universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · controle financeiro de uma pequena empresa do...

41
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM EMPRESA VAREJISTA. Por: Elizabeth Guilherme de Souza Orientador Prof. Luciano da Rocha Gerard Rio de Janeiro 2009

Upload: dangcong

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM EMPRESA VAREJISTA.

Por: Elizabeth Guilherme de Souza

Orientador

Prof. Luciano da Rocha Gerard

Rio de Janeiro

2009

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM EMPRESA VAREJISTA.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa.

Por: . Elizabeth Guilherme de Souza

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

3

AGRADECIMENTOS

A minha mãe e toda a minha família

pelo apoio, compreensão e incentivo

incondicional.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

4

DEDICATÓRIA

A minha mãe, por ter me dado todo apoio

para que eu conseguisse chegar onde

estou hoje, e as minhas irmãs que sempre

estão do meu lado para todas as minhas

empreitadas.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

5

RESUMO

O trabalho foi desenvolvido a partir da concepção de que a elaboração e

análise do fluxo de caixa é tarefa de fundamental importância para as micros e

pequenas empresas, sendo o principal instrumento para guiar a mesma no

planejamento e controle financeiro.

O fluxo de caixa evidência toda a circulação do dinheiro na empresa

sendo, portanto, um instrumento que auxilia o empresário na tomada de

decisões.

Visando tornar este trabalho um guia informativo para o micro e pequeno

empresário, procurou-se verificar, a título de exemplo, como é realizado o

controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como

quais são os instrumentos utilizados para esse controle. Essa verificação está

devidamente apoiada pela fundamentação teórica que sustenta o objetivo do

presente trabalho em todo o seu decorrer. Salienta-se que para manter sigilo

acerca das informações fornecidas pela empresa, teve-se a preocupação de

descaracterizá-la.

Ponderando todos os aspectos abordados no trabalho, pode-se concluir

que o fluxo de caixa é um importante instrumento de gestão financeira que

auxilia o empresário a controlar com eficácia todos as operações financeiras

realizadas pela empresa, sendo também um instrumento que apóia a tomada

de decisões a curto prazo, principalmente as que envolvem questões de capital

de giro e questões investimento.

O fluxo de caixa também cumpre seu papel de orientar o empresário a

planejar e controlar de forma mais apropriada os recursos financeiros da

empresa.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica. Foram consultados

textos e artigos publicados na internet, sites relacionados ao tema e leitura de

livros.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1 - A empresa varejista 10

CAPÍTULO 2 -O papel da gestão financeira 18

CAPÍTULO 3 - Gerenciamento do fluxo de caixa 21

CAPÍTULO 4 – Estudo de Caso 31

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

8

INTRODUÇÃO

A crescente complexidade do processo administrativo leva os gestores a

buscarem incansavelmente alternativas para superar os desafios encontrados

no seu dia-a-dia. A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para

sua captação, juntamente com a falta de planejamento e controle, têm

contribuído para que muitas empresas encerrem suas atividades. Em épocas

de crise o gestor precisa de informações contábeis precisas e oportunas para

apoiar o seu processo decisório.

A demonstração do fluxo de caixa teve sua origem no Financial

Accounting Standard Board (Fasb) 95, em novembro de 1987, colocada em

vigor a partir de julho de 1988, que buscou atender às necessidades

americanas, quanto aos anseios dos investidores, em geral, e das empresas

que buscavam captar recursos nesse mercado que passou a exigir a

apresentação da demonstração do fluxo de caixa, em substituição à

Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).

A demonstração do fluxo de caixa permite avaliar as alternativas de

investimentos e as razões que provocam as mudanças da situação financeira

da empresa, as formas de aplicação do lucro gerado pelas operações e até

mesmo os motivos das eventuais variações do capital de giro.

O fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta imprescindível para

a gestão financeira e consequentemente, ao processo decisório das empresas.

Por meio de fluxo de caixa projetado, o gestor pode programar e acompanhar

as entradas e saídas de recursos financeiros, tanto a curto como a longo prazo.

É pelo fluxo de caixa realizado que o usuário externo pode conhecer e avaliar o

comportamento do fluxo de ingressos e desembolsos dos recursos financeiros

da empresa em determinado período, permitindo, assim. Uma análise mais

segura da situação financeira da empresa. Diante da abertura de mercado e da

internacionalização de capitais, a publicação da demonstração do fluxo de

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

9

caixa é uma fonte a mais de informação que vem ajudar os analistas

financeiros a sustentarem suas análises. A demonstração do fluxo de caixa

poderá ser elaborada pelo método direto ou indireto, ficando a critério da

empresa definir aquele que melhor preenche as suas necessidades

informativas e, principalmente, as necessidades dos usuários externos.

Fluxo de caixa é a previsão de entradas e saídas de recursos

monetários, por um determinado período. Essa previsão deve ser feita com

base nos dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais da

empresa, levando porém em consideração a memória de dados que respaldará

essa mesma previsão. O principal objetivo dessa previsão é fornecer

informações para a tomada de decisões, tais como: prognosticar as

necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em que

haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de caixa

nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez.

Resumidamente, podemos afirmar que fluxo de caixa é a demonstração visual

das receitas e despesas distribuídas pela linha do tempo futuro.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

10

CAPÍTULO 1

A EMPRESA VAREJISTA

A organização da empresa varejista tem por objetivo a comercialização

de produtos e serviços ao consumidor final, ou seja, no varejo são incluídas

todas as atividades envolvidas na venda de bens e serviços ligada diretamente

aos consumidores finais para uso pessoal. Um varejo é qualquer empresa onde

a venda decorre por unidades ou pequenos lotes.

Exemplo: O varejista compra em grandes lotes junto ao atacadista (ou

fabricante) e vende em unidade para o consumidor final. Também é um

fabricante de serviços, ao vender um produto, pode vir a oferecer serviços de

entrega, montagem e instalação.

A definição mais utilizada é a fornecida pela American Marketing

Association, na qual o varejo é definido como uma unidade de negócios que

compra mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende

diretamente a consumidores finais e, eventualmente, a outros consumidores.

1.1 - PAPEL DESENVOLVIDO PELOS VAREJISTAS NO MERCADO

O papel do varejo é o de intermediar mercadoria entre consumidor final e

fabricante ou atacadista. Nesse processo, o intermediário (varejista) adquire

mercadoria de um dos dois (fabricante ou atacadista) e oferece os produtos

aos seus clientes por meio de lojas ou outras formas de distribuição. Segue

abaixo os papeis desenvolvidos pelos empresários varejistas:

• Manuseiam os produtos por meio da armazenagem, preço e exposição.

• Apresentam seus produtos por meio da propaganda dirigida ao

consumidor final. Pesquisa de mercado dirigida ao fabricante e ao

atacadista.

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

11

• Vendem para o consumidor final, oferecem horários convenientes,

pessoas de vendas treinadas, estratégias de preço e de financiamento.

1.2 - CLASSIFICAÇÃO

As empresas varejistas são classificadas por diversos tipos de lojas (ou

outras formas) de varejo, características e exemplos. Mostra também como o

varejo é praticado por meio de lojas e sem loja, também denominado varejo

não-lojista. Como veremos nas duas tabelas a seguir:

Tabela 1 - Varejo lojista

TIPO CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS

Lojas

especializadas

Formadas por varejistas do tipo

independente que oferecem, aos

consumidores, uma linha única.

Operam com um número limitado de

categorias de produtos

World Tennis,

Habib’s, Livraria

Cultura, Kalunga

Lojas de

departamento

As lojas de departamento são de

grande porte, apresentam grande

variedade de produtos, como

ferramentas, eletrodomésticos,

confecções, cama, mesa, roupas

masculinas e femininas. Pode-se dizer

que se trata de várias lojas

especializadas, departamentalizadas

Fast, Extra-Eletro,

C&A, Renner e

Pernambucanas

Lojas em

cadeia

Define-se como um grupo de quatro

ou mais lojas que operam no mesmo

tipo de negócios. A economia em

escala para compras é a vantagem

dessa categoria. Supermercado e

lojas de departamentos podem ser

citados como exemplos

Pão de Açúcar,

Renner

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

12

Lojas

independentes

Caracteriza-se pela simplicidade

administrativa e freqüentemente

pelo atendimento personalizado aos

clientes, devido ao contato mais direto

entre proprietários ou gerentes com

clientes

Todas as

pequenas,

médias e mesmo

grandes lojas sem

pertencer a redes

e

sem imagem forte

no

segmento

Cooperativas Agrupamentos de varejistas

independentes, cada um opera sua

loja, mas tomam certas decisões em

conjunto, como compras e promoções

Farmacem,

Coopercitrus

Supermercados Estabelecimentos estruturados em

departamentos, com

estoque

Comprebem,

Futurama,

Sonda-

Supermercado

Hipermercado A junção em um único espaço físico

de lojas de descontos

e supermercado, onde são oferecidos

produtos alimentícios

e não-alimentícios, geralmente com

preços menores dos que são

oferecidos no varejo devido à grande

condição de negociação de compras

por parte dessas lojas

Extra, Carrefour,

Wal-Mart

Lojas de

desconto

Linha variada de produtos, exemplo:

alimentício, de vestuário, brinquedo.

Característica dessas lojas são os

preços baixos, oferecendo sempre

marcas nacionais tradicionais

Sam’s Club

Armazéns/ Lojas que oferecem uma linha básica Pequenos pontos-

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

13

Mercearias de produtos de mercearia, frios e

laticínios, instalações quase sempre

na periferia

de-venda em

periferia sem

nomes

representativos

Lojas de

variedades

Lojas varejistas que trabalham com

diversidade muito grande de

mercadorias populares de baixos

valores. Os produtos oferecidos;

papelaria, acessórios femininos,

brinquedos, utilidades domésticas etc

Armarinhos

Fernando,

Lojas Americanas

Ponta de estoque/

Outlet/lojas

de fábrica

Varejistas que oferecem preço baixo

para produtos fora de estação ou com

pequenos defeitos, geralmente são

operadas pelos próprios fabricantes

TNG, Adidas

Lojas de

conveniência

Lojas que oferecem produtos

alimentícios e artigos de primeira

necessidade. Preços mais elevados do

que os praticados pelos

supermercados. Esse tipo de varejista

oferece aos consumidores

conveniência de localização e

horário, geralmente instaladas em

postos de combustíveis

Am-Pm,

Br-Mania, Star

Mart

Lojas de preço

único

Varejistas que oferecem mercadorias

para o lar, presentes e brinquedos, por

preços baixos, comum a todos

Lojas de R$ 1,99

Fonte: Las Casas, A. L. Marketing de varejo (2004).

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

14

A seguir veremos que cada tipo de varejo sem loja tem sua forma de

apresentar e oferecer, ao consumidor final, suas mercadorias, e que cada tipo

atinge a um determinado público no mercado.

Tabela 2 - Varejo não-lojista ou varejo sem loja.

TIPO CARACTERÍSTICAS PRODUTOS

OFERECIDO

Mala-direta Folhetos, catálogos, cartas de reembolso

postal, onde também são oferecidos e

apresentados produtos e serviços

Ferramentas,

viagens,

casas, alimentos,

revistas,

academias

Telemarketing Contatos telefônicos, em que são

apresentados e oferecidos determinados

produtos ou serviços

Cartão de crédito,

Assinatura de

jornal,

revistas

Varejo virtual/

on-line

Varejo eletrônico, o varejo oferecido por

meio da internet, locais que possibilitam e

oferecem ao consumidor final

comodidade e onde ele efetua toda

transação de compra. Grande parte do

varejo com lojas oferece seus produtos e

serviços de forma on-line

web site

Supermercados,

bancos,

ferramentas,

alimentos,

roupas,

eletrodomésticos

Venda porta a

porta

Forma direta de venda ao consumidor,

contato pessoal, demonstração e

explicação dos produtos

Perfumes, livros

Vendas por

máquinas

Produtos oferecidos por meio de

máquinas em que o consumidor deposita

dinheiro. Essas máquinas geralmente

estão instaladas em locais

de grande circulação de pessoas

Café, refrigerante,

salgadinhos,

doces, sucos.

Fonte: Las Casas, A. L. Marketing de varejo (2004).

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

15

1.3 - MERCADO

O varejo passa por momentos de transformação que já o colocam em

um patamar além. Em um mercado cada vez mais globalizado em que um

mero detalhe pode determinar o sucesso ou fracasso de um produto, esse

segmento vem ganhando maior atenção da indústria, dos próprios centros

comerciais, dos consumidores e, por tabela, dos centros formadores de

profissionais.

Há alguns anos bastava uma boa estratégia de marketing para o

produto, hoje isso é pouco. O desenvolvimento da indústria de consumo leva

as empresas a expandir conhecimentos para a área de varejo.

As oportunidades no mercado envolvem áreas como gestão financeira do

comércio, logística de distribuição, varejo virtual, cadeia de suprimentos, gestão

de marketing, merchandising e marcas próprias, estratégias para otimizar as

vendas diretas. Encontram-se tanto no comércio tradicional (shopping centers,

supermercados), na indústria de consumo e também nas empresas ligadas à

área de serviço (operadoras de cartão de crédito e bancos), que por sua vez

buscam informações sobre como vender seus bens para o consumidor. Há

muito investimento no ponto-de-venda. O desafio, agora, é sair da loja

tradicional para outras formas de varejo, ainda que uma atividade não esgote a

outra.

1.4 - DIFICULDADES

A capacidade de sobrevivência das empresas é uma luta constante e

observada no testemunho de seus empreendedores. Entre as dificuldades,

muitas delas comuns as demais empresas, destaca-se a árdua tarefa de

“levantar dinheiro” junto aos bancos para complementar as suas necessidades

de capital de giro ou mesmo para novos investimentos. Em uma economia

estável, as empresas não teriam dificuldades na obtenção de recursos de

terceiros; ao contrário, o dinheiro é que estaria a procura de empresas

rentáveis. Da mesma forma que uma empresa procura retorno de seus

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

16

investimentos, as de intermediação financeira querem garantir os juros

necessários para remunerar seus capitais.

1.5 - PONTOS CRÍTICOS

O comerciante antes da aquisição de seus estoques deve fazer uma

análise de suas Demonstrações Contábeis e compará-las com períodos

equivalentes no passado um tanto recente e após esse período também e ir-se

preparando para períodos semelhantes no futuro.

Verificar seu fluxo de caixa no passado e elaborar um para o período

atual é de essencial valia. Equilibrar seus recebimentos com seus pagamentos

é de grande relevância para não ser pego de surpresa com os acréscimos a

seus pagamentos de curto e longo prazo.

O comerciante varejista deve ter em mente suas despesas mensais e os

acréscimos derivados do período. Fazer um fluxo de caixa projetado

verificando em quais períodos estará mais vulnerável em disponibilidades.

Quanto poderá vender a prazo, quanto deverá vender à vista para evitar

empréstimos bancários. Devem-se negociar seus prazos de pagamentos para

que estes não ocorram antes do recebimento de suas vendas.

Caso um empréstimo seja inevitável, deverá o administrador ter um

acompanhamento preciso de quando seus pagamentos irão ocorrer para não

incorrer em juros. Planejar quais serão as aplicações que poderão ser

realizadas nos períodos de sobra de caixa que poderão ser resgatadas com

menor imposto nos períodos de tempo que a empresa dispõe, isto é, entre um

pagamento e outro.

A verificação do ambiente externo também é de grande valia, saber

quais os produtos que o consumidor em potencial pretende adquirir é ponto de

partida para o período. Não haver excesso de estoques em detrimento das

disponibilidades. Obrigando ao varejista a fazer liquidações para obter caixa

para obrigações imediatas ou pedir empréstimo.

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

17

Os pontos críticos da empresa devem ser avaliados com mais

detalhamento após detectados e equilibrados.

Evitar excesso de vendas a prazo que poderão vir a comprometer o

capital de giro próprio e trazer dificuldades financeiras à empresa obrigando-a a

comprometer-se com terceiros para honrar com seus compromissos.

A contabilidade deve ser utilizada como fonte de dados para a tomada

de decisões imediatas e futuras

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

18

CAPÍTULO 2

O PAPEL DA GESTÃO FINANCEIRA

É papel da gestão financeira cuidar dos recursos financeiros da empresa,

tratando de processos, de Instituições, de mercados e de instrumentos

envolvidos na transferência e fluxo de capital e moedas entre pessoas,

empresas e governos, preocupando-se com a captação, alocação e

gerenciamento desses recursos.

Porém, tem-se alterado essa visão já há algumas décadas, mesmo que

lentamente. Em geral, o papel dos Gestores tem se caracterizado como sendo

cada vez menos o de “controlador”, transferindo seu foco para a ênfase do

“estrategista”.

Com esta mudança o Gestor se transformou num agregado de valor,

pois, ao invés de prestar serviços de levantamento e análise de números,

passa a prestar assessoria aos demais setores da empresa, para que esta

possa tomar decisões com uma visão sistêmica do negócio.

Isto ocasionou uma mudança no perfil do profissional de Gestão, e a

criatividade passou a ser uma característica fundamental. Não basta mais, por

exemplo, o profissional entender os números à sua frente. Ele precisa abstrair

esses números e visualizar todas as opções de captação e investimento de

capital.

O objetivo do Gestor, através desse realinhamento é implementar uma

estratégia global para maximizar os ganhos da empresa, estratégia esta que

deve ser discutida em conjunto com os demais setores, como Recursos

Humanos, Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos, Tecnologia,

Produção,Venda.

É importante que os Executivos de Negócio saibam como assumir riscos de

forma inteligente e, para isso, precisam que os demais profissionais passem a

assessorá-los através de análises estratégicas consistentes e que agreguem

valor aos processos e produtos, inclusive indicando como isso será obtido e em

que proporções.

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

19

2.1 - CICLO OPERACIONAL

O ciclo operacional fornece uma visão comparativa dos prazos de Giro

de Estoque, Prazo Médio de Recebimento de Duplicatas e Prazo Médio de

Pagamento de Fornecedores, além dos Custos Fixos Mensais. O Ciclo

Operacional é composto pelos Ciclos Econômico e Financeiro. Ao montar o

gráfico destes ciclos juntamente com os Custos Fixos Mensais, o Administrador

Financeiro terá a real visão do fluxo de recursos que fluirão pela empresa no

médio ou longo prazo através do Orçamento de Caixa e poderá, através destas

informações, projetar a necessidade de Capital de Giro (NCG) para um

determinado período. O Orçamento de Caixa é de fundamental importância

para a boa administração das finanças empresariais. Para a realização deste

trabalho, foi utilizado, hipoteticamente, o exemplo de uma empresa comercial.

EXEMPLO

Prazo Médio de Pagamento a fornecedores: 45 dias

Prazo Médio de Recebimento de duplicatas: 30 dias

Prazo Médio de Giro dos estoques: 30 dias

Figura 1 – Esquematização do ciclo operacional na empresa.

Fonte: Biblioteca SEBRAE

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

20

Quando realizarmos um simples comparativo entre os prazos médio de

pagamento e de recebimento, 45 e 30 dias, observaremos que a empresa está

vendendo a mercadoria e ganhando em média 15 dias se compararmos com o

prazo que o fornecedor concedeu. Devemos levar em conta o giro dos

estoques, ou seja, quanto tempo estamos demorando para vendermos todo o

estoque, e neste caso a empresa está demorando em média 30 dias. Isso

significa que se somarmos o giro do estoque, mais o prazo concedido aos

clientes, teremos um período total de 60 dias entre vender e receber.

Comparado este período com o prazo médio de pagamento ao fornecedor,

concluiremos que há uma defasagem de 15 dias e neste período a empresa

terá de desembolsar o compromisso com o fornecedor, além dos custos fixos

mensais (despesas operacionais) que a empresa obrigatoriamente deve honrar

para que possa operar.

Nesta situação a empresa deve ter Capital de Giro Próprio para poder

bancar estes períodos em que não haverá fluxo de recursos para oxigenar o

fluxo de caixa, até que se normalize. O Administrador Financeiro fará o

levantamento da Necessidade de Capital de Giro (NCG) para que a empresa

continue a operar. Caso não haja capital de giro próprio suficiente, recorrerá a

capitais de terceiros comprometendo ainda mais a saúde financeira da

empresa.

Figura 2 – Esquematização do ciclo operacional na empresa.

Fonte: Biblioteca SEBRAE

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

21

Comparando os dois esquemas acima, podemos concluir que o prazo

médio de pagamento da primeira figura é de 45 dias e da segunda é de 30

dias. Em compensação, o ciclo operacional da primeira figura é 2 meses e o da

segunda figura é de 2,5 meses. O ciclo financeiro da primeira figura é de 15

dias e o da segunda figura é 2,5 meses. O prazo de recebimento da primeira e

da segunda figura são iguais de 2 meses.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

22

GAPÍTULO 3

Gerenciamento do fluxo de caixa

Os relatórios provenientes do sistema contábil são os principais

instrumentos de gestão empresarial, tendo como objetivo fornecer informações

relevantes para que cada usuário possa tomar suas decisões com segurança.

No entanto, com a crescente complexidade das organizações empresariais,

somente com as informações clássicas da contabilidade, ou seja, Balanço

Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício - DRE e Demonstração

de Origem e Aplicação dos Recursos - DOAR, dificilmente o gestor terá

conhecimento imediato e oportuno da verdadeira liquidez da sua empresa. Não

basta a empresa apresentar lucro contábil. É preciso que a equação “Ativo

Circulante vs. Passivo Circulante” esteja compatível com sua necessidade de

capital de giro. Isto faz com que o gestor se utilize de todos os instrumentos

disponíveis que, juntamente com os demais demonstrativos contábeis, ajudem-

o a interpretarem a realidade financeira da empresa, conhecendo e coibindo

eventos estranhos que possam afetar o seu desempenho financeiro.

Figura 3- O fluxo de caixa é o produto final da integração do Contas a

Receber com o Contas a Pagar.

Fonte: (Sá, 1998:36)

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

23

O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira

da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao

gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos

financeiros da empresa. O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o

futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que

se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para

enfrentar a escassez ou o excesso de recursos.

Por outro lado é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta

suas limitações.

Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas sobre o

lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações e

demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de

competência. Todavia, pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um instrumento

de controle e análise financeira que juntamente com as demais demonstrações

contábeis torna-se efetivamente um instrumento de apoio à tomada de

decisões de caráter financeiro.

3.1 - FLUXO DE CAIXA PROJETADO E REALIZADO

O fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta de aferição e

interpretação das variações dos saldos do Disponível da empresa. É o produto

final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar, de tal forma

que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o

fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as

contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. (Sá, 1998:03)

3.1.2 - FLUXO DE CAIXA PROJETADO

O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se

comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em

determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazo. A curto

prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

24

dentro do período projetado, para que através dessas informações se possam

traçar uma adequada política financeira.

A longo prazo, o fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis

excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações

importantes, tais como:

» verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para

custear suas operações;

» determinar o capital em giro no período;

» determinar o Índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital em

giro / capital de giro da empresa);

» determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa; etc.

É bom lembrar que as informações de que a empresa dispõe para

elaborar o fluxo de caixa projetado a curto prazo diferem daquelas que estão

disponíveis quando se projeta a longo prazo.

Normalmente, quando se projeta a curto prazo, as principais operações

que vão provocar entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e a

empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou

pagamentos dentro do período. No entanto, quando se projeta a longo prazo, o

que se conhece são apenas projeção das operações de ingressos e/ou

desembolsos de recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa projetado a

longo prazo exposto a eventos estranhos ao conhecimento primário por parte

da empresa, podendo comprometer as previsões consideradas.

3.1.3 - FLUXO DE CAIXA REALIZADO

A finalidade do fluxo de caixa realizado é mostrar como se comportaram

as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa em determinado

período. O estudo cuidadoso do fluxo de caixa realizado, além de propiciar

análise de tendência, serve de base para o planejamento do fluxo projetado.

Outro aspecto que deve ser considerado é a comparabilidade que existe entre

os fluxo de caixa realizado e o projetado. Isto possibilita identificar os motivos

das variações ocorridas, se ocorreram por falha de projeções ou por falhas de

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

25

gestão. A análise das variações ocorridas no fluxo de caixa permite identificar

as causas de eventuais divergências de valores; funciona como feedback,

gerando informações para o processo decisório e para o planejamento

financeiro futuro.

3.2 - O FLUXO DE CAIXA PELO MÉTODO DIRETO

O fluxo de caixa obtido pelo método direto é o produto final da

integração das entradas e das saídas de caixa contidas nas subcontas do

disponível ao longo de um período. Sua equação genérica é:

Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final

Na equação acima as expressões “saldo inicial” e “saldo final” referem-

se aos saldos do disponível no início e no final do período considerado.O

arcabouço do método direto é o plano de contas da Tesouraria, assim

compreendido como uma estrutura em vários níveis que decompõe as entradas

e as saídas em contas e sub contas de forma a permitir uma melhor

visualização, análise e interpretação dos resultados obtidos. O plano de contas

da tesouraria permite ainda:

1. A comparação do comportamento de uma conta em dois momentos

diferentes do tempo;

2. A projeção de uma conta baseada em seu comportamento passado.

Por permitir o acompanhamento e a projeção, dia a dia, das entradas, das

saídas e dos saldos resultantes, o fluxo de caixa obtido pelo método direto é a

base do planejamento financeiro feito pela tesouraria.

É importante que o saldo final do fluxo de caixa seja conciliado

diariamente com o saldo do Disponível apurado pela Contabilidade. Este

controle diário garante que não ocorreram omissões de lançamentos,

lançamentos em duplicidade ou erros de digitação que acabariam por

desfigurar o fluxo de caixa e comprometer sua análise e interpretação. Tal

como acontece com o plano de contas da Contabilidade, a estrutura do plano

de contas da tesouraria varia de empresa para empresa dependendo das

características do negócio. Por outro lado, diferentemente do que acontece

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

26

com o plano de contas da Contabilidade, para o qual a legislação estabelece os

contornos de seu formato, o plano de contas da tesouraria depende, quase que

exclusivamente, do discernimento da pessoa que o estrutura. De forma

ilustrativa, em uma empresa industrial, as contas de entrada podem ser

decompostas em:

Recebido de Clientes – onde são registrados os valores efetivamente

recebidos de clientes pela venda de bens produzidos ou de serviços prestados;

Outras Entradas Operacionais – onde são registrados os dividendos e os

juros recebidos, estes últimos referentes a aplicações financeiras;

Entradas Patrimoniais – onde são registrados os aportes de capital em

dinheiro recebidos de acionistas, e as vendas de participações acionárias e de

imobilizado;

Entradas Financeiras – onde são registrados os resgates de aplicações

financeiras, os empréstimos obtidos, o valor líquido referentes a duplicatas

descontadas e as transferências de coligadas e controladas;

Entradas Diversas – onde são registradas as entradas operacionais e não

operacionais que não tenham sido registradas nas contas acima tais como

reembolsos diversos, devoluções em dinheiro, prêmios de seguros,

ressarcimentos e indenizações recebidas, etc.

Estas contas de Entrada deverão ser decompostas em tantas subcontas

quantas julgadas necessárias pela Tesouraria. De forma ilustrativa, as Saídas

podem ser decompostas em:

Saídas Administrativas – compreendendo as saídas referentes a aluguéis,

despesas de condomínio, material de escritório, material de limpeza, etc.;

Saídas Comerciais – compreendendo as saídas referentes a comissões,

royalties, publicidade e propaganda, etc.;

Saídas Industriais – compreendendo as saídas referentes a todos os custos

diretos e indiretos de fabricação exceto os que estiverem discriminados em

outras contas deste plano de contas;

Fornecedores - compreendendo as saídas referentes a pagamentos feitos a

fornecedores nacionais e estrangeiros,

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

27

Folha e Encargos – compreendendo as saídas referentes a salários,

encargos, rescisões e indenizações e benefícios concedidos aos empregados,

espontaneamente ou por força de lei, tais como seguros de vida, seguro saúde,

vale transporte, ticket refeição, etc.;

Serviços de Terceiros – compreendendo as saídas referentes a serviços

corporativos, assim entendidos como aqueles serviços que beneficiam a

empresa como um todo e que, portanto não tenham sido classificados em

nenhuma outra conta, tais como, consultorias empresariais, manutenção

predial, assessoria jurídica, etc.;

Impostos e Taxas – compreendendo as saídas referentes a impostos e taxas

tais como IPI, ICMS, PIS, Cofins, IRPJ, CSSL, etc.;

Juros Pagos - os juros pagos referentes a operações financeiras;

Saídas Financeiras – compreendendo as amortizações de empréstimos e

financiamentos;

Saídas Patrimoniais - compreendendo as saídas referentes aos dividendos

pagos, às prestações de operações de leasing financeiro e às aquisições de

participações acionárias e de imobilizado.

Saídas Diversas – compreendendo as saídas não classificáveis nas contas

acima tais como reembolsos, devoluções e outros.

3.2.1- RELATÓRIO DO FLUXO DE CAIXA OBTIDO PELO MÉTODO DIRETO

Saldo Inicial 130.000,00

Mais

Entradas 1.750,00

Recebido de clientes 1.500,00

Entradas financeiras 250.000,00

Mais

Saídas (1.870,00)

Saídas administrativas (70.000,00)

Saídas comerciais (350.000,00)

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

28

Folhas, encargos e benefícios (175.000,00)

Serviços de terceiro (50.000,00)

Serviços de terceiros (50.000,00)

Impostos e taxas (125.000,00)

Saídas financeiras (85.000,00)

Saídas patrimoniais ((250.000,00)

Igual a

Saldo final 10.000,00

O quadro acima mostra como ficaria um dos relatórios do fluxo de caixa

obtido pelo método direto. Neste relatório as contas estão apresentadas no

primeiro nível, ou seja, não estão decompostas em suas subcontas.

Nos relatórios do fluxo de caixa obtido pelo método direto, é recomendável

segregar as entradas e saídas da atividade principal das demais entradas e

saídas.

Como veremos na próxima seção, isto é importante para que possamos

analisar vários aspectos do fluxo de caixa. Chamaremos de entradas e saídas

estruturais às entradas e saídas da atividade principal e de entradas e saídas

conjunturais às demais entradas e saídas.

Para obtermos o fluxo de caixa estrutural, retiramos do fluxo de caixa

realizado todas as entradas e todas as saídas que não pertencem à atividade

principal. Somente são consideradas entradas estruturais os recursos

recebidos de clientes em decorrência das vendas de produtos ou serviços

comercializados pela empresa. Somente são consideradas saídas estruturais

as saídas decorrentes de pagamentos das despesas necessárias à realização

da atividade principal.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

29

3.2.2 - FLUXO DE CAIXA ESTRUTURAL

Entradas 1.500.000,00

Recebido de Clientes 1.500.000,00

Mais5

Saídas (770.000,00)

Saídas Administrativas (70.000,00)

Saídas Comerciais (350.000,00)

Folha, encargos e benefícios (175.000,00)

Serviços de terceiros (50.000,00)

Impostos e taxas (125.000,00)

5 No caso, estamos somando um valor negativo, o que equivale a uma subtração.

Ao adotarmos este critério de classificação das contas de entrada e de

saída em estruturais e conjunturais em vez operacionais e não operacionais,

estamos nos mantendo alinhados com a legislação brasileira em vigor, a qual

manda que se classifique como componentes do resultado operacional, além

do produto das vendas dos bens e serviços comercializados pela empresa, os

dividendos recebidos de coligadas e subsidiárias e o resultado financeiro

líquido, assim compreendido como o resultado líquido dos juros recebidos e

pagos em conseqüência das operações e aplicações financeiras. Mais adiante,

quando tratarmos da análise e interpretação do fluxo de caixa, discutiremos a

importância desta distinção.

3.2.3 - FLUXO DE CAIXA CONJUNTURAL

Entradas conjunturais 250.000,00

Entradas financeiras 250.000,00

Mais

Saídas conjunturais (1.100.000,00)

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

30

Saídas financeiras (850.000,00)

Saídas patrimoniais (250.000,00)

Consolidando os dois fluxos de caixa,

temos:

O fluxo de caixa decomposto

Saldo inicial (1) 130.000,00

mais

Entradas estruturais 1.500.000,00

Recebido de clientes 1.500.000,00

mais

Saídas estruturais (770.000,00)

Saídas administrativas (70.000,00)

Saídas comerciais (350.000,00)

Folha, encargos e benefícios (175.000,00)

Serviços de terceiros (50.000,00)

Impostos e taxas (125.000,00)

Igual a

Saldo do fluxo estrutural (2) 730.000,00

Entradas conjunturais 250.000,00

Entradas financeiras 250.000,00

Mais

Saídas conjunturais (1.100.000,00)

Saídas financeiras (850.000,00)

Saídas patrimoniais (250.00,00)

Igual a

Saldo do fluxo conjuntural (3) (850.000,00)

Saldo final (1+2+3) 10.000,00

O fluxo de caixa conjuntural compreende todas as demais entradas e

saídas que fazem parte do fluxo de caixa realizado, mas que não pertencem o

fluxo de caixa estrutural.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

31

CAPÍTULO 4

ESTUDO DE CASO

ESTRUTURANDO O FLUXO DE CAIXA DE UMA EMPRESA

VAREJISTA

A empresa que foi base para este estudo atua no ramo de moda e tem

sua sede no Rio de Janeiro com filiais em São Paulo, Minas Gerais e Bahia

tem como missão: a alta qualidade de seus produtos que são direcionados aos

clientes. Sendo uma empresa industrial e comercial classifica dentro da região

como de porte médio, e tendo o objetivo de lucro, está sempre investindo em

tecnologia para redução de custos, e busca também novas ferramentas de

gestão as quais venham contribuir para obtenção do mais alto nível de

qualidade no gerenciamento. Tem no gerenciamento do fluxo de caixa diário

realizado e previsto, uma de suas ferramentas mais utilizadas para a gestão de

seus recebimentos e pagamentos, da sua liquidez e da aplicação de seus

recursos excedentes

A empresa mantém um controle absoluto sobre as áreas que geram

informações para o fluxo de caixa, no sentido de garantir dados fidedignos e

tempestivos. Para as grandes empresas, este controle absoluto, pode haver

uma resistência maior nas liberações das informações, o que pouco

aconteceria nas pequenas, pois nestas primeiras o gerenciamento do fluxo de

caixa extrapola as barreiras da diretoria financeira, atingindo as áreas de

suprimentos (compras) e planejamento de vendas. E se caso não haja uma

interação entre as áreas citadas, pode parecer para que a área de finanças

está invadindo outras áreas e até mesmo determinando normas e conceitos

onde não lhe é permitido.

Para as pequenas empresas isto se torna mais fácil e na maioria das

vezes nem existem, pois estas áreas são gerenciadas por uma pessoa, o

proprietário, quando no mais, duas ou três pessoas que também têm muita

ligação e afinidades. A dificuldade reside no fato de que as empresas

pequenas não dispõem de sistemas integrados de informações nem têm suas

informações processadas diariamente.

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

32

No caso das grandes companhias, deve o gestor buscar as informações

diretamente das áreas de contas a receber, contas a pagar e caixa e bancos

(tesouraria), fazendo com que estas áreas disponibilizem as informações para

que o módulo de fluxo de caixa possa trabalhar na montagem dos relatórios e

demonstrações diárias e mensais para a empresa; no caso do fluxo de caixa

diário projetado deve, o gestor, buscar também informações na área de

compras, pedidos efetuados; e na área de planejamento de vendas, previsão

de venda futura. Já para as pequenas cabe ao profissional contábil, detentor

das informações e gerenciador do sistema integrado destas empresas, a

função de fornecer todas as informações necessárias para modelagem do fluxo

de caixa por parte do gestor ou até mesmo, quando for o caso, passar a

confeccionar os relatórios e demonstrações do fluxo de caixa diário, e incluir

em sua lista de serviços mais este item, que além de lhe trazer mais

conhecimento poderá agregar valor ao seu produto profissional.

4.1- COMO FUNCIONA EM TERMOS PRÁTICOS EM UMA EMPRESA?

Devemos realizar uma projeção de contas a receber e a pagar. Essa

projeção pode ser realizada mês a mês, trimestre a trimestre, ano a ano ou em

bases diárias. Essa projeção tem como objetivo, fornecer informações para a

tomada de decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de

recursos bem como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades

de captação de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais

rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez.

Para a montagem da projeção devemos considerar os seguintes dados:

Entradas:

Contas a receber

Empréstimos

Dinheiro dos sócios

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

33

Saídas:

Contas a pagar

Despesas gerais de administração (custos fixos)

Pagamento de empréstimos e compras à vista

Com o fluxo de caixa podemos ter uma visão futura dos recursos

financeiros da empresa, mas para isso a empresa precisa dispor de

informações organizadas que permitam a visualização das contas a receber,

contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos. A forma

de obtenção dessas informações vai depender do tipo de cada empresa, do

seu porte e disponibilidade financeira. O fluxo de caixa é um grande sistema

de informação para o qual convergem os dados financeiros gerados em

diversas áreas da empresa. A maior dificuldade para se ter um fluxo de caixa

realmente eficaz é gerenciar adequadamente este sistema de informações. Na

grande maioria das Micro e Pequenas Empresas tudo pode ser resolvido coma

a utilização de simples planilhas.

O fluxo de caixa pode ser aplicado em qualquer empresa e em qualquer

tipo de atividade. O empresário pode necessitar de um fluxo de caixa de

determinada entrada ou saída, abaixo trazemos um exemplo de fluxo de caixa

com as entradas e saídas mais comuns de uma empresa.

No exemplo abaixo podemos visualizar o procedimento de um fluxo de

caixa realizado e projetado referente ao mês de Janeiro de 2009.

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

34

Tabela 4 - Exemplo de um fluxo de caixa realizado e projetado:

FLUXO DE CAIXA Realizado Projetado Projetado Projetado Projetado Realizado

jan/09 01/01 a 08/01

09/01 a 15/01

16/01 a22/01

23/01 a 30/01 fev/09

ENTRADAS:

Vendas a Vista

5.425,00 2.352,00 3.562,00 1.680,00 2.452,00

4.500,00 Cobrança Duplicatas

83.542,00 26.548,00 19.258,00 21.540,00 29.500,00

73.504,00

Resgate/Aplic. Financ.

8.905,00 4.400,00

8.500,00

Empréstimos

13.540,00 15.365,00 3.650,00

12.540,00

Aluguéis Recebidos

9.645,00

3.500,00

Outras Entradas

325,00 -

TOTAL DOS

121.382,00 44.265,00 30.870,00 23.220,00 31.952,00

102.544,00 RECEBIMENTOS SAÍDAS

Fornecedores

35.002,00 14.325,00 11.252,00 8.250,00 19.542,00

45.985,00

Compras à Vista

2.250,00 1.550,00 455,00 650,00 685,00

3.900,00

Tributos

6.125,00 9.654,00 4.985,00 236,00 750,00

5.875,00

Folha de Pag.

10.465,00 11.252,00 2.352,00 4.500,00 350,00

15.245,00

Despesas Gerais

52.645,00 2.150,00 3.555,00 1.350,00 1.652,00

6.897,00

Amortização Emp.

8.250,00 6.587,00 4.165,00 9.562,00

19.867,00

Outras Saídas

4.505,00 1.698,00 1.050,00 1.350,00 1.658,00

4.050,00

TOTAL DOS

119.242,00 40.629,00 30.236,00 20.501,00 34.199,00

101.819,00 PAGAMENTOS SALDO

Saldo Anterior - 2.140,00 5.776,00 6.410,00 9.129,00

6.882,00

Saldo da Semana

2.140,00 3.636,00 634,00 2.719,00 (2.247,00)

725,00 SALDO ACUMULADO

2.140,00 5.776,00 6.410,00 9.129,00 6.882,00

7.607,00

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

35

O fluxo de caixa é um instrumento financeiro essencial para a empresa,

o qual gera informações para planejamentos os conhecimentos do que ocorre

de fato na empresa, podendo à administração tomar decisões.

Observa-se que a princípio elabora-se um fluxo de caixa projetado, o

qual deve ser especificado os ingressos e desembolsos, após os fatos

ocorridos o fluxo de caixa deixa de ser projetado e passa a ser realizado.

Quando se faz o projetado a empresa tem condições de analisar os fatos com

antecedência, caso haja um saldo negativo consegue buscar soluções para o

problema através de um planejado. Com isso a empresa diminui o risco de ter

problemas futuros de caixa.

Tendo o fluxo de caixa atualizado e programado, o impacto financeiro

dentro da empresa é visível, pois as coisas acontecem fluentemente, sem

problemas com pagamentos e a liquidez da empresa e até mesmo com o fluxo

programado e estruturado pode-se conceder descontos aos clientes

incentivando-os a comprar na empresa, sendo assim pode-se eliminar os

concorrentes. Com relação a tabela do fluxo de caixa realizado e projetado

temos uma vantagem no saldo acumulado, pois de Janeiro para Fevereiro o

saldo aumentou e uma desvantagem no saldo da semana pois houve uma

diminuição.

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

36

Conclusão

Buscou-se nesse trabalho apresentar ferramentas para evidenciar um

dos ativos mais importantes de uma empresa, o “Disponível” - pois é ele que

supre as necessidades básicas diárias de uma organização, permitindo a

continuidade de seu funcionamento.

Percebe-se ainda mais a importância do fluxo de caixa na gestão

financeira quando as empresas, principalmente aquelas com segmentos de

produtos pouco diferenciados, elaboram o fluxo de caixa para cada linha de

produto, procurando obter informações cada vez mais detalhadas do seu

processo administrativo diário, facilitando assim o seu processo decisório.

O fluxo de caixa é apresentado como instrumento essencial para a

gestão do disponível. A empresa que mantém continuamente atualizado seu

fluxo de caixa poderá dimensionar a qualquer momento o volume de entradas e

saídas de recursos financeiros, através de mudanças nos prazos de

recebimentos e pagamentos, bem como fixar o nível desejado de

disponibilidade para o próximo período.

Foram apresentadas várias formas e métodos de se elaborar um fluxo

de caixa. Não existe um modelo melhor que o outro, tudo depende da

necessidade de informação do usuário. É importante ressaltar que apesar de

sua validade o fluxo de caixa apresenta limitações em oferecer informações

que diz respeito ao lucro e aos custos dos produtos da empresa. Isto porque

sua elaboração é feita pelo regime de caixa e não pelo regime de competência.

Todavia, o fluxo de caixa é mais um instrumento que o gestor e o analista de

mercado têm a seu alcance, para que, juntando-o às demais demonstrações

contábeis, possam tomar suas decisões com maior segurança.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

37

BIBLIOGRAFIA

Fipecafi – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.

Manual de contabilidade das sociedades por ações. 3. ed. São Paulo: Atlas,

1990.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 3. ed. São Paulo:

Harbra, 1987

GROPPELLI, A. A. e NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. Tradução

de André Olimpio Mosselman Du Chenoy Castro. 3ª.ed. São Paulo: Saraiva,

1998.

PINHO, Adelino Dias. Demonstração dos fluxos de caixa. São Paulo: Boletim

do Ibracon, n.º 220 setembro de 1996.

ROSS, Stephen A. et al. Administração financeira. Tradução Antônio Zoratto

Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995.

SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do fluxo de caixa. Apostila, São

Paulo: Top Eventos, 1998.

TERCO AUDITORIA E CONSULTORIA S/C. Demonstrações de origens e

aplicações de recursos e fluxo de caixa. Apostila, São Paulo: Ibracon, 1998.

WELSCH, Glenn Albert. Orçamento empresarial. Tradução e adaptação à

terminologia contábil brasileira de Antônio Zoratto Sanvicente. 4. ed. São

Paulo: Atlas, 1996.

YOSHITAKE, Mariano. e HOJI, Masakazu. Gestão de Tesouraria: controle e

análise de transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997.

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

38

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e

controle financeiros. 7. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

39

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A EMPRESA VAREJISTA 10

1.1 – Papel Desenvolvido Pelos Varejistas no Mercado 10

1.2 – Classificação 11

1.3 – Mercado 15

1.4- Dificuldades 15

1.5 – Pontos Críticos 16

CAPÍTULO II

O PAPEL DA GESTÃO FINANCEIRA 18

2.1 – Ciclo Operacional 19

CAPÍTULO III

GERENCIAMENTO DO FLUXO DE CAIXA 22

3.1 – Fluxo de Caixa Projetado e Realizado 23

3.1.2 – Fluxo de Caixa Projetado 23

3.1.3 – Fluxo de Caixa Realizado 24

3.2 – O Fluxo de Caixa Pelo Método Direto 25

3.2.1 – Relatório do Fluxo de Caixa Obtido pelo Método

Direto 27

3.2.2 - Fluxo de Caixa Estrutural 29

3.2.3 - Fluxo de Caixa Conjuntural 29

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

40

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO 31

Estruturando o Fluxo de Caixa de Uma Empresa

4.1 – Como Funciona em termos Práticos 32

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 39

FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · controle financeiro de uma pequena empresa do ramo de moda, bem como ... quais são os instrumentos utilizados para esse controle

41

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: