transformacao de fases nos metais

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Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica Prof. Rodrigo Perito Cardoso TM343 Materiais de Engenharia Capítulo 10 Transformação de fases nos metais: Desenvolvimento da microestrutura e alteração de propriedades

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Transformação de fases nos metais: Desenvolvimento da microestrutura e alteração de propriedades

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  • Universidade Federal do Paran

    Setor de Tecnologia

    Departamento de Engenharia Mecnica

    Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    TM343 Materiais de Engenharia

    Captulo 10 Transformao de fases nos metais: Desenvolvimento da

    microestrutura e alterao de propriedades

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Onde estamos?

    Introduo Reviso dos conceitos de mecanismos de endurecimento e

    diagramas de fase Alumnio e suas ligas

    Classificao das ligas de Al Tratamentos trmicos das ligas de Alumnio Metalurgia das ligas de Alumnio

    Ligas ferrosas Aos e ferros fundidos Diagramas TTT e TRC Tratamentos trmicos dos metais ferrosos Metalurgia dos metais ferrosos Tratamentos termoqumicos

    Noes de Outras ligas (Mg, Ti, Co, Ni, etc)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Roteiro da aula

    Intruduo

    Cintica de transformao de fase

    Nucleao e crescimento (liquido e slido)

    Estados Metaestveis X Estados de equilbrio

    Transformaes e Microestrutura (Fe-C)

    Diagramas de transformaes Isotrmicas

    Diagramas de Transformao por resfriamento contnuo

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Introduo

    Qual esta microestrutura?

    Qual a composio provvel?

    O que esperamos das propriedades

    desta liga?

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Introduo

    Porque estudar transformaes de fases?

    Propriedade

    Estrutura Processamento

    Macroscpica (1X)

    Microscpica (1.000X)

    Atmica (1.000.000X)

    Para um material ser til

    necessrio fabricar

    algo com ele

    Imposto pelo projeto

    ?

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Introduo

    Porque estudar transformaes de fases?

    Diagrama de fase no considera o tempo

    Entretanto os diagramas so importantes para projetar tratamentos trmicos

    Obter as propriedades desejadas

    Alterar propriedades de uma liga

    Ex: Fe+0,76% C eutetide

    Limite de resistncia pode varias de 700 a 2000 Mpa

    COMO?

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Exemplo de variao de propiedades

    Diferente tratamento

    trmico (recozido

    pleno x normalizado)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Introduo

    Versatilidade dos materiais metlicos

    Mecanismos de endurecimento (TG, SS, Enc.)

    Transformao de fase -> altera microestrutura

    Transformao de fase -> no ocorre instantneamente

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Conceitos bsicos

    Tipos de transformao:

    Dependente da difuso

    Simples (transf. alotrpica)

    Outro tipo (ex: eutetide alterao do nmero de fases)

    Independente da difuso

    Produz fases metaestveis (ex: transf. Martenstica - Tmpera)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Cintica de transformao de fases

    Leva tempo(no instantnea) -> cintica (velocidade)

    Estgios da transformao de fases:

    Nucleao -> surgimento da nova fase

    Crescimento -> Leva ao desparecimento da fase original

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao (vdeo 1 vdeo 2 vdeo 3)

    Energia livre de Gibbs (G)

    Transformao espontnea se DG for negativo (reduo da energia livre do sistema)

    Iniciaremos pela transformao lquido-Slido (solidificao) considerando ncleos esfricos, conforme o esquema:

    Do not boil water into microwave oven!.flvSupercooled Water 2.flvSuperheating of water (Mythbusters).mp4

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao

    Contribuies para variao da energia livre:

    Diferena de energia das fase, energia de volume, DGv (negativa se T inferior temp. de transf.)

    Energia de superfcie, formao de interface, g (positiva)

    Variao total:

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao Raio crtico

    Partcula menor dissolve (r embrio

    Partcula maior cresce (r>r*) -> ncleo

    DG* -> energia livre de ativao para formao do ncleo

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao Como DG* e r* so ponto de mximo, derivando

    e igualando a zero obtemos substituindo r* obtemos

    A transformao s ocorre a baixo de Tf (Tm), pois

    logo:

    DG* e r* diminuem se T diminui

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao

    Super-resfriamento (Superaquecimento Tf-T)

    T2

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao

    Nmero de ncleos estveis

    Fortemente dependente de T, pois

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao

    Aglomerao de tomos (difuso) Forma parecida com o coeficiente de

    difuso D

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao

    Taxa de nucleao proporcional a n* e nd

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Ex. de super-resfriamento para nucleao homognea

    Ex: Nucleao Homo. Au

    r*=1,32 nm (548 tomos)

    importante ressaltar que

    os princpios apresentado

    se aplicam para qualquer

    transformao de fase.

    Nos interessaremos

    particularmente s

    transformaes de fase

    slido-slido

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao Heterognea

    Na prtica o super-resfriamento bem menor que o observado para nucleao homognea

    Nucleao heterognea -> menor energia de superfcie

    Pode-se mostrar que:

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Nucleao Heterognea

    Mesmo raio crtico

    Menor energia de ativao

    Menor super-resfriamento

    Em geral maior taxa de nucleao

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Crescimento

    Crescimento -> aps o raio crtico

    Crescimento e Nucleao ocorrem simultaneamente

    Crescimento envolve:

    Difuso at a fronteira (logo alcance)

    Difuso para o ncleo

    Taxa de crescimento tem cara de difuso:

    Eq. de Arrhenius

    Vlido para qualquer transformao de fase

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Crescimento

    Taxa de transformao -> quanto da fase foi transformada

    Conseqncia na micro estrutura e

    conseqentemente nas propriedades

    Estrutura grosseira (baixa taxa de nucleao e

    elevada taxa de crescimento)

    Tendncia formao de estruturas metaestveis

    (ex: martensita e vidros metlicos)

    Estrutura refinada (elevada taxa de nucleao e

    baixa taxa de crescimento)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Crescimento

    Taxa de transformao o inverso do tempo de transformao -> tempo para que a transformao evolua at certo ponto (ex: 50%)

    Taxa de transformao Tempo de transformao

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Consideraes cintica em relao s transformaes no estado slido Curava da cintica de transformao (Curvas em S)

    -> evoluo temporal da transformao a T=cte

    Relembrando: taxa de

    transformao o inverso de do

    tempo de transformao (por

    conveno 50% de transformao)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Consideraes cintica em relao s transformaes no estado slido Influencia de T na cintica (ex: recristalizao

    do Cu)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Estados Metaestveis X Estados de Equilbrio

    Tratamento trmico -> usado para induzir transformao de fase (aquecimento ou resfriamento)

    Transformao ocorre no sentido do previsto pelo diagrama de fases (fases e quantidades relativas) -> leva tempo

    Diagrama de fase incapaz de indicar o tempo para que o equilbrio seja atingido

    A taxa de transformao para o equilbrio muito lenta -> raramente as transformaes ocorrem em verdadeiro equilbrio

    Em tratamento trmico -> Equilbrio= taxa muito lenta de aquecimento e/ou resfriamento -> invivel na prtica industrial

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Estados Metaestveis X Estados de Equilbrio

    Para transformaes fora do equilbrio: No resfriamento, as temperaturas de transformao so deslocadas

    para T inferior (super-resfriamento)

    No aquecimento, as temperaturas de transformao so deslocadas para T superior (superaquecimento)

    Quanto maior a taxa de aquecimento/resfriamento maior ser o superaquecimento/super-resfriamento (para ao eutetide, em resfriamento, normalmente temos super-resfriamento entre 10 e 20C)

    Para muitas aplicaes a microestrutura preferida metaestvel (intermedirio entre o estado inicial e o equilbrio), o controle e obteno de fases metaestveis depende da cintica de transformao.

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Alteraes microestruturais e das propriedades em ligas Fe-C

    Diagrama de Transformao Isotrmica (aplicado ao sistema Fe-C)

    Formao da Perlita:

    Reao eutetide Fe-C

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Alteraes microestruturais e das propriedades em ligas Fe-C

    Formao da Perlita (influencia da temperatura na taxa de transformao)

    Ex de um ao eutetide:

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Alteraes microestruturais e das propriedades em ligas Fe-C

    Maneira mais conveniente de apresentar a transformao isoterma

    Curvas de incio e fim de

    transformao (slidas)

    Curva 50% de transformao

    (tracejada)

    Digrama de transformao

    isotrmica (Diagrama TTT

    transformao-tempo-temperatura):

    Gerado a partir de uma srie de

    curavas em forma de S

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Alteraes microestruturais e das propriedades em ligas Fe-C

    Austenita para qualquer tempo

    Temperatura do eutetide

    Transformao s ocorre

    com super-resfriamento

    Au

    ste

    nita

    In

    st

    ve

    l

    perlita

    Austenita Instvel + Perlia 10 s para transformao

    100.000 s

    para transformao (27h)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Alteraes microestruturais e das propriedades em ligas Fe-C

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Exemplo de um tratamento trmico isotrmico

    Resfriamento

    rpido da

    austenita

    (3s) Inicio da

    transformao (15s) Final da

    transformao

    Evoluo da

    microestrutura

    Elevado tempo de

    transformao ->

    perlita grosseira

    baixo tempo de

    transformao ->

    perlita fina

    E a relao das

    espessuras,

    muda? Porque?

    Difuso explica

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Resultado de tratamento

    Perlita grosseira Perlita fina

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Vimos o ao eutetide, e para um ao Hiper ou Hipoeutetide?

    Linhas de transformaes das fases proeutetide, ex (Fe-1,13% C - Hiper):

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Bainita Alm de perlita outros microconstinuintes podem

    existir (lembrar que no so fases)

    Falaremos agora da bainita: forma-se como agulhas ou placas (temperatura) e extremamente refinada (vista com microscpio eletrnico)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Bainita Se forma temperaturas a baixo da

    temperatura de formao de perlita fina

    Curvas em forma de C

    Maior taxa de

    transformao

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Cementita Globulizada (esferoidita)

    Obtida de Perlita ou Bainita aquecida e mantida abaixo da temperatura do eutetide (reduo de energia de contorno de fase) ex: 700C 18 a 24h

    Qual a microestrutura mais estvel, a

    perltica ou a da cementita globulizada? Por

    qu?

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Obtida da tmpera -> resfriamento rpido at temperatura

    prxima da ambiente

    Transformao no difusional da austenita-> fora do equilbrio (no representada no diagrama de equilbrio), fase metaestvel (movimento cooperativo de tomos)

    Estrutura tetragonal de corpo centrado

    Soluo slida supersaturada de Fe-C

    Se transforma se a temperatura for elevada

    (difuso), estvel a temperatura ambiente

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita

    Transformao quase instantnea (sem difuso), com elevada taxa de transformao (velocidade do som) -> para fins prticos independente do tempo

    Assume forma de agulhas ou placas

    Fundo branco -> austenita retida

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Matensita aparece no diagrama TTT (completando o

    diagrama)

    Linhas de transformao

    horizontais (independentes do

    tempo) -> posio depende da

    composio da liga, mas

    sempre a temperaturas onde a

    difuso virtualmente

    inexistente.

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    TTT elementos de liga

    Alteram a posio e forma das linhas de transformao:

    Deslocamento da inflexo para tempos mais longos

    Formao de uma inflexo para a bainita

    Ao carbono x ao liga

    4340:

    (0,40C-1,8Ni-0,8Cr-0,25Mo-0,7 Mn)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Cr + Mo

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    46

    A + B

    A + P

    A + a A

    B P

    A 50%

    0

    200

    400

    600

    800

    0.1 10 103 105 time (s)

    M (start)

    M (50%)

    M (90%)

    Problema exemplo Co = 0.45 wt% a) 42% ferrita proeutetide e 58% perlita grossa

    Adapted from

    Fig. 10.29,

    Callister 5e.

    T (C)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    47

    b) 50% pearlita fina e 50% bainita

    T (C)

    A + B

    A + P

    A + a A

    B P

    A 50%

    0

    200

    400

    600

    800

    0.1 10 103 105 time (s)

    M (start)

    M (50%)

    M (90%)

    Adapted from

    Fig. 10.29,

    Callister 5e.

    Problema exemplo Co = 0.45 wt%

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    48

    A + B

    A + P

    A + a A

    B P

    A 50%

    0

    200

    400

    600

    800

    0.1 10 103 105 time (s)

    M (start)

    M (50%)

    M (90%)

    c) 100 % martensita quench = rapid cool

    d) 50 % martensita

    e 50 % austenita

    d)

    c) Adapted from Fig. 10.29,

    Callister 5e.

    T (C)

    Problema exemplo Co = 0.45 wt%

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Problema exemplo Determinao de microestrutura para tratamentos isotrmicos:

    Descreva o tratamento e a

    microestrutura obtida dos tratamentos

    (a), (b) e (c)

    Propor um tratamento que produza:

    1) 100% perlita grosseira

    2) 100% perlita fina

    3) 50% perlita fina + 50% Bainita

    4) 50% perlita fina + 50% martensita

    5) 50% bainita + 50% martensita

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Diagramas de transformao por resfriamento contnuo

    Os tratamento isotrmicos no so fceis de serem realizados (resfriamento rpido para temperatura elevada)

    Na pratica a maioria dos tratamento trmicos realizado em resfriamento contnuo at a temperatura ambiente.

    Assim rigorosamente no podemos aplicar os diagramas TTT para tratamentos trmicos

    Em resfriamento contnuo as curvas de transformao so deslocadas para maiores tempos e menores temperaturas. (as curvas modificadas so chamadas curvas de transformao por resfriamento contnuo TRC -> Encontrados por exemplo no ASM Hand Book

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Diagramas de transformao por resfriamento contnuo

    Curvas de resfriamento contnuo (ex: eutetide)

    Linhas de

    transformao

    martenstica no

    mudam

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Diagramas de transformao por resfriamento contnuo

    Controle da taxa de resfriamento - > meio (ar, leo, gua salmoura)

    Incio de transformao

    Fim de transformao

    Microestrutura resultante:

    Perlita grossa

    Perlita fina

    Em ao-carbono -> impossvel

    formar estrutura baintica em

    resfriamento contnuo

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Diagramas de transformao por resfriamento contnuo

    Existe uma taxa mnima de tempera para obteno de uma estrutura 100% martenstica

    100% perlita

    Perlita + Martensita

    100% Martensita

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Diagramas de transformao por resfriamento contnuo

    Elementos de liga, incluindo o carbono, deslocas as curvas reduzindo a taxa crtica de resfriamento (elementos comuns: Cr, Ni, Mn, Si, W -> desde que em sol. solida na austenita)

    Ligas com menos de

    0,25% C normalmente

    no so temperadas

    (taxas muito elevadas)

    Adicionar elemento de

    liga permite obter 100%

    martensita em peas de

    grande seo

    Possibilidade de

    formao de bainita em

    resfriamento contnuo

    Exemplos de de

    taxa de

    resfriamento

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Exerccio Descreva o tratamento trmico por resfriamento contnuo

    que poderia ser utilizado para converter um ao 4340 de (martensita+perlita) para (ferrita + perlita)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Conhecendo as microestruturas

    Perlita fina

    Perlita grosseira

    Cementita globulizada

    Bainita

    Martensita

    -> vamos discutir as propriedades mecnicas

    Com exceo da martensita todas as outras microestrutras so formadas pelas fase: ferrita e cementita

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Perlita: A cementita muito dura e frgil se compara ferrita, Mantendo os

    demais parmetros-> + cementita + duro + resistente

    Para perlita fina:

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Influncia da forma em que se encontra a cementita

    Perlita fina (mais

    contorno)

    Perlita grossa

    (intermedirio)

    Cementita

    globulizada (menos

    contorno) -> fase

    dctil + contnua

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Cementita globulizada (esferoidita):

    Forma e distribuio bem diferente

    Esfera tem a menor relao rea/volume

    Tenaz -> trinca encontra pouca cementita

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Bainita: Estrutura mais fina que a perlita -> +dura e + resistente (ex: eutetide)

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

    Matensita: a mais dura, mais resistente e mais frgil das estruturas (ductilidade desprezvel)

    Dureza depende do

    % C at ~0.6%

    Dureza relacionada: Sol. Solida

    N. de Sist de Esc.

    Pouco dependente da

    microestrutura

    Austenita + densa que a martensita ->

    transformao com aumento de volume ->

    pode trincar (tenses internas) especialmente

    se a pea for grande com elevada taxa de

    resfriamento e teor de carbono maior que 0,5

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Exerccio

    Classifique as seguintes ligas ferro-carbono e as microestruturas a elas associadas em ordem decrescente do limite de resistncia trao:

    0,25% C com cementita globulizasa

    0,25% C com perlita grosseira

    0,6% C com perlita fina

    0,6% C com perlita grosseira

    Justifique sua resposta

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Exerccio

    Para um ao eutetide, descreva o tratamento trmico para obter uma dureza de 93 HRB

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida

    No estado temperado a martensita muito dura e frgil e no pode ser empregada na maioria dos casos

    Ductilidade, tenacidade e reduo das tenses internas so obtidas pelo revenido -> aquecimento da pea a temperatura abaixo do eutetide (normalmente entre 250 e 650C)

    Para alivio de tenses 200C suficiente

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida

    No revenimento, por difuso:

    Microestrutura da martensita revenida:

    cementita finamente e homogeneamente dispersa + uma matriz contnua de ferrita

    semelhante cementita globulizada, entretanto muito mais fina

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida

    Microestrutura da martensita revenida:

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida Martensita revenita pode ser quase to dura quanto

    a martensita, entretanto com certa ductilidade

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida O tamanho das partculas de cementita na

    martensita revida influencia suas propriedades

    Maior partcula menor

    rea de contorno

    Tamanho de partcula

    determinado pela

    temperatura e tempo de

    revenimento

    Informao normalmente

    fornecida pelo fabricante

    do ao

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Martensita Revenida

    Influncia do tempo do revenido para um ao eutetide

    t em escala logartmica

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Fragilizao por revenido

    Alguns aos aps revenido podem apresentar reduo de tencidade -> Fragilizao por revenido

    Revenido acima de 575C seguido de resfriamento lento

    Revenido entre 375 e 575C

    Motivo elemento de liga (Cr, Ni, Mn) + Impureza (antimnio, estanho, arsnio, fsforo) -> desloca a temperatura de transio dctil frgil + segregao em contorno de gro

    Como prevenir: Controle de pureza

    Revenido abaixo de 375C

    Revenido acima de 575C seguido de tempera

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Transformaes possveis

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Comportamento mecnico de ligas Fe-C

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Ligas com memria de forma

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    Deformao por maclagem

    Aplicaes variadas:

    Luvas para tubulao sem solda

    Armao de culos

    Aparelhos dentrios

    Dispositivos para abrir janelas de

    estufas

    Vlvulas de incndio, etc

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    importante lembrar

    Conceitos bsicos de transformao de fase

    Nucleao x Crescimento

    Super-resfriamento (Superaquecimento)

    Microestruturas no sistema Fe-C

    Perlita

    Bainita

    Cementita globulizada (esferoidita)

    Martensita

    Martensita revenida

  • Prof. Rodrigo Perito Cardoso

    importante lembrar Diagramas TTT

    Origem

    Como aplicar

    Diagramas TRC

    Diferena com relao ao TTT

    Como aplicar

    Como propor um tratamento trmico para obter uma da microestrutura (propriedade)

    Relao microestrutura propriedade

    saber qualitativamente quem mais resistente , mais dctil, mais tenaz, etc.