universidade candido mendes instituto a vez do … · 2011. 1. 18. · prof.jorge vieira rio de...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
MECANISMO E O SISTEMA DE PREMIAÇÃO PARA MOTIVAR VENDEDORES
Elizabeth Lima da Silva
Prof.Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
MECANISMO E O SISTEMA DE PREMIAÇÃO PARA MOTIVAR VENDEDORES
Dissertação submetida á avaliação,
como requisito parcial para a obtenção
do grau de Pós-graduação em Gestão
Estratégica de Vendas e Negociação.
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus por tudo que passei nesse
período. A persistência foi a minha maior
companheira, ajudando-me a caminha para o
termino desse curso.
DEDICATÓRIA
Dedico esse material a minha tão amada família,
que sempre está ao meu lado, me incentivando,
na realização de meus projetos. Esse trabalho
também é dedicado, especialmente ao meu pai
que foi uma pessoa marcante para formação da
minha personalidade.
RESUMO O marketing de incentivo diz respeito a todo cuidado que é preciso ter
para se estabelecer uma meta e todo o processo de premiação e recompensa.
O desafio do marketing de incentivo é alavancar vendas, superar metas e obter
bons resultados para empresa.
Para cada empresa uma campanha diferente, adequada ao perfil de
seus funcionários e clientes, mas basicamente a campanha deve ser
estimulante e envolvente capaz de provocar o interesse de todos a participar.
A campanha de incentivo deve ter objetivo explícito, ou seja, conhecido
por todos os envolvidos no esforço para atingi-lo, e deve ser mensurável, pois
de outra forma não haveria meios de se medir os progressos da equipe e nem
associar a ela a recompensa pelo desempenho.
Outro passo importante é o controle e a administração da campanha,
obedecendo a regulamento, sinalizando a todo o momento a campanha para
não cair no esquecimento, gerando assim confiança e credibilidade.
METODOLOGIA A metodologia para escrever a monografia foi utilizada de acordo com as
normas da ABNT.
A metodologia será feita através de pesquisa bibliográficas, revistas da área de
marketing de incentivo, pesquisa em internet.
O estudo proporciona grande interesse para á área de marketing de
incentivo, que hoje é uma ferramenta do marketing muito utilizada na empresas
para motivar seus funcionários. È comprovado através desse estudo que o ser
humano precisa de motivação para continuar há realizar suas tarefas diárias e
principalmente alcançar suas metas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CONCEITO DE MARKETING E A ORIGEM DO MARKETING DE
INCENTIVO
09
CAPÍTULO II
AÇÕES DO MARKETING DE INCENTIVO 14
CAPÍTULO III
CASOS PRÁTICOS 23
CONCLUSÃO 26
ANEXOS 28
INDICE 32
INTRODUÇÃO
O foco do marketing de incentivo é criar estratégias que estimulem os
funcionários e clientes a alcançarem metas estabelecidas, gerando bons
resultados para a empresa.
A empresa deve ter como filosofia a manutenção de seus funcionários
em clima de constante motivação através de benefícios, salários justos e
compatíveis com as funções e responsabilidades, plano de carreira e
valorização profissional e humana. Empresas que adotam essa filosofia são as
mais cobiçadas no mercado de trabalho.
Dentro das empresas os profissionais passam por constantes
avaliações, sendo observado seu progresso durante um determinado período,
um bom desempenho requer uma boa recompensa. Existem muitas formas de
se recompensar pelo bom desempenho através do incentivo. As recompensas
podem ser comissão, prêmio em dinheiro, viagens, que são formas de
remunerar e que possuem impacto imediato na motivação. A recompensa pelo
desempenho não implica só em remuneração, existe um outro lado que é o
lado simbólico do reconhecimento, ser destaque no jornal da empresa tornando
público o sucesso alcançado é extremamente gratificante.
No lançamento de uma campanha, seja para solucionar problemas de
venda, atendimento ou para lançar um novo produto, é de extrema importância
a organização para que todos tenham credibilidade na campanha. Existem
diversos itens na estrutura de uma campanha que merecem destaque tais
como: tipo de comunicação, tipo de prêmio, regulamento, mecânica de
avaliação, sinalização e encerramento.
O resultado de uma campanha de incentivo de sucesso é a combinação
de premiações emocionais com materiais.
08
CAPITULO I
CONCEITO DE MARKETING E A ORIGEM DO MARKETING DE
INCENTIVO
1.1 – O que é Marketing?
Como Philip Kotler e Gary Armstrong(1999), definiram o marketing de
forma bem objetiva, já que o propósito fundamental de um negócio é atender
os desejos e necessidades.
“ Podemos definir o Marketing como o processo social e gerencial
através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e
de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns
com os outros”. (Philip Kotler e Gary Armstrong 1999, p 03).
O marketing opera em um ambiente dinâmico global. Toda década
exige que os gerentes de marketing pensem de novo em seus objetivos e
práticas. Assim o marketing evoluiu nos beneficiando de ferramentas de nos
ajudasse a cada vez mais, criar e melhorar nossas vidas. ( Philip Kotler e Gary
Armstrong1999, p 13)
1.2 – Origem do Marketing de Incentivo
Segundo Silvana Torres (2001), a inspiração do marketing de incentivo
vem dos Jogos Olímpicos da Grécia, há aproximadamente 3.000 anos, quando
as técnicas de incentivos eram utilizadas para motivar os atletas a super
marcas, mas era também almejando o momento da divulgação do nome dos
vencedores e da premiação. Para os vencedores o valor material dessa
premiação não era o principal motivo de conquista, o prêmio mais importante
era a coroa de louros, sinônimo de honra perante a sociedade. Ao longo do
tempo outras civilizações também utilizaram essa técnica para motivar seus
guerreiros a ultrapassarem as limitações de sua época e cultura.
Hoje encontramos empresas especializadas em desenvolver campanhas de
marketing de incentivo, destacamos duas que são: Incentive House do grupo
09
Accor, que trabalha o mercado nacional desde 1984 com programas de
incentivo, a Agência M.R.M – que trabalha com programas de incentivo e CRM.
Ambas possuem o mesmo objetivo que é incentivar pessoas a produzirem mais
e melhor.(Antonio R. Costa e Edson Crescitelli, 2003, p 99).
1.2.1 A essência do marketing de incentivo
A essência do Marketing de Incentivo é valorizar o ser humano,
motivando, reconhecendo e recompensando pelas suas metas alcançadas.
O ser humano se sente bem ao ver o reconhecimento de seu esforço
por ter efetuado um trabalho e a recompensa por isso completa sua satisfação.
A auto-estima do ser humano aumenta ainda mais quando seu
trabalho é reconhecido publicamente, do que quando apenas ganha uma
recompensa em dinheiro. A motivação aumenta a produtividade, levando a
empresar obter bons resultados. E os programas de incentivo servem para
estimular melhorias na produtividade, motivar ou incentivar a dedicação do
pessoal, fortalecer o espírito de equipe, manter ou mudar comportamentos,
neutralizar os esforços da concorrência ou outro objetivo que demande a
necessidade de motivar pessoas. Essa ferramenta é freqüentemente utilizada
nas áreas de vendas, com o objetivo de otimizá-las, por meio de aumento de
volume de vendas, clientes, participação no mercado, rentabilidade etc. Pode
ser aplicado tanto em pessoa física quanto em pessoa jurídica. (João Simoni,
2002, p. 42 - 44).
Segundo Silva Torres(2001) o trinômio que sustenta a chama olímpica
sustenta também o marketing de incentivo:
• Motivação (interna – entusiasmo, hoje, pode ser conhecido como
empowerment),
• Reconhecimento (externa – divulgação, placas, troféus, buttons e
outros símbolos),
• Recompensa (externa – status, prestígio, recompensa financeira).
10
1.2.2 - Motivação
A motivação é o entusiasmo. Entusiasmo é um impulso interior que um
indivíduo apresenta ao querer atingir determinado objetivo. O reconhecimento
se constitui em elemento muito cobiçado no marketing de incentivo. A
recompensa fecha o trinômio que constitui o marketing de incentivo. (Silvana
Torres2001, p 14 - 15).
Palavras de Camilo Perez, diretor da Incentive House: “Assim como a
propaganda vive da freqüência, a motivação das pessoas também devia ser
uma coisa freqüente. Não deveria acontecer apenas quando os resultados
estão precisando ser alavancados. Eu acho que a motivação das pessoas faz
parte da cultura das empresas. Então, é importante manter a valorização e o
reconhecimento das pessoas sempre. E quando você precisa acelerar
resultados, quando você precisa de um gatilho especial, aí você faz então uma
ação específica para alavancar resultados. Mas a motivação deve ser uma
coisa perene.”
Fonte: Revista dos Eventos – Incentivo 40 anos – Como tudo começou
1.2.3. As necessidades humanas
A cada dia o ser humano trabalha para que suas necessidades sejam
completas, e a satisfação é a prova de que conseguiu realizar suas
necessidades, não importando o quanto se esforçou para isso. A cada dia
temos uma meta para alcançar e as necessidades são como metas, não
podemos buscar algo mais a frente se não conseguimos terminar as primeiras
tarefas. Pessoas desmotivadas possuem grau de rendimento zero.
“A quantidade de esforço que dedicamos à satisfação de uma
necessidade corresponde diretamente ao grau em que essa necessidade está
satisfeita”.(Thomas K.Connellan,1982 , p.51)
As necessidades humanas, segundo Thomas K. Connellan estão em
uma ordem de importância e que só conseguimos pular de uma ordem para
outra quando encontramos plena satisfação em uma necessidade totalmente
11
realizada. O que motiva um profissional a participar de uma campanha
de incentivo são benefícios que agregam valor ao seu salário.
O autor se baseia nesse estudo, citando a Hierarquia de Necessidades
de Masclow.
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS
Fonte da Figura: Princípios de Marketing, 7ª edição, página 103, de Philip
Kotler e Gary Armstrong, 1999.
• As necessidades fisiológicas: Que assumem um papel de suma
importância quando são satisfeitas, são as necessidades de alimentação,
repouso, abrigo, etc. Se transportarmos essas necessidades para a
empresa, poderemos defini-las como a necessidade de salário compatíveis
(que possibilitem a satisfação dessas necessidades),
• As necessidades de segurança: Neste caso o indivíduo passa a ver
essa necessidade como fator motivador, o profissional quer
trabalhar em um
12
ambiente de trabalho adequado (limpo, arejado, oferecendo
comodidades básicas);
• Necessidades de auto-estima: De satisfação do ego, mais complexa e
difícil de serem realizadas. São as necessidades de respeito, amor,
reconhecimento, autoconfiança. Traduz-se na organização, pela
necessidade de reconhecimento dos outros pelo trabalho realizado;
• Necessidades Sociais: De ser aceito pelos grupos existentes na
sociedade, no trabalho o profissional quer ser aceito em uma equipe,
ocupando uma função igual ou superior a dos outros componentes da
equipe;
• As necessidades de auto-realização: É a necessidade de
desenvolvermos. Todo nosso potencial, buscando o
autodesenvolvimento e a satisfação de nossos ideais mais profundos, e
assume um papel infinito. Dentro da organização, seria a busca
constante do autodesenvolvimento, do aprimoramento profissional,
realização de trabalhos inéditos, ou seja, realização do máximo de
potencial individual.
Para Thomas K. Connellan os programas de incentivo favorece a
realização das necessidades humanas. Os funcionários se vêem envolvidos
na campanha primeiramente pelo fato de saber que serão premiados com
dinheiro elevando o seu salário naquele período, sem esse principal
motivo os funcionários não se estimulariam a participar do programa. O
segundo é ser reconhecido por ter conseguido resultados extraordinários. Seu
nome poderá se destacar como o melhor funcionário do mês ou do ano, poderá
também conseguir a promoção que tanto esperava. (Thomas K. Connellan ,
1982 , p 47 - 52)
13
CAPÍTULO II
AÇÕES DO MARKETING DE INCENTIVO
2.1. Aplicações do marketing de incentivo
O marketing de incentivo é aplicado em diversos segmentos da
empresa, ajudando a solucionar problemas, gerando resultados lucrativos e
imediatos como aumentar o volume de venda, lançando um produto,
melhorando a qualidade do relacionamento com funcionários e clientes.
“Quanto à nacionalidade das empresas consumidoras do
incentivo, pode-se considerar que 40% são nacionais e 60%
estrangeiras. O pessoal da área de Marketing fica com 60% das
decisões; o principal executivo, com 20%; a área de Vendas, com
16%; finalmente, Recursos Humanos, com 4%”. (Silvana
Torres,2001, p. 18 - 20)
Na figura abaixo a autora mostra, em percentual, a aplicação dos
programas de incentivos em diversas áreas.
Fonte da figura: Marketing de incentivo, página 18, Silvana Torres,2001.
A aplicação do marketing de incentivo também é vista no merchandising,
nas fases de lançamento, crescimento, maturidade e declínio do produto,
14
estimulando tanto vendedores como também consumidores, alavancando
assim a venda do produto. (Antonio R. Costa e Edson Crescitelli, ,2003, p.
240).
No artigo escrito em 03 de abril de 2007, no blog sobre marketing de
incentivo, verificamos outros setores da empresa se envolvendo nas tarefas do
marketing de incentivo - “O marketing de incentivo é uma ferramenta que tem
sido cada vez mais utilizada pelas empresas como forma de motivar ou premiar
os funcionários que se destacam. A novidade é que além do departamento de
Marketing, as áreas de Recursos Humanos também vêm fazendo uso desse
recurso. O vice-presidente da Associação de Marketing Promocional (AMPRO),
Gerson Christensen, estima que o marketing de incentivo já represente cerca
de 15 % do mercado do marketing promocional do Brasil, que gerou R$ 9,9
bilhões em 2004. Empresas como a McDonald´s , Brastemp , Banco Safra e
DaimlerChrysler já contabilizam bons resultados com essa iniciativa. Segundo
Jorge Medauar, diretor de criação da Incentive House , empresa de marketing
promocional, o departamento de Recursos Humanos das empresas brasileiras
já têm despertado para a importância desta ferramenta. “ 30 % dos nossos
programas são feitos através do departamento do Recursos Humanos das
empresas, mas ainda o marketing é quem mais usa esse recurso, pois cerca
de 90 % dos objetivos dos nossos clientes é aumentar vendas”, afirma.
http://ppgmkt.blogspot.com/2007/04/marketing-de-incentivo-marketing-de.html
2.2 Estrutura dos programas de incentivo
Os programas de incentivo mudam conforme os grupos que serão
trabalhados e de acordo com os objetivos propostos pela empresa, até mesmo
o tipo de premiação será diferenciado a cultura de cada empresa e o perfil dos
participantes. Organizar uma campanha exige muita criatividade e extrema
organização. Cada etapa da campanha deve ser colocada de forma clara e
objetiva para os participantes, não pode haver dúvidas para não gerar
15
descredibilidade. As etapas foram divididas no livro de Silvana Torres em:
Lançamento da campanha, Regulamento, Mecânica de avaliação, Sustentação
e Encerramento. (João de Simoni, 2001, p.45)
2.2.1. Lançamento da campanha
A comunicação para o lançamento da campanha precisa ser
convidativa, apresentando objetivos claros, bem definidos e metas ambiciosas,
porém possíveis de ser atingidas, condizentes com o potencial dos
participantes.
O lançamento da campanha pode ser através de um evento de
lançamento, que para causar um melhor impacto deve ser sempre fora do
ambiente da empresa, reunindo todos em um lugar agradável e descontraído.
Quando não há a possibilidade de reunir a todos em um evento, a
campanha deve ser lançada através de peça
gráficas criativas, coloridas, com mensagem que desperte a curiosidade e que
envolva emocionalmente os participantes.
“Uma campanha de incentivo nunca é imposta aos participantes”
(Silvana Torres, 2001, p 26).
2.2.2 Regulamento
Segundo Silvana Torres (2001, p. 31 - 33), o regulamento é uma espécie
de contrato, entre os participantes e a empresa. É necessário que o
regulamento esteja de forma clara para todos os participantes. os tópicos são:
• Tipo de campanha – O tema da campanha é escolhido conforme a
necessidade da empresa, deverá ser indicado pela empresa à área
que precisa ser melhorada;
• Participantes – É definido o público conforme o seu cargo;
• Produtos envolvidos – É escolhido um produto que não têm
apresentado boa venda, produtos sazonais ou um novo produto para
ser lançado;
16
• Período – É de extrema importância definir e respeitar a data de
lançamento e de encerramento da campanha;
• Objetivo – É a hora em que a empresa explica o porque da
campanha e das estratégias utilizadas;
• Mecânica de avaliação – É importante que cada participante conheça
a forma de como será avaliado;
• Mecânica de premiação – É apresentado o prêmio aos participantes;
• Condições gerais – Esclarece pontos que farão parte da campanha
ou não.
2.2.3 - Mecânica de avaliação
As estratégias devem ser simples e inteligentes, de fácil
operacionalização e que estimule o espírito competitivo dos envolvidos, as
estratégias também devem ser traçadas conforme o objetivo da empresa,
podendo com isso avaliar o desempenho de cada funcionário e premia-lo por
isso. Na visão de Silvana Torres(2001, p 44 - 51), a mecânica de avaliação
pode ser:
• Mecânica atingiu-ganhou - Os participantes terão metas
individuais com referência ao histórico de suas carteiras. Serão
premiados aqueles que atingirem a meta estabelecida.
• Mecânica por superação - Nessa mecânica não basta os
participantes atingirem metas individuais, eles também deverão
ter que superá-las para poder receber a premiação.
• Mecânica por efeito dominó - Esse tipo de avaliação é aplicado
para trabalhos em equipe. A premiação é feita assim que a
equipe atingir a meta determinada.
• Mecânica por quota mínima - O objetivo dessa mecânica é
avaliar o desempenho individual de uma equipe. A meta é
distribuída em quota mínima para cada componente da equipe
17
• Mecânica Qualitativa - Quando se precisa melhorar o processo
de atendimento e a produção. Neste tipo de mecânica os
participantes priorizam os critérios a serem avaliados.
2.2.4. Sustentação
A sustentação funciona como um sinalizador durante a campanha,
lembrando e motivando os participantes através de Carta-resultado
motivacional , Gfts conceituais e Sinalização. Todo material para sustentação
deve conter o conceito da campanha. É de extrema importância ficar atento ao
andamento da campanha, para isso deve ser estabelecido períodos para enviar
os materiais de sustentação.
“Lançar a campanha, deixar que ela se mantenha sozinha e depois de
vários meses acreditar que a motivação está no mesmo patamar do início é um
equívoco.” (Silvana Torres, 2001, p 35)
• Carta-resultado motivacional - A carta-resultado ajuda a
motivar os participantes, informando sua posição no ranking. A
carta-resultado deve ser impressa em papel personalizado com a
logomarca da campanha, o objetivo é buscar interesse dos
participantes atraindo-os para leitura da carta.
• Gifts conceituais
Os gifts trazem o conceito da campanha, utilizando uma
mensagem descontraída, deve conter o logotema da
campanha. É importante lembrar que o brinde é residual de
marca.
• Sinalização
A sinalização funciona como uma comunicação permanente,
lembrando a toda hora a campanha. São utilizados para a
sinalização cartazes, banners, bandeirolas, móbiles e displays
de mesa.
18
19
• Meios eletrônicos de sustentação
Esse meio de sustentação é mais rápido, confiável e de baixo
custo. Com esse recurso pode ser enviado mensagens
diariamente aos participantes.
2.2.5. Encerramento
Segundo Silvana Torres, autora do livro Marketing de Incentivo (p.41) o
encerramento precisa ser tão bom quanto foi o lançamento, pois ficará
registrado tanto na mente dos vencedores como na mente dos participantes
que não conseguiram atingir as metas. Todos devem sair motivados a
participar do próximo programa. O encerramento pode ser através de um
evento ou por envio de peças gráficas. O objetivo do encerramento é informar
sobre o resultado, divulgar os nomes dos vencedores e distribuir prêmios.
A autora também acrescenta que palavras de agradecimento por
parte da direção da empresa agrega valor ao encerramento e credibilidade as
novas ações.
2.2.6. Tipos de Premiação
A escolha do prêmio irá depender da cultura de cada empresa, do
poder aquisitivo de cada funcionário ou cliente. Dentro de uma empresa a
melhor maneira de se conseguir o perfil dos participantes da campanha é
buscar através dos Recursos Humanos informações básicas quanto ao nome,
sexo, idade, estado civil, grau de escolaridade, nível salarial e associando a
esses dados informações do tipo esporte que pratica, viagens realizadas,
hobby. Destaca-se a importância de personalizar o prêmio com o nome do
participante ou com a logomarca da empresa. Os prêmios podem ser viagem
de incentivo, catálogo de prêmios, voucher e cartão eletrônico.
“Não se generalizar na escolha de premiação ideal, mas podemos
afirmar que ela deve, preferencialmente, incluir produtos e mercadorias que
não sejam de fácil aquisição dos participantes” (João de Simoni, 2002, p 46).
19
No livro Marketing de Incentivo a autora Silvana Torres(2001, p 56-63)
cita quatro tipos de premiação:
• Viagem de Incentivo - Nas viagens de incentivo não se deve
utilizar pacotes turísticos, o importante nesse caso é escolher
conforme o perfil dos participantes o lugar, hotel, restaurante,
passeios e até o cardápio. A viagem deve acontecer no período
de baixa temporada, quando o custo é reduzido e há melhor
prestação de serviço por parte dos fornecedores, como
companhias aéreas, restaurantes, hotéis. A viagem de incentivo
não deve ultrapassar mais de oito dias já que ficaram ausentes
da empresa seus melhores profissionais.
• Catálogo de Prêmios - Nesse tipo de premiação, pode ser
encontrado CD, eletroeletrônicos e automóveis etc. Geralmente
esse tipo de prêmio envolve a família do participante que o ajuda
a escolher;
• Voucher - O voucher é um vale-compra que recebe valor
predeterminado, sendo trocado por prêmio somente em redes
credenciadas. O primeiro voucher foi conceituado como Top
Premium, confeccionado em papel de segurança pelo Grupo
Ticket.
• Cartão Eletrônico - O cartão eletrônico é a versão mais
desenvolvida do voucher, tendo abrangência superior ao voucher
com relação as redes credenciadas. A grande vantagem do
cartão eletrônico é ser recarregada com o valor do prêmio
a ser pago, reduzindo assim o tempo de entrega do prêmio. O
primeiro cartão a ser lançamento foi em 1994 pela Mark Up
Incentive Marketing em parceria com a American Express.
20
Para Edson Crescitelli(2002), a premiação que envolve benefícios
oferecidos, pode ser classificada em dois tipos: recompensa e
reconhecimento.
• Recompensa: Subdividida em Monetária; bens e viagens
• Monetário – Ocorre sob a forma de dinheiro(que deve ser
evitada por questões legais, pode ser confundida como
complemento salarial). È a forma mais versátil e desejada
pelos participantes;
• Bens – Não são recomendados, pois precisam ser
constantemente renovados Neste caso o mais utilizado soa
catálogos d eprêmios
• Viagens – O que proporciona mais efeito, devido estar
associado a momentos agradáveis.
Figura: Marketing de Incentivo, Edson Crescitelli, ano 2002, página 78.
• Reconhecimento: Subdividida em Troféu; diploma; encontro com
presidentes etc.
Segundo Edson Crescitelli (2002), o reconhecimento é uma forma
importante de benefício, pois todo ser humano quer ser reconhecido pelas suas
atitudes, seja no ambiente de trabalho, na sociedade e na família.
21
“ Assim, o reconhecimento torna-se uma forma importante de
benefício, pois seu efeito, em termos de estímulo, é muito mais consistente,
uma vez que valoriza a auto-estima, envolvendo aspectos psicológicos do
participantes. Como resultado, traz uma contribuição mais efetivo para a
melhoria do empenho e da produtividade.” ( Edson Crescitelli, 2002, p 78).
Figura: : Marketing de Incentivo, Edson Crescitelli, ano 2002, página 80
22
CAPITULO III
CASOS PRÁTICOS
Os casos práticos foram retirados dos livros Marketing Promocional para
Mercado Competitivo, ano 2003, página 105, de Antonio R. Costa e Edson
Crescitelli, e Marketing de Incentivo, ano 2002, página 93, Marketing de
Incentivo, ano 2002, página 93, Edson Crescitelli.
3.1. PRIMEIRO CASO
Campanhas administradas pela empresa Incentive House.
Empresa: Brastemp
Programa: Fique Numa Boa com Brastemp
Duração: Junho a novembro de 95 – seis meses
Objetivo: Incrementar a venda de todos os produtos e treinar equipe de
vendas
Produtos/serviço: Todos os produtos e treinamento de pessoal
Público: Vendedores das revendas
Estratégia da campanha: Baseada em três pontos – o Incentivo, o
Treinamento e as Ações de Lealdade.
Estratégia de criação: O tema Fique Numa Boa com Brastemp tem
várias vantagens. Primeiro, porque é o que o vendedor vai sentir cada
vez que conquistar os prêmios nesta campanha (ficar numa boa).
Segundo, porque a partir das ações de treinamento, o público-alvo terá
maior facilidade em vender os produtos promocionais e, portanto,
também vai ficar numa boa.
E, terceiro, porque as ações de relacionamento estarão gerando maior
envolvimento e integração.
Lançamento: Os vendedores receberam cada um o broasite da
campanha, contendo todas as explicações.
Sustentação: Gifts + bilhetes bimestrais; Ações de Treinamento –
Prêmio para quem vende e para quem sabe: ficha de questões, com
23
perguntas relacionadas aos produtos a serem promocionados, malas
diretas: Ações de Lealdade/Relacionamento.
É a Brastemp cada vez mais perto de você: jantar de confraternização,
troféu, kit comemoração, convites, concursos.
Mecânica de avaliação e premiação: A campanha foi dividida em três
etapas, com dois meses cada. A cada etapa, novos produtos Brastemp
foram incluídos na campanha. Ao fazer uma venda, era necessário
preencher uma ficha de vendas e mandar para a Brastemp. Cada venda
efetuada correspondia a um valor Top Premium. Além do Top Premium
por venda ao final de cada bimestre foi premiado os melhores
vendedores e os melhores chefes de vendas das revendas participantes.
No Ganho Quem Sabe, não era necessário nem vender para ganhar. A
cada dois meses, era enviada uma ficha de questões com perguntas a
respeito dos produtos promocionados em cada etapa, e as dicas eram
enviadas na mala direta. Ao final de cada bimestre, foi realizado um
sorteio que premiou 210 participantes.
Premiação intermediária/Final: Cada venda efetuada correspondia a um
valor de Top Premium. Além Top Premium por venda, ao final de cada
bimestre os 30 melhores vendedores do Brasil e os 30 melhores chefes
de vendas das revendas participantes foram premiados com produtos
Brastemp. Ao final de cada bimestre, foi também realizado um sorteio,
referente às fichas de questões preenchidas, que premiou 210
participantes. Os 10 primeiros sorteados levaram produtos Brastemp e
os demais ganharam máquinas fotográficas (11º ao 30º), malas de
viagem (31º ao 50º), relógio de pulso (51º ao 80º), agenda eletrônica
(81º ao 140º) e calculadora (141º ao 210º).
24
3.2. SEGUNDO CASO
Figura: : Marketing de Incentivo, Edson Crescitelli, ano 2002, página 93
25
CONCLUSÃO
O objetivo desde trabalho é mostrar a importância do marketing de
Incentivo nas empresas. Sua aplicação nos diversos segmentos da empresa
abre um leque de oportunidades nos negócios. É desafiador, se baseia em
estratégias que servem para estimular funcionários e clientes de uma empresa
a lutarem para alcançar metas. Faz parte do mecanismo do marketing de
incentivo reconhecer e recompensar aqueles que obtiveram bons resultados.
O marketing de incentivo não só aumenta o faturamento, melhora a
venda e lança produtos, mais também trabalha com a valorização profissional.
Desde a primeira revolução industrial, o profissional é tratado como uma peça
de engrenagem da produtividade movida à máquina. Foi preciso esperar
muito tempo para que as empresas se preocupassem em identificar e
promover o talento dos trabalhadores, agora a valorização do fator humano
está consolidada como parte das estratégias de negócio e mercado É um
verdadeiro desperdício de talento e de oportunidades de negócios, quando a
empresa deixa de motivar seus funcionários e isso pode ser fatal para qualquer
empresa.
As empresas na hora de desenvolver uma campanha de incentivo
precisam ter organização, bom senso e criatividade. Nenhuma campanha é
igual a outra, isto varia conforme a cultura da empresa e o perfil de seus
funcionários ou clientes. As campanhas precisam utilizar uma comunicação
clara e envolvente fazendo com que os participantes sintam-se atraídos
pela idéia.
É importante que a comunicação da não cause constrangimento para
aqueles que estiverem em colocações desfavoráveis.
A busca de informações quanto ao perfil dos participantes é de extrema
importância, pois contribuirá efetivamente para a escolha da premiação. Os
prêmios que mais envolve são os salários adicionais, comissões e
participações nos lucros da empresa
26
O Encerramento de uma campanha deve ter o mesmo glamuor
que o lançamento, é feito grande investimento para isso passando as
empresas realizarem mais entretenimentos, como show artísticos, não
poupando meios para que seus participantes sintam satisfeitos e os
vencedores recompensados e reconhecidos.
As empresa não sobrevivem só de bons resultados, mas de excelentes
profissionais que se esforçam para que haja desenvolvimento, e é dever das
empresas utilizar todos os recursos possíveis para estimular sempre esses
profissionais, valorizando e respeitando o que é criado por esses seres
humanos. O melhor da vida é a motivação para tudo que estamos envolvidos,
pois perde-las é lastimável.
27
ANEXO I
LEGISLAÇÃO
Segundo Silvana Torres no livro Marketing de Incentivo, (2001, p.89) , o
marketing de incentivo não possui uma legislação específica, sendo essa
atividade entendida como serviço de publicidade e propaganda, destacando os
arts 1º ao 5º, inseridos no capítulo 1 da definição da Lei nº 4.680, de
18/06/1965, publicada no DOU de 21/06/1965.
“Art.1º São Publicitários aqueles que, em caráter regular e permanente,
exerçam funções de natureza técnica da especialidade, nas Agências de
Propaganda, nos veículos de divulgação, ou em quaisquer empresas nas quais
se produza propaganda.
Art.2º Consideram-se Agenciadores de Propaganda os profissionais que,
vinculados aos veículos da divulgação, a eles encaminhem propaganda por
conta de terceiros.
Art.3º A Agência de Propaganda é pessoa jurídicaI VetadaI e
especialmente na arte e técnica publicitária, que, através de especialista,
estuda, concebe, executa a distribui propaganda aos veículos de divulgação,
por ordem e conta de clientes anunciantes, com o objetivo de promover a
venda de produtos e serviços, difundir idéias ou informar o público a respeito
de organização ou instituições colocadas a serviço desse mesmo público.
Art.4º São veículos de divulgação, para os efeitos desta Lei, quaisquer
meios de comunicação visual ou auditiva capazes de transmitir mensagens de
propaganda ao público, desde que reconhecidos pelas entidades e órgãos de
classe, assim considerando as associações civis locais e regionais de
propaganda, bem como os sindicatos de publicitários.
Art.”5º Compreende-se por propaganda qualquer forma remunerada de
fusão de idéias, mercadorias ou serviços, por parte de um anunciante
identificado.”
A autora destaca que o critério utilizado pelas empresas para premiar os
vencedores de uma campanha de incentivo são referentes ao desempenho por
28
ter atingindo uma meta, não utilizando assim sorteios que precisam de
autorização prévia do Ministério da Fazenda. Quanto aos funcionários é
importante deixar clara que no contrato de trabalho que não há
obrigatoriedade na participação da campanha, e nem o prêmio faz parte de
seu salário, mas de recompensa e reconhecimento por parte da empresa. As
empresas que prestam serviço de marketing de incentivo devem contabilizar
esse tipo de serviço como de marketing e não como despesas de recursos
humanos. Toda preocupação é necessária para não cair em erro já que não
existe uma legislação específica para as campanhas de marketing de incentivo.
(Silvana Torres, 2001, Marketing de incentivo, p. 91- 95)
29
ANEXO II
Peça de Comunicação
Segundo Edson Crescitelle(2002), as peças de comunicação são
importantes para a sustentação das campanhas de incentivo. Folhetos, cartazes,
informativos, brindes e sinalizadores (pequenos objetos), fazem partes da comunicação
para as campanhas de incentivos.
Figura: : Marketing de Incentivo, Edson Crescitelli, ano 2002, página 71
30
BIBLIOGRAFIA
TORRES, Silvana, Marketing de Incentiv, São Paulo, Atlas, 2001.
FERRACCIÚ, João De Simoni Soderini, Promoção de Vendas, São Paulo,
Pearson Education do Brasil 2002.
COSTA, Antonio R.; CRESCITELLI Edson, Marketing Promocional para
Mercado Competitivo, São Paulo, Atlas, 2003.
CRESCITELLI, Edson, Marketing de Incentivo, Brasil Cobra, 2002.
CONNELLAN, Thomas K., Fator Humano e Desempenho Empresarial, Habra,
1982.
KOTLER Philip, ARMSTRONG Gary, Princípios de Marketing, 7ª edição,
Editora LTC, 1999.
Revista dos Eventos – Incentivo 40 anos – Como tudo começou
http://ppgmkt.blogspot.com/2007/04/marketing-de-incentivo-marketing-de.html
31
ÍNDICE INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I 09
CONCEITO DE MARKETING E A ORIGEM DO MARKETING
DE INCENTIVO 09
1.1. O que é Marketing 09
1.2. Origem do Marketing de Incentivo 09
1.2.1. A Essência do Marketing de Incentivo 10
1.2.2. Motivação 11
1.2,3. As Necessidades Humanas 11
CAPITULO II 14
AÇÕES DO MARKETING DE INCENTIVO 14
2.1. Aplicações do Marketing de Incentivo 14
2.2. Estrutura dos Programas de Incentivo 15
2.2.1. Lançamento da Campanha 16
2.2.2. Regulamento 16
2.2.3. Mecânica de Avaliação 17
2.2.4. Sustentação 18
2.2.5. Encerramento 19
2.2.6. Tipos de Premiação 19
CAPITULO III 23
CASOS PRÁTICOS 23
3.1. Primeiro Caso 23
3.2. Segundo Caso 25
CONCLUSÃO 26
ANEXO 28
BIBLIOGRAFIA 31
ÍNDICE 32
32