tratamento fisioterapêutico no ponto-gatilho miofascial · 1 tratamento fisioterapêutico no...

12
1 Tratamento Fisioterapêutico no Ponto-Gatilho Miofascial Larisse Costa da Silva¹ [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia² Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual- Faculdade Ávila Resumo Os pontos-Gatilho são pequenas áreas de sensibilidade e dor localizadas, encontradas nos músculos e no tecido conjuntivo. Estes podem ser produzidos por trauma, podem ser o resultado de estiramento crônico ou podem ser desenvolvidos como uma consequência da tensão provocada por atividades cotidianas ou hábitos posturais. Embora a dor e a sensibilidade sejam localizadas o desconforto pode ser encaminhado para outras partes do corpo através do sistema nervoso autônomo. Estas áreas podem ser localizadas através de palpação ou com correntes elétricas. O tratamento pode ser por massagem miofascial, massagem com gelo, iontoforese e Fonoforese, ultrassom, terapia de ponto gatilho e alongamento miofascial. Este artigo foi construído através do levantamento de dados encontrados na literatura já existente. Para este trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas por meio dos livros dispostos no acervo da Biblioteca da Universidade Paulista campus Manaus, acervo pessoal e artigos encontrados através de pesquisas na internet. Palavras-chave: Ponto-Gatilho, Fisioterapia, miofascial, tratamento. 1. Introdução Para se ter uma compreensão melhor do desenvolvimento dos pontos-gatilho miofasciais, é necessário ampliar a abrangência da definição de termos e observar o significado semelhante de diversos tipos de terminologia utilizados para descrever essencialmente a mesma entidade patológica. Entre os mais antigos textos que documentam áreas sensíveis da pele e pontos sensíveis do corpo humano estão os da medicina tradicional e da acupuntura chinesa, e textos posteriores de acupuntura japonesa (ELLIS A, WISEMAN N, BOSS K, 1991). Froriep, na primeira parte do século XIX, identificou em músculos cordões ou faixas sensíveis e endurecidas que provocam dor. De acordo com Lewit, Gowers criou o termo fibrosite em 1904. Vários outros termos foram criados para descrever o mesmo tipo de fenômeno, tais como miofibrosite, mialgia, miogelose, reumatismo muscular e outros. 1 Em 1938, Kellgren relatou que diferentes músculos do corpo apresentam um padrão de dor referida característico, quando recebem uma injeção de soro fisiológico. Em meados dos anos 1950, Ninmo introduziu os princípios dos tecidos moles e de intervenções em pontos-gatilho na profissão quiroprática. O mesmo deu um salto conceitual radical (para a profissão ¹ Pós Graduanda em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual 2 Graduada em fisioterapia, especialista em metodologia do ensino superior; mestrado em bioética e direito em saúde.

Upload: others

Post on 26-Apr-2020

20 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

1

Tratamento Fisioterapêutico no Ponto-Gatilho Miofascial Larisse Costa da Silva¹

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia²

Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia

Manual- Faculdade Ávila

Resumo

Os pontos-Gatilho são pequenas áreas de sensibilidade e dor localizadas, encontradas nos

músculos e no tecido conjuntivo. Estes podem ser produzidos por trauma, podem ser o

resultado de estiramento crônico ou podem ser desenvolvidos como uma consequência da

tensão provocada por atividades cotidianas ou hábitos posturais. Embora a dor e a

sensibilidade sejam localizadas o desconforto pode ser encaminhado para outras partes do

corpo através do sistema nervoso autônomo. Estas áreas podem ser localizadas através de

palpação ou com correntes elétricas. O tratamento pode ser por massagem miofascial,

massagem com gelo, iontoforese e Fonoforese, ultrassom, terapia de ponto gatilho e

alongamento miofascial. Este artigo foi construído através do levantamento de dados

encontrados na literatura já existente. Para este trabalho foram realizadas pesquisas

bibliográficas por meio dos livros dispostos no acervo da Biblioteca da Universidade

Paulista campus Manaus, acervo pessoal e artigos encontrados através de pesquisas na

internet.

Palavras-chave: Ponto-Gatilho, Fisioterapia, miofascial, tratamento.

1. Introdução

Para se ter uma compreensão melhor do desenvolvimento dos pontos-gatilho miofasciais, é

necessário ampliar a abrangência da definição de termos e observar o significado semelhante

de diversos tipos de terminologia utilizados para descrever essencialmente a mesma entidade

patológica. Entre os mais antigos textos que documentam áreas sensíveis da pele e pontos

sensíveis do corpo humano estão os da medicina tradicional e da acupuntura chinesa, e textos

posteriores de acupuntura japonesa (ELLIS A, WISEMAN N, BOSS K, 1991).

Froriep, na primeira parte do século XIX, identificou em músculos cordões ou faixas

sensíveis e endurecidas que provocam dor. De acordo com Lewit, Gowers criou o termo

fibrosite em 1904. Vários outros termos foram criados para descrever o mesmo tipo de

fenômeno, tais como miofibrosite, mialgia, miogelose, reumatismo muscular e outros.1

Em 1938, Kellgren relatou que diferentes músculos do corpo apresentam um padrão de dor

referida característico, quando recebem uma injeção de soro fisiológico. Em meados dos anos

1950, Ninmo introduziu os princípios dos tecidos moles e de intervenções em pontos-gatilho

na profissão quiroprática. O mesmo deu um salto conceitual radical (para a profissão

¹ Pós Graduanda em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia

Manual 2 Graduada em fisioterapia, especialista em metodologia do ensino superior; mestrado em bioética e direito em saúde.

2

quiroprática) ao passar da consideração de mover ossos para trabalhar com os músculos que

movem os ossos.

O termo miofascial só apareceu na literatura médica no final dos anos 1940, quando Travell,

Gorell, Steindler, Rinzler e outros começaram a descrever as áreas miofasciais de gatilho na

coluna lombar e criaram a expressão dor miofascial. Em 1952, o Dr. Travell adotou a

denominação miofascial após observar o padrão de dor referida do músculo infra-espinhoso

durante uma biopsia muscular.

Em 1983, Travell e Simons publicaram o primeiro volume de seu manual de pontos-gatilho,

intitulado Myofascial Pain Dysfunction: The Trigger Point Manual. Essa foi a primeira

publicação na área da síndrome de ponto-gatilho miofascial que identificou pontos-gatilho

específicos, padrões de dor referida e fatores perpetuantes, com uma revisão completa da

literatura relacionada com a fisiopatologia dos pontos-gatilho.

Mais ou menos ao mesmo tempo, percursores da medicina de reabilitação, Janda e Lewit, da

república Tcheca, deram contribuições significativas ao estabelecerem princípios referentes

ao desequilíbrio muscular e aos métodos de tratamento alternativos para pontos-gatilho

miofasciais, tais como a técnica de relaxamento pós-isométrico.

No início dos anos 1990, Hubbard e outros relataram diversas características da atividade

eletromiográfica dos pontos-gatilho miofasciais, enquanto Simons e Hong chegaram a

diversas conclusões relacionadas com a fisiopatologia dos pontos-gatilho miofasciais.

Simons, na publicação recente The Trigger Point Manual, apresentaram a revisão mais

abrangente até hoje dos fenômenos de ponto-gatilho miofascial, e estabeleceram critérios

essenciais e confirmatórios específicos para a identificação de pontos-gatilho ativos e latentes.

Um ponto-gatilho miofascial é um foco de irritação excessiva em um tecido que, quando

comprimido, é sensível no local, e se suficientemente hipersensível, causa dor e sensibilidade

referidas e, algumas vezes, fenômenos autônomos referidos e distorção da propriocepção

(TRAVELL E SIMONS, 1999). De acordo com Travell e Simon, ‘’distorção da

propriocepção’’ é uma alteração da consciência de onde e como o corpo se move.

“Fenômenos autônomos referidos” podem consistir em dor, sensibilidade e outros tipos de

sensações, assim como em processos físicos, como aumento da atividade das unidades

motoras (espasmo), vasoconstrição, vasodilatação e hipersecreção, que ocorrem a distância do

ponto-gatilho. Estes podem diminuir a flexibilidade muscular, produzir fraqueza muscular e

alterar propriocepção.

Pontos-gatilho podem ser encontrados em tecido cicatricial, tendões, ligamentos, pele, coxins

gordurosos, capsulas articulares e periósteo, assim como em músculos e na junção de

músculos com outros tecidos (MANHEIM, 2001).

2.0 Fisiopatologia

Existem várias hipóteses sobre a fisiopatologia dos Pontos-Gatilho, as principais são: hipótese

do fuso muscular, hipótese do processo neuropático, hipótese do tecido cicatricial e a hipótese

dos botões terminais disfuncionais e da crise de energia.

2.1 Hipótese do Fuso Muscular

Segundo Hubbard e Berkoff (1993), Fusos musculares anormais são responsáveis pela

produção de sinais eletrofisiológicos anormais, tais como atividade elétrica espontânea e picos

detectados na proximidade dos pontos-gatilho.

Estudos mostram que esses sinais eletrofisiológicos anormais ocorrem apenas nas

proximidades de pontos-gatilho e, em alguns casos, na região da placa motora. Fusos

musculares estão distribuídos por todo o músculo, incluindo áreas em que não há atividade

3

eletromiográfica, o que contradiz em parte a hipótese de Hubbard e Berkoff (Simon D, Hong

C, Simons L S,1995).

2.2 Hipótese do processo neuropático

Gunn CC (1996) propôs que, quando o nervo que inerva o músculo afetado está envolvido em

processo neuropático, pode gerar hipersensibilidade e pontos-gatilho miofasciais.

2.3 Hipótese do tecido cicatricial

Esta hipótese deriva de vários estudos histológicos, que identificaram tecido fibroso cicatricial

próximo a tecido cicatricial em lesões graves. Embora a síndrome crônica do ponto-gatilho

miofascial possa provocar a formação de tecido cicatricial, esse tipo de tecido não é um

achado histológico necessário na área de um ponto-gatilho ou na aérea de um nódulo de

contração. (SIMONS D, STOLOV W, 1976)

2.4 Hipótese dos botões terminais disfuncionais e da crise de energia

Esta é a teoria mais recente. Uma lesão local no músculo pode conduzir a um dano traumático

do reticulo sarcoplasmático e, assim, a uma liberação aumentada de íons de Ca++. Foi

observada determinada distancia entre a placa terminal e o disco de contração, ou o nó de

contração, e esta anomalia foi levantada por Pongratz (1997) como a causa dos subsequentes

processos fisiopatológicos.

O consequente potencial de ação se espalha em todas as direções sobre a membrana da fibra

muscular e alcança o reticulo sarcoplasmático dentro da fibra por meio dos túbulos

transversais (túbulos T). Isto resulta na liberação permanente de íons de Ca++. Também se

discute sobre uma fenda no reticulo sarcoplasmático como causa fisiopatológica da formação

do ponto-gatilho. Uma placa terminal danificada ou um compartimento de íon cálcio

danificado causa contratura permanente dos sarcômeros. Isto consome grandes quantidades de

cálcio e de ATP. Assim, diversos sarcômeros contraídos causam nós ou discos de contração e

a combinação de discos e nós de contração de uma fibra muscular forma, então, um ponto-

gatilho palpável. As partes restantes das fibras musculares afetadas ficam esticadas e dão

forma a uma faixa tensa palpável. O alongamento das fibras musculares afetadas causa

estrangulamento dos capilares e, então, isquemia do músculo todo. A depleção ATP quando

há demanda aumentada de ATP causa uma crise de energia da seção do músculo envolvido.

Isto é realçado pela hipóxia, com queda na pressão parcial de oxigênio para zero no ponto-

gatilho. A hipóxia danifica as mitocôndrias e realça, assim, a deficiência orgânica da placa

terminal. A falta de energia impede o deslocamento de filamentos de actina e de miosina,

criando uma área rígida (SIMONS, 1999).

3.0 Biomecânica da Lesão

É importante para fazer um diagnóstico correto, saber a biomecânica da lesão. Deve-se

considerar qual o mecanismo especifico é responsável pela lesão. O uso do padrão de dor

referida como único critério para se identificar o músculo responsável pela disfunção produz

resultados imprecisos, porque os padrões de dor referida dos diferentes músculos sobrepõem.

É muito importante obter uma história do paciente e fazer as perguntas adequadas para

4

identificar os possíveis mecanismos de lesão. Esse processo possibilita que se componha um

quadro diagnóstico e, por dedução, se chegue às conclusões corretas sobre o tratamento

adequado.

Os componentes que devem ser identificados são: direção da força externa aplicada (se estiver

envolvida uma força externa); posição relativa do corpo durante a lesão; movimento

especifico do corpo após a aplicação da força externa; posição especifica que o paciente adota

(se ele tiver uma disfunção postural); direção do movimento habitual ou repetitivo (se for uma

lesão por esforço repetitivo); mecânica da pelve e da coluna vertebral em casos de assimetrias

esqueléticas e a anatomia posicional e funcional dos pés em casos de mecânica defeituosa dos

pés.

Os casos menos complicados para se determinar a biomecânica da lesão são os que resultam

de movimentos rápidos, tais como lesões esportivas, quedas súbitas e acidentes com veículos

motorizados. Entretanto, nem sempre as lesões são produzidas por movimentos rápidos.

Lesões por esforço repetitivo assim como lesões por posições de tensão ocorrem com

frequência.

4.0 Fisiologia da Contração Muscular

O músculo esquelético é um órgão especializado na transformação de energia química em

movimento (energia mecânica), desenvolvido para aperfeiçoar esta função utilizando um

conjunto bem ordenado de proteínas relacionadas com o movimento.

Os 600 músculos esqueléticos do corpo humano são compostos de centenas à centenas de

milhares de células alongadas, multinucleadas chamadas fibras musculares. Cada fibra

contem as proteínas contrateis Miosina e Actina, que compõe os filamentos grossos e finos

respectivamente, que estão dispostos paralelamente nas miofibrilas que compõe as fibras. As

miofibrilas estão também paralelamente arranjadas e apresentam um padrão de bandas escuras

e claras dispostas em série, que dão o caráter de estrias às fibras de tais músculos. Esta

aparência estriada característica da miofibrila observável na microscopia de luz decorre da

birrefringência diferente das proteínas contrateis: a banda clara, chamada banda-I, é devida a

isotropia (I) da região da miofibrila dada pelos filamentos finos e a banda-A, devida a sua

anisotropia (A), constituída pelos filamentos grossos intercalados aos finos. Os limites laterais

da unidade contrátil chamada de sarcômero são dados pelos discos Z, constituídos por alfa-

Actinina, onde se ancoram os filamentos finos, a Tinina e a Nebulina. Na microscopia de luz

o sarcômero é delimitado por duas linhas Z e contem duas banda-I e uma banda –A central

separando-as. A contração é definida como a ativação das fibras musculares com a tendência

destas se encurtarem. Ocorre quando o cálcio citosólico ([Ca2+]i) aumenta disparando uma

série de eventos moleculares que levam à interação entre miosina e actina, ocorrendo o

deslizamento desta última sobre os filamentos grosso e o encurtamento dos sarcômeros em

série (BRIAN R, 2003).

5.0 Classificação dos Pontos-Gatilho Miofasciais

5.1 Ponto-Gatilho Ativo

Um ponto-gatilho miofascial ativo produz dor sem compressão digital. É muito sensível à

palpação, produz o padrão de dor referida característico do músculo, compressão isquêmica

5

ou sem ela, limita a flexibilidade do músculo, produz fraqueza muscular e provoca uma

reação de espasmo à compressão ou à estimulação com agulha (SIMONS e TRAVELL).

5.2 Ponto-Gatilho Latente

Este é em geral assintomático – não causa dor espontânea. Entretanto, é sensível à palpação,

pode produzir um padrão de dor referida somente com a aplicação de compressão isquêmica,

limita a flexibilidade do musculo, produz fraqueza muscular e pode provocar uma reação de

espasmo à compressão ou à estimulação com agulha. Pontos-gatilho latentes podem existir

em músculos durante anos após a recuperação de uma lesão. Um ponto-gatilho ativo que

nunca foi tratado, ou que foi tratado de maneira inadequada, pode se tornar latente em uma

fase crônica. Pontos-gatilho latentes podem ser reativados por microtraumatismos ou por

macrotraumatismos (SIMONS e TRAVELL).

5.3 Ponto-Gatilho Satélite

Pontos-gatilho satélite podem se desenvolver no mesmo músculo do ponto-gatilho primário

(principal), em outros músculos em padrão de dor referida do ponto-gatilho primário ou em

músculos sinérgicos. O ponto-gatilho satélite em geral se resolve com a resolução do ponto-

gatilho principal, sem qualquer intervenção adicional (SIMONS e TRAVELL).

5.4 Ponto-Gatilho Central

Um ponto-gatilho miofascial central tem relação estreita com os botões terminais

disfuncionais, e localiza-se próximo do centro das fibras musculares (SIMONS e TRAVELL).

5.5 Ponto-Gatilho de Junção

Este é um ponto-gatilho na junção musculotendinosa e/ou na inserção óssea do músculo,

identificando a entesopatia causada por tensão continuada característica da faixa tensa

produzida por um ponto-gatilho central (SIMONS e TRAVELL).

6.0 Diagnostico Miofascial

No diagnóstico miofascial podem ser adotados os seguintes passos:

- Obtenha uma história. Pesquise se houver um início súbito após uma lesão, um traumatismo

ou uma sobrecarga, ou um inicio gradual com sobrecarga crônica, microlesões,

microtraumatismos ou traumatismo repetitivo. Identifique objetivamente os problemas da

vida do paciente do ponto de vista dele, e compreenda seu trabalho, suas relações pessoais e

outros de tensão na vida diária (TRAVELL J, 1990).

- Estabeleça a biomecânica da lesão com base na história e em perguntas e respostas;

- Pesquise uma faixa tensa por palpação. Se o músculo estiver acessível, palpe pesquisando

uma faixa tensa, que pode incluir um nódulo sensível.

- Identifique o reconhecimento da dor pelo paciente: o reconhecimento da dor pelo paciente

não precisa se estender por todo o padrão de dor referida. O paciente pode identificar o sinal

de reconhecimento da dor somente em uma parte do padrão de dor referida esperado. O

6

diagnóstico diferencial entre um ponto-gatilho latente pode ser feito pelo reconhecimento da

dor pelo paciente.

- Dor no final da faixa de amplitude de movimentos. Pode ocorrer dor nas junções musculares

e/ou no ventre, ao final da amplitude de movimentos.

- Identifique a resposta do espasmo local. A resposta de espasmo local pode ser provocada por

palpação em pinça ao longo da faixa tensa. Em casos de atividade intensa do ponto-gatilho, a

simples compressão do ponto-gatilho pode provocar uma resposta de espasmo local.

- Determine o padrão de dor referida. Um padrão de dor referida característico do músculo

específico pode ser provocado durante a compressão digital da área do ponto-gatilho ativo. O

padrão de dor referida pode ser diferente do reconhecimento da dor pelo paciente.

- Identifique uma possível fraqueza do músculo envolvido. Ás vezes, o teste manual muscular

mostra fraqueza do músculo que tem envolvimento miofascial.

- Faça a correlação com outros testes ortopédicos ou neurológicos, incluindo testes especiais e

testes de diagnóstico diferencial.

- Estabeleça um diagnóstico em termos miofasciais.

7.0 Sinais Clínicos

7.1 Dor Local

Com maior frequência o paciente se queixa de dor referida, e ocasionalmente de dor, sensação

de queimação ou sensibilidade no músculo envolvido. Diversas substâncias ativadoras de

nociceptores foram identificadas próximo a pontos-gatilho miofasciais (KOSTOPOULOS E

RIZOPOULOS, 2007).

7.2 Padrões de Dor referida

Os pontos-gatilho miofasciais referem a dor para áreas distais ou proximais em padrões

específicos característicos de cada músculo. A ativação de um ponto-gatilho miofascial

projeta a dor para uma área de referência distante. A isso se denomina padrão de dor referida,

e este é um dos critérios utilizados para identificar o músculo adequado a ser tratado

(KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

7.3 Distúrbios autônomos e proprioceptivos

Distúrbios de várias funções autônomas, tais como sudorese ou salivação excessiva, podem

estar presentes. Outros fenômenos autônomos, tais como um reflexo pilomotor ou

vermelhidão em torno da área do ponto-gatilho, podem ocorrer. A alteração da propriocepção

é muito comum. Tonturas, falta de equilíbrio e tinido podem estar presentes em casos mais

graves e crônicos (KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

7.4 Edema e Celulite

Devido a uma diminuição da circulação sanguínea e a um acúmulo de produtos do

metabolismo celular, a área pode desenvolver edema local. A presença de celulite não é

incomum.

7

7.5 Perda de pelos do dermátomo

Em casos de pontos-gatilho miofasciais nos músculos paraespinais, Gunn relatou perda de

pelos no dermátomo correspondente, dependendo do nível medular envolvido.

7.6 Distúrbios do Sono

Os pacientes com frequência se queixam de falta de sono devido à dor, dormência, sensação

de queimação e outros distúrbios. Os pacientes em geral assumem uma posição antálgica

temporariamente confortável durante a noite, mantendo o músculo encurtado. Isso pode

causar a ativação de outros pontos-gatilho miofasciais (por encurtamento excessivo do

músculo) e maior perda de flexibilidade.

8.0 Tratamento Fisioterapêutico

De acordo com Kostopoulos e Rizopoulos, após fazer o diagnóstico correto poderão ser feitos

os seguintes tratamentos.

8.1 Compressas Quentes

Compressas quentes para aumentar a circulação sanguínea e promover uma sensação de

relaxamento. Aplique durante 15 a 20 minutos sobre o músculo envolvido.

8.2 Ultra-som

Como modalidade de aquecimento, o ultra-som transmite energia vibratória até cerca de 5 cm,

gerando calor nos tecidos. O mecanismo exato sobre como o ultra-som pode ser benéfico no

tratamento dos pontos-gatilho miofasciais precisa ser mais bem investigado. O ultra-som em

pulso pode ser aplicado sobre um ponto-gatilho miofascial. A aplicação de ultra-som contínuo

exige um movimento contínuo do transdutor durante o tratamento.

8.3 Fonoforese e Iontoforese

Fonoforese e iontoforese para aplicar medicamentos, tais como hidrocortisona, lidocaína e

outros. O nível baixo de penetração, de até 1 cm abaixo da pele, torna difícil a penetração do

medicamento no tecido muscular.

8.4 Estimulação Elétrica

A estimulação elétrica sobre várias formas foi usada no tratamento dos pontos-gatilho

miofasciais. Os autores citados usam corrente alternada e aumentam a intensidade até o ponto

em que ocorrem contrações musculares rápidas mas suaves. A aplicação desse tipo de

estimulação elétrica pode ter um efeito similar à provocação de uma resposta de espasmo

local com uma agulha. Ao mesmo tempo, o músculo parece se fatigar, e consegue-se um grau

maior de relaxamento. A estimulação elétrica também pode ser aplicada com o uso de uma

agulha sobre o ponto-gatilho.

8.5 Laser de baixa potência

8

A terapia com laser de baixa potência aplicado sobre a área de um ponto- gatilho em três

doses de 15 segundos mostrou-se muito eficaz na normalização da resistência da pele, o que é

uma indicação da normalização de um ponto-gatilho miofascial. Essa terapia é em geral

aplicada com um laser de hélio-neônio, utilizando-se luz visível vermelha de 632,8 nm ou em

pulsos de 904 nm (SIMUNOVIC Z, 1996). Estudos recentes indicam uma diminuição da

rigidez muscular, aumento da mobilidade e diminuição da dor em músculos que apresentam

pontos-gatilho miofasciais. A terapia com laser melhora a microcirculação local, aumenta o

suprimento de oxigênio para células hipóxicas nas áreas de pontos-gatilho e, ao mesmo

tempo, pode facilitar a remoção de resíduos acumulados. De acordo, com Tam G, o

semicondutor ou laser de diodo (GaAs [arseneto de gálio], 904 nm) é a escolha mais adequada

para a terapia de redução da dor. Um laser de baixa potência atua sobre a síntese de

prostaglandinas (PG), aumentando a transformação de PGG2 e PGH2 em PG12 (também

chamada prostaciclina ou epoprostenol). A prostaciclina é o principal produto do ácido

araquidônico nas células endoteliais e nas células musculares lisas das paredes vasculares,

tendo uma ação vasodilatadora e anti-inflamatória. Simunovic relata que a dor diminuiu em

70% das pessoas que relatavam dor aguda e em 60% daquelas que tinham dor crônica após a

aplicação da terapia com laser.

8.6 Técnica de Pressão Progressiva

Esta técnica terapêutica manual requer o uso das mãos ou dos dedos e pode ser aplicada em

forma de palpação plana ou de palpação em pinça. O profissional pode utilizar os dedos, as

articulações dos dedos, os cotovelos ou uma combinação de todos eles para aplicar a pressão.

A técnica é executada da seguinte maneira: utilize os polegares ou os outros dedos de uma ou

das duas mãos para aplicar a pressão firme, movendo-se para dentro em direção ao centro.

Quando sentir resistência dos tecidos, pare e espere até a resistência se dissipar. Nesse ponto,

o profissional pode sentir uma lenta perda de resistência ou uma sensação de “derretimento”

no tecido sob os dedos. O profissional deve então continuar com pressão firme adicional, de

novo para dentro em direção ao centro. Quando encontrar nova resistência, deve parar e

esperar mantendo a pressão firme, repetindo esse ciclo diversas vezes. No final, ou se

consegue um relaxamento adicional do tecido ou não se consegue mais avançar. O músculo

deve ser mantido em uma posição relaxada, mas não muito encurtado. A intensidade da

pressão aplicada varia, e pode se iniciar com algumas dezenas de gramas, chegando a cerca de

900 g. O profissional deve sempre se guiar pela tolerância do paciente à dor, e o paciente deve

sempre comunicar suas sensações. Em geral aplicamos essa técnica durante pelo menos 30

segundos, chegando até a 2 minutos por vez. O tratamento final relaxará os sarcômeros

contraídos dos nódulos da área do ponto-gatilho miofascial (SIMONS DG, 1984; TRAVELL

JG, 1999). O paciente deve manter a respiração profunda e lenta enquanto o profissional

aumenta a progressivamente a pressão. O relaxamento profundo é muito importante para a

eficácia da técnica.

8.7 Estimulação com agulha

A técnica de estimulação de pontos-gatilho com agulhas. Consiste na inserção e manipulação

repetida de uma agulha fina e flexível (em geral uma agulha de acupuntura) em um ponto-

9

gatilho para produzir uma resposta de espasmo local, afim de inativa-lo. A estimulação com

agulha requer máxima precisão e maior número de repetições. O mecanismo de produção de

relaxamento muscular e alivio da dor na estimulação com agulhas parece ser, segundo

Fischer, o rompimento da nodularidade do tecido. A vantagem da estimulação com agulhas

sobre as outras técnicas é que conseguimos uma amplitude de movimentos total indolor no

momento do tratamento (resposta imediata). O método também melhora a sensação

sinestésica, porque podemos mostrar imediatamente ao paciente a amplitude de movimentos

total, sem dor, o que é objetivo último do tratamento miofascial. Outras vantagens da

estimulação com agulhas são ausência de reações alérgicas, diminuição do risco de

hematomas e tratamento de músculos profundos próximo de feixes neurovasculares.

8.8 Alongamento Miofascial

Para a terapia dos pontos-gatilho ser eficaz, deve sempre ser seguida de exercícios de

alongamento miofascial. Travell e Simons afirmam que “a chave do tratamento dos pontos-

gatilho é alongar as fibras musculares encurtadas pelo mecanismo de ponto-gatilho”. O

alongamento miofascial é diferente do alongamento comum, no sentido de que é muito

especifico para o músculo sob tratamento e precisa de uma amplitude terapêutica estreita.

Sugere-se a seguinte sequencia para aplicação do alongamento miofascial: coloque o músculo

a ser alongado em uma posição em que seja sentida tensão, no extremo da amplitude de

movimentos; durante a expiração, permita que o músculo relaxe, de maneira que se alongue,

aumentando seu comprimento; mantenha a nova posição durante a inspiração; consiga um

comprimento maior em cada expiração sucessiva durante 20 a 45 segundos, ganhando 3 a 4

mm/s, permitindo que o músculo relaxe em extensão, sem esforço (INGBER RS, 2000).

8.9 Massagem de Fricção com Gelo

A massagem de fricção com gelo consiste na aplicação de gelo para liberação de ponto-

gatilho. Uma das formas mais fáceis de usar a fricção com gelo (frio intermitente) é gelar

água em um copo descartável com um palito inserido, como um picolé. Quando estiver pronto

para aplicar o frio intermitente, rasgue o copo e cubra o picolé com plástico para manter a

pele seca. Use toques paralelos unidirecionais e uma velocidade lente de aplicação (DIXON,

2007).

8.9.1 Massagem Miofascial

A massagem miofascial é qualquer tipo de massagem que enfoca a unidade miofascial,

incluindo músculo, tecido conjuntivo e a junção neuromuscular. Além disso, o tecido visado

pode incluir áreas de ligação de tecido conjuntivo, onde acabam os músculos e as fibras do

tecido conjuntivo, onde acabam os músculos e as fibras do tecido conjuntivo formam tendões,

ou ligamentos, como o tecido conjuntivo que conecta osso com osso.

9.0 Metodologia

Este estudo foi realizado através do levantamento de revisão bibliográfica. Para este trabalho

foram utilizados livros de acervo pessoal, livros do acervo da biblioteca da Universidade

10

Paulista – UNIP, campus Manaus, artigos baixados na internet através do site da Scielo,

artigos de revisão e artigos originais sobre o assunto abordado neste trabalho.

10.0 Resultados e Discussão

De acordo com Travell & Simons ponto-gatilho e um ponto hiper-irritável palpável na

musculatura esquelética associado a um nódulo palpável hipersensível em uma banda tensa. O

ponto é doloroso na compressão e pode originar as características de dor referida,

sensibilidade referida, disfunção motora e fenômenos autonômicos”.

Alguns autores, os quais foram citados acima, descrevem cinco hipóteses sobre a

fisiopatologia dos Pontos-Gatilho, são elas: hipótese do fuso muscular, hipótese do processo

neuropático, hipótese do tecido cicatricial e a hipótese dos botões terminais disfuncionais e da

crise de energia.

Simons e Travell classificaram os pontos-gatilho em ponto-gatilho ativo, ponto-gatilho

latente, ponto-gatilho satélite, ponto-gatilho central e ponto-gatilho de Junção. O diagnóstico

é feito através de uma anamnese detalhada, análise da biomecânica, palpação de uma faixa

muscular tensa ou nódulo, identificar a dor referida pelo paciente e o espasmo, e o tipo de dor

referida pelo paciente para então começar o tratamento fisioterápico.

11.0 Contra- Indicações da Terapia de Pontos-Gatilho Miofascial

Neoplasia, quando um grupo de células cancerosas pode invadir os tecidos circundantes ou se

disseminar para áreas distantes do corpo, a terapia manual pode, de modo geral, ser contra-

indicada, dependendo do tipo e da área do tumor (KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

Feridas abertas na área de aplicação da terapia de pontos-gatilho: o tecido pode ficar mais

irritado com a aplicação da terapia de pontos-gatilho e exercícios de alongamento miofascial

(KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

Arteriosclerose grave: com frequência mostra seus efeitos em primeiro lugar nas pernas e nos

pés. As artérias podem se estreitar, diminuindo o fluxo sanguíneo, progredindo em alguns

casos para obstrução total (oclusão) dos vasos. As paredes vasculares ficam menos elásticas e

não podem se dilatar para permitir um fluxo sanguíneo maior quando necessário. Compressão

e alongamentos excessivos podem provocar a formação de coágulos (KOSTOPOULOS E

RIZOPOULOS, 2007).

Aneurisma: parece um saco de sangue conectado ao vaso por uma passagem estreita. Todos

os tipos de terapia manual são contra-indicados (KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

Hematoma subdural: distúrbio cerebral que envolve um acúmulo de sangue no espaço entre as

meninges que envolvem o cérebro. Os sintomas em geral se desenvolvem em um período

curto após um traumatismo craniano. A terapia manual é muito intensa nesses estados

(KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

Tratamento anticoagulante: pacientes que estão tomando cumarínicos ou heparina podem

desenvolver equimoses com a aplicação da terapia de pontos-gatilho. Deve-se obter

consentimento do médico e do paciente antes da aplicação da técnica (KOSTOPOULOS E

RIZOPOULOS, 2007).

Osteoporose avançada: os ossos perdem cálcio e fósforo, os minerais que os tornam

resistentes. Os ossos se tornam menos densos. Com tecido frágil e diminuição das trabéculas,

11

os ossos sofrem fratura com facilidade. Essa doença é, com frequência, chamada de doença

silenciosa, porque podem ocorrer fraturas sem aviso e quando são menos esperadas. Se a

terapia de pontos-gatilho e os exercícios de alongamento forem muito intensos, podem

ocorrer fraturas (KOSTOPOULOS E RIZOPOULOS, 2007).

12.0 Conclusão

O ponto-gatilho é um lugar irritável, localizado em uma estrutura de tecido mole, mais

frequente no músculo, caracterizado por baixa resistência e pela alta sensibilidade em relação

a outras áreas. Quando se estimula esse ponto por 30 segundos com uma pressão moderada,

surge uma dor referida (FISHER, 1995).

Pontos-Gatilho são nós de tensão acentuada que causam dor referida em outras partes do

corpo.

A ativação dos pontos-gatilho miofasciais está associada a algum grau de microtraumatismo.

Não é necessário um movimento súbito em alta velocidade. O microtraumatismo pode ocorrer

por causa de um movimento continuo repetitivo, ou mesmo por sobrecarga do músculo em

uma posição de tensão.

O tratamento fisioterapêutico no tratamento de pontos-gatilho, de acordo com a literatura

utilizada, mostra-se eficaz. De acordo com Rubik, pontos-gatilho são nós de tensão acentuada

que causam dor referida em outras partes do corpo.

Para diagnosticar deve ser feita uma investigação detalhada, uma avaliação completa para

saber a causa da dor e até mesmo a fisiopatologia. O ponto- gatilho pode ser de diversas

origens, tais como: sinais eletrofisiológicos anormais, nervo em processo neuropático, tecido

cicatricial e a hipótese dos botões terminais disfuncionais e da crise de energia.

Há várias formas de se tratar o ponto-gatilho e aliviar a dor. O tratamento fisioterapêutico

pode ser feito com agulhas de acupuntura, massagem com gelo, pressão intermitente,

estimulação elétrica, laser, compressas quentes, fonoforese e iontoforese e alongamento

miofascial.

De acordo com os autores citados neste artigo todos os tratamentos acima são eficazes para

alivio da dor e da tensão.

Referências Bibliográficas

BRIAN R. MacIntosh. Role of Calcium Sensivity Modulation in Skeletal Muscle Performance. News

Physiol Sci 2003; 18: 222-225.

DIXON, Marian Wolfe. Massagem miofascial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. ISBN: 978-85-277-

1342-9.

ELLIS, A., WISEMAN, N., BOSS, K. Fundamentals of Chinese Acupuncture. Brookline, Mass: Paradigm

Publications; 1991.

FISCHER A.A., CHAN C.H. Temperature and pressure threshold measurements in trigger points.

Thermology,1. P: 212-215, 1986.

FISHER, A. A. Pressure threshold measurement for diagnosis of miofascial pain and evaluation of

treatment results: 1995.

FRORIEP, R. Ein Beitrag zur Pathologie und Therapie des Rheumatismus, Weimar, Germany: 1843.

GUNN CC. Chronic pain: Time for epidemology. J R Soc Med. 1996; 89:479-80.

12

HUBBARD DR, BERKOFF GM. Myofascial trigger points show spontaneous needle EMG activity. Spine.

1993;18:1803-7.

INGEBER, R. S. Shoulder impingement in tennis/racquetball players treated with subscapularis miofascial

treatments. Arch Phys Med Rehabil, 2000; 81:679-82.

JANDA V. Muscle strength in relation to muscle length, pain and muscle imbalance. International

Perspectives in Physical Therapy. New York: Churchill Livingstone; 1993;8:83-91.

KELLGREEN, J.H. Observations on referred pain arising from muscle. Clin. Sci., 3:175-90, 1938.

KOSTOPOULOS, Dimitrios; RIZOPOULOS, Konstantine. Pontos-gatilho miofasciais

teoria/diagnóstico/tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

LEWIT K. Manipulative Therapy in rehabilitation of the Locomotor System. Oxford, England: Butterworth-

Heinemann; 1999.

MANHEIN, C. The Miofascial Release Manual. Thorofare, NJ: Editora Slack Incorporated; 2001.

PONGRATZ, D.E.; SPÄTH, M. Morphologic aspects of muscle pain syndromes – Physical Medicine and

rehabil. J Clin North Am, v.8, p.55-68, 1997.

SIMONS D, STOLOV W. Microscopic features and transiente contraction of palpable bands in canine

muscle. Am J Phys med. 1976;55:65-88.

SIMONS, D.G. Muscle pain syndromes. Arch Phys Med Rehabil. 1984; 65:561.

SIMUNOVIC Z. Low level laser therapy with trigger points technique: a clinical study on 243 patients. J

Clin Laser Med Surg. 1996;14:163-7.

TRAVELL JG, RINZLER S. The miofascial genesis of pain. Postgrad Med. 1952; 11: 425-434.

TRAVELL JG, SIMONS DG. Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual-The Lower

Extremities. Media, Pa: Williams & Wilkins; 1983.

TRAVELL JG., SIMONS DG, SIMONS LS. Myofascial pain and dysfuncion – The trigger point manual-

Upper Half of Body. Baltimore, Md: Williams & Wilkins; 1999.

TRAVELL, J., RINZLER, S., HERMAN, M. Pain and disability of the shoulder and arm: treatment by

intramuscular infiltration with procaine hydrochloride. JAMA. 1942; 120:417-422.