer um treinamento sem seguir cada etapa deste processo. Pois, se a sua

ferramenta é a mão de obra, ela deve estar sempre motivada e deverá estar em condições de

demonstrar a sua qualidade, devido ao seu conhecimento. E, para manter esta qualidade

como diferencial, ela deve buscar manter o seu quadro com empregados sempre reciclados

e treinados.

Rápidas e intensas mudanças ocorrem nas organizações atuais e para manter um

alto padrão de qualidade em seus serviços, as empresas têm buscado um maior

desenvolvimento do seu profissional, visando uma maior competitividade de mercado.

(VERGARA 2000, p. 43) comenta que, “[...] as empresas precisam de pessoas motivadas

para que o tão propalado binômio produtividade-qualidade aconteça”.

Nota-se que não adianta apenas motivar o empregado, deve-se também qualificá-

lo para o seu melhor desenvolvimento dentro da organização. Formam-se assim duas

ferramentas para o seu crescimento: a motivação e a qualificação. É de suma importância

realizar uma análise da influência do treinamento no comportamento do indivíduo para a

31

realização do seu trabalho na empresa. Nesse sentido, busca-se identificar as causas desses

fatores, para que a organização possa alcançar resultados positivos na prestação do serviço.

Entende-se que a produtividade e o bom desempenho estão diretamente

relacionados à satisfação do profissional. Busca-se, dentro dos processos administrativos

das empresas, ferramentas para estas conquistas.

Partindo do princípio de que, para se diferenciar no mercado, devem-se criar novas

estratégias para a melhor prestação do seu serviço, torna-se um grande diferencial a

preocupação com a qualificação do empregado, visto que, para uma organização ser bem-

sucedida, é necessário contar com pessoas capacitadas. Dada a importância da necessidade

para realização de treinamentos aos empregados, esta pesquisa visa identificar através de

pesquisas bibliográficas as etapas existentes em um processo de treinamento.

32

REFERENCIAL TEÓRICO

CONCEITO DE TREINAMENTO

Entende-se que o treinamento tem como finalidade melhorar o desenvolvimento

profissional do ser humano na sua organização e no desempenho das suas funções, além de

ser o processo que visa à preparação e ao aperfeiçoamento das habilidades e dos

conhecimentos dos funcionários de uma organização. “Treinamento é um processo de

assimilação cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimento,

habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização

no trabalho” (MARRAS 2001, p. 145).

(ROBBINS 2002 - b, p. 469) comenta que: “A maioria dos treinamentos visa à

atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas dos funcionários”. Percebe-se

que o treinamento pode trazer um grande retorno para o profissional e para a empresa, pois

um profissional mais bem qualificado terá uma motivação maior e o seu resultado na

execução das tarefas será maior e mais produtivo. Consequentemente a maior produtividade

do empregado poderá contribuir efetivamente para os resultados da organização.

(ROBBINS 2002, p. 241) comenta que: “O treinamento pode ser muito importante no

resultado da empresa”. Entende-se que o treinamento deve incentivar o funcionário a se

autodesenvolver, a buscar o seu próprio meio de reciclagem.

De acordo com (CHIAVENATO 1999, p. 294) “O treinamento é uma maneira

eficaz de delegar valor às pessoas, à organização e aos clientes. Ele enriquece o patrimônio

humano das organizações”. É importante lembrar que existe uma diferença entre

treinamento e desenvolvimento das pessoas. Entende-se que o treinamento: tem a finalidade

de melhorar as habilidades do profissional no desempenho de suas funções. Já o

desenvolvimento de pessoas tem o foco voltado a novos cargos a serem abertos na

organização com novas capacidades e habilidades a serem aprendidas pelo empregado.

Segundo (CHIAVENATO 1999, p. 295) “O treinamento é orientado para o

presente [...] e o desenvolvimento de pessoas para cargos a serem ocupados futuramente

[...]”. Sabe-se que a principal estratégia para a realização do treinamento é a estrutura

preparada e desenvolvida pela organização. Pois este processo deve estar equilibrado em

33

uma linha de realizações. De acordo com (CHIAVENATO 1999, p. 297) “O treinamento é

um processo cíclico e contínuo, composto de quatro etapas: diagnóstico, desenho,

implementação e avaliação”. O importante é lembrar que o treinamento tem a

responsabilidade de atingir níveis de desempenho estabelecidos pelas organizações, através

da continuidade do seu desenvolvimento.

(ROBBINS 2002 – a, p. 241) aborda que um dos motivos para a crescente

importância do treinamento é devido: “À competição intensificada, às mudanças

tecnológicas e à busca de aumento da produtividade, que estão aumentando as demandas de

qualificação dos funcionários”.

Já para (MINICUCCI 1995, p. 182) “O treinamento pode ser considerado um

esforço planejado, organizado, especialmente projetado para auxiliar os indivíduos a

desenvolverem suas capacidades”.

Entre os objetivos do treinamento, (MARRAS 2001 p. 147) cita dois importantes

objetivos: os objetivos específicos são os que trazem a qualificação do profissional e a

oportunidade de elevar os seus conhecimentos e de estarem sempre atualizados às

inovações dentro das suas atividades. Os objetivos específicos devem ser realizados em

treinamentos claros e precisos de acordo com a necessidade estabelecida.

(MARRAS 2001, p. 148), define os objetivos específicos sendo eles:

a) Formação Profissional: que tem como base elevar o conhecimento do profissional à sua

profissão, para elevar o seu desempenho nas suas atividades.

b) Especialização: oferece a oportunidade do empregado de treinamentos voltados a uma

área de conhecimento específico.

c) Reciclagem: é a oportunidade de se atualizar os conhecimentos já aprendidos na sua

rotina de serviço.

d) Objetivos genéricos são os que trazem a oportunidade de elevar o desenvolvimento do

empregado a desenvolver a sua motivação dentro da organização. O retorno do treinamento

é a elevação da qualidade da produção e fazer o empregado alcançar o desenvolvimento

organizacional da empresa.

(ROBBINS 2002 – b, p. 470) define dois métodos de treinamento: “formal e informal”.

Treinamento Formal – Ele é planejado com antecedência e com formato estruturado;

34

Treinamento Informal – Não estruturado, não planejado e facilmente adaptável às situações

e aos indivíduos para ensinar habilidades e manter os funcionários atualizados.

Sabe-se então que um dos objetivos do treinamento é a qualificação da mão de obra e a

intensificação do conhecimento dos seus profissionais.

LEVANTAMENTO DA NECESSIDADE DO TREINAMENTO

Vê-se que, para realização do treinamento, o levantamento da sua necessidade

deve ser tratado com muita atenção, para não ser desviado da sua finalidade. Devem-se

buscar informações relevantes. Deve-se ter uma percepção dos problemas provocados pela

carência de treinamento. Estas perguntas devem ser realizadas durante o diagnóstico para o

treinamento. Segundo (MARRAS 2001, p. 150) “O levantamento das necessidades

responde basicamente a duas questões iniciais”.

a) Quem deve ser treinado?

b) O que deve ser aprendido?

(CHIAVENATO 2000, p. 508) comenta que: “O levantamento de necessidade de

treinamento deve fornecer as seguintes informações para que possa traçar a programação de

treinamento”.

a)O que deve ser ensinado?

b) Quem deve aprender?

c) Quando deve ser ensinado?

d) Onde deve ser ensinado?

e) Como se deve ensinar?

f) Quem deve ensinar?

Entende-se que a organização deve priorizar as suas necessidades para avaliar o

treinamento a ser realizado. Essas necessidades serão descobertas de acordo com a

atividade da empresa.

Por exemplo, em uma empresa de segurança, são alteradas as normas de trabalho

de um dos seus contratos. A empresa vai treinar apenas os empregados lotados naquela

empresa, pois eles são os responsáveis pelo serviço prestado. Sabe-se que o treinamento

será realizado conforme os procedimentos alterados para a realização adequada e correta do

35

serviço. Ocorreu assim a verificação de quem e o que deveria ser treinado. Comenta-se que

o treinamento deve possibilitar a aprendizagem do treinado, e deve ser observado todo o

seu processo.

Em todo processo de treinamento deve-se ter o conhecimento de quem vai ser

treinado e os recursos (entrada); posteriormente o processo deve ser avaliado e planejado

(programas de treinamento) e aplicado conforme a sua necessidade (saída). Após todo o

processo deverá ser realizada sua avaliação (retroação) (CHIAVENATO, 2000, p. 499).

Segundo (CHIAVENATO 2000, p. 499), “O processo de treinamento assemelha-

se a um modelo de sistema aberto, cujos componentes são: entrada – processo – saída –

retroação”.

Segundo (MARRAS 2001, p. 152) “levantamento de necessidade de treinamento é

o primeiro passo no processo do sistema de treinamento e desenvolvimento”. Nota-se que o

levantamento deve ser contínuo e constante dentro das organizações, pois estas devem se

adequar às constantes mudanças do mercado.

(MARRAS 2001, p. 152) comenta que o levantamento de necessidade de

treinamento detecta e diagnostica carências em dois diferentes cenários: Cenário relativo e

Cenário prospectivo:

a) Cenário relativo ou ação corretiva é a realização do treinamento após a falha

ocorrida. O treinamento é realizado para corrigir o erro.

b) Cenário prospectivo ou ação preventiva é a antecipação do treinamento para

prevenir possíveis falhas no andamento do serviço. Ações corretivas e preventivas são

aplicadas quando da ocorrência de uma não conformidade no processo do serviço.

36

PLANEJAMENTO

Entende-se que planejar o treinamento é definir o seu objetivo e a abordagem

necessária para a sua realização. O planejamento do treinamento segue o processo do

diagnóstico das necessidades do treinamento. O planejamento deve ser realizado seguindo

os princípios da organização. Segundo (MARRAS 2001, p. 155) “O planejamento de

treinamento é o elo de ligação entre políticas, diretrizes e ações formais e informais que

regem as relações organizacionais”. (GIL 2004) ao abordar sobre planejamento de

treinamento comenta que:

O planejamento é a escolha das técnicas a serem utilizadas no sentido de otimizar

a aprendizagem, ou seja, alcançar o maior volume de aprendizagem com menor dispêndio

de esforço, tempo e dinheiro. Estas técnicas podem ser classificadas quanto ao uso, tempo e

local de aplicação.

Percebe-se que, para realização do treinamento, existe a necessidade de verificar

as prioridades e ações necessárias a serem realizadas. Todo o processo deve ser realizado

após definição dos meios a serem utilizados. Busca-se definir os recursos necessários para a

aplicação do treinamento, utilizando as seguintes perguntas:

a) Quem vai ser o instrutor.

b) Quais equipamentos serão utilizados (vídeo, data show, projetor, materiais,

apostilas).

(GIL 1994, p. 70), comenta que planejamento é: “Um processo desenvolvido a

partir da realidade fornecida pelos diagnósticos e que visa proporcionar com a máxima

eficácia possível o desencadeamento das ações necessárias para o alcance dos objetivos

pretendidos”.

37

EXECUÇÃO DO TREINAMENTO

Entende-se que execução do treinamento é a realização do treinamento, após todo

o processo de levantamento e planejamento. Para a execução do treinamento, todos os

aspectos anteriores já foram analisados e avaliados pelo setor estratégico e tático da

empresa.

Segundo (MARRAS 2001, p. 157) “A execução é aplicação prática daquilo que foi

planejado e programado para suprir as necessidades de aprendizagem detectadas na

organização”. Entende-se que o importante na execução do treinamento é o trabalho de unir

o treinador e os treinando em uma linha específica da empresa, que é o aprendizado do seu

empregado e posterior crescimento do seu conhecimento, o que será de grande importância

para a organização.

(GIL 1994, p. 78) comenta que: “A execução do treinamento centra-se na relação

instrutor – treinando”. (CHIAVENATO 2000, p. 514) faz uma abordagem dizendo que a

execução do treinamento é composta de dois termos, sendo eles “instrutor x aprendiz” com

as seguintes definições:

Aprendizes são as pessoas situadas em qualquer nível hierárquico da empresa e

que necessitam aprender ou melhorar seus conhecimentos sobre alguma atividade ou

trabalho. – Instrutores são as pessoas situadas em qualquer nível hierárquico da empresa,

experientes ou especializados em determinada atividade ou trabalho e que transmitem seus

conhecimentos aos aprendizes.

Treinar é “O ato intencional de fornecer os meios para proporcionar a

aprendizagem”.

(CHIAVENATO 1994, p. 126) ; (MENDES) comentam que: “Treinar significa

garantir que seu processo e seu funcionário te darão toda a segurança e o retorno desejado.

É a garantia certa de que tudo irá correr de acordo com o previsto”.

38

AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO

Sabe-se que a avaliação do treinamento é a etapa de verificação de todo o processo

para saber se o treinamento ocorreu sem falhas. Será verificado desde a estratégia e a

estrutura aplicada ao resultado alcançado pelos treinados. Segundo (MARRAS 2001, p.

159) a avaliação de treinamento “Tem por finalidade aferir os resultados conseguidos

comparativamente àquilo que foi planejado e esperado pela organização”. Entende-se que o

que mais importará para a organização é estar ciente do tipo de retorno que o programa de

treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao terminar um treinamento deve-se avaliá-

lo para saber se ele trouxe realmente retorno para a empresa.

(TOLEDO ; MILIONI 1986, p. 89) comentam que:

Ao se investir em treinamento espera-se que haja aumento de produtividade,

mudanças de comportamento, melhoria do clima humano na organização, redução de

custos e de acidentes, rotação de pessoal, além de outros resultados.

Conforme comentado por (TOLEDO ; MILIONI), o retorno do treinamento deverá

ser o maior conhecimento por parte do empregado das atividades exercidas e com isso a

melhoria da sua atividade profissional dentro da organização. (CHIAVENATO 2000, p.

515) define a avaliação de treinamento sendo: “A etapa final do processo de treinamento é

a avaliação dos resultados obtidos. O programa de treinamento deve ter uma avaliação de

sua eficiência”.

Vê-se que o importante após a realização do treinamento é a constatação se as

metas sugeridas foram alcançadas. Esta etapa é de grande importância à organização, pois,

caso as metas não sejam alcançadas, as etapas de treinamento deverão ser revistas e o

treinamento novamente realizado, para a conclusão real das suas necessidades.

(GIL 1994, p. 78) busca como conceito de avaliação de treinamento o conceito de

(HAMBLIN 1978) “Qualquer tentativa de obter informações sob os efeitos de um

programa de treinamento e para determinar o valor do treinamento à luz dessas

informações”. Comenta-se que a verificação da eficácia se torna a ferramenta para

confirmação se o processo realizado teve total assertividade na sua aplicação e confirmar se

o tratamento foi realizado e aplicado de acordo com a necessidade existente. Segundo

39

(FERREIRA 1997, p. 75) “Avaliação e controle englobam a coleta de dados que permitam

comparar a situação anterior com a situação pós-intervenção”.

Percebe-se então que avaliação dos resultados é a comparação das atividades

realizadas antes do treinamento e após a realização do treinamento. Para se conseguir um

resultado positivo deve-se trabalhar todos os processos do treinamento.

Conforme (GIL 2004). “O Treinamento cobre uma sequência programada de

eventos [...]”

Entende-se que o treinamento deve seguir toda uma sequência para realização das

suas etapas. (CHIAVENATO 2000, p. 517) aborda uma sequência de 9 (nove) fases no

Ciclo de Treinamento.

Entende-se Atividade de Staff como sendo uma equipe de pessoas que dá

assessoria a um dirigente ou executivo de uma empresa. As atividades de Linha e Staff são

responsáveis por todo o processo para a execução do treinamento. Segundo (MARRAS

2001, p. 46) “estruturas de linha são aquelas que exercem atividades de “execução e

comando” e possuem responsabilidades sob atividades-fins do negócio”.

(MARRAS 2001, p. 46) comenta também que: “Estrutura Staff caracteriza-se por

não executar e não comandar na pirâmide organizacional. Sua ação está limitada a

influenciar e aconselhar as unidades de linha”.

(CHIAVENATO 1999, p. 307) faz a seguinte abordagem da avaliação do

programa de treinamento:

Como os programas de treinamento representam um investimento em custo – os

custos incluem materiais, tempo do instrutor, perda de produção enquanto os indivíduos

estão sendo treinados e por isso estão afastados dos seus cargos – requer-se um retorno

razoável desse investimento. Basicamente, deve-se avaliar se o programa de treinamento

atende as necessidades para as quais foi desenhado.

Respostas às questões abaixo podem ajudar a determinar a eficácia do programa de

treinamento: As rejeições e refugos foram eliminados? As barreiras foram removidas? Os

custos por trabalho por unidade diminuíram? As pessoas se tornaram mais produtivas e

felizes? A organização alcançou seus objetivos estratégicos e táticos? Se a resposta às

40

questões acima foi positiva, o programa de treinamento foi bem-sucedido. Se for negativa,

o programa de treinamento não atingiu seus objetivos e o seu esforço foi inválido e sem

efeito. Percebe-se que a organização deverá buscar ferramentas para avaliar o seu processo;

estas ferramentas deveram ser representadas na qualidade da execução da tarefa.

(MARRAS 2001, p. 161) comenta sobre alguns dados que poderão servir como avaliação

do resultado do treinamento:

Aumento da produtividade

Melhorias na qualidade dos resultados

Redução dos custos (retrabalhos, etc.)

Otimização da eficiência

Otimização da eficácia

Modificação percebida das atitudes e comportamentos

Elevação do saber (conhecimento, conscientização)

Aumento das habilidades

Redução do índice de acidentes

Melhoria do clima organizacional

Aumento da motivação pessoal

Redução do absenteísmo

Vê-se então que, após a realização de treinamentos, o empregado aprende mais

sobre as suas atividades e necessidades da empresa, o que poderá possibilitar a utilização

dos novos conhecimentos para o crescimento da organização.

41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consta-se com a pesquisa que para se obter a melhoria na prestação de serviço. A

organização deve ter todos os seus empregados, embasados no treinamento e motivados a

realizar o seu serviço com o melhor conhecimento possível. Verifica-se que o processo de

treinamento, sendo realizado de modo correto, sem atropelos de cada uma de suas etapas, é

responsável pela apresentação de profissionais bem treinados e mais qualificados ao

mercado, comprometendo-se em suprir as necessidades dos seus clientes.

Investir no trabalhador se torna uma necessidade para sua permanência no

mercado e para fidelidade de seus clientes. Por esta razão as organizações devem privilegiar

o investimento em recursos humanos, pois, com as ferramentas do treinamento, a empresa e

os empregados estarão trilhando para o caminho do sucesso.

42

Conclusão

Nesta monografia, conseguimos identificar a necessidade de nos adequarmos a

uma nova realidade dentro da área de atendimento em Call Center. Vimos o quanto é

necessário termos em mente a responsabilidade de cumprir a nova regra, de criar padrões

de atendimento para que possamos não ser somente eficiente, mas sim eficaz também.

Estamos conscientes de que o relacionamento com nossos clientes / associados não é

fundamental para que a nossa associação cresça e não seja engolida pelos nossos

concorrentes, pois para que isso não aconteça devemos criar uma política de qualidade onde

a excelência deve ser o foco de todo atendente. No entanto para que isso aconteça devemos

estar voltados para práticas atuais e de extrema validez. Estamos falando do nosso famoso e

eterno Feedback, ferramenta de grande utilidade gerencial aplicada não só em nosso âmbito

de trabalho, mas também em nossas vidas pessoais.

43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CENTÚRIA SISTEMAS DE SEGURANÇA LTDA. Programa de Treinamento –

Treinamento Básico de Fiscalizadores. Espírito Santo: 2000.

CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

______Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 6ª

tiragem. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

______ Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

COBRA, M. Administração de Marketing no Brasil. São Paulo: 2 ed. Cobra Editora e

Marketing, 2006.

CHUCHILL, Gilbert A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. 2 ed. São

Paulo: Saraiva, 2000.

DIAS, S. R. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.

GIL, A. C. Administração de Recursos Humanos: Um Enfoque Profissional. 1. ed. São

Paulo: Atlas, 1994.

GIL, S. Teoria sobre Treinamento. RH SINDICAMP – Sindicato das Empresas de

Transportes de Cargas de Campinas e Região. São Paulo. Disponível em:

http://www.sindicamp.org.br/rh0910.htm. Capturado em: 30 de agosto de 2004.

MAIA, C.S.B. Supervisão em Call Center: O Caminho para o Sucesso. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2007.

MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: Do Operacional ao Estratégico.

4. ed. São Paulo: Futura, 2001.

MENDES, L. Treinamento. Treinar RH. Disponível

em:http://www.treinarh.com.br/rhpos/treinamento.htm. Capturado em 30 de agosto de

2004.

MINICUCCI, A. Psicologia Aplicada à Administração. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1995.

ROBBINS, S. P. Administração: Mudanças e Perspectivas. 3ª tiragem. São Paulo: Saraiva,

2002.

______Comportamento Organizacional. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

TOLEDO, F. e MILIONI, B. Dicionário de Recursos Humanos. 3. ed. São Paulo: Atlas,

1986.

VERGARA, S. C. Gestão de Pessoas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A Historia do Call Center 10

CAPÍTULO II

A Qualidade no Atendimento 11

CAPÍTULO III

Nova Regra no Call Center 13

CAPÍTULO IV

Serviço em Atendimento 15

CAPÍTULO V

Estratégia de Serviços 18

CAPÍTULO VI

Monitoria de Qualidade 20

CAPÍTULO VII

Feedback 26

CAPÍTULO VIII

Treinamento 30

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44